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INTRODUÇÃO
1 NÍVEIS DO CONHECIMENTO
A realidade mítica sempre foi algo presente na filosofia, que está relacionado à
exemplificação de algo intelectual. O mito, por muitas vezes, é usado como ponto de partida
para trazer algum conhecimento. Este tipo de conhecimento está presente no homem porque,
por vezes, o homem não conseguirá encontrar meios para explicar ou exemplificar alguma
informação, senão pela realidade mítica.
A filosofia, por si só, está em íntima ligação ao intelecto, por isso, a realidade do
conhecimento filosófico estará relacionada ao campo racional do homem. Estando ligado ao
racional, é caracterizado pelo esforço da razão para entender e discernir os caminhos a serem
traçados, se são corretos ou falsos.
1.4 Conhecimento da fé
2.1.2 A maiêutica
2.2 Platão
A metafísica de Platão é apresentada por sua visão supra sensível, presente no mundo
das ideias, que é plenamente transcendente e inteligível; em outras palavras, não faz parte da
realidade sensível e só é possível alcançar por meio da inteligência.
A existência do mundo das ideias apresenta a possibilidade das formas perfeitas das
coisas, enquanto que, no mundo material, as coisas existem de maneira imperfeita. E isso
acontece porque as coisas sensíveis, presentes no mundo material, são uma cópia do mundo
inteligível. Com isso, chegamos à realidade humana que sempre procura o bem e o saber; o
homem está em um mundo imperfeito que procura um bem maior que isso. Dado o fato, o
homem só conseguirá encontrar o Bem e o conhecimento através do pensamento direcionado
ao mundo inteligível. O mundo das ideias é o único meio do homem chegar ao pleno
conhecimento.
2.3 Aristóteles
A lógica aristotélica será um meio eficaz para chegar ao conhecimento das coisas,
sejam eles novos ou para comprovar aquilo já conhecido. Com isso, a lógica será apresentada
como uma ferramenta do pensamento, como o intuito de ajudar no caminho até o
conhecimento.
Ela será o meio para averiguar a correnteza dos conhecimentos que, por vezes, podem
ser apresentados como ambíguos, e para tal se faz necessário tal processo. Dentro da lógica,
temos o silogismo, que tenta chegar a conclusões válidas, baseando-se em três leis: o
princípio de identidade (a=a); princípio da não-contradição (uma coisa não pode ser
verdadeira e falsa ao mesmo tempo); princípio do terceiro excluído (uma proposição ou é
verdadeira ou falsa, não existe uma terceira opção). Exemplificando uma averiguação de
correnteza, por meio do silogismo: Todo homem é mortal; Pedro é mortal; Logo, Pedro é
mortal. Em sua, a lógica não irá fazer juízos dos conhecimentos, mas irá averiguar a
correnteza dos conhecimentos.
4 O HELENISMO
4.1 Estoicismo
4.2 Epicurismo
Ainda que o estoicismo seja primeiro em ordem cronológica, será o epicurismo aquele
que se apresenta como a primeira escola das grandes escolas. Tal ideia dos epicuristas gira em
torno da busca pelos prazeres no intuito de alcançar um verdadeiro estado de tranquilidade e
libertação do medo, por meio da ausência de sofrimento corporal e de preocupações.
Entretanto, até a busca dos prazeres deve ser feita de modo moderado
Com isso, o conhecimento, na escola epicurista, se fundamente sobre as sensações,
prolepses (é um recurso narrativo através do qual se pode descrever o futuro, um ato futuro,
prevendo-o ou anunciando-o antecipadamente) e sentimentos de dor e prazer.
Por fim, podemos resumir o epicurismo em três características do prazer: Os naturais
e necessários, que subtraem a dor, e por isso devem ser buscados; os naturais não necessários,
que são variações supérfluas (comer bem, amor), que devem ser moderados; e os não naturais
e não necessários, que são os prazeres vãos, que o homem deve fugir deles.
4.3 Ceticismo
Pode-se dizer que o ceticismo, além de uma escola, pode ser encarado como uma
postura filosófica advinda do helenismo, que busca afirmar que a mente humana não é capaz
de atingir nenhuma certeza acerca da verdade, e não sendo capaz, é impossível expressar
alguma opinião. Em suma, o ceticismo gira em torno de certo inatismo, no sentido de não
afirmar nada, dado que não podem chegar à verdade.
