Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Eram adoradas no templo Museion (daí a palavra Cosmogonia: uma tentativa de explicar a
“museu”, que é o local onde se preservam as realidade através dos mitos, narrava a origem da
artes e as ciências); natureza por meio de genealogias divinas.
Teoria do mito noético: Dizia-se que os gregos, Para cada dos primeiros filósofos pré-socráticos a
como qualquer outro povo, acreditavam em seus Arché era diferente. Vejamos:
mitos e que a filosofia nasceu, vagarosa e
gradualmente, do interior dos próprios mitos, Tales de Mileto: A Arché da Physis para Tales era
como uma racionalização deles. a Água. Desse modo, para o filósofo, a “água é o
princípio de todas as coisas.”
Teoria da origem política da filosofia: vários
fatores influenciaram, como os sociais e Pitágoras de Samos: A Arché da Physis para
econômicos, mas sobre a política, valorizando o Pitágoras eram os Números. Relatam os
humano, o pensamento, a discussão, a persuasão historiadores que Pitágoras foi o primeiro filósofo
e a decisão racional valorizou o pensamento a utilizar a palavra filosofia para designar a
racional e criou condições para que surgisse o atividade incansável da busca do saber.
discurso ou a palavra filosófica.
Anaximandro: A Arché da Physis para
Teoria do Espanto (Aristóteles): Aristóteles Anaximandro era o Ilimitado (ápeiron), princípio
afirmava que a filosofia tinha a sua origem no indeterminado e em movimento perpétuo.
O movimento segundo esse filósofo, só é possível O SER para Heráclito é Múltiplo, Mutável,
porque tudo o que existe, existe em seu oposto. Destrutível. Mas da multiplicidade vem a
Desse modo, só é possível conhecer qualquer unidade, portanto, Heráclito não pode ser
coisa, porque existe seu contrário. considerado empirista.
São os Opostos em guerra que possibilitam o Assim, Heráclito tem como reflexão a afirmação
movimento. da mudança constante, o eterno fluxo, como
fundamento do conhecimento, admitindo tanto a
A causa do movimento, segundo Heráclito: A Luta multiplicidade (dos seres) quanto a unidade e a
Constante dos Contrários/ Luta constante dos harmonia garantidas pelo “logos”.
opostos.
Palavras-chave: MOVIMENTO, DEVIR, TUDO FLUI
Exemplo: Só existe dia, porque existe noite. Só (“Panta rei”).
existe quente, porque existe frio. Só existe seco,
porque existe molhado; etc. PARMÊNIDES DE ELÉIA
OBS: Esse movimento gerado pela Guerra Parmênides defende o imobilísmo, ele é
SEMPRE é dado em EQUILÍBRIO. Nunca gera o considerado por historiadores da filosofia como o
caos e a desordem. Assim, o universo está em “Pai da Metafísica”, o “Pai da Ontologia”.
permanente conflito com o seu contrário.
Quase toda a teoria de Parmênides se encontra
Heráclito para ilustrar sua dialética utiliza da em um poema de sua autoria denominado “Sobre
metáfora do “Fogo”. Ele utiliza esse recurso para a natureza”, que trata basicamente em suas duas
demonstrar que tudo flui, tudo está em constante partes, do caminho da verdade (Alétheia) e do
movimento. Pois “o fogo acende e apaga com caminho da opinião (Doxa).
medida”. Desse modo, o fogo, como chamas vivas
Para Parmênides o olho engana, o conhecimento Segundo Parmênides só podemos conhecer pelo
não está nos sentidos, mas em um plano pensamento, já que pensar e ser é uma só coisa
metafísico. Esse filósofo é considerado o primeiro para ele.
a formular os princípios lógicos de identidade e
não-contradição, desenvolvidos posteriormente Dessa maneira Parmênides, que afirma a
por Aristóteles. imobilidade do ser e a identidade entre o ser e o
pensar, em oposição à aparência, que é fruto das
A busca racional do ser vai nos revelar um ser opiniões formadas pelos homens a partir dos
uno, imutável, ingênito, imperecível, eterno, não sentidos.
contraditório e idêntico a si mesmo. Que só
podemos conhecer pelo pensamento, já que OS SOFISTAS
pensar e ser é uma só coisa para ele.
Para os Sofistas, tudo deveria ser avaliado
Assim, existe o ser, e não é concebível sua não- segundo os interesses do homem e de acordo
existência. Por isso, o ser é, e o não-ser não é. com a forma que este vê a realidade.
