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Herlan Fellini
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Diretor editorial
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QUESTÕES OBJETIVAS- Fuvest
Linguagens, Códigos e suas tecnologias
Gramática e Interpretação de texto 7
Literatura 13
Inglês 23
Redação 29
Ciências Humanas e suas tecnologias
História 41
Geografia 65
Ciências
Biologia
da Natureza e suas tecnologias 91
Física 117
Química 147
Matemática e suas tecnologias
Matemática 1 183
Matemática 2 189
Matemática 3 193
Matemática 4 197
QUESTÕES OBJETIVAS - línguas
Linguagens, Códigos e suas tecnologias
R.P.A. Fuvest
Revisão Programada Anual
Fuvest - Gramática, Literatura,
e Interpretação de Texto
Fuvest - Inglês
GRÁMATICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
7
c) prefere a denominação “teoria social” à de- 5. (Fuvest) Considere as seguintes substitui-
nominação “ciências sociais”. ções propostas para diferentes trechos do
d) discorda dos pressupostos teóricos dessas ci- texto:
ências. I. “o número a que chegasse” (ref. 11) = o
e) utiliza com reserva a denominação “ciências número a que alcançasse.
sociais”. II. “Lembro o orgulho” (ref. 12) = Recordo-
-me do orgulho.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO III.“coisas que deixamos de fazer” (ref. 13)
= coisas que nos descartamos.
Vivendo e... IV. “não há mais bondes” (ref. 14) = não
existe mais bondes.
Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Du- A correção gramatical está preservada ape-
nas no que foi proposto em:
vido que se hoje
conseguisse pegasse na
equilibrá-la umadobra
bola do
de gude
dedo a) I.
b) II.
indicador sobre a unha do polegar, quanto c) III.
mais jogá-la com a 1precisão que tinha quan- d) II e IV.
do era garoto. (...) e) I, III e IV.
8
RAIO X GABARITO
1. Na frase “O surto marítimo que enche sua his- 1. D 2. D 3. A 4. E 5. B
tória do século XV”, o presente do indicativo é
usado para dar mais vivacidade ao texto e real- 6. C
çar os acontecimentos que estão sendo descri-
tos. Trata-se do presente histórico, processo de
dramatização linguística que transporta fatos
do passado para a atualidade.
leiras; era a palmeira virginal e esquiva que * moquirão = mutirão (mobilização coletiva
se não torce a nenhuma outra planta; era o para auxílio mútuo, de caráter gratuito).
veneno e era o açúcar gostoso; era o sapoti
mais doce que o mel e era a castanha do caju,
que abre feridas com o seu azeite de fogo; 2. (Fuvest)Considere os seguintes comentários
ela era a cobra verde e traiçoeira, a lagar- sobre diferentes elementos linguísticos pre-
ta viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava sentes no texto:
havia muito tempo em torno do corpo dele, I. Em “alcançou o capanga um casal de
assanhando-lhe os desejos, acordando-lhe as velhinhos” (ref. 1), o contexto permite
fibras embambecidas pela saudade da terra, identificar qual é o sujeito, mesmo este
picando-lhe as artérias, para lhe cuspir den- estando posposto.
tro do sangue uma centelha daquele amor II. O verbo sublinhado no trecho “que se-
setentrional, uma nota daquela música feita guiam diante dele o mesmo caminho”
de gemidos de prazer, uma larva daquela nu- (ref. 2) poderia estar no singular sem
vem de cantáridas que zumbiam em torno da prejuízo para a correção gramatical.
Rita Baiana e espalhavam-se pelo ar numa III.No trecho “que destinavam eles uns cin-
fosforescência afrodisíaca. quenta mil-réis” (ref. 3), pode-se apon-
Aluísio Azevedo, O cortiço. tar um uso informal do pronome pessoal
reto “eles”, como na frase “Você tem vis-
1. (Fuvest)O conceito de hiperônimo (vocábulo to eles por aí?”.
de sentido mais genérico em relação a outro) Está correto o que se afirma em:
aplica-se à palavra “planta” em relação a a) I, apenas.
“palmeira”, “trevos”, “baunilha” etc., todas b) II, apenas.
presentes no texto. Tendo em vista a relação c) III, apenas.
que estabelece com outras palavras do texto, d) I e II, apenas.
constitui também um hiperônimo a palavra: e) I, II e III.
a) “alma”.
b) “impressões”. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
c) “fazenda”.
d) “cobra”. A civilização 2“pós-moderna” culminou em
e) “saudade”. um progresso inegável, que não foi percebi-
do antecipadamente, em sua inteireza. Ao
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO mesmo tempo, sob o 3“mau uso” da ciência,
da tecnologia e da capacidade de invenção
Tornando da malograda espera do tigre, 1al- nos precipitou na miséria moral 1inexorável.
cançou o capanga um casal de velhinhos, Os que condenam a ciência, a tecnologia e a
2que seguiam diante dele o mesmo caminho, invenção criativa por essa miséria ignoram
eticulares.
conversavam acercapalavras
Das poucas de seus que
negócios par-
apanhara, os
modesafios que explodiram
monopolista comfase.
de sua terceira o capitalis-
percebeu Jão Fera 3que destinavam eles uns Em páginas secas premonitórias, E. Man-
cinquenta mil-réis, tudo quanto possuíam, à del* apontara tais riscos. O 4“livre jogo do
compra de mantimentos, a fim de fazer um mercado” (que não é e nunca foi 5“livre”)
moquirão*, com que pretendiam abrir uma rasgou o ventre das vítimas: milhões de se-
boa roça. res humanos nos países ricos e uma carrada
— Mas chegará, homem? perguntou a velha. maior de milhões nos países pobres. O centro
— Há de se espichar bem, mulher! acabou fabricando a sua periferia intrínseca
Uma voz os interrompeu: e apossou-se, como não sucedeu nem sob o
10
regime colonial direto, das outras periferias TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
externas, que abrangem quase todo o 6“resto
do m undo”. Leia esta notícia científica:
Florestan Fernandes, Folha de S. Paulo, 27/12/1993.
Há 1,5 milhão de anos, ancestrais do homem
moderno deixaram pegadas quando atraves-
(*) Ernest Ezra Mandel (1923-1995): econo- saram um campo lamacento nas proximida-
mista e militante político belga. des do Ileret, no norte do Quênia. Uma equi-
pe internacional de pesquisadores descobriu
3. (Fuvest)O emprego de aspas em uma dada essas marcas recentemente e mostrou que
expressão pode servir, inclusive, para indi- elas são muito parecidas com as do “Homo
car que ela: sapiens”: o arco do pé é alongado, os dedos
I. foi utilizada pelo autor com algum tipo são curtos, arqueados e alinhados. Também,
de restrição; o tamanho, a profundidade das pegadas e o
II. pertence ao jargão de uma determinada espaçamento entre elas refletem a altura, o
área do conhecimento; peso e o modo de caminhar atual. Anterior-
III. contém sentido pejorativo, não assumido mente, houve outras descobertas arqueoló-
pelo autor. gicas, como, por exemplo, as feitas na Tan-
Considere as seguintes ocorrências de em- zânia, em 1978, que revelaram pegadas de
prego de aspas presentes no texto: 3,7 milhões de anos, mas com uma anatomia
A. “pós-moderna” (ref. 2); semelhante à de macacos. Os pesquisadores
B. “mau uso” (ref. 3); acreditam que as marcas recém-descobertas
C. “livre jogo do mercado” (ref. 4); pertenceram ao “Homo erectus”.
D. “livre” (ref. 5); Revista FAPESP, nº 157, março de 2009. Adaptado.
E. “resto do mundo” (ref. 6).
As modalidades I, II e III de uso de aspas, 6. (Fuvest)No trecho “semelhante à de maca-
elencadas acima, verificam-se, respectiva- cos”, fica subentendida uma palavra já em-
mente, em: pregada na mesma frase. Um recurso lin-
a) A, C e E. guístico desse tipo também está presente no
b) B, C e D. trecho assinalado em:
c) C, D e E. a) A água não é somente herança de nossos
d) A, B e E. predecessores; ela é, sobretudo, um emprés-
e) B, D e A. timo às futuras gerações.
b) Recorrer à exploração da miséria humana,
4. (Fuvest)Em qual destas frases a vírgula foi infelizmente, está longe de ser um novo in-
empregada para marcar a omissão do verbo? grediente no cardápio da tevê aberta à moda
a) Ter um apartamento no térreo é ter as van- brasileira.
tagens de uma casa, além de poder desfrutar c) Ainda há quem julgue que os recursos que a
de um jardim. natureza oferece à humanidade são, de certo
b) Compre sem susto: a loja é virtual; os direi- modo, inesgotáveis.
tos, reais. d) A prática do patrimonialismo acaba nos le-
c) Para quem não conhece o mercado financei- vando à cultura da tolerância à corrupção.
ro, procuramos usar uma linguagem livre do e) Já está provado que a concentração de po-
economês. luentes em área para não fumantes é muito
d) A sensação é de estar perdido: você não vai superior à recomendada pela OMS.
encontrar ninguém no Jalapão, mas vai ver
a natureza intocada. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
e) Esta é a informação mais importante para a pre-
servação da água: sabendo usar, não vai faltar. Já na segurança da calçada, e passando por
um trecho em obras que atravanca nossos
5. (Fuvest)Quanto à concordância verbal, a fra- passos, lanço à queima-roupa:
se inteiramente correta é: — Você conhece alguma cidade mais feia do
a) Cada um dos participantes, ao inscrever-se, que São Paulo?
deverão receber as orientações necessárias. — Agora você me pegou, retruca, rindo. Hã,
b) Os que prometem ser justos, em geral, não deixa eu ver... Lembro-me de La Paz, a ca-
conseguem sê-lo sem que se prejudiquem. pital da Bolívia, que me pareceu bem feia.
c) Já deu dez horas e a entrega das medalhas Dizem que Bogotá é muito feiosa também,
ainda não foram feitas. mas não a conheço. Bem, São Paulo, no geral,
d) O que se viam era apenas destroços, cadáve- é feia, mas as pessoas têm uma disposição
res e ruas completamente destruídas. para o trabalho aqui, uma vi bração empreen-
e) Devem ter havido acordos espúrios entre dedora, que dá uma feição muito particular
prefeitos e vereadores daqueles municípios. à cidade. Acordar cedo em São Paulo e ver
11
as pessoas saindo para trabalhar é algo que é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa
me toca. Acho emocionante ver a garra dessa contração cadavérica; vício grave, e aliás í n-
gente. fimo, porque o maior defeito deste livro és
R. Moraes e R. Linsker. Estrangeiros em casa: tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o
uma caminhada pela selva urbana de São Paulo.
National Geographic Brasil. Adaptado.
livro anda devagar; tu amas a narração direi-
ta e nutrida, o estilo regular e fluente, e este
7. (Fuvest)Ao reproduzir um diálogo, o texto livro e o meu estilo são como os ébrios, gui-
incorpora marcas de oralidade, tanto de or- nam à direita e à esquerda, andam e param,
dem léxica, caso da palavra “garra”, quanto resmungam, urram, gargalham, ameaçam o
de ordem gramatical, como, por exemplo: céu, escorregam e caem...
a) “lanço à queima-roupa”.
E caem! — Folhas misérrimas do meu cipres-
b) “Agora você me pegou”. te, heis de cair, como quaisquer outras belas
c) “deixa eu ver”. e vistosas; e, se eu tivesse olhos, dar-vos-ia
d) “Bogotá é muito feiosa”. uma lágrima de saudade. Esta é a grande
e) “é algo que me toca”. vantagem da morte, que, se não deixa boca
para rir, também não deixa olhos para cho-
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO rar... Heis de cair.
Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas.
mito literário.
c) a mitologia tupi está para a mitologia clás- 2. (Fuvest)
sica, predominante no texto, assim como a de grandeAo dizer:de“(...)
dívida promessa
honra”, é questão
Olímpico junta,
prosa está para a poesia. em uma só afirmação, a obrigação religiosa
d) ao fundir romance e poema, Alencar, invo- e o dever de honra. A personagem de “Saga-
luntariamente, produziu uma lenda do Cea- rana” que, em suas ações finais, opera uma
rá, superior à mitologia clássica. junção semelhante é:
e) estabelece-se uma hierarquia de gêneros li- a) Major Saulo, de “O burrinho pedrês”.
terários, na qual o termo superior, ou domi- b) Lalino, de “Traços biográficos de Lalino Sa-
nante, é a prosa romanesca, e o termo infe- Lãthiel ou A volta do marido pródigo”.
rior, o mito. c) Primo Ribeiro, de “Sarapalha”.
d) João Mangolô, de “São Marcos”.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO e) Augusto Matraga, de “A hora e vez de Au-
gusto Matraga”.
Ele se aproximou e com voz cantante de nor-
destino que a emocionou, perguntou-lhe:
— E se me desculpe, senhorinha, posso con- 3. (Fuvest) Em quatro das alternativas abai-
vidar a passear? xo, registram-se alguns dos aspectos que,
— Sim, respondeu atabalhoadamente com para bem caracterizar o gênero e o estilo das
pressa antes que ele mudasse de ideia. Memórias póstumas de Brás Cubas, o crítico
— E, se me permi te, qual é mesmo a sua graça? J. G. Merquior pôs em relevo nessa obra de
— Macabéa.
Maca — o quê? Machado de aliás,
invertendo, Assis.o Ajuízo
única alternativa que,
do mencionado crí-
— Bea, foi ela obrigada a completar. tico, aponta uma característica que NÃO se
— Me desculpe mas até parece doença, do- aplica à obra em questão é:
ença de pele. a) ausência praticamente completa de distan-
— Eu também acho esquisito mas minha
mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora ciamento enobrecedor na figuração das per-
da Boa Morte se eu vingasse, até um ano de sonagens e de suas ações.
idade eu não era chamada porque não tinha b) mistura do sério e do cômico, de que resul-
nome, eu preferia continuar a nunca ser cha- ta uma abordagem humorística das questões
mada em vez de ter um nome que ninguém mais cruciais.