4.4 Ecletismo
O ecletismo, dentre as várias corrente presentes no helenismo, busca conciliar as
diversas doutrinas, que possuem teses mais aceitáveis, e escolher pontos das várias doutrinas
e formar uma nova e melhor tese.
5 FILOSOFIA CRISTÃ
5.1 Santo Agostinho
Em Santo Agostinho que a filosofia patrística encontra seu mais alto nível filosófico.
É sabido que a filosofia agostiniana encontra suas bases na filosofia platônica e, munido-se
dela, dá um passo a mais, colocando Deus como centro, meta e ápice de sua filosofia. E,
consequentemente, sua teoria do conhecimento terá uma íntima ligação com Deus, afirmando
que todo conhecimento humano é adquirido por meio de uma iluminação divina.
Influenciado pela filosofia platônica, Agostinho apresenta a relação uma relação entre
corpo e alma, deixa bastante explícito que o corpo possui um princípio passivo e a alma um
princípio ativo, no sentido de que a alma influencia o corpo. Com isso, apresenta grande
importância - e diz que é o mais evidente - na experiência sensível no conhecimento,
afirmando que cada sentido tem o seu objeto próprio, mas que o objeto pode ser conhecido
por mais de um sentido. Entretanto, não é puramente sensível; Agostinho apresentará que a
sensação é espiritual, porque, segundo ele, é próprio da alma. Exemplificando: A dor, que é
transmitida por meio do corpo, é a alma que sofre, da mesma maneira as afecções: ainda que
seja o corpo que percebe, será a alma a atingida. Tal afirmação agostiniana só se torna
aceitável em virtude de uma luz espiritual advinda da alma que capacita o conhecimento
sensível, mesmo que o corpo possua algumas defecções, a luz espiritual é comum a todos.
Dessa forma, a sensação é apresentada como uma atividade da alma que é uma
“exploração” do corpo pela alma, que, por sua vez, age sobre os sentido como causa deles, ou
seja, a alma é causa dos sentidos e é ela que produz a sensação. Por isso, a ideia agostiniana
de que o homem retorna a alma faz sentido, porque, segundo ele, o homem precisa buscar a
verdade no interior de sua alma, e não fora dela, uma vez que ela que causa a sensação.
5.1.4 A linguagem
A escolástica pode ser entendida como o apogeu da filosofia cristã e, dessa forma, é
no século XIII que as maiores expressões da filosofia são apresentadas, sob duas vertentes: a
escola franciscana, com São Boaventura e Duns Scotus e a escola dominicana, com Santo
Tomás de Aquino.
Outro grande acontecimento no período escolástico se encontra no surgimento das
universidades e a formação das escolas, que, em suma, será a filosofia ensinada nas escolas.
Desse modo, acontece o redescobrimento das obras aristotélicas, que influenciará diretamente
a filosofia escolástica, principalmente com Santo Tomás. E, será no Aquinate que a plena
interpretação das filosofia aristotélica poderá ser encontrada, sendo ele um dos maiores,
senão o maior, comentador de Aristóteles.
Ademais, a formação intelectual na escolástica será encontrada no estudo das artes
liberais, por meio do Trivium - gramática, retórica e dialética - e do Quadrivium - aritmética,
geometria, música e astronomia; e outro grande meio serão as próprias universidades, sendo
elas estimuladas pela Igreja Católica, que ocorrerá a integração do professor e do aluno.
Em suma, o grande método escolástico será o ensino , através das lições, da lectio
(leitura), dos seminários, da disputatio (disputa), em que os professores irão aprofundar o
conhecimento do presente momento vivido. Além disso, o estudo da filosofia será entendido
como instrumento para a teologia, como forma para entender as verdades reveladas.
6 A VERDADE E O CONHECIMENTO
6.1 Noção de verdade
Acerca da verdade, Santo Tomás de Aquino, em sua suma teológica, diz que é
adequatio rei et intellectus (adequação da inteligência às coisas). Dessa forma, o Aquinate
apresenta a verdade lógica, diferenciando-se da verdade ontológica, que é a capacidade do
ente ser conhecido pela inteligência. Com isso, é possível dizer que a verdade existe quando é
formada de um objeto que corresponde ao o que ele é na realidade, trazendo uma íntima
relação entre a ideia e a realidade. O resultado dessa adequação é o próprio conhecimento da
coisa na realidade.
