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PSICOLOGIA DA
APRENDIZAGEM
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Sumário
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FACUMINAS
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A contribuição da psicologia da aprendizagem para
a educação
Através do conhecimento inicialmente apresentado sobre a origem e
contextualização histórica da Psicologia, você pode perceber que desde a
antiguidade, filósofos, psicólogos e demais pensadores já se preocupavam com
a aprendizagem verbal e ideativa.
Faço questão de enfatizar o destaque que o autor Bigge (1977, p.1) faz
ao citar Hilgard e Marquis, em sua obra clássica, “Teorias da Aprendizagem para
Professores”:
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miserável e o filantropo, o hipócrita e o patriota. Em resumo, a aprendizagem
influencia nossas vidas a todo momento, sendo responsável, em parte, pelo que
há de melhor e pior nos seres humanos e em cada um de nós.”
Situação 1:
“Esse aluno não tem jeito. Como diz o ditado popular: ‘pau que nasce
torto, morre torto`, não vou mais perder tempo, ele já está reprovado mesmo.”
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Situação 2:
“Me dê um aluno que não passe fome, nem sede e com condições
ambientais favoráveis, que eu farei ele aprender tudo rapidinho,
independentemente de qualquer outra coisa.”
O fato é que toda ação está ligada a uma teoria, caso contrário, é uma
ação sem objetivo, portanto, não se sabe aonde se quer chegar. Assim, todo
professor tem uma teoria da aprendizagem, às vezes, ele não consegue
descrever sua teoria explicitamente, mas através de sua atuação se deduz a
teoria que ele ainda não é capaz de verbalizar. Desta forma, nem é preciso frisar
que o professor que não tem uma orientação teórica sólida, não vai além do
passar ocupações despropositais para os alunos, com o intuito mantê-los
ocupados para “passar o tempo”. Infelizmente, não é difícil encontrar na nossa
realidade, sobretudo na educação pública, professores que não fazem uso de
um corpo teórico sistemático em suas ações diárias e utilizam uma mistura de
métodos, sem uma orientação teórica. Sem dúvida, esses são um dos principais
fatores responsáveis pelos maiores gargalos da educação do nosso país: a
repetência escolar e a aprovação automática sem aprendizagem satisfatória.
Ainda nos referindo a obra clássica de Bigge (1977) o autor assina-la que
desde épocas remotas, o homem não só quis aprender, mas teve curiosidade de
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aprender como se aprende. Já no século XVII, surgiram as primeiras teorias
sistemáticas da aprendizagem, desafiando terias existentes.
Por outro lado, é muito comum, e isso você já deve ter percebido, que os
professores adotem aspectos conflitantes das diferentes teorias da
aprendizagem, sem perceber que são basicamente contraditórias em sua
natureza. Isso é catastrófico e traz prejuízos muito sérios para a Educação! Por
isso, para se ter coerência na adequação educacional é preciso conhecer as
teorias da aprendizagem.
• são consistentes;
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• possuem como base poucas presunções não verificáveis;
O que é aprendizagem?
Se você fizer uma comparação, vai constatar que os efeitos das drogas,
do cansaço, da motivação e das emoções são bem mais breves que os
resultantes da experiência.
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2. Altamente estereotipadas (muito semelhantes cada vez que
executadas);
5. Resistente à modificação;
Outra questão que veremos diz respeito ao vocabulário utilizado por essa
abordagem: é o mesmo para cientistas do comportamento é mesmo?
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Então, preste a atenção porque a partir de agora vamos estudar os três
processos fundamentais da aprendizagem, e muitas vezes, a terminologia
utilizada entre eles, ás vezes se difere, embora se refira a mesma coisa.
O Experimento
As contribuições de Pavlov
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com o ser humano. Assim, torna-se evidente uma série de possibilidades nos
seres vivos, que terão consequências no entendimento de determinados
fenômenos, como as emoções, a ansiedade, os processos psicossomáticos, etc.
No nosso dia a dia, continuamente coisas se associam a coisas, de forma que
umas passam a provocar o efeito de outras, assim, o condicionamento pode ser
usado para produzir mudanças de comportamento. É possível que esta
capacidade de alguns animais e dos seres humanos esteja na base das
adaptações ao ambiente físico e social.
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prejudicam o seu desempenho escolar. É importante observar para que se
compreenda melhor a atividade geral da criança na escola e que se tenha, ao
menos, conhecimento dos processos de condicionamento clássico que possam
estar ocorrendo e condicionando alguns aspectos da atividade deste aluno. Esse
conhecimento irá propiciar condição para modificar ou pelo menos, para
entender a natureza do comportamento.
A transferência do comportamento
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neutro “o som da campainha”, ao estímulo incondicionado “intervalo”, o primeiro
“perdeu a neutralidade”, passando a deixar os alunos “alegres”.
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Experimentos Clássicos com Humanos
Uma experiência clássica realizada pelos behavioristas Watson e Rayner,
em 1920, mostra a utilização do condicionamento no comportamento humano.
Contra condicionamento
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marcar o anúncio da presença da comida. No caso do menino Pedro, o coelho
era estímulo fortemente desencadeador de medo, o que poderia provocar medo
da comida e não satisfação pelo coelho. Então, a proposta foi de minimizar o
caráter de estímulo forte representado pelo animal.
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Assim, o condicionamento operante, como o clássico, envolve: a
aquisição; a extinção; a recuperação espontânea, a generalização e a
discriminação. Mas, há distinções evidentes: enquanto o condicionamento
clássico, forma associações entre estímulos (um Estímulo Condicionado- EC- e
o Estímulo Incondicionado -EI- que sinaliza) e o comportamento respondente (
ex. salivar em reação a comida e depois a campainha), o condicionamento
operante envolve o comportamento operante, que já é chamado assim, porque
o ato opera no ambiente para produzir estímulos de recompensa ou punição.
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experimenta várias respostas ‘instintivas’. Os comportamentos exitosos tornam-
se mais frequentes e os atos frustrados passam a ser menos prováveis.
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certas contingências de reforços trazendo esses ensinamentos para a educação
a grande contribuição de Skinner foi que o comportamento de alunos podem ser
modelados pela apresentação de materiais em cuidadosa sequência e pelo
oferecimento das recompensas ou reforços apropriados. Ele criou os métodos
de ensino programado que podem ser aplicados sem a intervenção direta do
professor, através de livros, apostilas ou mesmo máquinas. Reforço- pode ser
qualquer evento que aumenta a frequência de uma reação precedente.
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Mas, reforço não é só recompensa. Há dois tipos de reforços: o reforço
positivo, que fortalece uma reação ao oferecer um estímulo depois de uma
reação desejada. Por exemplo, no nosso sistema educacional, tirar uma nota
boa é um reforço positivo para a maioria dos alunos. O outro tipo de reforço, o
negativo, fortalece uma reação ao reduzir ou remover um estímulo aversivo. Por
exemplo: um aluno ficou muito preocupado porque errou bastante numa prova e
tirou uma nota baixa. Para próxima avaliação, ele resolve estudar mais,
consequentemente, ele tira uma nota melhor, consegue atingir a média e, diminui
a ansiedade. Observe que um reforço é uma consequência que fortalece
comportamento, tanto por oferecer algo positivo ou por reduzir alguma coisa
negativa.
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aversivo, fazendo uso de repreensão, sarcasmo, crítica, tarefa de casa adicional,
retirada de privilégios e outros comportamentos violentos, como forma de
“proporcionar” a aprendizagem. Skinner observou que o aluno perde muito
tempo, fazendo coisas que não deseja fazer e para as quais não há reforços
positivos. Assim, ele trabalha principalmente para fugir da estimulação aversiva.
Faz o que tem a fazer porque o professor detém o poder e autoridade, mas, com
o tempo, o estudante descobre outros meios de fugir como: chegar atrasado ou
faltar, não prestar atenção (retirando assim reforçadores do professor), ficar
pensando “longe”, não parar na cadeira, tornar-se agressivo, recusar-se a
obedecer e abandonar os estudos na primeira oportunidade. Como se não
bastasse, na avaliação, as provas são usadas como ameaça e são destinadas
principalmente a mostrar o que o aluno não sabe e coagi-lo a estudar Skinner
acredita, que na verdade, os professores não desejam usar controles aversivos.
Possivelmente, as técnicas aversivas continuam sendo usadas porque não
foram desenvolvidas alternativas eficazes. De acordo esse teórico, as pessoas
aprendem porque foram reforçadas para lembrar o que viram ou ouviram. Para
ocorrer à aprendizagem devemos reconhecer a resposta, a ocasião em que
ocorrem as respostas e as consequências da resposta. Desta forma, Skinner
propôs a aplicação de seus métodos através do arranjo de contingências de
reforço sob as quais estudantes aprendem.
A Máquina de Ensinar
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em um conjunto de alternativas. Como também, se exige mais do aluno porque
além de responder, ele tem que verificar quais são as respostas corretas para
poder ir adiante. A máquina assegura que esses passos sejam dados em uma
ordem cuidadosamente prescrita. É claro que a máquina, propriamente dita, não
ensina, mas ela coloca estudantes em contato com o professor ou a pessoa que
escreve o programa. Em muitos aspectos, diz Skinner, é como um professor
particular, no sentido de haver constante intercâmbio entre o programa e o
estudante. A máquina mantém o estudante ativo e alerta. Além do mais, a
máquina de Skinner permite a liberação do professor para formas mais sutis de
instrução, como a discussão, e também para se concentrar nas necessidades
especiais do aluno.
O Legado de Skinner
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desenvolvimento de certas reações. Essa aplicação prática requer que se faça
o levantamento dos eventos que reforçam um dado indivíduo, uma vez que o
estímulo é particular. As reações são controladas utilizando as consequências
reforçadoras. O ideal de Skinner está mais próximo agora de ser alcançado, por
conta dos pacotes de software para estudantes bastante interativo e da facilidade
de acesso a internet. Concordo com Myers (2009) ao destacar que Skinner
provocou um grande debate intelectual sobre a natureza da liberdade humana,
as estratégias e éticas de dirigir as pessoas. Indubitavelmente, os pressupostos
desta teoria são importantes em todos os campos em que o comportamento
figura, com principal destaque para a Educação.
Quem é o Modelo?
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como esse tem muita repercussão porque geralmente as pessoas são mais
exigentes do que o citado na escolha de modelos.
Você já ouviu falar no ditado popular: “faço o que eu digo, mas não faça o
que eu faço”. Pois bem, os experimentos da observação mostraram que se forem
expostas a um comportamento hipócrita, as crianças tendem a imitar a hipocrisia,
dizendo e fazendo como o modelo. Por outro lado, os modelos são eficazes
quando suas ações e palavras são coerentes.
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Aprendizagem por Observação e a Violência na Mídia
O experimento clássico de Bandura, em 1960, já investigou e constatou
que a observação de modelos filmados pode influenciar a aprendizagem do
comportamento agressivo nas crianças. Essa pioneira pesquisa foi uma das
primeiras demonstrações de causa e efeito entre a exposição à agressão
demonstrada na TV e o crescente comportamento agressivo, quer seja físico,
verbal e de emoções e pensamentos agressivos em crianças e que,
posteriormente, outros estudos comprovaram também nos adultos.
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cognitivistas, a aprendizagem se dá através da relação entre as ideias
(conceitos), abstraídas das experiências passadas.
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ainda sobrevive na Psicologia, com uma literatura forte e aplicação prática em
vários programas educacionais.
Cognitismo moderno
A psicologia cognitiva, mais do que a behaviorista, faz o uso de metáforas
para explicar como se dá o funcionamento das estruturas mentais no ser
humano. Como a metáfora é uma comparação, a mais comum utilizada
ultimamente para a cognição humana é com uma máquina de computador. Desta
forma, os modelos cognitivos se referem ao funcionamento da mente humana
com temos utilizados na computação como: processamento, armazenamento e
recuperação da informação, dentre outros.
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têm entre si. Essa estrutura cognitiva é entendida como uma rede de conceitos
organizados de modo hierárquico, de acordo com o grau de abstração e de
generalização.
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teoria da aprendizagem significativa em 1963 (The Psychology of Meaningful
Verbal Learning), tendo desenvolvido-a durante as décadas de 1960 e 1970.
Mais tarde, no final da década de 1970, teve como colaborador Joseph Novak
que muito contribuiu com a “teoria da aprendizagem verbal significativa”
fundamentando as primeiras propostas psicoeducativas que conceberam a
aprendizagem escolar e o ensino de uma maneira diferente do pensamento
condutista dominante da época.
Confesso que como uma educadora e mãe, uma tristeza tomou conta de
mim ao analisar as músicas acima e as tantas outras que estão na relação do
site. Claro que essa realidade eu já conhecia, mas confesso que esperava que
fosse mais amena: das vinte músicas elencadas, nacionais e internacionais, só
uma fazia uma relação positiva entre a vida dos alunos e a escola. Pode-se até
considerar que o site teve como critério fazer o levantamento priorizando as
letras das músicas que fizessem essa relação negativa. Mas, a verdade é que
essa é uma realidade que apesar de fazer muito tempo que trabalhamos para
transformá-la, parece que estamos “remando contra a maré” e não podemos
deixar de analisar e questionar:
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Quais os objetivos dos conhecimentos transmitidos pela escola?
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Após essa breve introdução, convidamos você a daqui pra frente, se
aprofundar mais um pouco nos pressupostos da Teoria da Aprendizagem
Significativa.
Tipos de aprendizagem
Você também já deve ter passado por uma experiência de tomar nota de
uma palestra, sem a preocupação de fazer uma cópia literal das palavras do
palestrante. Como o tomar notas provoca uma interação entre o conhecimento
que você tem e o que o palestrante traz, as suas anotações refletirão o que tem
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mais relevância, a partir do conhecimento que você já sabia. Desta forma, as
suas anotações, não serão idênticas à palestra, mas uma versão específica, de
acordo com a interação realizada.
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sem considerar esses fatores, se um material pode ser considerado “abstrato”.
Por outro lado, o aprendiz não tem condições de realizar sozinho essa “ponte”.
Daí a importância do organizador prévio.
Esse caráter de retomada que a própria teoria possui, tem favorecido para
que haja um crescimento no decorrer do tempo, desde as suas concepções
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iniciais, com contribuições posteriores do próprio Ausubel e de outros autores.
Dentre eles destaca-se os trabalhos de Novak e Gowin 1988; Moreira e
Novak,1988(citados em Salvador, 2000) os quais propõem processos de ensino
que favorecem a “capacidade de aprender” do aprendiz.
Os Mapas Conceituais
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entre conceitos no contexto de um corpo de conhecimentos. O fundamental é
que o construtor do mapa seja capaz de explicar o significado da relação que fez
entre os conceitos.
Por ser uma técnica flexível o mapeamento conceitual pode ser usado em
diferentes situações e finalidades como: instrumento de análise do currículo,
técnica didática, recurso de aprendizagem, meio de avaliação (MOREIRA e
BUCHWEITZ, 1993, citado em MOREIRA 2012).
O "V" Epistemológico
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heurística de trabalho denominada de ‘V’ Epistemológico de Gowin ou
simplesmente ‘V’de Gowin, a ser utilizada como um instrumento metodológico,
norteador do processo de investigação e/ou como um instrumento de análise e
interpretação de dados de um estudo.
Referências
BIGGE, M. L. Teorias da Aprendizagem para Professores; trad: José
Augusto da Silva Pontes Neto e Marcos Antônio Rolfini. São Paulo,
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DAVIDOFF, Linda L. Introdução à Psicologia. 3ª ed. São Paulo. Trad.
Auriphebo Berrance e Mª da Graça Lustosa. McGraw-Hill do Brasil, 2009.
Referências
Referências
http://www.youtube.com/watch?v=m2mCRFHFUR0&feature=results_vid
eo &playnext=1&list=PLC40EB23434765750
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