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AULA 5
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presentes no PPP, pois a escola é lugar de socializar o conhecimento; logo, os
sujeitos da educação devem ter acesso ao conhecimento que é produzido pela
sociedade, e que na escola perpassa diretamente pelos conteúdos das
disciplinas, organizadas seriadamente.
Imprescindível nesta organização compreender os conteúdos de forma a
relacioná-los interdisciplinarmente, contextualizados com a realidade em que
os sujeitos vivem.
O currículo é uma construção coletiva de conteúdos universais que
promovem a qualidade da aprendizagem de todos os indivíduos, e para isso se
faz necessário garantir igualdade no atendimento dos alunos, mesmo que por
diversos caminhos, resultando num espaço educativo que gera conhecimento e
cultura.
Devemos pensar que em tempos de gestão democrática o currículo é
um documento que expressa acima de tudo um projeto social com os reflexos
culturais de um povo. Nesse sentido, a escola atua como uma fonte de
mediação entre o conhecimento e a sociedade, sendo o professor responsável
por fazer a ponte entre o conhecimento e o aluno, e o conhecimento por si só
torna-se uma via de promoção e humanização do indivíduo para a
transformação social.
Como já apontamos, currículo pressupõe planejamento, e por meio da
gestão democrática alcança seu auge com todos participando em torno da sua
produção.
O processo de gestão democrática da escola pública implica práticas de
gestão com novos significados. O ordenamento jurídico é a lei de Diretrizes e
Bases da educação nacional (Lei n. 9.394/96 – LDBEN), que está em
conformidade com o que propõe a Constituição Federal de 1988, e reforçado
nos planos nacionais de educação.
Essas legislações apontam para a educação e o seu planejamento com
envolvimento da escola para a promoção da autonomia da escola e a união da
comunidade do entorno para participação e decisões coletivas.
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Figura 1 – Trabalho pedagógico
ELEMENTOS DA
ORGANIZAÇÃO DO
TRABALHO PEDAGÓGICO
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O currículo, portanto, é um instrumento de elevado poder na preparação
do indivíduo para a intelectualidade, a pluralidade, a cultura, a política e a
profissão; eis a função social da escola e a sua importância na transformação
da sociedade.
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É importante perceber que os elementos que estruturam o currículo vão
muito além do simples movimento de conteúdos. Aqui apontamos dois como
fundamentais, tempo e conteúdo, mas ainda vamos pensar nas questões do
espaço físico escolar onde o conteúdo acontece, nas classificações dos alunos,
nas regras de comportamento e nas relações pessoais estabelecidas entre
alunos e professores, entre professores e equipe diretora, entre funcionários e
professores e alunos, e entre cada segmento que compõe a escola. E por fim,
dentro do processo de ensinar, vamos tratar das ideologias e filosofias que
permeiam esse currículo e dos sistemas de avaliação.
A complexidade da estrutura curricular é extremamente importante de
ser analisada, compreendida, digerida, refutada ou substituída, quando
necessário. Um planejamento profícuo de toda essa orientação que permeia o
espaço escola, e que está dentro das questões curriculares, é fundamental,
pois sabemos que não é a mesma coisa aprender sobre determinado conteúdo
dentro ou fora da escola. O currículo é isso: é um projeto de conhecimento e
cultura que se pretende oferecer a uma população.
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Identificar a dimensão funcional da escola e sua determinação no campo
curricular é extrapolar o conceito de currículo para além do que ocupa o tempo
escolar; é algo muito maior do que conteúdo ou área que serão ensinadas. Se
apenas se contivesse dentro desse fractal, não poderia relacionar nada como
educação para a cidadania ou direitos humanos, e menos ainda educar para a
sensibilidade perante o mundo que vive e o preparar-se para ele.
A educação serve para desenvolver o ser humano em todas as suas
capacidades como indivíduo e como membro da sociedade, sua mente, corpo
e espírito; “portanto, as funções da educação escolarizada, são mais amplos do
que aquilo que normalmente se reconhece como os conteúdos do currículo.
Essa observação serve para não perder de vista aspectos essenciais pelos
quais devemos velar nas escolas e nas aulas”. (Sacristán, 2013, p. 24)
Os currículos são complexos, variando de países no momento de sua
elaboração, sendo distintos de acordo com as especificidades que existem
dentro do sistema educacional. A dimensão funcional da escola é caracterizada
pela forma de utilização dos seus espaços, e emerge como um lócus
fundamental para a construção do indivíduo e para ele próprio, ao mesmo
tempo que emerge para a evolução da humanidade. A escola em si é uma
instituição social permeada por objetivos e metas, empregando e reelaborando
todo o conhecimento que é socialmente produzido.
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exemplo a dedicação dos profissionais da educação de estar sempre
capacitados, acompanhando as mudanças que coadunam com o campo do
trabalho. A ordem maior é poder criar um vínculo entre o que a escola ensina e
aquilo que o aluno vive fora dela.
O campo curricular colabora para a dimensão funcional da escola
quando consegue unir esse conhecimento que a escola produz e o que o aluno
já conhece. Os conteúdos curriculares, nesse sentido, estabelecem uma
relação entre teoria e prática, ou seja, a escola contextualiza o currículo dando
sentido à vida para além dos escolares. O professor, nesse sentido,
desenvolve competências que ajudam a conduzir o aluno a interagir com seu
meio.
Não obstante essas questões de interação curricular, não se pode
esquecer que as questões escolares estão estritamente ligadas à qualidade na
escolaridade, ou seja, a escola necessita ser um local que transmite conteúdo
sem engessar e reproduzir, pois deve auxiliar na percepção das concepções de
mundo para a construção da cidadania e responsabilização pela composição
da sociedade.
Formar o aluno para a sociedade atual é a função social da escola, que
deve permear todo o processo de ensino aprendizagem e estar contido no
currículo individualizado de cada escola.
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pedagógica. Por isso a estrutura da escola deve assumir uma forma
democrática que favoreça a vontade dos sujeitos envolvidos no
processo pedagógico. (Paro, 2008, p. 130)
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humano queremos formar? – envolve a intenção política de currículo para a
formação humana.
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conhecimento, um documento que regula e normatiza aquele lócus de trabalho.
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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