13
c) ampla liberdade do texto em relação aos di- Ele é mesmo nosso pai
tames da verossimilhança e é quem pode nos ajudar...
d) emprego de uma linguagem que evita cha-
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos
mar a atenção sobre si mesma, apagando-se,
negros não o esqueçam avisa no seu cântico
assim, por detrás da coisa narrada.
de despedida:
e) uso frequente de gêneros intercalados – por
exemplo, cartas ou bilhetes, historietas etc. – Ora, adeus, ó meus filhinhos,
embutidos no conjunto da obra global. Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas
4. (Fuvest) Tendo em vista o conjunto de pro- macumbas, numa noite de mistério da Bahia,
posições e teses desenvolvidas em A cidade Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira
e as serras, pode-se concluir que é coerente e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi
com o universo ideológico dessa obra o que com ele.
se afirma em: Jorge Amado, Capitães da Areia.
a) A personalidade não se desenvolve pelo sim- 1lazareto: estabelecimento para isolamento
ples acúmulo passivo de experiências, des-
sanitário de pessoas atingidas por determi-
provido de empenho radical, nem, tampou-
nadas doenças.
co, pela simples erudição ou pelo privilégio.
b) A atividade intelectual do indivíduo deve-
-se fazer acompanhar do labor produtivo do 5. (Fuvest) Costuma-se reconhecer que Capi-
tães da areia pertence ao assim chamado
trabalho braçal, sem o que o homem se infe-
licita e desviriliza.
“romance de 1930”, que registra impor-
c) O sentimento de integração a um mundo fi-
tantes transformações pelas quais passava
nalmente reconciliado, o sujeito só o alcan-
o Modernismo no Brasil, à medida que esse
ça pela experiência avassaladora da paixão
movimento se expandia e diversificava. No
excerto, considerado no contexto do livro de
amorosa, vivida como devoção irracional e
que faz parte, constitui marca desse perten-
absoluta a outro s er.
cimento:
d) Elites nacionais autênticas são as que ado-
a) o experimentalismo estético, de caráter van-
tam, como norma de sua própria conduta, os
guardista, visível no abundante emprego de
usos e costumes do país profundo, constitu-
neologismos.
ído pelas populações pobres e distantes dos
b) o tratamento preferencial de realidades bem
centros urbanos. determinadas, com foco nos problemas so-
e) Uma vida adulta equilibrada e bem desen- ciais nelas envolvidos.
volvida em todos os seus aspectos implica a c) a utilização do determinismo geográfico e
participação do indivíduo na política parti- racial, na interpretação dos fatos narrados.
dária, nas atividades religiosas e na produ- d) a adoção do primitivismo da “Arte Negra”
ção literária. como modelo formal, à semelhança do que
fizera o Cubismo europeu.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES e) o uso de recursos próprios dos textos jor-
nalísticos, em especial, a preferência pelo
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma relato imparcial e objetivo.
vingança contra a cidade dos ricos. Mas os
ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de 6. (Fuvest) Apesar das diferenças notáveis
vacinas? Era um pobre deus das florestas que existem entre estas obras, um aspecto
d’África. Um deu s dos negros pobres. Que po- comum ao texto de Capitães da areia, consi-
dia saber de vacinas? Então a bexiga desceu derado no contexto do livro, e Vidas secas,
e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu de Graciliano Ramos, é:
pôde fazer foi transformar a bexiga de ne- a) a consideração conjunta e integrada de
gra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim questões culturais e conflitos de classe.
mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas b) a reprodução fiel da variante oral-popular da
OmoluFora
tara. diziao que não fora
1lazareto. o alastrim
Omolu que com
só queria ma- linguagem, como recurso principal na carac-
terização das personagens.
o alastrim marcar seus filhinhos negros. O c) o engajamento nas correntes literárias na-
lazareto é que os matava. Mas as macumbas cionalistas, que rejeitavam a opção por te-
pediam que ele levasse a bexiga da cidade, mas regionais.
levasse para os ricos latifundiários do ser- d) o emprego do discurso doutrinário, de ca-
tão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de ráter panfletário e didatizante, próprio do
terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O “realismo socialista”.
Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os e) o tratamento enfático e conjugado da mesti-
ogãs, as filhas e pais de santo cantam: çagem racial e da desigualdade social.
14
RAIO X
1. O trecho retirado do poema de Manuel Ban-
deira evidencia, num primeiro momento, o
fato de que a obra Iracema, de José de Alen-
car, possui uma construção narrativa bastante
lírica, poemática. Em segundo momento, en-
fatiza que, para além do caráter lírico (poema
menos), a obra possui uma composição mitifi-
cadora. Por esse motivo, alternativa (B).
2. No conto "A hora e a vez de Augusto Ma-
traga", o destino do personagem o direcio-
na para as obrigações
de alcançar os céus), noreligiosas
entanto,(no intuito
os deveres
de honra, de não admitir certas desforras, é
algo que também conduz a vida desse p erso-
nagem. Por esse motivo, alternativa (E).
3. A opção [D] apresenta exatamente o oposto
ao que acontece no estilo machadiano e es-
pecificamente com o narrador de “Me mórias
póstumas de Brás Cubas”. De fato, o enredo
adquire importância secundária para que a
linguagem irônica e ambígua do enunciador
se constitua na representação tácita da hipo-
crisia social.
4. Na obra de Eça de Queirós, A cidade e as ser-
ras, comprova-se a tese de que as comodida-
des provenientes do progresso e da civiliza-
ção, assim como a erudição e a riqueza não
são, só por si, fatores que satisfaçam exis-
tencialmente o indivíduo. Jacinto de Tormes
trocamundo
pelo o mundo civilizado
natural da cidade
da Quinta de Paris
de Tormes e
encontra ali a síntese da felicidade: contato
com a natureza aliado ao uso da tecnologia
apenas essencial.
5. O romance de 30 abrange a produção ficcio-
nal brasileira de inspiração realista produzi-
da a partir de 1928, cujas principais caracte-
rísticas são: verossimilhança, retrato direto
da realidade em seus elementos históricos
e sociais, a linearidade narrativa, criação
de personagens que representam classes so-
ciais, manifestando momentos de introspec-
ção e de análise psicológica.
6. Tanto a obra “Capitães da areia” como “Vi-
das secas” apresentam um aspecto comum: a
consideração conjunta e integrada de ques-
tões culturais e conflitos de classe.
GABARITO
1. B 2. E 3. D 4. A 5. B
6. A
15
PRÁTICA DOS 3. (Fuvest) Quando nos apresentam os homens
vistos pelos olhos dos animais, as narrativas
CONHECIMENTOS - E.O. em que aparecem o burrinho pedrês, do con-
to homônimo ("Sagarana"), os bois de "Con-
versa de bois" ("Sagarana") e a cachorra Ba-
1. (Fuvest) Considere as seguintes afirmações leia ("Vidas secas") produzem um efeito de:
referentes ao texto de Jorge Amado. a) indignação, uma vez que cada um desses
I. Do ponto de vista do excerto, considera- animais é morto por algozes humanos.
do no contexto da obra a que pertence, a b) infantilização, uma vez que esses animais
religião de srcem africana comporta um
aspecto de resistência cultural e política. pensantes são exclusivos da literatura infantil.
II. Fica pressuposta no texto a ideia de que, c) maravilhamento, na medida em que os res-
na época em que se passa a história nele pectivos narradores servem-se de sortilégios
narrada, o Brasildeainda
mas de privação conservava
direitos for-
e de exclusão eanimais.
de magia para penetrar na mente desses
social advindas do período colonial. d) estranhamento, pois nos fazem enxergar de
III.Os contrastes de natureza social, cultural um ponto de vista inusitado o que antes pa-
e regional que o texto registra permitem recia natural e familiar.
concluir corretamente que o Brasil pas- e) inverossimilhança, pois não conseguem dar
sou por processos de modernização des- credibilidade a esses animais dotados de in-
compassados e desiguais. terioridade.
Está correto o que se afirma em:
a) I, somente. 4. (Fuvest) Em trecho anterior do mesmo con-
b) II, somente. to, o narrador chama Sete-de-Ouros de "sá-
c) I e II, somente.
bio". No excerto, a "sabedoria" do burrinho
d) II e III, somente.
e) I, II e III.
consiste, principalmente, em:
a) procurar adaptar-se o melhor possível às for-
ças adversas, que busca utilizar em benefício
2. (Fuvest) As informações contidas no texto próprio.
permitem concluir corretamente que a doen-
ça de que nele se fala caracteriza-se como: b) firmar um pacto com as potências mágicas
a) moléstia contagiosa, de caráter epidêmico, que se o cultam atrás das aparências do mun-
causada por vírus. do natural.
b) endemia de zonas tropicais, causada por ví- c) combater frontalmente e sem concessões as
rus, prevalente no período chuvoso do ano. atitudes dos homens, que considera confu-
c) surto infeccioso de etiologia bacteriana, de- sas e desarrazoadas.
corrente de más condições sanitárias. d) ignorar os perigos que o mundo apresenta,
d) infecção bacteriana que, em regra, apresen- agindo como se eles não existissem.
ta-se simultaneamente sob uma forma bran- e) escolher a inação e a inércia, confiando in-
da e uma grave. teiramente seu destino às forças do puro
e) enfermidade endêmica que ocorre anual-
acaso e da s orte.
mente e reflui de modo espontâneo.
5. (Fuvest) Considere as seguintes compara-
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES ções entre "Vidas secas" e "Iracema".
Vestindo água, só saído o cimo do pescoço, o I. Em ambos os livros, a parte final remete
burrinho tinha de se enqueixar para o alto, o leitor ao início da narrativa: em "Vidas
a salvar também de fora o focinho. Uma pei- secas", essa recondução marca o retor-
tada. Outro tacar de patas. Chu-áa! Chu-áa... no de um fenômeno cíclico; em "Irace-
– ruge o rio, como chuva deitada no chão. ma", a remissão ao início confirma que
Nenhuma pressa! Outra remada, vagarosa. a história fora contada em retrospectiva,
No fim de tudo, tem o pátio, com os cochos, reportando-se a uma época anterior à da
muito milho, na Fazenda; e depois o pasto: abertura da narrativa.
sombra, capim e sossego... Nenhuma pressa. II. A necessidade de migrar é tema de que
Aqui, por ora, este poço doido, que barulha
como um fogo, e faz medo, não é novo: tudo "Vidas secas"
mo tema, trata abertamente.
entretanto, O mes-
já era sugerido
é ruim e uma só coisa, no caminho: como
os homens e os seus modos, costumeira con- no capítulo final de "Iracema", quando,
fusão. É só fechar os olhos. Como sempre. referindo-se à condição de migrante de
Outra passada, na massa fria. E ir sem afã, Moacir, "o primeiro cearense", o narra-
à voga surda, amigo da água, bem com o es- dor pergunta: "Havia aí a predestinação
curo, filho do fundo, poupando forças para de uma raça?"
o fim. Nada mais, nada de graça; nem um III.As duas narrativas elaboram suas tra-
arranco, fora de hora. Assim. mas ficcionais a partir de indivíduos
João Guimarães Rosa. O burrinho pedrês, Sagarana. reais, cuja existência histórica, e não
16
meramente ficcional, é documentada: é o TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES
caso de Martim e Moacir, em "Iracema",
e de Fabiano e sinha Vitória, em "Vidas Sim, que, à parte o sentido prisco, valia o
secas". ileso gume do vocábulo pouco visto e menos
Está correto o que se afirma em: ainda ouvido, raramente usado, melhor fora
a) I, somente. se jamais usado. Porque, diante de um gra-
b) II, somente. vatá, selva moldada em jarro jônico, dizer-se
c) I e II, somente. apenas drimirim ou amormeuzinho é justo;
d) II e III, somente. e, ao descobrir, no meio da mata, um ange-
e) I, II e III. lim que atira para cima cinquenta metros de
tronco e fronde, quem não terá ímpeto de
6. (Fuvest) Considere as seguintes afirmações: criar um vocativo absurdo e bradálo – Ó co-
I. Assim como Jacinto, de "A cidade e as lossalidade! – na direção da altura?
serras", passa por uma verdadeira "res- (João Guimarães Rosa, "São Marcos", In: Sagarana)
surreição" ao mergulhar na vida rural,
também Augusto Matraga, de "Sagara- prisco = antigo, relativo a tempos remotos.
na", experimenta um "ressurgimento" gravatá = planta da família das bromeliáceas.
associado a uma renovação da natureza.
II. Também Fabiano, de "Vidas secas", em 8. (Fuvest) Neste excerto, o narrador do conto
geral pouco falante, experimenta uma "São Marcos" expõe alguns traços de estilo
transformação ligada à natureza: a che- que correspondem a características mais ge-
gada das chuvas e a possibilidade de re- rais dos textos do próprio autor, Guimarães
novação da vida tornam-no loquaz e de- Rosa. Entre tais características só NÃO se en-
sejoso de expressar-se. contra
III.Já Iracema, quando debilitada pelo afas- a) o gosto pela palavra rara.
tamento de Martim, não encontra na b) o emprego de neologismos.
natureza forças capazes de salvar-lhe a c) a conjugação de referências eruditas e populares.
vida. d) a liberdade na exploração das potencialida-
Está correto o que se afirma em: des da língua portuguesa.
a) I, somente. e) a busca da concisão e da previsibilidade da
b) II, somente. linguagem.
c) I e III, somente.
d) II e III, somente.
9. (Fuvest) Comparando-se as concepções rela-
e) I, II e III. tivas à natureza presentes no excerto de Gui-
marães Rosa com as que se manifestam nos
7. (Fuvest) Leia o trecho de Machado de Assis poemas de Alberto Caeiro, verifica-se que
sobre Iracema, de José de Alencar, e respon- em Rosa, ............, ao passo que, em Caeiro,
da ao que se pede. ............ .
“....... é o ciúme e o valor marcial; ....... a Mantida a sequência, os espaços pontilhados
austera sabedoria dos anos; Iracema o amor. podem ser preenchidos corretamente pelo
No meio destes caracteres distintos e ani- que está em:
mados, a amizade é simbolizada em ....... .
a) a observação da natureza provoca um desejo
Entre os indígenas a amizade não era este
de nomeação e até de invenção linguística /
sentimento, que à força de civilizar-se, tor-
o ideal seria o de que os elementos da na-
nou-se raro; nascia da simpatia das almas,
tureza valessem por si mesmos, sem nome
avivava-se com o perigo, repousava na ab-
nenhum.
negação recíproca; ....... e ....... são os dois
b) a natureza é pura exterioridade, desprovida
amigos da lenda, votados à mútua estima e
de alma / ela é um ente animado, dotado de
ao mútuo sacrifício”.
interioridade e personalidade.
Machado de Assis, Crítica.
c) a natureza vale por seus aspectos estéticos e
No trecho, os espaços pontilhados serão cor- simbólicos / ela tem valor prático e utilitá-
retamente
pelos nomespreenchidos,
das seguintesrespectivamente,
personagens de rio, ou seja,
transforma daépela
valorizada
técnica,naserve
medida
paraem que,
suprir
Iracema: as necessidades humanas.
a) Caubi, Jacaúna, Araquém, Araquém, Martim. d) a relação com a natureza é pessoal e até ín-
b) Martim, Irapuã, Poti, Caubi, Martim. tima / a natureza apresenta caráter hostil e,
c) Poti, Araquém, Japi, Martim, Japi. mesmo, ameaçador.
d) Araquém, Caubi, Irapuã, Irapuã, Poti. e) a natureza é misteriosa e indecifrável / ela
e) Irapuã, Araquém, Poti, Poti, Martim. é portadora de uma mensagem mística que o
homem deve decifrar servindo-se dos instru-
mentos da Razão.
