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CULTURA E SOCIEDADE
Acácio Mateus
Código:708212311
Disciplina: Históriaa
IºAno
Índice
Introdução
Os elementos culturais
Hierarquia de Culturas
A cultura dominante
Subcultura
Contracultura
Interações Culturais
Assimilação e multiculturismo
Etnocentrismo
Relativismo Cultural
Choques Culturais
Conclusão
Bibliografia
1. Introdução
2. CULTURA E SOCIEDADE
2.1.Cultura
Cultura significa tudo que é feito, aprendido ou compartilhado por membros de uma
sociedade: valores, crenças, comportamentos, símbolos, línguas e objetos materiais.
Sociedade significa um grupo de pessoas que vivem em um território definido e que
compartilham uma cultura. Evidentemente, cultura é um componente fundamental de
toda sociedade.
A teoria funcionalista ensina que a cultura contribui para uma ordem social contínua,
pois transmite a forma como as pessoas devem se comportar em determinadas situações.
A cultura também permite com que as pessoas se beneficiem dos sucessos realizados
por gerações passadas.
A Teoria do Conflito de Karl Marx, por outro lado, sustenta a ideia de que a cultura
justifica a desigualdade. De acordo com o pai do socialismo, a classe dominante, isto é,
a burguesia, produz uma cultura que promove seus próprios interesses e que,
simultaneamente, reprime os do proletariado.
Cultura é algo que se aprende e que varia muito de sociedade para sociedade. Os seres
humanos passam a aprender a respeito de sua cultura assim que nascem, pois, na
maioria dos casos, seus pais os educam para que adotem os valores da sociedade.
Apesar das muitas diferenças entre culturas, todas são constituídas por dois elementos
fundamentais: cultura material e cultura não material.
Cultura material engloba os objetos físicos de uma sociedade: as ferramentas, a
tecnologia, as vestimentas, os meios de transporte, etc. Por exemplo, alguns
símbolos da cultura material do Brasil são o telefone celular, o computador, o
iPod, etc.
Um componente da cultura material que foi adotado por diversas sociedades é o uso de
joias para indicar que uma pessoa é casada. Por exemplo, no Brasil e nos Estados
Unidos, usa-se um anel no dedo anelar da mão esquerda. Em sociedades não
industrializadas, constituídas por poucos habitantes, isso é desnecessário, pois quase
todas as pessoas se conhecem e sabem quem é e quem não é casado. Em certas regiões
da Índia, as mulheres usam um colar para indicar que são casadas.
É importante ressaltar que uma mesma cultura pode apresentar valores conflituantes.
Isto é, os membros de uma sociedade podem não agir conforme seus próprios valores.
Por exemplo, uma sociedade como um todo pode valorizar a caridade e a ajuda aos
pobres, mas muitos de seus membros podem não estar dispostos a compartilhar parte de
sua riqueza com os menos afortunados. Os sociólogos fazem distinção entre o que as
pessoas fazem e o que elas dizem. A cultura real constitui os valores e normas que uma
sociedade segue. Já a cultura ideal é um conjunto de comportamentos que a sociedade
considera positivo, mas que não necessariamente é seguido por seus membros.
2.1.2.1. Crenças
As crenças são as opiniões adotadas com fé e convicção e que são sustentadas pelos
valores de uma sociedade. Por exemplo, a sociedade norte-americana crê no direito da
livre expressão: no direito de uma pessoa falar o que quiser a respeito de seu país e do
seu governo sem ter medo de sofrer represálias.
Em muitas culturas, os homens têm suas próprias cerimônias de iniciação. Uma das
mais famosas é a circuncisão. Nos Estados Unidos, por exemplo, a maioria dos bebês de
sexo masculino é circuncidada poucos dias após o nascimento. Se o menino é judeu, é
realizada, no oitavo dia de seu nascimento, uma cerimônia religiosa em que ele é
circuncidado. Entre os Masai, uma tribo da África Oriental, a circuncisão serve como
teste de bravura.
A cultura dominante
É importante ressaltar que um grupo não precisa ser constituído pela maioria dos
habitantes de um país para que seja a cultura dominante. Na África do Sul, por exemplo,
havia quatro vezes mais negros do que brancos. Contudo, sob o apartheid, regime de
segregação racial e dominação, que esteve vigor de 1948 a 1991, a população branca
controlava o país, política e economicamente. Era, portanto, a cultura dominante da
África do Sul.
