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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTACIO DE SANTA CATARINA – CAMPUS SÃO JOSÉ

CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

DISCIPLINA: FILOSOFIA DA CIÊNCIA

Resenha do texto “A Revolucao Cientifica Moderna”, de Hilton Japiassu.

ALUNA: GRAZIELA COPETTI (201512993484)

SÃO JOSE, ABRIL/2023


Em seu texto, Japiassu afirma que, desde a sua origem, a instituição científica esteve ligada ao
poder político. Segundo ele, a Ciência é um produto cultural, formada por uma sociedade com
objetivos determinados. Nasceu com o advento da atividade mercantilista, num movimento de
racionalização da exitência, num momento historico em que a quantificação possuia uma
significação especial (uma obsessão) na prática social.
Segundo o autor, na sociedade feudal e medieval, a visão do mundo se exprimia através do
cristianismo, o regime econômico era fechado e a ativiade econômica vigete era a agricultura.
Porém, a partir da urbanização progressiva da sociedade e do desenvolvimeno de técnicas
ocorridas a partir do século XII, novos habitos mentais se impuseram, surgindo um novo
realismo e um novo racionalismo industrial, comercial e técnico. Neste meio, a ciência deixou
de ser contamplativa/teórica e passou a ser ativa, passou a ser um binômio possibilidade
(esquemas quantitativos e experimentais) e necessidade (novos métodos e novos saberes para
dar cotna das novas praticas), ou ainda, passou a haver um novo modo de apropriação do
mundo, tendo havido uma alteração da relação homem x natureza no sentido busca pelo
domínio/exploração eficaz desta última por parte da burguesia nascente – ávida por
conhecimentos práticos e teóricos - que se instalava no poder. Enfim, com a revolução científica
moderna, o novo estatuto, com a ciência ativa, não só é relevante mas também deseja a
dominação, a subjugação, a manipulação da natureza, exercendo sobre esta poder: “o homem
como senhor e possuidor da natureza”.
A partir do século XVI, diante sobretudo do renascimento dos centros urbanos e do movimento
de inovação/expansão do domínio das técnicas, um ambiente favorável à criação e à
necessidade deste novo saber. O autor aponta inclusive a ocorrência, desde o século XV, na área
área têxtil da Flândria e da Toscana, a dissociação capital x trabalho. Nesta nova sociedade que
se moldava - uma sociedade comercial e industrial – houve uma ruptura com doutrinas
religiosas/centralidade em deus. A religião torna-se defasada enquanto enquanto saber
dominante) e passou a ser focada no comercio, industria e busca do lucro (mundo dominado
pelos bancos, economia de troca). O mercantilismo nasceu ávido por conhecimento prático e
teórico, trazendo uma mentalidade no sentido da eficácia e do racionalismo. Neste meio, o
cientista passou a ter destaque no sistema de produção e na cultura, porém numa posição
ambígua: de uma lado vistos como pesquisadores totalmente separados da sociedade isento de
comprimisso com a produção direta e de outro como principais agentes do sistema de produção.
Esta situação, segundo o autor, originou-se de 2 (duas) concepções falsas da ciência:
(i) a primeira (internalismo simplista) pretende que a ciência tenha um desenvolvimento
prórpio, autônomo e independente da vida social e histórica.
(ii) a segunda (marxismo mecanicista) pretende que o centista é um agente direto do sistema
produtivo.
Segundo Japiassu a atividade cientifica não pode ser definida por nenhuma destas duas
concepções.
Técnia e ciência são independentes, historicamente, porém estão entrelaçadas. A técnica,
segundo relata o autor, é um conjunto de operações criadas, aprimoradas e tramitidas pelo
homem, visando satisfazer determinadas necessidades, visa a transformação do real. A ciência,
por sua vez, consite de enunciados que permitem conhecer a realidade sem tranformá-la.
A valorização das atividades calculadoras modelou os pressupostos da ciência moderna (ordem
e racionalidade, ‘saber é poder’). A revolução científica trouxe à tona a ruptura com a ciência
antiga - em que teoria e prática eram apartadas - e consagrou a ciência experimental (ciência
moderna fez apêlo à técnica pra se tornar operatória). Por fim, com o advento das Academias
teve-se então a institucionalização da ciência moderna, a fonte da laicização do mundo
moderno.

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