Você está na página 1de 25

Psicologia da Educação

e Teorias da Aprendizagem
1. Aprendizagem 4
Conceito 4
Características do Processo de Aprendizagem 5
Aprendizagem e Maturação 5
A Aprendizagem é Condicionada pela Maturação 6
Aprendizagem e Desempenho 7
Modelo de Aprendizagem Motora 7

2. Aprendizagem e Motivação 10
Funções dos Motivos 10
Teorias da Motivação 11
Teoria do Condicionamento 11
Teoria Cognitiva 11
Teoria Humanista 11
Teoria Psicanalítica 13
Teorias da Aprendizagem 14
Watson e o Behaviorismo 14

3. Teoria do Condicionamento Clássico 16


Teoria do Condicionamento Operante 17
Teoria da Aprendizagem por Ensaio e Erro 17
Teoria da Aprendizagem Cognitiva 18
Teoria da Aprendizagem Fenomenológica 19
Teoria da Aprendizagem da Gestalt 19
Transferência da Aprendizagem 20
Conceito e Importância da Transferência 20
Transferência Positiva e Negativa 20
Teorias da Transferência 20
Teoria dos Elementos Idênticos 21
Teoria da Generalização da Experiência 21
Teoria dos Ideais de Proceder 22
Teoria da Gestalt 22

4. Referências Bibliográficas 24

02
03
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM

1. Aprendizagem

Fonte: Educa Jacarei1

Conceito so perceptivo, em que se dá uma mu-


dança na estrutura cognitiva. Para

A prendizagem é um processo in-


separável do ser humano e
ocorre quando há uma modificação
que haja a aprendizagem são neces-
sárias determinadas condições:
Fatores Fisiológicos: maturação
no comportamento, mediante a ex- dos órgãos dos sentidos, do sistema
periência ou a prática, que não po- nervoso central, dos músculos, glân-
dem ser atribuídas à maturação, le- dulas etc.;
sões ou alterações fisiológicas do or- Fatores Psicológicos: motivação
ganismo. Do ponto de vista funcio- adequada, autoconceito positivo,
nal é a modificação sistemática do confiança em sua capacidade de
comportamento em caso de repeti- aprender, ausência de conflitos
ção da mesma situação estimulante emocionais perturbadores etc.;
ou na dependência da experiência Experiências Anteriores: qual-
anterior com dada situação. quer aprendizagem depende de in-
De acordo com as proposições formações, habilidades e conceitos
das teorias gestaltistas é um proces- aprendidos anteriormente.

1 Retirado em https://educajacarei.com.br/

4
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM

Características do Processo de Processo pessoal: A aprendiza-


Aprendizagem gem é um processo que acontece de
forma singular e individualizada,
Processo dinâmico: A aprendiza-
portanto é pessoal e intransferível,
gem é um processo que depende de
quer dizer ela não pode passar de um
intensa atividade do indivíduo em
indivíduo para outro e ninguém po-
seus aspectos físico, emocional, inte-
de aprender que não seja por si mes-
lectual e social. A aprendizagem só
mo.
acontece através da atividade, tanto
Processo gradativo: A aprendiza-
externa física, como também, de ati-
gem sempre acontece através de si-
vidade interna do indivíduo envolve
tuações cada vez mais complexas.
a sua participação global.
Em cada nova situação uns maiores
Processo contínuo: Todas as
números de elementos serão envol-
ações do indivíduo, desde o início da
vidos. Cada nova aprendizagem
infância, já fazem parte do processo
acresce novos elementos à experiên-
de aprendizagem. O sugar o seio ma-
cia anterior, sem idas e vindas, mas
terno é o primeiro problema de
em uma série gradativa e ascenden-
aprendizagem: terá que coordenar
te.
movimentos de sucção, deglutição e
Processo cumulativo: A aprendi-
respiração. Os diferentes aspectos
zagem resulta sempre das experiên-
do processo primário de socialização
cias vividas pelo indivíduo que ser-
na família, impõem, desde cedo, a
vem como patamar para novas
criança numerosas e complexas
aprendizagens. Ninguém aprende
adaptações a diferentes situações de
senão, por si e em si mesmo, pela
aprendizagem. Na idade escolar, na
auto modificação. Desta maneira, a
adolescência, na idade adulta e até
aprendizagem constitui um proces-
em idade mais avançada, a aprendi-
so cumulativo, em que a experiência
zagem está sempre presente.
atual aproveita-se das experiências
Processo global: Todo comporta-
anteriores.
mento humano é global; inclui sem-
pre aspectos motores, emocionais e Aprendizagem e Maturação
mentais, como produtos da aprendi-
zagem. O envolvimento para mu- A maturação é constituída no
dança de comportamento, terá que processo de desenvolvimento pelas
exigir a participação global do indi- mudanças do organismo que ocor-
víduo para uma busca constante de rem de dentro para fora do indiví-
equilibração nas situações proble- duo. Mas apesar destas mudanças
máticas que lhe são apresentadas. acontecerem apenas quando existe

