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CONSTRUÇÃO DE PROJETOS PEDAGÓGICOS E TECNOLOGIAS APLICADAS A DOCÊNCIA

Sumário

MÓDULO 1- Planejamento Educacional

O principal elemento do planejamento: a racionalidade, que é também principal elemento distintivo da condição
humana. Pensar antes de agir. Organizar a ação. Adequar meios a fins e valores. Estas expressões sintetizam o
conceito de planejamento, considerando-o uma técnica, uma ferramenta para a ação, de natureza flexível,
possibilitando alterações no percurso. Coloca-se esta questão dentro do que se convenciona chamar de visão
instrumental do planejamento, destacando-se seu aspecto utilitário, a partir das necessidades, anseios, ideias,
desejos e transformações, com a previsão de meios e recursos disponíveis para atingir os objetivos.

1.1 Percurso Histórico

Na história da educação brasileira, o planejamento educacional, apresenta indícios a partir da década de 1930,
apresentam-se elementos de planificação e sistematização da educação pelo poder estatal, considerando que
anteriormente a este período cabia à Igreja a intervenção e organização da educação no país. Destaca-se ainda que o
principal mote do planejamento educacional no Brasil é considerar a educação como instrumento de controle, de
desenvolvimento econômico e social, voltado para os interesses da política vigente e das classes e grupos
dominantes. Após iniciativas e medidas legais que evidenciaram o planejamento educacional no Brasil, a partir de
1988, verifica-se a lógica da descentralização e da gestão democrática por uma educação de qualidade para todos,
apontando para o planejamento participativo. No entanto, a globalização e a política neoliberal, continuará
influenciando diretamente no planejamento e organização do sistema educacional brasileiro

1.2 A Construção do Planejamento Educacional

O planejamento participativo é, de fato, uma tendência no campo educacional, visto como um conjunto de
propostas de ferramentas de intervenção na realidade. O planejamento participativo não se encerra por definir
coletivamente a organização dos conteúdos, mas se refere principalmente à organização coletiva e sistematização
dos resultados que pretender buscar, em relação aos seus alunos, às suas realidades sociais, e a partir disto a
avaliação detalhada da prática educativa e docente, seja propositiva para práticas alternativas influentes na
construção e transformação social.

Concluímos, com a certeza que ação do planejamento participativo na elaboração dos planos/projetos das
instituições educativas é uma tarefa complexa, mas necessária, já que buscamos uma educação balizada na
construção e/ou transformação de uma sociedade de fato democrática, mais justa, mais humana, e que acolha e
respeite as diferenças e a diversidade.

MÓDULO 2-. Projeto Político Pedagógico (PPP)

Neste item revisamos os conceitos do módulo 1 referentes às definições de planejamento, plano, programa, projeto,
ação. Reiteramos que a concepção que vamos seguir é a de planejamento educacional participativo democrático e
coletivo, e assim poderemos aprofundar nossa discussão de projeto político pedagógico como instrumento de
transformação e mudança nas unidades educacionais brasileiras.

Quanto às definições de plano, projeto, programa, EVANGELISTA, (2010) em seu artigo esclareceu a diferenciação:
Plano – é o documento, a materialização do planejamento, o registro da escrita dos elementos e objetivos a serem
alcançados. Projeto – do latim projectu, significa lançar para frente uma ideia. O projeto é a menor unidade do
planejamento, com fins, objetivos e metas a serem alcançados em função de uma necessidade, um problema.
Programa – é um conjunto de projetos, de propostas operacionalizadas, desenvolvidos para o alcance de metas.
2.1 O Projeto Político Pedagógico como Inovação Emancipatória

Esclarecemos sobre a inovação regulatória e emancipatória, como características que podem acompanhar o projeto
político pedagógico. Diferenciando-as, resumidamente, a primeira está ligada à inovação técnica que o projeto
político pedagógico pode representar, considerando este como um documento organizado, pronto e acabado sem a
participação de seus atores. Já a segunda refere-se à inovação que o projeto político pedagógico pode oportunizar se
for considerado como o plano integral da instituição, elaborado a partir da perspectiva democrática com a
participação de todos os sujeitos envolvidos, bem como a expressão e efetivação de práticas sociais transformadoras

2.2 Princípios Norteadores do Projeto Político Pedagógico

2.3 A Identidade da Escola

No Brasil partir de 1988, com a promulgação da Constituição verifica-se a lógica da descentralização e da gestão
democrática. Em decorrência a LDBEN 9394/96, pautada em princípios democráticos, aponta por uma educação de
qualidade para todos. Uma das novidades da LDB estudadas neste módulo foi a introdução do projeto político
pedagógico, como ferramenta do planejamento educacional participativo, visando maior autonomia às unidades
educacionais brasileiras.

