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E COMPORTAMENTO
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Sumário
NOSSA HISTÓRIA..............................................................................................2
1. A APRENDIZAGEM.................................................................................3
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NOSSA HISTÓRIA
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1. A APRENDIZAGEM
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de socialização na família, impõem, desde cedo, a criança numerosas e complexas
adaptações a diferentes situações de aprendizagem. Na idade escolar, na adolescência,
na idade adulta e até em idade mais avançada, a aprendizagem está sempre presente.
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2. PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA
APRENDIZAGEM
Figura: 01
Nesta primeira unidade, você terá acesso a algumas das principais abordagens
teóricas acerca do desenvolvimento humano. O estudo do desenvolvimento humano tem
seu início com as publicações de Darwin acerca das suas discussões sobre a evolução da
humanidade por meio da seleção natural, dando suporte para estudos posteriores.
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Atualmente, temos muitas discussões sobre quais as mudanças que ocorrem na
vida do ser humano ao longo de seu desenvolvimento até o fim de sua vida.
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3. PRINCIPAIS CONCEPÇÕES DE DESENVOLVIMENTO E
DA APRENDIZAGEM
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aspectos do ambiente. O que influencia mais no desenvolvimento humano? Seria suas
características individuais, sua personalidade, seus aspectos biológicos? Ou seria os
aspectos do ambiente, o contexto em que este sujeito vive que teria maior poder de
influência sobre sua vida?
Mas chegar a uma conclusão não é simples, por isso as diversas abordagens
teóricas existem atualmente para que cada uma possa contribuir a sua maneira para a
compreensão do desenvolvimento humano. O que há de consenso entre estas
abordagens são as etapas em que o desenvolvimento ocorre, cada uma com suas
nomenclaturas específicas, porém indicando basicamente as mesmas fases do ciclo vital.
O período pré-natal e a primeira infância é a fase da vida do ser humano que vai
desde a concepção até os 2 anos de idade. Essa é uma fase em que as mudanças ocorrem
não só para o feto, e em seguida a criança, mas há uma mudança na vida de todos os
envolvidos no fato. O desenvolvimento pré-natal se divide em três estágios: germinal,
embrionário e fetal.
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alcoólicas, drogas e todos os comportamentos chamados comportamentos de risco
podem de alguma forma prejudicar o desenvolvimento sadio da criança. Os principais
riscos que uma criança corre neste caso são, entre outros, o retardamento mental e
anormalidades faciais (GRIGGS, 2009).
Figura: 02
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As mudanças que ocorrem ao longo do tempo podem ser entendidas de duas
formas, uma quantitativa e outra qualitativa. As mudanças quantitativas durante o
desenvolvimento são aquelas que correspondem às mudanças numéricas ou de
quantidade como, por exemplo, o peso e a altura da pessoa, aquilo que se pode mensurar
ao longo do tempo. Já as mudanças qualitativas são aquelas que ocorrem no nível de
estrutura ou organização. São marcadas pelo surgimento de novos mecanismos
(cognitivos, por exemplo) que permitem à criança se adaptar aos novos desafios que lhe
são impostos (BELSKY, 2010).
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O conhecimento da criança é organizado como esquemas, que são estruturas
indispensáveis para o conhecimento das pessoas, objetos, eventos entre outras coisas.
Sendo assim, estes esquemas permitem que o ser humano organize e interprete as
informações sobre o mundo. Na memória do ser humano (memória de longo prazo)
existem esquemas para conceitos como livros ou cachorros; esquemas para eventos,
como ir a um restaurante; e esquemas para ações, como andar de bicicleta.
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abordagem ocorreu com John Watson (1878-1958) e Ivan Pavlov (1849-1936), porém o
estabelecimento dos princípios e da Teoria são creditados à Burruhs Skinner (1904-
1990), fato que representa uma renovação do comportamentalismo watsoniano. Uma
das pesquisas mais notável de Skinner é a respeito dos diferentes programas de reforço
que foram desenvolvidos a partir da “Caixa de Skinner”, em que o papel necessário do
reforço no comportamento operante foi demonstrado a partir das experiências com a
pressão na barra pelo rato, que recebia comida toda vez que dava a resposta correta.
Mas Skinner deixou claro que o reforço do mundo real nem sempre é consistente ou
contínuo, no entanto, a aprendizagem ocorre e os comportamentos persistem, ainda que
reforçados só intermitentemente (SCHULTZ; SCHULTZ, 2009).