17
10. (Fuvest) Devo registrar aqui uma alegria. É Quem sabe se ele não vai morrer mesmo?
que a moça num aflitivo domingo sem farofa Primo Argemiro tem medo do silêncio.
teve uma inesperada felicidade que era inex- — Primo Ribeiro, o senhor gosta d'aqui?...
plicável: no cais do porto viu um arco-íris. — Que pergunta! Tanto faz... É bom p'ra se
Experimentando o leve êxtase, ambicionou acabar mais ligeiro... O doutor deu prazo de
logo outro: queria ver, como uma vez em Ma- um ano... Você lembra?
ceió, espocarem mudos fogos de artifício. Ela — Lembro! Doutor apessoado, engraçado...
quis mais porque É MESMO UMA VERDADE Vivia atrás dos mosquitos, conhecia as raças
QUE QUANDO SE DÁ A MÃO, ESSA GENTINHA lá deles, de olhos fechados, só pela toada da
QUER TODO O RESTO, O ZÉ-POVINHO SONHA cantiga... Disse que não era das frutas e nem
COM FOME DE TUDO. E QUER MAS SEM DIREI- da água... Que era o mosquito que punha um
TO ALGUM, POIS NÃO É? bichinho amaldiçoado no sangue da gente...
(Clarice Lispector, "A hora da estrela") Ninguém não ele...
acreditou... Nem o arraial. Eu
estive lá com
Considerando-se no contexto da obra o tre- — Primo Argemiro o que adianta...
cho destacado, é correto afirmar que, nele, o — ... E então ele ficou bravo, pois não foi?
narrador: Comeu goiaba, comeu melancia da beira do
a) assume momentaneamente as convicções rio, bebeu água do Pará e não teve nada...
elitistas que, no entanto, procura ocultar no — Primo Argemiro...
restante da narrativa. — ... Depois dormiu sem cortinado, com ja-
b) reproduz, em estilo indireto livre, os pensa- nela aberta... Apanhou a intermitente; mas
mentos da própria Macabéa diante dos fogos o povo ficou acreditando...
de artifício. — Escuta! Primo Argemiro... Você está fa-
c) hesita quanto ao modo correto de interpre- lando de-carreira, só para não me deixar fa-
tar a reação de Macabéa frente ao espetáculo. lar!
d) adota uma atitude panfletária, criticando — Mas, então, não fala em morte Primo Ri-
diretamente as injustiças sociais e cobrando beiro!... Eu, por nada que não queria ver o
sua superação. senhor se ir primeiro do que eu...
e) retoma uma frase feita, que expressa pre- — P'ra ver!... Esta carcaça bem que está
conceito antipopular, desenvolvendo-a na aguentando... Mas, agora, já estou vendo o
direção da ironia. meu descanso, que está chega-não-chega, na
horinha de chegar...
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES — Não fala isso Primo!... Olha aqui: não foi
pena ele ter ido s'embora? Eu tinha fé em
— Primo Argemiro! que acabava com a doença...
E, com imenso trabalho, ele gira no assento, — Melhor ter ido mesmo... Tudo tem de che-
conseguindo pôr-se de-banda, meio assim. gar e de ir s'embora outra vez... Agora é a
Primo Argemiro pode mais: transporta uma minha cova que está me chamando... Aí é
perna e se escancha no cocho. que eu quero ver! Nenhumas ruindades des-
— Que é, Primo Ribeiro? te mundo não têm poder de segurar a gente
— Lhe pedir uma coisa... Você faz? p'ra sempre, Primo Argemiro...
— Vai dizendo, Primo. — Escuta Primo Ribeiro: se alembra de
— Pois então, olha: quando for a minha hora quando o doutor deu a despedida p'ra o povo
você não deixe me levarem p'ra o arraial... do povoado? Foi de manhã cedo, assim como
Quero ir mais é p'ra o cemitério do povoa- agora... O pessoal estava todo sentado nas
do... Está desdeixado, mas ainda é chão de portas das casas, batendo queixo. Ele ajun-
Deus... Você chama o padre, bem em-antes... tou a gente... Estava muito triste... Falou: –
E aquelas coisinhas que estão numa capan- 'Não adianta tomar remédio, porque o mos-
ga bordada, enroladas em papel-de-venda e quito torna a picar... Todos têm de se, mudar
tudo passado com cadarço, no fundo da ca- daqui... Mas andem depressa pelo amor de
nastra... se rato não roeu... você enterra jun- Deus!' -... -Foi no tempo da eleição de seu
to comigo...
Depois Agora euVocê
tem tempo... nãopromete?...
quero mexer lá... Major
— FoiVilhena... Tiroteioem-antes-de
seis meses com três mortes...
ela ir
— Deus me livre e guarde, Primo Ribeiro... O s'embora...
senhor ainda vai durar mais do que eu. De branco a mais branco, olhando espantado
— Eu só quero saber é se você promete... para o outro, Primo Argemiro se perturbou.
— Pois então, se tiver de ser desse jeito de Agora está vermelho, muito.
que Deus não há-de querer, eu prometo. Desde que ela se foi, não falaram mais no
— Deus lhe ajud e, Primo Argemiro. seu nome. Nem uma vez. Era como se não
E Primo Ribeiro desvira o corpo e curva ain- tivesse existido. E, agora...
da mais a cara. João Guimarães Rosa, Sarapalha, do livro SAGARANA.
18
11. (Fuvest) "Canta, canta, canarinho, ai, ai, c) diminuem o seu alcance expressivo, na me-
ai... dida em que dificultam uma visão adequada
da realidade sertaneja.
Não cantes fora de hora ai, ai, ai... d) revelam, nele, a influência da prosa seca e
A barra do dia aí vem, ai, ai, ai... lacônica de Euclides da Cunha, em "Os ser-
Coitado de quem namora!..." tões".
e) relacionam-se à visão limitada e fragmen-
Esta quadrinha é a epígrafe do conto "Sara- tária que as próprias personagens têm do
palha". Ela aponta para o clímax da estória mundo.
que se dá por ocasião:
a) da eleição de seu Major Vilhena: tiroteio TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 7 QUESTÕES
com três mortes.
b) da
casaconfissão de Argemiro e sua expulsão da
de Ribeiro. Passaram-se semanas.uma
ra, todas as manhãs, Jerônimo
xícara tomava
de café ago-
bem
c) do casamento de Luísa com o boiadeiro e grosso, à moda da Ritinha, e 1tragava dois
despedida dos primos. dedos de parati “pra cortar a friagem”.
2
d) da morte do boiadeiro, que Argemiro mata Uma 3transformação, lenta e profunda, ope-
em respeito ao primo. rava-se nele, dia a dia, hora a hora, 4revisce-
e) da declaração de Ribeiro e ruptura deste com rando-lhe o corpo e 5alando-lhe os sentidos,
o boiadeiro. num 6trabalho misterioso e surdo de crisá-
lida. A sua energia afrouxava lentamente:
12. (Fuvest) João Guimarães Rosa, em "Sagara- fazia-se contemplativo e amoroso. A vida
na", permite ao leitor observar que: americana e a natureza do Brasil 7patentea-
a) explora o folclórico do sertão. vam-lhe agora aspectos imprevistos e sedu-
b) em episódios muitas vezes palpitantes sur- tores que o comoviam; esquecia-se dos seus
preende a realidade nos mais leves pormeno- primitivos sonhos de ambição, para idealizar
res e trabalha a linguagem com esmero. felicidades novas, picantes e violentas; 8tor-
c) limita-se ao quadro do regionalismo brasileiro. nava-se liberal, imprevidente e franco, mais
d) é muito sutil na apresentação do cotidiano amigo de gastar que de guardar; adquiria de-
banal do jagunço. sejos, tomava gosto aos prazeres, e volvia-se
e) é intimista hermético. preguiçoso, 9resignando-se, vencido, às im-
19
15. (Fuvest) Considere as seguintes afirmações, c) “patenteavam-lhe agora aspectos imprevis-
relacionadas ao excerto de O cortiço: tos” (ref.1): assume o sentido de “registra-
I. O sol, que, no texto, se associa fortemen- vam oficialmente”.
te ao Brasil e à “pátria”, é um símbolo d) “posto que em detrimento das suas forças fí-
que percorre o livro como manifestação sicas” (ref.10): equivale, quanto ao sentido,
da natureza tropical e, em certas passa- a “desde que em favor”.
gens, representa o princípio masculino e) “tornava-se (...) imprevidente” (ref.8) e
da fertilidade. “resignando-se (...) às imposições do sol”
II. A visão do Brasil expressa no texto mani- (ref.9): trata-se do mesmo prefixo, apresen-
festa a ambiguidade do intelectual brasi- tando, portanto, idêntico sentido.
leiro da época em que a obra foi escrita, o
qual acatava e rejeitava a sua terra, dela
se orgulhava e envergonhava, nela con- 19. (Fuvest) O papel desempenhado pela perso-
fiava e dela desesperava. nagem Ritinha
sintetizado (Rita Baiana),
no excerto, no processo
assemelha-se ao da
III.O narrador aceita a visão exótico-român-
tica de uma natureza (brasileira) pode- personagem:
rosa e transformadora, reinterpretando-a a) Iracema, do romance homônimo, na medida
em chave naturalista. em que ambas simbolizam o poder de sedu-
Aplica-se ao texto o que se afirma em ção da terra brasileira sobre o português que
a) I, somente. aqui chegava.
b) II, somente. b) Vidinha, de Memórias de um sargento de
c) II e III, somente. milícias, tendo em vista que uma e outra
d) I e III, somente. constituem fatores decisivos para o desen-
e) I, II e III. caminhamento de personagens masculinas
anteriormente bem orientadas.
16. (Fuvest) Ao comparar Jerônimo com uma c) Capitu, de Dom Casmurro, a qual, como a
crisálida, o narrador alude, em linguagem baiana, também lança mão de seus encantos
literária, a fenômenos do desenvolvimento femininos para obter ascensão social.
da borboleta, por meio das seguintes expres- d) Joaninha, de A cidade e as serras, pois am-
sões do texto: bas representam a simplicidade natural das
I. “transformação, lenta e profunda” mulheres do campo, em oposição à beleza
(ref.3); artificiosa das mulheres das cidades.
II. “reviscerando” (ref.4);
III.“alando” (ref.5); e) Dora, de Capitães
que ambas da areias, diretas
são responsávei na medida em
pela re-
IV. “trabalho misterioso e surdo” (ref.6). generação física e moral de seus respectivos
Tais fenômenos estão corretamente indica- pares amorosos.
dos em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
20. (Fuvest) Os costumes a que adere Jerônimo
c) III e IV, apenas.
em sua transformação, relatada no excerto,
d) II, III e IV, apenas.
têm como referência, na época em que se
e) I, II, III e IV.
passa a história, o modo de vida:
a) dos degredados portugueses enviados ao
17. (Fuvest) Um traço cultural que decorre da Brasil sem a companhia da família.
presença da escravidão no Brasil e que está b) dos escravos domésticos, na região urbana
implícito nas considerações do narrador do da Corte, durante o Segundo Reinado.
excerto é a c) das elites produtoras de café, nas fazendas
a) desvalorização da mestiçagem brasileira. opulentas do Vale do Paraíba fluminense.
b) promoção da música a emblema da nação. d) dos homens livres pobres, particularmente
c) desconsideração do valor do trabalho. em região urbana.
d) crença na existência de um caráter nacional e) dos negros quilombolas, homiziados em re-
brasileiro. fúgios isolados e anárquicos.
e) tendência ao antilusitanismo.
21. (Fuvest) No trecho “dos maravilhosos des-
18. (Fuvest) Destes comentários sobre os tre- penhadeiros ilimitados e das cordilheiras
chos sublinhados, o único que está correto é: sem fim, donde, de espaço a espaço, surge
a) “tragava dois dedos de parati” (ref.1): ex- um monarca gigante” (ref.11), o narrador
pressão típica da variedade linguística pre- tem como referência:
dominante no discurso do narrador. a) a chapada dos Guimarães, anteriormente co-
b) “‘pra cortar a friagem’” (ref.2): essa expressão berta por vegetação de cerrado.
está entre aspas, no texto, para indicar que b) os desfiladeiros de Itaimbezinho, outrora re-
se trata do uso do discurso indireto livre. vestidos por exuberante floresta tropical.
20
c) a chapada Diamantina, então coberta por TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES
florestas de araucárias. E Jerônimo via e escutava, sentindo ir-se-lhe
d) a serra do Mar, que abrigava srcinalmente a toda a alma pelos olhos enamorados.
densa Mata Atlântica. Naquela mulata estava o grande mistério, a
e) a serra da Borborema, caracterizada, no pas- síntese das impressões que ele recebeu che-
sado, pela vegetação da caatinga. gando aqui: ela era a luz ardente do meio-
-dia; ela era o calor vermelho das sestas da
22. (Fuvest) Nesse livro, ousadamente, varriam- fazenda; era o aroma quente dos trevos e das
-se de um golpe o sentimentalismo superfi- baunilhas, que o atordoara nas matas brasi-
leiras; era a palmeira virginal e esquiva que
cial, a fictícia unidade da pessoa humana, se não torce a nenhuma outra planta; era o
as frases piegas, o receio de chocar precon- veneno e era o açúcar gostoso; era o sapoti
ceitos, a concepção do predomínio do amor mais doce que o mel e era a castanha do caju,
sobre todas asde
possibilidade outras paixões;
construir umafirmava-se
grande livroa que abrea feridas com oe seu azeite de fogo;
ela era cobra verde traiçoeira, a lagar-
sem recorrer à natureza, desdenhava-se a ta viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava
cor local; surgiram afinal homens e mulhe- havia muito tempo em torno do corpo dele,
res, e não brasileiros (no sentido pitoresco) assanhando-lhe os desejos, acordando-lhe as
ou gaúchos, ou nortistas, e, finalmente, mas fibras embambecidas pela saudade da terra,
não menos importante, patenteava-se a in- picando-lhe as artérias, para lhe cuspir den-
tro do sangue uma centelha daquele amor
fluência inglesa em lugar da francesa. setentrional, uma nota daquela música feita
Lúcia Miguel-Pereira, História da Literatura Brasileira de gemidos de prazer, uma larva daquela nu-
– Prosa de ficção – de 1870 a 1920. Adaptado.
vem de cantáridas que zumbiam em torno da
O livro a que se refere a autora é: Rita Baiana e espalhavam-se pelo ar numa
a) Memórias de um sargento de milícias.
fosforescência afrodisíaca.
b) Til. Aluísio Azevedo, O cortiço.
c) Memórias póstumas de Brás Cubas.
d) O cortiço. 24. (Fuvest) O efeito expressivo do texto – bem
e) A cidade e as serras. como seu pertencimento ao Naturalismo em
literatura – baseia-se amplamente no pro-
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO cedimento de explorar de modo intensivo
aspectos biológicos da natureza. Entre esses
— Pois, Grilo, agora realmente bem podemos procedimentos
dizer que o sr. D. Jacinto está firme. se encontra a: empregados no texto, só NÃO
O Grilo arredou os óculos para a testa, e le- a) representação do homem como ser vivo em
vantando para o ar os cinco dedos em curva interação constante com o ambiente.
como pétalas de uma tulipa: b) exploração exaustiva dos receptores senso-
— Sua Excelência brotou! riais humanos (audição, visão, olfação, gus-
Profundo sempre o digno preto! Sim! Aquele tação), bem como dos receptores mecânicos.
ressequido galho da Cidade, plantado na Ser- c) figuração variada tanto de plantas quanto de
ra, pegara, chupara o húmus do torrão her- animais, inclusive observados em sua interação.
dado, criara seiva, afundara raízes, engros- d) ênfase em processos naturais ligados à repro-
sara de tronco, atirara ramos, rebentara em dução humana e à metamorfose em animais.
flores, forte, sereno, ditoso, benéfico, nobre, e) focalização dos processos de seleção natural
dando frutos, derramando sombra. E abriga- como principal força direcionadora do pro-
dos pela grande árvore, e por ela nutridos, cesso evolutivo.
cem 1casais em redor o bendiziam.