5
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM

uma predisposição natural no orga- cia pode ser determinante, com con-
nismo do indivíduo, elas dependem sequências que podem ser tanto po-
de estimulações no meio ambiente sitivas quanto negativas.
para se desenvolverem plenamente. As características específicas
As características essenciais do ser humano: a fala, a noção de
da maturação são: tempo, a cultura e a capacidade de
 Aparecimento súbito de novos abstração, confere uma qualidade
padrões de crescimento ou única ao estudo do seu comporta-
comportamento; mento.
 Aparecimento de habilidades Ainda mais significativo que
específicas sem o benefício de
tudo o que foi dito, o homem, em seu
práticas anteriores;
processo de percepção, pode obser-
 A consistência desses padrões
em diferentes indivíduos da var-se simultaneamente como su-
mesma espécie; jeito e objeto, como o conhecedor e
 O curso gradual de crescimen- como o que deve ser conhecido. En-
to físico e biológico em direção quanto nos animais inferiores mui-
a ser completamente desen- tos dos comportamentos são supos-
volvido. tamente instintivos, a criança,
molda os seus múltiplos padrões de
A aprendizagem, diferente da
comportamento. O período relativa-
maturação, envolve uma mudança
mente de dependência da criança,
duradoura no indivíduo, que não
em relação ao adulto, que se segue à
está marcada por sua herança gené-
necessidade total de ajuda logo após
tica. A aprendizagem se constitui no
o nascimento, contribui para que ele
processo de socialização do indiví-
adquira a cultura de seu grupo. Uti-
duo e desenvolve gostos, habilida-
lizando seu potencial intelectual re-
des, preferências, contribui para for-
lativamente alto e sua capacidade de
mação de preconceitos, vícios, me-
se comunicar através da linguagem
dos e desajustamentos patológicos.
falada e der outros símbolos, os
membros de cada geração cons-
A Aprendizagem é Condicio- troem sobre as realizações das gera-
nada pela Maturação
ções anteriores. A cultura de uma so-
ciedade é o resultado de muitas ge-
De maneira geral, concluindo-
rações de aprendizagem cumulativa.
se pelas próprias definições acima, a
O homem compartilha com
influência dos professores é restrita
outros mamíferos alguns impulsos
aos padrões de maturação dos alu-
orgânicos primários como a fome, a
nos. Na aprendizagem esta influên-

6
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM

sede, o sexo, a necessidade de oxigê- desempenho que servirão como in-


nio, de calor moderado e de repouso dicadores do desenvolvimento da
e, possivelmente, umas poucas aver- aprendizagem ou da aquisição de
sões primárias tais como medo, rai- uma habilidade. A característica
va. A primeira manifestação de tais principal é quando o desempenho da
impulsos e aversões é um processo habilidade melhorou, durante um
de maturação. No entanto, o ser hu- período de tempo no qual houve a
mano parece transcender de alguma prática. A pessoa sendo assim mais
forma tais impulsos e aversões here- capaz de desempenhar a habilidade
ditários. do que era anteriormente.
Parece não haver grupo de se- A melhoria do desempenho
res humanos que não tenha desen- deve ser marcada por certas caracte-
volvido, através da aprendizagem, rísticas:
alguns instrumentos para enrique-  O desempenho deve ser, como
cer seus contatos com o mundo que resultado da prática, persis-
o cerca. Os animais parecem encon- tente, ou seja, relativamente
trar satisfação no uso de qualquer constante. Deve ser duradoura
no tempo.
das capacidades que possuem. Da
 As flutuações do desempenho
mesma maneira, o homem encontra devem ser cada vez menores,
satisfação no uso de suas capacida- ocorrendo menos variabilida-
des e habilidades. de.

