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Diário da República, 1.ª série — N.

º 182 — 17 de setembro de 2015 8161

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA lei, mantêm-se em vigor até à publicação dos novos re-
gulamentos.
Lei n.º 157/2015
Artigo 5.º
de 17 de setembro
Disposições transitórias

Segunda alteração ao Estatuto da Ordem dos Engenheiros Téc- 1 — A Ordem dos Engenheiros Técnicos aprova, no
nicos, em conformidade com a Lei n.º 2/2013, de 10 de janeiro, prazo de 180 dias a contar da publicação da presente lei,
que estabelece o regime jurídico de criação, organização e os regulamentos previstos no novo Estatuto da Ordem dos
funcionamento das associações públicas profissionais. Engenheiros Técnicos, aprovado no anexo I à presente lei.
A Assembleia da República decreta, nos termos da alí- 2 — A limitação de mandatos dos órgãos consagrada
nea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: no presente Estatuto apenas produz efeitos para os órgãos
eleitos após a entrada em vigor da presente lei.
3 — O disposto na presente lei não afeta a atual
Artigo 1.º
composição dos órgãos da Ordem dos Engenheiros
Objeto Técnicos, os quais desempenham o seu mandato até ao
A presente lei procede à segunda alteração ao Esta- final do mesmo.
tuto da Ordem dos Engenheiros Técnicos, aprovado pelo
Decreto-Lei n.º 349/99, de 2 de setembro, alterado pela Artigo 6.º
Lei n.º 47/2011, de 27 de junho, em conformidade com a Republicação
Lei n.º 2/2013, de 10 de janeiro, que estabelece o regime
jurídico de criação, organização e funcionamento das as- É republicado no anexo II à presente lei e da qual faz
sociações públicas profissionais. parte integrante, o Decreto-Lei n.º 349/99, de 2 de setem-
bro, com a redação atual.
Artigo 2.º
Artigo 7.º
Alteração ao Estatuto da Ordem dos Engenheiros Técnicos
Entrada em vigor
O Estatuto da Ordem dos Engenheiros Técnicos, apro-
vado pelo Decreto-Lei n.º 349/99, de 2 de setembro, al- A presente lei entra em vigor 120 dias após a sua pu-
terado pela Lei n.º 47/2011, de 27 de junho, passa a ter a blicação.
redação constante do anexo I à presente lei e da qual faz Aprovada em 3 de julho de 2015.
parte integrante.
A Presidente da Assembleia da República, Maria da
Artigo 3.º Assunção A. Esteves.

Bacharelatos em engenharia
Promulgada em 28 de agosto de 2015.

Para efeitos do disposto no Estatuto da Ordem dos Publique-se.


Engenheiros Técnicos, designadamente para efeitos de O Presidente da República, ANÍBAL CAVACO SILVA.
inscrição, determinação do período de estágio e atribui-
ção de títulos profissionais, considera-se que satisfazem Referendada em 1 de setembro de 2015.
igualmente a condição prevista na alínea a) do n.º 2 do O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.
artigo 27.º do referido Estatuto os que satisfaçam uma das
seguintes condições: ANEXO I
a) Ser titular do grau de bacharel num domínio da enge-
(a que se refere o artigo 2.º)
nharia conferido por uma instituição de ensino superior
portuguesa no quadro da organização de estudos anterior
à aplicação do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de março, ESTATUTO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS TÉCNICOS
alterado pelos Decretos-Leis n.os 107/2008, de 25 de
junho, 230/2009, de 14 de setembro, e 115/2013, de 7 de CAPÍTULO I
agosto;
b) Ser titular de um grau académico superior estrangeiro Disposições gerais
num domínio da engenharia a que tenha sido conferida
equivalência ao grau referido na alínea anterior, ou que Artigo 1.º
tenha sido reconhecido com o nível daquele.
Natureza

Artigo 4.º 1 — A Ordem dos Engenheiros Técnicos, adiante de-


signada por Ordem, é a associação pública profissional
Regulamentação
representativa dos profissionais que, em conformidade
Os regulamentos aprovados ao abrigo do Estatuto da Or- com os preceitos do presente Estatuto e as demais disposi-
dem dos Engenheiros Técnicos, aprovado pelo Decreto-Lei ções legais aplicáveis, exercem a profissão de engenheiro
n.º 349/99, de 2 de setembro, alterado pela Lei n.º 47/2011, técnico.
de 27 de junho, que não contrariem o disposto na Lei 2 — A Ordem é uma pessoa coletiva de direito público
n.º 2/2013, de 10 de janeiro, e no Estatuto da Ordem dos e no exercício dos seus poderes públicos pratica os atos
Engenheiros Técnicos, constante do anexo I à presente administrativos necessários ao desempenho das suas
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funções e aprova os regulamentos previstos na lei e no l) Promover, patrocinar e apoiar a edição de publicações
presente Estatuto. que contribuam para um melhor esclarecimento público
3 — Designa-se engenheiro técnico o profissional sobre as implicações e a relevância da engenharia;
referido no n.º 1, inscrito na Ordem como membro efetivo m) Colaborar com outras entidades, públicas ou pri-
e, que nesta qualidade, é reconhecido como sendo possuidor vadas, nacionais ou estrangeiras, nomeadamente uni-
da competência científica e técnica para se dedicar, ao versidades, institutos politécnicos, faculdades, escolas e
seu nível, à aplicação das ciências e técnicas respeitantes outras instituições congéneres, em iniciativas que visem
aos diferentes ramos da engenharia nas atividades de a formação dos engenheiros técnicos e a melhoria do seu
investigação, conceção, estudo, projeto, fabrico, construção, desempenho profissional;
produção, fiscalização e controlo de qualidade, incluindo n) Prestar serviços aos seus membros no respeitante
a coordenação e gestão dessas atividades e outras com ao exercício profissional, designadamente em relação à
elas relacionadas. informação e à formação ao longo da vida;
4 — Ressalvados os casos previstos na lei, os atos e o) Participar no processo oficial de acreditação e avalia-
regulamentos da Ordem não estão sujeitos a homologação ção dos cursos que dão acesso à profissão de engenheiro
governamental. técnico;
5 — A Ordem dispõe de património próprio e de finanças p) Reconhecer as qualificações profissionais de cida-
próprias, bem como de autonomia orçamental. dãos de Estado membro da União Europeia ou do Espaço
Económico Europeu e, em condições de reciprocidade, dos
Artigo 2.º cidadãos de países terceiros obtidas fora de Portugal, nos
termos da lei, do direito da União Europeia e de convenção
Missão
internacional, incluindo protocolos celebrados pela Ordem
É missão da Ordem exercer, nos termos do presente com entidades congéneres de outros países, nomeadamente
Estatuto, o controlo do acesso e do exercício da atividade da Comunidade de Países de Língua Portuguesa;
profissional de engenheiro técnico, bem como exercer o q) Defender os interesses gerais dos destinatários dos
poder disciplinar sobre os que a exerçam, no quadro de serviços;
um regime disciplinar autónomo. r) Quaisquer outras que lhe sejam conferidas por lei.

Artigo 3.º Artigo 4.º


Atribuições Âmbito e sede

São atribuições da Ordem: 1 — A Ordem tem âmbito nacional e sede em Lisboa.


2 — A Ordem compreende as secções regionais do
a) Conferir, em exclusivo, o título profissional de en- Norte, do Centro, do Sul, dos Açores e da Madeira.
genheiro técnico; 3 — A secção regional do Norte compreende os distritos
b) Controlar o acesso à profissão de engenheiro técnico de Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila Real.
e o seu exercício em território nacional; 4 — A secção regional do Centro compreende os
c) Conferir, em exclusivo, os títulos profissionais de distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda,
engenheiro técnico sénior e engenheiro técnico especia- Leiria e Viseu.
lista, bem como os títulos de especialista relativos a cada 5 — A secção regional do Sul compreende os distritos de
especialidade e ainda o título honorífico de engenheiro Beja, Évora, Faro, Lisboa, Portalegre, Santarém e Setúbal.
técnico conselheiro; 6 — As secções regionais dos Açores e da Madeira
d) Zelar pela função social, dignidade e prestígio da pro- compreendem, respetivamente, as Regiões Autónomas
fissão de engenheiro técnico, promovendo a valorização dos Açores e da Madeira.
profissional e científica dos seus associados e a defesa e o
respeito pelos respetivos princípios deontológicos; Artigo 5.º
e) Efetuar a inscrição de todos os engenheiros técnicos
e das sociedades de engenheiros técnicos; Tutela administrativa
f) Regulamentar a respetiva atividade profissional; Os poderes de tutela administrativa a que se refere o
g) Representar os engenheiros técnicos junto dos órgãos artigo 45.º da Lei n.º 2/2013, de 10 de janeiro, são exer-
de soberania e colaborar com os órgãos da Administração cidos pelo membro do Governo responsável pela área da
Pública sempre que estejam em causa matérias que se rela- construção.
cionem com a prossecução dos seus fins ou dos fins de
interesse público relacionados com a profissão; CAPÍTULO II
h) Contribuir para a defesa e promoção da engenharia,
participando na elaboração da legislação que interesse à Membros
engenharia ou que diga respeito ao acesso e ao exercício
da profissão de engenheiro técnico; Artigo 6.º
i) Representar e defender os interesses gerais da profis-
Inscrição e atos próprios
são e dos seus membros;
j) Fazer respeitar as normas deontológicas e exercer 1 — Sem prejuízo do disposto no artigo 8.º, a atribuição
jurisdição disciplinar sobre os engenheiros técnicos e todos do título de engenheiro técnico, o seu uso e o exercício da
os que, registados na Ordem, exerçam a atividade de enge- profissão de engenheiro técnico em território nacional, seja
nharia no território nacional; de forma liberal ou por conta de outrem, e independente-
k) Promover o intercâmbio de ideias e experiências entre mente do setor, público, privado, cooperativo ou social,
os membros e com organismos congéneres estrangeiros, em que a atividade seja exercida, dependem de inscrição
bem como ações de coordenação interdisciplinar; como membro efetivo da Ordem.
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2 — O exercício da atividade profissional por conta 3 — O profissional que preste serviços, de forma subor-
de outrem não afeta a autonomia técnica do profissional dinada ou autónoma ou na qualidade de sócio ou que atue
nem dispensa o cumprimento pelo mesmo dos deveres como gerente ou administrador no Estado membro de
deontológicos. origem, no âmbito de organização associativa de profis-
3 — São atos próprios dos que exerçam a atividade de sionais e pretenda exercer a sua atividade profissional em
engenheiro técnico os constantes da Lei n.º 31/2009, de território nacional nessa qualidade, em regime de livre
3 de julho, alterada pela Lei n.º 40/2015, de 1 de julho, prestação de serviços, deve identificar perante a Ordem
e de outras leis e regulamentos que especialmente os a organização associativa, por conta da qual presta servi-
consagrem. ços, na declaração referida no artigo 5.º da Lei n.º 9/2009,
4 — Os trabalhadores dos serviços e organismos da de 4 de março, alterada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de
administração direta e indireta do Estado, das regiões agosto, e 25/2014, de 2 de maio.
autónomas, das autarquias locais e das demais pessoas
coletivas públicas, que pratiquem, no exercício das suas Artigo 9.º
funções, atos próprios da profissão de engenheiro técnico, Comércio eletrónico
e realizem ações de verificação, aprovação, auditoria ou
fiscalização sobre atos anteriores, devem estar validamente Os profissionais legalmente estabelecidos em Estado
inscritos como membros efetivos da Ordem. membro da União Europeia ou do Espaço Económico
Europeu que aí desenvolvam atividades comparáveis à
atividade profissional de engenheiro técnico regulada pelo
Artigo 7.º
presente Estatuto, podem exercê-las, através de comércio
Direito de estabelecimento eletrónico, com destino ao território nacional, observados
que sejam os requisitos aplicáveis no Estado membro de
1 — O reconhecimento das qualificações profissionais
origem, nomeadamente as normas deontológicas aí vigen-
de nacional de Estado membro da União Europeia ou do tes, assim como a disponibilização permanente de infor-
Espaço Económico Europeu obtidas fora de Portugal para a mação prevista no artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 7/2004,
sua inscrição como membro da Ordem é regulado pela Lei de 7 de janeiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 62/2009, de
n.º 9/2009, de 4 de março, alterada pelas Leis n.os 41/2012, 10 de março, e pela Lei n.º 46/2012, de 29 de agosto.
de 28 de agosto, e 25/2014, de 2 de maio, sem prejuízo de
condições especiais de reciprocidade caso as qualificações Artigo 10.º
em causa tenham sido obtidas fora da União Europeia ou
do Espaço Económico Europeu. Sociedades de engenheiros técnicos
2 — O profissional que pretenda inscrever-se na Ordem 1 — Os engenheiros técnicos estabelecidos em território
nos termos do número anterior e que preste serviços, de nacional podem exercer em grupo a profissão constituindo
forma subordinada ou autónoma ou na qualidade de sócio ou ingressando como sócios em sociedades de engenheiros
ou que atue como gerente ou administrador no Estado técnicos.
membro de origem, no âmbito de organização associa- 2 — Podem ainda ser sócios profissionais de sociedades
tiva de profissionais, observado o disposto no n.º 4 do de engenheiros técnicos:
artigo 37.º da Lei n.º 2/2013, de 10 de janeiro, deve iden-
tificar a organização em causa no pedido apresentado nos a) Sociedades de engenheiros técnicos previamente
termos do artigo 47.º da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, constituídas e inscritas como membros da Ordem;
alterada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de agosto, e 25/2014, b) Organizações associativas de profissionais equipa-
rados a engenheiros técnicos constituídas noutro Estado
de 2 de maio.
membro da União Europeia ou do Espaço Económico
3 — Caso o facto a comunicar nos termos do número Europeu cujo capital e direitos de voto caibam maiorita-
anterior ocorra após a apresentação do pedido de riamente aos profissionais em causa.
reconhecimento de qualificações, deve a organização
associativa em causa ser identificada perante a Ordem no 3 — O requisito de capital referido na alínea b) do nú-
prazo máximo de 60 dias. mero anterior não é aplicável caso esta não disponha de
capital social.
Artigo 8.º 4 — O juízo de equiparação a que se refere a alínea b)
Livre prestação de serviços
do n.º 2 é regido:

1 — Os profissionais legalmente estabelecidos noutro a) Quanto a nacionais de Estado membro da União


Estado membro da União Europeia ou do Espaço Eco- Europeia ou do Espaço Económico Europeu, pelo n.º 4
do artigo 1.º da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, alterada
nómico Europeu e que aí desenvolvam atividades com-
pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de agosto, e 25/2014, de
paráveis à atividade profissional de engenheiro técnico
2 de maio;
regulada pelo presente Estatuto, podem exercê-las, de b) Quanto a nacionais de países terceiros cujas qualifi-
forma ocasional e esporádica, em território nacional, em cações tenham sido obtidas fora de Portugal, pelo regime
regime de livre prestação de serviços, nos termos da Lei de reciprocidade internacionalmente vigente.
n.º 9/2009, de 4 de março, alterada pelas Leis n.os 41/2012,
de 28 de agosto, e 25/2014, de 2 de maio. 5 — As sociedades de engenheiros técnicos gozam dos
2 — Os profissionais referidos no número anterior são direitos e estão sujeitas aos deveres aplicáveis aos profis-
equiparados a engenheiro técnico para todos os efeitos sionais membros da Ordem que sejam compatíveis com
legais em que tal qualificação profissional seja exigida para a sua natureza, com exceção do direito de voto, estando
o exercício de uma determinada atividade, exceto quando nomeadamente sujeitas aos princípios e regras deontoló-
o contrário resulte das disposições em causa. gicos constantes do presente Estatuto.
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6 — Os membros do órgão executivo das sociedades Artigo 12.º


profissionais de engenheiros técnicos, independentemente Nacionais de países terceiros
da sua qualidade de membros da Ordem, devem respeitar
os princípios e regras deontológicos, a autonomia técnica 1 — Podem inscrever-se na Ordem, para efeito do exer-
e científica e as garantias conferidas aos engenheiros téc- cício em território nacional da profissão de engenheiro
nicos pela lei e pelo presente Estatuto. técnico, os nacionais de países terceiros, ao abrigo de
7 — As sociedades de engenheiros técnicos podem ainda acordos em condições de reciprocidade.
desenvolver quaisquer outras atividades que não sejam 2 — Aos candidatos mencionados no número anterior
incompatíveis com a atividade de engenheiro técnico, nem podem ser exigidas a realização de estágio profissional, a
em relação às quais se verifique impedimento, nos termos frequência da formação em ética e deontologia profissional
do presente Estatuto, não estando essas atividades sujeitas e a realização das respetivas provas de avaliação, nos termos
ao controlo da Ordem. previstos no presente Estatuto e nos regulamentos aprovados
8 — A constituição e funcionamento das sociedades de pela Ordem para os candidatos cujas qualificações tenham
profissionais consta do regime jurídico da constituição e sido obtidas em Portugal.
funcionamento das sociedades de profissionais que estejam
sujeitas a associações públicas profissionais. Artigo 13.º
9 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, a
maioria do capital social com direito de voto de sociedades Categorias de membros
de engenheiros técnicos, quando exista, pertence a A Ordem integra as seguintes categorias de membros:
engenheiros técnicos estabelecidos em território nacional, a
sociedades de engenheiros técnicos constituídas ao abrigo a) Estudantes;
do direito nacional, ou a outras formas de organização b) Estagiários;
associativa de profissionais equiparados a engenheiros c) Efetivos;
técnicos constituídas noutro Estado membro da União d) Honorários.
Europeia ou do Espaço Económico Europeu inscritas na
Ordem nos termos do artigo seguinte. Artigo 14.º
Membros estudantes
Artigo 11.º
Os estudantes de cursos que deem acesso à condição
Organizações associativas de profissionais de membro efetivo na Ordem, nos termos do presente
de outros Estados membros
Estatuto, podem ser admitidos na qualidade de membros
1 — As organizações associativas de profissionais estudantes.
equiparados a engenheiros técnicos constituídas noutro
Estado membro da União Europeia ou do Espaço Económico Artigo 15.º
Europeu para o exercício de atividade profissional cujo
Membros estagiários
gerente ou administrador seja um profissional e cujo capital
com direito de voto caiba maioritariamente aos profissionais 1 — A admissão como membro estagiário da Ordem
em causa e ou a outras organizações associativas cujo de profissional cujas qualificações tenham sido obtidas
capital e direitos de voto caiba maioritariamente àqueles em Portugal depende da apresentação e aprovação de um
profissionais podem inscrever as respetivas representações projeto de estágio.
permanentes em Portugal, constituídas nos termos da lei 2 — O estágio referido no número anterior é oferecido e
comercial, como membros da Ordem, sendo enquanto tal organizado pela Ordem, e acompanhado por um patrono de
equiparadas a sociedades de engenheiros técnicos para estágio, nos termos do presente Estatuto e de regulamento
efeitos do presente Estatuto. aprovado pela assembleia representativa nacional,
2 — Os requisitos de capital referidos no número homologado pelo membro do Governo responsável pela
anterior não são aplicáveis caso esta não disponha de área das infraestruturas.
capital social, aplicando-se, em seu lugar, o requisito de 3 — Os profissionais nacionais de Estados membros
atribuição da maioria de direitos de voto aos profissionais da União Europeia ou do Espaço Económico Europeu
ali referidos. cujas qualificações tenham sido obtidas fora de Portugal e
3 — O juízo de equiparação a que se refere o n.º 1 é pretendam realizar o estágio em território nacional podem
regido: inscrever-se como membros estagiários da Ordem.
a) Quanto a nacionais de Estado membro da União
Europeia ou do Espaço Económico Europeu, pelo n.º 4 Artigo 16.º
do artigo 1.º da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, alterada Objetivo do estágio
pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de agosto, e 25/2014, de
2 de maio; O estágio tem como objetivo o aperfeiçoamento da
b) Quanto a nacionais de países terceiros cujas qualifi- habilitação profissional do estagiário, implicando não só
cações tenham sido obtidas fora de Portugal, pelo regime a integração dos conhecimentos adquiridos na formação
de reciprocidade internacionalmente vigente. académica e a experiência da sua aplicação prática, mas
também a perceção das condicionantes de natureza deon-
4 — O regime jurídico de inscrição das organizações tológica, legal, económica, ambiental, de recursos huma-
associativas de profissionais de outros Estados membros nos, de segurança e de gestão em geral que caracterizam
consta do regime jurídico da constituição e funcionamento o exercício da profissão, de modo a que os engenheiros
das sociedades de profissionais que estejam sujeitas a técnicos possam desempenhar a profissão de forma com-
associações públicas profissionais. petente e responsável.
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Artigo 17.º Artigo 22.º


Estágio obrigatório Deveres do estagiário
1 — O estágio é obrigatório para os candidatos a mem- O engenheiro técnico estagiário deve cumprir os se-
bro efetivo que não possuam experiência profissional de guintes deveres:
pelo menos cinco anos em engenharia.
2 — O estágio profissional da Ordem não se confunde a) Participar nas ações de formação obrigatórias pre-
com o estágio curricular dos cursos de engenharia, nem vistas no artigo anterior;
com o estágio profissional promovido pelo serviço público b) Colaborar com o patrono sempre que este o solicite
de emprego. e desde que tal seja compatível com a sua atividade de
3 — Os estágios profissionais de adaptação enquanto estagiário;
medida de compensação são regidos pela Lei n.º 9/2009, c) Guardar lealdade e respeito para com o patrono;
de 4 de março, alterada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de d) Prestar todas as informações que lhe sejam solicitadas
agosto, e 25/2014, de 2 de maio. pelos órgãos competentes da Ordem sobre a forma como
está a decorrer o estágio;
Artigo 18.º e) Cumprir com zelo e competência as suas obrigações
para com a entidade onde está a realizar o estágio.
Inscrição
1 — A inscrição no estágio pode ser feita a qualquer Artigo 23.º
momento: Deveres do patrono
a) Pelos titulares do grau de licenciado num domínio É dever do patrono orientar a atividade do engenheiro
da engenharia conferido por uma instituição de ensino técnico estagiário, no sentido de complementar a sua for-
superior portuguesa; mação, aconselhando-o e informando-o sobre o exercício
b) Pelos titulares de um grau académico superior estran- efetivo da profissão e o cumprimento das respetivas regras
geiro num domínio da engenharia a que tenha sido confe- deontológicas e de ética.
rida equivalência ao grau a que se refere a alínea anterior,
ou que tenha sido reconhecido com o nível daquele. Artigo 24.º
Seguro profissional
2 — Os membros estagiários inscrevem-se no colégio de
especialidade correspondente ao seu curso, aplicando-se, A subscrição de seguro de responsabilidade civil profis-
consoante o caso, o disposto nos n.os 3 e 4 do artigo 39.º sional pelo engenheiro técnico estagiário não é obrigatória,
3 — A inscrição na Ordem faz-se na secção regional do podendo ser disponibilizado pela Ordem.
domicílio profissional do estagiário.
Artigo 25.º
Artigo 19.º
Seguro de acidentes pessoais
Duração máxima
O estagiário está dispensado de realizar seguro de aci-
O estágio tem a duração máxima de: dentes pessoais, nos casos em que o estágio profissional
a) 18 meses, contados a partir da data da inscrição, para orientado decorra no âmbito de um contrato de trabalho.
os membros estagiários que, na mesma data, sejam titu-
lares de licenciatura posterior à aplicação do Decreto-Lei Artigo 26.º
n.º 74/2006, de 24 de março, alterado pelos Decretos-Leis Conclusão do estágio
n.os 107/2008, de 25 de junho, 230/2009, de 14 de setembro,
e 115/2013, de 7 de agosto; 1 — O estágio finda com a conclusão do respetivo plano
b) Seis meses, contados a partir da data da inscrição, e respetiva avaliação com indicação de aproveitamento
para os membros estagiários que, na mesma data, sejam pelo patrono.
titulares de mestrado em curso de engenharia, ou licen- 2 — A avaliação final do estágio é homologada pelo
ciatura em curso de engenharia anterior à aplicação do conselho diretivo nacional.
Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de março, alterado pelos
Decretos-Leis n.os 107/2008, de 25 de junho, 230/2009, de Artigo 27.º
14 de setembro, e 115/2013, de 7 de agosto. Membros efetivos