Para esta Teoria os comportamentos do ser humano são aprendidos, e com isso,
o aspecto da aprendizagem passa a ter grande importância. O ambiente passa a ter um
papel fundamental, pois o homem passa a ser produto do meio. No aspecto do ensino,
ao se seguir as características do Behaviorismo, é preciso preparar e organizar as
contingências de reforço que irão facilitar a aquisição dos esquemas e dos diferentes
tipos de condutas desejadas. Esse planejamento e organização das contingências ficaria
a cargo do professor. As pesquisas comportamentais concentram-se na aprendizagem
associativa, em que se forma uma ligação mental entre dois fatos. Dois tipos de
aprendizagem associativa são o condicionamento clássico e o condicionamento
operante (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2006).
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“operar” sobre o ambiente. A partir dos estudos com ratos e pombos, Skinner afirmava
que os mesmos princípios poderiam ser aplicados aos seres humanos. Com isso, chegou
à conclusão de que o sujeito tende a repetir uma resposta que foi reforçada, e ao
contrário, tente a suprimir uma resposta que foi punida.
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buscam desafios, perseveram e mantêm um alto nível de confiança em sua aptidão
para ter êxito (SCHULTZ; SCHULTZ, 2009).
É uma teoria que surge a partir dos estudos da Epistemologia Genética de Jean
Piaget e da Teoria Sócio--histórica de Lev Vygotsky. Estas influências levaram à crença
de que o homem não nasce inteligente, mas que também não é um sujeito passivo no
mundo. Mesmo sendo estimulado pelo meio externo, o homem é capaz de agir sobre
estes estímulos para construir e organizar o seu próprio conhecimento. Quanto mais ele
age sobre o meio, mais elaborada será sua organização cognitiva (COLL; SCHILLING,
2004).
De acordo com a teoria piagetiana, para conhecer os objetos, o sujeito tem que
agir sobre eles e, por conseguinte, transformá-los: tem que deslocá-los, agrupá-los,
combiná-los, separá-los e juntá-los. Neste sentido, o conhecimento não é nem uma cópia
interior dos objetos, ou acontecimentos do real, nem meros reflexos desses objetos e
acontecimentos que se imporiam ao sujeito.
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4. DESENVOLVIMENTO HUMANO: CONCEITOS
BÁSICOS E PRINCIPAIS CONCEPÇÕES
Espero que com estes pontos que serão abordados nesta disciplina, você, caro
aluno, possa compreender melhor alguns aspectos acerca do desenvolvimento humano,
principalmente os conceitos-chave presentes nas Teorias de Piaget e Vygotsky. Creio
que isto irá levá-lo a uma reflexão acerca de sua prática profissional, a partir dos
referenciais teóricos aqui presentes.
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5. TEORIAS SOBRE DESENVOLVIMENTO HUMANO
São cinco as fases apresentadas pelo autor, fase oral (do nascimento aos 12-18
meses), fase anal (12-18 meses aos 3 anos), fase fálica (3 a 6 anos), fase de latência (6
anos até puberdade), e a fase genital (puberdade até fase adulta).
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Dentre estas, as três primeiras eram consideradas cruciais para o desenvolvimento da
personalidade humana. Cruciais porque neste momento é essencial que a criança receba
gratificações adequadas, pois ao receber pouca ou excessiva gratificação há a
possibilidade de desenvolver uma fixação na fase correspondente. Esta fixação é
compreendida como uma interrupção no desenvolvimento que pode aparecer na
personalidade adulta.
A personalidade, segundo Freud, era composta por três instâncias psíquicas, o id,
o ego e o superego. A busca pela satisfação imediata, presente principalmente nos
recém-nascidos, ocorre porque nesta fase o que governa o psíquico do sujeito é o id. Já
o ego representa a razão ou o senso comum, e este irá se desenvolver por volta do
primeiro ano de vida, esta razão se ocupa em satisfazer as necessidades do id desde que
sejam aceitáveis para o superego, que se desenvolve aproximadamente aos 5 ou 6 anos.
O grau elevado de exigência do superego pode levar o sujeito a se sentir culpado caso
suas demandas não sejam atendidas. O método psicanalítico de Freud influenciou muito
a psicoterapia atual, que ainda segue seus princípios com propriedade (PAPALIA;
OLDS; FELDMAN, 2006).
