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IMPLICAÇÕES EDUCACIONAIS DO CONDICIONAMENTO CLÁSSICO

“o pequeno Albert”. A criança ficara condicionada a responder com medo ao rato.


Pavlov – aprendizado de comportamentos físicos.
Watson – as emoções humana são suscetíveis ao condicionamento clássico.
A generalização (processos associativos). Albert tinha medo não só do rato branco, mas também de
coisas brancas e peludas.
Bastava ver alguém de jaleco branco que os cães de Pavlov salivavam. Eles tinham sido “condicionados”
a associar jaleco com comida, pois as pessoas que os alimentavam estavam sempre vestidas daquele jeito.

IMPLICAÇÕES EDUCACIONAIS DO BEHAVIORISMO


Skinner desenvolveu um programa de ensino que acumulava feedbacks a cada etapa de um projeto, em
vez de dá-los no final da atividade.
Construiu “máquina de ensino” com os feedbacks encorajadores para cada etapa vencida com sucesso.
Este dispositivo não foi bem recebido. Décadas mais tarde, como o adventos dos computadores, este
princípio ressurge nos programas de computador de autoaprendizagem.
De acordo com o Behaviorismo elogiar e incentivar com frequência enquanto um trabalho progride
torna a aprendizagem infantil muito mais rápida do que uma grande recompensa final.
De acordo com o Behaviorismo a aprendizagem tona-se mais eficaz quando associada a reforçadores
positivos ou negativos (eliminação de um resultado desagradável).
Watson (cuidados infantis) criação sem envolvimento emocional. Ênfase eficiência e resultados em vez
de preocupação com o bem-estar da criança.
Nessa concepção assevera-se que a aprendizagem da criança ocorre por meio de estímulos e respostas,
ou seja, agentes ambientais que modelam ou moldam o comportamento do indivíduo e o encaminham
para uma resposta já determinada ou almejada por meio de aproximações sucessivas.
As implicações pedagógicas, que vale destacar pressupõem-se de que as notas, conceitos, os prêmios,
os elogios são elementos pré-dispostos para a aprendizagem do indivíduo. A recompensa que a criança
recebe no processo de ensino e aprendizagem torna-se importante ou condicionante para a sua
aprendizagem pois a maneira como as crianças recebem o estimulo, o tipo de estimulo e a constância
desses estímulos, permitem que os alunos continuem aprendendo.

IMPLICAÇÕES EDUCACIONAIS DO COGNITIVISMO


A aprendizagem envolve o desenvolvimento de mapas cognitivos. Mapas cognitivos é uma
representação interna das relações entre os objetivos e comportamentos bem como o conhecimento do
ambiente no qual os objetivos são encontrados. POR ISSO, o comportamento é cognitivo. O que é
aprendido é a relação signo-significado, isto é, o conhecimento de uma ligação entre estímulos/meios e as
expectativas de atingir um resultado.
Exemplo em animais: gatos presos em “caixas problema”. Uma vez descoberto o mecanismo de fuga, os
gatos faziam a associação entre a possibilidade de fuga e seus atos e os repetiam em ocasiões posteriores.
Exemplo em humanos: Fazemos uma mapa mental da cidade onde moramos, mas só percebemos ter
esse conhecimento quando precisamos achar algum lugar específico dentro da cidade.
Quanto mais uma expectativa for confirmada, é mais provável que os estímulos(signos) associados a ela
se tornem ligados com o significado relevante (expectativa). POR ISSO, a intenção (a busca de objetivos
recompensadores) mais do que a recompensa em si mesma, dirige o comportamento.
Exemplos para pensar:
A realização de cursar um curso superior para uma pessoa que não pode fazê-lo na época mais indicada
se superpõe a necessidade de profissionalização, formação, titulação.
Se as crianças têm expectativas de brincar com os colegas na escola, os professores podem introduzir a
ludicidade na aprendizagem de conteúdos escolares. Aprendizagem associada a ludicidade (significado
relevante)
Neste enfoque, temos um aprendiz pensante e mais propenso a desenvolver expectativas e pesar os
possíveis resultados dos vários comportamentos.
Enquanto a abordagem comportamentalista ou behaviorismo que centra a sua atenção e estudos no
comportamento humano, o cognitivismo tem a pretensão de analisar a mente, o ato de conhecer, como o
homem desenvolve seu conhecimento, como o homem produz conhecimento acerca do mundo,
analisando os aspectos que intervém no processo “estímulo/resposta” (respondente/operante)
Na abordagem cognitivista, é possível perceber que o aluno, constrói seu próprio aprendizado num
processo de dentro para fora baseado em experiências de fundo psicológico, considera-se o papel ativo da
criança e do meio no processo de aprendizagem. O conhecimento é construído a partir de interações e
mediações com o meio. Por isso, o nosso estudo segue com o estudo de três teorias cognitivistas (Bruner,
Piaget e Vygotsky).

