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3.

2 Processo de Ensino e Aprendizagem

3.2.1 O que é aprender?

As pessoas estão sempre aprendendo. Aprender é o processo de assimilação


de qualquer forma de conhecimento, desde o mais simples, dado nos primeiros anos
da vida, até o mais complexo, que é aprimorado ao longo da vida do ser,
modificando o pensamento deste.
Para que haja um processo de assimilação é necessário um processo, no
qual o aluno coloca na prática o que aprende na teoria. O processo de assimilação
ativo é composto de diversos componentes como os objetivos, conteúdos, métodos
e formas organizativas.
Outro fator importante a ser comentado é a motivação, que ocorre de duas
formas, a intrínseca e a extrínseca. Segundo LIBÂNEO, a motivação é intrínseca
quando se trata de objetivos internos, como a curiosidade; a motivação extrínseca, é
estimulada de fora, como as exigências da escola.
O professor deve organizar os conteúdos para atender as necessidades do
aluno, e que sejam da sua realidade e de seu alcance, assim, haverá aprendizagem.
Aprender trata-se da capacidade de adquirir algum tipo de conhecimento. Pode
acontecer com os animais e seres humanos, porque o nosso cérebro está projetado
para isso, assimilar conhecimento, e essa assimilação pode acontecer de diversas
formas – observação, hábitos, escrita... – e de certa forma, sempre estaremos
aprendendo.
O processo aprendizagem também acontece através de diferentes estímulos,
o ambiente em que vivemos é um exemplo. Segundo psicólogos e especialistas o
mecanismo é o de estimulo e resposta, uma vez que a evolução e à adaptação são
necessárias, quando entendido que à adaptação é uma forma de aprender.
À aprendizagem possui duas dimensões: o social (família, amigos, ...) e a
genética (através da predisposição que o nosso cérebro possui para aprender), ou
seja, acontece de forma natural e convencional.

Sobre a Teoria de aprendizagem pode-se trazer vários modelos explicativos


da mesma. Um exemplo de teoria seria a do processo de estímulo-resposta, nesse
você estimula a criança a chegar em uma aprendizagem e com isso a mesma ao
atingir esse objetivo tem uma recompensa, fazendo com que a criança desenvolva
um interesse em aprender. Outra teoria usada é a de consciência, na qual diz que
nossa mente fixa todos os conteúdos conforme os nossos sentimentos, intuição e
objetivo a ser alcançado.

As diversas teorias discutidas têm relação com qual seria a metodologia


usada pela professora para executar sua aula e como ela quer que seja o
conhecimento e aprendizagem de seu aluno.

Não se pode falar em aprender apenas em um ponto que observe conteúdos


e conhecimentos científicos, deve-se tem em mente que a pessoa tem muitos outros
aprendizados a adquirir, como por exemplo aprender a ser mais humilde, aprender a
cuidar de onde se vive, e até mesmo de si mesmo.

Ao colocar em prática os conhecimentos adquiridos, o sujeito modifica sua


realidade imediata. Logo, o conhecimento teórico perde seu caráter de ser
apenas “uma compreensão do que acontece”, para se tornar “um guia para
a ação” (GASPARIN, 2007, p.8).

Podemos ligar o que Gasparin diz com o fato de as vezes o processo de


aprendizagem provoca desconfortos pelo fato de que envolve uma mudança de
comportamento e envolve muito a parte emocional. No campo da vida e da
educação, a aprendizagem está envolvida com desenvolver as capacidades
pessoais.

Pode-se fixar que a aprendizagem está ligada com a história do homem, pois
nela possui suas evoluções e a sua melhoria enquanto pessoa social e pessoal.

Para PIAGET o comportamento dos seres humanos não é algo que pertence
ou é adquirido desde o seu nascimento, mas sim, algo que é construído numa
interação entre o meio e o indivíduo. Sendo assim, Piaget procura dar mais enfoque
as estruturas cognitivas do sujeito, onde mudam através dos processos de
adaptação: assimilação e acomodação.
Sendo assim, podemos citar a Teoria de Aprendizagem Construtivista, onde
explica que todos os indivíduos constroem sua própria visão de mundo a partir de
suas vivencias, assim conseguem gerar novos modelos mentais e acomodando-as
as experiências atuais.
Assim pode-se analisar e observar que existem diversas formas de
aprendizagem, principalmente pelo fato de muitas terem como foco o indivíduo na
busca da construção do conhecimento.