A causa da verdade é a própria coisa que se encontra no intelecto. Concomitantemente
a isso, Aristóteles diz que o conhecimento se dá pela potência da alma conhecer todas as
coisas; e se o homem busca conhecer todas as coisas, é possível afirmar que o homem se
conforma às formas materiais. Com isso, duas realidades são bastantes presentes: o ser e o
intelecto; o primeiro rege o segundo.
Tomás de Aquino afirma que a verdade do ente depende do grau de ser que ela possui,
ou seja, quanto mais “Ser” ela possui, mais verdadeiro será. Ao dizer que o ente possui mais
ou menos ser, deve se entender que os ente finitos são mais ou menos verdadeiros na medida
da participação no ser divino.
Diferentemente do idealismo, que fundam o conhecimento no ato de pensar as coisas,
ou seja, para eles é o ente que dita a verdade, e não a verdade presente nas coisas; e, dessa
forma, o ente e a verdade - segundo essa visão - carece de fundamento real.
Em suma, a verdade no conhecimento deve ser fundamentada na verdade ontológica,
porque o homem conhece as coisas a partir do momento que ele tem contato com a coisas, e a
coisas transparece uma verdade, que será formada uma verdade no ente.
A verdade não pode ser encontrada nos sentidos, porque ele não pode captar a
essência da coisa, mas apenas a imagem da coisa; e também não pode estar presente no
conceito, porque ele é somente a expressão verbal da ideia das coisas. Sendo assim, a verdade
no conhecimento se fundamente na verdade ontológica, pois o homem conhece a partir do
contato com a coisa. Ademais, a verdade se dá no juízo, pelo processo reflexivo sobre a coisa
é ou não é o que os sentidos captam. Somente o juízo é capaz de dizer algo verdadeiro ou
falso,
6.4.1 O erro
Cada ação humana possui um objeto: o objeto da vontade é a bondade, dos sentidos a
beleza e o objeto do intelecto é a verdade. A verdade, segundo Tomás de Aquino, é a
adequação entre o intelecto e as coisas, logo, o erro pode ser entendido como a inadequação
entre o intelecto e as coisas. O erro em si, é um erro que a inteligência comete um erro ao
formar um juízo e, por vezes, ser levado pelas aparências que podem enganar.
Em suma, pode-se elencar três conceitos para basear a “inadequação entre o intelecto
e a realidade”, são elas: Nesciência, ignorância e o próprio erro. O primeiro diz respeito à
própria ausência do seber; o segundo, se dá pela carência do conhecimento que era devido;
por último, é a afirmação de algo falso como se fosse verdadeiro. Ademais, o erro pode sofrer
o influxo da vontade, mas aquela que busca a bondade, mas aquela que está afetada pelos
vícios e paixões.
7 MÉTODO FENOMENOLÓGICO
Para que a filosofia alcance um status científico rigoroso, é necessário que ela se
baseie em princípios universais a priori, em vez de dados empíricos ou fatos contingentes.
Essa é a abordagem adotada por Husserl, que parte de idealidades como fundamentos válidos
e independentes da contingência dos fatos. Essas idealidades constituem a prioridade radical
para todas as ciências.
Dessa maneira, a fenomenologia husserliana busca compreender as “coisas em si” em
sua inteireza e pureza, da maneira em que se apresentam à consciência, sem o dado empírico.
Em suma, busca estabelecer uma base certa e universal para as ciências, para chegar ao
conhecimento sem apoiar-se em fatos contingentes.
Se foi apresentada a intencionalidade, ela irá conduzir para uma redução; tal redução é
colocar as coisas entre parênteses das coisas que o senso comum concebe. Não se trata,
portanto, de uma eterna dúvida acerca das coisas existentes, mas o faz para se fundamentar
em algo indubitável. Sendo assim, a redução (epoqué) não pode ser entendida como a
tentativa de duvidar, é apenas a suspensão de quaisquer juízos para chegar ao irrefutável.
BIBLIOGRAFIA
ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Trad. Alfredo Bosi. São Paulo: Martins
Fontes, 2007.
MARTINS FILHO, Ives Gandra. Manual Esquemático de Filosofia. São Paulo: LTR, 2006.