IMPLICAÇÕES EDUCACIONAIS DA PSICOLOGIA DA GESTALT


As pessoas aprendem por insight, não por tentativa e erro.
Insight é um fundamento da psicologia da Gestalt. Significa, em suma, a percepção das relações entre os
elementos de uma situação-problema. O que significa solucionar um problema pela percepção das relações
entre todos os elementos importantes da situação. O pensamento por insight é um tipo de pensamento
relacional. Requer uma organização mental dos elementos do problema e o reconhecimento da correção
da nova organização. Perceber uma organização ou uma estrutura é alcançar um insight
Exemplo com animais: Chimpanzé subiu em um caixote e não conseguiu pegar o cacho de bananas, mas
quando empilhou os caixotes um em cima de outro, ele conseguiu pegar as bananas.
Exemplo com humanos: A queda da maçã permitiu Newton reorganizar as relações já existentes sobre
gravidade e formular a lei da gravidade universal.
A rejeição da tentativa e erro como instrumento útil para a aprendizagem significa que professores e
pais não deveriam oferecer aos aprendizes problemas que os levem a tentar uma ampla variedade de
diferentes soluções até encontrarem “a que se encaixa” Em vez disso, as situações de aprendizagem
deveriam ser estruturadas de forma que os aprendizes pudessem ter insight. MAS COMO SE FAZ ISSO?
Primeiro: evitar a predisposição de respostas (há uma tendência forte a responder/perceber de modo
predeterminado mesmo quando há respostas mais adequadas.
Segundo: os problemas deveriam ser apresentados em situações significativas da vida real de modo que
os estudantes pudessem perceber a importância delas e sua relação os problemas do dia-a-dia.
Terceiro: os estudantes precisam ser encorajados a entender o problema mais do tentar copiar um
conjunto de procedimentos prescritos. A orientação do professores deveria ser voltada para ajudar os
estudantes a descobrir soluções por eles mesmo – ou seja, ter os seus próprios insight – em vez de
partilhar com eles a informação e todos os procedimentos.
A perspectiva da Gestalt dá suporte ao construtivismo. As abordagens construtivistas são métodos
altamente centrados no aprendiz e refletem a crença de que a informação significativa é construída por
ele, E NÃO DADA A ELE.

