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I.

Introdução

Ao longo de muitos anos o professor foi visto como um difusor de idéias incontestadas, como
um profissional passivo, que apenas deveria repassar conhecimentos aos seus alunos, sem
preocupar-se com a prática desenvolvida, nem com a contribuição da mesma para o avanço ou
retrocesso da aprendizagem dos discentes.
1. Práticas pedagógicas

As práticas pedagógicas incluem desde o planejamento e a sistematização da dinâmica


dos processos de aprendizagem até a caminhada no meio de processos que ocorrem para
além da aprendizagem, de forma a garantir o ensino de conteúdos e atividades que são
considerados fundamentais para aquele estágio de formação do aluno.

2. Relação estabelecida entre o ensino e a Supervisão Pedagógica na formação de


professores

A supervisão pedagógica é uma das actividades de ensino que garante o bom funcionamento
da escola, potenciação das destrezas do professor e a resolução de eventuais problemas que
enfrenta no processo de ensino – aprendizagem.

3. Diferentes visões de Educação que podem reflectir-se nas Práticas Pedagógicas.

Uma educação flexível é a chave para melhorar a aprendizagem dos alunos em toda a escola.
Por isso, é importante conhecer novas práticas pedagógicas em sala de aula e ações para
melhorar o desempenho dos alunos. A maior parte delas coloca o estudante como ponto
principal na construção do conhecimento. Assim, cada estudante é capaz de trilhar o seu
próprio sucesso.

Pensando nesse estímulo, no post de hoje mostraremos 4 visões da práticas pedagógicas em


sala de aula.

1) Prática pedagógica de empoderamento do aluno

A ideia do empoderamento do aluno aborda o desafio de mudar a base de interação entre


educador e aluno. Com isso, a ideia é envolver os alunos de forma mais ativa no processo de
aprendizagem. Assim, haverá o processo de remodelar o aprender, o lecionar e a escola como
um todo.

Essa prática pedagógica aplicada em sala de aula é sustentada pelo conceito da flexibilidade.
Afinal, ela promove uma mudança nas relações entre professor e aluno. Além disso, ela
conecta estudantes e educadores no esforço de recriar os paradigmas da educação.

2) Educação voltada para o futuro

A educação voltada para o futuro é uma das práticas pedagógicas que transmite uma visão
preocupada com a capacitação dos alunos. Afinal, o aluno precisará pensar de forma crítica e
criativa em relação às perspectivas futuras e tecnologias atuais. Com isso, será possível gerar
visões alternativas de possíveis problemas e a resolução dos mesmos.

O objetivo com essa prática é melhorar as perspectivas humanas e qualidade de vida. Tudo
isso por meio do desenvolvimento de habilidades e capacidades que irão ajudá-los nos
prováveis cenários futuros. Aliás, sem deixar de lado as mais recentes tecnologias.
3) Descolonização da educação

Essa prática pedagógica em sala de aula está preocupada com a desconstrução de quadros
pedagógicos dominantes. Esses quadros promovem visões de mundo singulares. Portanto, a
ideia aqui é ampliar a compreensão intercultural e experiências dos alunos.

Tem como objetivo uma aprendizagem voltada para a incorporação da diversidade. Isso inclui
esforços para internacionalizar o currículo estudantil por meio de exemplos globais. Além
disso, a prática buscar estender a alfabetização intercultural, melhorando a capacidade de
pensar e trabalhar com diferentes perspectivas culturais e sociais.

4) Cruzando fronteiras

A ideia de cruzar fronteiras envolve a tomada de abordagens integradoras e sistêmicas para o


conhecimento e aprendizagem. Afinal, a prática reconhece a necessidade de transcender os
pontos disciplinares unifocais do ensino, enraizados nos sistemas estudantis.

Novas práticas pedagógicas em sala de aula são importantes para questões críticas sobre
modos de participação no ensino-aprendizagem. Dentro deste contexto, novas ideias devem
ser exploradas com foco na construção da capacidade dos alunos em antecipar e se envolver
com o futuro. Assim, será possível melhorar seu desempenho e navegar através da
complexidade, incertezas e mudanças do mundo real.