Artigo 20.º 1 — A admissão como membro efetivo de profissio-


nal cujas qualificações tenham sido obtidas em Portugal
Suspensão do estágio depende da conclusão com aproveitamento do respetivo
A pedido fundamentado do membro estagiário, o estágio estágio profissional.
pode ser suspenso. 2 — Sem prejuízo do disposto no n.º 4, são designados
engenheiros técnicos de nível 1 e podem praticar todos os
Artigo 21.º atos próprios de engenheiro técnico que não lhe estejam
Ações de formação expressamente vedados por lei os profissionais que, no
momento da inscrição como membros efetivos da Ordem,
1 — Os estágios incluem ações de formação obrigatória reúnam uma das seguintes condições:
sobre ética e deontologia profissional.
2 — Durante a realização do estágio pode o estagiário a) Ser titular do grau de licenciado conferido por uma
frequentar ações de formação técnica. instituição de ensino superior portuguesa no quadro da
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organização de estudos decorrente da aplicação do Decreto- b) O título de conselheiro aos engenheiros técnicos
-Lei n.º 74/2006, de 24 de março, alterado pelos Decretos- que, tendo exercido a sua profissão de forma a dignificar
-Leis n.os 107/2008, de 25 de junho, 230/2009, de 14 de e prestigiar a profissão de engenheiro técnico, sejam con-
setembro, e 115/2013, de 7 de agosto; siderados merecedores de tal distinção.
b) Ser titular de um grau académico superior estrangeiro
num domínio da engenharia a que tenha sido conferida Artigo 29.º
equivalência àquele grau, ou que tenha sido reconhecido
Perda e suspensão da qualidade de membro
com o nível daquele.
1 — Perde a qualidade de membro, o engenheiro téc-
3 — São designados engenheiros técnicos de nível 2 nico que:
e podem praticar todos os atos próprios de engenheiro
técnico os profissionais que reúnam uma das seguintes a) Solicite o cancelamento da sua inscrição na Ordem;
condições: b) Seja punido com a sanção de expulsão da Ordem.
a) Ser titular do grau de mestre numa especialidade do 2 — É suspensa a inscrição e, por consequência, a
domínio da engenharia conferido por uma instituição de qualidade de engenheiro técnico e dos direitos à mesma
ensino superior portuguesa; inerentes ao membro que:
b) Ser titular do grau de licenciado num domínio da
engenharia conferido por uma instituição de ensino supe- a) O requeira;
rior portuguesa no quadro da organização de estudos b) Seja punido com pena disciplinar de suspensão ou
anterior à aplicação do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de suspensão preventiva.
março, alterado pelos Decretos-Leis n.os 107/2008, de 25 de
junho, 230/2009, de 14 de setembro, e 115/2013, de 7 de 3 — O incumprimento pelo membro do dever de pagar
agosto; quotas pode dar lugar à aplicação de sanção disciplinar de
c) Ser titular de um grau académico superior estran- suspensão, quando se apure que aquele incumprimento é
geiro num domínio da engenharia a que tenha sido con- culposo e se prolongue por período superior a 12 meses.
ferida equivalência a um dos graus referidos nas alíneas
anteriores, ou que tenha sido reconhecido com o nível de Artigo 30.º
um daqueles. Outros títulos profissionais
4 — Os profissionais referidos no n.º 2 passam à condi- 1 — Para além da especialidade profissional reconhe-
ção dos membros inscritos nos termos do número anterior cida ao membro aquando da sua inscrição na Ordem em
logo que adquiram a titularidade do grau de mestre numa determinado colégio de especialidade, de acordo com a sua
especialidade do domínio da engenharia conferido por formação académica, podem ser atribuídos os seguintes
uma instituição de ensino superior portuguesa, ou de um títulos:
grau académico estrangeiro num domínio da engenharia
a que tenha sido conferida equivalência àquele grau, ou a) Engenheiro técnico sénior;
que tenha sido reconhecido com esse nível. b) Engenheiro técnico especialista.
5 — Os membros efetivos inscrevem-se no colégio de
especialidade correspondente ao seu curso, aplicando-se, 2 — O título profissional de engenheiro técnico sénior
consoante o caso, o disposto nos n.os 3 e 4 do artigo 39.º é conferido aos membros com 15 anos de experiência em
6 — A inscrição dos membros coletivos faz-se na secção engenharia.
regional da respetiva sede social em território nacional. 3 — O título profissional de engenheiro técnico
7 — Uma sociedade de engenheiros técnicos ou especialista é conferido aos membros com 10 anos de
organização associativa referida no artigo 11.º pode experiência em engenharia e curso superior pós-licenciatura
inscrever-se como membro de determinado colégio de de duração mínima de um ano, conferente ou não de
especialidade quando pelo menos um dos seus sócios, grau, na área da engenharia, ou que, não possuindo essas
gerentes, administradores ou colaboradores a tempo inteiro habilitações académicas, sejam aprovados em exame
for membro efetivo desse mesmo colégio. realizado perante a Ordem.
8 — Sem prejuízo do disposto nos n.os 3 e 4, o regime
jurídico de inscrição das organizações associativas de pro-
fissionais de outros Estados membros consta do regime CAPÍTULO III
jurídico da constituição e funcionamento das sociedades Órgãos
de profissionais que estejam sujeitas a associações públi-
cas profissionais.
SECÇÃO I
Artigo 28.º
Órgãos nacionais
Membros honorários e engenheiros técnicos conselheiros
Podem ser atribuídos, por deliberação da assembleia Artigo 31.º
representativa nacional, sob proposta do conselho diretivo Órgãos nacionais
nacional:
1 — São órgãos nacionais da Ordem:
a) A qualidade de membro honorário às pessoas singula-
res ou coletivas que, tendo exercido atividade de reconhe- a) A assembleia geral nacional;
cido interesse público e ou contribuído para a dignificação b) O bastonário;
e prestígio da profissão de engenheiro técnico, sejam con- c) A assembleia representativa nacional;
sideradas merecedoras de tal distinção; d) O conselho diretivo nacional;
Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015 8167

e) O conselho fiscal nacional; d) Despachar o expediente corrente do conselho dire-


f) O conselho jurisdicional; tivo nacional;
g) O conselho da profissão; e) Propor, ao conselho diretivo nacional, a personalidade
h) As direções dos colégios de especialidade. para ocupar o cargo de provedor da Ordem.
3 — O bastonário é coadjuvado pelos quatro vice-
2 — Os mandatos dos membros dos órgãos da Ordem -presidentes, que o substituem nas suas ausências e im-
têm a duração de quatro anos. pedimentos.
3 — É permitida a reeleição, mas o cargo não pode 4 — O bastonário pode delegar competências nos vice-
ser desempenhado, consecutivamente, por mais de dois -presidentes.
mandatos.
4 — O desempenho de funções executivas e em Artigo 34.º
permanência dos titulares dos órgãos nacionais pode Assembleia representativa nacional
ser remunerado, nos termos a definir em regulamento
específico. 1 — A assembleia representativa nacional é constituída
5 — Só pode ser eleito para o cargo de bastonário o por:
membro efetivo que detiver o período mínimo de cinco a) 45 membros eleitos em lista por sufrágio universal,
anos de inscrição na Ordem. direto, secreto e periódico;
b) Os presidentes das assembleias gerais de secção.
Artigo 32.º
2 — A mesa da assembleia representativa nacional é
Assembleia geral nacional formada pelo presidente, pelo vice-presidente e pelo se-
1 — A assembleia geral nacional é composta pela totali- cretário, eleitos em lista, por sufrágio universal, direto,
dade dos membros efetivos no pleno gozo dos seus direitos secreto e periódico.
e reúne ordinariamente uma vez por ano e extraordinaria- 3 — Compete à assembleia representativa nacional:
mente sempre que convocada, nos termos do n.º 3. a) Deliberar sobre os assuntos que o conselho diretivo
2 — A mesa da assembleia geral nacional é formada pelo nacional entenda submeter-lhe;
presidente, pelo vice-presidente e secretário, eleitos em b) Deliberar sobre o relatório de atividades e contas
lista, por sufrágio universal, direto, secreto e periódico. consolidadas da Ordem, aprovadas pelo conselho diretivo
3 — A assembleia geral nacional reúne nacional relativo ao ano civil transato, tendo em conta o
extraordinariamente, mediante convocação do respetivo parecer do conselho fiscal nacional;
presidente da mesa, sempre que o conselho diretivo c) Deliberar sobre o plano de atividades e orçamento
nacional, a assembleia representativa nacional, os conselhos consolidado, tendo em conta o parecer do conselho fiscal
diretivos de secção ou, pelo menos, 300 membros efetivos nacional;
o requeiram, juntando a proposta de ordem de trabalhos. d) Deliberar sobre a apresentação de projetos de alte-
4 — Compete à assembleia geral nacional: ração do presente Estatuto;
a) O debate aberto sobre as questões que interessem aos e) Aprovar regulamentos, incluindo os respeitantes
engenheiros técnicos e à Ordem; aos órgãos nacionais e regionais e relativos à inscrição
b) Emitir pareceres sobre os assuntos que lhe sejam na Ordem e ao acesso aos vários títulos profissionais de
submetidos pela assembleia representativa nacional e pelo engenheiro técnico;
conselho diretivo nacional; f) Aprovar quotas e taxas a cobrar aos membros, bem
c) Emitir pareceres e recomendações aos demais órgãos como a percentagem destas receitas destinadas às secções
da Ordem. regionais;
g) Deliberar sobre a realização de referendos, por sua
5 — Compete ao presidente da mesa da assembleia geral iniciativa, ou mediante proposta do conselho diretivo
nacional dar posse aos membros eleitos para os órgãos nacional;
nacionais e regionais, bem como apreciar os seus pedidos h) Aprovar o seu regimento;
de exoneração. i) Deliberar sobre quaisquer questões que não estejam
6 — O presidente da mesa da assembleia geral nacional atribuídas a outros órgãos.
pode assistir, sem direito a voto, às reuniões do conselho
diretivo nacional, sempre que o julgue conveniente ou este 4 — A assembleia representativa nacional, convocada
órgão o solicite. pelo seu presidente, por sua iniciativa ou a pedido do bas-
tonário, reúne ordinariamente até 15 de abril e até 30 de
Artigo 33.º novembro de cada ano para os fins previstos nas alíneas b)
e c) do número anterior, respetivamente, e extraordinaria-
Bastonário mente sempre que o seu presidente o repute necessário, ou
1 — O bastonário e os quatro vice-presidentes da Ordem a pedido de um terço dos seus membros.
são eleitos em lista para o conselho diretivo nacional, por
sufrágio universal, direto, secreto e periódico. Artigo 35.º
2 — Compete ao bastonário: Conselho diretivo nacional
a) Representar a Ordem, em juízo e fora dele; 1 — O conselho diretivo nacional é constituído e presi-
b) Presidir, com voto de qualidade, ao conselho dire- dido pelo bastonário da Ordem, que tem voto de qualidade
tivo nacional; em caso de empate, pelos quatro vice-presidentes e pelos
c) Pedir a convocação da assembleia representativa presidentes e vice-presidentes dos conselhos diretivos das
nacional ao seu presidente; secções.
8168 Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015

2 — Compete ao conselho diretivo nacional: 2 — O conselho fiscal nacional integra ainda um Revi-
sor Oficial de Contas.
a) Dirigir a atividade da Ordem; 3 — Compete ao conselho fiscal nacional:
b) Desenvolver as relações internacionais da Ordem;
c) Elaborar o plano de atividades, o orçamento conso- a) Fiscalizar a gestão patrimonial e financeira desen-
lidado, o relatório de atividades e as contas consolidadas volvida pelos órgãos nacionais;
da Ordem; b) Dar parecer sobre o relatório, contas e orçamentos
d) Arrecadar receitas e efetuar despesas; anuais;
e) Aprovar as linhas gerais dos programas da ação dos c) Aprovar o seu regimento.
colégios;
f) Apresentar à assembleia representativa nacional, para 4 — O presidente do conselho fiscal nacional pode
parecer ou deliberação, propostas sobre matérias da com- assistir, sem direito a voto, às reuniões do conselho di-
petência do conselho diretivo nacional, de especial rele- retivo nacional, sempre que julgue conveniente ou este
vância para a Ordem; o solicite.
g) Propor à assembleia representativa nacional a reali- Artigo 37.º
zação de referendos;
Conselho jurisdicional
h) Organizar os referendos e os atos eleitorais, em cola-
boração com os competentes órgãos regionais, e decidir 1 — O conselho jurisdicional é constituído por um pre-
dos recursos interpostos; sidente, dois vice-presidentes e dois vogais, eleitos em
i) Propor à assembleia representativa nacional a altera- lista por sufrágio universal, direto, secreto e periódico, e,
ção do presente Estatuto; em plenário, pelos presidentes dos conselhos disciplinares
j) Propor à assembleia representativa nacional a ins- de secção.
crição de membros honorários e a atribuição do título de 2 — Compete ao conselho jurisdicional:
conselheiro a engenheiros técnicos;
a) Zelar, enquanto órgão de supervisão, pelo cumpri-
k) Atribuir os títulos profissionais de engenheiro técnico mento do presente Estatuto, dos respetivos regulamentos,
sénior e engenheiro técnico especialista; das decisões e deliberações tomadas pelos órgãos compe-
l) Propor à assembleia representativa nacional a aprova- tentes e respetiva legalidade, e exercer poderes de controlo
ção de regulamentos sobre o acesso aos títulos profissionais em matéria disciplinar;
e dar parecer sobre as propostas do conselho da profissão b) Verificar a conformidade legal e estatutária das pro-
nestas matérias; postas de referendo e das propostas de regulamento;
m) Manter atualizada a lista de cursos superiores minis- c) Dar apoio ao conselho diretivo nacional na arbitragem
trados em Portugal que dão acesso à profissão de enge- de conflitos de competência;
nheiro técnico, com indicação do respetivo colégio de d) Exercer o poder disciplinar relativamente a infrações
especialidade de inscrição; cometidas por titulares ou ex-titulares dos órgãos da Ordem
n) Zelar pela conservação e atualização do registo geral e por profissionais em livre prestação de serviços;
de inscrição dos membros e do registo de prestadores em e) Julgar os recursos interpostos das decisões dos con-
livre prestação de serviços; selhos disciplinares de secção;
o) Arbitrar conflitos de competência; f) Aprovar o respetivo regimento.
p) Deliberar sobre a propositura de ações judiciais, con-
fessar, desistir, transigir, alienar ou onerar bens, contrair 3 — O conselho jurisdicional pode ser assessorado por
empréstimos e aceitar doações, heranças e legados; um consultor jurídico.
q) Constituir grupos de trabalho; 4 — O presidente do conselho jurisdicional pode assistir,
r) Constituir o gabinete de apoio ao bastonário; sem direito a voto, às reuniões do conselho diretivo nacio-
s) Deliberar sobre a admissão ou dispensa de funcioná- nal, sempre que julgue conveniente ou este o solicite.
rios da Ordem, sejam eles adstritos aos serviços de apoio
aos órgãos nacionais ou regionais; Artigo 38.º
t) Designar o secretário-geral, a quem cabe, mediante Conselho da profissão
remuneração, apoiar a atividade dos órgãos nacionais e exe-
cutar as políticas definidas pelo conselho diretivo nacional, 1 — O conselho da profissão é constituído por um presi-
de acordo com as diretrizes emanadas do bastonário; dente e dois vice-presidentes, eleitos em lista por sufrágio
u) Nomear o provedor da Ordem; universal, direto, secreto e periódico, e pelos presidentes
v) Aprovar o seu regimento. de direção de cada um dos colégios de especialidade.
2 — O conselho pode ser assessorado por personali-
3 — O conselho diretivo nacional deve ouvir previa- dades de reconhecido mérito científico ou profissional, a
mente o conselho da profissão quando esteja em causa o título permanente ou eventual, e solicitar pareceres a comis-
exercício das competências referidas nas alíneas e) e i) do sões especializadas da Ordem ou a entidades exteriores.
número anterior. 3 — Compete ao conselho da profissão:
Artigo 36.º a) Apresentar propostas ao conselho diretivo nacional
Conselho fiscal nacional
de alteração do presente Estatuto no sentido de instituição
de novas especialidades, colégios de especialidade, novos
1 — O conselho fiscal nacional é constituído por um títulos profissionais e núcleos de especialização, bem como
presidente, dois vice-presidentes e dois vogais, eleitos em os respetivos regulamentos;
lista por sufrágio universal, direto, secreto e periódico, e b) Propor ao conselho diretivo nacional a atribuição
pelos presidentes dos conselhos fiscais de secção, estes dos títulos profissionais de engenheiro técnico sénior e de
sem direito a voto. engenheiro técnico especialista;
Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015 8169

c) Sob proposta da direção dos colégios de especiali- c) Núcleo de especialização de térmica;


dade, propor ao conselho diretivo nacional a inscrição dos d) Núcleo de especialização de certificação energética;
membros nos núcleos de cada especialidade, de acordo e) Núcleo de especialização de auditoria energética;
com a respetiva atividade profissional; f) Núcleo de especialização de segurança contra incêndios;
d) Esclarecer dúvidas na aplicação das leis de atos pró- g) Núcleo de especialização de segurança;
prios da profissão; h) Núcleo de especialização de auditoria;
e) Aprovar o seu regimento. i) Núcleo de especialização de produção cartográfica.
4 — Das decisões do conselho da profissão cabe recurso 4 — São núcleos de especialização do colégio de es-
para o conselho diretivo nacional. pecialidade de engenharia eletrónica e de telecomunica-
5 — O presidente do conselho da profissão pode assis- ções:
tir, sem direito a voto, às reuniões do conselho diretivo
nacional, sempre que julgue conveniente ou este órgão a) Núcleo de especialização de infraestruturas de tele-
o solicite. comunicações;
Artigo 39.º b) Núcleo de especialização de segurança;
c) Núcleo de especialização de auditoria.
Colégios de especialidade
1 — A Ordem compreende colégios de especialidades 5 — São núcleos de especialização do colégio de espe-
que integram todos os membros efetivos no pleno gozo dos cialidade de engenharia de energia e sistemas de potência:
seus direitos, detentores dos respetivos títulos profissionais. a) Núcleo de especialização de instalação, manutenção
2 — Entende-se por especialidade um domínio da ati- e inspeção de instalações de elevação;
vidade da engenharia com características técnicas e cien- b) Núcleo de especialização de produção de energia;
tíficas próprias que assuma no país relevância económica c) Núcleo de especialização de climatização;
e social. d) Núcleo de especialização de auditoria;
3 — A Ordem é estruturada de acordo com as seguintes e) Núcleo de especialização de acústica;
especialidades: f) Núcleo de especialização de infraestruturas de tele-
a) Engenharia civil; comunicações;
b) Engenharia eletrónica e de telecomunicações; g) Núcleo de especialização de certificação energética;
c) Engenharia de energia e sistemas de potência; h) Núcleo de especialização de auditoria energética;
d) Engenharia mecânica; i) Núcleo de especialização de segurança contra incên-
e) Engenharia química e biológica; dios.
f) Engenharia informática;
g) Engenharia geotécnica e minas; 6 — São núcleos de especialização do colégio de espe-
h) Engenharia agrária; cialidade de engenharia mecânica:
i) Engenharia geográfica/topográfica; a) Núcleo de especialização de certificação energé-
j) Engenharia do ambiente; tica;
k) Engenharia de segurança; b) Núcleo de especialização de climatização;
l) Engenharia aeronáutica; c) Núcleo de especialização de segurança contra incên-
m) Engenharia de transportes; dios;
n) Engenharia da proteção civil; d) Núcleo de especialização de manutenção e inspeção
o) Engenharia alimentar; de instalações de elevação;
p) Engenharia industrial e da qualidade. e) Núcleo de especialização de acústica;
f) Núcleo de especialização de térmica;
4 — Os titulares do grau académico referido no ar- g) Núcleo de especialização de auditoria energética;
tigo 18.º, com uma especialidade ainda não organizada na h) Núcleo de especialização de instalações de combus-
Ordem, são inscritos naquela que o conselho da profissão tíveis e derivados do petróleo;
considere a mais adequada de entre as especialidades or- i) Núcleo de especialização de segurança;
ganizadas em colégio. j) Núcleo de especialização de auditoria.
5 — Cada um dos colégios pode associar mais do que
uma especialidade, de acordo com o voto maioritário dos 7 — São núcleos de especialização do colégio de espe-
membros de cada uma das especialidades interessadas. cialidade de engenharia química e biológica:
Artigo 40.º a) Núcleo de especialização de certificação energética;
b) Núcleo de especialização de segurança;
Núcleos de especialização
c) Núcleo de especialização de auditoria;
1 — Cada especialidade integra diversos núcleos de d) Núcleo de especialização de segurança contra incêndios;
especialização. e) Núcleo de especialização de climatização;
2 — Cada colégio da especialidade, em função da evi- f) Núcleo de especialização de instalações de combus-
dência de competências técnicas e científicas complemen- tíveis e derivados do petróleo;
tares regulada por legislação própria, pode integrar núcleos g) Núcleo de especialização de qualidade alimentar.
de especialização.
3 — São núcleos de especialização do colégio de 8 — São núcleos de especialização do colégio de espe-
especialidade de engenharia civil: cialidade de engenharia informática:
a) Núcleo de especialização de acústica; a) Núcleo de especialização de segurança;
b) Núcleo de especialização de avaliação de imóveis; b) Núcleo de especialização de auditoria.
8170 Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015

9 — São núcleos de especialização do colégio de espe- 18 — São núcleos de especialização do colégio de es-
cialidade de engenharia geotécnica e minas: pecialidade de engenharia industrial e da qualidade:
a) Núcleo de especialização de transformação de massas a) Núcleo de especialização de segurança;
minerais; b) Núcleo de especialização de auditoria.
b) Núcleo de especialização de geotecnia mineira;
c) Núcleo de especialização de segurança; 19 — Compete ao conselho diretivo nacional, sob pare-
d) Núcleo de especialização de auditoria. cer da direção do conselho da profissão, ouvida a direção
do colégio de especialidade em que a especialização se
10 — São núcleos de especialização do colégio de es- integra, outorgar a integração do membro em determinado
pecialidade de engenharia agrária: núcleo de especialização.
a) Núcleo de especialização de controlo fitossanitário;
b) Núcleo de especialização de ordenamento e explo- Artigo 41.º
ração cinegética; Direções de colégios de especialidades
c) Núcleo de especialização de avaliação de prédios
rústicos; 1 — A atividade dos colégios de especialidades é diri-
d) Núcleo de especialização de produção cartográfica; gida por direções de colégio.
e) Núcleo de especialização de qualidade alimentar; 2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, as
f) Núcleo de especialização de segurança; direções de colégios são constituídas por um presidente e
g) Núcleo de especialização de auditoria. dois vice-presidentes, eleitos pelos membros do respetivo
colégio, em lista por sufrágio universal, direto, secreto e
11 — São núcleos de especialização do colégio de es- periódico.
pecialidade de engenharia geográfica/topográfica: 3 — No caso de o colégio agrupar mais de uma
a) Núcleo de especialização de produção cartográfica; especialidade, a direção de colégio deve ainda integrar
b) Núcleo de especialização de segurança; membros das especialidades que o compõem.
c) Núcleo de especialização de auditoria. 4 — Podem participar nas reuniões das direções de
colégios os membros do respetivo colégio que para tal
12 — São núcleos de especialização do colégio de es- sejam convidados.
pecialidade de engenharia do ambiente: 5 — Compete a cada direção de colégio:
a) Núcleo de especialização de certificação energética; a) Discutir e propor planos de ação relativos a questões
b) Núcleo de especialização de segurança; profissionais no âmbito da especialidade do colégio;
c) Núcleo de especialização de auditoria. b) Discutir, dar parecer e propor planos de ação relativos
à formação, atualização e especialização dos engenheiros
13 — São núcleos de especialização do colégio de es- técnicos;
pecialidade de engenharia de segurança: c) Dar parecer sobre matérias da especialização, bem
como as de admissão e de qualificação;
a) Núcleo de especialização de segurança contra in- d) Dar parecer sobre matérias da especialidade do colé-
cêndios; gio, ou outras referentes à Ordem, quando solicitado pelo
b) Núcleo de especialização de segurança; conselho diretivo nacional ou pelo conselho da profis-
c) Núcleo de especialização de auditoria. são;
14 — São núcleos de especialização do colégio de es- e) Apoiar o conselho diretivo nacional no domínio da
pecialidade de engenharia aeronáutica: respetiva especialidade;
f) Participar na atividade geral da Ordem através do
a) Núcleo de especialização de segurança; conselho da profissão.
b) Núcleo de especialização de auditoria.
6 — Os colégios de especialidades têm sede na sec-
15 — São núcleos de especialização do colégio de es-
ção regional a que o presidente do respetivo colégio per-
pecialidade de engenharia de transportes:
tence.
a) Núcleo de especialização de segurança rodoviária; 7 — As despesas dos colégios de especialidades são
b) Núcleo de especialização de segurança; assumidas pelas secções regionais onde os presidentes dos
c) Núcleo de especialização de auditoria. colégios de especialidade se encontram instalados.
16 — São núcleos de especialização do colégio de es-
pecialidade de engenharia de proteção civil: SECÇÃO II

a) Núcleo de especialização de segurança contra in- Órgãos regionais


cêndios;
b) Núcleo de especialização de segurança; Artigo 42.º
c) Núcleo de especialização de auditoria. Órgãos regionais

17 — São núcleos de especialização do colégio de es- São órgãos regionais da Ordem:


pecialidade de engenharia alimentar:
a) As assembleias gerais de secção;
a) Núcleo de especialização de qualidade alimentar; b) Os conselhos diretivos de secção;
b) Núcleo de especialização de segurança; c) Os conselhos fiscais de secção;
c) Núcleo de especialização de auditoria. d) Os conselhos disciplinares de secção.
Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015 8171