2.4 Currículo Escolar

MÓDULO 3 - Metodologia de Trabalho para a Elaboração do Projeto Político Pedagógico

Neste item refletimos sobre os princípios norteadores do projeto político pedagógico. São eles: - igualdade de
condições de acesso e permanência, qualidade, gestão democrática, liberdade, valorização do magistério. E também
sobre os objetivos e finalidades da escola públicas propostos por Sacristan: fundamentação da democracia, estímulo
ao desenvolvimento da personalidade do sujeito, difusão e incremento do conhecimento e da cultura em geral,
inserção dos sujeitos no mundo e custódia, cuidado dos mais jovens.

3.1 Planejamento Pedagógico na Perspectiva da Gestão Democrática

Aprendemos neste item - marco referencial - a escola que queremos -, e durante esta indicação o grupo de atores e
autores o projeto da escola vão levantando o diagnóstico e as necessidades, definindo as ações para alcançar onde
se quer chegar. Começamos a delinear uma estrutura de projeto político pedagógico ao conhecermos os elementos
constitutivos do projeto, segundo VEIGA (2002, p.22): - finalidades da escola - estrutura organizacional - currículo -
tempo escolar - processo de decisão - relações de trabalho – avaliação

Apresentamos neste item uma sugestão de proposta de organização de projeto político pedagógico, segundo
Padilha. São os componentes desta proposta: - identificação do projeto - histórico e justificativa - objetivos gerais e
específicos ( proposta curricular ) - metas - desenvolvimento metodológico e recursos - cronograma - avaliação -
conclusão

3.2 A Construção da Proposta Pedagógica

Toda escola deve ter uma alma, uma identidade, uma qualidade que a faz ser única para todos que nela passam uma
parte de suas vidas...Esse vínculo cognitivo e afetivo deve ser construído a partir das vivências propiciadas a toda a
comunidade escolar. O projeto político pedagógico, em construção coletiva, dialógica e participativa deve contribuir
para criar ou fortalecer a identidade da escola. O currículo é um meio de atribuição de sentido às diversas atividades
realizadas no interior da escola, por ser intencional e sistemático, implicando na elaboração e realização de todo o
programa de experiências pedagógicas, incluindo a avaliação a serem vivenciadas em sala e demais espaços da
escola.

MÓDULO 4 - Da Educação Tradicional às Novas Tecnologias Aplicadas à Educação: percurso histórico


A história da tecnologia como elemento fundamental para a evolução do ensino aprendizagem trouxe mudanças
constantes e necessárias para atender as transformações culturais e sociais que ocorrem na sociedade. Como
pudemos ver, historicamente, a origem dela se deu desde o começo do século passado, contribuiu e transformou a
educação continuando até os dias atuais desenvolvendo novas teorias e formas de pensar e agir, facilitando a
aprendizagem, o que implica em um trabalho educativo atualizado moderno e permanente e que continua se
transformando ao longo da história. Podemos incluir qualquer forma de tecnologia no processo educacional como
rádio e TV além da internet. Toda forma de tecnologia pode ser aplicada a educação nos trazendo métodos
organizados e avançados para que as escolas possam acompanhar o rápido desenvolvimento da sociedade ao longo
do tempo, buscando cada vez mais dar qualidade ao ensino.

4.1 A Mudança de Tempos, Espaços e Relações na Escola a Partir do uso de Tecnologias e da Inclusão Social

Com os recursos tecnológicos cada vez mais a escola deve reorganizar o processo de ensino aprendizagem,
utilizando ferramentas que se tornaram imprescindíveis à Educação contemplando o PPP, Projeto Político
Pedagógico da escola. A escola deve preparar a todos, alunos, pais, professores, gestores como leitores críticos e
escritores conscientes das mídias que servem de suporte a essas novas tecnologias de informação. É necessário, ao
implantar a informática educativa nas escolas dispor de um currículo flexível, multicultural, que relacione seus
conteúdos, objetivos e estratégias às questões culturais e tecnológicas, reorganizando os tempos e espaços com as
mudanças necessárias para ampliar os olhares e a visão de mundo dos educandos. O uso das tecnologias na escola
se estabelece, promovem resultados e se sustentam através de um trabalho realizado dentro e fora da escola.

A inserção da tecnologia nas escolas é fundamental para garantir o acesso a cidadania e igualdade de direitos.
Através da inclusão digital no espaço educativo contemplando o planejamento dos projetos amplia a inclusão social
trazendo significativas contribuições para o pensamento crítico de todos, gestores, professores, alunos e pais
contribuindo para diminuir as desigualdades de oportunidades dentro e fora da escola. A tecnologia por si mesma
não promove a inclusão e sim depende de como é inserida no processo educacional, envolvendo o acesso das
pessoas aos meios, sobretudo a formação destas pessoas para a utilização social destas tecnologias.

