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UNIDADE CURRICULAR: Ética e Educação

CÓDIGO: 11017

DOCENTE: António Teixeira e Maria João Ramalheiro

A preencher pelo estudante

NOME: José Ávila da Rocha

N.º DE ESTUDANTE: 2102362

CURSO: CPS - 07

DATA DE ENTREGA: 01-02-2022

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TRABALHO / RESOLUÇÃO:

GRUPO I:

1.

Sendo a Ética a fundamentação teórica do bem, ela constitui a teoria explicativa dos
códigos da ação ou comportamento humanos em sociedade, os quais designamos por
moral. Neste sentido, podemos afirmar que a ética não cria a moral, mas deverá
assumir-se como a sua base normativa, cabendo-lhe clarificar ou retificar os
comportamentos morais efetivos.

A Ética é uma Ciência. De acordo com esta abordagem, a Ética ocupa-se de um


problema próprio – o sector da realidade humana a que chamamos Moral, constituído
por um tipo peculiar de fatos ou atos humanos. Como Ciência, a Ética parte de um
determinado conjunto de fatos, pretendendo descobrir-lhes os princípios gerais.
Enquanto conhecimento científico, a Ética deve aspirar à racionalidade e à objetividade
e proporcionar conhecimentos sistemáticos, metódicos e, no limite do possível,
comprováveis.

A Ética é a Ciência da Moral, ou seja, de uma esfera do comportamento humano. Não


se deve aqui confundir a teoria com o objeto: o mundo da moral. Os princípios, as
normas ou os juízos de uma Moral determinada não apresentam caráter científico. Daí
que se podemos falar numa Ética científica, não o podemos fazer em relação à Moral,
porquanto não existe uma Moral científica, embora exista (ou possa existir) um
conhecimento Moral que pode ser científico. O científico baseia-se no método e não no
próprio objeto.

2.

O carácter variável da definição de Bem relaciona-se com o conteúdo das diferentes


éticas. O fim do comportamento moral é o Bem, para o qual todas as propostas éticas
têm de convergir. Todavia, o modo como o Bem é entendido é passível de variar
significativamente entre as distintas teorias éticas. Assim, o Bom tem sido definido ao
longo dos tempos de modo muito diferenciado como, por exemplo, a felicidade ou o

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prazer, a utilidade, o poder ou a autocriação do ser humano, sem com isso perder a sua
estrutura de valor universal e fim do comportamento moral.

GRUPO II:

1.

O modelo da educação para o desenvolvimento moral, funda-se na teoria cognoscitivo-


estrutural de Lawrence Kohlberg, que parte do pressuposto de que a educação moral se
identifica com o desenvolvimento do raciocínio moral que os sujeitos podem alcançar
por via do diálogo democrático, participativo e solidário sobre dilemas morais, os quais
deverão derivar de situações reais e conduzir à tomada de decisões contextualizadas
sobre o que é justo ou moral. Mas estes dilemas morais por serem simulados e
eventualmente traumáticos, poderão ser inadequados. As estratégias promovidas por
este modelo baseiam-se no reconhecimento e respeito pelos estádios de
desenvolvimento moral de cada sujeito. Manuel Patrício critica este modelo, apontando
e condenando o carácter limite e simulado dos dilemas morais.

O modelo de clarificação dos valores parte de quatro princípios básicos: cabe ao


aluno criar os seus sistemas de valores; a educação moral deve adotar metodologias que
assentam na tomada de consciência dos valores e não no moralismo; deve ser
estimulado o desenvolvimento moral, espontâneo e livre; deve ser respeitado o código
de valores dos outros, num ambiente responsável e tolerante. O papel do professor consiste
em auxiliar os alunos a alcançar posturas axiológicas morais, por meio de um conjunto de
técnicas, de entre as quais sobressaem os diálogos, as folhas de valores, as frases inacabadas e
as perguntas esclarecedoras, sendo também de considerar o role-playing ou a simulação.

2.

O educador tem um papel fundamental na formação ética e moral dos alunos, desde
tenra idade, na transmissão de valores, até se habituarem a interiorizá-los
Ingressar no campo da ética escolar não se afigura tarefa fácil. No contexto atual, de
crise pandémica, onde todos nos encontramos, e em que se presencia uma inversão de
valores, a cultura escolar está impregnada de competição desenfreada, e cabe à escola o
papel de manter viva a preocupação pelo aprender e pelo crescimento integral do
indivíduo. A atenção sobre o aluno deverá, acima de tudo, centrar-se na valorização dos

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seus conhecimentos e experiências, estimulando a crítica, a curiosidade e a flexibilidade
mental.
Apesar do conhecimento científico que se tem desenvolvido no domínio da formação de
professores, nomeadamente na aposta na investigação, o educador tem de se assumir
como um profissional pesquisador, capaz de entender a sua formação como um
processo contínuo de aprendizagem. O professor do presente, e futuro, será aquele que
realizará uma prática pedagógica enraizada em princípios éticos, e que estará sempre a
par dos avanços tecnológicos que lhe exigem cada vez mais saberes e habilidades,
donde resultará uma realidade educativa mais diversificada e adaptada à realidade.
Claro que, a formação ética do educador terá em conta, também, a preocupação com a
formação dos educandos, num esforço continuado de autonomia e independência, no
intuito da educação pelos valores, como atrás referido.
A escola não se restringe à relação pedagógica professor-aluno, mas todos os membros
da comunidade educativa devem fazer parte ativa. Mais do que nunca, os projetos
educativos empenham a escola e a comunidade no seu todo, num esforço e empenho
conjunto.
A ética reflete-se na preocupação da escola na consecução de objetivos para a
autonomia de valores do aluno, ajudando-os a integrar-se, tanto dentro, como fora da
comunidade educativa.
Eticamente, e na ótica do professor, do qual faço parte, a escola tem uma enorme
responsabilidade para com o aluno, com o seu presente e futuro, e constitui mais do que
um meio para veicular valores, para além da família ou outros meios em que esteja
inserido, deve ser fomentar o desenvolvimento do verdadeiro conhecimento, apoiar a
autonomia do educando e a respeitar a sua liberdade.

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BIBLIOGRAFIA:

Dias, J. M. (2004). Ética e Educação. Lisboa: Universidade Aberta.

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