IMPLICAÇÕES EDUCACIONAIS DO SÓCIO INTERACIONISMO DE LEV VYGOTSKY


O homem é um ser social e histórico e é a satisfação das suas necessidades que o leva a trabalhar e
transformar a natureza, estabelecer relações com seus semelhantes, produzir conhecimentos, construir a
sociedade e fazer a história. Por isso, a Educação passa a ser vista como processo social sistemático de
construção da humanidade.
Vygotsky entendia que a compreensão do ser humano dependia do estudo do processo de
internalização das formas culturalmente dadas do funcionamento psicológico. Foi a partir dessa premissa
que tentou explicar a transformação dos processos psicológicos elementares, relacionados aos fatores
biológicos do desenvolvimento, em processos superiores, resultantes da inserção do homem em um
determinado contexto sócio histórico. A interação social e, particularmente um contexto escolarizado,
estão intimamente envolvidos no desenvolvimento das funções mentais superiores
(cognição/pensamento/consciência)
A relação do indivíduo com o ambiente é mediada, pois este, enquanto sujeito do conhecimento, não
tem acesso imediato aos objetos e sim aos sistemas simbólicos que representam a realidade. Essa é a
razão de atribuir um papel de destaque à linguagem (já que é o sistema simbólico principal de todos os
grupos humanos), que se interpõe entre o sujeito e objeto de conhecimento. O desenvolvimento cognitivo
é fundamentalmente uma função de ampla interação verbal entre a criança e os adultos, entre o aluno e o
professor.
A aprendizagem é, portanto, um processo essencialmente social, que ocorre na interação da criança
com adultos e colegas. O desenvolvimento é resultado desse processo, e a escola é o lugar privilegiado
para esta estimulação.
Para Vygotsky o desenvolvimento humano se dá em três níveis: cultural, interpessoal e o individual.
Para o autor é aprendizagem que impulsiona o desenvolvimento, ou seja, a criança se desenvolve porque
aprende. Insistia na importância de a Educação pensar o desenvolvimento de forma prospectiva e não
retrospectiva. O bom ensino é aquele que se volta para as funções psicológicas emergentes, potenciais e
pode ser facilmente estimulado pelo contato com os colegas que já aprenderam determinado conteúdo.
A zona de desenvolvimento proximal é o potencial da criança para o desenvolvimento, definido por
aquilo que a criança não consegue inicialmente realizar sozinha, mas que, com ajuda de outras pessoas
competentes, é capaz de realizar, depois, por si mesma. Andaime descreve uma técnica interativa de
ensinar e aprender, em que os educadores e os pais oferecem vários tipos de apoio durante o aprendizado.
O aluno jamais pode ser visto como alguém que não aprende. Não há aprendizagem que não gere
desenvolvimento; não há desenvolvimento que prescinda da aprendizagem. Aprender é estar com o outro,
que é mediador da cultura. O professor torna-se figura fundamental; o colega de classe, um parceiro
importante; o planejamento das atividades torna-se tarefa essencial; a escola, o lugar de construção
humana.

IMPLICAÇÕES EDUCACIONAIS DA EPISTEMOLOGIA DE JEAN PIAGET.


Os professores precisam observar que os processos cognitivos das crianças são totalmente diferentes
dos processos adultos.
As crianças passam, de forma autônoma e independente, por quatro fases do desenvolvimento: a)
período sensório motor; b) período pré-operatório; c) período das operações concretas; d) período das
operações formais. Piaget ficou convencido de que, além de as crianças e adultos pensarem de maneiras
diferentes, crianças com idades diferentes têm métodos distintos de pensamento
Os professores precisam oferecer tarefas adequadas à fase de desenvolvimento da criança, bem como
estimular o pensamento independente e a criatividade.
A tarefa de um bom professor seria, portanto, dar apoio à criança nesta jornada por estágios,
incentivando o tempo todo a sua criatividade e a imaginação.
O objetivo da educação é criar homens e mulheres capazes de fazer coisas novas, já que a inteligência é
o que você usa quando não sabe o que fazer.
Piaget achava que era essencial entender a formação e evolução da inteligência durante a infância, por
ser a única forma de se chegar a uma compreensão integral do conhecimento humano.
Utilizou o método clínico, isto é, usou técnicas de entrevista psicoterapêutica para fazer as crianças
explicarem suas respostas, tornando-se uma ferramenta em todas as suas pesquisas. Em vez de usar uma
lista de perguntas predeterminadas e impessoais, a flexibilidade do método permitiu que a resposta da
criança determinasse a questão subsequente. Ele (método) requer que o pesquisador ouça enquanto a
criança fala (...), deixando-se conduzir pelas explicações e perguntas formuladas pela criança. Seguindo o
raciocínio infantil, Piaget acreditava que poderia entender melhor os processos em jogo. O professor pode
fazer o mesmo com o aluno.
Impacto da epistemologia genética na educação:
ensino mais focalizado na criança, tanto na teoria como na prática. As crianças só entendem de verdade o
que elas inventam.
as tarefas propostas pelos professores devem refletir e se adaptar o máximo possível ao nível e às
destrezas cognitivas individuais da criança.

IMPLICAÇÕES EDUCACIONAIS DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE JEROME BRUNER.