MÓDULO 5 - Universidade, Políticas Públicas e Novas Tecnologias Aplicadas à Educação a Distância

5.1 Políticas Públicas Neoliberais e a Expansão da EAD

A trajetória histórica da consolidação da Educação a Distância (EAD) no Brasil se deu através das políticas públicas e
da realidade social do Brasil. A EAD é apresentada como uma modalidade de ensino que acompanhou o
desenvolvimento do sistema educacional brasileiro e, a partir de 1996, com a LDB, vem recebendo significativo apoio
do Governo Federal que, por meio do Ministério da Educação, tem incentivado o seu crescimento, tanto na esfera
púbica quanto privada, dando destaque a UAB, Universidade Aberta no Brasil, que atingem todas as regiões do
nosso p

5.2 A EAD e as Políticas Públicas de Democratização e “Inclusão” Digital

A ampliação da Educação a Distância, a EAD e as políticas educacionais são fundamentais para a democratização do
ensino superior no Brasil. O crescimento considerável do número de matriculados na EAD justifica a necessidade de
se qualificar o caráter democrático do acesso e a formação da população brasileira em nível superior. As políticas de
formação continuada de professores estabelecem avanços significativos na democratização da educação superior
visando a qualidade e o reconhecimento das especificidades dos alunos e sua cultura regional ampliando assim, o
acesso e oportunizando uma educação crítica para todos.

Uma verdadeira democratização da sociedade numa perspectiva inclusiva se dá através da organização de uma
sociedade na qual as identidades dos indivíduos são construídas por meio dos seus saberes. A grande inclusão digital
de professores, alunos, pais e toda sociedade que estamos inseridos ocorrer pelo direcionamento dos esforços dos
profissionais da informação no fornecimento de competências tecnológicas, para que sejam capazes de desenvolver
habilidades na rede, aprendendo uns com os outros através de uma educação inclusiva digital e social.

MÓDULO 6 - Alternativas e Estratégias das Instituições de Ensino Superior (IES) Frente às Transformações do
Paradigma Educacional Contemporâneo

6.1 Alterações no Contexto Educacional em Função da Incorporação da Tecnologia

6.1.1 Novas Tecnologias e Mediação Pedagógica

A nova tecnologia para a educação caracteriza-se por ser um processo composto por duas mediações pedagógicas: a
mediação humana e a mediação tecnológica, ligadas uma na outra. A primeira pelo sistema de tutoria, a segunda
pelo sistema de comunicação para viabilizar a mediação pedagógica. A mediação pedagógica, resultante da
concepção planejada entre estas duas mediações, é potencializada pela convergência digital que disponibiliza acesso
e portabilidade por meio de dispositivos de comunicação num processo dialógico, de construção e atuação coletiva
do conhecimento

6.2 Perfil do Professor e as Exigências de Formação

6.2.1 Habilidades Docentes para o Uso das Novas Tecnologias

Segundo Morais, S., uma mudança de paradigma não se restringe apenas em incorporar as tecnologias de
informação e comunicação no processo educacional, deve propiciar reflexões e ações críticas sobre o trabalho do
professor na sala de aula. Essa mudança, também exigirá que o professor esteja subsidiado com leituras e discussões
em torno das tendências pedagógicas de ensino. Ao incorporar a internet, o professor deverá primeiramente
dominar o conteúdo e possuir uma prática escolar democrática para viabilizar a construção de conhecimento. Esse
saber, independente das tecnologias, servirá como um instrumento a mais para o professor criar novos espaços de
atuação e interação, para aluno utilizar esses recursos na sala de aula. A partir desta constatação a metodologia de
projeto colaborativo propõe ações que possibilitam ao professor e aluno criar situações de aprendizagens
significativas.

6.3 A Colaboração em uma Rede de Aprendizagem

Paulo Freire (1996) introduz Pedagogia da Autonomia valorizando o ser e o saber dos alunos em relação a prática
pedagógica do professor e o respeito ao conhecimento que o aluno traz para a escola. Nessa perspectiva a
aprendizagem em uma rede colaborativa, deve ser centrada nos saberes dos alunos, nas trocas e no diálogo em uma
rede estruturada e mediada pelo professor que deve despertar em seus alunos a vontade pela pesquisa e pela busca
para poder ir além. A rede de aprendizagem colaborativa favorece e amplia as possibilidades de um conhecimento
de mundo entre todos os envolvidos num processo de troca e dialogo atingindo cada vez mais pessoas e culturas.

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