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3 - Meios auxiliares de propagação

3.1 - Reguladores de crescimento


Quando vemos culturas com plantas de grande tamanho, geralmente,
deduzimos que são cultivos saudáveis. No entanto, o crescimento excessivo
das plantas pode causar diversos prejuízos às plantações, desde a diminuição
da qualidade dos frutos até mesmo a perda considerável da produtividade.
Para evitar esses danos, são utilizados os reguladores de crescimento, que
permitem que a planta tenha um tamanho mais funcional e adequado à sua
lavoura.
3.1.1 - O que são os reguladores de crescimento?
Os reguladores de crescimento ou fitorreguladores são substâncias
sintéticas que interferem no balanço hormonal dos cultivos, permitindo
controlar o tamanho das plantas. De forma técnica, isso ocorre porque
esses reguladores inibem a produção e a movimentação da hormona
giberelina.
Basicamente, em condições favoráveis e de adequada disponibilidade de
nutrientes, uma planta pode crescer de forma excessiva. Quando isso
acontece, ela pode trazer muitos prejuízos para as plantações, como por
exemplo um ciclo muito longo, o apodrecimento dos frutos e,
consequentemente, a perda da produtividade.
Portanto, as moléculas dos reguladores de crescimento conseguem reduzir a
altura das plantas e o comprimento dos ramos, facilitando o maneio, os
tratamentos culturais e a colheita. Além disso, o uso desses reguladores
permite aumentar os rendimentos das plantações.
3.1.2 - Principais cuidados no uso de reguladores de crescimento
Alguns cuidados devem ser tomados no momento da tomada de decisão
sobre a aplicação dos reguladores de crescimento nas plantações:
a) Atenção à quantidade da dose utilizada
b) A melhor forma de fazer a aplicação
c) Época de aplicação.

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3.2 - Hormonas de enraizamento
São conhecidos como hormonas de enraizamento ou fitohormonas, e é mais
uma categoria na lista de fertilizantes e insumos agrícolas que podemos
utilizar para potencializar o desenvolvimento das nossas plantas.
Essas substâncias são capazes de atuar diretamente nos processos básicos de
divisão celular, produzindo rápidas mudanças na planta quando
combinadas com nutrientes.
3.2.1 - Como funcionam as hormonas de enraizamento
Os principais fitohormonas que atuam na produção de raízes em estacas são
de natureza auxínica (auxinas). De entre eles, podemos encontrar
naturalmente (ácido indolacético) ou obtidos sinteticamente, como o ácido
indolbutírico.
Quando temos estacas sem raízes, a utilização deste tipo de hormonas de
enraizamento favorece que qualquer botão situado na base da estaca comece
a emitir pêlos brancos absorventes.
Essa emissão pode ser conseguida naturalmente com humidade
(submergindo uma estaca em água ou em um substrato bem hidratado), mas
com essa hormona de enraizamento o processo é acelerado e a taxa de
sucesso aumenta consideravelmente.
3.2.2 - Tipos de hormonas de enraizamento
As principais hormonas de enraizamento que podemos usar para aumentar a
emissão de raízes numa estaca são de origem auxínica, as principais são:
a) Ácido indol butírico (IBA)
b) Ácido indolacético (IAA)
c) Ácido Naftalacético (ANA)
3.2.3 - Como usar hormonas de enraizamento
Há produtos destinados à formação de raízes em estacas. Os que apresentam
maior eficiência são aqueles que contêm as hormonas mencionadas,
sozinhos ou misturados com outros nutrientes e componentes.
Fórmulas comerciais de maior sucesso para essas hormonas de
enraizamento:
• Fórmula 1: 0,1-0,2% ANA (ácido naftalacético) + 0,05% IBA
(ácido indolebutírico)

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• Fórmula 2: Ácido Indolbutírico 0,33%
3.2.4 - Hormonas de enraizamento caseiros
água de salgueiro
O salgueiro e várias plantas do gênero Salix, como o salgueiro-chorão,
contêm um composto natural que promove o crescimento das raízes,
conhecido como rizocalina .
Para preparar este líquido, um procedimento simples é:
• Ramos de salgueiro cortados no tamanho de 1 cm.
• Cozinhe em temperatura baixa em água por 10 minutos.
• Deixe a mistura descansar por 24 horas.
• Coe o líquido, que é o que usaremos como agente de enraizamento.
Algas marinhas
As algas marinhas são conhecidas por conter diferentes compostos naturais
e diferentes fitohormonas (auxinas, giberelinas, citocininas, ácido salicílico,
jasmonatos, etc.) e poliaminas.

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