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cotidiana. Basta observar como uma pessoa age após receber um elogio. Após o elogio
(que neste caso é o reforço) a tendência é de que a pessoa continue com o
comportamento que a levou a receber o elogio.
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No final do século XX, os teóricos considerados neon piagetianos começaram a
incorporar alguns elementos da teoria de Piaget à abordagem de processamento de
informações. Com isso, concentraram-se em conceitos, estratégias e habilidades
específicas, ou seja, acreditam que as crianças se desenvolvem cognitivamente ao se
tornarem mais eficientes no processamento de informações.
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necessidade de segurança. Ao satisfazer a necessidade de segurança o sujeito fica apto a
buscar amor e aceitação (necessidade de afiliação e amor), consequentemente há a
busca pela satisfação da estima e realização, sendo aceito e reconhecido pelo outro. Por
fim, o sujeito vai em busca de autorrealização, que segundo Maslow, as pessoas que
conseguem satisfazer esta última necessidade, possuem alta percepção da realidade,
aceitam a si mesmas e aos outros. Além disso, características como espontaneidade,
criatividade e grande capacidade de resolução de problemas estão presentes nas pessoas
que atingem alto grau de autorrealização (PAPALIA; OLDS; FELDMAN, 2006).
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na dinâmica do grupo, as quais revertem na transformação daquela realidade, e não a
análise do problema apresentado pela criança como fato isolado ou descontextualizado.
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equilíbrio. De acordo com este pensamento, o desenvolvimento intelectual age do
mesmo modo que o desenvolvimento biológico.
De acordo com seus estudos, Piaget postula que as mudanças que ocorrem com o
sujeito entre a primeira infância e a adolescência, ocorrem por estágios qualitativamente
diferentes. Durante a passagem por esses estágios, há também uma continuidade básica
no desenvolvimento cognitivo, o prazer e a busca pelo aprendizado colaboram para este
desenvolvimento. Basicamente, este crescimento mental do ser humano ocorre por meio
de mecanismos de Adaptação que são a Assimilação e a Acomodação.
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de ampliação ou modificação de esquemas (assimilação), ele chama de acomodação,
embora estimulado pelo objeto, é também possível graças à atividade do sujeito para
elaboração de novos conhecimentos.
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provocam transformações nos esquemas “pegar” e “sugar”, à medida que eles são
acomodados ao objeto mamadeira.
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formal (acima de 12 anos). Neste momento, será mostrada uma sucinta apresentação de
cada um desses estágios, de acordo com Coll e Marte (2004).
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Simbólica, pois a função simbólica na criança é responsável pela capacidade de
substituição do objeto por uma representação. As principais características nesta fase são
uma criança egocêntrica, centrada em sim mesma, e que quer explicação para tudo, a
chamada fase dos “por quês”. Grandes avanços mentais ocorrem pela passagem do
estágio sensório-motor para o pré-operatório.
É neste período que ela se torna capaz de tratar os objetos como símbolos de
outras coisas. O desenvolvimento da representação cria as condições para aquisição da
linguagem, pois a capacidade de construir símbolos possibilita aquisição dos
significados sociais (das palavras) existentes no contexto em que ela vive.
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de reversibilidade das ações. Surge a lógica nos processos mentais e habilidade de
discriminar os objetos por similaridades e diferenças. A criança já pode dominar
conceitos de tempo e números.
O adolescente não tem mais necessidade de estar diante dos objetos concretos ou
de operar sobre eles para relacioná-los. Ele transforma os dados da experiência em
formulações organizadas e desenvolve conexões lógicas entre elas, enfim, é capaz de
pensar sobre o seu próprio pensamento ficando cada vez mais consciente das operações
mentais que realiza ou que pode ou deve realizar diante dos mais variados problemas.
Na teoria de Piaget, a maioria dos alunos pode ser capaz de usar o pensamento
operacional formal em apenas algumas áreas nas quais eles tenham mais experiência ou
interesse.
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Por se tratar de estágios sucessivos, cada um deles tem como ponto marcante o
aparecimento de uma etapa de equilíbrio, ou seja, uma etapa de organização das ações e
das operações do sujeito, descrita mediante uma estrutura lógico-matemática. Em cada
um desses estágios o equilíbrio só é alcançado após uma etapa de preparação.