Eça de Queirós, A cidade e as serras. 25. (Fuvest) Entre as características atribuídas,
no texto, à natureza brasileira, sintetizada
1casal: pequena propriedade rústica; peque- em Rita Baiana, aquela que corresponde, de
no povoado. modo mais completo, ao teor das transfor-
23. (Fuvest) O teor das imagens empregadas no mações que o contato
tureza provocar com essa
á em Jerônimo é amesma
que se na-
ex-
texto para caracterizar a mudança pela qual pressa em:
passara Jacinto indica que a causa principal a) “era o calor vermelho das sestas da fazenda”.
dessa transformação foi: b) “era a palmeira virginal e esquiva que se não
a) o retorno a sua terra natal. torce a nenhuma outra planta”.
b) a conversão religiosa. c) “era o veneno e era o açúcar gostoso”.
c) o trabalho manual na lavoura. d) “era a cobra verde e traiçoeira”.
d) a mudança da cidade para o campo. e) “[era] a muriçoca doida, que esvoaçava ha-
e) o banimento das inovações tecnológicas. via muito tempo em torno do corpo dele”.
21
26. (Fuvest) Para entender as impressões de Je-
rônimo diante da natureza brasileira, é pre-
ciso ter como pressuposto que há:
a) um contraste entre a experiência prévia da
personagem e sua vivência da diversidade
biológica do país em que agora se encontra.
b) uma continuidade na experiência de vida da
personagem, posto que a diversidade bioló-
gica aqui e em seu local de srcem são muito
semelhantes.
c) uma ampliação no universo de conhecimen-
to da personagem, que já tinha vivência de
diversidade
pande aqui. biológica semelhante, mas a ex-
d) um equívoco na forma como a personagem
percebe e vivencia a diversidade biológica
local, que não comporta os organismos que
ele julga ver.
e) um estreitamento na experiência de vida do
personagem, que vem de um local com maior
diversidade de ambientes e de organismos.
GABARITO
1. E 2. A 3. D 4. A 5. C
6. E 7. E 8. E 9. A 10. E
11. B 12. B 13. A 14. E 15. E
16. E 17. C 18. B 19. A 20. D
21. D 22. C 23. D 24. E 25. C
26. A
22
INGLÊS
25
2. (Fuvest) De acordo com o texto, a pesquisa d) uma cidade como São Paulo será pequena se
mencionada pode comparada a outras no ano de 2050.
a) colaborar para a compreensão de nossas ati- e) os países em desenvolvimento estão lidando
tudes frente a novas tarefas. melhor com a questão do êxodo rural do que
b) ajudar pessoas que possuem diversos distúr- os países desenvolvidos.
bios mentais, ainda pouco conhecidos.
c) ajudar pessoas que, normalmente, são muito 5. (Fuvest) De acordo com o texto:
distraídas e desorganizadas. a) a população rural crescerá na mesma propor-
d) colaborar para a compreensão do modo como ção que a população urbana nos próximos 20
enxergamos o mundo. anos.
e) colaborar para a compreensão do que ocor- b) a população, nas cidades, chegará a mais de
re no cérebro de pessoas com problemas de 6 bilhões de pessoas até 2050.
atenção. c) a expansão de cidades como São Paulo é um
exemplo do crescimento global.
3. (Fuvest) Segundo estudo publicado no Jour- d) a cidade de São Paulo cresceu seis vezes
nal of Neuroscience, mencionado no texto, mais, na última década, do que o previsto
a) nossa busca pela realização de tarefas diver- por especialistas.
sas aumenta o número de pulsações elétricas e) o crescimento maior da população em cen-
produzidas pelo cérebro. tros urbanos ocorrerá em países desenvolvidos.
b) os neurocientistas estão estudando como,
sem grande esforço, conseguimos focalizar TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES
uma coisa de cada vez.
c) as pulsações elétricas produzidas pelo cére-
bro são intensas e constantes.
d) nosso cérebro reduz sua reação a estímulos
que são menos relevantes para a tarefa a ser
realizada, mantendo o foco.
e) o tipo de resposta que nosso cérebro fornece
frente a novas tarefas ainda é uma questão a
ser respondida pelos pesquisadores.
27
REDAÇÃO
FUVEST - JUSTIÇA
Com base nas ideias e sugestões presentes na imagem e nos textos aqui reunidos, redija uma dissertação argu-
mentativa, em prosa, sobre o seguinte tema: O lugar da Justiça na humanidade.
Texto I
Texto II
Nada é impossível de mudar Suplicamos expressamente: consciente,
não aceiteis o que é de hábito como
Bertold Brecht de humanidade desumanizada,
coisa natural, nada deve parecer natural nada
Desconfiai do mais trivial, pois em tempo de desordem san- deve parecer impossível de mudar.
na aparência singelo. grenta,
E examinai, sobretudo, o que parece de confusão organizada, de arbitra-
habitual. riedade
Texto III
O “reconhecimento” se impôs como um conceito-chave de nosso tempo. Herdado da filosofia hegeliana, encontra
novo sentido no momento em que o capitalismo acelera os contatos transculturais, destrói sistemas de interpre-
tação e politiza identidades. Os grupos mobilizados sob a bandeira da nação, da etnia, da “raça”, do gênero e da
sexualidade lutam para que “suas diferenças sejam reconhecidas”. Nessas batalhas, a identidade coletiva substitui
os interesses de classe como fator de mobilização política – cada vez mais a reivindicação é ser “reconhecido”
29
como negro, homossexual ou ortodoxo em vez de proletário ou burguês; a injustiça fundamental não é mais sinô-
nimo de exploração, e sim de dominação cultural.
Há duas concepções globais de injustiça. A primeira, a injustiça social resultaria da estrutura econômica
da sociedade e se concretizaria na forma de exploração ou miséria. A segunda, de natureza cultural ou simbólica,
decorreria de modelos sociais de representação que, ao imporem seus códigos de interpretação e seus valores,
excluiriam os “outros” e engendrariam a dominação cultural, o não reconhecimento ou, finalmente, o desprezo.
Essa distinção entre injustiça cultural e injustiça econômica não deve mascarar o fato de que, na prática, as
duas formas estão imbricadas e, em geral, se reforçam dialeticamente. A subordinação econômica impede de fato a
participação na produção cultural, cujas normas, por sua vez, são institucionalizadas pelo Estado e pela economia.
http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1199
Texto IV
Desde a concepção cósmica, pela qual justo seria que cada coisa ocupasse seu lugar no universo, discute-se com
profundidade e veemência, mas sem acordo, o exato delineamento de justiça. Logo destacaram os seus aspectos
sociais, aplicando-se aquela noção cósmica aos seres humanos em que dada uma ordem social aceita, qualquer
alteração dela seria injusta. Depois a justiça como equilíbrio no intercâmbio de bens entre os membros da socieda-
de. Se houvesse desequilíbrio haveria injustiça, que deveria ser compensada. Neste sentido chegou-se a considerar
justo vingar o dano em igualdade “olho por olho, dente por dente”.
http://intranet.viannajr.edu.br/revista/dir/doc/art_20001.pdf
30
PROPOSTA EXTRA - FUVEST 2004 (O TEMPO)
Nos três textos abaixo, manifestam-se diferentes concepções do tempo ; o autor de cada um deles expõe uma
determinada relação com a passagem do tempo . Leia-os com atenção:
mas Os
(...) somente um da
negócios passado que sirvasão
humanidade a seus
hojeobjetivos.
conduzi- O
Eleamor
podenão tem em
esperar pressa,
silêncio
dos especialmente por tecnocratas, resolvedores de Num fundo de armário,
problemas, para quem a história é quase irrelevante; Na posta-restante,
por isso, ela passou a ser mais importante para nosso Milênios, milênios
entendimento do mundo do que anteriormente. No ar...
(Eric Hobsbawm, Tempos interessantes: uma vida no século
XX) E quem sabe, então,
O Rio será
Alguma cidade submersa.
Texto II Os escafandristas virão
Explorar sua casa,
O que existe é o dia a dia. Ninguém vai me dizer que Seu quarto, suas coisas,
o que aconteceu no passado tem alguma coisa a ver Sua alma, desvãos...
com o presente, muito menos com o futuro. Tudo é
hoje, tudo é já. Quem não se liga na velocidade mo- Sábios em vão
derna, quem não acompanha as mudanças, as des- Tentarão decifrar
cobertas, as conquistas de cada dia, fica parado no O eco de antigas palavras,
tempo, não entende nada do que está acontecendo. Fragmentos de cartas, poemas,
(Herberto Linhares, depoimento) Mentiras, retratos,
Vestígios de estranha civilização.
Redija uma DISSERTAÇÃO EM PROSA, na qual você apontará, sucintamente, as diferentes concepções do
tempo, presentes nos três textos, e argumentará em favor da concepção do tempo com a qual você mais se iden-
tifica.
31
Modelo 1
32
Modelo 2
Tempo
Cora Ramos
O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Foi essa a tentativa de
Bento, já idoso, ao tentar reconstruir a casa em que vivera, na rua de Matacavalos. Essa passagem do romance
machadiano demonstra a incapacidade humana de apreender o tempo. Isso se prova ao longo da narrativa, en-
quanto o personagem principal procura convencer o leitor de que Capitu o teria traído. Uma vez que as palavras
são apenas ecos de sua própria memória, vestígios daquilo que ele foi capaz de lembrar-se, não é possível confiar
nesse narrador fragmentado, nem nesse tempo, que pode ser produto de sua imaginação.
Essa angústia humana de controlar o tempo se dá também com a projeção de futuro. O cinema tratou de
produzir uma imensa seleção de filmes, sucessos de bilheteria, que tentam desvendar os segredos do tempo. Em
Efeito Borboleta, o protagonista tenta, incansavelmente, alterar momentos de seu passado a fim de interferir no
futuro das pessoas que ama. O resultado disso é a sua completa ruína e a autoanulação. O destino se mostra
inalterável, fatal.
Tudo isso não é diferente ao tentar agarrar a volatilidade do presente. O homem vivencia a eterna busca
pelo Carpe Diem; procura o tudo no hoje. No entanto, o agora também lhe escapa. A tecnologia dá a ilusão, por
meio da fotografia, do registro desse presente. Barthes destrói-nos esse sonho quando afirma que, ao olharmos
para uma fotografia, apreciamos o passado, um momento já morto, que jamais será repetido. Essa mesma sensação
se dá diante tentativa de escolher qualquer produto: na modernidade, aquilo que se adquire como última geração
é programado para tornar-se imediatamente obsoleto, ultrapassado pela perspectiva de uma novidade.
Diante desse panorama, o que resta ao homem são os documentos que compõem a história como ciência.
Com ela, pode-se compreender as causas e consequências dos grandes acontecimentos. Assim como nos anos 60,
os Estados Unidos enviaram suas tropas ao Vietnam com a suposta missão de pacificar o país em guerra, o mesmo
tipo de intervenção se deu há quase dez anos no Iraque. Agora, com a crise síria, o ciclo se completa pela terceira
vez.
Dessa forma, é notável que o tempo é inapreensível em todas as suas dimensões. Ao homem resta a
angústia de eternamente tentar compreendê-lo e, ao mesmo tempo, pautar-se na memória histórica, coletiva, para
então tomar decisões diante dos ciclos que esse tempo apresenta.
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PROPOSTA EXTRA - FUVEST 2010 (O MUNDO E AS IMAGENS)
Um mundo por imagens
Fonte: http://www.imotion.com.br/imagens/data/media/83/4582janela.jpg.
Acessado em 15/10/2009. Adaptado
Na civilização em que se vive hoje, constroem-se imagens, as mais diversas, sobre os mais variados aspectos;
constroem-se imagens, por exemplo, sobre pessoas, fatos, livros, instituições e situações.
No cotidiano, é comum substituir-se o real imediato por essas imagens.
Dentre as possibilidades de construção de imagens enumeradas acima, em negrito, escolha apenas uma,
como tema de seu texto, e redija uma dissertação em prosa, lançando mão de argumentos e informações que deem
consistência a seu ponto de vista.
Instruções
§ Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da modalidade escrita culta da língua
portuguesa.
§ Dê um título para sua redação, a qual deverá ter entre 20 e 30 linhas.
§ NÃO será aceita redação em forma de verso.
34
Modelo 1
35
Modelo 2
36
PROPOSTA EXTRA - FUVEST 2011 (ALTRUÍSMO)
Observe esta imagem e leia com atenção os textos abaixo.
Texto 1
Texto 2
Quando Roberto Burle Marx plantou apalma talipot, um visitante teria comentado: “Como elas levam tanto tempo
para florir, o senhor não estará mais aquipara ver”. O paisagista, então com mais de 50anos, teria dito:
“Assim como alguém plantou para que eu pudesse ver, estou plantando para que outros também possam
contemplar”.
http://www.abap.org.br. Paisagem Escrita. nº 131, 10/11/2009. Adap tado.
