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Teoria do
Teoria do Conhecimento
Conhecimento
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Conhecimento
• Do latim cognoscere, “ato do conhecimento”. Em português
derivaram termos como cognoscente, “o sujeito que
conhece”, e congnoscível, “o que pode ser conhecido”.
• Ato ou produto do conhecimento.
Conhecimento
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Conhecimento e Platão
• Platão entende que o conhecimento genuíno é ao mesmo
tempo surpreendentemente alcançável e inatingível. Ele
articula um ideal de conhecimento perfeito infalível e diz que
sobre certos temas – em especial matemática, ética e
metafísica – temos uma possibilidade de alcançá-lo, mas ao
mesmo tempo insiste que a maior parte do mundo ao nosso
Conhecimento e Platão
redor simplesmente não é passível de ser conhecida.
Conhecimento
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A condição humana (1935) – René Magritte
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Conhecimento
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• Outra noção importante é a de que, no processo de conhecimento,
sempre existiria a relação entre dois elementos básicos:
• Um sujeito conhecedor (nossa consciência, nossa mente) e
• Um objeto conhecido (a realidade, o mundo, os inúmeros fenômenos)
Conhecimento
Dependendo da corrente filosófica,
será dada, no processo de
conhecimento, maior importância ao
sujeito (é o caso do idealismo) ou ao
objeto (é o caso do realismo ou
materialismo).
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Realismo
• De acordo com as teorias realistas do conhecimento, as percepções
que temos dos objetos são reais, ou seja, correspondem de fato às
características presentes nesses objetos, na realidade. Por exemplo:
as formas e cores que o sujeito percebe no pássaro são cores e
formas que o pássaro realmente tem em si.
Realismo
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Foucault e o Realismo
• Vinculou as limitações do pensamento às da liberdade. Em
todas as culturas, há coisas que não se consegue pensar e atos
que não se pode realizar. Cada um reforça o outro, de modo
que no final o poder dá forma à verdade.
Foucault e o Realismo
formas de coerção.”
• Michael Foucault em Verdade e Poder
Idealismo
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Ceticismo
• Ceticismo absoluto: tudo é ilusório
• Consiste em negar de forma total nossa possibilidade de
conhecer a verdade. Assim, o homem nada pode conhecer com
total certeza.
• Muitos consideram o filósofo grego Górgias (485 – 380 a.C.) o pai
Ceticismo absoluto
do ceticismo absoluto. Segundo ele: “o ser não existe; se existisse
não poderíamos conhecê-lo; e se pudéssemos conhecê-lo, não
poderíamos comunicá-lo aos outros.”
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Ceticismo absoluto
qualquer coisa.
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Ceticismo absoluto
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• Ceticismo Relativo: o domínio do provável
• Consiste em nega apenas parcialmente nossa capacidade de conhecer
a verdade, ou seja, apresenta uma posição moderada em relação às
possibilidades de conhecimento, comparada ao ceticismo absoluto.
• Dentre as doutrinas que manifestam um ceticismo relativo, destacam-
se:
• Subjetivismo
• Relativismo
• Probabilismo
Ceticismo Relativo
• Pragmatismo
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Subjetivismo
• Considera o conhecimento uma relação puramente subjetiva e
pessoal entre o sujeito e a realidade percebida. O conhecimento
limita-se às ideias e representações elaboradas pelo sujeito
pensante, sendo impossível alcançar a objetividade.
• Nasceu com o pensamento do grego Protágoras (480-410 a. C.)
que dizia que o homem é a medida de todas as coisas, ou seja, a
Subjetivismo
verdade é uma construção humana, ela não está nas coisas.
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Relativismo
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Para os relativistas a imagem da coisa não se
confunde com a coisa em si. Isto não é uma
maçã (1964) – René Magritte
Probabilismo
• Propõe que nosso conhecimento é incapaz de atingir a certeza
plena. O que podemos alcançar é uma verdade provável. Essa
probabilidade pode ser digna de maior ou menor
credibilidade, mas nunca chegará ao nível da certeza
completa, da verdade absoluta. Afirma que somente o
Probabilismo
homem tem apenas a capacidade de distinguir ou proposições
mais ou menos prováveis que outras, ou conhecimentos mais
ou menos provavelmente certos que outros.
