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Psicologia da Educação

MAGISTÉRIO – EDUCAÇÃO INFANTIL E


CURSO SÉRIES INICIAIS
SÉRIE 4° Magistério
DISCIPLINA F. T. M. do E. da Psicologia da Educação
ANO LETIVO 2020
PROFESSORA Isolde Kozowski
e-mail isoldekozowski@gmail.com
TELEFONE 42 98512-7580

Material segundo trimestre.

Como a gente já estudou até aqui a problemática relacionada a


dificuldades e transtornos da aprendizagem, falaremos um pouco sobre a
importância da aprendizagem na construção da personalidade saudável.

O desafio em aprender

A alfabetização liberta as crianças da restrição da comunicação face a face


dando-lhes a possibilidade de acessar as ideias e a imaginação de pessoas em
terras distantes e em períodos passados.
A partir do momento em que as crianças conseguem ler e escrever
podem traduzir os sinais de uma página em um padrão de sons e significados,
desenvolver estratégias progressivas e sofisticadas para entender o que leem e
usar a palavra escrita para expressar pensamentos e sentimentos críticos e
racionais.
As teorias cognitivas do desenvolvimento enfatizam mais o
desenvolvimento cognitivo do que a personalidade, e invertem essa ordem de
importância, enfatizando a centralidade das ações da criança no ambiente e
seu processamento cognitivo das experiências.
A aprendizagem e o desenvolvimento acontecem do plano social para o
individual. Nesse processo, os sujeitos mais experientes de uma cultura
auxiliam os menos experientes, tornando possível que eles se apropriem das
significações culturais. Assim, entende-se que a construção de conhecimentos
é uma atividade compartilhada, trazendo implicações importantes para a
educação.
1) A escola precisa ser organizada para a aprendizagem. Um ambiente
atrativo facilita o processo da leitura.
2) O docente tem que observar em que nível de progressão a criança se
encontra. Uma avaliação permanente por parte do professor e a auto avaliação
do aluno são essenciais para esse processo.
3) É preciso dar importância ao ensino estruturado, em que é feita uma
sequência que respeita a lógica de como o cérebro aprende: começando do
simples para o complexo, ensinando uma letra de cada vez e iniciando pelas
mais regulares na sua relação com os sons, as mais fáceis de serem
pronunciadas separadamente e pelas mais frequentes.
4) É necessário valorizar os erros e a recompensa, o reconhecimento
pelos avanços. “Os erros são mais úteis para a aprendizagem do que os
acertos, mas só se a criança receber logo o feedback da correção. Ela não
deve ser castigada, mas deve ser corrigida e reconhecida, elogiada por seus
avanços”.
Exercícios abundantes e diversificados, adequados ao nível de
progressos da criança, são outros elementos fundamentais para o processo de
fixação, pois, se não diversificarmos, as crianças memorizam os exercícios
sem aprender a decodificação que lhes permitirá ler qualquer palavra.
A motivação pode ser entendida como um processo e, por isso, é aquilo
que suscita ou incita uma conduta, que sustenta uma atividade progressiva,
que canaliza essa atividade para um dado resultado. A motivação caracteriza-
se por um processo que mobiliza o organismo para a ação, a partir da
necessidade de satisfação. Isso significa que, na base da motivação, está
sempre um organismo que apresenta uma necessidade, um desejo, uma
intenção, um interesse, uma vontade ou uma predisposição para agir.
O grande desafio da atualidade é averiguar as razões da ausência da
motivação do aluno para aprendizagem e buscar estratégias eficazes que
ajudem a reverter esse quadro. Para motivar os alunos, é imprescindível
analisar as formas de pensar e aprender para desenvolver estratégias de
ensino que partam das suas condições reais, devendo ir além do cognitivo e
avaliar a afetividade.
O ensino só tem sentido quando implica na aprendizagem, por isso é
necessário conhecer como o professor ensina e entender como o aluno
aprende. Só assim o processo educativo poderá acontecer e o aluno
conseguirá aprender a pensar, a sentir e a agir. Não há aprendizagem sem
motivação, assim um aluno está motivado quando sente necessidade de
aprender e, por meio dessa necessidade, o aluno se dedica às tarefas até se
sentir satisfeito.
Entende-se que o professor necessita ter habilidades e conhecimentos
teóricos para perceber e intervir em situações que envolvam conflitos e crises
emocionais. Deve ter consciência do poder do contágio emocional entre as
crianças e atuar nessas situações, promovendo intervenções que possam ser
administradas de forma significativa e, possivelmente, benéfica para o grupo. É
necessário construir estratégias que gerem, tanto na sala de aula como na
escola, um clima de segurança, confiança e respeito à individualidade de cada
indivíduo que, por consequência, trará liberdade de expressão emocional, física
e criativa.

EXPLICAÇÃO

O que as pessoas sabem (sua base de conhecimento) está inscrito na


memória de longo prazo. A maioria das informações, particularmente quando
estão relacionadas com conteúdo acadêmico e atividades altamente
qualificadas (ex.: esportes; habilidades artísticas tais como tocar um
instrumento musical), devem ser processadas, de alguma forma, antes de
serem armazenadas na memória de longo prazo. A todo o momento, os
estudantes vivenciam uma enorme quantidade de estímulos no ambiente, mas
apenas uma pequena porção é processada na forma de atenção e codificação,
depois passando para uma área de armazenamento da memória de tempo
limitado e memória de capacidade limitada, conhecida como memória de curto
prazo ou memória de trabalho. Para ser retida de forma mais permanente, a
informação deve ser transferida para a memória de longo prazo, que por
definição é de duração relativamente longa (ex.: décadas), possui uma
capacidade muito grande e é altamente organizada (ex.categorizada). A
transferência de informação da memória de curto prazo para a memória de
longo prazo se dá através de diferentes estratégias, e prática é essencial nesse
processo de transferência.
O educador precisa perceber que dentro do processo educativo há a
necessidade de compreender o sujeito como pessoa completa e que o afetivo
interfere diretamente no aprendizado dos alunos. “Afetividade é ter afeto no
preparo, afeto na vida e na criação. Afeto na compreensão dos problemas que
afligem os pequenos” (CHALITA 2004, p.33).

Wallon (1954, p. 288) relata que a afetividade é um domínio funcional,


cujo desenvolvimento dependente da ação de dois fatores: o orgânico e o
social. Entre esses dois fatores existem uma relação recíproca que impede
qualquer tipo de determinação no desenvolvimento humano, tanto que a
constituição biológica da criança ao nascer não será a lei única do seu futuro
destino. Os seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas
circunstâncias sociais da sua existência onde a escolha individual não está
ausente.
A escola deve cumprir seu papel social desenvolvendo em seus alunos
competências e habilidades visando prepara-los para a vida de acordo com as
exigências da atualidade que vivem. Pensando que a dificuldade de
aprendizagem é um tema muito complexo e que o aluno pode não aprender por
diversos motivos. O aluno precisa se sentir respeitado e compreendido pelo
professor. Se sentindo seguro e respeitado ele conseguirá se desenvolver de
maneira plena.
“Quando o aluno cria laços com o professor e com os amigos, ele sente-
se mais confiante em mostrar suas habilidades, pois tem o apoio que
necessita.”
 

Referencias

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
84862017000100008.
https://www.apa.org/ed/schools/teaching-learning/top-twenty-principles-
portuguese.pdf

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