Texto 3
Onde não há pensamento a longo prazo, dificilmente pode haver um senso de destino compartilhado, um senti-
mento
riedadedetem
irmandade, um impulso
pouca chance de brotardeecerrar
fincarfileiras, ficar
raízes. Os ombro a ombrodestacam-se
relacionamentos ou marchar sobretudo
no mesmopela
passo. A solida-e
fragilidade
pela superficialidade.
Z. Bauman. Vidas desperdiçadas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. Adaptado.
Texto 4
A cultura do sacrifício está morta. Deixamos de nos reconhecer na obrigação de viver em nome de qualquer coisa
que não nós mesmos.
G. Lipovetsky, cit. por Z. Bauman, em A arte da vida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.
Como mostram os textos 1 e 2, a imagem de abnegação fornecida pelapalma talipot, que, de certo modo, “sacrifica”
a própria vida para criar novas vidas, é reforçada peloaltruísmo* de Roberto Burle Marx, que a plantou, não para seu
próprio proveito, mas para o dos outros. Em contraposição , o mundo atual teria escolhidoo caminho oposto.
Com base nas ideias e sugestões presentes na imagem e nos textos aqui reunidos, redija uma dissertação
argumentativa, em prosa, sobre o seguinte tema:
Instruções:
§ Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da modalidade escrita culta da língua
portuguesa.
§ A redação deverá ter entre 20 e 30 linhas.
§ Dê um título a sua redação.
37
Modelo 1
38
Modelo 2
39
Modelo 3
40
QUESTÕES OBJETIVAS
Ciências Humanas
- história
e suas tecnologias
R.P.A. Fuvest
Revisão Programada Anual
Fuvest - História Geral
PLICAÇÃO DOS
A
CONHECIMENTOS - SALA
1. (Fuvest) Há cerca de 2000 anos, os sítios superficiais e sem cerâmica dos caçadores antigos foram
substituídos por conjuntos que evidenciam uma forte mudança na tecnologia e nos hábitos. Ao
mesmo tempo que aparecem a cerâmica chamada itararé (no Paraná) ou taquara (no Rio Grande
do Sul) e o consumo de vegetais cultivados, encontram-se novas estruturas de habitações.
André Prous. O Brasil antes dos brasileiros. A pré-história do nosso país. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 49. Adaptado.
As imagens revelam:
a) o caráter familiar do cultivo agrícola no Oriente Próximo, dada a escassez de mão de obra e a proibição,
no antigo Egito, do trabalho compulsório.
b) a inexistência de qualquer conhecimento tecnológico que permitisse o aprimoramento da produção de
alimentos, o que provocava longas temporadas de fome.
c) o prevalecimento da agricultura como única atividade econômica, dada a impossibilidade de caça ou
pesca nas regiões ocupadas pelo antigo Egito.
d) a dificuldade de acesso à água em todo o Egito, o que limitava as atividades de plantio e inviabilizava
a criação de gado de maior porte.
e) a importância das atividades agrícolas no antigo Egito, que ocupavam os trabalhadores durante apro-
ximadamente metade do ano.
43
3. (Fuvest) Em certos aspectos, os gregos da An- 5. (Fuvest) O desenvolvimento de teorias cien-
tiguidade foram sempre um povo disperso. tíficas, geralmente, tem forte relação com
Penetraram em pequenos grupos no mundo contextos políticos, econômicos, sociais e
mediterrânico e, mesmo quando se instala- culturais mais amplos. A evolução dos con-
ram e acabaram por dominá-lo, permanece- ceitos básicos da Termodinâmica ocorre,
ram desunidos na sua organização política. principalmente, no contexto:
No tempo de Heródoto, e muito antes dele, a) da Idade Média.
encontravam-se colônias gregas não somen- b) das grandes navegações.
te em toda a extensão da Grécia atual, como c) da Revolução Industrial.
também no litoral do Mar Negro, nas costas d) do período entre as duas grandes guerras
da atual Turquia, na Itália do sul e na Sicília mundiais.
oriental, na costa setentrional da África e no e) da Segunda Guerra Mundial.
litoral mediterrânico
desta elipse da França.
de uns 2500 No interior
km de comprimen-
to, encontravam-se centenas e centenas de 6. (Fuvest) No século XIX, o surgimento do
comunidades que amiúde diferiam na sua transporte ferroviário provocou profundas
estrutura política e que afirmaram sempre a modificações em diversas partes do mundo,
sua soberania. Nem então nem em nenhuma possibilitando maior e melhor circulação de
outra altura, no mundo antigo, houve uma pessoas e mercadorias entre grandes distân-
nação, um território nacional único regido cias. Dentre tais modificações, as ferrovias:
por uma lei soberana, que se tenha chamado a) facilitaram a integração entre os Estados
Grécia (ou um sinônimo de Grécia). nacionais latino-americanos, ampliaram a
FINLEY M. I. O mundo de Ulisses. Lisboa: venda do café brasileiro para os países vizi-
Editorial Presença, 1972. Adaptado. nhos e estimularam a constituição de amplo
mercado regional.
Com base no texto, pode-se apontar corre-
b) permitiram que a cidade de Manchester se
tamente:
a) a desorganização política da Grécia antiga, conectasse diretamente com os portos do sul
que sucumbiu rapidamente ante as investi- da Inglaterra e, dessa forma, provocaram o
das militares de povos mais unidos e mais surgimento do s istema de fábrica.
bem preparados para a guerra, como os egíp- c) facilitaram a integração comercial do oci-
cios e macedônios. dente com o extremo oriente, substituíram o
b) a necessidade de profunda centralização polí- transporte
râneo de mercadorias
e despertaram pelode
o sonho marintegração
Mediter-
tica, como a ocorrida entre os romanos e car-
tagineses, para que um povo pudesse expandir mundial.
seu território e difundir sua produção cultural. d) permitiram uma ligação mais rápida e ágil,
c) a carência, entre quase todos os povos da nos Estados Unidos, entre a costa leste e a
Antiguidade, de pensadores políticos, ca- costa oeste, chegando até a Califórnia, palco
pazes de formular estratégias adequadas de da famosa corrida do ouro.
estruturação e unificação do poder político. e) permitiram a chegada dos europeus ao cen-
d) a inadequação do uso de conceitos moder- tro da África, reforçaram a crença no poder
nos, como nação ou Estado nacional, no es-
tudo sobre a Grécia antiga, que vivia sob ou- transformador da tecnologia e demonstra-
tras formas de organização social e política. ram a capacidade humana de se impor à na-
e) a valorização, na Grécia antiga, dos princí- tureza.
pios do patriotismo e do nacionalismo, como
forma de consolidar política e economica-
mente o Estado nacional. RAIO X
4. (Fuvest) “A instituição das corveias variava 1. A resposta cabe a todos os povos no perío-
de acordo com os domínios senhoriais, e, no do neolítico, entendido não por sua datação,
interior de cada um, de acordo com o estatu-
to jurídico dos camponeses, ou de seus man- mashumana.
ção pelas mudanças na forma
Nesse período de organiza-
grupos humanos
sos [parcelas de terra].” aprenderam a domesticar plantas e animais,
Marc Bloch. Os caracteres srcinais da França rural, 1952.
determinante para a sedentarização. Mui-
Esta frase sobre o feudalismo trata: tos denominam esse processo de Revolução
a) da vassalagem. Agrícola e de Revolução Urbana, respectiva-
b) do colonato. mente. A produção de cerâmica permitiu o
c) do comitatus. armazenamento de parte da produção agrí-
d) da servidão. cola, ainda voltada para o consumo das pró-
e) da guilda. prias comunidades.
44
2. A agricultura – marca básica da passagem do
Paleolítico para o Neolítico – foi a base das PRÁTICA DOS
CONHECIMENTOS - E.O.
primeiras civilizações antigas, como o Egito
Antigo. Parte central da economia egípcia, a
agricultura movimentava todos os segmen-
tos sociais egípcios, como mostram as ima- 1. (Fuvest) Os impérios do mundo antigo ti-
gens. nham ampla abrangência territorial e estru-
3. A Grécia Antiga nunca chegou a ser uma Na- turas politicamente complexas, o que impli-
ção ou um Império (termo muito usado na cava custos crescentes de administração. No
Antiguidade). A Grécia era o que chamamos caso do Império Romano da Antiguida de, são
de organização em cidades-Estados. Sendo exemplos desses custos:
assim, cada povo grego, em cada cidade-Es- a) as expropriações de terras dos patrícios e a
tado, viviaouadisperso,
tralizado sua maneira,
como de modo descen-
classifica o autor geração de empregos para os plebeus.
do texto que acompanha a questão. b) os investimentos na melhoria dos serviços
4. Na época do feudalismo, a corveia era tra- de assistência e da previdência social.
balho gratuito que os servos e camponeses c) as reduções de impostos, que tinham a fina-
deviam prestar ao seu senhor feudal ou ao lidade de evitar revoltas provinciais e rebeli-
Estado três ou mais dias por semana, carac- ões populares.
terizando-se como um dos tributos previstos d) os gastos cotidianos das famílias pobres com
no contrato de enfeudação. alimentação, moradia, educação e saúde.
5. Os conceitos básicos da Termodinâmica foram e) as despesas militares, a realização de obras
alavancados a partir de 1698 com a invenção públicas e a manutenção de estradas.
da primeira térmica, uma bomba d’água que
funcionava com vapor, criada por Thomas Se- 2. (Fuvest) O aparecimento da pólis constitui,
very para retirar água das minas de carvão,
na Inglaterra. A partir daí, essa máquina foi na história do pensamento grego, um acon-
sendo cada vez mais aprimorada com a con- tecimento decisivo. Certamente, no plano
tribuição de vários engenheiros, inventores intelectual como no domínio das institui-
e construtores de instrumentos, como James ções, só no fim alcançará todas as suas con-
Watt. Por volta de 1760, a máquina térmicajá sequências; a pólis conhecerá etapas múl-
tiplas e formas variadas. Entretanto, desde
era na
ção umRevolução
sucesso, tendo importante contribui-
Industrial. seu advento, que se pode situar entre os sé-
A Primeira Revolução Industrial revolucio- culos VIII e VII a.C., marca um começo, uma
nou a maneira como se produziam as mer- verdadeira invenção; por ela, a vida social e
cadorias, em especial com a criação de ma- as relações entre os homens tomam uma for-
quinários movidos a vapor. Na Inglaterra da ma nova, cuja srcinalidade será plenamente
década de 1770, o mercado de tecidos, os sentida pelos gregos.
transportes (como trens e navios) e as comu- Jean-Pierre Vernant. As srcens do pensamento
nicações funcionavam a partir de máquina a grego. Rio de Janeiro: Difel, 1981. Adaptado.
vapor. Logo, a termodinâmica está relaciona-
da à Revolução Industrial. De acordo com o texto, na A ntiguidade, uma
6. No século XIX o transporte ferroviário se de- das transformações provocadas pelo surgi-
senvolveu na Europa e na América, inclusive mento da pólis foi:
no Brasil. Em nosso país esteve ligado à ex- a) o declínio da oralidade, pois, em seu terri-
portação de café para a Europa, escoando o tório, toda estratégia de comunicação era
produto do interior para os portos de Santos
baseada na escrita e no uso de imagens.
e Rio de Janeiro. Na Inglaterra, as ferrovias
são posteriores ao surgimento do “sistema b) o isolamento progressivo de seus membros,
de fábrica”, necessárias para escoar a produ- que preferiam o convívio familiar às relações
ção em expansão. As ferrovias foram funda- travadas nos espaços públicos.
mentais nos EUA, pois foi no século XIX que c) a manutenção de instituições políticas arcai-
as terras no sul, até a Califórnia no extremo cas, que reproduziam, nela, o poder absolu-
oeste, pertencentes ao México, foram con- to de srcem divina do monarca.
quistadas e tiveram sua exploração iniciada. d) a diversidade linguística e religiosa, pois sua
difusa organização social dificultava a cons-
GABARITO trução de identidades culturais.
e) a constituição de espaços de expressão e
discussão, que ampliavam a divulgação das
1. B 2. E 3. D 4. D 5. C 6. D ações e ideias de seus membros.
45
3. (Fuvest) César não saíra de sua província d) altas concentrações fundiárias e capitalistas.
para fazer mal algum, mas para se defender e) formas de economias de subsistência pré-
dos agravos dos inimigos, para restabelecer -agrícolas.
em seus poderes os tribunos da plebe que ti -
nham sido, naquela ocasião, expulsos da Ci- 6. (Fuvest) A cidade é [desde o ano 1000] o
dade, para devolver a liberdade a si e ao povo principal lugar das trocas econômicas que
romano oprimido pela facção minoritária. recorrem sempre mais a um meio de troca
Caio Júlio César. A Guerra Civil. São Paulo: essencial: a moeda. [...] Centro econômico,
Estação Liberdade, 1999, p. 67. a cidade é também um centro de poder. Ao
O texto, do século I a.C., retrata o cenário lado do e, às vezes, contra o poder tradicio-
romano de: nal do bispo e do senhor, frequentemente
a) implantação da Monarquia, quando a aristo- confundidos numa única pessoa, um grupo
cracia perseguia seus opositores e os forçava de homens“liberdades”,
conquista novos, os cidadãos ou burgueses,
privilégios cada vez
ao ostracismo, para sufocar revoltas oligár-
quicas e populares. mais amplos.
b) transição da República ao Império, período GOFF Jacques Le. São Francisco de Assis. Rio
de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.
de reformulações provocadas pela expansão
mediterrânica e pelo aumento da insatisfa- O texto trata de um período em que:
ção da plebe. a) os fundamentos do sistema feudal coexis-
c) consolidação da República, marcado pela tiam com novas formas de organização polí-
participação política de pequenos proprietá- tica e econômica, que produziam alterações
rios rurais e pela implementação de amplo na hierarquia social e nas relações de poder.
programa de reforma agrária. b) o excesso de metais nobres na Europa provo-
d) passagem da Monarquia à República, período cava abundância de moedas, que circulavam
apenas pelas mãos dos grandes banqueiros e
de consolidação oligárquica, que provocou a dos comerciantes internacionais.
ampliação do poder e da influência política c) o anseio popular por liberdade e igualdade
dos militares. social mobilizava e unificava os trabalhado-
e) decadência do Império, então sujeito a inva- res urbanos e rurais e envolvia ativa partici-
sões estrangeiras e à fragmentação política pação de membros do baixo clero.
gerada pelas rebeliões populares e pela ação d) a Igreja romana, que s e opunha ao acúmulo
dos bárbaros. de bens materiais, enfrentava forte oposição
da burguesia
prietários ascendente e dos grandes pro-
de terras.