Artigo 43.º f) Submeter à aprovação e votação das respetivas assem-


Assembleias gerais de secção
bleias gerais de secção o relatório e contas do ano civil
anterior;
1 — As assembleias gerais de secção são constituídas g) Submeter à aprovação e votação das respetivas assem-
por todos os membros efetivos no pleno gozo dos seus bleias gerais de secção o plano de atividades e o orçamento
direitos, inscritos nas respetivas secções regionais. anual para o ano civil em curso;
2 — Compete às assembleias gerais de secção: h) Arrecadar receitas, transferir verbas arrecadadas por
conta de outrem e satisfazer despesas;
a) O debate aberto sobre as questões que interessem aos
i) Colaborar com o conselho diretivo nacional na orga-
engenheiros técnicos e à Ordem, em especial no âmbito
nização e realização dos atos eleitorais;
territorial das secções;
j) Colaborar com o conselho diretivo nacional na orga-
b) Emitirem pareceres sobre os assuntos que lhes sejam
nização e realização de referendos;
submetidos pelo conselho diretivo de secção;
k) Convocar reuniões de esclarecimento e debate rela-
c) Emitirem pareceres e recomendações aos demais
tivas a referendos a realizar;
órgãos da secção;
l) Receber e instruir os pedidos de inscrição e promover
d) Deliberar sobre os assuntos que o conselho diretivo
o registo dos membros;
de secção entenda submeter-lhe; m) Aprovar o seu regimento.
e) Aprovar o relatório e contas do conselho diretivo de
secção, atento o parecer do conselho fiscal de secção; Artigo 45.º
f) Apreciar e deliberar sobre o plano de atividades e
orçamento anual proposto pelo conselho diretivo de secção; Conselhos fiscais de secção
g) Aprovar o respetivo regimento. 1 — Os conselhos fiscais de secção são constituídos por
um presidente e dois vogais, eleitos em lista por sufrágio
3 — As assembleias gerais de secção são dirigidas por universal, direto, secreto e periódico dos membros efetivos
uma mesa, constituída por um presidente e dois secretários, no pleno gozo dos seus direitos, inscritos nas respetivas
eleitos em lista por sufrágio direto, secreto e periódico dos secções regionais, acrescido do presidente do conselho
membros efetivos no pleno gozo dos seus direitos, inscritos fiscal nacional, este sem direito a voto.
nas respetivas secções regionais. 2 — Compete aos conselhos fiscais de secção:
4 — As assembleias gerais de secção, convocadas pelos
seus presidentes, reúnem ordinariamente uma vez por ano a) Examinar, pelo menos trimestralmente, a gestão fi-
e extraordinariamente nos termos do número seguinte. nanceira da competência dos respetivos conselhos diretivos
5 — As assembleias gerais de secção reúnem de secção;
extraordinariamente por iniciativa dos respetivos conselhos b) Dar parecer sobre o relatório e contas apresentados
diretivos de secção ou sempre que um número mínimo de pelos respetivos conselhos diretivos de secção, bem como
5 % ou de 100 membros efetivos inscritos na respetiva sobre o orçamento;
secção regional no pleno gozo dos seus direitos o requeira c) Participar, sempre que o julguem conveniente e sem
à mesa. direito a voto, nas reuniões dos respetivos conselhos dire-
tivos de secção.
Artigo 44.º
Artigo 46.º
Conselhos diretivos de secção
Conselhos disciplinares de secção
1 — Os conselhos diretivos de secção são constituídos
por um presidente, um vice-presidente, um secretário, um 1 — Os conselhos disciplinares de secção são constituí-
tesoureiro e um vogal, eleitos em lista por sufrágio uni- dos por um presidente e dois vogais, eleitos em lista por
versal, direto, secreto e periódico dos membros efetivos sufrágio universal, direto, secreto e periódico dos membros
no pleno gozo dos seus direitos, inscritos nas respetivas efetivos no pleno gozo dos seus direitos, inscritos nas
secções regionais. respetivas secções regionais.
2 — Compete aos conselhos diretivos de secção: 2 — Compete aos conselhos disciplinares de secção
instruir e julgar os processos disciplinares que digam
a) Promover ações tendentes à realização dos objetivos respeito aos membros da Ordem, sem prejuízo dos que
da Ordem, de acordo com as linhas de atuação definidas são da competência do conselho jurisdicional.
pelo conselho diretivo nacional; 3 — Das decisões dos conselhos disciplinares de secção
b) Representar a respetiva secção regional, em juízo e cabe recurso para o conselho jurisdicional.
fora dele;
c) Gerir as atividades das respetivas secções regionais Artigo 47.º
nos termos do presente Estatuto e dos regulamentos e
Delegados distritais e de ilha
administrar os bens que lhes são confiados;
d) Requerer a convocação de assembleias gerais de 1 — O conselho diretivo de secção pode dispor de de-
secção; legados nomeados pelo conselho diretivo nacional em
e) Elaborar e apresentar aos respetivos conselhos fiscais, cada um dos distritos do continente e em cada uma das
com a antecedência mínima de 30 dias relativamente às ilhas das regiões autónomas, sob proposta dos conselhos
datas das sessões ordinárias anuais das assembleias gerais diretivos de secção.
de secção, referidas no n.º 4 do artigo anterior, o relatório 2 — O delegado é coadjuvado por dois subdelegados,
e contas do ano civil anterior; que o substituem nas suas ausências e impedimentos.
8172 Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015

CAPÍTULO IV Artigo 51.º


Congresso Sufrágio
1 — O sufrágio é universal, direto, periódico e secreto.
Artigo 48.º 2 — Têm direito a voto os membros efetivos da Ordem
Congresso que se encontrem no pleno gozo dos seus direitos.
1 — A Ordem realiza, com frequência não inferior a Artigo 52.º
dois anos, um congresso de índole técnica, científica e
Publicidade
profissional.
2 — O congresso tem lugar, alternadamente, em cada A convocação das eleições e dos referendos é feita por
uma das secções regionais. meio de anúncios convocatórios afixados na sede nacional
3 — A organização do congresso cabe ao conselho e nas sedes regionais e publicados no sítio eletrónico da
diretivo nacional, com a colaboração do conselho diretivo Ordem na Internet e num jornal de divulgação nacional
da secção regional onde se realiza o congresso. com a antecedência mínima de 60 dias.
4 — As despesas com a realização dos congressos
podem ser comparticipadas pelos órgãos nacionais. Artigo 53.º
Cadernos eleitorais
CAPÍTULO V 1 — Os cadernos eleitorais devem ser afixados nas sedes
Eleições e referendos nacional e regionais 45 dias antes da data da realização
das eleições.
2 — Da inscrição irregular ou de omissão nos cadernos
SECÇÃO I eleitorais pode qualquer eleitor reclamar para a mesa elei-
toral nos 15 dias seguintes aos da afixação, devendo esta
Disposições gerais
decidir da reclamação no prazo de quatro dias.
Artigo 49.º Artigo 54.º
Organização
Horário de votação
1 — A organização das eleições, bem como dos refe-
rendos compete ao conselho diretivo nacional, que, para o O horário das mesas de voto é estabelecido em regu-
lamento.
efeito, nomeia uma comissão eleitoral, com a colaboração
das mesas das assembleias gerais de secção, devendo para Artigo 55.º
o efeito: Boletins de voto
a) Convocar as assembleias eleitorais e de referendos; 1 — Os boletins de voto são editados pelo conselho
b) Promover a constituição das comissões de fiscalização; diretivo nacional.
c) Organizar os cadernos eleitorais e apreciar as respe- 2 — Os boletins de voto, bem como as listas de candi-
tivas reclamações; datura, são enviados aos membros efetivos da Ordem até
d) Verificar a regularidade das candidaturas. 10 dias úteis antes da data marcada para o ato eleitoral e
estão igualmente disponíveis nos locais de voto.
2 — A comissão eleitoral é presidida pelo bastonário,
que pode delegar essa competência. Artigo 56.º
Identidade dos eleitores
Artigo 50.º
A identificação dos eleitores é feita através da apresen-
Comissões de fiscalização
tação do documento de identificação civil com fotografia.
1 — É constituída em cada secção uma comissão de
fiscalização, composta pelo presidente da respetiva mesa da Artigo 57.º
assembleia geral de secção e por um representante de cada Funcionamento das mesas eleitorais
uma das listas concorrentes, a qual inicia as suas funções
no dia seguinte ao da apresentação das candidaturas ou da 1 — As mesas eleitorais funcionam obrigatoriamente
abertura do processo de referendo. em todas as sedes regionais da Ordem.
2 — Os representantes de cada lista concorrente devem 2 — A constituição das mesas eleitorais é promovida
ser indicados conjuntamente com a apresentação das pelas assembleias gerais de secção, até cinco dias antes da
candidaturas. data das eleições ou do referendo, devendo designar um
3 — Se o presidente da mesa da assembleia geral for representante seu, que preside à respetiva mesa, integrando,
candidato nas eleições a realizar, é substituído na comissão esta, um elemento de cada lista concorrente.
de fiscalização por um dos secretários ou por um membro
da Ordem designado pela respetiva mesa. Artigo 58.º
4 — Compete às comissões de fiscalização: Contagem dos votos
a) Fiscalizar o processo eleitoral ou de referendo; 1 — Logo que a votação tenha terminado, procede-se à
b) Elaborar relatórios sobre eventuais irregularidades, a imediata contagem dos votos, presenciais e por correspon-
entregar às correspondentes mesas das assembleias gerais dência, e à elaboração da ata dos resultados, devidamente
de secção. assinada pelos elementos da mesa eleitoral.
Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015 8173

2 — O apuramento final é feito na sede da Ordem no ção de colégio de especialidade, ao conselho fiscal de sec-
prazo de sete dias. ção e ao conselho disciplinar de secção não podem integrar
Artigo 59.º as listas de candidatos a qualquer outro órgão.
Reclamação e recurso 3 — Só podem ser eleitos para órgãos regionais
os profissionais inscritos como membros efetivos na
1 — Os eleitores podem reclamar perante a mesa elei- circunscrição a que o órgão pertence.
toral, com fundamento em irregularidades do ato eleitoral,
até três dias após o fim da votação. Artigo 63.º
2 — A mesa eleitoral deve apreciar a reclamação no
prazo de 48 horas, sendo a decisão comunicada ao recla- Sistema eleitoral
mante por escrito e afixada na sede da Ordem. 1 — As eleições para bastonário e vice-presidentes no
3 — Da decisão da mesa eleitoral cabe recurso para seio do conselho diretivo nacional, mesa da assembleia
o conselho diretivo nacional no prazo de oito dias úteis
contados da data em que for comunicada ao reclamante a geral nacional, conselho fiscal nacional, conselhos dire-
decisão da mesa eleitoral. tivos de secção, mesa das assembleias gerais de secção
4 — O conselho diretivo nacional é convocado para o e conselho fiscal de secção são feitas de acordo com o
efeito nos oito dias seguintes. sistema maioritário a uma volta.
2 — As eleições para os restantes órgãos da Ordem são
Artigo 60.º feitas de acordo com o sistema da representação proporcio-
nal, segundo o método da média mais alta de Hondt.
Divulgação dos resultados Artigo 64.º
1 — Não tendo havido reclamações ou recursos, ou Apresentação de candidaturas
estando decididos os apresentados, é feita a divulgação
dos resultados. 1 — As candidaturas são entregues no conselho diretivo
2 — A divulgação dos resultados das eleições para os nacional, juntamente com um termo de aceitação de cada
órgãos regionais é feita pelas respetivas mesas das assem- membro que as constituem, incluindo os suplentes, e os
bleias gerais de secção. respetivos programas de ação.
3 — A divulgação dos resultados eleitorais para os 2 — As candidaturas, as quais são individualizadas para
órgãos nacionais da Ordem, bem como dos resultados cada órgão, devem ser apresentadas com a antecedência de
dos referendos, é feita pelo conselho diretivo nacional. 60 dias em relação à data designada para as eleições.
4 — Os resultados eleitorais devem ser afixados no sítio 3 — As candidaturas devem ser subscritas por um
eletrónico da Ordem na Internet e afixados na sede nacional mínimo de 100 membros efetivos da Ordem.
da Ordem e em todas as secções regionais e delegações. 4 — Os candidatos são identificados pelo nome
completo, número de membro, idade e residência ou
Artigo 61.º domicílio profissional.
Voto por procuração e por correspondência 5 — Os proponentes das candidaturas são identifica-
dos pelo nome completo legível, assinatura e número de
1 — O voto é pessoal e secreto, não sendo admitido o membro.
voto por procuração. Artigo 65.º
2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, é
admitido o voto por correspondência desde que: Período eleitoral

a) O boletim de voto esteja dobrado em quatro e contido 1 — As eleições devem ter lugar no último trimestre do
em sobrescrito fechado; ano do termo do mandato dos órgãos eleitos.
b) Dentro desse mesmo sobrescrito conste igualmente 2 — No caso de perda de quórum, depois de substituídos
uma fotocópia simples do bilhete de identidade ou do car- os membros eleitos para os cargos pelos respetivos
tão de cidadão do membro, devendo na mesma ser aposto o suplentes, ou de dissolução de órgãos eleitos por deliberação
respetivo número de membro, e a sua assinatura conforme da assembleia representativa, por maioria de dois terços, as
a do documento de identificação; eleições devem ter lugar nos três meses seguintes à perda
c) O sobrescrito seja introduzido noutro e endereçado de quórum ou da destituição, salvo se faltar menos de um
à mesa eleitoral, por via postal, e que tenha sido recebido ano para o início de novo mandato.
na Ordem até ao dia da votação, inclusive.
Artigo 66.º
3 — O pagamento de todos os custos associados ao
voto por correspondência é da inteira responsabilidade Suprimento de irregularidades
do membro.
1 — O conselho diretivo nacional deve verificar da
SECÇÃO II regularidade das candidaturas nos cinco dias subsequen-
tes ao encerramento do prazo para entrega das listas de
Eleições candidatura.
Artigo 62.º 2 — Com vista ao suprimento das eventuais
irregularidades encontradas, a documentação é devolvida
Capacidade eleitoral passiva ao primeiro subscritor da lista, o qual deve saná-las no
1 — Só pode ser eleito para os órgãos da Ordem o pro- prazo de três dias úteis.
fissional membro efetivo no pleno gozo dos seus direitos. 3 — Findo o prazo referido no número anterior sem que
2 — Os candidatos ao conselho diretivo nacional, ao se proceda à regularização das candidaturas, deve o con-
conselho fiscal nacional, ao conselho jurisdicional, à dire- selho diretivo nacional rejeitá-las nas 24 horas seguintes.
8174 Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015

Artigo 67.º prestados pelos engenheiros técnicos, analisar as queixas


Publicidade dos programas ou sugestões apresentadas e assegurar as respostas ade-
quadas em tempo útil e oportuno, e recomendar soluções,
As listas de candidatura concorrentes às eleições, bem tanto para a resolução das queixas, como em geral para o
como os respetivos programas de ação, são afixados na sede aperfeiçoamento do desempenho da Ordem.
nacional, nas sedes regionais e nas delegações da Ordem 2 — O provedor é nomeado pelo conselho diretivo
desde a data da sua aceitação definitiva até à realização do nacional, mediante proposta do bastonário, cessando
ato eleitoral. funções com o fim do mandato do conselho diretivo
SECÇÃO III nacional, e não pode ser destituído, salvo por falta grave
no exercício das suas funções.
Referendos internos 3 — O cargo de provedor pode ser remunerado, nos
termos fixados pelo conselho diretivo nacional.
Artigo 68.º
4 — No caso de ser membro da Ordem, a pessoa
Objeto designada para o cargo de provedor deve requerer a
suspensão da sua inscrição antes do início do exercício
1 — A Ordem pode realizar, a nível nacional, referendos
internos com caráter vinculativo ou consultivo aos seus do cargo.
membros, destinados a submeter a votação as questões CAPÍTULO VII
que a assembleia representativa nacional ou o conselho
diretivo nacional considerem relevantes. Deontologia
2 — As propostas de dissolução da Ordem são obriga-
toriamente submetidas a referendo. SECÇÃO I
3 — As questões devem ser formuladas com clareza e
para respostas de sim ou não. Direitos e deveres para com a Ordem
4 — As questões referentes a matérias que o presente
Estatuto cometa à competência deliberativa de qualquer Artigo 72.º
órgão nacional só podem ser submetidas a referendo
mediante autorização desse órgão, lavrada em ata. Direitos dos membros efetivos
5 — A realização de referendos é obrigatoriamente pre- Constituem direitos dos membros efetivos:
cedida da verificação da sua conformidade legal ou esta-
tutária pelo conselho jurisdicional. a) Participar nas atividades da Ordem;
b) Requerer a convocação de assembleias gerais de
Artigo 69.º secção extraordinárias;
c) Eleger e ser eleitos para o desempenho de funções
Organização na Ordem;
1 — O teor das questões a submeter a referendo interno d) Requerer a atribuição de títulos de especialidade e a
é divulgado junto de todos os membros da Ordem e deve inscrição nos núcleos dessas especialidades;
ser objeto de reuniões de esclarecimento e debate. e) Beneficiar da atividade editorial da Ordem;
2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, as f) Utilizar os serviços oferecidos pela Ordem;
propostas de alteração às questões a submeter a referendo g) Utilizar o cartão de identificação de membro da
interno devem ser dirigidas por escrito ao conselho diretivo Ordem.
nacional, durante o período de esclarecimento e debate, por Artigo 73.º
membros da Ordem devidamente identificados. Deveres dos membros efetivos
3 — As propostas de referendo interno subscritas por um
mínimo de 3 % dos membros efetivos da Ordem no pleno 1 — Constituem deveres dos membros efetivos para
gozo dos seus direitos não podem ser objeto de alteração com a Ordem:
pelo conselho diretivo nacional.
a) Cumprir as obrigações do presente Estatuto e dos
Artigo 70.º regulamentos da Ordem;
b) Desempenhar as funções para as quais tenham sido
Efeitos eleitos ou designados;
1 — O efeito vinculativo do referendo interno depende c) Colaborar com comissões ou grupos de trabalho da
de o número de votantes ser superior a metade dos mem- Ordem;
bros efetivos inscritos nos cadernos eleitorais. d) Pagar as quotas;
2 — Quando se trate de projetos de propostas relati- e) Participar na vida da Ordem;
vos à dissolução da Ordem, a aprovação carece do voto f) Contribuir para o prestígio da profissão e da Ordem.
expresso de dois terços dos membros inscritos nos cader-
nos eleitorais. 2 — Estão isentos do pagamento de quotas os membros
da Ordem cuja inscrição se encontre suspensa, salvo por
CAPÍTULO VI via de procedimento disciplinar.
Provedor da Ordem Artigo 74.º
Artigo 71.º Direitos dos membros estagiários
Competências e forma de designação Constituem direitos dos membros estagiários:
1 — O provedor da Ordem tem como função defender a) Participar nas atividades da Ordem;
os interesses dos destinatários dos serviços profissionais b) Beneficiar da atividade editorial da Ordem;
Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015 8175

c) Utilizar os serviços oferecidos pela Ordem; c) Abster-se de divulgar ou de utilizar segredos pro-
d) Intervir, sem direito a voto, na assembleia geral nacio- fissionais;
nal e nas assembleias gerais de secção; d) Fixar uma remuneração adequada ao serviço prestado.
e) Utilizar o cartão de identificação de membro da
Ordem. Artigo 80.º
Artigo 75.º Deveres do engenheiro técnico no exercício da profissão
Deveres dos membros estagiários São deveres do engenheiro técnico no exercício da sua
Constituem deveres dos membros estagiários para com profissão:
a Ordem: a) Agir sempre com boa-fé, lealdade, correção e isenção;
a) Cumprir as obrigações do presente Estatuto e dos b) Apenas assinar pareceres, projetos ou outros trabalhos
regulamentos da Ordem; profissionais de que seja autor ou colaborador;
b) Participar na prossecução dos objetivos da Ordem e c) Prosseguir a permanente atualização de conheci-
colaborar nas suas atividades. mentos.

Artigo 76.º Artigo 81.º


Direitos dos membros estudantes Deveres recíprocos dos engenheiros técnicos

Os membros estudantes gozam dos seguintes direitos: São deveres recíprocos dos engenheiros técnicos:
a) Participar nas atividades da Ordem; a) Evitar qualquer concorrência desleal;
b) Intervir, sem direito a voto, na assembleia geral nacio- b) Prestar aos colegas, desde que solicitada, toda a cola-
nal e nas assembleias gerais de secção. boração possível;
c) Abster-se de prejudicar a reputação ou a atividade
Artigo 77.º profissional de colegas;
d) Quando chamado a substituir um colega na execu-
Deveres dos membros estudantes ção de um trabalho, não o aceitar sem o informar previa-
Os membros estudantes devem participar na prossecu- mente.
ção dos objetivos da Ordem e colaborar nas suas atividades.
CAPÍTULO VIII
SECÇÃO II
Responsabilidade disciplinar
Deveres profissionais
SECÇÃO I
Artigo 78.º
Deveres do engenheiro técnico para com a comunidade
Disposições gerais

São deveres do engenheiro técnico: Artigo 82.º


a) Desempenhar com competência as suas funções, Infração disciplinar
contribuindo para o progresso da engenharia;
b) Defender o ambiente e os recursos naturais; 1 — Considera-se infração disciplinar toda a ação ou
c) Garantir a segurança do pessoal, dos utentes e do omissão de qualquer membro da Ordem que viole os de-
público em geral; veres consignados no presente Estatuto ou nos respetivos
d) Procurar as melhores soluções técnicas, ponderando regulamentos.
a economia e a qualidade das obras que projetar, dirigir 2 — As infrações disciplinares previstas no presente
ou organizar; Estatuto e demais disposições legais e regulamentares
e) Subscrever os seguros de responsabilidade civil pro- aplicáveis são puníveis a título de dolo ou negligência.
fissional ou da prestação de garantia ou instrumento equi- 3 — A tentativa é punível.
valente.
Artigo 83.º
Artigo 79.º
Jurisdição disciplinar
Deveres do engenheiro técnico para com a entidade
empregadora e para com o cliente 1 — Os membros da Ordem estão sujeitos ao poder
disciplinar dos órgãos da Ordem, nos termos previstos no
São deveres do engenheiro técnico para com a entidade
presente Estatuto e no regulamento disciplinar.
empregadora e o cliente:
2 — A suspensão ou o cancelamento da inscrição não
a) Contribuir para a realização dos objetivos económico- faz cessar a responsabilidade disciplinar por infrações ante-
-sociais das organizações em que se integre, promovendo riormente praticadas pelo membro da Ordem enquanto tal.
o aumento da produtividade, a melhoria da qualidade dos 3 — Durante o tempo de suspensão da inscrição, o mem-
produtos e das condições de trabalho; bro continua sujeito ao poder disciplinar da Ordem.
b) Prestar os seus serviços com diligência e pontuali- 4 — A punição com a sanção de expulsão não faz cessar
dade, de modo a não prejudicar o cliente nem terceiros, a responsabilidade disciplinar do infrator relativamente às
nunca abandonando, sem justificação, os trabalhos que lhe infrações por ele cometidas antes da decisão definitiva que
forem confiados ou os cargos que desempenhar; tenha aplicado aquela sanção.
8176 Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015