Aprendizagem e Desempenho Aprendizagem é uma mudan-


ça no estado interno do indivíduo,
É fundamental para se con- que é inferida de uma melhora rela-
cluir como esta transcorrendo a tivamente permanente no desempe-
aprendizagem a observação do com- nho como resultado da prática.
portamento do indivíduo. O desem-
penho pode ser considerado como o Modelo de Aprendizagem Mo-
comportamento observável do indi- tora
víduo. Destarte, a aprendizagem não
pode ser observada diretamente; só Segundo Fitts e Posner, exis-
pode ser inferida do comportamento tem três estágios que caracterizam a
ou do desempenho de uma pessoa. aprendizagem motora:
Para tanto devem ser observa- Estágio Cognitivo: Se caracteriza
das determinadas características do por uma grande quantidade de ativi-

7
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM

dade mental e intelectual. O princi-  Instrução inicial deve enfati-


piante costuma responder às técni- zar os fundamentos importan-
cas ou estratégias, apresentando tes da habilidade a ser apren-
grande número de erros grosseiros dida;
 Quantidade de tempo de prá-
no desempenho;
tica disponível do indivíduo é
Estágio Associativo: A atividade importante na determinação
cognitiva envolvida na produção de do sucesso posterior.
respostas decai. Mecanismos bási-
cos da habilidade foram aprendidos Esses fatores além de serem
até certo ponto. O aprendiz está con- valiosos na previsão do desempenho
centrado em refinar a habilidade. futuro, são geradores de informa-
Detecta alguns dos seus erros. A va- ções para determinar o que deve ser
riação de desempenho começa a de- incluído no plano de instrução, para
crescer; ajudar o estudante a desenvolver seu
Estágio Autônomo: As habilida- potencial.
des são aprendidas a um tal grau que
respostas são geradas de maneira
quase automática. Desenvolve capa-
cidade para detectar seus erros e que
espécies de ajustes são necessários
para corrigir os erros. A variação do
desempenho de dia a dia já se torna
muito pequena.
É importante entender esses
estágios de aprendizagem para de-
terminação de estratégias instrucio-
nais apropriadas a serem utilizadas
ao ensinar habilidades motoras.
O desempenho inicial na
aprendizagem nem sempre permite
predizer com precisão o desempe-
nho posterior. O desempenho poste-
rior deve ser considerado a partir de:
 Determinação das capacida-
des relacionadas com a tarefa;
 Motivação para ter sucesso e
para continuar a aprender a
habilidade;

8
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM

2. Aprendizagem e Motivação

Fonte: Mundo Brink2

D entre todos os fatores que in-


fluenciam no processo de
aprendizagem, o mais importante
que se dispõe a iniciar ou continuar
o processo de aprendizagem. São
três as funções mais importantes
deles é, sem dúvida, a motivação. dos motivos:
Sem motivação não há aprendiza-  Os motivos têm a função de
gem. Podem existir os mais diversos manter ativo o organismo para
recursos para a aprendizagem, mas que a necessidade que gerou o
se não houver motivação ela não desequilíbrio seja satisfeita;
 Os motivos dão direção ao
acontecerá.
comportamento para que os
objetivos sejam alcançados,
Funções dos Motivos definindo quais os mais ade-
quados para conduzir a ação;
A motivação existe quando o  Os motivos fazem a seleção
indivíduo se propõe a emitir um das respostas que satisfazem
comportamento desejável para um as necessidades para que pos-
determinado momento em particu- sam ser reproduzidas posteri-
lar. O indivíduo motivado é aquele

2 Retirado em https://www.mundobrink.com/blog/2016/02/a-importancia-da-motivacao-no-processo-de-
aprendizagem-infantil

10
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM

ormente, quando situações se- Teoria Cognitiva


melhantes se apresentarem.
A teoria cognitiva, ao contrário
Teorias da Motivação da teoria do condicionamento que
considera a aprendizagem como re-
A seguir serão apresentadas as sultado de uma série de estímulos
quatro linhas teóricas que abordam externos para reforço do comporta-
a questão da motivação dentro da mento, dá maior importância a as-
Psicologia. pectos internos, racionais, como:
objetivos, intenções, expectativas e
Teoria do Condicionamento planos do indivíduo.
A teoria cognitiva considera
Segundo esta teoria, para que que, como ser racional, o homem de-
o indivíduo seja motivado a emitir cide conscientemente o que quer ou
determinado comportamento, é pre- não quer fazer. Pode interessar-se
ciso que esse comportamento seja pelo estudo da matemática por com-
reforçado seguidamente. A aprendi- preender que esse estudo lhe será
zagem só acontece caso haja a asso- útil no trabalho, na convivência so-
ciação de determinada resposta a cial, ou apenas para satisfazer sua
um reforço, até que o indivíduo fique curiosidade ou porque se sente bem
condicionado. quando estuda matemática.
Em outras palavras, uma ne-
cessidade (estímulo) leva a uma ati- Teoria Humanista
vidade (resposta) que a satisfaz, e
aquilo que satisfaz ou reduz a neces- Para Maslow, um dos princi-
sidade serve como reforço da res- pais formuladores desta teoria, o
posta. Isto é, o indivíduo age para al- comportamento humano pode ser
cançar um reforço que vai satisfazer motivado pela satisfação de necessi-
sua necessidade. dades biológicas, mas que toda mo-
De acordo com a teoria do con- tivação humana não poderia ser ex-
dicionamento, só há motivação para plicada em termos de privação, ne-
aprender em sala de aula na medida cessidade e reforçamento.
em que as matérias oferecidas esti- Para Maslow existe uma hie-
verem associadas a reforços que sa- rarquia de necessidades que vão se
tisfaçam certas necessidades dos manifestando a medida que as ne-
alunos. cessidades básicas, consideradas

