O texto discute como a ciência moderna surgiu de transformações sociais, econômicas e culturais a partir do século XII, especialmente com o desenvolvimento do comércio e da racionalização quantitativa da existência humana. A ciência deixou de ser contemplativa e passou a ser ativa e ligada à dominação da natureza e ao progresso técnico impulsionado pela burguesia emergente. Sua institucionalização nas Academias no século XVII consolidou a ciência experimental como saber dominante no mundo moderno.
Descrição original:
resenha filosofia ciência 1
Título original
Resenha do texto - A Revolucao Cientifica Moderna.
O texto discute como a ciência moderna surgiu de transformações sociais, econômicas e culturais a partir do século XII, especialmente com o desenvolvimento do comércio e da racionalização quantitativa da existência humana. A ciência deixou de ser contemplativa e passou a ser ativa e ligada à dominação da natureza e ao progresso técnico impulsionado pela burguesia emergente. Sua institucionalização nas Academias no século XVII consolidou a ciência experimental como saber dominante no mundo moderno.
O texto discute como a ciência moderna surgiu de transformações sociais, econômicas e culturais a partir do século XII, especialmente com o desenvolvimento do comércio e da racionalização quantitativa da existência humana. A ciência deixou de ser contemplativa e passou a ser ativa e ligada à dominação da natureza e ao progresso técnico impulsionado pela burguesia emergente. Sua institucionalização nas Academias no século XVII consolidou a ciência experimental como saber dominante no mundo moderno.
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTACIO DE SANTA CATARINA – CAMPUS SÃO JOSÉ
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
DISCIPLINA: FILOSOFIA DA CIÊNCIA
Resenha do texto “A Revolucao Cientifica Moderna”, de Hilton Japiassu.
ALUNA: GRAZIELA COPETTI (201512993484)
SÃO JOSE, ABRIL/2023
Em seu texto, Japiassu afirma que, desde a sua origem, a instituição científica esteve ligada ao poder político. Segundo ele, a Ciência é um produto cultural, formada por uma sociedade com objetivos determinados. Não há conhecimento que não passe pelos sentidos dados ao mundo e pelas experiências vividas. Os elementos subjetivos das relações sociais compõem o contexto de elaboração do discurso científico. Assim como o método científico é uma construção sociocultural, o real também o é.
A ciência nasceu com o advento da atividade mercantilista, num movimento de racionalização
da exitência, num momento historico em que a quantificação possuia uma significação especial (uma obsessão) na prática social. Segundo o autor, na sociedade feudal e medieval, a visão do mundo se exprimia através do cristianismo, o regime econômico era fechado e a ativiade econômica vigete era a agricultura. Porém, a partir da urbanização progressiva da sociedade e do desenvolvimeno de técnicas ocorridas a partir do século XII, novos habitos mentais se impuseram, surgindo um novo realismo e um novo racionalismo industrial, comercial e técnico. Neste meio, a ciência deixou de ser contamplativa/teórica e passou a ser ativa, passou a ser um binômio possibilidade (esquemas quantitativos e experimentais) e necessidade (novos métodos e novos saberes para dar cotna das novas praticas), ou ainda, passou a haver um novo modo de apropriação do mundo, tendo havido uma alteração da relação homem x natureza no sentido busca pelo domínio/exploração eficaz desta última por parte da burguesia nascente – ávida por conhecimentos práticos e teóricos - que se instalava no poder. Enfim, com a revolução científica moderna, o novo estatuto, com a ciência ativa, não só é relevante mas também deseja a dominação, a subjugação, a manipulação da natureza, exercendo sobre esta poder: “o homem como senhor e possuidor da natureza”. A partir do século XVI, diante sobretudo do renascimento dos centros urbanos e do movimento de inovação/expansão do domínio das técnicas, um ambiente favorável à criação e à necessidade deste novo saber. O autor aponta inclusive a ocorrência, desde o século XV, na área área têxtil da Flândria e da Toscana, a dissociação capital x trabalho. Nesta nova sociedade que se moldava - uma sociedade comercial e industrial – houve uma ruptura com doutrinas religiosas/centralidade em deus. A religião torna-se defasada enquanto enquanto saber dominante) e passou a ser focada no comercio, industria e busca do lucro (mundo dominado pelos bancos, economia de troca). O mercantilismo nasceu ávido por conhecimento prático e teórico, trazendo uma mentalidade no sentido da eficácia e do racionalismo. Neste meio, o cientista passou a ter destaque no sistema de produção e na cultura, porém numa posição ambígua: de uma lado vistos como pesquisadores totalmente separados da sociedade isento de comprimisso com a produção direta e de outro como principais agentes do sistema de produção. Esta situação, segundo o autor, originou-se de 2 (duas) concepções falsas da ciência: (i) a primeira (internalismo simplista) pretende que a ciência tenha um desenvolvimento prórpio, autônomo e independente da vida social e histórica. (ii) a segunda (marxismo mecanicista) pretende que o centista é um agente direto do sistema produtivo. Segundo Japiassu a atividade cientifica não pode ser definida por nenhuma destas duas concepções. Técnia e ciência são independentes, historicamente, porém estão entrelaçadas. A técnica, segundo relata o autor, é um conjunto de operações criadas, aprimoradas e tramitidas pelo homem, visando satisfazer determinadas necessidades, visa a transformação do real. A ciência, por sua vez, consite de enunciados que permitem conhecer a realidade sem tranformá-la. A valorização das atividades calculadoras modelou os pressupostos da ciência moderna (ordem e racionalidade, ‘saber é poder’). A revolução científica trouxe à tona a ruptura com a ciência antiga - em que teoria e prática eram apartadas - e consagrou a ciência experimental (ciência moderna fez apêlo à técnica pra se tornar operatória). Por fim, com o advento das Academias teve-se então a institucionalização da ciência moderna, a fonte da laicização do mundo moderno.