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APRENDER CONTEÚDOS E DESENVOLVER CAPACIDADES
César Coll, Martín, Elena e Colaboradores.
O primeiro objeto de qualquer ato de aprendizagem, além do prazer que nos possa dar, é o de que de-
verá servir-nos no presente e valer-nos no futuro. Aprender não deve apenas levar a algum lugar, mas
também permitir, posteriormente, ir além de maneira mais fácil. Também é a construção de significados
relativos ao conteúdo da mesma por parte do aluno. Acredito que há vários modos pelos quais a aprendi-
zagem será útil para o futuro. Deste modo, a aprendizagem escolar aparece como resultado de uma inte-
ração de três elementos:
Portanto, conceitos, teorias e metodologia sobre o ensino da criança colocam em realce o fato de que, em
cada estágio de desenvolvimento, ela possui um modo característico de visualizar, perceber e entender o
mundo e explicá-lo para si mesma. A tarefa de ensinar determinada matéria a uma criança, em qualquer
idade, é a de representar a estrutura da referida matéria em termos da visualização que a criança tem
das coisas. A hipótese geral que se estabelece tem como premissa o amadurecido juízo de que toda
“ideia”, “teoria” pode e deve ser representada de maneira honesta e útil nas formas de pensamento da
criança em idade escolar. Podendo se confirmar na obra de Piaget e outros teóricos.
Já no campo de atuações do aluno, o primeiro fator a se levar em conta é o grau de iniciativa que tem
para escolher a tarefa e seu conteúdo, o grau de iniciativa do mesmo na realização da tarefa e no estabe-
lecimento na diferença entre atividades. Quanto às dimensões para a análise da interatividade, referem-
se à finalidade educativa que pretende o professor com a tarefa proposta, tais como: potencializar a
apropriação de um saber (conhecimento, habilidade, hábito, norma); potencializar a atividade do aluno
(com o fim de favorecer a autonomia, a independência, a iniciativa, a apropriação de um saber). Existên-
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cia ou não de um saber, há um saber escolhido pelo educador ou não há, mas com a introdução, durante
a realização da tarefa, a partir da observação do que as crianças fazem ou de suas propostas. Não há na-
da em absoluto. Planejamento pelo educador.
Ausência de planejamento, propostas de materiais diversos com diretrizes precisas sobre as tarefas a
realizar. Proposta de uma tarefa concreta sem diretrizes precisas sobre como executá-la e proposta de
uma tarefa detalhada e planejada com instruções precisas para executá-la. Por último, as intervenções
do educador durante a realização das tarefas, que são: sem intervenção, intervenções de disciplina e
controle, intervenções de direção e supervisão, intervenções de valorização da tarefa, intervenções de re-
flexo, intervenções de ajuda e intervenções de proposta.
No entanto, e, apesar de tudo, o professor constitui o principal “recurso” no processo de ensino em nos-
sas escolas. Não são necessárias pesquisas elaboradas para saber que comunicar, transmitir conhecimen-
tos depende em grande medida, do domínio que se possui sobre o conhecimento a ser transmitido. Isto é
bastante óbvio, quer o professor utilize ou não outros recursos. Há claro, certas medidas que devem ser
tomadas para melhorar as condições de trabalho desses profissionais, devendo ser perseguido como ob-
jetivos primordiais. Para comunicar conhecimentos e oferecer um modelo de competência, o professor
deve ter liberdade para ensinar e para aprender. O professor é também um símbolo pessoal imediato do
processo educativo, figura com a qual os alunos podem se identificar e se comparar. Um marco Psicológi-
co para o Currículo Escolar.
Embora na elaboração de um currículo escolar seja absolutamente imprescindível utilizar e integrar in-
formações que provêm de fontes distintas (da análise sócio antropológica, da análise pedagógica e tam-
bém da análise disciplinar), as que têm sua origem na análise psicológica possuem, uma importância es-
pecial. O tema das contribuições da psicologia ao currículo, e à educação escolar em geral, é muito com-
plexo e não podemos abordá-lo aqui em todas as suas vertentes.
O marco de referência psicológica representa o quanto a psicologia vem trazendo contribuições para a
elaboração do currículo. No entanto, é conveniente fazer uma reflexão prévia sobre um tema que está na
origem das intenções de utilizar as contribuições da psicologia no âmbito curricular, para não corrermos o
risco de criar confusões, referindo a maneira de entender as relações entre desenvolvimento, aprendiza-
gem e ensino e, consequentemente, a própria concepção que se tem da educação em geral, e da educa-
ção escolar em particular.
Princípios psicopedagógicos do currículo escolar e seus possíveis efeitos das experiências educacionais
escolares sobre o desenvolvimento pessoal do aluno que estão fortemente e igualmente condicionados
por sua aptidão cognitiva e pelos conhecimentos prévios e seu nível de desenvolvimento operatório, per-
tinentes com os quais inicia a sua participação nas mesmas.
Sendo assim, fazendo as considerações finais, a questão relacionada com a elaboração do currículo esco-
lar não manifesta uma preocupação somente de estudos sistematizados e baseados em processos cientí-
ficos, como também manifestada pela população que passou a se interessar por um problema que até re-
centemente dizia respeito apenas a especialista como: “Quem vamos ensinar, e com que fim?” Esse novo
espírito talvez reflita nossos tempos. Um dos pontos sobre o qual se tem manifestado essa preocupação
renovada é o planejamento de currículos para as escolas primária e secundária com participação sem
precedentes no desenvolvimento de currículos, por parte de estudiosos e cientistas.