O campo da psicologia do desenvolvimento foi dominado durante a maior parte do século XX por Jean
Piaget, que explicava o processo de desenvolvimento e amadurecimento do pensamento das crianças em
estágios, como resultado de uma curiosidade natural para explorar o ambiente. A teoria de Lev Vygotsky
também afirmava que as crianças descobrem o sentido por meio da experiência, mas ampliava o
significado da palavra experiência para abarcar também seu aspecto cultural e social. As crianças, dizia ele,
aprendem sobretudo com a interação com as outras crianças.

Na década de 1960, a “revolução cognitiva” ganhava força; os processos mentais eram cada vez mais
explicados pela analogia com o cérebro como um “processador de informação”. Jerome Bruner era figura
central entre os que adotavam essa abordagem e interessado em investigar como a cognição se
desenvolve, passou a estudar processos cognitivos em crianças.
A mente como um processador
Aprendemos as coisas por meio de experiências ativas.
Instruir alguém não é simplesmente dizer-lhes algo, mas, sim incentivá-lo a participar.
Adquirimos conhecimento por meio do raciocínio, construindo sentido a partir da informação.
Essa é uma forma de processar informação.
 Saber é um processo, e não um produto.
Bruner deu início a suas investigações aplicando modelos cognitivos às ideias de Piaget e Vygotsky,
estudou o desenvolvimento cognitivo, tirando a ênfase da construção do sentido e colocando-a no
processamento da informação (os meios pelos quais adquirimos e armazenamos conhecimento). Tal qual
Piaget, Bruner acreditava que a aquisição do conhecimento é um processo que se dá pela experiência;
mas, assim como Vygotsky, considerava esse processo uma atividade social, e não solitária.
Para Bruner, a aprendizagem não pode ocorrer sem ajuda: algum tipo de instrução é essencial para o
desenvolvimento da criança, mas instruir não é conseguir que uma pessoa aloque conhecimentos na
mente. Mas, sim, ensiná-la a participar do processo.
Para adquirir conhecimentos, precisamos participar e raciocinar de maneira ativa, porque é isso que
confere sentido ao que foi aprendido. A psicologia cognitiva vê o raciocínio como o ato de processar
informações, portanto, a aquisição de conhecimento deve ser vista como um processo, não como um
produto ou um resultado final. Precisamos ser incentivados e orientados durante esse processo e, para
Bruner, este é o papel do professor.
Um currículo em espiral
As ideias são primeiro apresentadas de maneira simples e intuitiva
São constantemente revisitadas e reconstruídas de maneira cada vez mais formal....
...e são por fim vinculadas a outros conhecimentos, visando à obtenção de um amplo domínio sobre o
assunto.
Um currículo em espiral seria a melhor opção para as escolas, segundo Bruner. Isso requer revisitações
constantes às ideias, acrescentando-se informações de forma gradual até que a criança atinja um nível
mais alto de entendimento.
Um currículo em espiral é aquele que desenvolve novamente os mesmos tópicos em idades sucessivas e
com diferentes níveis de dificuldade. Nos primeiros anos da escola os alunos são expostos a conceitos mais
simples de uma área em particular; nos anos seguintes são reapresentados a mesma área de estudos, mas
os níveis conceituais se tornam progressivamente mais complexos.
Bruner defende a aprendizagem pela descoberta. Esta parte da premissa de que a formação de sistemas
de codificação genéricos requer a descoberta de relações(captar as relações entre os fatos).
Consequentemente, Bruner defende o uso de técnicas pelas quais as crianças são encorajadas a descobrir
fatos e relações por si próprias.
O trabalho do professor é um verdadeiro trabalho de tradução: da linguagem da ciência para a
linguagem da criança. Para isso, Bruner propõe que o professor utilize a teoria de Piaget, na qual as
possibilidades e os limites da criança em cada fase do desenvolvimento estejam claramente definidos.
O Ponto central do construtivismo é passar o estudante do papel familiar de ouvinte para o de aprendiz
ativo. O construtivismo está em estreita concordância com o argumento de Bruner de que o aluno precisa
construir o conhecimento por si próprio e nas palavras do autor, ele precisa construir significados.

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