Artigo 84.º Artigo 87.º


Independência da responsabilidade disciplinar Prescrição do procedimento disciplinar
dos membros da Ordem
1 — O procedimento disciplinar extingue-se, por efeito
1 — A responsabilidade disciplinar é independente da de prescrição, logo que sobre a prática da infração tiver
responsabilidade civil e criminal decorrente da prática do decorrido o prazo de cinco anos, salvo o disposto no nú-
mesmo facto. mero seguinte.
2 — A responsabilidade disciplinar perante a Ordem 2 — Se a infração disciplinar constituir simultaneamente
coexiste com qualquer outra prevista por lei. infração criminal para a qual a lei estabeleça prescrição
3 — Quando, com fundamento nos mesmos factos, tiver sujeita a prazo mais longo, o procedimento disciplinar
sido instaurado processo penal contra membro da Ordem e, apenas prescreve após o decurso deste último prazo.
para se conhecer da existência de uma infração disciplinar, 3 — O prazo de prescrição do procedimento disciplinar
for necessário julgar qualquer questão que não possa ser corre desde o dia em que o facto se tiver consumado.
convenientemente resolvida no processo disciplinar, pode 4 — O prazo de prescrição só corre:
ser ordenada a suspensão do processo disciplinar por um a) Nas infrações instantâneas, desde o momento da
período máximo de um ano. sua prática;
4 — A suspensão do processo disciplinar, nos termos do b) Nas infrações continuadas, desde o dia da prática
número anterior, é comunicada pela Ordem à autoridade do último ato;
judiciária competente, a qual deve ordenar a remessa à c) Nas infrações permanentes, desde o dia em que ces-
Ordem de cópia do despacho de acusação e, se a ele hou- sar a consumação.
ver lugar, do despacho de pronúncia.
5 — Decorrido o prazo fixado no n.º 3 sem que a ques- 5 — O procedimento disciplinar também prescreve se,
tão tenha sido resolvida, a questão é decidida no processo desde o conhecimento ou a participação efetuada nos ter-
mos do n.º 1 do artigo seguinte, não se iniciar o processo
disciplinar.
disciplinar competente no prazo de um ano.
6 — Sempre que, em processo penal contra membro da
6 — O prazo de prescrição do processo disciplinar inter-
Ordem, for designado dia para a audiência de julgamento, rompe-se com a notificação ao arguido:
o tribunal deve ordenar a remessa à Ordem, preferen-
cialmente por via eletrónica, do despacho de acusação, a) Da instauração do processo disciplinar;
do despacho de pronúncia e da contestação, se tiver sido b) Da acusação.
apresentada, bem como quaisquer outros elementos soli-
citados pelo conselho diretivo nacional, pelo bastonário, 7 — Após cada período de interrupção começa a correr
novo prazo de prescrição.
pelo conselho jurisdicional ou pelo conselho disciplinar
8 — O prazo de prescrição do processo disciplinar sus-
de secção. pende-se durante o tempo em que:
7 — Os factos considerados provados em processo penal
contra membro da Ordem consideram-se também provados a) O processo disciplinar estiver suspenso, a aguardar
em processo disciplinar. despacho de acusação ou de pronúncia em processo penal;
8 — A responsabilidade disciplinar dos membros b) A decisão final do processo disciplinar não puder ser
perante a Ordem decorrente da prática de infrações é inde- notificada ao arguido, por motivo que lhe seja imputável.
pendente da responsabilidade disciplinar perante os respe-
9 — A suspensão, quando resulte da situação prevista
tivos empregadores, por infração dos deveres emergentes
na alínea b) do número anterior, não pode ultrapassar o
de relações de trabalho. prazo de dois anos.
10 — O prazo de prescrição volta a correr a partir do
Artigo 85.º dia em que cessar a causa da suspensão.
Responsabilidade disciplinar dos profissionais
em livre prestação de serviços
SECÇÃO II
Os profissionais que prestem serviços em território na- Do exercício da ação disciplinar
cional em regime de livre prestação são equiparados aos
membros da Ordem para efeitos disciplinares, nos termos Artigo 88.º
do n.º 2 do artigo 4.º da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, al- Exercício da ação disciplinar
terada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de agosto, e 25/2014,
de 2 de maio, com as especificidades constantes do n.º 7 1 — Têm legitimidade para participar à Ordem factos
do artigo 93.º e do regulamento disciplinar. suscetíveis de constituir infração disciplinar:
a) O bastonário;
Artigo 86.º b) O conselho diretivo nacional;
Responsabilidade disciplinar das sociedades c) Os conselhos diretivos de secção;
de engenheiros técnicos d) O provedor da Ordem;
e) O Ministério Público, nos termos do n.º 3;
As pessoas coletivas que sejam membros da Ordem f) Qualquer pessoa direta ou indiretamente afetada pelos
estão sujeitas ao poder disciplinar dos órgãos desta última fatos participados.
nos termos do presente Estatuto e da lei que estabelece o
regime jurídico da constituição e funcionamento das socie- 2 — Os tribunais e quaisquer autoridades devem dar
dades de profissionais que estejam sujeitas a associações conhecimento à Ordem da prática, por membros, de factos
públicas profissionais. suscetíveis de constituírem infração disciplinar.
Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015 8177

3 — Sem prejuízo do disposto na lei de processo penal 2 — A sanção de advertência é aplicada a infrações leves
acerca do segredo de justiça, o Ministério Público e os no exercício da profissão dos membros.
órgãos de polícia criminal remetem à Ordem certidão das 3 — A sanção de repreensão registada é aplicável a
denúncias, participações ou queixas apresentadas contra infrações graves no exercício da profissão dos membros
membros da Ordem e que possam consubstanciar factos às quais, em razão da culpa do arguido, não caiba mera
suscetíveis de constituir infração disciplinar. advertência.
4 — A sanção de suspensão é aplicável quando, tendo
Artigo 89.º em conta a natureza da profissão, a infração disciplinar
Desistência da participação
seja grave e tenha posto em causa a vida, a integridade
física das pessoas ou seja gravemente lesiva da honra ou
A desistência da participação disciplinar pelo interes- do património alheios ou de valores equivalentes.
sado extingue o processo disciplinar, salvo se a infração 5 — A sanção de expulsão é aplicável a infrações muito
imputada afetar a dignidade do membro visado e, neste graves que afetem de tal forma a dignidade e o prestígio
caso, este manifeste intenção de que o processo prossiga, profissionais, que inviabilizam definitivamente o exercício
ou o prestígio da Ordem ou da profissão, em qualquer uma da atividade profissional de engenheiro técnico.
das suas especialidades. 6 — O incumprimento do dever de pagar quotas pode
dar lugar à aplicação de sanção disciplinar de suspensão,
Artigo 90.º nos termos do presente Estatuto, quando se apure que
Instauração do processo disciplinar aquele incumprimento é culposo e se prolongue por período
superior a 12 meses.
1 — Qualquer órgão da Ordem, oficiosamente ou tendo 7 — No caso de profissionais em regime de livre presta-
por base queixa, denúncia ou participação apresentada por ção de serviços em território nacional, as sanções previstas
pessoa devidamente identificada, contendo factos sus- nos n.os 5 e 6 assumem, respetivamente, a forma de inter-
cetíveis de integrarem infração disciplinar do membro, dição definitiva ou temporária do exercício da atividade
comunica, de imediato, os factos ao órgão competente profissional neste território.
para a instauração de processo disciplinar. 8 — A aplicação de sanção mais grave do que a de
2 — Quando se conclua que a participação é infundada, repreensão registada a membro que exerça algum cargo
dela se dá conhecimento ao membro visado e são emitidas nos órgãos da Ordem determina a imediata e automática
as certidões que o mesmo entenda necessárias para a tutela destituição desse cargo, sem dependência de deliberação
dos seus direitos e interesses legítimos. da assembleia representativa nesse sentido.
3 — O processo disciplinar contra o bastonário ou 9 — A tentativa é punível com a sanção aplicável à
contra qualquer membro do conselho jurisdicional infração consumada, especialmente atenuada.
em efetividade de funções só pode ser instaurado por 10 — Sempre que a infração resulte da violação de um
deliberação da assembleia representativa, aprovada por dever por omissão, o cumprimento das sanções aplicadas
maioria absoluta. não dispensam o arguido do cumprimento daquele, se tal
Artigo 91.º ainda for possível.
Legitimidade processual 11 — A prática de infração é considerada reincidente
quando repita o comportamento ilícito antes de decorrido o
As pessoas com interesse direto, pessoal e legítimo rela- prazo de cinco anos após o dia em que se tornar definitiva
tivamente aos factos participados podem solicitar à Ordem a condenação por cometimento da infração anterior.
a sua intervenção no processo, requerendo e alegando o
que tiverem por conveniente. Artigo 94.º
Artigo 92.º Graduação

Direito subsidiário 1 — Na aplicação das sanções deve atender-se aos ante-


cedentes profissionais e disciplinares do arguido, ao grau
Sem prejuízo do disposto no presente Estatuto, o pro- de culpa, à gravidade e às consequências da infração, à
cesso disciplinar rege-se por regulamento disciplinar, sendo situação económica do arguido e a todas as demais cir-
subsidiariamente aplicáveis as normas procedimentais cunstâncias agravantes ou atenuantes.
previstas na Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas, 2 — São circunstâncias atenuantes:
aprovada pela Lei n.º 35/2014, de 20 de junho.
a) O exercício efetivo da profissão de engenheiro téc-
nico por um período superior a cinco anos, seguidos ou
SECÇÃO III interpolados, sem qualquer sanção disciplinar;
Das sanções disciplinares b) A confissão espontânea da infração ou das infrações;
c) A colaboração do arguido para a descoberta da ver-
Artigo 93.º dade;
d) A reparação dos danos causados pela conduta lesiva.
Aplicação de sanções disciplinares
1 — As sanções disciplinares são as seguintes: 3 — São circunstâncias agravantes:
a) Advertência; a) A premeditação, considerando-se como tal a vontade
b) Repreensão registada; manifestada num período igual ou superior a dois dias antes
c) Suspensão do exercício profissional até ao máximo da prática da infração;
de dois anos; b) O conluio;
d) Expulsão. c) A reincidência;
8178 Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015

d) A acumulação de infrações, sempre que duas ou mais designadamente praticando os atos necessários à efetiva
infrações sejam cometidas no mesmo momento ou quando suspensão ou ao cancelamento da inscrição dos membros
outra seja cometida antes de ter sido punida a anterior; a quem sejam aplicadas as sanções de suspensão e de
e) O facto de a infração ou infrações serem cometidas expulsão, respetivamente.
durante o cumprimento de sanção disciplinar ou no decurso 2 — A aplicação de sanção de suspensão ou de expulsão
do período de suspensão de sanção disciplinar; implica a proibição temporária ou definitiva, respetiva-
f) A produção de prejuízos de valor considerável, enten- mente, da prática de qualquer ato profissional e a entrega da
dendo-se como tal sempre que exceda o valor de metade cédula profissional na sede da Ordem ou na secção regional
da alçada dos tribunais da relação; onde o arguido tenha o seu domicílio profissional.
g) A lesão dos interesses da Ordem.
Artigo 100.º
Artigo 95.º
Início de produção de efeitos das sanções disciplinares
Aplicação de sanções acessórias
1 — As sanções disciplinares iniciam a produção dos
1 — Cumulativamente com a aplicação das sanções seus efeitos no dia seguinte àquele em que a decisão se
disciplinares, podem ser aplicadas, a título de sanções torne definitiva.
acessórias: 2 — Se na data em que a decisão se torna definitiva
a) Frequência obrigatória de ações de formação suple- estiver suspensa a inscrição do arguido, o cumprimento da
mentares às ações de formação obrigatórias; sanção disciplinar de suspensão tem início no dia seguinte
b) Restituição de quantias, documentos ou objetos; ao do levantamento da suspensão.
c) Perda, total ou parcial, de honorários e do custeio
de despesas; Artigo 101.º
d) Perda do produto do benefício obtido pelo arguido;
e) Inelegibilidade para órgãos da Ordem por um período Comunicação e publicidade
máximo de 15 anos. 1 — A aplicação das sanções referidas nas alíneas b)
2 — As sanções acessórias podem ser cumuladas entre si. a d) do n.º 1 do artigo 93.º é comunicada pelo conselho
3 — Na aplicação das sanções acessórias deve aten- diretivo nacional:
der-se aos critérios previstos no n.º 1 do artigo anterior. a) À sociedade de profissionais ou organização associa-
4 — O resultado da aplicação das sanções acessórias tiva por conta da qual o arguido prestava serviços à data
previstas nas alíneas c) e d) do n.º 1, consideram-se per- dos factos e à data da condenação pela prática da infração
didas a favor da Ordem. disciplinar; e
b) À autoridade competente noutro Estado membro da
Artigo 96.º União Europeia ou do Espaço Económico Europeu para o
Unidade e acumulação de infrações controlo da atividade do arguido estabelecido nesse mesmo
Estado membro.
Sem prejuízo da aplicação das sanções acessórias re-
feridas no artigo anterior, não pode aplicar-se ao mesmo 2 — Quando a sanção aplicada for de suspensão ou
membro mais do que uma sanção disciplinar por cada de expulsão, é-lhe dada publicidade através do sítio na
facto punível. Internet da Ordem e em locais considerados idóneos para
Artigo 97.º o cumprimento das finalidades de prevenção geral do sis-
Suspensão das sanções tema jurídico.
1 — Tendo em consideração o grau de culpa, o com- 3 — Se for decidida a suspensão preventiva ou apli-
portamento do arguido e as circunstâncias que rodearam cada sanção de suspensão ou de expulsão, o conselho
a prática da infração, as sanções disciplinares inferiores à diretivo nacional deve inserir a correspondente anotação
expulsão podem ser suspensas por um período compreen- nas listas permanentes de membros divulgada por meios
dido entre um e cinco anos. informáticos.
2 — Cessa a suspensão da sanção sempre que, relati- 4 — A publicidade das sanções disciplinares e sanções
vamente ao membro punido, seja proferida decisão final acessórias, promovida pelo órgão disciplinarmente com-
de acusação em novo processo disciplinar. petente, é feita a expensas do arguido.
5 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, a
Artigo 98.º Ordem restitui o montante pago pelo arguido para dar
Aplicação das sanções de suspensão e expulsão
publicidade à sua suspensão preventiva sempre que este
não venha a ser condenado no âmbito do respetivo proce-
As sanções de suspensão por período superior a dois dimento disciplinar.
anos ou de expulsão só podem ser aplicadas por delibe-
ração que reúna a maioria qualificada de dois terços dos Artigo 102.º
membros do órgão disciplinarmente competente, após
audiência pública. Prescrição das sanções disciplinares
Artigo 99.º As sanções disciplinares prescrevem nos seguintes prazos:
Execução das sanções
a) As de advertência e repreensão registada, em dois
1 — Compete ao conselho diretivo nacional dar execu- anos;
ção às decisões proferidas em sede de processo disciplinar, b) As de suspensão e expulsão, em cinco anos.
Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015 8179

Artigo 103.º quantia, a título de caução, sempre que se verifiquem os


seguintes pressupostos:
Princípio do cadastro na Ordem
a) Ausência de aplicação anterior de suspensão provi-
1 — O processo individual dos membros na Ordem in- sória do processo pelo mesmo tipo de infração;
clui um cadastro, do qual constam as sanções disciplinares b) Ausência de um grau de culpa elevado.
referidas no n.º 1 do artigo 93.º e as sanções acessórias que
lhe tenham sido aplicadas. 7 — No caso previsto no número anterior, é aplicável
2 — O cadastro é gerido pelo conselho diretivo nacional ao arguido o pagamento, no prazo de 10 dias úteis, de uma
com base nos elementos comunicados pelos órgãos quantia entre € 100 e € 5000, no caso de pessoas singulares,
disciplinares da Ordem. ou entre € 1000 e € 50 000, no caso de pessoas coletivas
3 — A condenação de um membro em processo penal ou equiparadas,
é comunicada à Ordem para efeito de averbamento ao 8 — O incumprimento das medidas determinadas nos
respetivo cadastro. termos do número anterior implica a continuação do pro-
4 — As sanções referidas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do cesso disciplinar suspenso provisoriamente nos termos
artigo 93.º são eliminadas do cadastro após o decurso do dos n.os 6 e 7.
prazo de cinco anos a contar do seu cumprimento. 9 — Se o arguido cumprir as medidas determinadas, o
processo é arquivado, sendo-lhe devolvidas as quantias
SECÇÃO IV pagas nos termos do n.º 7.
Do processo Artigo 106.º
Artigo 104.º Processo disciplinar

Obrigatoriedade 1 — O processo disciplinar é regulado pelo presente


Estatuto e pelo regulamento disciplinar.
A aplicação de uma sanção disciplinar é sempre pre- 2 — O processo disciplinar é composto pelas seguintes
cedida do apuramento dos factos e da responsabilidade fases:
disciplinar em processo próprio, nos termos previstos no
presente Estatuto e no regulamento disciplinar. a) Instrução;
b) Defesa do arguido;
Artigo 105.º c) Decisão;
d) Execução.
Formas do processo
1 — A ação disciplinar pode comportar as seguintes 3 — Em todas as fases do processo disciplinar são asse-
formas: guradas ao arguido todas as garantias de defesa nos termos
gerais de direito.
a) Processo de inquérito;
b) Processo disciplinar. Artigo 107.º
2 — O processo de inquérito é aplicável quando não Suspensão preventiva
seja possível identificar claramente a existência de uma 1 — Após a audição do arguido, ou se este, notificado,
infração disciplinar ou o respetivo infrator, impondo-se a não comparecer para ser ouvido, pode ser ordenada a sua
realização de diligências sumárias para o esclarecimento suspensão preventiva, mediante deliberação tomada por
ou concretização dos factos em causa. maioria qualificada de dois terços dos membros em efeti-
3 — Aplica-se o processo disciplinar sempre que a vidade de funções do órgão competente da Ordem.
determinado membro da Ordem sejam imputados factos 2 — A suspensão a que se refere o número anterior só
devidamente concretizados, suscetíveis de constituir pode ser decretada nos casos em que haja indícios da prá-
infração disciplinar. tica de infração disciplinar à qual corresponda uma das
4 — Depois de averiguada a identidade do infrator, sanções previstas nas alíneas c) e d) do n.º 1 do artigo 93.º
ou, logo que se mostrem minimamente concretizados 3 — A suspensão preventiva não pode exceder três
ou esclarecidos os factos participados, sendo eles sus- meses e é sempre descontada na sanção de suspensão.
cetíveis de constituir infração disciplinar, é proposta a
imediata conversão do processo de inquérito em pro- Artigo 108.º
cesso disciplinar, mediante parecer sucintamente fun-
Natureza secreta do processo
damentado.
5 — Quando a participação seja manifestamente inviá- 1 — O processo é de natureza secreta até ao despacho
vel ou infundada, deve a mesma ser liminarmente arqui- de acusação ou arquivamento.
vada, dando-se cumprimento ao disposto no n.º 2 do 2 — O relator pode, todavia, autorizar a consulta do
artigo 90.º processo pelo arguido, pelo participante, pelo Ministério
6 — Se da análise da conduta de um membro realizada Público, pelos órgãos de polícia criminal ou pelos
no âmbito do processo de inquérito resultar prova bastante interessados, quando daí não resulte inconveniente para
da prática de infração disciplinar abstratamente punível a instrução e sob condição de não ser divulgado o que
com sanção de advertência ou de repreensão registada, o dele conste.
órgão disciplinar competente pode determinar a suspensão 3 — O arguido ou o interessado, quando membro da
provisória do processo mediante a imposição ao arguido de Ordem, que não respeite a natureza secreta do processo
regras de conduta ou do pagamento de uma determinada incorre em responsabilidade disciplinar.
8180 Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015

SECÇÃO V b) O produto da venda de publicações editadas;


c) Os resultados de outras atividades;
Das garantias
d) As heranças, os legados e as doações;
e) Os rendimentos dos bens que lhes estejam afetos;
Artigo 109.º
f) Os juros de contas de depósitos.
Decisões recorríveis
1 — Das decisões tomadas em matéria disciplinar cabe Artigo 113.º
recurso para o plenário do conselho jurisdicional, e para o Receitas dos órgãos regionais
conselho jurisdicional, nos casos previstos nas alíneas d)
Constituem receitas dos órgãos regionais da Ordem:
e e) do n.º 2 do artigo 37.º, respetivamente.
2 — As decisões de mero expediente ou referentes à a) A percentagem que lhes couber das receitas previstas
disciplina dos trabalhos não são passíveis de recurso nos na alínea f) do n.º 3 do artigo 34.º;
termos do número anterior. b) O produto de outras atividades levadas a efeito por
3 — O exercício do direito de recurso é regulado pelas sua iniciativa;
disposições aplicáveis do regulamento disciplinar. c) As heranças, os legados e as doações destinadas a
utilização nas respetivas áreas territoriais de jurisdição;
Artigo 110.º d) Os rendimentos dos bens que lhes estejam afetos;
Revisão
e) Os juros de conta de depósitos.

1 — É admissível a revisão de decisão definitiva profe- Artigo 114.º


rida pelos órgãos da Ordem com competência disciplinar
Despesas
sempre que:
a) Uma decisão judicial transitada em julgado declarar 1 — As despesas de deslocação dos titulares dos órgãos
falsos quaisquer elementos ou meios de prova que tenham nacionais, no exercício das suas funções, são suportadas
sido determinantes para a decisão revidenda; pelo conselho diretivo nacional.
b) Uma decisão judicial transitada em julgado tiver dado 2 — As despesas de deslocação dos titulares dos órgãos
como provado crime cometido por membro ou membros das secções regionais, no exercício das suas funções,
do órgão que proferiu a decisão revidenda e relacionado são suportadas pelos respetivos conselhos diretivos de
com o exercício das suas funções no processo; secção.
c) Os factos que serviram de fundamento à decisão con-
denatória forem inconciliáveis com os que forem dados Artigo 115.º
como provados noutra decisão definitiva e da oposição Controlo jurisdicional
resultarem graves dúvidas sobre a justiça da condenação;
d) Se tenham descoberto novos factos ou meios de prova 1 — A atividade da Ordem no âmbito das suas atri-
que, por si ou cominados com os que foram apreciados buições e do exercício dos poderes públicos que lhe são
no processo, suscitem graves dúvidas sobre a justiça da conferidos fica sujeita à jurisdição administrativa, nos
decisão condenatória proferida. termos da respetiva legislação.
2 — Das sanções disciplinares aplicadas pela Ordem cabe
2 — A simples alegação de ilegalidade, formal ou subs- recurso para os tribunais administrativos competentes.
tancial, do processo e decisão disciplinares não constitui
fundamento para a revisão. Artigo 116.º
3 — A revisão é admissível ainda que o processo se Balcão único
encontre extinto ou a sanção prescrita ou cumprida.
4 — O exercício do direito de revisão é regulado pelas 1 — Todos os pedidos, comunicações e notificações
disposições aplicáveis do regulamento disciplinar. previstos no presente Estatuto entre a Ordem e profissio-
nais, sociedades de engenheiros técnicos ou outras orga-
Artigo 111.º nizações associativas de profissionais para o exercício de
engenharia, com exceção dos relativos a procedimentos
Reabilitação disciplinares, são realizados por meios eletrónicos, através
Caso seja deferida a reabilitação, o membro reabilitado do balcão único eletrónico dos serviços, referido nos ar-
recupera plenamente os seus direitos e é dada a publicidade tigos 5.º e 6.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho,
devida, nos termos dos n.os 2 a 4 do artigo 101.º, com as acessível através do sítio na Internet da associação pública
necessárias adaptações. profissional em causa.
2 — Quando, por motivos de indisponibilidade das
plataformas eletrónicas, não for possível o cumprimento do
CAPÍTULO IX disposto no número anterior, a transmissão da informação
em apreço pode ser feita por entrega nos serviços da
Receitas e despesas
associação pública profissional em causa, por remessa pelo
correio sob registo, por telecópia ou por correio eletrónico.
Artigo 112.º
3 — A apresentação de documentos em forma simples
Receitas dos órgãos nacionais nos termos dos números anteriores dispensa a remessa dos
documentos originais, autênticos, autenticados ou certi-
Constituem receitas dos órgãos nacionais da Ordem:
ficados, sem prejuízo do disposto na alínea a) do n.º 3 e
a) A percentagem que lhes couber das receitas previstas nos n.os 4 e 5 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de
na alínea f) do n.º 3 do artigo 34.º; 26 de julho.
Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015 8181

4 — São ainda aplicáveis aos procedimentos referidos as medidas necessárias para cooperar eficazmente, nomea-
no presente artigo o disposto nas alíneas d) e e) do artigo 5.º damente através do Sistema de Informação do Mercado
e no n.º 1 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de Interno, no âmbito dos procedimentos relativos a prestado-
26 de julho. res de serviços já estabelecidos noutro Estado membro, nos
Artigo 117.º termos do capítulo VI do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de
Informação na Internet
julho, do n.º 2 do artigo 51.º da Lei n.º 9/2009, de 4 de
março, alterada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de agosto,
Para além das informações referidas no artigo 23.º da e 25/2014, de 2 de maio, e dos n.os 2 e 3 do artigo 19.º da
Lei n.º 2/2013, de 10 de janeiro, no n.º 3 do artigo 6.º do Diretiva n.º 2000/31/CE, do Parlamento Europeu e do
Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, e no n.º 4 do Conselho, de 8 de junho de 2000, relativa a certos aspetos
artigo 19.º da Diretiva n.º 2000/31/CE, do Parlamento legais dos serviços da sociedade de informação, em espe-
Europeu e do Conselho, de 8 de junho de 2000, relativa a cial do comércio eletrónico.
certos aspetos legais dos serviços da sociedade de infor-
mação, em especial do comércio eletrónico, no mercado
interno, a Ordem deve disponibilizar ao público em geral, CAPÍTULO X
através do seu sítio eletrónico na Internet, as seguintes Revisão do Estatuto
informações:
a) Regime de acesso e exercício da profissão; Artigo 119.º
b) Princípios e regras deontológicos e normas técnicas Revisão
aplicáveis aos seus membros;
c) Procedimento de apresentação de queixa ou reclama- 1 — Todas as iniciativas de revisão do presente Estatuto
ções pelos destinatários relativamente aos serviços presta- devem ser divulgadas pela classe para pronúncia durante
dos pelos profissionais no âmbito da sua atividade; o período mínimo de 30 dias.
d) Ofertas de emprego na Ordem; 2 — A assembleia representativa deve apresentar pro-
e) Registo atualizado dos membros com: posta à tutela sempre que o presente Estatuto deva ser
revisto.
i) O nome, o domicílio profissional e o número de car-
teira ou cédula profissionais; ANEXO II
ii) A designação do título e das especialidades profis-
sionais; (a que se refere o artigo 6.º)
iii) A situação de suspensão ou interdição temporária Republicação do Decreto-Lei n.º 349/99,
do exercício da atividade, se for caso disso; de 2 de setembro

f) Registo atualizado dos profissionais em livre presta- Artigo 1.º


ção de serviços no território nacional, que se consideram
Objeto
inscritos nos termos do n.º 2 do artigo 4.º da Lei n.º 9/2009,
de 4 de março, alterada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de É criada a ANET — Associação Nacional dos Enge-
agosto, e 25/2014, de 2 de maio, que contemple: nheiros Técnicos, doravante designada como Associação,
i) O nome e o domicílio profissionais e, caso exista, a associação de direito público representativa dos engenhei-
designação do título profissional de origem e das respetivas ros técnicos, cujo Estatuto se publica em anexo ao presente
especialidades; decreto-lei, do qual faz parte integrante.
ii) A identificação da associação pública profissional
no Estado membro de origem, na qual o profissional se Artigo 2.º
encontre inscrito; Comissão instaladora
iii) A situação de suspensão ou interdição temporária
do exercício da atividade, se for caso disso; 1 — Por portaria do Ministro do Equipamento, do Pla-
iv) A informação relativa às sociedades de profissionais neamento e da Administração do Território será nomeada,
ou outras formas de organização associativa de profis- no prazo de 30 dias a contar da entrada em vigor do pre-
sionais para que prestem serviços no Estado membro de sente diploma, a comissão instaladora da Associação e
origem, caso aqui prestem serviços nessa qualidade; aprovado o seu regulamento interno.
2 — A comissão instaladora referida no número anterior
g) Registo atualizado de sociedades de engenheiros é composta por cinco a nove membros e nela devem estar
técnicos e de outras formas de organização associativa representadas as diferentes associações de engenheiros
inscritas com a respetiva designação, sede, número de técnicos.
inscrição e número de identificação; 3 — Compete à comissão instaladora:
h) Lista de cursos superiores ministrados em Portu- a) Preparar os regulamentos internos necessários ao
gal que dão acesso à profissão de engenheiro técnico, funcionamento da Associação;
com indicação dos respetivos colégios de especialidade b) Promover a inscrição dos engenheiros técnicos;
de inscrição. c) Preparar os atos eleitorais para os órgãos nacionais
Artigo 118.º e regionais da Associação;
d) Conferir posse aos titulares dos órgãos eleitos da
Cooperação administrativa
Associação;
A Ordem presta e solicita às autoridades administrativas e) Realizar os demais atos necessários ao normal fun-
dos outros Estados membros ou do Espaço Económico cionamento da Associação;
Europeu e à Comissão Europeia assistência mútua e toma f) Prestar contas do mandato exercido.
8182 Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015