11
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM

por ele de ordem inferior, são satis- que acontece quando o homem con-
feitas e, que evoluem em direção a segue satisfazer sua necessidade de
necessidades de ordem superior. alimento? Imediatamente surgem
Quando não há alimento, o homem outras necessidades, cuja satisfação
vive apenas pelo alimento. Mas o provoca o aparecimento de outras.

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/297730225358908025/

Esquematicamente, Maslow ao indivíduo dedicar-se a atividades


construiu uma pirâmide, que segun- que satisfaçam necessidades de or-
do ele, localiza esta hierarquia de se- dem social;
te conjuntos de motivos-necessida- Necessidade de segurança: é o
des: comportamento manifesto diante do
Necessidades fisiológicas: um perigo e de situações estranhas e não
indivíduo com as necessidades fisio- familiares. É essa necessidade que
lógicas - oxigênio, líquido, alimento orienta o organismo na ação rápida
e descanso - insatisfeitas tende a em qualquer situação de emergên-
comportar-se como um animal em cia, como doenças, catástrofes natu-
luta pela sobrevivência. É a satisfa- rais, incêndios, etc.
ção dessas necessidades que permite

12
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM

Necessidade de amor e partici- Necessidade estética: manifesta-


pação: expressa-se no desejo de to- se através da busca constante da be-
das as pessoas de se relacionarem leza. Essa necessidade, segundo
afetivamente com os outros, de per- Maslow, parece ser universal em cri-
tencerem a um grupo. anças sadias e a escola pode contri-
Necessidade de estima: leva-nos buir muito para sua satisfação.
à procura de valorização e reconhe-
cimento por parte dos outros. Quan- Teoria Psicanalítica
do essa necessidade é satisfeita, sen-
timos confiança em nossas realiza- Para a teoria psicanalítica, cri-
ções, sentimos que temos valor para ada por Sigmund Freud, as primei-
os outros, sentimos que podemos ras experiências infantis são os prin-
participar na comunidade e ser cipais fatores a determinar todo o
úteis. desenvolvimento posterior do indi-
Necessidade de realização: ex- víduo. A maior parte dos motivos se-
pressa-se em nossa tendência a riam, assim, inconscientes. Quando
transformar em realidade o que so- criança, todo indivíduo tem uma sé-
mos potencialmente, a realizar nos- rie de impulsos e de desejos que pro-
sos planos e sonhos, a alcançar nos- cura satisfazer. Entretanto, muito
sos objetivos. A satisfação da neces- desses impulsos e desejos não po-
sidade de realização é sempre par- dem ser satisfeitos, em virtudes das
cial, na medida em que sempre te- sanções sociais. Assim, eles são re-
mos projetos inacabados, sonhos a primidos para o inconsciente e lá se
realizar, objetivos a alcançar. organizam a fim de se manifestarem
Necessidade de conhecimento de outra forma, de uma maneira que
e compreensão: é a curiosidade, a não contrarie as normas sociais.
exploração e o desejo de conhecer Na prática clínica, Freud, pes-
novas coisas, de adquirir mais co- quisando sobre causas e funciona-
nhecimento. Essa necessidade é mento das neuroses, descobriu que a
mais forte em uns do que em outros grande maioria dos pensamentos e
e sua satisfação se realiza através de desejos reprimidos eram de ordem
análises, sistematizações de infor- sexual, localizados nos primeiros
mações, pesquisas, etc. Essa talvez anos de vida do indivíduo. Na vida
devesse ser a necessidade específica infantil estavam as experiências
a ser atendida pela atividade escolar. traumáticas, reprimidas que origi-

