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Conceitos elementais do materialismo histórico-dialético de Marx:

formação econômico-social no socialismo, lógica produtiva e


antagonismo de classes

O presente estudo tem por objetivo apontar e divulgar, através do método


dedutivo, com revisões da literatura, os aspectos conceituais que abrangem a
concepção teórica da filosofia marxista-leninista do materialismo histórico-
dialético como método de análise política, econômica e social dos fenômenos da
natureza, caracterizando-se pela oposição à metafísica e ao idealismo do
socialismo utópico, instituindo o socialismo científico. Ademais, neste trabalho
será explorada a percepção marxista de Formação Econômico-Social (FES),
utilizada para a instrumentalização da teoria política marxista-leninista em busca
da transição ao socialismo, assim como sua compreensão e distinção ao modo
de produção e lógica capitalista e sua interação com a base e a superestrutura
nas relações de produção, suas forças motrizes e o antagonismo de classes pela
história de toda a sociedade. Com efeito, através do materialismo histórico, Marx
considerou que a sociedade é como um organismo vivo, em constante
desenvolvimento, sendo um processo natural e histórico, subordinado a leis
objetivas e independente das vontades dos homens, razão pela qual se verifica
a transição entre as formações sociais pela história, como o comunismo
primitivo, escravismo, feudalismo, o capitalismo (e neoliberalismo) e por fim, o
comunismo, cuja fase inicial seria o socialismo. Nesse sentido, na ciência política
e social, em especial pela ótica marxista, há um conceito fundamental de
formação econômico-social, que representa todas as relações e o próprio modo
de produção de uma sociedade historicamente definida, além de suas
concepções políticas, jurídicas, religiosas e artísticas, de modo que o socialismo
germinaria como uma nova formação, distinguindo-se pelo domínio da
propriedade social dos meios de produção (valor de uso dos produtos),
inexistência de classes e sua exploração. Assim, por essa lógica, subdividem-se
as sociedades em infra e superestruturas, estando a primeira denotando as
relações complexas de produção, enquanto a segunda diz respeito ao nível
jurídico-político e ideológico, exercendo domínio contra os setores explorados,
de sorte que todas as relações, sejam econômicas ou sociais, seriam guiadas
pela classe dominante dos meios de produção de uma determinada sociedade.
Dessa maneira, o estudo buscou aclarar como o método do materialismo
histórico-dialético de Marx concebeu a ideia de infraestrutura e superestrutura
de uma sociedade, apontando as divergências entre as classes e suas forças,
modos e relação de produção.

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