4 — O mandato da comissão instaladora não pode exce- Artigo 3.º


der um ano e cessa com a investidura dos órgãos nacionais Atribuições
da Associação.
São atribuições da Ordem:
Artigo 3.º
a) Conferir, em exclusivo, o título profissional de en-
Sucessão nos direitos e obrigações genheiro técnico;
1 — A Associação pode, por convénio a celebrar com b) Controlar o acesso à profissão de engenheiro técnico
as associações de engenheiros técnicos representadas na e o seu exercício em território nacional;
comissão instaladora, suceder nas suas situações jurídicas c) Conferir, em exclusivo, os títulos profissionais de
ativas e passivas. engenheiro técnico sénior e engenheiro técnico especia-
2 — O convénio referido no número anterior pode ser lista, bem como os títulos de especialista relativos a cada
celebrado pela comissão instaladora. especialidade e ainda o título honorífico de engenheiro
técnico conselheiro;
Artigo 4.º d) Zelar pela função social, dignidade e prestígio da pro-
fissão de engenheiro técnico, promovendo a valorização
Disposição transitória profissional e científica dos seus associados e a defesa e o
O disposto no n.º 1 do artigo 42.º do Estatuto não se respeito pelos respetivos princípios deontológicos;
aplica nas primeiras eleições para os órgãos nacionais e e) Efetuar a inscrição de todos os engenheiros técnicos
regionais da Associação. e das sociedades de engenheiros técnicos;
f) Regulamentar a respetiva atividade profissional;
ESTATUTO DA ORDEM DOS ENGENHEIROS TÉCNICOS g) Representar os engenheiros técnicos junto dos órgãos
de soberania e colaborar com os órgãos da Administração
Pública sempre que estejam em causa matérias que se rela-
CAPÍTULO I cionem com a prossecução dos seus fins ou dos fins de
interesse público relacionados com a profissão;
Disposições gerais h) Contribuir para a defesa e promoção da engenharia,
participando na elaboração da legislação que interesse à
Artigo 1.º engenharia ou que diga respeito ao acesso e exercício da
Natureza profissão de engenheiro técnico;
i) Representar e defender os interesses gerais da profis-
1 — A Ordem dos Engenheiros Técnicos, adiante de- são e dos seus membros;
signada por Ordem, é a associação pública profissional
j) Fazer respeitar as normas deontológicas e exercer
representativa dos profissionais que, em conformidade
jurisdição disciplinar sobre os engenheiros técnicos e todos
com os preceitos do presente Estatuto e as demais disposi-
os que, registados na Ordem, exerçam a atividade de enge-
ções legais aplicáveis, exercem a profissão de engenheiro
técnico. nharia no território nacional;
2 — A Ordem é uma pessoa coletiva de direito público k) Promover o intercâmbio de ideias e experiências entre
e no exercício dos seus poderes públicos pratica os atos os membros e com organismos congéneres estrangeiros,
administrativos necessários ao desempenho das suas bem como ações de coordenação interdisciplinar;
funções e aprova os regulamentos previstos na lei e no l) Promover, patrocinar e apoiar a edição de publicações
presente Estatuto. que contribuam para um melhor esclarecimento público
3 — Designa-se engenheiro técnico o profissional sobre as implicações e a relevância da engenharia;
referido no n.º 1, inscrito na Ordem como membro efetivo m) Colaborar com outras entidades, públicas ou pri-
e que nesta qualidade, é reconhecido como sendo possuidor vadas, nacionais ou estrangeiras, nomeadamente uni-
da competência científica e técnica para se dedicar, ao versidades, institutos politécnicos, faculdades, escolas e
seu nível, à aplicação das ciências e técnicas respeitantes outras instituições congéneres, em iniciativas que visem
aos diferentes ramos da engenharia nas atividades de a formação dos engenheiros técnicos e a melhoria do seu
investigação, conceção, estudo, projeto, fabrico, construção, desempenho profissional;
produção, fiscalização e controlo de qualidade, incluindo n) Prestar serviços aos seus membros no respeitante
a coordenação e gestão dessas atividades e outras com ao exercício profissional, designadamente em relação à
elas relacionadas. informação e à formação ao longo da vida;
4 — Ressalvados os casos previstos na lei, os atos e o) Participar no processo oficial de acreditação e avalia-
regulamentos da Ordem não estão sujeitos a homologação ção dos cursos que dão acesso à profissão de engenheiro
governamental. técnico;
5 — A Ordem dispõe de património próprio e de finanças p) Reconhecer as qualificações profissionais de cida-
próprias, bem como de autonomia orçamental. dãos de Estado membro da União Europeia ou do Espaço
Económico Europeu e, em condições de reciprocidade, dos
Artigo 2.º cidadãos de países terceiros obtidas fora de Portugal, nos
termos da lei, do direito da União Europeia e de convenção
Missão
internacional, incluindo protocolos celebrados pela Ordem
É missão da Ordem exercer, nos termos do presente com entidades congéneres de outros países, nomeadamente
Estatuto, o controlo do acesso e do exercício da atividade da Comunidade de Países de Língua Portuguesa;
profissional de engenheiro técnico, bem como exercer o q) Defender os interesses gerais dos destinatários dos
poder disciplinar sobre os que a exerçam, no quadro de serviços;
um regime disciplinar autónomo. r) Quaisquer outras que lhe sejam conferidas por lei.
Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015 8183

Artigo 4.º n.º 9/2009, de 4 de março, alterada pelas Leis n.os 41/2012,
Âmbito e sede
de 28 de agosto, e 25/2014, de 2 de maio, sem prejuízo de
condições especiais de reciprocidade caso as qualificações
1 — A Ordem tem âmbito nacional e sede em Lisboa. em causa tenham sido obtidas fora da União Europeia ou
2 — A Ordem compreende as secções regionais do do Espaço Económico Europeu.
Norte, do Centro, do Sul, dos Açores e da Madeira. 2 — O profissional que pretenda inscrever-se na Ordem
3 — A secção regional do Norte compreende os distritos nos termos do número anterior e que preste serviços, de
de Braga, Bragança, Porto, Viana do Castelo e Vila Real. forma subordinada ou autónoma ou na qualidade de sócio
4 — A secção regional do Centro compreende os ou que atue como gerente ou administrador no Estado mem-
distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, bro de origem, no âmbito de organização associativa de
Leiria e Viseu. profissionais, observado o disposto no n.º 4 do artigo 37.º
5 — A secção regional do Sul compreende os distritos da Lei n.º 2/2013, de 10 de janeiro, deve identificar a orga-
de Beja, Évora, Faro, Lisboa, Portalegre, Santarém e nização em causa no pedido apresentado nos termos do
Setúbal. artigo 47.º da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, alterada pelas
6 — As secções regionais dos Açores e da Madeira Leis n.os 41/2012, de 28 de agosto, e 25/2014, de 2 de maio.
compreendem, respetivamente, as Regiões Autónomas 3 — Caso o facto a comunicar nos termos do número
dos Açores e da Madeira. anterior ocorra após a apresentação do pedido de reco-
nhecimento de qualificações, deve a organização associa-
Artigo 5.º tiva em causa ser identificada perante a Ordem no prazo
Tutela administrativa máximo de 60 dias.
Os poderes de tutela administrativa a que se refere o Artigo 8.º
artigo 45.º da Lei n.º 2/2013, de 10 de janeiro, são exer-
Livre prestação de serviços
cidos pelo membro do Governo responsável pela área da
construção. 1 — Os profissionais legalmente estabelecidos noutro
Estado membro da União Europeia ou do Espaço Eco-
nómico Europeu e que aí desenvolvam atividades com-
CAPÍTULO II paráveis à atividade profissional de engenheiro técnico
Membros regulada pelo presente Estatuto, podem exercê-las, de
forma ocasional e esporádica, em território nacional, em
Artigo 6.º regime de livre prestação de serviços, nos termos da Lei
n.º 9/2009, de 4 de março, alterada pelas Leis n.os 41/2012,
Inscrição e atos próprios
de 28 de agosto, e 25/2014, de 2 de maio.
1 — Sem prejuízo do disposto no artigo 8.º, a atribuição 2 — Os profissionais referidos no número anterior são
do título de engenheiro técnico, o seu uso e o exercício da equiparados a engenheiro técnico para todos os efeitos
profissão de engenheiro técnico em território nacional, seja legais em que tal qualificação profissional seja exigida para
de forma liberal ou por conta de outrem, e independente- o exercício de uma determinada atividade, exceto quando
mente do setor, público, privado, cooperativo ou social, o contrário resulte das disposições em causa.
em que a atividade seja exercida, dependem de inscrição 3 — O profissional que preste serviços, de forma subor-
como membro efetivo da Ordem. dinada ou autónoma ou na qualidade de sócio ou que atue
2 — O exercício da atividade profissional por conta como gerente ou administrador no Estado membro de
de outrem não afeta a autonomia técnica do profissional origem, no âmbito de organização associativa de profis-
nem dispensa o cumprimento pelo mesmo dos deveres sionais e pretenda exercer a sua atividade profissional em
deontológicos. território nacional nessa qualidade, em regime de livre
3 — São atos próprios dos que exerçam a atividade de prestação de serviços, deve identificar perante a Ordem
engenheiro técnico os constantes da Lei n.º 31/2009, de a organização associativa, por conta da qual presta servi-
3 de julho, alterada pela Lei n.º 40/2015, de 1 de julho, ços, na declaração referida no artigo 5.º da Lei n.º 9/2009,
e de outras leis e regulamentos que especialmente os de 4 de março, alterada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de
consagrem. agosto, e 25/2014, de 2 de maio.
4 — Os trabalhadores dos serviços e organismos da
administração direta e indireta do Estado, das regiões Artigo 9.º
autónomas, das autarquias locais e das demais pessoas Comércio eletrónico
coletivas públicas, que pratiquem, no exercício das suas
funções, atos próprios da profissão de engenheiro técnico, Os profissionais legalmente estabelecidos em Estado
e realizem ações de verificação, aprovação, auditoria ou membro da União Europeia ou do Espaço Económico
fiscalização sobre atos anteriores, devem estar validamente Europeu que aí desenvolvam atividades comparáveis à
inscritos como membros efetivos da Ordem. atividade profissional de engenheiro técnico regulada pelo
presente Estatuto, podem exercê-las, através de comércio
Artigo 7.º eletrónico, com destino ao território nacional, observados
que sejam os requisitos aplicáveis no Estado membro de
Direito de estabelecimento
origem, nomeadamente as normas deontológicas aí vigen-
1 — O reconhecimento das qualificações profissionais tes, assim como a disponibilização permanente de infor-
de nacional de Estado membro da União Europeia ou do mação prevista no artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 7/2004,
Espaço Económico Europeu obtidas fora de Portugal para a de 7 de janeiro, alterado pelo Decreto-Lei n.º 62/2009, de
sua inscrição como membro da Ordem é regulado pela Lei 10 de março, e pela Lei n.º 46/2012, de 29 de agosto.
8184 Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015

Artigo 10.º Artigo 11.º


Sociedades de engenheiros técnicos Organizações associativas de profissionais
de outros Estados membros
1 — Os engenheiros técnicos estabelecidos em território
nacional podem exercer em grupo a profissão constituindo 1 — As organizações associativas de profissionais equi-
ou ingressando como sócios em sociedades de engenheiros parados a engenheiros técnicos constituídas noutro Estado
técnicos. membro da União Europeia ou do Espaço Económico
2 — Podem ainda ser sócios profissionais de sociedades Europeu para o exercício de atividade profissional cujo
de engenheiros técnicos: gerente ou administrador seja um profissional e cujo capital
com direito de voto caiba maioritariamente aos profissio-
a) Sociedades de engenheiros técnicos previamente nais em causa e ou a outras organizações associativas cujo
constituídas e inscritas como membros da Ordem; capital e direitos de voto caiba maioritariamente àqueles
b) Organizações associativas de profissionais equipa- profissionais podem inscrever as respetivas representações
rados a engenheiros técnicos constituídas noutro Estado permanentes em Portugal, constituídas nos termos da lei
membro da União Europeia ou do Espaço Económico comercial, como membros da Ordem, sendo enquanto tal
Europeu cujo capital e direitos de voto caibam maiorita- equiparadas a sociedades de engenheiros técnicos para
riamente aos profissionais em causa. efeitos do presente Estatuto.
2 — Os requisitos de capital referidos no número ante-
3 — O requisito de capital referido na alínea b) do nú- rior não são aplicáveis caso esta não disponha de capital
social, aplicando-se, em seu lugar, o requisito de atribui-
mero anterior não é aplicável caso esta não disponha de ção da maioria de direitos de voto aos profissionais ali
capital social. referidos.
4 — O juízo de equiparação a que se refere a alínea b) 3 — O juízo de equiparação a que se refere o n.º 1 é
do n.º 2 é regido: regido:
a) Quanto a nacionais de Estado membro da União a) Quanto a nacionais de Estado membro da União
Europeia ou do Espaço Económico Europeu, pelo n.º 4 Europeia ou do Espaço Económico Europeu, pelo n.º 4 do
do artigo 1.º da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, alterada artigo 1.º da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, alterada pelas
pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de agosto, e 25/2014, de Leis n.os 41/2012, de 28 de agosto, e 25/2014, de 2 de maio;
2 de maio; b) Quanto a nacionais de países terceiros cujas qualifi-
b) Quanto a nacionais de países terceiros cujas qualifi- cações tenham sido obtidas fora de Portugal, pelo regime
cações tenham sido obtidas fora de Portugal, pelo regime de reciprocidade internacionalmente vigente.
de reciprocidade internacionalmente vigente.
4 — O regime jurídico de inscrição das organizações
5 — As sociedades de engenheiros técnicos gozam dos associativas de profissionais de outros Estados membros
direitos e estão sujeitas aos deveres aplicáveis aos profis- consta do regime jurídico da constituição e funcionamento
das sociedades de profissionais que estejam sujeitas a
sionais membros da Ordem que sejam compatíveis com
associações públicas profissionais.
a sua natureza, com exceção do direito de voto, estando
nomeadamente sujeitas aos princípios e regras deontoló- Artigo 12.º
gicos constantes do presente Estatuto.
6 — Os membros do órgão executivo das sociedades Nacionais de países terceiros
profissionais de engenheiros técnicos, independentemente 1 — Podem inscrever-se na Ordem, para efeito do exer-
da sua qualidade de membros da Ordem, devem respeitar cício em território nacional da profissão de engenheiro
os princípios e regras deontológicos, a autonomia técnica técnico, os nacionais de países terceiros, ao abrigo de
e científica e as garantias conferidas aos engenheiros acordos em condições de reciprocidade.
técnicos pela lei e pelo presente Estatuto. 2 — Aos candidatos mencionados no número anterior
7 — As sociedades de engenheiros técnicos podem podem ser exigidas a realização de estágio profissional, a
ainda desenvolver quaisquer outras atividades que não frequência da formação em ética e deontologia profissio-
sejam incompatíveis com a atividade de engenheiro téc- nal e a realização das respetivas provas de avaliação, nos
nico, nem em relação às quais se verifique impedimento, termos previstos no presente Estatuto e nos regulamentos
nos termos do presente Estatuto, não estando essas ativi- aprovados pela Ordem para os candidatos cujas qualifica-
dades sujeitas ao controlo da Ordem. ções tenham sido obtidas em Portugal.
8 — A constituição e funcionamento das sociedades de
profissionais consta do regime jurídico da constituição e Artigo 13.º
funcionamento das sociedades de profissionais que estejam Categorias de membros
sujeitas a associações públicas profissionais.
9 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, a A Ordem integra as seguintes categorias de membros:
maioria do capital social com direito de voto de sociedades a) Estudantes;
de engenheiros técnicos, quando exista, pertence a b) Estagiários;
engenheiros técnicos estabelecidos em território nacional, a c) Efetivos;
sociedades de engenheiros técnicos constituídas ao abrigo d) Honorários.
do direito nacional, ou a outras formas de organização Artigo 14.º
associativa de profissionais equiparados a engenheiros
Membros estudantes
técnicos constituídas noutro Estado membro da União
Europeia ou do Espaço Económico Europeu inscritas na Os estudantes de cursos que deem acesso à condição
Ordem nos termos do artigo seguinte. de membro efetivo na Ordem, nos termos do presente
Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015 8185

Estatuto, podem ser admitidos na qualidade de membros 3 — A inscrição na Ordem faz-se na secção regional do
estudantes. domicílio profissional do estagiário.
Artigo 15.º
Artigo 19.º
Membros estagiários
Duração máxima
1 — A admissão como membro estagiário da Ordem
de profissional cujas qualificações tenham sido obtidas O estágio tem a duração máxima de:
em Portugal depende da apresentação e aprovação de um
projeto de estágio. a) 18 meses, contados a partir da data da inscrição, para
2 — O estágio referido no número anterior é oferecido os membros estagiários que, na mesma data, sejam titu-
e organizado pela Ordem, e acompanhado por um patrono lares de licenciatura posterior à aplicação do Decreto-Lei
de estágio, nos termos do presente Estatuto e de regula- n.º 74/2006, de 24 de março, alterado pelos Decretos-Leis
mento aprovado pela assembleia representativa nacional, n.os 107/2008, de 25 de junho, 230/2009, de 14 de setembro,
homologado pelo membro do Governo responsável pela e 115/2013, de 7 de agosto;
área das infraestruturas. b) Seis meses, contados a partir da data da inscrição,
3 — Os profissionais nacionais de Estados membros da para os membros estagiários que, na mesma data, sejam
União Europeia ou do Espaço Económico Europeu cujas titulares de mestrado em curso de engenharia, ou licen-
qualificações tenham sido obtidas fora de Portugal e pre- ciatura em curso de engenharia anterior à aplicação do
tendam realizar o estágio em território nacional podem Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de março, alterado pelos
inscrever-se como membros estagiários da Ordem. Decretos-Leis n.os 107/2008, de 25 de junho, 230/2009, de
14 de setembro, e 115/2013, de 7 de agosto.
Artigo 16.º
Artigo 20.º
Objetivo do estágio
Suspensão do estágio
O estágio tem como objetivo o aperfeiçoamento da
habilitação profissional do estagiário, implicando não só A pedido fundamentado do membro estagiário, o estágio
a integração dos conhecimentos adquiridos na formação pode ser suspenso.
académica e a experiência da sua aplicação prática, mas Artigo 21.º
também a perceção das condicionantes de natureza deon- Ações de formação
tológica, legal, económica, ambiental, de recursos huma-
nos, de segurança e de gestão em geral que caracterizam 1 — Os estágios incluem ações de formação obrigatória
o exercício da profissão, de modo a que os engenheiros sobre ética e deontologia profissional.
técnicos possam desempenhar a profissão de forma com- 2 — Durante a realização do estágio pode o estagiário
petente e responsável. frequentar ações de formação técnica.

Artigo 17.º Artigo 22.º


Estágio obrigatório Deveres do estagiário
1 — O estágio é obrigatório para os candidatos a mem- O engenheiro técnico estagiário deve cumprir os se-
bro efetivo que não possuam experiência profissional de guintes deveres:
pelo menos cinco anos em engenharia.
a) Participar nas ações de formação obrigatórias pre-
2 — O estágio profissional da Ordem não se confunde
com o estágio curricular dos cursos de engenharia, nem vistas no artigo anterior;
com o estágio profissional promovido pelo serviço público b) Colaborar com o patrono sempre que este o solicite
de emprego. e desde que tal seja compatível com a sua atividade de
3 — Os estágios profissionais de adaptação enquanto estagiário;
medida de compensação são regidos pela Lei n.º 9/2009, c) Guardar lealdade e respeito para com o patrono;
de 4 de março, alterada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de d) Prestar todas as informações que lhe sejam solicitadas
agosto, e 25/2014, de 2 de maio. pelos órgãos competentes da Ordem sobre a forma como
está a decorrer o estágio;
Artigo 18.º e) Cumprir com zelo e competência as suas obrigações
para com a entidade onde está a realizar o estágio.
Inscrição
Artigo 23.º
1 — A inscrição no estágio pode ser feita a qualquer
momento: Deveres do patrono
a) Pelos titulares do grau de licenciado num domínio É dever do patrono orientar a atividade do engenheiro téc-
da engenharia conferido por uma instituição de ensino nico estagiário, no sentido de complementar a sua formação,
superior portuguesa; aconselhando-o e informando-o sobre o exercício efetivo da
b) Pelos titulares de um grau académico superior estran- profissão e o cumprimento das respetivas regras deontológicas
geiro num domínio da engenharia a que tenha sido confe- e de ética.
rida equivalência ao grau a que se refere a alínea anterior, Artigo 24.º
ou que tenha sido reconhecido com o nível daquele. Seguro profissional

2 — Os membros estagiários inscrevem-se no colégio de A subscrição de seguro de responsabilidade civil profis-


especialidade correspondente ao seu curso, aplicando-se, sional pelo engenheiro técnico estagiário não é obrigatória,
consoante o caso, o disposto nos n.os 3 e 4 do artigo 39.º podendo ser disponibilizado pela Ordem.
8186 Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015