13
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM

navam os sintomas atuais. Essas verificáveis, ou seja, dados abertos à


ocorrências deixavam marcas pro- observação de outros, estudados por
fundas na estrutura da personalida- diversos pesquisadores, que pode-
de. Freud, então, coloca a sexualida- riam chegar a conclusões uniformes.
de no centro da vida psíquica e pos- Watson foi iniciador da escola
tula a existência da sexualidade in- behaviorista. Ele considerava a pes-
fantil. quisa animal a única verdadeira, pe-
la sua possibilidade de verificação
Teorias da Aprendizagem empírica. Propunha a abolição dos
métodos introspectivos, devido à
As teorias da aprendizagem se sua falta de objetividade. Rejeitava o
caracterizam como uma área bem estudo da consciência e atacava vee-
específica dentro da psicologia teó- mentemente a análise da motivação
rica na tentativa de fundamentar em termos de instintos.
como surge a natureza essencial do Na sua época, era frequente
processo de aprendizado. Serão admitir que muitos comportamen-
apresentadas a seguir as principais tos fossem inatos e constituíssem
teorias que procuram compreender instintos. Watson propôs a tese de
e explicar o processo de aprendiza- que herdamos apenas estrutura físi-
gem: ca e alguns reflexos. Três tipos de re-
ação emocional são inatos: medo,
Watson e o Behaviorismo cólera e amor; todas as outras rea-
ções emocionais são aprendidas em
No início de nosso século, vá- associação com eles, através de con-
rios psicólogos preocupavam-se em dicionamento.
fornecer à Psicologia foros de ciên- A influência de Watson foi tão
cia. Tal tentativa já havia sido feita grande, que a maioria das teorias
pelos adeptos das ideias de Wundt, que se seguiram foram behavioristas
criador da Psicologia Fisiológica; e, portanto, preocupadas com os fa-
nos Estados Unidos, J. B. Watson in- tores puramente objetivos, basean-
sistia em que o corpo voltasse a cen- do-se na pesquisa com animais e
tralizar os estudos psicológicos e preferindo a análise do tipo estímu-
propunha que a Psicologia mudasse lo-resposta.
seu foco da consciência para o com-
portamento. O objetivo de Watson
era que a ciência psicológica se inte-
ressasse por indícios publicamente

14
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM

3. Teoria do Condicionamento Clássico

Fonte: A Mente e Maravilhosa3

O fisiologista russo Ivan P. Pa-


vlov (1849-1936), estava inte-
ressado em descobrir princípios do
do alimento na boca, também po-
diam ser provocados por outros estí-
mulos associados aos alimentos.
funcionamento das glândulas saliva- Começou, então, a relacionar o
res e usava cães em suas experiên- alimento a outros estímulos, origi-
cias. Em uma de suas experiências nalmente neutros quanto à capaci-
um fato em particular chamou sua dade de provocar a salivação, como
atenção. Pavlov verificou os animais a luz de uma lâmpada ou o som de
salivavam, de maneira abundante, uma campainha. Verificou que, se o
não apenas a vista e cheiro do ali- alimento fosse muitas vezes prece-
mento, mas também na presença de dido destes estímulos, o cão passaria
outros estímulos associados a ele, a salivar também na sua presença. A
como o som de passos fora da sala, esta reação Pavlov denominou: re-
na hora da alimentação. flexo condicionado.
Desta forma ele chegou à con- Posteriormente, os psicólogos
clusão de que o reflexo salivar, pro- passaram preferir a expressão - res-
vocado normalmente pela presença posta condicionada -, uma vez que

3 Retirado em https://amenteemaravilhosa.com.br/pavlov-condicionamento-classico/

16
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM

este tipo de aprendizagem não se li- sua vez, torna mais provável nova
mita só aos comportamentos refle- ocorrência do comportamento. A
xos. aprendizagem não se constitui,
como no condicionamento clássico,
Teoria do Condicionamen- em uma substituição de estímulo,
to Operante mas sim em uma modificação da fre-
quência da resposta.
O psicólogo americano B. F.
Skinner, nascido em 1904, fez uma Teoria da Aprendizagem por
distinção entre dois tipos de com- Ensaio e Erro
portamentos: as respostas provoca-
das por um estímulo específico e Este tipo de aprendizagem foi
aquelas que são emitidas sem a pre- primeiramente estudada por
sença de um estímulo conhecido. Ao Edward Lee Thorndike (1874-1949),
primeiro tipo de respostas Skinner psicólogo americano. Seus experi-
chamou - respondente-; e ao segun- mentos foram feitos com animais,
do - operante. preferencialmente gatos. Um gato
O comportamento responden- faminto era colocado em uma gaiola
te é automaticamente provocado por com o alimento à vista do lado de fo-
estímulos específicos como, por ra. O gato ao tentar sair da gaiola
exemplo, a contração pupilar medi- para conseguir o alimento produzia
ante uma luz forte. O comportamen- uma série de ensaios ou tentativas.
to operante, no entanto, não é auto- Ocasionalmente, ele tocava na tran-
mático, inevitável e nem determi- ca que abria a gaiola e o alimento era
nado por estímulos específicos. alcançado. O experimento era repe-
Assim, caminhar pela sala, tido durante alguns dias e o gato, ia,
abrir uma porta, cantar uma canção, aos poucos, eliminando os ensaios
são comportamentos operantes, já infrutíferos para sair da gaiola, coisa
que não se pode estipular quais os que conseguia em cada vez menos
estímulos que os causaram. O que tempo, até que nenhum erro mais
caracteriza o condicionamento ope- era cometido e o gato saia da gaiola
rante é que o reforço não ocorre si- com apenas um movimento preciso:
multaneamente ou antes da resposta o de abrir a tranca.
(como no condicionamento clássico) O ensaio e erro é um tipo de
mas sim aparece depois dela. aprendizagem que se caracteriza por
A resposta deve ser dada para uma eliminação gradual dos ensaios
que depois surja o reforço, que, por ou tentativas que levam ao erro e à

