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David Bombi

Moisés Wuhigo Cuamba

Hormonas de plantas

Licenciatura em Zootecnia

Universidade Save

Chongoene
2022

David Bombi

Moisés Wuhigo Cuamba

Hormonas de plantas

Trabalho e investigação científica a ser


apresentado entregue no Departamento de
Medicina Veterinária e Zootecnia para efeito
de avaliação na cadeira de Botânica e
Fisiologia Vegetal, sob orientação do PHD.
Simião Balane

Universidade Save
Chongoene

2022

Índice
1.0. Introdução.................................................................................................................7

1.1. Objectivos.................................................................................................................7

1.1.1. Geral..............................................................................................................7

1.1.2. Específicos.....................................................................................................7

1.2. Metodologia..........................................................................................................7

2.0. Referencial teórico....................................................................................................8

2.1. Harmónios vegetais...............................................................................................8

3.0. Principais harmónios vegetais..................................................................................8

3.1. Auxinas.................................................................................................................8

3.2. Giberelinas............................................................................................................9

3.3. Citocininas..........................................................................................................10

3.4. Etileno.................................................................................................................11

4.0. Constatações...........................................................................................................13

5.0. Referências bibliográficas......................................................................................14


1.0. Introdução

O presente trabalho visa debruçar acerca de harmónios das plantas, Pois é uma substância
química biologicamente activa, produzida por uma planta que, em baixas concentrações
(10-15 a 10-9 M) regula determinados processos fisiológicos, sendo em geral produzida
em uma certa parte da planta e translocada para promover a acção em outra parte, e esses
harmónios ou fitormónios são, portanto, substâncias naturais produzidas pelo próprio
vegetal.

As plantas para se desenvolverem é necessário vários processos que são controlados de


forma contínua pelos chamados harmónios vegetais ou fitormônios. Eles são produzidos
em determinadas células e transportados para seus locais de actuação.

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral

 Descrever as hormonas presentes nas plantas

1.1.2. Específicos

 Carracterizar a função dessas hormonas vegetais


 Conhecer a manifestação de diferentes tipos de hormonas das plantas.

1.2. Metodologia

Esse estudo recorreu a revisão de literatura para examinar questões a volta dos hormonas
vegetais. Neste sentido consideram que esse procedimento metodológico usa livros,
artigos científicos, relatórios, publicados por meios electrónicos, página de web e sites,
que abordam sobre um assunto, com objectivo de recolher conhecimentos sobre o tópico.
2.0. Referencial teórico

2.1. Harmónios vegetais

Os harmónios vegetais ou fitormônios são substâncias produzidas pelas plantas e que


actuam na regulação do seu desenvolvimento e crescimento.

A função dos harmónios é actuar como mensageiros químicos entre células, tecidos e
órgãos das plantas.

Eles possuem acção mesmo em pequena quantidade.

Os harmónios actuam em locais específicos, com objectivo de desencadear uma acção ou


processo vegetal.

Geralmente, são conduzidos até ao seu local de actuação pelo xilema e floema, porém,
podem actuar no mesmo local onde foram produzidos.

3.0. Principais harmónios vegetais

3.1. Auxinas

As auxinas constituem a primeira classe de harmónios vegetais descoberta. As auxinas


são produzidas nas extremidades dos coleóptilos de gramíneas e nas pontas dos caules de
diversas plantas. Como também nos meristemas de folhas jovens, de frutos e sementes.

De modo geral, actuam no desenvolvimento das gemas laterais,  tropismos e no


desenvolvimento de frutos, sua acção característica é o alongamento e expansão celular,
promovendo o crescimento de raízes e caules.

Porém, essa condição é determinada pela quantidade de harmónio. Em altas


concentrações, inibem o alongamento celular.
O movimento da auxina é chamado de unipolar, pois é unidireccional, do ápice dos
meristemas em direcção à base de folhas, caules e pontas de raízes. Esse tipo de
transporte requer energia e não é influenciado pela gravidade.

Mecanismo de acção

Seu mecanismo de acção envolve, num primeiro momento, a ligação a um receptor específico,
seguido da activação de uma ou mais vias de transdução de sinais, desencadeando então a
resposta celular.
3.2. Giberelinas

Actualmente, existem mais de 137 tipos de giberelinas. A mais conhecida é o ácido


giberélico

As giberelinas são produzidas em meristemas apicais do caule e raiz, em folhas jovens,


no embrião da semente e nos frutos.

A classe das giberelinas controla vários aspectos do crescimento e desenvolvimento das


plantas. Elas actuam no alongamento do caule, no crescimento de raízes e frutos e
na germinação de sementes.

O embrião da planta jovem produz giberelinas que estimulam a semente a sintetizar


enzimas digestivas. Essas enzimas degradam moléculas orgânicas armazenadas no
endosperma. Como resultado dessa degradação são liberados açúcares e aminoácidos
para o embrião.