Artigo 25.º uma instituição de ensino superior portuguesa, ou de um


Seguro de acidentes pessoais
grau académico estrangeiro num domínio da engenharia
a que tenha sido conferida equivalência àquele grau, ou
O estagiário está dispensado de realizar seguro de aci- que tenha sido reconhecido com esse nível.
dentes pessoais, nos casos em que o estágio profissional 5 — Os membros efetivos inscrevem-se no colégio de
orientado decorra no âmbito de um contrato de trabalho. especialidade correspondente ao seu curso, aplicando-se,
consoante o caso, o disposto nos n.os 3 e 4 do artigo 39.º
Artigo 26.º 6 — A inscrição dos membros coletivos faz-se na secção
regional da respetiva sede social em território nacional.
Conclusão do estágio
7 — Uma sociedade de engenheiros técnicos ou
1 — O estágio finda com a conclusão do respetivo plano organização associativa referida no artigo 11.º pode
e respetiva avaliação com indicação de aproveitamento inscrever-se como membro de determinado colégio de
pelo patrono. especialidade quando pelo menos um dos seus sócios,
2 — A avaliação final do estágio é homologada pelo gerentes, administradores ou colaboradores a tempo inteiro
conselho diretivo nacional. for membro efetivo desse mesmo colégio.
8 — Sem prejuízo do disposto nos n.os 3 e 4, o regime
Artigo 27.º jurídico de inscrição das organizações associativas de pro-
fissionais de outros Estados membros consta do regime
Membros efetivos
jurídico da constituição e funcionamento das sociedades
1 — A admissão como membro efetivo de profissio- de profissionais que estejam sujeitas a associações públi-
nal cujas qualificações tenham sido obtidas em Portugal cas profissionais.
depende da conclusão com aproveitamento do respetivo
estágio profissional. Artigo 28.º
2 — Sem prejuízo do disposto no n.º 4, são designados Membros honorários e engenheiros técnicos conselheiros
engenheiros técnicos de nível 1 e podem praticar todos os
atos próprios de engenheiro técnico que não lhe estejam Podem ser atribuídos, por deliberação da assembleia
expressamente vedados por lei os profissionais que, no representativa nacional, sob proposta do conselho diretivo
momento da inscrição como membros efetivos da Ordem, nacional:
reúnam uma das seguintes condições: a) A qualidade de membro honorário às pessoas singula-
a) Ser titular do grau de licenciado conferido por uma res ou coletivas que, tendo exercido atividade de reconhe-
instituição de ensino superior portuguesa no quadro da cido interesse público e ou contribuído para a dignificação
organização de estudos decorrente da aplicação do Decreto- e prestígio da profissão de engenheiro técnico, sejam con-
-Lei n.º 74/2006, de 24 de março, alterado pelos Decretos- sideradas merecedoras de tal distinção;
-Leis n.os 107/2008, de 25 de junho, 230/2009, de 14 de b) O título de conselheiro aos engenheiros técnicos
setembro, e 115/2013, de 7 de agosto; que, tendo exercido a sua profissão de forma a dignificar
b) Ser titular de um grau académico superior estrangeiro e prestigiar a profissão de engenheiro técnico, sejam con-
num domínio da engenharia a que tenha sido conferida siderados merecedores de tal distinção.
equivalência àquele grau, ou que tenha sido reconhecido
com o nível daquele. Artigo 29.º
Perda e suspensão da qualidade de membro
3 — São designados engenheiros técnicos de nível 2
e podem praticar todos os atos próprios de engenheiro 1 — Perde a qualidade de membro, o engenheiro téc-
técnico os profissionais que reúnam uma das seguintes nico que:
condições: a) Solicite o cancelamento da sua inscrição na Ordem;
a) Ser titular do grau de mestre numa especialidade do b) Seja punido com a sanção de expulsão da Ordem.
domínio da engenharia conferido por uma instituição de
ensino superior portuguesa; 2 — É suspensa a inscrição e, por consequência, a
b) Ser titular do grau de licenciado num domínio da qualidade de engenheiro técnico e dos direitos à mesma
engenharia conferido por uma instituição de ensino supe- inerentes ao membro que:
rior portuguesa no quadro da organização de estudos a) O requeira;
anterior à aplicação do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de b) Seja punido com pena disciplinar de suspensão ou
março, alterado pelos Decretos-Leis n.os 107/2008, de 25 de suspensão preventiva.
junho, 230/2009, de 14 de setembro, e 115/2013, de 7 de
agosto; 3 — O incumprimento pelo membro do dever de pagar
c) Ser titular de um grau académico superior estran- quotas pode dar lugar à aplicação de sanção disciplinar de
geiro num domínio da engenharia a que tenha sido con- suspensão, quando se apure que aquele incumprimento é
ferida equivalência a um dos graus referidos nas alíneas culposo e se prolongue por período superior a 12 meses.
anteriores, ou que tenha sido reconhecido com o nível de
um daqueles. Artigo 30.º
Outros títulos profissionais
4 — Os profissionais referidos no n.º 2 passam à condi-
ção dos membros inscritos nos termos do número anterior 1 — Para além da especialidade profissional reconhe-
logo que adquiram a titularidade do grau de mestre numa cida ao membro aquando da sua inscrição na Ordem em
especialidade do domínio da engenharia conferido por determinado colégio de especialidade, de acordo com a sua
Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015 8187

formação académica, podem ser atribuídos os seguintes 4 — Compete à assembleia geral nacional:
títulos:
a) O debate aberto sobre as questões que interessem aos
a) Engenheiro técnico sénior; engenheiros técnicos e à Ordem;
b) Engenheiro técnico especialista. b) Emitir pareceres sobre os assuntos que lhe sejam
submetidos pela assembleia representativa nacional e pelo
2 — O título profissional de engenheiro técnico sénior conselho diretivo nacional;
é conferido aos membros com 15 anos de experiência em c) Emitir pareceres e recomendações aos demais órgãos
engenharia. da Ordem.
3 — O título profissional de engenheiro técnico espe-
cialista é conferido aos membros com 10 anos de expe- 5 — Compete ao presidente da mesa da assembleia geral
riência em engenharia e curso superior pós-licenciatura de nacional dar posse aos membros eleitos para os órgãos
duração mínima de um ano, conferente ou não de grau, na nacionais e regionais, bem como apreciar os seus pedidos
área da engenharia, ou que, não possuindo essas habili- de exoneração.
tações académicas, sejam aprovados em exame realizado 6 — O presidente da mesa da assembleia geral nacional
perante a Ordem. pode assistir, sem direito a voto, às reuniões do conselho
diretivo nacional, sempre que o julgue conveniente ou este
CAPÍTULO III órgão o solicite.
Órgãos Artigo 33.º
Bastonário
SECÇÃO I
1 — O bastonário e os quatro vice-presidentes da Ordem
Órgãos nacionais são eleitos em lista para o conselho diretivo nacional, por
sufrágio universal, direto, secreto e periódico.
Artigo 31.º 2 — Compete ao bastonário:
Órgãos nacionais a) Representar a Ordem, em juízo e fora dele;
1 — São órgãos nacionais da Ordem: b) Presidir, com voto de qualidade, ao conselho dire-
tivo nacional;
a) A assembleia geral nacional; c) Pedir a convocação da assembleia representativa
b) O bastonário; nacional ao seu presidente;
c) A assembleia representativa nacional; d) Despachar o expediente corrente do conselho dire-
d) O conselho diretivo nacional; tivo nacional;
e) O conselho fiscal nacional; e) Propor, ao conselho diretivo nacional, a personalidade
f) O conselho jurisdicional; para ocupar o cargo de provedor da Ordem.
g) O conselho da profissão;
h) As direções dos colégios de especialidade. 3 — O bastonário é coadjuvado pelos quatro vice-
-presidentes, que o substituem nas suas ausências e im-
2 — Os mandatos dos membros dos órgãos da Ordem pedimentos.
têm a duração de quatro anos. 4 — O bastonário pode delegar competências nos vice-
3 — É permitida a reeleição, mas o cargo não pode -presidentes.
ser desempenhado, consecutivamente, por mais de dois
mandatos. Artigo 34.º
4 — O desempenho de funções executivas e em perma- Assembleia representativa nacional
nência dos titulares dos órgãos nacionais pode ser remu-
nerado, nos termos a definir em regulamento específico. 1 — A assembleia representativa nacional é constituída
5 — Só pode ser eleito para o cargo de bastonário o por:
membro efetivo que detiver o período mínimo de cinco a) 45 membros eleitos em lista por sufrágio universal,
anos de inscrição na Ordem. direto, secreto e periódico;
b) Os presidentes das assembleias gerais de secção.
Artigo 32.º
Assembleia geral nacional 2 — A mesa da assembleia representativa nacional é
formada pelo presidente, pelo vice-presidente e pelo se-
1 — A assembleia geral nacional é composta pela totali- cretário, eleitos em lista, por sufrágio universal, direto,
dade dos membros efetivos no pleno gozo dos seus direitos secreto e periódico.
e reúne ordinariamente uma vez por ano e extraordinaria- 3 — Compete à assembleia representativa nacional:
mente sempre que convocada, nos termos do n.º 3.
2 — A mesa da assembleia geral nacional é formada a) Deliberar sobre os assuntos que o conselho diretivo
pelo presidente, pelo vice-presidente e secretário, eleitos nacional entenda submeter-lhe;
em lista, por sufrágio universal, direto, secreto e periódico. b) Deliberar sobre o relatório de atividades e contas
3 — A assembleia geral nacional reúne extraordinaria- consolidadas da Ordem, aprovadas pelo conselho diretivo
mente, mediante convocação do respetivo presidente da nacional relativo ao ano civil transato, tendo em conta o
mesa, sempre que o conselho diretivo nacional, a assem- parecer do conselho fiscal nacional;
bleia representativa nacional, os conselhos diretivos de c) Deliberar sobre o plano de atividades e orçamento
secção ou, pelo menos, 300 membros efetivos o requeiram, consolidado, tendo em conta o parecer do conselho fiscal
juntando a proposta de ordem de trabalhos. nacional;
8188 Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015

d) Deliberar sobre a apresentação de projetos de alte- n) Zelar pela conservação e atualização do registo geral
ração do presente Estatuto; de inscrição dos membros e do registo de prestadores em
e) Aprovar regulamentos, incluindo os respeitantes livre prestação de serviços;
aos órgãos nacionais e regionais e relativos à inscrição o) Arbitrar conflitos de competência;
na Ordem e ao acesso aos vários títulos profissionais de p) Deliberar sobre a propositura de ações judiciais, con-
engenheiro técnico; fessar, desistir, transigir, alienar ou onerar bens, contrair
f) Aprovar quotas e taxas a cobrar aos membros, bem empréstimos e aceitar doações, heranças e legados;
como a percentagem destas receitas destinadas às secções q) Constituir grupos de trabalho;
regionais; r) Constituir o gabinete de apoio ao bastonário;
g) Deliberar sobre a realização de referendos, por sua s) Deliberar sobre a admissão ou dispensa de funcioná-
iniciativa, ou mediante proposta do conselho diretivo rios da Ordem, sejam eles adstritos aos serviços de apoio
nacional; aos órgãos nacionais ou regionais;
h) Aprovar o seu regimento; t) Designar o secretário-geral, a quem cabe, mediante
i) Deliberar sobre quaisquer questões que não estejam remuneração, apoiar a atividade dos órgãos nacionais e exe-
atribuídas a outros órgãos. cutar as políticas definidas pelo conselho diretivo nacional,
de acordo com as diretrizes emanadas do bastonário;
4 — A assembleia representativa nacional, convocada u) Nomear o provedor da Ordem;
pelo seu presidente, por sua iniciativa ou a pedido do bas- v) Aprovar o seu regimento.
tonário, reúne ordinariamente até 15 de abril e até 30 de 3 — O conselho diretivo nacional deve ouvir previa-
novembro de cada ano para os fins previstos nas alíneas b) mente o conselho da profissão quando esteja em causa o
e c) do número anterior, respetivamente, e extraordinaria- exercício das competências referidas nas alíneas e) e i) do
mente sempre que o seu presidente o repute necessário, ou número anterior.
a pedido de um terço dos seus membros.
Artigo 36.º
Artigo 35.º Conselho fiscal nacional
Conselho diretivo nacional 1 — O conselho fiscal nacional é constituído por um
1 — O conselho diretivo nacional é constituído e presi- presidente, dois vice-presidentes e dois vogais, eleitos em
dido pelo bastonário da Ordem, que tem voto de qualidade lista por sufrágio universal, direto, secreto e periódico, e
em caso de empate, pelos quatro vice-presidentes e pelos pelos presidentes dos conselhos fiscais de secção, estes
presidentes e vice-presidentes dos conselhos diretivos das sem direito a voto.
secções. 2 — O conselho fiscal nacional integra ainda um Revi-
2 — Compete ao conselho diretivo nacional: sor Oficial de Contas.
3 — Compete ao conselho fiscal nacional:
a) Dirigir a atividade da Ordem;
b) Desenvolver as relações internacionais da Ordem; a) Fiscalizar a gestão patrimonial e financeira desen-
c) Elaborar o plano de atividades, o orçamento conso- volvida pelos órgãos nacionais;
lidado, o relatório de atividades e as contas consolidadas b) Dar parecer sobre o relatório, contas e orçamentos
da Ordem; anuais;
d) Arrecadar receitas e efetuar despesas; c) Aprovar o seu regimento.
e) Aprovar as linhas gerais dos programas da ação dos 4 — O presidente do conselho fiscal nacional pode
colégios; assistir, sem direito a voto, às reuniões do conselho di-
f) Apresentar à assembleia representativa nacional, para retivo nacional, sempre que julgue conveniente ou este
parecer ou deliberação, propostas sobre matérias da com- o solicite.
petência do conselho diretivo nacional, de especial rele-
vância para a Ordem; Artigo 37.º
g) Propor à assembleia representativa nacional a reali- Conselho jurisdicional
zação de referendos;
h) Organizar os referendos e os atos eleitorais, em cola- 1 — O conselho jurisdicional é constituído por um pre-
boração com os competentes órgãos regionais, e decidir sidente, dois vice-presidentes e dois vogais, eleitos em
dos recursos interpostos; lista por sufrágio universal, direto, secreto e periódico, e,
i) Propor à assembleia representativa nacional a altera- em plenário, pelos presidentes dos conselhos disciplinares
ção do presente Estatuto; de secção.
j) Propor à assembleia representativa nacional a ins- 2 — Compete ao conselho jurisdicional:
crição de membros honorários e a atribuição do título de a) Zelar, enquanto órgão de supervisão, pelo cumpri-
conselheiro a engenheiros técnicos; mento do presente Estatuto, dos respetivos regulamentos,
k) Atribuir os títulos profissionais de engenheiro técnico das decisões e deliberações tomadas pelos órgãos compe-
sénior e engenheiro técnico especialista; tentes e respetiva legalidade, e exercer poderes de controlo
l) Propor à assembleia representativa nacional a aprova- em matéria disciplinar;
ção de regulamentos sobre o acesso aos títulos profissionais b) Verificar a conformidade legal e estatutária das pro-
e dar parecer sobre as propostas do conselho da profissão postas de referendo e das propostas de regulamento;
nestas matérias; c) Dar apoio ao conselho diretivo nacional na arbitragem
m) Manter atualizada a lista de cursos superiores minis- de conflitos de competência;
trados em Portugal que dão acesso à profissão de enge- d) Exercer o poder disciplinar relativamente a infrações
nheiro técnico, com indicação do respetivo colégio de cometidas por titulares ou ex-titulares dos órgãos da Ordem
especialidade de inscrição; e por profissionais em livre prestação de serviços;
Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015 8189

e) Julgar os recursos interpostos das decisões dos con- h) Engenharia agrária;


selhos disciplinares de secção; i) Engenharia geográfica/topográfica;
f) Aprovar o respetivo regimento. j) Engenharia do ambiente;
k) Engenharia de segurança;
3 — O conselho jurisdicional pode ser assessorado por l) Engenharia aeronáutica;
um consultor jurídico. m) Engenharia de transportes;
4 — O presidente do conselho jurisdicional pode assistir, n) Engenharia da proteção civil;
sem direito a voto, às reuniões do conselho diretivo nacio- o) Engenharia alimentar;
nal, sempre que julgue conveniente ou este o solicite. p) Engenharia industrial e da qualidade.

Artigo 38.º 4 — Os titulares do grau académico referido no ar-


tigo 18.º, com uma especialidade ainda não organizada na
Conselho da profissão
Ordem, são inscritos naquela que o conselho da profissão
1 — O conselho da profissão é constituído por um presi- considere a mais adequada de entre as especialidades or-
dente e dois vice-presidentes, eleitos em lista por sufrágio ganizadas em colégio.
universal, direto, secreto e periódico, e pelos presidentes 5 — Cada um dos colégios pode associar mais do que
de direção de cada um dos colégios de especialidade. uma especialidade, de acordo com o voto maioritário dos
2 — O conselho pode ser assessorado por personalidades membros de cada uma das especialidades interessadas.
de reconhecido mérito científico ou profissional, a título
permanente ou eventual, e solicitar pareceres a comissões Artigo 40.º
especializadas da Ordem ou a entidades exteriores. Núcleos de especialização
3 — Compete ao conselho da profissão:
1 — Cada especialidade integra diversos núcleos de
a) Apresentar propostas ao conselho diretivo nacional especialização.
de alteração do presente Estatuto no sentido de instituição 2 — Cada colégio da especialidade, em função da evi-
de novas especialidades, colégios de especialidade, novos dência de competências técnicas e científicas complemen-
títulos profissionais e núcleos de especialização, bem como tares regulada por legislação própria, pode integrar núcleos
os respetivos regulamentos; de especialização.
b) Propor ao conselho diretivo nacional a atribuição 3 — São núcleos de especialização do colégio de espe-
dos títulos profissionais de engenheiro técnico sénior e de cialidade de engenharia civil:
engenheiro técnico especialista;
c) Sob proposta da direção dos colégios de especiali- a) Núcleo de especialização de acústica;
dade, propor ao conselho diretivo nacional a inscrição dos b) Núcleo de especialização de avaliação de imóveis;
membros nos núcleos de cada especialidade, de acordo c) Núcleo de especialização de térmica;
com a respetiva atividade profissional; d) Núcleo de especialização de certificação energé-
d) Esclarecer dúvidas na aplicação das leis de atos pró- tica;
prios da profissão; e) Núcleo de especialização de auditoria energética;
e) Aprovar o seu regimento. f) Núcleo de especialização de segurança contra in-
cêndios;
4 — Das decisões do conselho da profissão cabe recurso g) Núcleo de especialização de segurança;
para o conselho diretivo nacional. h) Núcleo de especialização de auditoria;
5 — O presidente do conselho da profissão pode assis- i) Núcleo de especialização de produção cartográfica.
tir, sem direito a voto, às reuniões do conselho diretivo
nacional, sempre que julgue conveniente ou este órgão 4 — São núcleos de especialização do colégio de espe-
o solicite. cialidade de engenharia eletrónica e de telecomunicações:
Artigo 39.º a) Núcleo de especialização de infraestruturas de tele-
Colégios de especialidade
comunicações;
b) Núcleo de especialização de segurança;
1 — A Ordem compreende colégios de especialidades c) Núcleo de especialização de auditoria.
que integram todos os membros efetivos no pleno gozo
dos seus direitos, detentores dos respetivos títulos pro- 5 — São núcleos de especialização do colégio de es-
fissionais. pecialidade de engenharia de energia e sistemas de po-
2 — Entende-se por especialidade um domínio da ati- tência:
vidade da engenharia com características técnicas e cien-
tíficas próprias que assuma no país relevância económica a) Núcleo de especialização de instalação, manutenção
e social. e inspeção de instalações de elevação;
3 — A Ordem é estruturada de acordo com as seguintes b) Núcleo de especialização de produção de energia;
especialidades: c) Núcleo de especialização de climatização;
d) Núcleo de especialização de auditoria;
a) Engenharia civil; e) Núcleo de especialização de acústica;
b) Engenharia eletrónica e de telecomunicações; f) Núcleo de especialização de infraestruturas de tele-
c) Engenharia de energia e sistemas de potência; comunicações;
d) Engenharia mecânica; g) Núcleo de especialização de certificação energética;
e) Engenharia química e biológica; h) Núcleo de especialização de auditoria energética;
f) Engenharia informática; i) Núcleo de especialização de segurança contra incên-
g) Engenharia geotécnica e minas; dios.
8190 Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015

6 — São núcleos de especialização do colégio de espe- b) Núcleo de especialização de segurança;


cialidade de engenharia mecânica: c) Núcleo de especialização de auditoria.
a) Núcleo de especialização de certificação energética; 13 — São núcleos de especialização do colégio de es-
b) Núcleo de especialização de climatização; pecialidade de engenharia de segurança:
c) Núcleo de especialização de segurança contra incên-
dios; a) Núcleo de especialização de segurança contra in-
d) Núcleo de especialização de manutenção e inspeção cêndios;
de instalações de elevação; b) Núcleo de especialização de segurança;
e) Núcleo de especialização de acústica; c) Núcleo de especialização de auditoria.
f) Núcleo de especialização de térmica;
g) Núcleo de especialização de auditoria energética; 14 — São núcleos de especialização do colégio de es-
h) Núcleo de especialização de instalações de combus- pecialidade de engenharia aeronáutica:
tíveis e derivados do petróleo; a) Núcleo de especialização de segurança;
i) Núcleo de especialização de segurança; b) Núcleo de especialização de auditoria.
j) Núcleo de especialização de auditoria.
7 — São núcleos de especialização do colégio de espe- 15 — São núcleos de especialização do colégio de es-
cialidade de engenharia química e biológica: pecialidade de engenharia de transportes:
a) Núcleo de especialização de segurança rodoviária;
a) Núcleo de especialização de certificação energética; b) Núcleo de especialização de segurança;
b) Núcleo de especialização de segurança; c) Núcleo de especialização de auditoria.
c) Núcleo de especialização de auditoria;
d) Núcleo de especialização de segurança contra incên- 16 — São núcleos de especialização do colégio de es-
dios; pecialidade de engenharia de proteção civil:
e) Núcleo de especialização de climatização;
f) Núcleo de especialização de instalações de combus- a) Núcleo de especialização de segurança contra in-
tíveis e derivados do petróleo; cêndios;
g) Núcleo de especialização de qualidade alimentar. b) Núcleo de especialização de segurança;
c) Núcleo de especialização de auditoria.
8 — São núcleos de especialização do colégio de espe- 17 — São núcleos de especialização do colégio de es-
cialidade de engenharia informática: pecialidade de engenharia alimentar:
a) Núcleo de especialização de segurança; a) Núcleo de especialização de qualidade alimentar;
b) Núcleo de especialização de auditoria. b) Núcleo de especialização de segurança;
9 — São núcleos de especialização do colégio de espe- c) Núcleo de especialização de auditoria.
cialidade de engenharia geotécnica e minas: 18 — São núcleos de especialização do colégio de es-
a) Núcleo de especialização de transformação de massas pecialidade de engenharia industrial e da qualidade:
minerais; a) Núcleo de especialização de segurança;
b) Núcleo de especialização de geotecnia mineira; b) Núcleo de especialização de auditoria.
c) Núcleo de especialização de segurança;
d) Núcleo de especialização de auditoria. 19 — Compete ao conselho diretivo nacional, sob pare-
cer da direção do conselho da profissão, ouvida a direção
10 — São núcleos de especialização do colégio de es- do colégio de especialidade em que a especialização se
pecialidade de engenharia agrária: integra, outorgar a integração do membro em determinado
a) Núcleo de especialização de controlo fitossanitário; núcleo de especialização.
b) Núcleo de especialização de ordenamento e explo-
ração cinegética; Artigo 41.º
c) Núcleo de especialização de avaliação de prédios Direções de colégios de especialidades
rústicos;
d) Núcleo de especialização de produção cartográfica; 1 — A atividade dos colégios de especialidades é diri-
e) Núcleo de especialização de qualidade alimentar; gida por direções de colégio.
f) Núcleo de especialização de segurança; 2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, as
g) Núcleo de especialização de auditoria. direções de colégios são constituídas por um presidente e dois
vice-presidentes, eleitos pelos membros do respetivo colégio,
11 — São núcleos de especialização do colégio de es- em lista por sufrágio universal, direto, secreto e periódico.
pecialidade de engenharia geográfica/topográfica: 3 — No caso de o colégio agrupar mais de uma especia-
a) Núcleo de especialização de produção cartográfica; lidade, a direção de colégio deve ainda integrar membros
b) Núcleo de especialização de segurança; das especialidades que o compõem.
c) Núcleo de especialização de auditoria. 4 — Podem participar nas reuniões das direções de
colégios os membros do respetivo colégio que para tal
12 — São núcleos de especialização do colégio de es- sejam convidados.
pecialidade de engenharia do ambiente: 5 — Compete a cada direção de colégio:
a) Núcleo de especialização de certificação energé- a) Discutir e propor planos de ação relativos a questões
tica; profissionais no âmbito da especialidade do colégio;
Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015 8191