17
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM

manutenção daqueles comporta- a participação social, deve praticar a


mentos que tiveram o efeito deseja- democracia dentro dela, dando pre-
do. Thorndike formulou, a partir de ferência à aprendizagem por desco-
seus estudos, leis de aprendizagem, berta.
das quais se destacam a lei do efeito Para Dewey, seis são os passos
e a lei do exercício. que caracterizam o pensamento ci-
A lei do efeito, afirma que um entífico:
ato é alterado pelas suas consequên- Tornar-se ciente do problema:
cias. Assim, se um comportamento É necessário que o problema pro-
tem efeitos favoráveis, é mantido; posto tenha significado para o indi-
caso contrário, eliminado. A lei do víduo. O problema deve ser transfor-
exercício propõe que a conexão en- mado em uma necessidade indivi-
tre estímulos e respostas é fortale- dual que lhe proporcione estímulos
cida pela repetição. Em outras pala- suficientes;
vras, a prática, ou exercício, permite Esclarecimento do problema:
que mais acertos e menos erros se- Consiste na coleta de dados e infor-
jam cometidos como resultado de mações sobre o problema proposto.
um comportamento qualquer. É onde vai se selecionar a melhor
Pode-se notar a semelhança forma de atacar o problema, através
existente entre este tipo de aprendi- dos recursos disponíveis;
zagem e o condicionamento operan- Aparecimento da hipótese: São
te. Alguns autores, porém, estabele- as possibilidades que surgem para a
cem uma diferença, afirmando que o provável solução do problema.
ensaio e erro é mais complexo, já As hipóteses costumam surgir
que envolve a intenção do indivíduo após um longo período de reflexão
na aquisição de algum efeito especí- sobre o problema e suas implica-
fico. ções, a partir dos dados coletados na
etapa anterior.
Teoria da Aprendizagem Cog- Seleção da hipótese mais pro-
nitiva vável: É o confronto da hipótese
com o que se conhece do problema.
Para John Dewey a aprendi- Passando de uma hipótese a outra
zagem deve estar vinculada aos pro- na medida que vão se mostrando
blemas práticos aproximando-se o ineficazes para a resolução do pro-
mais possível da vida cotidiana dos blema uma hipótese verifica-se ou-
alunos. À escola cabe preparar seus tra;
alunos para a vida democrática, para

18
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM

Verificação de hipótese: É na  Os alunos devem desenvolver


prática que acontece a verdadeira suas atividades em acordo
prova da hipótese que será compro- com o ritmo pessoal.
vada na ação;  O êxito e a aprovação sendo
considerados a partir das rea-
Generalização: Em situações pos-
lizações individuais;
teriores semelhantes, uma solução
 Oferecer aos alunos a oportu-
já encontrada poderá contribuir pa- nidade de utilizar um impulso
ra a formulação de hipótese mais re- universal presente em todos os
alista. A capacidade de generalizar seres humanos, no sentido de
consiste em saber transferir solu- concretizar suas próprias po-
ções de uma situação para outra. tencialidades. Sem podá-los
em uma camisa de força, pren-
dendo-os à competição artifi-
Teoria da Aprendizagem Feno-
cial e ao rígido sistema de no-
menológica
tas.
As significações produzidas
pelos indivíduos são, para teoria fe- Teoria da Aprendizagem da
Gestalt
nomenológica, assim como a teoria
cognitiva, acima descritas, e a teoria
Os psicólogos que preconiza-
da gestalt, que veremos mais adian-
ram a teoria da Gestalt, como Köh-
te, de grande relevância para com-
ler, Koffka, defendiam que a experi-
preensão do processo de aprendiza-
ência e a percepção são mais impor-
gem. A criança é vista como um ser
tantes que as respostas específicas
que aprende naturalmente. A apren-
no processo de aprendizagem. Se-
dizagem só acontece a partir do ma-
gundo eles a aprendizagem acontece
terial que se vincule a experiência do
através de insight, que se constituem
indivíduo. Assim, existem alguns
em uma compreensão súbita para
passos que devem para facilitar a
solução de problemas. Mas para que
aprendizagem do indivíduo, a partir
isso ocorra existe a necessidade de
de sua própria experiência.
experiências anteriores vinculadas
 Proporcionar aos alunos opor-
ao problema e só acontece em con-
tunidades de pensamento au-
tônomo, criando um clima de sequência de uma organização per-
diálogo, que os encoraje a ex- manente da experiência, que permi-
pressar suas opiniões e a parti- te a percepção global dos elementos
cipar das atividades do grupo; significativos.