4. (Fuvest) A escravidão na Roma antiga: e) as principais características do feudalismo,
a) permaneceu praticamente inalterada ao lon- sobretudo a valorização da terra, haviam
go dos séculos, mas foi abolida com a intro- sido completamente superadas e substitu-
dução do cristianismo. ídas pela busca incessante do lucro e pela
b) previa a possibilidade de alforria do escravo valorização do livre comércio.
apenas no caso da morte de seu proprietá-
rio. 7. (Fuvest) Assim como o camponês, o merca-
c) era restrita ao meio rural e associada ao tra- dor está a princípio submetido, na sua ativi-
balho braçal, não ocorrendo em áreas urba- dade profissional, ao tempo meteorológico,
nas, nem atingindo funções intelectuais ou ao ciclo das estações, à imprevisibilidade
administrativas. das intempéries e dos cataclismos naturais.
d) pressupunha que os escravos eram humanos Como, durante muito tempo, não houve nes-
e, por isso, era proibida toda forma de casti- se domínio senão necessidade de submissão
go físico. à ordem da natureza e de Deus, o mercador
e) variou ao longo do tempo, mas era determi- só teve como meio de ação as preces e as prá-
nada por três critérios: nascimento, guerra e
ticas supersticiosas. Mas, quando se organiza
uma rede comercial, o tempo se torna obje-
direito civil. to de medida. A duração de uma viagem por
mar ou por terra, ou de um lugar para ou-
5. (Fuvest) A palavra
consigo vários sentidos.“feudalismo” carrega
Dentre eles, podem- tro,
umaomesma
problema dos preços
operação que, no
comercial, curso
mais de
ainda
-se apontar aqueles ligados a: quando o circuito se complica, sobem ou des-
a) sociedades marcadas por dependências mútu- cem _ tudo isso se impõe cada vez mais à
as e assimétricas entre senhores e vassalos. sua atenção. Mudança também importante: o
b) relações de parentesco determinadas pelo mercador descobre o preço do tempo no mes-
mo momento em que ele explora o espaço,
local de nascimento, sobretudo quando ur- pois para ele a duração essencial é aquela de
bano. um trajeto.
c) regimes inteiramente dominados pela fé re- Jacques Le Goff. Para uma outra Idade Média.
ligiosa, seja ela cristã ou muçulmana. Petrópolis: Vozes, 2013. Adaptado.
46
O texto associa a mudança da percepção do 9. (Fuvest) Quando Bernal Díaz avistou pela
tempo pelos mercadores medievais ao: primeira vez a capital asteca, ficou sem pa-
a) respeito estrito aos princípios do livre co- lavras. Anos mais tarde, as palavras viriam:
mércio, que determinavam a obediência às ele escreveu um alentado relato de suas ex-
regras internacionais de circulação de mer- periências como membro da expedição espa-
cadorias. nhola liderada por Hernán Cortés rumo ao
b) crescimento das relações mercantis, que pas- Império Asteca. Naquela tarde de novembro
saram a envolver territórios mais amplos e de 1519, porém, quando Díaz e seus compa-
distâncias mais longas. nheiros de conquista emergiram do desfila-
c) aumento da navegação oceânica, que permi- deiro e depararam-se pela primeira vez com
tiu o estabelecimento de relações comerciais
regulares com a América. o Vale do México lá embaixo, viram um ce-
d) avanço das superstições na Europa ocidental, nário que, anos depois, assim descreveram:
que se difundiram a partir de contatos com “vislumbramos tamanhas
não sabíamos o que maravilhas
dizer, nem se o queque
se
povos do leste desse continente e da Ásia.
e) aparecimento dos relógios, que foram inven- nos apresentava diante dos olhos era real”.
tados para calcular a duração das viagens Matthew Restall. Sete mitos da conquista espanhola. Rio de
ultramarinas. Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p. 15-16. Adaptado.
va tomando
essa justiça, amas
justiça em suas
poderia mãos.
não ser Aprovo
cruel? Cas- igualdade social.
tigos de todos os tipos, arrastamentos e es- 15. (Fuvest) A ideia de ocupação do continen-
quartejamentos, tortura, a roda, o cavalete, te pelo povo americano teve também raízes
a fogueira, verdugos proliferando por toda populares, no senso comum e também em
parte trouxeram tanto prejuízo aos nossos
costumes! Nossos senhores colherão o que fundamentos religiosos. O sonho de esten-
semearam. der o princípio da “união” até o Pacífico foi
Graco Babeuf, citado por R. Darnton. O beijo de chamado de “Destino Manifesto”.
Lamourette. Mídia, cultura e revolução. São Paulo: Nancy Priscilla S. Naro. A formação dos Estados
Companhia das Letras, 1990, p. 31. Adaptado. Unidos. São Paulo: Atual, 1986, p. 19.
48
A concepção de “Destino Manifesto”, cunha- a) o tifo, quando a humanidade enfrentou as
da nos Estados Unidos da década de 1840: duas grandes guerras mundiais do século XX,
a) difundiu a ideia de que os norte-americanos era uma ameaça porque ainda não tinha se
eram um povo eleito e contribuiu para jus- desenvolvido a biologia microscópica, que
tificar o desbravamento de fronteiras e a ex- anos depois permitiria identificar a existên-
pansão em direção ao Oeste. cia da doença.
b) tinha srcem na doutrina judaica e enfati- b) parte significativa da pesquisa biológica foi
abandonada em prol do atendimento de de-
zava que os homens deviam temer a Deus e mandas militares advindas dessas duas guer-
respeitar a todos os semelhantes, indepen- ras, o que causou um generalizado abandono
dentemente de sua etnia ou posição social. dos recursos necessários ao controle de do-
c) baseava-se no princípio do multiculturalis- enças como o tifo.
mo e impediu a propagação de projetos ou c) as epidemias, nas duas guerras mundiais, não
ideologia s racistas no Sul e no Norte dos Es-
tados Unidos. afetaram
que estes,osaocombatentes
contrário dosdos países ricos,dos
combatentes já
d) derivou de princípios calvinistas e rejei- países pobres, encontravam-se imunizados
tava a valorização do individualismo e do contra doenças causadas por vírus.
aventureirismo nas campanhas militares de d) a ameaça constante de epidemia de tifo re-
conquista territorial, privilegiando as ações sultava da precariedade das condições de hi-
coordenadas pelo Estado. giene e saneamento decorrentes do enfren-
tamento de populações humanas submetidas
e) defendia a necessidade de se preservar a na- a uma escala de destruição incomum promo-
tureza e impediu o prosseguimento das guer- vida pelas duas guerras mundiais.
ras contra indígenas, na conquista do Centro e) o tifo, principalmente na Primeira Guerra
e do Oeste do território norte-americano. Mundial, foi utilizado como arma letal con-
tra exércitos inimigos no leste europeu, que
16. (Fuvest) A exploração da mão de obra es- eram propositadamente contaminados com
crava, o tráfico negreiro e o imperialismo o vírus da doença.
criaram conflitivas e duradouras relações de
aproximação entre os continentes africano 18. (Fuvest) O que acontece quando a gente se
vê duplicado na televisão? (...) Aprendemos
e europeu. Muitos países da África, mesmo não só durante os anos de formação mas
depois de terem se tornado independentes, também na prática a lidar com nós mesmos
continuaram usando a língua dos coloniza- com esse “eu” duplo. E, mais tarde, (...) em
dores. de:
oficial O português, por exemplo, é língua 1974, ainda de
nitenciária detido para averiguaçãoquando
Colônia-Ossendorf, na pe-
a) Camarões, Angola e África do Sul. me foi atendida, sem problemas, a solici-
b) Serra Leoa, Nigéria e África do Sul. tação de um aparelho de televisão na cela,
c) Angola, Moçambique e Cabo Verde. apenas durante o período da Copa do Mundo,
d) Cabo Verde, Serra Leoa e Sudão. os acontecimentos na tela me dividiram em
e) Camarões, Congo e Zimbábue. vários sentidos. Não quando os poloneses jo-
garam uma partida fantástica sob uma chu-
va torrencial, não quando a partida contra a
17. (Fuvest) Quando a guerra mundial de 1914- Austrália foi vitoriosa e houve um empate
-1918 se iniciou, a ciência médica tinha contra o Chile, aconteceu quando a Alema-
feito progressos tão grandes que se espera- nha jogou contra a Alemanha. Torcer para
va uma conflagração sem a interferência de quem? Eu ou eu torci para quem? Para que
grandes epidemias. Isso sucedeu na frente
ocidental, mas à leste o tifo precisou de ape- lado vibrar? Qual Alemanha venceu?
Gunter Grass. Meu século. Rio de Janeiro:
nas três meses para aparecer e se estabele- Record, 2000, p. 237. Adaptado.
cer como o principal estrategista na região
(...). No momento em que a Segunda Guerra O trecho acima, extraído de uma obra literá-
Mundial está acontecendo, em territórios em ria, alude a um acontecimento diretamente
que o tifo é endêmico, o espectro de uma relacionado:
grande epidemia constitui ameaça constan- a) à política nazista de fomento aos esportes
te. Enquanto estas linhas estão sendo escri-
tas (primavera de 1942) já foram recebidas b) considerados
ao aumento da “arianos”
criminalidade
na Alemanha.
na Alemanha,
notificações de surtos locais, e pequenos, com o fim da Segunda Guerra Mundial.
mas a doença parece continuar sob controle c) à Guerra Fria e à divisão política da Ale-
e muito provavelmente permanecerá assim manha em duas partes, a “ocidental” e a
por algum tempo. “oriental”.
Henry E. Sigerist, Civilização e doença. São d) ao recente aumento da população de imi-
Paulo: Hucitec, 2010, p. 130-132. grantes na Alemanha e reforço de sentimen-
tos xenófobos.
O correto entendimento do texto acima per- e) ao caráter despolitizado dos esportes em um
mite afirmar que: contexto de capitalismo globalizado.
49
19. (Fuvest) Examine a seguinte imagem, que foi Entre os exemplos do alongamento dos con-
inspirada pela situação da Índia de 1946. flitos internos nos países africanos em fun-
ção de “interesses extracontinentais”, a que
se refere o texto, pode-se citar a participa ção:
a) da Holanda e da Itália na guerra civil do Zai-
re, na década de 1960, motivada pelo con-
trole sobre a mineração de cobre na região.
b) dos Estados Unidos na implantação do apar-
theid na África do Sul, na década de 1970,
devido às tensões decorrentes do movimento
pelos direitos civis.
c) da França no apoio à luta de independên-
cia namotivada
1950, Argélia epelo
no Marrocos, na controlar
interesse em década de
as reservas de gás natural desses países.
d) da China na luta pela estabilização política
no Sudão e na Etiópia, na década de 1960,
motivada pelas necessidades do governo Mao
Tse-Tung em obter fornecedores de petróleo.
e) da União Soviética e Cuba nas guerras ci-
vis de Angola e Moçambique, na década de
1970, motivada pelas rivalidades e interes-
ses geopolíticos característicos da Guerra
Fria.
22. (Fuvest)
51
O texto propõe uma interpretação do cenário
internacional no princípio do século XXI e
afirma a necessidade de se:
a) valorizar a liderança norte-americana sobre
o Ocidente, pois apenas os Estados Unidos
dispõem de recursos financeiros e militares
para assegurar a nova ordem mundial.
b) reconhecer a falência do modelo comunista,
hegemônico durante a Guerra Fria, e aceitar
a vitória do capitalismo e da lógica multila-
teral que se constituiu a partir do final do
século XX.
c) combater
presenta ao terrorismo islâmico,à pois
principal ameaça ele re-
estabilidade
e à harmonia econômica e política entre os
Estados nacionais.
d) reavaliar o sentido da chamada globaliza-
ção, pois a hegemonia política e financeira
norte-americana tem enfrentado impasses e
resistências.
e) identificar o crescimento vertiginoso da Chi-
na e reconhecer o atual predomínio econô-
mico e financeiro dos países do Oriente na
nova ordem mundial.
GABARITO
1. E 2. E 3. B 4. E 5. A
6. A 7. B 8. B 9. C 10. A
11. B 12. E 13. D 14. B 15. A
16. C 17. D 18. C 19. D 20. E
21. D 22. E 23. A 24. D
52
HISTÓRIA DO BRASIL
Prescrição: Para resolver os exercícios abaixo, foque principalmente nas questões econômi-
cas, sociais e políticas do período colonial e do Império. Estude as principais características da
Primeira República (1889-1930), da ditadura civil-militar (1964-1985) e a construção da Nova
República até os dias atuais.
I II III
APLICAÇÃO DOS a) A C E
CONHECIMENTOS - SALA b) B C E
c) C B E
1. (Fuvest) Após o Tratado de Tordesilhas d) A B D
(1494), por meio do qual Portugal e Espanha e) C A D
dividiram as terras emersas com uma linha
imaginária, verifica-se um “descobrimento 2. (Fuvest) Examine o gráfico.
gradual” do atual território brasileiro.
Tendo em vista o processo da formação terri-
torial do País, considere as ocorrências e as
representações abaixo:
Ocorrências:
I. Tratado de Madrid (1750);
II. Tratado de Petrópolis (1903);
III.Constituição da República Federativa do
Brasil (1988)/consolidação da atual divi-
são dos Estados.
Representações:
53
3. (Fuvest) Observe a tabela: b) ausência de autonomia dos eleitores e sua fi-
delidade forçada a alguns políticos, as quais li-
IMIGRAÇÃO: BRASIL, 1881- mitavam o direito de escolha e demonstravam
1930 (EM MILHARES) a fragilidade das instituições republicanas.
Ano Chegadas c) restrição provocada pelo voto censitário,
1881-1885 133,4 que limitava o direito de participação polí-
1886-1890 391,6 tica àqueles que possuíam um certo número
1891-1895 659,7 de animais.
d) facilidade de acesso à informação e propa-
1896-1900 470,3 ganda política, permitindo, aos eleitores, a
1901-1905 279,7 rápida identificação dos candidatos que de-
1906-1910 391,6 fendiam a soberania nacional frente às ame-
1911-1915
1916-1920
611,4
186,4 e) aças estrangeiras.
ampliação do direito de voto trazida pela
República, que passou a incluir os analfabe-
1921-1925 368,6 tos e facilitou sua manipulação por políticos
1926-1930 453,6 inescrupulosos.
Total 3.964,3
Leslie Bethell (ed.), The Cambridge History 5. (Fuvest) No início de 1969, a situação po-
of Latin America, vol. IV. Adaptado.
lítica se modifica. A repressão endurece e
Os dados apresentados na tabela se expli- leva à retração do movimento de massas. As
cam, dentre outros fatores: primeiras greves, de Osasco e Contagem, têm
a) pela industrialização significativa em esta- seus dirigentes perseguidos e são suspensas.
dos do Nordeste do Brasil, sobretudo aquela O movimento estudantil reflui. A oposição
ligada a bens de consumo. liberal está amordaçada pela censura à im-
b) pela forte demanda por força de trabalho prensa e pela cassação de mandatos.
criada pela expansão cafeeira nos estados do Apolônio de Carvalho. Vale a pena sonhar.