b) Discutir, dar parecer e propor planos de ação relativos de secção ou sempre que um número mínimo de 5 % ou de
à formação, atualização e especialização dos engenheiros 100 membros efetivos inscritos na respetiva secção regio-
técnicos; nal no pleno gozo dos seus direitos o requeira à mesa.
c) Dar parecer sobre matérias da especialização, bem
como as de admissão e de qualificação; Artigo 44.º
d) Dar parecer sobre matérias da especialidade do colé-
Conselhos diretivos de secção
gio, ou outras referentes à Ordem, quando solicitado pelo
conselho diretivo nacional ou pelo conselho da profissão; 1 — Os conselhos diretivos de secção são constituídos
e) Apoiar o conselho diretivo nacional no domínio da por um presidente, um vice-presidente, um secretário, um
respetiva especialidade; tesoureiro e um vogal, eleitos em lista por sufrágio uni-
f) Participar na atividade geral da Ordem através do versal, direto, secreto e periódico dos membros efetivos
conselho da profissão. no pleno gozo dos seus direitos, inscritos nas respetivas
secções regionais.
6 — Os colégios de especialidades têm sede na secção 2 — Compete aos conselhos diretivos de secção:
regional a que o presidente do respetivo colégio pertence.
7 — As despesas dos colégios de especialidades são a) Promover ações tendentes à realização dos objetivos
assumidas pelas secções regionais onde os presidentes dos da Ordem, de acordo com as linhas de atuação definidas
colégios de especialidade se encontram instalados. pelo conselho diretivo nacional;
b) Representar a respetiva secção regional, em juízo e
fora dele;
SECÇÃO II c) Gerir as atividades das respetivas secções regionais
Órgãos regionais nos termos do presente Estatuto e dos regulamentos e
administrar os bens que lhes são confiados;
Artigo 42.º d) Requerer a convocação de assembleias gerais de
secção;
Órgãos regionais
e) Elaborar e apresentar aos respetivos conselhos fiscais,
São órgãos regionais da Ordem: com a antecedência mínima de 30 dias relativamente às
datas das sessões ordinárias anuais das assembleias gerais
a) As assembleias gerais de secção; de secção, referidas no n.º 4 do artigo anterior, o relatório
b) Os conselhos diretivos de secção; e contas do ano civil anterior;
c) Os conselhos fiscais de secção;
f) Submeter à aprovação e votação das respetivas assem-
d) Os conselhos disciplinares de secção.
bleias gerais de secção o relatório e contas do ano civil
anterior;
Artigo 43.º
g) Submeter à aprovação e votação das respetivas assem-
Assembleias gerais de secção bleias gerais de secção o plano de atividades e o orçamento
1 — As assembleias gerais de secção são constituídas anual para o ano civil em curso;
por todos os membros efetivos no pleno gozo dos seus h) Arrecadar receitas, transferir verbas arrecadadas por
direitos, inscritos nas respetivas secções regionais. conta de outrem e satisfazer despesas;
2 — Compete às assembleias gerais de secção: i) Colaborar com o conselho diretivo nacional na orga-
nização e realização dos atos eleitorais;
a) O debate aberto sobre as questões que interessem aos j) Colaborar com o conselho diretivo nacional na orga-
engenheiros técnicos e à Ordem, em especial no âmbito nização e realização de referendos;
territorial das secções; k) Convocar reuniões de esclarecimento e debate rela-
b) Emitirem pareceres sobre os assuntos que lhes sejam tivas a referendos a realizar;
submetidos pelo conselho diretivo de secção; l) Receber e instruir os pedidos de inscrição e promover
c) Emitirem pareceres e recomendações aos demais o registo dos membros;
órgãos da secção; m) Aprovar o seu regimento.
d) Deliberar sobre os assuntos que o conselho diretivo
de secção entenda submeter-lhe; Artigo 45.º
e) Aprovar o relatório e contas do conselho diretivo de
secção, atento o parecer do conselho fiscal de secção; Conselhos fiscais de secção
f) Apreciar e deliberar sobre o plano de atividades e 1 — Os conselhos fiscais de secção são constituídos por
orçamento anual proposto pelo conselho diretivo de secção; um presidente e dois vogais, eleitos em lista por sufrágio
g) Aprovar o respetivo regimento. universal, direto, secreto e periódico dos membros efetivos
no pleno gozo dos seus direitos, inscritos nas respetivas
3 — As assembleias gerais de secção são dirigidas por secções regionais, acrescido do presidente do conselho
uma mesa, constituída por um presidente e dois secretários, fiscal nacional, este sem direito a voto.
eleitos em lista por sufrágio direto, secreto e periódico dos 2 — Compete aos conselhos fiscais de secção:
membros efetivos no pleno gozo dos seus direitos, inscritos
nas respetivas secções regionais. a) Examinar, pelo menos trimestralmente, a gestão fi-
4 — As assembleias gerais de secção, convocadas pelos nanceira da competência dos respetivos conselhos diretivos
seus presidentes, reúnem ordinariamente uma vez por ano de secção;
e extraordinariamente nos termos do número seguinte. b) Dar parecer sobre o relatório e contas apresentados
5 — As assembleias gerais de secção reúnem extraordi- pelos respetivos conselhos diretivos de secção, bem como
nariamente por iniciativa dos respetivos conselhos diretivos sobre o orçamento;
8192 Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015

c) Participar, sempre que o julguem conveniente e sem c) Organizar os cadernos eleitorais e apreciar as respe-
direito a voto, nas reuniões dos respetivos conselhos dire- tivas reclamações;
tivos de secção. d) Verificar a regularidade das candidaturas.
Artigo 46.º
Conselhos disciplinares de secção
2 — A comissão eleitoral é presidida pelo bastonário,
que pode delegar essa competência.
1 — Os conselhos disciplinares de secção são consti-
tuídos por um presidente e dois vogais, eleitos em lista por Artigo 50.º
sufrágio universal, direto, secreto e periódico dos membros
Comissões de fiscalização
efetivos no pleno gozo dos seus direitos, inscritos nas
respetivas secções regionais. 1 — É constituída em cada secção uma comissão de
2 — Compete aos conselhos disciplinares de secção fiscalização, composta pelo presidente da respetiva mesa da
instruir e julgar os processos disciplinares que digam assembleia geral de secção e por um representante de cada
respeito aos membros da Ordem, sem prejuízo dos que são uma das listas concorrentes, a qual inicia as suas funções
da competência do conselho jurisdicional. no dia seguinte ao da apresentação das candidaturas ou da
3 — Das decisões dos conselhos disciplinares de secção abertura do processo de referendo.
cabe recurso para o conselho jurisdicional. 2 — Os representantes de cada lista concorrente devem
ser indicados conjuntamente com a apresentação das can-
Artigo 47.º didaturas.
Delegados distritais e de ilha
3 — Se o presidente da mesa da assembleia geral for
candidato nas eleições a realizar, é substituído na comissão
1 — O conselho diretivo de secção pode dispor de de- de fiscalização por um dos secretários ou por um membro
legados nomeados pelo conselho diretivo nacional em da Ordem designado pela respetiva mesa.
cada um dos distritos do continente e em cada uma das 4 — Compete às comissões de fiscalização:
ilhas das regiões autónomas, sob proposta dos conselhos
diretivos de secção. a) Fiscalizar o processo eleitoral ou de referendo;
2 — O delegado é coadjuvado por dois subdelegados, b) Elaborar relatórios sobre eventuais irregularidades, a
que o substituem nas suas ausências e impedimentos. entregar às correspondentes mesas das assembleias gerais
de secção.
Artigo 51.º
CAPÍTULO IV Sufrágio
Congresso 1 — O sufrágio é universal, direto, periódico e secreto.
2 — Têm direito a voto os membros efetivos da Ordem
Artigo 48.º que se encontrem no pleno gozo dos seus direitos.
Congresso
Artigo 52.º
1 — A Ordem realiza, com frequência não inferior a
dois anos, um congresso de índole técnica, científica e Publicidade
profissional. A convocação das eleições e dos referendos é feita por
2 — O congresso tem lugar, alternadamente, em cada meio de anúncios convocatórios afixados na sede nacional
uma das secções regionais. e nas sedes regionais e publicados no sítio eletrónico da
3 — A organização do congresso cabe ao conselho Ordem na Internet e num jornal de divulgação nacional
diretivo nacional, com a colaboração do conselho diretivo com a antecedência mínima de 60 dias.
da secção regional onde se realiza o congresso.
4 — As despesas com a realização dos congressos Artigo 53.º
podem ser comparticipadas pelos órgãos nacionais.
Cadernos eleitorais

CAPÍTULO V 1 — Os cadernos eleitorais devem ser afixados nas sedes


nacional e regionais 45 dias antes da data da realização
Eleições e referendos das eleições.
2 — Da inscrição irregular ou de omissão nos cadernos
SECÇÃO I eleitorais pode qualquer eleitor reclamar para a mesa elei-
Disposições gerais
toral nos 15 dias seguintes aos da afixação, devendo esta
decidir da reclamação no prazo de quatro dias.
Artigo 49.º
Artigo 54.º
Organização
Horário de votação
1 — A organização das eleições, bem como dos referen-
dos compete ao conselho diretivo nacional, que, para o efeito, O horário das mesas de voto é estabelecido em regu-
nomeia uma comissão eleitoral, com a colaboração das me- lamento.
sas das assembleias gerais de secção, devendo para o efeito: Artigo 55.º
Boletins de voto
a) Convocar as assembleias eleitorais e de referendos;
b) Promover a constituição das comissões de fiscali- 1 — Os boletins de voto são editados pelo conselho
zação; diretivo nacional.
Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015 8193

2 — Os boletins de voto, bem como as listas de Artigo 61.º


candidatura, são enviados aos membros efetivos da Ordem Voto por procuração e por correspondência
até 10 dias úteis antes da data marcada para o ato eleitoral
e estão igualmente disponíveis nos locais de voto. 1 — O voto é pessoal e secreto, não sendo admitido o
voto por procuração.
Artigo 56.º 2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, é
admitido o voto por correspondência desde que:
Identidade dos eleitores
a) O boletim de voto esteja dobrado em quatro e contido
A identificação dos eleitores é feita através da apresen- em sobrescrito fechado;
tação do documento de identificação civil com fotografia. b) Dentro desse mesmo sobrescrito conste igualmente
uma fotocópia simples do bilhete de identidade ou do car-
Artigo 57.º tão de cidadão do membro, devendo na mesma ser aposto o
Funcionamento das mesas eleitorais respetivo número de membro, e a sua assinatura conforme
a do documento de identificação;
1 — As mesas eleitorais funcionam obrigatoriamente c) O sobrescrito seja introduzido noutro e endereçado
em todas as sedes regionais da Ordem. à mesa eleitoral, por via postal, e que tenha sido recebido
2 — A constituição das mesas eleitorais é promovida na Ordem até ao dia da votação, inclusive.
pelas assembleias gerais de secção, até cinco dias antes da
data das eleições ou do referendo, devendo designar um 3 — O pagamento de todos os custos associados ao
representante seu, que preside à respetiva mesa, integrando, voto por correspondência é da inteira responsabilidade
esta, um elemento de cada lista concorrente. do membro.
Artigo 58.º SECÇÃO II
Contagem dos votos Eleições
1 — Logo que a votação tenha terminado, procede-se à
Artigo 62.º
imediata contagem dos votos, presenciais e por correspon-
dência, e à elaboração da ata dos resultados, devidamente Capacidade eleitoral passiva
assinada pelos elementos da mesa eleitoral. 1 — Só pode ser eleito para os órgãos da Ordem o pro-
2 — O apuramento final é feito na sede da Ordem no fissional membro efetivo no pleno gozo dos seus direitos.
prazo de sete dias. 2 — Os candidatos ao conselho diretivo nacional, ao
conselho fiscal nacional, ao conselho jurisdicional, à dire-
Artigo 59.º ção de colégio de especialidade, ao conselho fiscal de sec-
Reclamação e recurso ção e ao conselho disciplinar de secção não podem integrar
as listas de candidatos a qualquer outro órgão.
1 — Os eleitores podem reclamar perante a mesa elei- 3 — Só podem ser eleitos para órgãos regionais os pro-
toral, com fundamento em irregularidades do ato eleitoral, fissionais inscritos como membros efetivos na circunscri-
até três dias após o fim da votação. ção a que o órgão pertence.
2 — A mesa eleitoral deve apreciar a reclamação no
prazo de 48 horas, sendo a decisão comunicada ao recla- Artigo 63.º
mante por escrito e afixada na sede da Ordem.
3 — Da decisão da mesa eleitoral cabe recurso para Sistema eleitoral
o conselho diretivo nacional no prazo de oito dias úteis 1 — As eleições para bastonário e vice-presidentes no
contados da data em que for comunicada ao reclamante a seio do conselho diretivo nacional, mesa da assembleia
decisão da mesa eleitoral. geral nacional, conselho fiscal nacional, conselhos dire-
4 — O conselho diretivo nacional é convocado para o tivos de secção, mesa das assembleias gerais de secção
efeito nos oito dias seguintes. e conselho fiscal de secção são feitas de acordo com o
sistema maioritário a uma volta.
Artigo 60.º 2 — As eleições para os restantes órgãos da Ordem são
Divulgação de resultados feitas de acordo com o sistema da representação proporcio-
nal, segundo o método da média mais alta de Hondt.
1 — Não tendo havido reclamações ou recursos, ou Artigo 64.º
estando decididos os apresentados, é feita a divulgação
dos resultados. Apresentação de candidaturas
2 — A divulgação dos resultados das eleições para os 1 — As candidaturas são entregues no conselho diretivo
órgãos regionais é feita pelas respetivas mesas das assem- nacional, juntamente com um termo de aceitação de cada
bleias gerais de secção. membro que as constituem, incluindo os suplentes, e os
3 — A divulgação dos resultados eleitorais para os respetivos programas de ação.
órgãos nacionais da Ordem, bem como dos resultados 2 — As candidaturas, as quais são individualizadas para
dos referendos, é feita pelo conselho diretivo nacional. cada órgão, devem ser apresentadas com a antecedência de
4 — Os resultados eleitorais devem ser afixados no sítio 60 dias em relação à data designada para as eleições.
eletrónico da Ordem na Internet e afixados na sede nacional 3 — As candidaturas devem ser subscritas por um
da Ordem e em todas as secções regionais e delegações. mínimo de 100 membros efetivos da Ordem.
8194 Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015

4 — Os candidatos são identificados pelo nome com- Artigo 69.º


pleto, número de membro, idade e residência ou domicílio Organização
profissional.
5 — Os proponentes das candidaturas são identifica- 1 — O teor das questões a submeter a referendo interno
dos pelo nome completo legível, assinatura e número de é divulgado junto de todos os membros da Ordem e deve
membro. ser objeto de reuniões de esclarecimento e debate.
Artigo 65.º 2 — Sem prejuízo do disposto no número seguinte, as
propostas de alteração às questões a submeter a referendo
Período eleitoral interno devem ser dirigidas por escrito ao conselho diretivo
1 — As eleições devem ter lugar no último trimestre do nacional, durante o período de esclarecimento e debate, por
ano do termo do mandato dos órgãos eleitos. membros da Ordem devidamente identificados.
2 — No caso de perda de quórum, depois de substituídos 3 — As propostas de referendo interno subscritas por um
os membros eleitos para os cargos pelos respetivos suplen- mínimo de 3 % dos membros efetivos da Ordem no pleno
tes, ou de dissolução de órgãos eleitos por deliberação da gozo dos seus direitos não podem ser objeto de alteração
assembleia representativa, por maioria de dois terços, as pelo conselho diretivo nacional.
eleições devem ter lugar nos três meses seguintes à perda
de quórum ou da destituição, salvo se faltar menos de um Artigo 70.º
ano para o início de novo mandato. Efeitos

Artigo 66.º 1 — O efeito vinculativo do referendo interno depende


de o número de votantes ser superior a metade dos mem-
Suprimento de irregularidades bros efetivos inscritos nos cadernos eleitorais.
2 — Quando se trate de projetos de propostas relati-
1 — O conselho diretivo nacional deve verificar da
vos à dissolução da Ordem, a aprovação carece do voto
regularidade das candidaturas nos cinco dias subsequen-
tes ao encerramento do prazo para entrega das listas de expresso de dois terços dos membros inscritos nos cader-
candidatura. nos eleitorais.
2 — Com vista ao suprimento das eventuais irregu- CAPÍTULO VI
laridades encontradas, a documentação é devolvida ao
primeiro subscritor da lista, o qual deve saná-las no prazo Provedor da Ordem
de três dias úteis.
3 — Findo o prazo referido no número anterior sem que Artigo 71.º
se proceda à regularização das candidaturas, deve o con- Competências e forma de designação
selho diretivo nacional rejeitá-las nas 24 horas seguintes.
1 — O provedor da Ordem tem como função defender
Artigo 67.º os interesses dos destinatários dos serviços profissionais
prestados pelos engenheiros técnicos, analisar as queixas
Publicidade dos programas ou sugestões apresentadas e assegurar as respostas ade-
As listas de candidatura concorrentes às eleições, bem quadas em tempo útil e oportuno, e recomendar soluções,
como os respetivos programas de ação, são afixados na tanto para a resolução das queixas, como em geral para o
sede nacional, nas sedes regionais e nas delegações da aperfeiçoamento do desempenho da Ordem.
Ordem desde a data da sua aceitação definitiva até à rea- 2 — O provedor é nomeado pelo conselho diretivo
lização do ato eleitoral. nacional, mediante proposta do bastonário, cessando fun-
ções com o fim do mandato do conselho diretivo nacional,
e não pode ser destituído, salvo por falta grave no exercício
SECÇÃO III das suas funções.
Referendos internos
3 — O cargo de provedor pode ser remunerado, nos
termos fixados pelo conselho diretivo nacional.
4 — No caso de ser membro da Ordem, a pessoa desig-
Artigo 68.º
nada para o cargo de provedor deve requerer a suspensão
Objeto da sua inscrição antes do início do exercício do cargo.
1 — A Ordem pode realizar, a nível nacional, referendos
internos com caráter vinculativo ou consultivo aos seus CAPÍTULO VII
membros, destinados a submeter a votação as questões
que a assembleia representativa nacional ou o conselho Deontologia
diretivo nacional considerem relevantes.
2 — As propostas de dissolução da Ordem são obriga- SECÇÃO I
toriamente submetidas a referendo.
3 — As questões devem ser formuladas com clareza e Direitos e deveres para com a Ordem
para respostas de sim ou não.
4 — As questões referentes a matérias que o presente Artigo 72.º
Estatuto cometa à competência deliberativa de qualquer Direitos dos membros efetivos
órgão nacional só podem ser submetidas a referendo Constituem direitos dos membros efetivos:
mediante autorização desse órgão, lavrada em ata.
5 — A realização de referendos é obrigatoriamente pre- a) Participar nas atividades da Ordem;
cedida da verificação da sua conformidade legal ou esta- b) Requerer a convocação de assembleias gerais de
tutária pelo conselho jurisdicional. secção extraordinárias;
Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015 8195

c) Eleger e ser eleitos para o desempenho de funções SECÇÃO II


na Ordem;
Deveres profissionais
d) Requerer a atribuição de títulos de especialidade e a
inscrição nos núcleos dessas especialidades;
Artigo 78.º
e) Beneficiar da atividade editorial da Ordem;
f) Utilizar os serviços oferecidos pela Ordem; Deveres do engenheiro técnico para com a comunidade
g) Utilizar o cartão de identificação de membro da
Ordem. São deveres do engenheiro técnico:
Artigo 73.º a) Desempenhar com competência as suas funções,
Deveres dos membros efetivos contribuindo para o progresso da engenharia;
b) Defender o ambiente e os recursos naturais;
1 — Constituem deveres dos membros efetivos para c) Garantir a segurança do pessoal, dos utentes e do
com a Ordem: público em geral;
a) Cumprir as obrigações do presente Estatuto e dos d) Procurar as melhores soluções técnicas, ponderando
regulamentos da Ordem; a economia e a qualidade das obras que projetar, dirigir
b) Desempenhar as funções para as quais tenham sido ou organizar;
eleitos ou designados; e) Subscrever os seguros de responsabilidade civil pro-
c) Colaborar com comissões ou grupos de trabalho da fissional ou da prestação de garantia ou instrumento equi-
Ordem; valente.
d) Pagar as quotas;
e) Participar na vida da Ordem; Artigo 79.º
f) Contribuir para o prestígio da profissão e da Ordem.
Deveres do engenheiro técnico para com a entidade
empregadora e para com o cliente
2 — Estão isentos do pagamento de quotas os membros
da Ordem cuja inscrição se encontre suspensa, salvo por São deveres do engenheiro técnico para com a entidade
via de procedimento disciplinar. empregadora e o cliente:
a) Contribuir para a realização dos objetivos económico-
Artigo 74.º -sociais das organizações em que se integre, promovendo
Direitos dos membros estagiários o aumento da produtividade, a melhoria da qualidade dos
produtos e das condições de trabalho;
Constituem direitos dos membros estagiários: b) Prestar os seus serviços com diligência e pontuali-
a) Participar nas atividades da Ordem; dade, de modo a não prejudicar o cliente nem terceiros,
b) Beneficiar da atividade editorial da Ordem; nunca abandonando, sem justificação, os trabalhos que lhe
c) Utilizar os serviços oferecidos pela Ordem; forem confiados ou os cargos que desempenhar;
d) Intervir, sem direito a voto, na assembleia geral nacio- c) Abster-se de divulgar ou de utilizar segredos pro-
nal e nas assembleias gerais de secção; fissionais;
e) Utilizar o cartão de identificação de membro da d) Fixar uma remuneração adequada ao serviço pres-
Ordem. tado.

Artigo 75.º Artigo 80.º


Deveres dos membros estagiários
Deveres do engenheiro técnico no exercício da profissão
Constituem deveres dos membros estagiários para com São deveres do engenheiro técnico no exercício da sua
a Ordem: profissão:
a) Cumprir as obrigações do presente Estatuto e dos a) Agir sempre com boa-fé, lealdade, correção e isenção;
regulamentos da Ordem; b) Apenas assinar pareceres, projetos ou outros trabalhos
b) Participar na prossecução dos objetivos da Ordem e profissionais de que seja autor ou colaborador;
colaborar nas suas atividades. c) Prosseguir a permanente atualização de conheci-
mentos.
Artigo 76.º
Direitos dos membros estudantes
Artigo 81.º
Os membros estudantes gozam dos seguintes direitos:
Deveres recíprocos dos engenheiros técnicos
a) Participar nas atividades da Ordem;
b) Intervir, sem direito a voto, na assembleia geral nacio- São deveres recíprocos dos engenheiros técnicos:
nal e nas assembleias gerais de secção. a) Evitar qualquer concorrência desleal;
b) Prestar aos colegas, desde que solicitada, toda a cola-
Artigo 77.º boração possível;
Deveres dos membros estudantes
c) Abster-se de prejudicar a reputação ou a atividade
profissional de colegas;
Os membros estudantes devem participar na prosse- d) Quando chamado a substituir um colega na execu-
cução dos objetivos da Ordem e colaborar nas suas ati- ção de um trabalho, não o aceitar sem o informar previa-
vidades. mente.
8196 Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015

CAPÍTULO VIII citados pelo conselho diretivo nacional, pelo bastonário,


pelo conselho jurisdicional ou pelo conselho disciplinar
Responsabilidade disciplinar de secção.
7 — Os factos considerados provados em processo penal
SECÇÃO I contra membro da Ordem consideram-se também provados
em processo disciplinar.
Disposições gerais
8 — A responsabilidade disciplinar dos membros pe-
rante a Ordem decorrente da prática de infrações é indepen-
Artigo 82.º
dente da responsabilidade disciplinar perante os respetivos
Infração disciplinar empregadores, por infração dos deveres emergentes de
1 — Considera-se infração disciplinar toda a ação ou relações de trabalho.
omissão de qualquer membro da Ordem que viole os de-
veres consignados no presente Estatuto ou nos respetivos Artigo 85.º
regulamentos. Responsabilidade disciplinar dos profissionais
2 — As infrações disciplinares previstas no presente em livre prestação de serviços
Estatuto e demais disposições legais e regulamentares Os profissionais que prestem serviços em território na-
aplicáveis são puníveis a título de dolo ou negligência. cional em regime de livre prestação são equiparados aos
3 — A tentativa é punível. membros da Ordem para efeitos disciplinares, nos termos
do n.º 2 do artigo 4.º da Lei n.º 9/2009, de 4 de março, al-
Artigo 83.º terada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de agosto, e 25/2014,
Jurisdição disciplinar de 2 de maio, com as especificidades constantes do n.º 7
do artigo 93.º e do regulamento disciplinar.
1 — Os membros da Ordem estão sujeitos ao poder
disciplinar dos órgãos da Ordem, nos termos previstos no
Artigo 86.º
presente Estatuto e no regulamento disciplinar.
2 — A suspensão ou o cancelamento da inscrição não Responsabilidade disciplinar das sociedades
faz cessar a responsabilidade disciplinar por infrações de engenheiros técnicos
anteriormente praticadas pelo membro da Ordem enquanto tal. As pessoas coletivas que sejam membros da Ordem
3 — Durante o tempo de suspensão da inscrição, o estão sujeitas ao poder disciplinar dos órgãos desta última
membro continua sujeito ao poder disciplinar da Ordem. nos termos do presente Estatuto e da lei que estabelece o
4 — A punição com a sanção de expulsão não faz cessar regime jurídico da constituição e funcionamento das socie-
a responsabilidade disciplinar do infrator relativamente às dades de profissionais que estejam sujeitas a associações
infrações por ele cometidas antes da decisão definitiva que públicas profissionais.
tenha aplicado aquela sanção.
Artigo 87.º
Artigo 84.º
Prescrição do procedimento disciplinar
Independência da responsabilidade disciplinar
dos membros da Ordem 1 — O procedimento disciplinar extingue-se, por efeito
1 — A responsabilidade disciplinar é independente da de prescrição, logo que sobre a prática da infração tiver
responsabilidade civil e criminal decorrente da prática do decorrido o prazo de cinco anos, salvo o disposto no nú-
mesmo facto. mero seguinte.
2 — A responsabilidade disciplinar perante a Ordem 2 — Se a infração disciplinar constituir simultaneamente
coexiste com qualquer outra prevista por lei. infração criminal para a qual a lei estabeleça prescrição
3 — Quando, com fundamento nos mesmos factos, tiver sujeita a prazo mais longo, o procedimento disciplinar
sido instaurado processo penal contra membro da Ordem e, apenas prescreve após o decurso deste último prazo.
para se conhecer da existência de uma infração disciplinar, 3 — O prazo de prescrição do procedimento disciplinar
for necessário julgar qualquer questão que não possa ser corre desde o dia em que o facto se tiver consumado.
convenientemente resolvida no processo disciplinar, pode 4 — O prazo de prescrição só corre:
ser ordenada a suspensão do processo disciplinar por um a) Nas infrações instantâneas, desde o momento da
período máximo de um ano. sua prática;
4 — A suspensão do processo disciplinar, nos termos do b) Nas infrações continuadas, desde o dia da prática
número anterior, é comunicada pela Ordem à autoridade do último ato;
judiciária competente, a qual deve ordenar a remessa à c) Nas infrações permanentes, desde o dia em que ces-
Ordem de cópia do despacho de acusação e, se a ele houver sar a consumação.
lugar, do despacho de pronúncia.
5 — Decorrido o prazo fixado no n.º 3 sem que a ques- 5 — O procedimento disciplinar também prescreve se,
tão tenha sido resolvida, a questão é decidida no processo desde o conhecimento ou a participação efetuada nos ter-
disciplinar. mos do n.º 1 do artigo seguinte, não se iniciar o processo
6 — Sempre que, em processo penal contra membro da disciplinar competente no prazo de um ano.
Ordem, for designado dia para a audiência de julgamento, 6 — O prazo de prescrição do processo disciplinar
o tribunal deve ordenar a remessa à Ordem, preferen- interrompe-se com a notificação ao arguido:
cialmente por via eletrónica, do despacho de acusação,
do despacho de pronúncia e da contestação, se tiver sido a) Da instauração do processo disciplinar;
apresentada, bem como quaisquer outros elementos soli- b) Da acusação.
Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015 8197

7 — Após cada período de interrupção começa a correr 3 — O processo disciplinar contra o bastonário ou
novo prazo de prescrição. contra qualquer membro do conselho jurisdicional em
8 — O prazo de prescrição do processo disciplinar efetividade de funções só pode ser instaurado por delibe-
suspende-se durante o tempo em que: ração da assembleia representativa, aprovada por maioria
a) O processo disciplinar estiver suspenso, a aguardar absoluta.
despacho de acusação ou de pronúncia em processo penal; Artigo 91.º
b) A decisão final do processo disciplinar não puder ser Legitimidade processual
notificada ao arguido, por motivo que lhe seja imputável.
As pessoas com interesse direto, pessoal e legítimo rela-
9 — A suspensão, quando resulte da situação prevista tivamente aos factos participados podem solicitar à Ordem
na alínea b) do número anterior, não pode ultrapassar o a sua intervenção no processo, requerendo e alegando o
prazo de dois anos. que tiverem por conveniente.
10 — O prazo de prescrição volta a correr a partir do
dia em que cessar a causa da suspensão. Artigo 92.º
Direito subsidiário
SECÇÃO II
Sem prejuízo do disposto no presente Estatuto, o pro-
Do exercício da ação disciplinar cesso disciplinar rege-se por regulamento disciplinar, sendo
subsidiariamente aplicáveis as normas procedimentais
Artigo 88.º previstas na Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas,
Exercício da ação disciplinar
aprovada pela Lei n.º 35/2014, de 20 de junho.