A finalidade da Ironia socrática não é depreciar o A procura da verdade para Sócrates implicava em
seu interlocutor, mas sim despertar nele o conseguir uma convivência honesta e digna entre
conhecimento, a partir do momento em que ele os homens. Assim, Sócrates procurou caracterizar
admite sua ignorância, quebram-se os a sua vida construindo uma personalidade
preconceitos sobre o assunto o qual debatem e corajosa e guiando sua conduta pelo seu critério
chegam a busca de um novo conceito, por meio de justiça. Viveu conforme sua própria
do “parto das ideias”. consciência. Morreu sem ter renunciado a seus
valores morais e a sua doutrina.
Desse modo, a maiêutica (o parto das ideias), o
reconhecimento do não saber pela ironia e a PLATÃO
ausência de respostas às questões levantadas
A filosofia platônica tem como fundamento inicial
(aporia) constituem o fundamento do
resolver o embate entre o mobilísmo de Heráclito
pensamento socrático.
e o imobilísmo de Parmênides. Segundo Platão,
O caminho que eleva a alma ao conhecimento Para Platão, as três partes da alma agem na busca
das ideias se inicia no grau de máxima ignorância: do Bem supremo, impulsionadas pelo amor. A
nas paredes, no fundo da caverna, estão Alma de ouro (racional); Alma de prata (irascível);
projetadas as sombras dos bonecos de madeira, Alma de Bronze (apetites);
cópias dos objetos sensíveis, imagens
(simulacros). A parte racional da alma, conheceria a verdade e
reuniria a inteligência, a moral e a lógica. A parte
Na segunda etapa ainda no fundo da caverna, isto emocional conteria as emoções superiores, como
é, no mundo sensível: temos a crença no que os a honra e o ódio à injustiça. A parte da alma dos
sentidos nos mostram: os bonecos de madeira, apetites é rebelde e corresponde aos desejos
objetos sensíveis, meras cópias dos verdadeiros inferiores carnais, sendo desordenada e inquieta.
seres – as Ideias (formas).
A Alegoria (Simbologia):
Na terceira etapa, entre o mundo sensível e o Sol: Ideia do Supremo Bem
mundo inteligível, o cativo liberto chega ao
primeiro grau do conhecimento verdadeiro com o Interior da Caverna: Mundo Sensível
pensamento discursivo, que são os raciocínios
Exterior da Caverna: Mundo Inteligível
matemáticos que refletem e demonstram as
verdades filosóficas. Sombra da Fogueira no fundo da caverna: Cópias
imperfeitas das ideias
Ídolos do Foro (mercado): Noções falsas que MÉTODO INDUTIVO: A indução não foi
surgem das relações entre os homens descoberta de Bacon, mas ele foi mais além,
(comunicação). Vem das palavras que forçam o propondo um método indutivo que gerava
homem a acreditar em fantasias. conhecimento, ao invés de apenas ordenar o já
conhecido. Bacon definiu o método como o modo
Adventícias: originam de nossas sensações, Síntese: conduzir por ordem meus pensamentos,
lembranças; ideias que nos vêm da experiência. começando pelos objetos mais simples e mais
Podem ser verdadeiras ou falsas. Descartes fáceis de conhecer, para subir, pouco a pouco,
denomina as ideias adventícias como obscuras, como por degraus, até o conhecimento dos mais
pois dependem da experiência.
Assim, existe, além da Res Cogitans (Coisa IMPRESSÃO: Sempre forte e Vívida
pensante) a Res Extensa: (Coisa extensa). Isso X
significa que o conhecimento certo e seguro do IDEIA: Sempre fraca e menos Vívida
mundo externo será possível apenas no que diz
respeito a essas propriedades quantitativas,
A Ideia, portanto, é uma lembrança de uma
geométricas, matemáticas, as únicas que podem
experiência, ou seja, uma impressão já vivida por
ser conhecidas pela razão.
cada um de nós.
FILOSOFIA CONTRATUALISTA
Para Montesquieu os três poderes são Segundo Hegel, “o real é racional, o racional é
independentes. Eles são equivalentes, ou seja, real”, visto que todas as coisas existentes, mesmo
possuem a mesma quantidade de poder. as piores, fazem parte de um plano racional, e
que portanto, tem sentido dentro do processo
A divisão dos Poderes tem como fundamento: histórico. Essa afirmação de Hegel sofre diversas
Evitar abusos dos governantes críticas pois leva a um certo conformismo ou
passividade diante das injustiças sociais.