Posto isso, é sempre importante ressaltar que cada indivíduo precisa ter o seu
próprio entendimento em relação a sua aprendizagem, visto que, cada indivíduo
aprende da sua maneira, na qual se baseia nas suas experiências já vividas. A partir
disso, o processo de aprendizagem acaba ficando mais explicito tanto para o
transmissor quanto para o receptor de ensino.

3.2.2. O que é ensinar?

Ensinar é o ato de transmitir o conhecimento para alguém, sobre algo.


Ensinar no quesito educação é uma série de conhecimentos que são mediados para
os alunos ao longo doa anos letivos por meio de técnicas de ensino/ aprendizagem.
Trazendo para a vida do aluno várias habilidades como leitura, escrita, interpretação,
calculo e entre outros, com o auxílio também de materiais.

Ensinar não é só passar conteúdos é utilizar o conteúdo a ser passado como


instrumento de socialização e humanização do aluno. Pensava-se em educação
como uma instituição a que forma pessoas alienadas e obedientes. Porem hoje, o
professor não só ensina como traz ao aluno uma concepção de mundo. Ou seja,
ensinar um modo de atuar na sociedade de forma que agrupe os homens e os faça
trabalhar com humanidade.

Em uma reunião do Conselho Nacional da educação diz: “precisamos de gente


que pense, que tome iniciativas, expresse pensamentos e ideias, saiba ouvir o outro
e trabalhar em grupo”

É preciso repensar os critérios e fazer mudanças de um ambiente onde apenas


um ensina e os demais aprendem. Entender que todos podem transmitir e se
posicionar frente a um conteúdo ou assunto. Esta atitude de permitir um espaço ao
aluno de ter um posicionamento faz com que ele tenha uma preparação para a vida
e enfrentar obstáculos, ou seja, saber enfrenta-los são essenciais.

Trabalhar as competências, seria um auxílio ao aluno em fazer ele construir


conhecimentos por partes e não os entregas prontos e acabados. Assim teria mais
competência em questão na avaliação do Enem; ler e interpretar questões e
produção de texto de diferentes temas.

Não é indicado o aluno apenas ler um texto por ler, a leitura deve ter uma junção
de palavras, orações e períodos colocados em ordem.

É necessário compreender que todas as palavras têm um objetivo no texto e


deve-se entender a verdadeira mensagem e que todas possuem uma finalidade na
qual passa uma mensagem ao interlocutor, ou seja, nada seria aleatório.

Em várias situações estabelecemos uma comunicação, uma estratégia de


discurso. Existem momentos que expressamos ideias, opiniões, apresentamos
argumentos sobre um determinado assunto, para nos tornamos seres não alienados
tendo postura a frente de qualquer situação. Um aluno estará se preparando para a
vida e para posicionar-se diante de um assunto e ter argumentos sobre. Frente a
isso, o que facilitaria para aprimorar estes conceitos seria a realização de seminários
em grupo, debates com o intuito de apresentar suas habilidades - a de argumentar,
tomar decisões e de se posicionar.

Os projetos didáticos têm influência na construção descompassais essenciais à


formação dos alunos não apenas cognitiva, mas também formação pessoal. De
algum modo, o espírito de participação coletiva demonstra estar atuando em uma
das competências propostas - a de atuar de maneira criativa, na melhoria no mundo
em que moramos.

Diante dos conceitos ressaltados nota-se a intensidade importância de preparar


os cidadãos para o enfrentamento da vida lá fora. Com isso, há outras opções de
fazer com que isso se torne algo objetivo, tendo ajuda de toda a comunidade
escolar.

Para STEVANATO (1996) o contexto psicológico tem uma grande importância


no desenvolvimento da aprendizagem e está ligado a estrutura familiar, como a
criança é tratada no decorrer da sua vida, cobranças, ambiente social entre outros,
dependendo de como são tratadas, essas junções podem trazer pontos negativos e
positivos para a sua aprendizagem.

A educação recebida, na escola, e na sociedade de um modo geral cumpre


um papel primordial na constituição dos sujeitos, a atitude dos pais e suas
práticas de criação e educação são aspectos que interferem no
desenvolvimento individual e consequentemente o comportamento da
criança na escola. (VYGOTSKY 1984, p.87).
O desenvolvimento do aluno, é envolto pelos saberes tanto da escola quanto da
sociedade em que está inserido, esses saberes influenciam a criança no seu
comportamento e suas práticas escolares podendo ser isso de uma maneira positiva
ou negativa. O contexto metodológico se trata sobre o que é ensinado nas escolas e
suas relações com valores como ensinar e o por que estar ensinando, o importante
nesse contexto é unir os objetivos, conteúdos e métodos, tornando o aprendizado
mais interessante ao aluno.