Sudeste do Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 1997, p. 202.
c) pela democracia racial brasileira, a favorecer O testemunho, dado por um participante da
a convivência pacífica entre culturas que, resistência à ditadura militar brasileira, sin-
nos seus continentes de srcem, poderiam tetiza o panorama político dos últimos anos
até mesmo
d) pelos ser rivais.
expurgos em massa promovidos em pa- da década de 1960, marcados:
a) pela adesão total dos grupos oposicionistas
íses que viviam sob regimes fascistas, como à luta armada e pela subordinação dos sin-
Itália, Alemanha e Japão. dicatos e centrais operárias aos partidos de
e) pela supervalorização do trabalho assalaria- extrema esquerda.
do nas cidades, já que no campo prevalecia a b) pelo bipartidarismo implantado por meio do
mão de obra de srcem escrava, mais barata. Ato Institucional nº 2, que eliminou toda
forma de oposição institucional ao regime
4. (Fuvest) militar.
c) pela desmobilização do movimento estu-
dantil, que foi bastante combativo nos anos
imediatamente posteriores ao golpe de 64,
mas depois passou a defender o regime.
d) pelo apoio da maioria das organizações da
sociedade civil ao governo militar, empenha-
das em combater a subversão e afastar, do
Brasil, o perigo comunista.
e) pela decretação do Ato Institucional nº 5,
que limitou drasticamente a liberdade de ex-
pressão e instituiu
repressão medidas
aos opositores doque ampliaram a
regime.
A charge satiriza uma prática eleitoral pre- 6. (Fuvest) O presidente do Senado, José Sar-
sente no Brasil da chamada “Primeira Repú- ney (PMDB-AP), disse nesta segunda-feira
blica”. Tal prática revelava a: [30/5] que o impeachment do ex-presidente
a) ignorância, por parte dos eleitores, dos ru- Fernando Collor de Mello foi apenas um “aci-
mos políticos do país, tornando esses eleito- dente” na história do Brasil. Sarney mini-
res adeptos de ideologias políticas nazifas- mizou o episódio em que Collor, que atual-
cistas. mente é senador, teve seus direitos políticos
54
cassados pelo Congresso Nacional. “Eu não 3. O crescimento da imigração no Brasil deve-se
posso censurar os historiadores que foram a dois fatores básicos, a saber: (1) o crescimen-
encarregados de fazer a história. Mas acho to do ciclo cafeeiro no Brasil e (2) a abolição da
que talvez esse episódio seja apenas um aci- escravatura, em 1888, que exigiu a substitui-
dente que não devia ter acontecido na histó- ção da mão de obra escrava pela livre.
ria do Brasil”, disse o presidente do Senado. 4. A imagem retrata a prática do voto de ca-
Correio Braziliense, 30/05/2011. bresto: os poderosos coronéis utilizavam de
táticas de coação para manipular as eleições,
Sobre o “episódio” mencionado na notícia obrigando seu “rebanho” a votar em candi-
acima, pode-se dizer acertadamente que foi datos por eles (coronéis) escolhidos.
um acontecimento: 5. Poucos grupos políticos, mesmo de esquerda,
a) de grande impacto na história recente do fizeram a opção pela luta armada, que teve
Brasil
políticae de
teveFernando
efeitos negativos na trajetória
Collor, o que faz com pequena expressão
se comparada no país,
com outras principalmente
nações da A mérica
que seus atuais aliados se empenhem em Latina. O bipartidarismo permitiu a existên-
desmerecer este episódio, tentando diminuir cia de um partido de oposição.
a importância que realmente teve. O movimento estudantil foi desmobilizado,
b) nebuloso e pouco estudado pelos historiado- mas nunca apoiou o regime militar.
res, que, em sua maioria, trataram de cen- O endurecimento do regime iniciou-se em
surá-lo, impedindo uma justa e equilibrada dezembro de 1968 com a decretação do Ato
compreensão dos fatos que o envolvem. Institucional Nº 5 (AI-5) que centralizou
ainda mais o poder a abriu caminho para
c) acidental, na medida em que oimpeachment
uma política de maior repressão à sociedade
de Fernando Collor foi considerado ilegal civil.
pelo Supremo Tribunal Federal, o que, aliás, 6. O impeachment de Collor é considerado mui-
possibilitou seu posterior retorno à cena po- to significativo na história recente do país.
lítica nacional, agora como senador. Em 1992, em meio a denúncias de corrupção,
d) menor na história política recente do Bra- eclodiu um grande movimento social, que
sil, o que permite tomar a censura em torno envolveu segmentos diferentes, nos quais se
dele, promovida oficialmente pelo Senado destacaram os estudantes, que pintaram os
Federal, como um episódio ainda menos sig- rostos de preto nas grandes manifestações
nificativo. de rua em apoio à Comissão Parlamentar de
e) indesejado pela imensa maioria dos brasilei- Inquérito (CPI) e à condenação do Presiden-
ros, o que provocou uma onda de comoção te. Apeado do poder, Collor teve seus direito
popular e permitiu o retorno triunfal de Fer- políticos cassados por oito anos e dessa for-
nando Collor à cena política, sendo candida- ma foi forçado a deixar a vida política. Seu
to conduzido por mais duas vezes ao segun- retorno deu-se com a eleição para o Senado
do turno das eleições presidenciais. em 2006 e, filiado ao PTB, levou-o a aproxi-
mar do governo Lula e dos demais aliados
deste, como o ex-presidente José Sarney.
RAIO X
1. Trata-se da formação do território brasileiro GABARITO
e da divisão política do país ao longo do tem-
po. O Tratado de Madri ([I]/mapa A) corres- 1. A 2. C 3. B 4. B 5. E 6. A
ponde à ampliação do território para áreas
a oeste do antigo Tratado de Tordesilhas. O
Tratado de Petrópolis ([II]/mapa C) refere-
-se à incorporação do Acre ao território bra-
sileiro. A Constituição de 1988 ([III]/mapa
E) determinou
com criação doaestado
atual divisão políticaado
de Tocantins país
partir
do norte de Goiás, transformou os territórios
de Roraima e Amapá em estados e incorporou
Fernando de Noronha a Pernambuco.
2. A despeito da pressão inglesa para que ocor-
resse o fim do tráfico negreiro para o Brasil,
o mesmo manteve-se em alta entre 1810 e
1830, o que contribuiu para a formação es-
cravista da nossa sociedade.
55
PRÁTICA DOS 2. (Fuvest) Admite-se que as cenouras sejam
srcinárias da região do atual Afeganistão,
CONHECIMENTOS - E.O.
tendo sido levadas para outras partes do mun-
do por viajantes ou invasores. Com base em
relatos escritos, pode-se dizer que as cenouras
1. (Fuvest) Observe o mapa abaixo. devem ter sido levadas à Europa no século XII
e, às Américas, no início do século XVII.
Em escritos anteriores ao século XVI, há re-
ferência apenas a cenouras de cor roxa, ama-
rela ou vermelha. É possível que as cenouras
de cor laranja sejam srcinárias dos Países
Baixos, e que tenham sido desenvolvidas,
inicialmente, à época do Príncipe de Orange
(1533-1584).
No Brasil, são comuns apenas as cenouras
laranja, cuja cor se deve à presença do pig-
mento betacaroteno, representado a seguir.
56
A partir da leitura do texto acima, escrito 5. (Fuvest) Os indígenas foram também utili-
pelo padre jesuíta Antônio Vieira em 1633, zados em determinados momentos, e sobre-
pode-se afirmar, corretamente, que, nas ter- tudo na fase inicial [da colonização do Bra-
ras portuguesas da América: sil]; nem se podia colocar problema nenhum
a) a Igreja católica defendia os escravos dos de maior ou melhor “aptidão” ao trabalho
excessos cometidos pelos seus senhores e os escravo (...). O que talvez tenha importado é
incitava a se revoltar. a rarefação demográfica dos aborígines, e as
b) as formas de escravidão nos engenhos eram dificuldades de seu apresamento, transpor-
te, etc. Mas na “preferência” pelo africano
mais brandas do que em outros setores eco- revela-se, mais uma vez, a engrenagem do
nômicos, pois ali vigorava uma ética religio- sistema mercantilista de colonização; esta se
sa inspirada na Bíblia. processa num sistema de relações tendentes
c) a Igreja católica apoiava, com a maioria de a promover a acumulação primitiva de ca-
seus
tratandmembros, a escravidão
o, portanto, dos com
de justificá-la africanos,
base pitais
isto é, na metrópole; ora,das
o abastecimento o tráfico
colôniasnegreiro,
com es-
na Bíblia. cravos, abria um novo e importante setor do
d) clérigos, como padre Vieira, se mostravam comércio colonial, enquanto o apresamento
indecisos quanto às atitudes que deveriam dos indígenas era um negócio interno da co-
tomar em relação à escravidão negra, pois a lônia. Assim, os ganhos comerciais resultan-
própria Igreja se mantinha neutra na ques- tes da preação dos aborígines mantinham-se
tão. na colônia, com os colonos empenhados nes-
e) havia formas de discriminação religiosa que se se “gênero de vida”; a acumulação gerada no
sobrepunham às formas de discriminação ra- comércio de africanos, entretanto, fluía para
cial, sendo estas, assim, pouco significativas. a metrópole; realizavam-na os mercadores
metropolitanos, engajados no abastecimento
dessa “mercadoria”. Esse talvez seja o segre-
4. (Fuvest) Eu por vezes tenho dito a V. A. do da melhor “adaptação” do negro à lavoura
aquilo que me parecia acerca dos negócios ... escravista. Paradoxalmente, é a partir do
da França, e isto por ver por conjecturas e tráfico negreiro que se pode entender a es-
aparências grandes aquilo que podia suce- cravidão africana colonial, e não o contrário.
der dos pontos mais aparentes, que consigo Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na
traziam muito prejuízo ao estado e au mento crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo:
Hucitec, 1979, p. 105. Adaptado.
dos senhorios de V. A. E tudo se encerrava
nestos
em vós,de
Senhor,
fazer que
trabalhardes
esta gentecom
nãomodos
houvesse
ho- Nesse trecho, o autor afirma que, na América
portuguesa:
de entrar nem possuir coisa de vossas na- a) os escravos indígenas eram de mais fácil ob-
vegações, pelo grandíssimo dano que daí se tenção do que os de srcem africana, e por
podia seguir. isso a metrópole optou pelo uso dos primeiros,
Serafim Leite. Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil, 19 54. já que eram mais produtivos e mais rentáveis.
O trecho acima foi extraído de uma carta di- b) os escravos africanos aceitavam melhor o tra-
rigida pelo padre jesuíta Diogo de Gouveia balho duro dos canaviais do que os indígenas,
ao rei de Portugal D. João III, escrita em Pa- o que justificava o empenho de comerciantes
ris, em 17/02/1538. Seu conteúdo mostra: metropolitanos em gastar mais para a obten-
a) a persistência dos ataques franceses contra ção, na África, daqueles trabalhadores.
a América, que Portugal vinha tentando co- c) o comércio negreiro só pôde prosperar por-
lonizar de modo efetivo desde a adoção do que alguns mercadores metropolitanos pre-
sistema de capitanias hereditárias. ocupavam-se com as condições de vida dos
b) os primórdios da aliança que logo se esta- trabalhadores africanos, enquanto que ou-
beleceria entre as Coroas de Portugal e da tros os consideravam uma “mercadoria”.
França e que visava a combater as preten- d) a rentabilidade propiciada pelo emprego da
sões expansionistas da Espanha na América. mão de obra indígena contribuiu decisiva-
c) a preocupação dos jesuítas portugueses com mente para que, a partir de certo momento,
aBrasil,
expansão de exercendo
vinham jesuítas franceses, que, no
grande influência também
dos escravoso africanos
na lavoura, fossem
que resultou emprega-
em um lucra-
sobre as populações n ativas. tivo comércio de pessoas.
d) o projeto de expansão territorial português e) o principal motivo da adoção da mão de obra
na Europa, o qual, na época da carta, visava de srcem africana era o fato de que esta
à dominação de territórios franceses tanto precisava ser transportada de outro conti-
na Europa quanto na América. nente, o que implicava a abertura de um
e) a manifestação de um conflito entre a recém- rentável comércio para a metrópole, que se
-criada ordem jesuíta e a Coroa portuguesa articulava perfeitamente às estruturas do
em torno do combate à pirataria francesa. sistema de colonização.
57
6. (Fuvest) O tráfico de escravos africanos para c) a cultura indígena, extinta graças ao pro-
o Brasil: cesso colonizador europeu, foi recriada de
a) teve início no final do século XVII, quando modo mitológico no Brasil dos anos 1940.
as primeiras jazidas de ouro foram descober- d) a cultura xinguana, ao contrário de outras
tas nas Minas Gerais. culturas indígenas, não foi afetada pelo pro-
b) foi pouco expressivo no século XVII, ao cesso colonizador europeu.
e) não há relação direta entre, de um lado, o
contrário do que ocorreu nos séculos XVI e processo colonizador europeu e, de outro, a
XVIII, e foi extinto, de vez, no início do sé- mortalidade indígena e a perda de sua iden-
culo XIX. tidade cultural.
c) teve início na metade do século XVI, e foi
praticado, de forma regular, até a metade do 9. (Fuvest) É assim extremamente simples a
século XIX. estrutura social da colônia no primeiro sécu-
d) foi extinto,
Brasil, quando
a despeito da Independência
da pressão contrária dasdo lo e meio
a duas de colonização.
classes: Reduz-se
de um lado em suma
os proprietários
regiões auríferas. rurais, a classe abastada dos senhores de en-
e) dependeu, desde o seu início, diretamente genho e fazenda; doutro, a massa da popu-
do bom sucesso das capitanias hereditárias, lação espúria dos trabalhadores do campo,
escravos e semilivres. Da simplicidade da i n-
e, por isso, esteve concentrado nas capita- fraestrutura econômica – a terra, única força
nias de Pernambuco e de São Vicente, até o produtiva, absorvida pela grande exploração
século XVIII. agrícola – deriva a da estrutura social: a redu-
zida classe de proprietários e a grande massa,
7. (Fuvest) A economia das possessões colo- explorada e oprimida. Há naturalmente no
niais portuguesas na América foi marcada seio desta massa gradações, que assinalamos.
por mercadorias que, uma vez exportadas Mas, elas não são contudo bastante profundas
para outras regiões do mundo, podiam alcan- para se caracterizarem em situações radical-
mente distintas.