Actualmente, existem mais de 137 tipos de giberelinas. A mais conhecida é o ácido


giberélico. O embrião da planta jovem produz giberelinas que estimulam a semente a
sintetizar enzimas digestivas.
3.3. Citocininas

As citocininas são abundantes em locais com grande actividade de proliferação celular,


como sementes em germinação, frutos e folhas em desenvolvimento e ponta de raízes.

Em associação com auxinas actuam na divisão celular e no controle da dominância


apical. Neste caso, sua relação é antagónica, com a auxina inibindo o crescimento de
gemas laterais, enquanto a citocinina promove esse crescimento.

As citocininas também são responsáveis por retardar o envelhecimento da planta. Esses


hormônios são produzidos nos meristemas das raízes, folhas e frutos jovens, além de
sementes em desenvolvimento.

O transporte de citocinina para as diversas partes do vegetal é feito principalmente pelo


xilema (raiz – parte área) e seu retranslocamento é realizado via floema.

Na divisão celular e desenvolvimento vegetal, as células recém formadas normalmente se


expandem e se diferenciam para assumir sua função (transporte, sustentação,
armazenamento, fotossíntese.
3.4. Etileno

O etileno é um harmónio gasoso e é produzido em quase todos os tecidos vegetais em


resposta ao estresse.

Ele promove vários efeitos nas plantas, como a germinação de sementes e a senescência.

Outro efeito que quando se fala do etileno sempre é um dos mais relevantes é sua acção
no amadurecimento de frutos e na abscisão de folhas, flores e frutos.

Devido a esses efeitos, esse harmónio é muito utilizado na agricultura, sendo aplicado
em frutos para facilitar a colheita mecânica e no amadurecimento de frutos quando
colhidos verdes.

Esse harmónio desencadeia uma série de reacções que ocasionam mudança de cor do
fruto, bem como amolecimento da parte carnosa e aumento do metabolismo de açúcares.

O etileno actua também deixando o fruto mais chamativo e saboroso.

Esse harmónio e a auxina possuem acções antagónicas. Enquanto o etileno estimula, a


auxina inibe.
No processo de abscisão, o etileno faz com que enzimas sejam liberadas e estas irão agir
dissolvendo as paredes celulares no local de abscisão.

Já a auxina actua reduzindo a sensibilidade das células ao etileno.

O etileno também desempenha um papel importante na família Cucurbitaceae, família da


abóbora, pepino, melancia, por exemplo.

Esse harmónio está associado com o aparecimento de flores femininas nessas plantas. Ele
participa, portanto, da regulação da expressão sexual nessa família.

3.5. Ácido abscísico

O ácido abscísico é produzido nas folhas, coifa e caule. Ele é produzido nas raízes e
transportado via xilema.

O ácido abscísico é um inibidor do crescimento das plantas. É responsável pelo bloqueio


do crescimento das plantas durante o inverno.

Actua também na dormência de sementes, impedindo que germinem de forma prematura.

Sintetizado por quase todas as células, tendo papel importante para as plantas que passam
por situações de estresse, como grandes períodos de seca.
4.0. Constatações

Findo a realização do presente trabalho pudemos constatar que os harmónios possuem


efeitos tanto estimuladores como inibidores nas células. Além disso, o mesmo harmónio
pode desencadear respostas diferentes de acordo com o tecido ou fase de
desenvolvimento da planta. Certos harmónios podem interferir na síntese ou na
transmissão de sinal de outro harmónio.

Uma concentração hormonal muito baixa é suficiente para a activação dos seus efeitos,
entretanto essa concentração vária em função da sensibilidade de cada tecido.

Dessa forma, os vários tipos de tecidos podem necessitar de diferentes quantidades de


harmónios para que as respostas fisiológicas e de desenvolvimento ocorram.

A acção dos harmónios dentro das células pode ser através de modificações em
moléculas presentes nas vias metabólicas ou directamente no DNA, activando ou
reprimindo genes e, com isso, interferindo na síntese de proteínas.
5.0. Referências bibliográficas
 Albuquerque, lA.S.; Vieira, S.M.N.S. 1988. Efeito da cianamida hidrogenada na brotação
da videira cv. Itália na região semi-árida do Vale do São Francisco. In: Congresso
Brasileiro de Fruticultura, 9., 1987, Campinas, SP. Anais ... Campinas: SBF, 1988, v.2,
p.739-744.
 Leão, P.C.S.; Assis, l S. 1999. Efeito do ethephon sobre a coloração e qualidade da uva
Red Globe no Vale do São Francisco. Revista Brasileira de Fruticultura 21: 84- 87.
 Pommer, c.v., Murakami, RN., Pires, E.lP.; Terra, M.M.; Nagata, RK. 1999.
Aprimoramento da técnica de supressão de sementes por estreptomicina em cultivares
de uvas finas. Revista Brasileira de Fruticultura 21: 123-127.
 Raven, P.H.; Evert, RF.; Curtis, H. 1976. Biologia Vegetal, 2ª Edição. Rio de Janeiro:
Editora Guanabara Dois, 724p.

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