Segundo CARRAHER e SCHLIEMANN(1989), em muitos casos de


dificuldade na aprendizagem, não é a respeito do raciocínio do aluno, mas sim trata-
se sobre a metodologia na qual o conteúdo é apresentado, nesses casos é
necessário que o professor mude sua metodologia, apropriando-a as necessidades
do aluno, tendo em vista o aperfeiçoamento de suas habilidades e o
desenvolvimento de suas dificuldades. Quando uma criança não entende o conteúdo
ela tende a se frustrar, é importante que o professor entenda que o aluno não
demonstra dificuldade por gosto, sendo assim, é fundamental que o professor ajude
o aluno com suas dificuldades.

LOZANO e Porto RIOBOO (1998) apresenta um conceito de aprendizagem que


se divide em três aspectos, o primeiro avalia a aprendizagem como um processo
ativo, onde a quantidade de atividades facilita a assimilação dos conteúdos, o
segundo define a aprendizagem como um processo construtivo, onde as atividades
realizadas auxilia na construção dos conhecimentos, o terceiro traz a aprendizagem
onde o aluno deve organizar e aprimorar seus conhecimentos.

De acordo com PIAGET (1974): “a aprendizagem ocorre pela ação da


experiência do sujeito e do processo de equilibração”. Essa afirmação demonstra
que a aprendizagem não parte do zero, mas sim, de experiências anteriores, o
indivíduo vai desenvolvendo sua capacidade de assimilação através da organização
do esquema cognitivo.

Piaget nos fala que todos aprendem com base em alguma coisa do dia a dia,
com experiências vividas. Que nada se começa do zero. O aluno vai se
desenvolvendo isso através de uma organização dos conteúdos apresentados.
3.2.3 Processo Ensino Aprendizagem

A educação está em uma constante transformação (cultural, política,


econômica e tecnológica), quando ocorrem mudanças no âmbito escolar e
educacional, a escola muda e passa a “acompanhar” essa transformação. Porém,
não pode perder sua essência.

De acordo com as concepções sociointeracionista e construtivista, essas


concepções possuem algo em comum: alunos que interagem consigo mesmo, com
os colegas e com o objeto de ensino-aprendizagem. O conhecimento desencadeia
vários processos internos de desenvolvimento mental.

Os grupos de indivíduos ou apenas um indivíduo compreendem o mundo da


sua maneira, dependendo do ponto de vista de cada um e conforme suas normas de
convivência. Cada ser humano se apropria de algo e está em constante mudança,
podendo se apropriar ou não de outros conhecimentos culturais.

O processo de ensino-aprendizagem tem objetivo de formar seres autônomos


e capacitados para o mundo. Por conta disso, as atividades propostas aos alunos
devem ser desafiadoras, para que possam desenvolver suas mentes e torná-los
objetivos e capacitados para que se tornem aptos para atuar em diferentes áreas
sociais e pessoais.

Na interação entre professor e aluno dá-se o confronto entre os conceitos


ou conhecimentos espontâneos e os conhecimentos científicos. Os
conceitos científicos descem à realidade empírica, enquanto os
espontâneos ascendem buscando sistematização, abstração,
generalização. Por isso, a aquisição dos conceitos científicos implica a
reconstrução dos conceitos espontâneos numa articulação e transformação
recíprocas [...] os educandos, como sujeitos aprendentes, ativos e
participantes, realizam sua aprendizagem – auto-aprendizagem – a partir do
que já sabem e na interação com seu professor e com seus colegas, isto é,
na interaprendizagem. A interação constitui, desta forma, uma co-
responsabilidade de professor e alunos no processo de aprendizagem
(GASPARIN, 2007, p. 109).

Estes processos desenvolvem aspectos sócio-emocionais, que fazem com


que o indivíduo deixe de ser dependente e se torne um ser independente. O aluno
precisa construir e transformar suas habilidades e competências através de suas
atitudes relacionadas ao ensino-aprendizagem a partir dos conhecimentos de
diferentes ciências, dos valores necessários para realizar o seu projeto de vida.

Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. [...]


Ensinar inexiste sem aprender e vice-versa e foi aprendendo socialmente
que, historicamente, mulheres e homens descobriram que era possível
ensinar. Foi assim, socialmente aprendendo, que ao longo dos tempos
mulheres e homens perceberam que era possível - depois, preciso -
trabalhar maneiras, caminhos, métodos de ensinar. Aprender precedeu
ensinar ou, em outras palavras, ensinar se diluía na experiência realmente
fundante de aprender (FREIRE, 1999, pp. 25-26).