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Pragmatismo
• Propõe uma concepção dos homens como seres práticos,
ativos, e não apenas como seres pensantes. Por isso,
abandonam a pretensão de alcançar a verdade, entendida
como a correspondência entre o pensamento e realidade.
Para o pragmatismo, o conceito de verdade deve ser outro:
verdadeiro é aquilo que é útil, que dá certo, que serve aos
Pragmatismo
interesses das pessoas na sua vida prática.
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Dogmatismo: a certeza da verdade
• Uma doutrina é dogmática quando defende, de forma
categórica, a possibilidade de atingirmos a verdade. Dentro do
dogmatismo, podemos distinguir duas variantes básicas:
• Dogmatismo ingênuo
• Dogmatismo crítico
Dogmatismo
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Dogmatismo Ingênuo
• Predominante no senso comum, confia plenamente nas
possibilidades do nosso conhecimento. Não vê problema na
relação sujeito conhecedor e objeto conhecido. Crê que, sem
grandes dificuldades, percebemos o mundo tal qual ele é.
Dogmatismo Ingênuo
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Dogmatismo Crítico
• Defende nossa capacidade de conhecer a verdade mediante
um esforço conjugado de nossos sentidos e de nossa
inteligência. Confia que, através de um trabalho metódico,
racional e científico, o ser humano se torna capaz de conhecer
a realidade do mundo.
Dogmatismo Crítico
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Criticismo: busca de superação
no impasse
• O criticismo, desenvolvido pela filosofia de Kant no século XVIII,
representa uma tentativa de superação do impasse criado pelo
ceticismo e o dogmatismo. Tal como o dogmatismo, acredita na
possibilidade do conhecimento, mas se pergunta pelas reais
condições nas quais seria possível esse conhecimento. Trata-se de
Criticismo
uma posição crítica diante da possibilidade de conhecer.
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Criticismo
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A Crítica da Razão Pura (Kant)
• “Confesso que David Hume me despertou, pela primeira vez,
do meu sono dogmático.”
Empirismo
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• O empirismo defende que todas as nossas ideias são
provenientes de nossas percepções sensoriais (visão, audição,
tato, paladar, olfato). Como disse o filósofo empirista inglês
John Locke: “nada vem à mente sem ter passado pelos
sentidos.”
O empirismo de Locke
Empirismo
busca explicar a mente e
sua relação com o meio.
Ele afirmou que a mente
obtém todas as suas
ideias por percepção e
reflexão. Mesmo assim,
há limites para o que
podemos saber, além dos
quais temos de tolerar
uns as opiniões dos 33
outros.
• A proposição central de Locke sobre conhecimento é que não
há ideias inatas. Ele se referia a duas coisas: primeiro, junto
com muitos outros filósofos, Locke sustentava que temos de
aprender nossas crenças de vários modos por meio da
experiência de mundo; segundo, e mais fundamentalmente,
ele insistia que nenhum dos conceitos que usamos em nossas
crenças está presente ao nascer. Muitos defendiam que os
conceitos básicos, como a identidade, eram parte do
equipamento mental.
Empirismo
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• Segundo Locke, ao
nascer as crianças
não têm os
conceitos de cor e
forma básicos, e
precisam adquiri-
los pela
experiência.
Empirismo
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Racionalismo
• Doutrina que atribui exclusiva confiança na razão humana
como instrumento capaz de conhecer a verdade. Ou, como
recomendou o filósofo racionalista Descartes: “nunca nos
devemos deixar persuadir senão pela evidência de nossa
razão”.
Racionalismo
René Descartes (1596 – 1650): Considerado com
frequência o pai da filosofia moderna, Descartes
propôs um sistema de conhecimento que rompeu
com as ideias medievais. Ele é mais conhecido hoje
por suas ideias sobre o pensamento e seu “método
da dúvida”, que buscou dar uma base segura à
filosofia. Seu objetivo era revolucionar a física.
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• Descartes estabeleceu que a única verdade totalmente livre
de dúvida era a seguinte: meus pensamentos existem:
• “Penso, logo existo.”
Racionalismo
Daí porque a razão deve ser considerada como a fonte básica do conhecimento.
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