4. Tipos de instituições educativas na minha região e descrevê-las fisicamente. Falar da


função social dessas instituições.
4.1.Família

Essa instituição é a primeira com a qual o indivíduo tem contato. É uma instituição de
socialização primária que vai propiciar à criança as primeiras normas básicas de convívio social
e de socialização existentes. A criança aprende no convívio familiar as primeiras noções de
coesão social, como amor, fraternidade e amizade. Também é nessa instituição que os
indivíduos aprendem o valor da coesão social como forma de unir os membros de uma
sociedade e assim garantir a sobrevivência do corpo social.

Outro importante elemento que a criança depreende da família é o aprendizado do idioma por
meio da convivência familiar. A língua é de extrema importância para a constituição da
sociedade, pois ela garante a permanência da coesão social.

São apresentadas à criança pela primeira vez no seio familiar. São essas: o respeito às normas
sociais, os valores morais, e o valor do trabalho e da educação (para sociedades pós-
capitalistas, o trabalho é um dos pilares fundantes do bom funcionamento social).

4.2.Igreja

A religião é, importante elemento que garantirá uma unidade de pensamento religioso que
reforça a coesão social. A Igreja é a transformação dos valores religiosos em uma instituição
social capaz de unir indivíduos de uma mesma crença num corpo coeso.
NasNas sociedades, os valores morais são reforçados por ensinamentos religiosos promovidos
pela Igreja, que passa aos seus fiéis noções de bem e mal, ações corretas e incorretas, além de
garantir uma certificação religiosa oficial a outra grande instituição de socialização primária,
que é a família.

4.3.Escola

Muito além de ensinar conteúdos específicos das disciplinas científicas, linguísticas e


filosóficas, a escola é o lugar de ensinamento das normas sociais de maneira mais aprofundada
e oficial.

As escolas são as primeiras instituições disciplinares com as quais os indivíduos têm contato.
Elas confinam as crianças em um espaço fechado com um corpo de regras e uma rígida
hierarquia que deve ser seguida. A finalidade da escola vai além do ensino de conteúdos,
porque ela é o espaço oficial em que uma sociedade capitalista adestra os indivíduos para a
reprodução do modo de vida capitalista. A escola é uma instituição social disciplinar.

4.4.Trabalho

Como uma extensão da escola, o trabalho é o modo de impor ao indivíduo uma


disciplinarização mais profunda dos corpos, além de ser a reprodução, por excelência, dos
padrões de vida impostos pelo capitalismo.

Trazendo à nossa análise as teorias do sociólogo francês Émile Durkheim, o trabalho é uma
instituição social que promove a coesão dentro dos núcleos separados das sociedades
capitalistas, algo que o pensador chamou de solidariedade orgânica.

4.5.Estado

O Estado é a instituição social oficial por excelência, pois reúne o corpo jurídico, legislativo e
constitucional que estabelece as normas sociais vigentes, que, em uma sociedade
politicamente liberal e democrática, são acordadas por todos os cidadãos (ao menos na
teoria). Além disso, o Estado promove uma imensa coesão social, pois une os membros de
uma sociedade que compartilha o mesmo idioma, território, sentimento de pertencimento
nacional (a noção de nação é inseparável da noção de Estado moderna) e valores morais
parecidos.

O Estado é a maior instituição social que cerca um indivíduo e é a instituição com maior poder
de coerção e ajustamento dos padrões de comportamento. Segundo Max Weber, o Estado
tem o poder de punição e ajustamento de conduta pela força que nenhuma outra instituição
social possui.

5. A função de um professor no Ensino à Distância

O papel do professor no ensino EAD tem como função mediar e criar situações didáticas que
satisfaçam as necessidades e interesses dos alunos, mobilizando-os a lidarem com projetos e
situações de aprendizagem em ambientes virtuais. Este profissional desempenha um papel
social ao fazer o contato inicial com a turma.
6. Os aspectos que devem ser valorizados no Ensino à Distância
 Disciplina.
 Organização.
 Motivação e proatividade.
 Curiosidade e autonomia.
 Familiaridade com a tecnologia.