19
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM

Transferência da Aprendi- Transferência Positiva e Nega-


zagem tiva

Conceito e Importância da Dizemos que houve uma


Transferência transferência positiva quando uma
aprendizagem anterior favorece
A transferência de aprendiza- uma nova aprendizagem. Dizemos
gem acontece quando o indivíduo é que houve uma transferência nega-
capaz de transmitir o material retido tiva quando uma aprendizagem pre-
em uma primeira experiência para judica outra aprendizagem poste-
as próximas experiências. É a in- rior.
fluência de um órgão ou capacidade,
sobre outra capacidade ou órgão, Teorias da Transferência
ainda não exercitado.
A experiência é aprendida em As teorias da transferência da
seu conjunto e transferida como tal aprendizagem tiveram sua origem
para uma situação nova, quando há nas críticas à teoria da disciplina for-
identidade de estrutura ou função mal. A teoria da disciplina formal
entre as situações. É o problema de concebia a mente composta de facul-
transportar e de aplicar em uma si- dades, tais como: memória, raciocí-
tuação conhecimentos, habilidades, nio, vontade, atenção. Assim, basta-
ideais, valores, hábitos e atitudes, va que estas “faculdades da mente”
adquiridos em outros setores, ou si- fossem, adequadamente, treinadas
tuações de vida. para que funcionassem igualmente
Este problema afeta direta- bem em todas as situações, mesmo
mente o conteúdo e método de en- que a aprendizagem houvesse ocor-
sino. Porque se acreditamos que, a rido em uma situação particular. O
aprendizagem é uma função tão es- ensino de latim, por exemplo, trei-
pecífica que só é aplicável à matéria nava a capacidade de raciocínio ló-
ou à habilidade diretamente envol- gico para qualquer tipo de situação.
vida, a orientação do ensino será di- Na teoria da disciplina formal,
ferente de quando se venha acredi- a ênfase não se vinculava, de manei-
tar que a aprendizagem é um proces- ra específica, na matéria. Era mais
so geral, que permite transferência a importante para a educação a forma
uma variedade ampla de áreas de da atividade do que o conteúdo em si
atividades. mesmo. A educação, seria então, em

20
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM

grande medida, uma questão de e aplicados a seguir a casos particu-


exercitar ou disciplinar a mente, de lares diversos, habilitam o indivíduo
acordo com rigorosos exercícios a aprender outros casos particula-
mentais nos autores clássicos, em ló- res, pelo pensamento dedutivo).
gica, matemática, etc. Nesta teoria a transferência é a
Contudo, William James repetição, em uma nova situação, de
(1890), em um trabalho experimen- uma reação já aprendida anterior-
tal conclui que a melhora da memó- mente.
ria consistia, não em qualquer me-
lhora na retenção, mas no aperfeiço- Teoria da Generalização da
amento do método de memorizar. Experiência
Este experimento foi o ponto de par-
tida para experiências posteriores, Nesta teoria, que tem Judd
cujos resultados vieram contrariar a como precursor, os fatores mais im-
doutrina da disciplina formal. portantes são: o Método de Ensino
ou de Estudo e Grau de Auto Ativi-
Teoria dos Elementos Idênti- dade despertada no aluno. A matéria
cos ou conteúdo a ser aprendido é de
muito pouca importância.
Tem como autor Thorndike. Esta teoria preconiza que, a
Afirma que há transferência de função da educação é treinar a inte-
aprendizagem quando se verifica ligência, internalizar o método cien-
identidade de CONTEÚDO (Exem- tífico, assistir os alunos a abstrair o
plo: a análise lógica em uma língua geral e essencial dos aspectos parti-
auxilia na aprendizagem de outra.); culares e acidentais em suas experi-
de MÉTODO ou PROCESSO (Exem- ências. Esta teoria enfatiza a aplica-
plo: o estudo de uma lição, lendo o bilidade de princípios e generaliza-
conjunto e depois repetindo trechos ções a situações variadas e diversas.
difíceis é processo que faculta o es- A repetição do experimento
tudo de outra lição do mesmo tipo.); original de Judd, por outros estudi-
de ATITUDE (Exemplo: o hábito de osos, conclui que as crianças acostu-
aprender teoremas depois de algum madas com o princípio da refração
esforço leva o indivíduo a esperar da luz foram mais capazes de atingir
dominar com esforço novo teo- um alvo submerso na água do que
rema.); de GENERALIDADES de fa- crianças que não conheciam o prin-
tos compreendidos (Exemplo: re- cípio.
gras, princípios, leis, etc., induzidos