Subcultura
Uma subcultura é um grupo que vive de forma diferente do que a classe dominante, mas
que não se opõe a ela. Uma subcultura é uma cultura que existe dentro de outra. Por
exemplo, o espiritismo é uma subcultura que existe no Brasil – um país
predominantemente cristão. Os seguidores das Igrejas Protestantes do Brasil também
constituem uma subcultura, pois a maioria da população brasileira é católica. É
importante ressaltar que membros de tais subculturas também fazem parte da cultura
dominante. Todavia, também possuem sua própria cultura, tanto material como não
material, que constitui uma subcultura.
A religião não é o único elemento que define uma subcultura. Localização geográfica,
idade, ideias políticas, status financeiro e preferência sexual também são fatores que
podem constituir subculturas.
Contracultura
Uma contracultura é um grupo cujos valores se opõem aos da cultura dominante. Uma
contracultura pode ser violenta ou pacífica. Por exemplo, os hippies brasileiros da
década de 1960 constituíam uma contracultura, pois eles se opunham a muitos dos
valores compartilhados pela maioria da população brasileira. Os hippies eram, em geral,
pacíficos, mas se opunham a vários elementos da cultura dominante, como o casamento
e a acumulação de riquezas.
1. Assimilação e multiculturismo
Hoje, passou-se a aceitar a ideia de que é possível que haja coexistência ente culturas
sem que haja assimilação. Essa perspetiva, denominada multiculturismo, respeita as
diferenças culturais em vez de exigir que a cultura dominante assimile as demais. O
multiculturismo ensina que é importante que certos valores culturais sejam
compartilhados por toda a sociedade, mas que é também desejável que haja diferenças
culturais. Por exemplo, hoje, em certas escolas nos países ocidentais, os alunos
aprendem que sua cultura não é a única e nem superior às outras e que há muito a
aprender das demais culturas.
2. Etnocentrismo
Por exemplo, alguns indivíduos podem considerar absurda a adoração às vacas que
ocorre na Índia. Mas esse fenômeno é de grande importância para a cultura indiana e
não deve ser ridicularizado por membros de outras culturas.
Vale notar que os missionários que viajam para outros países para converter a
população local para o cristianismo praticam uma forma de etnocentrismo: incentivam
pessoas a trocar sua religião por outra.
Por outro lado, um repúdio à cultura norte-americana também constitui uma forma de
etnocentrismo. Muitos europeus consideram que a cultura europeia é superior a dos
Estados Unidos e que os norte-americanos são materialistas, arrogantes e
intelectualmente inferiores aos europeus. Evidentemente, muitos norte-americanos não
concordam com esse ponto de vista.
Uma forma de etnocentrismo que pode ser bastante problemática é o nacionalismo. Esse
fenômeno ocorre quando uma nação se considera superior às outras. A Alemanha
Nazista serve como exemplo de como o nacionalismo pode resultar em terríveis
consequências.
3. Relativismo Cultural
4. Choques Culturais
Mesmo os relativistas culturais não estão imunes ao choque cultural. Choque cultural
significa a surpresa, a desorientação e o medo que as pessoas podem sentir quando se
defrontam com uma nova cultura.
Difusão cultural é o processo por meio do qual traços culturais são difundidos. Um traço
cultural pode ser difundido tanto dentro da própria cultura como entre as demais. À
medida que há mais interação entre culturas, aumenta a difusão cultural.
Alguns sociólogos preveem que o mundo caminha em direção à cultura global, que
significa a ausência de diversidade cultural. As culturas passam a se assemelhar graças à
difusão cultural. De fato, praticamente toda cultura é influenciada por outras. A difusão
cultural ocorre graças ao comércio internacional, aos movimentos migratórios, às
conquistas de terras e ao turismo.
3. Conclusão
Contudo, mesmo que alguns aspectos da cultura tenham sido globalizados, a grande
maioria das sociedades se mantém fiel às suas raízes culturais. O crescimento dos meios
de comunicação internacionais, principalmente da Internet, tem ajudado a criar uma
cultura global. Graças à Internet e às Mídias sociais, nunca houve tanto contato entre
pessoas de todo o mundo, que representam uma grande variedade de culturas.