7. A Escola é uma organização complexa

Em suma, na escola como organização complexa se articulam as várias instâncias burocráticas


enunciadas anteriormente, incluindo a inevitável Associação de Pais e Mestres e o aluno,
objeto supremo da instituição, conforme o tom dos discursos solenes em épocas não menos
solenes.

8. Importância do conhecimento das leis e regras dos estabelecimentos escolares na


melhoria do relacionamento e da qualidade profissional docente

A docência requer qualidades profissionais por parte do professor e a formação deve habilitá
-lo a ter consciência plena destas qualidades e sua relação com a comunidade escolar e a
sociedade em geral. A formação psicopedagógica é o alicerce para o desenvolvimento das
competências que caracterizam o perfil do professor.

Assim, o professor precisa de aperfeiçoar o seu conhecimento técnico-científico, para além de


consultar os documentos normativos que regem a boa conduta na sua actividade profissional,
que ajudam a promover essa conduta junto aos alunos, colegas, pais e encarregados de
educação e a comunidade em geral. Por isso, recomenda-se a consulta de decretos e leis, tais
como, a Lei da Família (Lei nº 10/2004), a Lei contra a violência doméstica (Lei nº 29/2009), a
Política de Género e Estratégia de sua Implementação, a Estratégia Nacional para o combate
aos casamentos prematuros, entre outras.

9. Os aparelhos ideológicos nas escolas

Althusser (1970) apresentou em sua obra importantes contribuições para a compreensão da


realidade social e dos aparelhos repressivos e ideológicos que nela agem. Inicialmente, faz-se
importante ressaltar que, para ele, o Estado é um meio de repressão onde a burguesia
assegura sua dominação frente à classe operária, para submetê-la ao processo da extorsão da
“mais valia”, ao processo da exploração capitalista declarada. Assim, o Estado é um aparelho
repressivo, executando a repressão por meio de seus mais variados órgãos como polícia,
tribunais, presídios, a serviço das elites frente ao proletariado, tendo por função a reprodução
do modo capitalista de produção

o A ideologia utilizada pelos AIE


o Ideologia das elites dominantes
o A deologia burguesa capitalista.
o Quem controla os ARE e os AIE são as elites capitalistas dominantes, reproduzindo o
poder repressivo e ideológico existente a fim de manter a propriedade privada e o
trabalho assalariado. O papel do ARE consiste em garantir, pela força física ou não, as
condições apropriadas para a reprodução das relações de produção que nada mais são
do que relações de exploração (ALTHUSSER, 1970).

10.

11. Conclusão

Diante do exposto, é de suma importância a resignificação da prática pedagógica, partindo da


concepção da reflexão como um instrumento que irá nortear o trabalho do professor, e irá
favorecer a aquisição de uma nova postura frente aos problemas por ele enfrentados no seu
cotidiano, norteando seu trabalho em torno de uma prática que favoreça a aquisição de
competências significativas em seus alunos ? a prática pedagógica crítico-reflexiva.

12. Bibliografia
ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2003.

CONTRERAS, José. Autonomia dos professores. São Paulo: Cortez, 2002

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio Século XXI escolar: O minidicionário da


Língua Portuguesa. 4 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.

IBIAPINA, Ivana Maria Lopes de Melo. Pesquisa colaborativa: investigação, formação e


produção de conhecimentos. Brasília: Líber Livro Editora, 2008.

PERRENOUD, Philippe. A prática reflexiva no ofício do professor: Profissionalização e Razão


Pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2002.

SHÖN, Donald. Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a


aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2000.

VÁSQUEZVÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Filosofia da práxis. São Paulo: Expressão Popular, 2007.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. A prática pedagógica do professor de didática. 11ª Ed.
Campinas, SP: Papirus, 2007.

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