O aluno deve ser preparado para o mundo, sabendo respeitar as diferenças e


sabendo agir de forma prudente em diferentes situações do cotidiano, para que se
torne um ser independente e capaz de realizar ações, sabendo conviver em grupos
e sabendo conviver com a realidade de cada um. Por isso nos identificamos com
metodologias ativas, interativas e colaborativas.

Dentre as características desta concepção de ensino e aprendizagem,


destacamos alguns dos norteadores deste processo:

- A relevância dos conteúdos e contextos que serão ensinados e aprendidos, isto é,


que o aluno possa atribuir sentido ao que é proposto, mobilizando a motivação
intrínseca, pela clareza da importância que atribui ao que aprende. A relevância dos
conteúdos representa, também, a compreensão e a capacidade de aplicação desses
conteúdos em múltiplos contextos e em diversas situações.

Critérios a serem considerados:

- O nível do desenvolvimento do aluno, isto é, a capacidade cognitiva, propondo


assim desafios alcançáveis;

- O nível do desenvolvimento do aluno, isto é, a capacidade cognitiva, propondo


assim desafios alcançáveis;

- Os conhecimentos prévios dos alunos;

- O grau de significatividade da aprendizagem;


- O grau de funcionalidade da aprendizagem;

- A contribuição de cada disciplina, articulando conteúdo dentro da própria disciplina


e entre as disciplinas (interdisciplinaridade);

- A participação dos alunos.

- A diversidade de metodologias, isto é, proporcionar ao aluno diferentes situações


de aprendizagem, buscando estratégias para dar sentido ao conhecimento, para
estabelecer relações entre os fenômenos naturais, sociais e pessoais, para abordar
e pesquisar problemas que vão além da compartimentalização disciplinar, ajudando
o aluno a compreender melhor a complexidade do mundo em que vive. Dentre essa
diversidade de metodologias destacamos o trabalho com projetos de classe, os
projetos individuais, os módulos de aprendizagem, as assembleias de classe e de
curso.

- A intencionalidade de estratégias e intervenções que atuem no campo do


autoconhecimento, das relações interpessoais, da resolução de conflitos, da
cooperação e do diálogo.

BARCA LOZANO, A., PORTO RIOBOO, A. Dificultades de aprendizaje:


Categorias y clasificación, factores, evaluación y proceso de intervención
psicopedagógica. In SANTIUSTE BERMEJO, V., BELTRÁN LLERA, J. A.
Dificultades de aprendizaje. Madrid: Editorial Sintesis, 1998

CARRAHER, T.N.; SCHLIEMANN, A.D. Na vida dez, na escola zero. São Paulo:
Cortez Editora, 1989.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática


educativa. 12ª Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999.

GASPARIN, João Luiz .Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 4ª Ed.


Campinas, SP: Autores Associados, 2007.
LIBÂNEO, J. C. O processo de ensino na escola. São Paulo: Cortez, 1994.

PIAGET, Aprendizagem e conhecimento. Rio de Janeiro: Livraria Freitas Bastos


S/A, 1974

STEVANATO, I. S. Autoconceito de crianças com dificuldades de aprendizagem


e problemas de comportamento. Psicologia em estudo – Maringá. 1996.

VYGOTSKY, L.S.A. A formação social da mente: o desenvolvimento dos


processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1984.

Tópicos importantes para a compreensão do texto:

O que é aprender?

 Processo de assimilação – praticar o que s apreende na teoria – processo de


assimilação ativa composto por diferentes componentes
 Motivação intrínseca: objetivos internos, motivação extrínseca: estimulada por
fora
 Deve atender as necessidades do aluno por meio da organização de
conteúdos
 Cérebro projetado para assimilar o conhecimento – diversas maneiras –
observação, escrita, leitura, audição, etc
 Estímulos diferentes – referência de Vygotsky que fala sobre a interação com
o meio que causa o conhecimento, estímulo e resposta, teoria montessoriana
 A aprendizagem possui duas dimensões: social e genética
 Teorias da aprendizagem: estímulo-resposta, consciência – levam a discutir
qual seria a metodologia adequada para ser utilizada em sala d aula, seja a
piagetiana, montessoriana tc
 Sair da zona d conforto para adquirir conhecimentos pod ser desagradável,
mas ela evolui a pessoa como um todo e não só o conhecimento m si
 Citação da teoria de aprendizagem

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