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as formas de estruturar o pensamento são resultados das atividades praticadas de acordo
com os hábitos sociais da cultura em que o indivíduo está inserido, e não a partir dos
fatores congênitos.
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amarrar sapatos, por exemplo, o ensino desta habilidade seria completamente sem
efeito, já para um bebê a ação de um adulto que tenta ensiná-lo a amarrar sapatos, é
também sem efeitos, pelo fato de que a habilidade está muito distante do horizonte de
desenvolvimento de suas funções psicológicas. Só se beneficiaria do auxílio na tarefa de
amarrar sapatos a criança que ainda não aprendeu bem a fazê-lo, mas já desencadeou o
processo de desenvolvimento dessa habilidade.
As relações sociais dos seres humanos, segundo La Taille (1992), são mediadas
por instrumentos e símbolos desenvolvidos culturalmente pelos próprios homens, e é a
linguagem humana o instrumento de comunicação e síntese do conhecimento, que nos
diferencia dos outros animais.
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Segundo Pino (2005), Vygotsky atribui ao signo ou à palavra um meio de
interação fundamental no processo de desenvolvimento da criança, visto que a palavra
ou o signo veiculam significados historicamente produzidos, além de serem
representações e expressões das ideias dos homens, refletem, ainda, a sua relação com o
outro e com a natureza.
De acordo com Shaffer (2005), por meio do diálogo que a criança mantém com
as pessoas em diferentes ambientes de convívio, a mesma aprende e descobre novos
princípios, estimulando assim o crescimento cognitivo.
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competência cognitiva. No caso, há também a responsabilidade dos pais em criarem um
ambiente doméstico que possa estimular positivamente as capacidades de
processamento de informações dos filhos.
Figura: 03
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para a criança a realização de uma tarefa que aparentemente ela não é capaz de realizar
é que se pode observar este processo de mediação. Esta tarefa específica de resolução de
problema está dentro da zona de desenvolvimento proximal da criança, porém sozinha
ela não consegue resolver.
Neste momento, entra o professor como suporte, que irá dividir a tarefa em
etapas. Durante o processo de mediação o professor age como um andaime, que dará
indicações à criança de como resolver o problema por etapas, consequentemente irá dar
apoio a cada progresso da criança. Após cumprir a tarefa pode-se pedir para a criança
realizá-la novamente, mas com menos ajuda do que antes. O professor constrói este
andaime de apoio que permite a aprendizagem da criança, assim que ela se torna capaz
de realizar a tarefa sozinha, este andaime deixa de ser necessário (GRIGGS, 2009).
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8. TEORIAS DA APRENDIZAGEM
Figura: 04
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observação de outros, estudados por diversos pesquisadores, que poderiam chegar a
conclusões uniformes.
Na sua é poca, era frequente admitir que muitos comportamentos fossem inatos
e constituíssem instintos. Watson propôs a tese de que herdamos apenas estrutura física
e alguns reflexos. Três tipos de reação emocional são inatos: medo, cólera e amor; todas
as outras reações emocionais são aprendidas em associação com eles, através de
condicionamento.
Figura: 05
A influência de Watson foi tão grande, que a maioria das teorias que se
seguiram foram behavioristas e, portanto, preocupadas com os fatores puramente
objetivos, baseando-se na pesquisa com animais e preferindo a análise do tipo estímulo-
resposta.
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8.2 Teoria da aprendizagem cognitiva
Figura: 06
Para John Dewey a aprendizagem deve estar vinculada aos problemas práticos
aproximando-se o mais possível da vida cotidiana dos alunos. À escola cabe preparar
seus alunos para a vida democrática, para a participação social, deve praticar a
democracia dentro dela, dando preferência à aprendizagem por descoberta. Para Dewey,
seis são os passos que caracterizam o pensamento científico:
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• Seleção da hipótese mais provável – É o confronto da hipótese com o que se
conhece do problema. Passando de uma hipótese a outra na medida que vão se
mostrando ineficazes para a resolução do problema uma hipótese verifica-se outra;
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9. REFERÊNCIAS
FREUD S. O ego e o id. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas
completas de S. Freud (Jayme Salomão, trad.). Rio de Janeiro: Imago, 2009. pp. 11-83.
(Texto original publicado em 1923).
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GRIGGS, R. A. Psicologia do desenvolvimento. In: GRIGGS, R. A. Psicologia:
uma abordagem concisa. Porto Alegre: Artmed, 20 09, pp. 235 -272.
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