21
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM

Teoria dos Ideais de Proceder conhecimento das relações que se


transfere na aprendizagem.
O autor desta teoria, Bagley Os gestaltistas explicam a
considera que a generalização não transferência através do que deno-
representa tudo, mas que deve ser minam “transposição”. Por exem-
associada a um ideal e possuir um plo, determinada canção ouvida em
conteúdo emocional, Para Bagley, a certo tom pode ser reconhecida em
aprendizagem de hábitos de ordem, outro, ainda que todos os compo-
por exemplo, não se transfere da nentes da canção sejam diversos.
aritmética para a ortografia, mas Identicamente, gatos treinados a co-
que, se a aprendizagem de tais hábi- mer no prato maior, quando encon-
tos for considerada um ideal, e enfa- tram outros dois pratos, onde o que
tizada pelo professor, será transfe- era maior é agora o menor dos dois,
rida para outros assuntos, sem que comem no maior e não naquele no
seja preciso referência especial so- qual aprenderam a comer. Os gatos
bre os mesmos. reagem não às partes, os pratos, mas
Esta teoria acentua a transfe- à relação maior-menor, que conti-
rência através da formulação de ide- nua existindo.
ais e atitudes generalizadas, consti- Esta teoria preconiza que, a
tuindo outra versão da teoria da ge- função da educação é treinar a inte-
neralização da experiência. ligência, internalizar o método cien-
tífico, assistir os alunos a abstrair o
Teoria da Gestalt geral e essencial dos aspectos parti-
culares e acidentais em suas experi-
Esta teoria enfatiza outro as- ências. Esta teoria enfatiza a aplica-
pecto do conceito de generalização. bilidade de princípios e generaliza-
Para seus partidários, quanto maior ções a situações variadas e diversas.
o significado de uma experiência,
tanto mais rica sua conceituação e
mais profunda a sua compreensão,
maiores serão suas possibilidades de
transferência.
Para os gestaltistas, o discerni-
mento (Insight) das relações entre
os elementos da situação é o meio
que garante a aprendizagem e é este

22
23
23
PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO E TEORIAS DA APRENDIZAGEM

4. Referências Bibliográficas
BARROS, Célia S.G. Pontos da Psicologia STATT, David A. Introdução à Psicologia.
Geral. SP: Ática, 1995. SP: Harbra, 1978.

BOCK, Ana M. Bahia; FURTADO, O e TEI- TELES, Maria Luiza S. O que é Psicologia.
XEIRA, M. L. Psicologias - Uma Introdu- SP: Brasiliense, 1993.
ção ao Estudo de Psicologia. SP: Saraiva,
1993.

BOWDITCH, James L. e BUONO, Antho-


ny F. Elementos de Comportamento Orga-
nizacional. São Paulo: Pioneira, 1997.

BRAGHIROLLI, Elaine Maria. Psicologia


Geral. RJ: Vozes. 1995.

CÓRIA-SABINI, Maria Aparecida. Funda-


mentos de Psicologia Educacional. SP: Áti-
ca, 1986.

DAVIDOFF, Linda L. Introdução à Psico-


logia. SP: McGraw-Hill do Brasil, 1991.

DAVIS, Cláudia e OLIVEIRA, Zilma Ra-


mos de. Psicologia na educação. 2 ed., SP:
Cortez, 1994.

GREENING, Thomas C. Psicologia Exis-


tencial-Humanista. RJ: Zahar, 1975.

MOULY, G. J. Psicologia Educacional. SP:


Pioneira, 1966.

PENNA, A Introdução à História da Psico-


logia Contemporânea. Rio de Janeiro,
Zahar, 1980.

PILETTI, Nelson. Psicologia Educacional.


13 ed. SP: Ática, 1995.

SCHULTZ, Duane P. e SCHULTZ, Sydney


Ellen. História da Psicologia Moderna. SP:
Cultrix, 1992.

Secretária Municipal de Educação RJ.


MULTIEDUCAÇÃO: Núcleo Curricular
Básico Rio de Janeiro, 1996.

24
24
02
5

Você também pode gostar