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Presidente Olegário - MG
Maio de 2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................... 3
OBJETIVOS .......................................................................................................................................... 4
METODOLOGIA .................................................................................................................................. 5
RECURSOS MATERIAIS..................................................................................................................... 6
CRONOGRAMA ................................................................................................................................... 7
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................... 7
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INTRODUÇÃO
JUSTIFICATIVA
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O melhor recurso que possuímos em nossas sociedades atuais para promover essa
educação moral é a educação. Não uma educação enquanto transmissão dos conhecimentos
produzidos pela humanidade, mas uma educação centrada também na formação do caráter do
sujeito. Dito de outro modo, uma educação que abranja os quatro pilares formulados por
Delors (2003): aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a viver juntos; e aprender a
ser. Sendo estes dois últimos muito frequentemente negligenciados pelo sistema educacional
tradicional.
Segundo Delors (2003) a concepção de educação precisa ser ampliada, de modo a
possibilitar que os sujeitos descubram o potencial criativo que possuem. Dois filósofos que
nos ajudam a refletir sobre uma educação, nesta concepção mais abrangente e que engloba os
pilares do aprender a viver juntos e aprender a ser é Locke e Kant.
Conforme Locke nos coloca a experiência é de fundamental importância para que haja
educação e conhecimento. Para ele o ser humano precisa ser “educado de forma a buscar o
conhecimento para a virtude, sem a qual o homem não se tornaria senhor de si mesmo”
(Batista, 2012, p. 151). É através do entendimento que poderemos ter domínio sobre a nossa
própria vontade, segundo Locke. Para esse filósofo é por meio da razão que o homem pode se
tornar virtuoso. E é por meio do filosofar que podemos exercitar e desenvolver a razão,
segundo Matthew Lipman (Souza, 2013). Nesse processo o indivíduo ganha autoconsciência
e autonomia, se libertando de suas más inclinações.
Immanuel Kant vê a raça humana como estando destinada a perfeição, e a educação é
o melhor recurso de que dispomos para conduzi-la nesta direção. Essa educação deve
proporcionar um aperfeiçoamento moral dos sujeitos, de modo que estes desenvolvam uma
razão prática capaz de imperar sobre a vontade. Isso implicada em aprender a fazer um uso
adequado da liberdade e da autonomia (Bueno, 2012). Sefundo esse grande filósofo, para que
a educação leve em conta e corrobore para o fim último da existência humana – o
aperfeiçoamento moral – é preciso que incorpore a prática da moralização (Bueno, 2012).
É com base nessas questões apresentados do contexto atual global, bem como nas
concepções de educação de filósofos como Locke, Lipman e Kant, que justificamos a
importância desse projeto, no sentido de contribuir para esse aperfeiçoamento moral dos
sujeitos membros de nossa sociedade.
OBJETIVOS
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OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Promover um espaço de escuta para o desenvolvimento da autoria
de pensamento.
Possibilitar o autoconhecimento, a autoestima, o amadurecimento
emocional e psicológico das crianças.
Promover a autonomia Promover uma atitude autônoma das crianças em relação ao
e autoconsciência das aprender e ao próprio desenvolvimento.
crianças Estabelecer relações equilibradas entre as crianças quando
inseridas nos grupos e na sociedade.
Proporcionar às crianças a capacidade de raciocinar, refletir,
decidir e agir de modo autônomo, e respeitosa em relação aos
direitos e liberdades dos demais.
METODOLOGIA
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de jogos e brincadeiras que provoquem situações nas quais as crianças terão a oportunidade
de experienciar e colocar em ação os valores propostos. Isso poderá ser feito de modo
interdisciplinar com as atividades de Educação Física (Psicomotricidade). Além disso é
possível realizar essas atividades no âmbito de qualquer outra disciplina quando se estiver
promovendo alguma atividade em grupo.
Quanto aos valores a serem trabalhados aventamos: humildade, respeito, coerência,
corresponsabilidade, autonomia e amorosidade. Mas os mesmos podem ser modificados a
depender das necessidades e características mais urgentes do grupo com o qual se está
trabalhando. Para uma possível redefinição dos valores sugerimos o “Dicionário de Valores”
(2012) desenvolvidos pelo professor José Pacheco.
RECURSOS MATERIAIS
Para a realização dessas atividades tal como proposto acima alguns recursos
necessários são: livros, vídeos, computador, retroprojetor, jogos, brinquedos e materiais
diversos para a realização de determinadas brincadeiras.
AVALIAÇÃO
Devido a natureza do que se propõe ensinar a avaliação deve ser de natureza subjetiva
e não objetiva, pois não importa o que a criança saiba dizer sobre o respeito, se na sua relação
com os demais não for capaz de respeitar o outro. Desse modo, propõe-se a observação como
a melhor forma de se avaliar se o projeto tem conseguido contribuir para o aperfeiçoamento
moral de cada uma das crianças envolvidas. Para ajudar nesse processo sugerimos a produção
de um relatório diagnóstico assim que o projeto iniciar, onde deverá ser especificado os
problemas identificados nas crianças quanto a seus comportamentos morais. Ao longo da
realização das atividades, deve-se fazer registros das atividades desenvolvidas, no qual deve
ser pontuado sobre o comportamento moral de cada uma das crianças, que vai sendo
observado ao longo dos 6 meses. A partir desses registros o professor poderá ao final verificar
se houve aperfeiçoamento moral ou não em cada uma das crianças.
Para a avaliação do projeto em si, sugere-se a realização de reuniões periódicas nas
quais será refletido sobre as situações vividas, o andamento das atividades, as dificuldades
encontradas e os pontos a serem melhorados.
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CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS
PACHECO, José. Dicionário de valores. 1 ed. São Paulo: Edições SM, 2012.
SOUZA, Tania Silva. O ensino de Filosofia para crianças na perspectiva de Matthew Lipman.
Revista Filogênese, vol. 6, nº 2, 2013. p. 13-26.