Proteger as liberdades individuais
Desse modo, o Estado é o único ente que Nas relações capitalistas de produção do período
consegue superar os embates existentes entre os contemporâneo, os indivíduos livres estabelecem
interesses públicos e os interesses privados e uma relação mediada pelo mercado: aqueles que
compatibilizá-los dentro do Estado. Assim é não são donos dos meios de produção vendem a
dentro do Estado que se tem a concretização da única coisa de que dispõe – seu trabalho - em
liberdade. troca de recursos necessários a sua
sobrevivência. Daí na sociedade capitalista Marx
KARL MARX afirma que é o capital que explora o trabalho.
Karl Marx apresenta uma nova possibilidade, uma O trabalho é explorado segundo a filosofia de
concepção dialética da realidade social. Assim, Marx através da mais-valia. A mais-valia
para Marx, não é a consciência dos homens que corresponde a diferença entre o valor final da
determina o seu ser social, mas, ao contrário, é o mercadoria e a soma do valor dos meios de
seu ser social que determina sua consciência, produção e do valor do trabalho, ou seja, parte
assim, discorda do idealismo de Hegel e propõe o do valor da força de trabalho dispendida por um
materialismo histórico e dialético que determinado trabalhador na produção que não é
compreende a história real dos homens a partir remunerada pelo patrão.
das condições materiais em que eles vivem.
A mais-valia absoluta é aquela na qual o detentor
Desse modo, Marx critica o idealismo hegeliano. dos meios de produção estende a duração da
A crítica começa pela concepção hegeliana da jornada de trabalho mantendo o salário
história como uma sequencia racional de constante. Já a mais-valia relativa é quando há a
O segundo nível, político – ideológico, é chamado Revolução e práxis: Marx chama de práxis à ação
de superestrutura que é constituída pela humana de transformar a realidade. Nesse
estrutura jurídico-política representada pelo sentido, o conceito de práxis não se identifica
Estado e pelo direito e pela estrutura ideológica propriamente com prática, mas significa a união
referente às formas da consciência social, tais dialética da teoria e da prática. Isto é, ao mesmo
como a religião, as leis, a educação, a família, a tempo em que a consciência é determinada pelo
literatura, a filosofia, a ciência, a arte, os meios modo como os homens produzem sua existência,
modernos de comunicação: TV, rádio, cinema, também a ação humana é projetada, refletida,
etc. consciente.
A superestrutura de uma sociedade depende, Para Marx, o Estado não supera as contradições
pois, de sua infraestrutura. Daí a importância da da sociedade civil, mas é o reflexo delas, e está aí
questão econômica para Marx. Desse modo, a para perpetuá-las. Por isso só aparentemente visa
infraestrutura determina a superestrutura que o bem comum, estando de fato a serviço da
por sua vez, influencia a infraestrutura. classe dominante. Portanto, o Estado é um mal
que deve ser superado. O Estado para Marx,
assim como, as demais formas da superestrutura
são um instrumento de manutenção das relações
existentes na base econômica.
FILOSOFIA ÉTICA
ÉTICA E MORAL
ÉTICA ARISTOTÉLICA
ESCLARECIMENTO EM KANT
Por meio do próprio corpo cada um de nós sente Nietzsche é um filósofo que trata de questões
que vive e experimenta prazer e dor, e percebe o morais. Ele critica toda a moral pré-estabelecida e
anseio de viver e o impulso pela conservação; propõe que os conceitos de bem e mal forma
cada um de nos sente que a essência intima não é transformados em valores metafísicos e
mais que sua vontade, a qual constitui o objeto transcendentes à realidade da Terra,
imediato de seu próprio conhecimento. independentes de situações concretas vividas
pelos homens. Em sua principal obra Assim falou
A essência de nosso ser é, portanto, vontade. A
Zaratustra expõe os conceitos do eterno retorno
imersão na profundidade de nos mesmos nos faz
e da derrota da moral cristã pelo Super-homem.
descobrir que somos vontade. E ao mesmo
tempo rasga "o véu de Maya" e permite ver-nos
Segundo Nietzsche, existem dois elementos
por aquilo que somos; uma parte da vontade
fundamentais e antagônicos: o espírito apolíneo e
única, do "cego e irresistível impulso" que
o espírito dionisíaco, sendo que o primeiro
permeia todo o universo: vontade é a força que
representa a ordem, a harmonia e a razão, e o
faz crescer a planta, que dá forma ao cristal, que
segundo o sentimento, a ação e a emoção.
dirige a agulha imantada para o norte e assim por
Mas não são somente nas prisões que nós Sabemos que esses recursos estão rapidamente
encontramos aqueles que precisam ser se aproximando de seu esgotamento. Estamos
REFERÊNCIAS: