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Universidade Federal Fluminense

Nome: Jennifer Pinheiro da Silva


Curso: Serviço Social
Introdução à Economia Política e Serviço Social
Resenha - Unidade I

Visto como uma ação praticada pioneiramente na origem das relações


humanas, o trabalho é um método que dele, e através de sua ação, pode-se extrair
as principais funções do ser humano em sua historicidade. O descobrimento das
mãos para fins objetivos, e o avanço de suas habilidades, deu a capacidade de
produzir, criar e assim, avançar, manifestando interesses e instintos. Partindo da
revolução neolítica, e assim instaurar-se em meios de sobrevivência, o
desenvolvimento da práxis humana, e da evolução de toda a natureza, foi a
característica fundamental de diferir o homem (natureza orgânica), da natureza
animal.
Com a transição do homem primórdio ao homem moderno, se instaura uma
chamada “civilização” colonizada na Europa Ocidental, os conflitos marcaram época
por disputas territoriais, e com as colonizações as dominações entre raças,
distinguindo o poder entre um ser humano e outro. Em razão disto, a servidão,
escravidão, e conseguinte a exploração do trabalho na modernidade, foram marcos
que deixaram um modelo economico emergir nas relações sociais, podendo assim,
ocasionar as divisões e luta de classes.
Com o crescimento da sociedade civil, foram se abrangendo suas necessidades
vitais, e diretamente se manifestaram nas relações de produção. O irracionalismo foi
se modificando de acordo com as Revoluções, e novas formas de poder e
dominação foram tomando partido, dando origem à ciencia da Economia Política
Clássica (Montchrétien-1615).
O principio da Economia Política Clássica tem como base fundamentada os
conceitos teóricos de Adam Smith e David Ricardo, (meados do Sec XVIII e inicio do
Sec XIX), que apesar de obter algumas divergências em determinadas concepções,
possuem duas características centrais primordiais para suas teorias, ambos
tratavam de não analisar a economia de maneira individualista, e concentrando suas
pesquisas e investigações nas teorias de valor, trabalho e dinheiro; obtendo sua
inspiração do jusnaturalismo moderno. Posteriormente, ocorreu-se a crise da

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economia política, com fatores oriundos da “Modernidade”, com a emancipação


política, dada à ordem, cujo foi a inicialização da burguesia no processo de
exploração da classe dominante, sendo assim a classe dominadora. Karl Marx
(1818-1883) por sua vez, inspirado pelos conceitos ideológicos da Filosofia Alemã
(Friedrich Engels), tendo como base a Economia Política Inglesa e o Socialismo
Utópico Francês, intervém através da dialética, junto as suas análises (à crítica)
capazes de gerar uma nova era de transformações e revoluções.
Centralizada na historicidade da sociedade burguesa e à crítica ao capitalismo,
no que se refere, a crítica da economia política e o modo de produção capitalista,
incorpora junto à teoria social e política, sua observação a perspectiva materialista,
seu conhecimento acumulado através de suas concepções fundamentadas na
realidade dos seus processos históricos, configurando a um intenso período de
estudos e pesquisas, referente ao funcionamento do sistema da classe burguesa.
Sua metodologia consiste na teoria, método e pesquisa; retificando a classe
burguesa como seu objeto de estudo e utilizando uma dinâmica no qual pode-se
obter uma análise sobre questões sociais e tendências históricas.
Marx apresenta um mecanismo no qual tem abstrações remetendo o
conhecimento ordenado pelo sujeito, que devera ser “real” e “concreto”, partindo
desse princípio Marx distingue uma compreensão a partir do sentido da “abstração”,
tornando o estudo do sujeito na extração dela em determinado grupo. Definindo
essas relações como abstratas e universais (“representam” interesses da
sociedade), conduz a uma compreensão de uma ciência econômica identificada
como realidade autêntica e concreta, determinante de uma crítica oriunda do
materialismo dialético, contrapondo a concepção dialética idealista burguesa. O
conteúdo de sua pesquisa emerge elementos categóricos, basicamente ontológicos
e no sentido abstrato, designado como históricas e transitórias, (um exemplo a
sociedade burguesa perante as relações sociais); analisando a sociedade burguesa
além de vínculos determinantes ao meio de troca (força de trabalho), fazendo
distinção a Antiguidade, comparando as formas de organização de produção, não
somente de troca, mas também tendo sua característica da circulação do capital,
visto como exprime em uma dinâmica de acumulação, mercadorias, relação social
personificados como capital. Este estudo destaca uma elaboração teórica e
contundente sobre o movimento do capital, definindo a produção como uma
atividade social, colocando em prática o interesse de detectar no processo de vida

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histórico-social, sua realidade substancial, posto isso, progressivamente no qual o


método se encontra no movimento de investigação. Destarte, Marx articula que a
sociedade burguesa é uma totalidade concreta, no qual opera que a produção
determina o consumo, visto como um complexo constituído por complexo (sendo a
expressão de Lukács). Marx fornece fundamentos essenciais, como a totalidade,
contradição e mediação, para uma análise teórico social, estabelecendo aspectos
empiristas, em um esboço das magnitudes sociais e reflexos da sociedade
burguesa opressora.
O que torna-se peculiar nas pesquisas de Marx relacionadas a Crítica da
Economia Política, é o mecanismo de transformar um conceito existente de
produção e reprodução, seus aspectos negativos para a vida social do sujeito
(proletariado), e na sociedade como um todo. Como a exploração pode refletir
diretamente na saúde vital e social do homem, de maneira que, reverbera
resultados danoso para a sociedade subordinada, como a desigualdade econômica;
mesmo que as mercadorias e propriedades dos meios de produção podem
modificar-se, ainda assim, no modo de produção capitalista, a sociedade burguesa
estaria levando vantagens, considerando o tempo de trabalho excedente; dito como
um exemplo em um ditado popular “Enquanto o rico fica mais rico, o pobre vai
ficando cada vez mais pobre”, notadamente fruto de exploração da força de
trabalho, extração do mais-valia, e circulação do capital. Marx através de suas
análises, pode despertar a sociedade dominante, com o compromisso de registrar
em suas obras, não só a introdução de uma crítica do funcionamento da sociedade
burguesa, mas também do enfrentamento ao capital, aproximar o socialismo da
sociedade em larga escala. Contudo, esta análise sendo reconhecida como Teoria,
dentro do campo das ciências sociais, é primordial para o entendimento e o debate
acerca do movimento nas esferas das lutas de classes e no âmago das relações
sociais.

Referências Bibliográficas:

NETTO, José Paulo. Introdução ao Estudo do Método de Marx. São Paulo: Ed.
Expressão Popular, 2011.

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ENGELS, F. “Sobre o papel do trabalho na transformação do macaco em homem”.


In
ANTUNES, Ricardo. (org). A Dialética do Trabalho: Escritos de Marx e Engels. SP:
Expressão Popular, 2004.

NETTO, José Paulo; BRAZ, Marcelo. Economia Política: uma introdução crítica
(biblioteca básica). São Paulo, Cortez editora, 2006. (p.15-77)

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