1 — Têm legitimidade para participar à Ordem factos


SECÇÃO III
suscetíveis de constituir infração disciplinar:
Das sanções disciplinares
a) O bastonário;
b) O conselho diretivo nacional;
c) Os conselhos diretivos de secção; Artigo 93.º
d) O provedor da Ordem; Aplicação de sanções disciplinares
e) O Ministério Público, nos termos do n.º 3;
f) Qualquer pessoa direta ou indiretamente afetada pelos 1 — As sanções disciplinares são as seguintes:
fatos participados. a) Advertência;
b) Repreensão registada;
2 — Os tribunais e quaisquer autoridades devem dar c) Suspensão do exercício profissional até ao máximo
conhecimento à Ordem da prática, por membros, de factos de dois anos;
suscetíveis de constituírem infração disciplinar. d) Expulsão.
3 — Sem prejuízo do disposto na lei de processo penal
acerca do segredo de justiça, o Ministério Público e os
2 — A sanção de advertência é aplicada a infrações leves
órgãos de polícia criminal remetem à Ordem certidão das
no exercício da profissão dos membros.
denúncias, participações ou queixas apresentadas contra
membros da Ordem e que possam consubstanciar factos 3 — A sanção de repreensão registada é aplicável a
suscetíveis de constituir infração disciplinar. infrações graves no exercício da profissão dos membros
às quais, em razão da culpa do arguido, não caiba mera
Artigo 89.º advertência.
4 — A sanção de suspensão é aplicável quando, tendo
Desistência da participação em conta a natureza da profissão, a infração disciplinar
A desistência da participação disciplinar pelo interes- seja grave e tenha posto em causa a vida, a integridade
sado extingue o processo disciplinar, salvo se a infração física das pessoas ou seja gravemente lesiva da honra ou
imputada afetar a dignidade do membro visado e, neste do património alheios ou de valores equivalentes.
caso, este manifeste intenção de que o processo prossiga, 5 — A sanção de expulsão é aplicável a infrações muito
ou o prestígio da Ordem ou da profissão, em qualquer uma graves que afetem de tal forma a dignidade e o prestígio
das suas especialidades. profissionais, que inviabilizam definitivamente o exercício
da atividade profissional de engenheiro técnico.
Artigo 90.º 6 — O incumprimento do dever de pagar quotas pode
dar lugar à aplicação de sanção disciplinar de suspensão,
Instauração do processo disciplinar nos termos do presente Estatuto, quando se apure que
1 — Qualquer órgão da Ordem, oficiosamente ou tendo aquele incumprimento é culposo e se prolongue por período
por base queixa, denúncia ou participação apresentada por superior a 12 meses.
pessoa devidamente identificada, contendo factos sus- 7 — No caso de profissionais em regime de livre presta-
cetíveis de integrarem infração disciplinar do membro, ção de serviços em território nacional, as sanções previstas
comunica, de imediato, os factos ao órgão competente nos n.os 5 e 6 assumem, respetivamente, a forma de inter-
para a instauração de processo disciplinar. dição definitiva ou temporária do exercício da atividade
2 — Quando se conclua que a participação é infundada, profissional neste território.
dela se dá conhecimento ao membro visado e são emitidas 8 — A aplicação de sanção mais grave do que a de
as certidões que o mesmo entenda necessárias para a tutela repreensão registada a membro que exerça algum cargo
dos seus direitos e interesses legítimos. nos órgãos da Ordem determina a imediata e automática
8198 Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015

destituição desse cargo, sem dependência de deliberação 4 — O resultado da aplicação das sanções acessórias
da assembleia representativa nesse sentido. previstas nas alíneas c) e d) do n.º 1, consideram-se per-
9 — A tentativa é punível com a sanção aplicável à didas a favor da Ordem.
infração consumada, especialmente atenuada.
10 — Sempre que a infração resulte da violação de um Artigo 96.º
dever por omissão, o cumprimento das sanções aplicadas
Unidade e acumulação de infrações
não dispensam o arguido do cumprimento daquele, se tal
ainda for possível. Sem prejuízo da aplicação das sanções acessórias re-
11 — A prática de infração é considerada reincidente feridas no artigo anterior, não pode aplicar-se ao mesmo
quando repita o comportamento ilícito antes de decorrido o membro mais do que uma sanção disciplinar por cada
prazo de cinco anos após o dia em que se tornar definitiva facto punível.
a condenação por cometimento da infração anterior. Artigo 97.º
Artigo 94.º Suspensão das sanções

Graduação
1 — Tendo em consideração o grau de culpa, o com-
portamento do arguido e as circunstâncias que rodearam
1 — Na aplicação das sanções deve atender-se aos ante- a prática da infração, as sanções disciplinares inferiores à
cedentes profissionais e disciplinares do arguido, ao grau expulsão podem ser suspensas por um período compreen-
de culpa, à gravidade e às consequências da infração, à dido entre um e cinco anos.
situação económica do arguido e a todas as demais cir- 2 — Cessa a suspensão da sanção sempre que, relati-
cunstâncias agravantes ou atenuantes. vamente ao membro punido, seja proferida decisão final
2 — São circunstâncias atenuantes: de acusação em novo processo disciplinar.
a) O exercício efetivo da profissão de engenheiro téc-
nico por um período superior a cinco anos, seguidos ou Artigo 98.º
interpolados, sem qualquer sanção disciplinar; Aplicação das sanções de suspensão e expulsão
b) A confissão espontânea da infração ou das infrações;
c) A colaboração do arguido para a descoberta da ver- As sanções de suspensão por período superior a dois
dade; anos ou de expulsão só podem ser aplicadas por delibe-
d) A reparação dos danos causados pela conduta lesiva. ração que reúna a maioria qualificada de dois terços dos
membros do órgão disciplinarmente competente, após
3 — São circunstâncias agravantes: audiência pública.
a) A premeditação, considerando-se como tal a vontade Artigo 99.º
manifestada num período igual ou superior a dois dias antes Execução das sanções
da prática da infração;
b) O conluio; 1 — Compete ao conselho diretivo nacional dar execu-
c) A reincidência; ção às decisões proferidas em sede de processo disciplinar,
d) A acumulação de infrações, sempre que duas ou mais designadamente praticando os atos necessários à efetiva
infrações sejam cometidas no mesmo momento ou quando suspensão ou ao cancelamento da inscrição dos membros
outra seja cometida antes de ter sido punida a anterior; a quem sejam aplicadas as sanções de suspensão e de
e) O facto de a infração ou infrações serem cometidas expulsão, respetivamente.
durante o cumprimento de sanção disciplinar ou no decurso 2 — A aplicação de sanção de suspensão ou de expulsão
do período de suspensão de sanção disciplinar; implica a proibição temporária ou definitiva, respetiva-
f) A produção de prejuízos de valor considerável, enten- mente, da prática de qualquer ato profissional e a entrega da
dendo-se como tal sempre que exceda o valor de metade cédula profissional na sede da Ordem ou na secção regional
da alçada dos tribunais da relação; onde o arguido tenha o seu domicílio profissional.
g) A lesão dos interesses da Ordem.
Artigo 100.º
Artigo 95.º Início de produção de efeitos das sanções disciplinares
Aplicação de sanções acessórias 1 — As sanções disciplinares iniciam a produção dos
1 — Cumulativamente com a aplicação das sanções seus efeitos no dia seguinte àquele em que a decisão se
disciplinares, podem ser aplicadas, a título de sanções torne definitiva.
acessórias: 2 — Se na data em que a decisão se torna definitiva
estiver suspensa a inscrição do arguido, o cumprimento da
a) Frequência obrigatória de ações de formação suple- sanção disciplinar de suspensão tem início no dia seguinte
mentares às ações de formação obrigatórias; ao do levantamento da suspensão.
b) Restituição de quantias, documentos ou objetos;
c) Perda, total ou parcial, de honorários e do custeio Artigo 101.º
de despesas;
d) Perda do produto do benefício obtido pelo arguido; Comunicação e publicidade
e) Inelegibilidade para órgãos da Ordem por um período 1 — A aplicação das sanções referidas nas alíneas b)
máximo de 15 anos. a d) do n.º 1 do artigo 93.º é comunicada pelo conselho
diretivo nacional:
2 — As sanções acessórias podem ser cumuladas entre si.
3 — Na aplicação das sanções acessórias deve aten- a) À sociedade de profissionais ou organização associa-
der-se aos critérios previstos no n.º 1 do artigo anterior. tiva por conta da qual o arguido prestava serviços à data
Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015 8199

dos factos e à data da condenação pela prática da infração Artigo 105.º


disciplinar; e Formas do processo
b) À autoridade competente noutro Estado membro da
União Europeia ou do Espaço Económico Europeu para o 1 — A ação disciplinar pode comportar as seguintes
controlo da atividade do arguido estabelecido nesse mesmo formas:
Estado membro. a) Processo de inquérito;
b) Processo disciplinar.
2 — Quando a sanção aplicada for de suspensão ou
de expulsão, é-lhe dada publicidade através do sítio na 2 — O processo de inquérito é aplicável quando não
Internet da Ordem e em locais considerados idóneos para seja possível identificar claramente a existência de uma
o cumprimento das finalidades de prevenção geral do sis- infração disciplinar ou o respetivo infrator, impondo-se a
tema jurídico. realização de diligências sumárias para o esclarecimento
3 — Se for decidida a suspensão preventiva ou apli- ou concretização dos factos em causa.
cada sanção de suspensão ou de expulsão, o conselho 3 — Aplica-se o processo disciplinar sempre que a
diretivo nacional deve inserir a correspondente anotação determinado membro da Ordem sejam imputados fac-
nas listas permanentes de membros divulgada por meios tos devidamente concretizados, suscetíveis de constituir
informáticos. infração disciplinar.
4 — A publicidade das sanções disciplinares e sanções 4 — Depois de averiguada a identidade do infrator,
acessórias, promovida pelo órgão disciplinarmente com- ou, logo que se mostrem minimamente concretizados ou
petente, é feita a expensas do arguido. esclarecidos os factos participados, sendo eles suscetíveis
5 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, a de constituir infração disciplinar, é proposta a imediata con-
Ordem restitui o montante pago pelo arguido para dar versão do processo de inquérito em processo disciplinar,
publicidade à sua suspensão preventiva sempre que este mediante parecer sucintamente fundamentado.
não venha a ser condenado no âmbito do respetivo proce- 5 — Quando a participação seja manifestamente in-
dimento disciplinar. viável ou infundada, deve a mesma ser liminarmente ar-
quivada, dando-se cumprimento ao disposto no n.º 2 do
Artigo 102.º artigo 90.º
6 — Se da análise da conduta de um membro realizada
Prescrição das sanções disciplinares no âmbito do processo de inquérito resultar prova bastante
da prática de infração disciplinar abstratamente punível
As sanções disciplinares prescrevem nos seguintes pra-
com sanção de advertência ou de repreensão registada, o
zos: órgão disciplinar competente pode determinar a suspensão
a) As de advertência e repreensão registada, em dois provisória do processo mediante a imposição ao arguido de
anos; regras de conduta ou do pagamento de uma determinada
b) As de suspensão e expulsão, em cinco anos. quantia, a título de caução, sempre que se verifiquem os
seguintes pressupostos:
Artigo 103.º a) Ausência de aplicação anterior de suspensão provi-
Princípio do cadastro na Ordem sória do processo pelo mesmo tipo de infração;
b) Ausência de um grau de culpa elevado.
1 — O processo individual dos membros na Ordem in-
clui um cadastro, do qual constam as sanções disciplinares 7 — No caso previsto no número anterior, é aplicável
referidas no n.º 1 do artigo 93.º e as sanções acessórias que ao arguido o pagamento, no prazo de 10 dias úteis, de uma
lhe tenham sido aplicadas. quantia entre € 100 e € 5000, no caso de pessoas singulares,
2 — O cadastro é gerido pelo conselho diretivo nacional ou entre € 1000 e € 50 000, no caso de pessoas coletivas
com base nos elementos comunicados pelos órgãos ou equiparadas,
disciplinares da Ordem. 8 — O incumprimento das medidas determinadas nos
3 — A condenação de um membro em processo penal termos do número anterior implica a continuação do pro-
é comunicada à Ordem para efeito de averbamento ao cesso disciplinar suspenso provisoriamente nos termos
respetivo cadastro. dos n.os 6 e 7.
4 — As sanções referidas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do 9 — Se o arguido cumprir as medidas determinadas, o
artigo 93.º são eliminadas do cadastro após o decurso do processo é arquivado, sendo-lhe devolvidas as quantias
prazo de cinco anos a contar do seu cumprimento. pagas nos termos do n.º 7.

Artigo 106.º
SECÇÃO IV
Processo disciplinar
Do processo
1 — O processo disciplinar é regulado pelo presente
Artigo 104.º Estatuto e pelo regulamento disciplinar.
2 — O processo disciplinar é composto pelas seguintes
Obrigatoriedade fases:
A aplicação de uma sanção disciplinar é sempre pre- a) Instrução;
cedida do apuramento dos factos e da responsabilidade b) Defesa do arguido;
disciplinar em processo próprio, nos termos previstos no c) Decisão;
presente Estatuto e no regulamento disciplinar. d) Execução.
8200 Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015

3 — Em todas as fases do processo disciplinar são asse- c) Os factos que serviram de fundamento à decisão
guradas ao arguido todas as garantias de defesa nos termos condenatória forem inconciliáveis com os que forem dados
gerais de direito. como provados noutra decisão definitiva e da oposição
resultarem graves dúvidas sobre a justiça da condenação;
Artigo 107.º d) Se tenham descoberto novos factos ou meios de prova
que, por si ou cominados com os que foram apreciados
Suspensão preventiva
no processo, suscitem graves dúvidas sobre a justiça da
1 — Após a audição do arguido, ou se este, notificado, decisão condenatória proferida.
não comparecer para ser ouvido, pode ser ordenada a sua
suspensão preventiva, mediante deliberação tomada por 2 — A simples alegação de ilegalidade, formal ou subs-
maioria qualificada de dois terços dos membros em efeti- tancial, do processo e decisão disciplinares não constitui
vidade de funções do órgão competente da Ordem. fundamento para a revisão.
2 — A suspensão a que se refere o número anterior só 3 — A revisão é admissível ainda que o processo se
pode ser decretada nos casos em que haja indícios da prá- encontre extinto ou a sanção prescrita ou cumprida.
tica de infração disciplinar à qual corresponda uma das 4 — O exercício do direito de revisão é regulado pelas
sanções previstas nas alíneas c) e d) do n.º 1 do artigo 93.º disposições aplicáveis do regulamento disciplinar.
3 — A suspensão preventiva não pode exceder três me-
ses e é sempre descontada na sanção de suspensão. Artigo 111.º
Reabilitação
Artigo 108.º
Caso seja deferida a reabilitação, o membro reabilitado
Natureza secreta do processo recupera plenamente os seus direitos e é dada a publicidade
1 — O processo é de natureza secreta até ao despacho devida, nos termos dos n.os 2 a 4 do artigo 101.º, com as
de acusação ou arquivamento. necessárias adaptações.
2 — O relator pode, todavia, autorizar a consulta do
processo pelo arguido, pelo participante, pelo Ministério CAPÍTULO IX
Público, pelos órgãos de polícia criminal ou pelos
interessados, quando daí não resulte inconveniente para Receitas e despesas
a instrução e sob condição de não ser divulgado o que
dele conste. Artigo 112.º
3 — O arguido ou o interessado, quando membro da Receitas dos órgãos nacionais
Ordem, que não respeite a natureza secreta do processo
incorre em responsabilidade disciplinar. Constituem receitas dos órgãos nacionais da Ordem:
a) A percentagem que lhes couber das receitas previstas
SECÇÃO V na alínea f) do n.º 3 do artigo 34.º;
b) O produto da venda de publicações editadas;
Das garantias c) Os resultados de outras atividades;
d) As heranças, os legados e as doações;
Artigo 109.º e) Os rendimentos dos bens que lhes estejam afetos;
Decisões recorríveis f) Os juros de contas de depósitos.
1 — Das decisões tomadas em matéria disciplinar cabe Artigo 113.º
recurso para o plenário do conselho jurisdicional, e para o
conselho jurisdicional, nos casos previstos nas alíneas d) Receitas dos órgãos regionais
e e) do n.º 2 do artigo 37.º, respetivamente. Constituem receitas dos órgãos regionais da Ordem:
2 — As decisões de mero expediente ou referentes à
disciplina dos trabalhos não são passíveis de recurso nos a) A percentagem que lhes couber das receitas previstas
termos do número anterior. na alínea f) do n.º 3 do artigo 34.º;
3 — O exercício do direito de recurso é regulado pelas b) O produto de outras atividades levadas a efeito por
disposições aplicáveis do regulamento disciplinar. sua iniciativa;
c) As heranças, os legados e as doações destinadas a
Artigo 110.º utilização nas respetivas áreas territoriais de jurisdição;
d) Os rendimentos dos bens que lhes estejam afetos;
Revisão e) Os juros de conta de depósitos.
1 — É admissível a revisão de decisão definitiva profe-
rida pelos órgãos da Ordem com competência disciplinar Artigo 114.º
sempre que: Despesas
a) Uma decisão judicial transitada em julgado declarar 1 — As despesas de deslocação dos titulares dos órgãos
falsos quaisquer elementos ou meios de prova que tenham nacionais, no exercício das suas funções, são suportadas
sido determinantes para a decisão revidenda; pelo conselho diretivo nacional.
b) Uma decisão judicial transitada em julgado tiver dado 2 — As despesas de deslocação dos titulares dos órgãos
como provado crime cometido por membro ou membros das secções regionais, no exercício das suas funções,
do órgão que proferiu a decisão revidenda e relacionado são suportadas pelos respetivos conselhos diretivos de
com o exercício das suas funções no processo; secção.
Diário da República, 1.ª série — N.º 182 — 17 de setembro de 2015 8201

Artigo 115.º ii) A designação do título e das especialidades profis-


Controlo jurisdicional
sionais;
iii) A situação de suspensão ou interdição temporária
1 — A atividade da Ordem no âmbito das suas atri- do exercício da atividade, se for caso disso;
buições e do exercício dos poderes públicos que lhe são
conferidos fica sujeita à jurisdição administrativa, nos f) Registo atualizado dos profissionais em livre presta-
termos da respetiva legislação. ção de serviços no território nacional, que se consideram
2 — Das sanções disciplinares aplicadas pela Ordem cabe inscritos nos termos do n.º 2 do artigo 4.º da Lei n.º 9/2009,
recurso para os tribunais administrativos competentes. de 4 de março, alterada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de
agosto, e 25/2014, de 2 de maio, que contemple:
Artigo 116.º
i) O nome e o domicílio profissionais e, caso exista, a
Balcão único designação do título profissional de origem e das respetivas
1 — Todos os pedidos, comunicações e notificações especialidades;
previstos no presente Estatuto entre a Ordem e profissio- ii) A identificação da associação pública profissional
nais, sociedades de engenheiros técnicos ou outras orga- no Estado membro de origem, na qual o profissional se
nizações associativas de profissionais para o exercício de encontre inscrito;
engenharia, com exceção dos relativos a procedimentos iii) A situação de suspensão ou interdição temporária
disciplinares, são realizados por meios eletrónicos, através do exercício da atividade, se for caso disso;
do balcão único eletrónico dos serviços, referido nos ar- iv) A informação relativa às sociedades de profissionais
tigos 5.º e 6.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, ou outras formas de organização associativa de profis-
acessível através do sítio na Internet da associação pública sionais para que prestem serviços no Estado membro de
profissional em causa. origem, caso aqui prestem serviços nessa qualidade;
2 — Quando, por motivos de indisponibilidade das
plataformas eletrónicas, não for possível o cumprimento g) Registo atualizado de sociedades de engenheiros
do disposto no número anterior, a transmissão da infor- técnicos e de outras formas de organização associativa
mação em apreço pode ser feita por entrega nos serviços inscritas com a respetiva designação, sede, número de
da associação pública profissional em causa, por remessa inscrição e número de identificação;
pelo correio sob registo, por telecópia ou por correio ele- h) Lista de cursos superiores ministrados em Portu-
trónico. gal que dão acesso à profissão de engenheiro técnico,
3 — A apresentação de documentos em forma simples com indicação dos respetivos colégios de especialidade
nos termos dos números anteriores dispensa a remessa dos de inscrição.
documentos originais, autênticos, autenticados ou certi-
ficados, sem prejuízo do disposto na alínea a) do n.º 3 e Artigo 118.º
nos n.os 4 e 5 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de Cooperação administrativa
26 de julho.
4 — São ainda aplicáveis aos procedimentos referidos A Ordem presta e solicita às autoridades administrativas
no presente artigo o disposto nas alíneas d) e e) do artigo 5.º dos outros Estados membros ou do Espaço Económico
e no n.º 1 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 Europeu e à Comissão Europeia assistência mútua e toma
de julho. as medidas necessárias para cooperar eficazmente, nomea-
damente através do Sistema de Informação do Mercado
Artigo 117.º Interno, no âmbito dos procedimentos relativos a presta-
dores de serviços já estabelecidos noutro Estado membro,
Informação na Internet nos termos do capítulo VI do Decreto—Lei n.º 92/2010,
Para além das informações referidas no artigo 23.º da de 26 de julho, do n.º 2 do artigo 51.º da Lei n.º 9/2009,
Lei n.º 2/2013, de 10 de janeiro, no n.º 3 do artigo 6.º do de 4 de março, alterada pelas Leis n.os 41/2012, de 28 de
Decreto-Lei n.º 92/2010, de 26 de julho, e no n.º 4 do agosto, e 25/2014, de 2 de maio, e dos n.os 2 e 3 do ar-
artigo 19.º da Diretiva n.º 2000/31/CE, do Parlamento tigo 19.º da Diretiva n.º 2000/31/CE, do Parlamento Euro-
Europeu e do Conselho, de 8 de junho de 2000, relativa a peu e do Conselho, de 8 de junho de 2000, relativa a certos
certos aspetos legais dos serviços da sociedade de infor- aspetos legais dos serviços da sociedade de informação,
mação, em especial do comércio eletrónico, no mercado em especial do comércio eletrónico.
interno, a Ordem deve disponibilizar ao público em geral,
através do seu sítio eletrónico na Internet, as seguintes CAPÍTULO X
informações:
Revisão do Estatuto
a) Regime de acesso e exercício da profissão;
b) Princípios e regras deontológicos e normas técnicas
aplicáveis aos seus membros; Artigo 119.º
c) Procedimento de apresentação de queixa ou reclama- Revisão
ções pelos destinatários relativamente aos serviços presta-
1 — Todas as iniciativas de revisão do presente Estatuto
dos pelos profissionais no âmbito da sua atividade;
devem ser divulgadas pela classe para pronúncia durante
d) Ofertas de emprego na Ordem;
o período mínimo de 30 dias.
e) Registo atualizado dos membros com:
2 — A assembleia representativa deve apresentar
i) O nome, o domicílio profissional e o número de car- proposta à tutela sempre que o presente Estatuto deva
teira ou cédula profissionais; ser revisto.

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