çar alto valor e garantir, aos envolvidos em Caio Prado Jr., Evolução política do Brasil. 20ª ed.
seu comércio, grandes lucros. Além do açú- São Paulo: Brasiliense, p.28-29, 1993 [1942].
car, explorado desde meados do século XVI,
e do ouro, extraído regularmente desde fins Neste trecho, o autor observa que, na socie-
do XVII, merecem destaque, como elementos dade colonial:
a) só havia duas classes conhecidas, e que nada
de exportação presentes nessa economia: é sabido sobre indivíduos que porventura fi-
a)
b) tabaco,salalgodão
ferro, e derivados da pecuária.
e tecidos. zessem parte de outras.
b) havia muitas classes diferentes, mas só
c) escravos indígenas, arroz e diamantes. duas estavam diretamente ligadas a crité-
d) animais exóticos, cacau e embarcações. rios econômicos.
e) drogas do sertão, frutos do mar e cordoaria. c) todos os membros das classes existentes
queriam se transformar em proprietários
8. (Fuvest) A colonização, apesar de toda vio- rurais, exceto os pequenos trabalhadores li-
vres, semilivres ou escravos.
lência e disrupção, não excluiu processos de d) diversas classes radicalmente distintas umas
reconstrução e recriação cultural conduzidos das outras compunham um cenário complexo,
pelos povos indígenas. É um erro comum crer marcado por conflitos sociais.
que a história da conquista representa, para e) a população se organizava em duas classes,
os índios, uma sucessão linear de perdas em cujas gradações internas não alteravam a
vidas, terras e distintividade cultural. A cul- simplicidade da estrutura social.
tura xinguana – que aparecerá para a nação
brasileira nos anos 1940 como símbolo de 10. (Fuvest) Se o açúcar do Brasil o tem dado a
uma tradição estática, srcinal e intocada – conhecer a todos os reinos e províncias da
é, ao inverso, o resultado de uma história Europa, o tabaco o tem feito muito afamado
de contatos e mudanças, que tem início no em todas as quatro partes do mundo, em as
século X d.C. e continua até hoje. quais hoje tanto se deseja e com tantas di-
FAUSTO Carlos. Os índios antes do Brasil. ligências e por qualquer via se procura. Há
Rio de Janeiro: Zahar, 2005. pouco mais de cem anos que esta folha se
Com base no trecho acima, é correto afirmar que: começou a plantar e beneficiar na Bahia [...]
a) o processo colonizador europeu não foi vio- e, desta sorte, uma folha antes desprezada
lento como se costuma afirmar, já que ele e quase desconhecida tem dado e dá atual-
preservou e até mesmo valorizou várias cul- mente grandes cabedais aos moradores do
turas indígenas. Brasil e incríveis emolumentos aos Erários
b) várias culturas indígenas resistiram e sobre- dos príncipes.
viveram, mesmo com alterações, ao processo ANTONIL André João. Cultura e opulência do Brasil por
colonizador europeu, como a xinguana. suas drogas e minas. São Paulo: EDUSP, 2007. Adaptado.
58
O texto acima, escrito por um padre italiano c) pela renovação, em 1844, do Tratado de 1826
em 1711, revela que: com a Inglaterra, que abriu nova rota de trá-
a) o ciclo econômico do tabaco, que foi anterior fico de escravos entre Brasil e Moçambique.
ao do ouro, sucedeu o da cana-de-açúcar. d) pelo aumento da demanda por escravos no
b) todo o rendimento do tabaco, a exemplo do Brasil, em função da expansão cafeeira, a
que ocorria com outros produtos, era dire- despeito da promulgação da Lei Aberdeen,
cionado à metrópole. em 1845.
c) não se pode exagerar quanto à lucratividade e) pela aplicação da Lei Eusébio de Queirós,
propiciada pela cana-de-açúcar, já que a do que ampliou a entrada de escravos no Brasil
tabaco, desde seu início, era maior. e tributou o tráfico interno.
d) os europeus, naquele ano, já conheciam ple-
namente o potencial econômico de suas co- TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
e) lônias americanas.
a economia colonial foi marcada pela simul- Tornando da malograda espera do tigre, 1al-
taneidade de produtos, cuja lucratividade se cançou o capanga um casal de velhinhos,
relacionava com sua inserção em mercados 2que seguiam diante dele o mesmo caminho,
internacionais. e conversavam acerca de seus negócios par-
ticulares. Das poucas palavras que apanhara,
11. (Fuvest) “E o pior é que a maior parte do percebeu Jão Fera 3que destinavam eles uns
ouro que se tira das minas passa em pó e em cinquenta mil-réis, tudo quanto possuíam, à
moeda para os reinos estranhos e a menor compra de mantimentos, a fim de fazer um
quantidade é a que fica em Portugal e nas moquirão*, com que pretendiam abrir uma
cidades do Brasil...” boa roça.
João Antonil. Cultura e opulência do Brasil — Mas chegará, homem? perguntou a velha.
por suas drogas e minas, 1711.
— Há de se espichar bem, mulher!
Esta frase indica que as riquezas minerais Uma voz os interrompeu:
da colônia: — Por este preço dou eu conta da roça!
a) produziram ruptura nas relações entre Brasil — Ah! É nhô Jão!
e Portugal. Conheciam os velhinhos o capanga, a quem
b) foram utilizadas, em grande parte, para o tinham por homem de palavra, e de fazer
cumprimento do Tratado de Methuen entre o que prometia. Aceitaram sem mais hesita-
Portugal e Inglaterra. ção; e foram mostrar o lugar que estava des-
c) prestaram-se, exclusivamente, aos interesses tinado para o roçado.
mercantilistas da França, da Inglaterra e da Acompanhou-os Jão Fera; porém, 4mal seus
Alemanha. olhos descobriram entre os utensílios a en-
d) foram desviadas, majoritariamente, para a xada, a qual ele esquecera um momento no
Europa por meio do contrabando na região afã de ganhar a soma precisa, que sem mais
do rio da Prata.
deu costas ao par de velhinhos e foi-se dei-
e) possibilitaram os acordos com a Holanda que
asseguraram a importação de escravos afri- xando-os embasbacados.
ALENCAR, José de. Til.
canos. * moquirão = mutirão (mobilização coletiva
para auxílio mútuo, de caráter gratuito).
12. (Fuvest) Examine a seguinte tabela:
Ano Nº de escravos que e ntraram no Brasil 13. (Fuvest) Considerada no contexto histórico-
-social figurado no romance Til, a brusca rea-
1845 19.453
ção de Jão Fera, narrada no final do excerto,
1845 50.325 explica-se:
1847 56.172 a) pela ambição ou ganância que, no período,
1848 60.000 caracterizava os homens livres não proprie-
Dados extraídos de Emília Viotti da Costa. Da tários.
senzala à colônia. São Paulo: Unesp, 1998. b) por sua condição de membro da Guarda Na-
A tabela apresenta dados que podem ser ex- cional, que lhe interditava o trabalho na la-
plicados: voura.
a) pela lei de 1831, que reduziu os impostos c) pela indolência atribuída ao indígena, da
sobre os escravos importados da África para qual era herdeiro o “bugre”.
o Brasil. d) pelo estigma que a escravidão fazia recair
b) pelo descontentamento dos grandes proprie- sobre o trabalho braçal.
tários de terras em meio ao auge da campa- e) pela ojeriza ao labor agrícola, inerente a sua
nha abolicionista no Brasil. condição de homem letrado.
59
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO 15. (Fuvest)
V – O samba
À direita do terreiro, adumbra-se* na escuri-
dão um maciço de construções, ao qual às ve-
zes recortam no azul do céu os trêmulos vis-
lumbres das labaredas fustigadas pelo vento.
(...)
É aí o quartel ou quadrado da fazenda, nome
que tem um grande pátio cercado de senza-
las, às vezes com alpendrada corrida em vol-
ta, e um ou dois portões que o fecham como
praça d’armas.
Em torno da fogueira, já esbarrondada pelo Em seu contexto de srcem, o quadro acima
corresponde a uma:
chão, que ela cobriu de brasido e cinzas, dan- a) denúncia política das guerras entre as popu-
çam os pretos o samba com um frenesi que lações indígenas brasileiras.
toca o delírio. Não se descreve, nem se ima- b) idealização romântica num contexto de
gina esse desesperado saracoteio, no qual construção da nacionalidade brasileira.
todo o corpo estremece, pula, sacode, gira, c) crítica republicana à versão da história do
Brasil difundida pela monarquia.
bamboleia, como se quisesse desgrudar-se. d) defesa da evangelização dos índios realizada
Tudo salta, até os crioulinhos que esper- pelas ordens religiosas no Brasil.
neiam no cangote das mães, ou se enrolam e) concepção de inferioridade civilizacional dos
nas saias das raparigas. Os mais taludos vi- nativos brasileiros em relação aos indígenas
ram cambalhotas e pincham à guisa de sapos da América Espanhola.
em roda do terreiro. Um desses corta jaca 16. (Fuvest) — Não entra a polícia! Não deixa
no espinhaço do pai, negro fornido, que não entrar! Aguenta! Aguenta!
sabendo mais como desconjuntar-se, atirou — Não entra! Não entra! repercutiu a multi-
consigo ao chão e começou de rabanar como dão em coro.
um peixe em seco. (...) José de Alencar, Til. E todo
ao fogo.o cortiço ferveu que nem uma panela
(*) “adumbra-se” = delineia-se, esboça-se. — Aguenta! Aguenta!
Aluísio Azevedo, O cortiço, 1890, parte X.
14. (Fuvest) Considerada no contexto histórico a O fragmento acima mostra a resistência dos
que se refere Til, a desenvoltura com que os moradores de um cortiço à entrada de poli-
escravos, no excerto, se entregam à dança é ciais no local. O romance de Aluísio Azevedo:
representativa do fato de que: a) representa as transformações urbanas do Rio
a) a escravidão, no Brasil, tal como ocorreu na de Janeiro no período posterior à abolição da
América do Norte e no Caribe, foi branda. escravidão e o difícil convívio entre ex-escra-
b) se permitia a eles, em ocasiões especiais e vos, imigrantes e poder público.
sob vigilância, que festejassem a seu modo. b) defende a monarquia recém-derrubada e de-
c) teve início nas fazendas de café o sincretis- monstra a dificuldade da Repúblicabrasileira
de manter a tranquilidade e a harmonia so-
mo das culturas negra e branca, que viria a cial após as lutas pela consolidação do novo
caracterizar a cultura brasileira. regime.
d) o narrador entendia que o samba de terreiro c) denuncia a falta de policiamento na então ca-
era, em realidade, um ritual umbandista dis- pital brasileira e atribui os problemas sociais
farçado. existentes ao desprezo da elite paulista cafei-
e) foi a generalização, entre eles, do alcoolismo, d) cultora
valorizaem
as relação ao Rioque
lutas sociais de Janeiro.
se travavam nos
que tornou antieconômica a exploração da
mão de obra escrava nos cafezais paulistas. morros e na periferia da então capital ederal
f
e as considera um exemplo para os demais
setores explorados da população brasileira.
e) apresenta a imigração como a principal ori-
gem dos males sociais por que o país passa-
va, pois os novos empregados assalariados
tiraram o trabalho dos escravos e os margi-
nalizaram.
60
17. (Fuvest) Considerando-se o intervalo entre 20. (Fuvest) Durante os primeiros tempos de sua
o contexto em que transcorre o enredo da existência, o PCB prosseguiu em seu processo
obra Memórias de um sargento de milícias, de diferenciação ideológica com o anarquis-
de Manuel Antônio de Almeida, e a época de mo, de onde provinha parte significativa de
sua publicação, é correto afirmar que a esse
período corresponde o processo de: sua liderança e de sua militância. Nesse cur-
a) reforma e crise do Império Português na so, foi necessário, no que se refere à questão
América. parlamentar, também proceder a uma homo-
b) triunfo de uma consciência nativista e na- geneização de sua própria militância. Houve
cionalista na colônia. algumas tentativas de participação em elei-
c) Independência do Brasil e formação de seu ções e de formulação de propostas a serem
Estado nacional.
d) consolidação do Estado nacional e de crise apresentadas à sociedade que se revelaram
infrutíferas por questões conjunturais. A pri-
do regime monárquico
e) Proclamação brasileiro.
da República e instauração da meira vez em que isso ocorreu foi, em 1925,
Primeira República. no município portuário paulista de Santos,
onde os comunistas locais, apresentando-se
18. (Fuvest) Na Belle Époque brasileira, que di- pela legenda da Coligação Operária, tiveram
fusamente coincidiu com a transição para o um resultado pífio. No entanto, como todos
regime republicano, surgiram aquelas per-
guntas cruciais, envoltas no oxigênio men- os atos pioneiros, essa participação deixou
tal da época, muitas das quais, contudo, nos uma importante herança: a presença na cena
incomodam até hoje: como construir uma política brasileira dos trabalhadores e suas
nação se não tínhamos uma população de- reivindicações. Estas, em particular, expres-
finida ou um tipo definido? Frente àquele savam um acúmulo de anos de lutas do mo-
amálgama de passado e futuro, alimentado e vimento operário brasileiro.
realimentado pela República, quem era o bra-
sileiro? (...) Inúmeras tentativas de respostas Dainis Karepovs. A classe operária vai ao
Parlamento. São Paulo: Alameda, 2006, p.169.
a todas estas questões mobilizaram os inte-
lectuais brasileiros durante várias décadas. A partir do texto acima, pode-se afirmar cor-
Elias Thomé Saliba. Raízes do riso. São
Paulo: Companhia das Letras, 2002. retamente que:
a) as eleições de representantes parlamentares
Entre as tentativas de responder, durante a advindos de grupos comunistas e anarquis-
Belle Époque brasileira, às dúvidas mencio-
nadas no texto, é correto incluir: tas República,
da foram frequentes, desde a inclusive,
e provocaram, Proclamaçãoa
a) as explicações positivistas e evolucionistas
sobre o impacto da mistura de raças na for- chamada Revolução de 1930.
mação do caráter nacional brasileiro. b) comunistas, anarquistas e outros grupos de
b) os projetos de valorização dos vínculos entre representantes de trabalhadores eram for-
o caráter nacional brasileiro e os produtos malmente proibidos de participar de eleições
da indústria cultural norte-americana.
c) o reconhecimento e a celebração da srcem no Brasil desde a proclamação da República,
africana da maioria dos brasileiros e a rejei- cenário que só se modificaria com a Consti-
ção das tradições europeias. tuição de 1988.
d) a percepção de que o país estava plenamente c) as primeiras décadas do século XX represen-
inserido na modernidade e havia assumido a tam um período de grande diversidade polí-
condição de potência mundial. tico-partidária no Brasil, o que favoreceu a
e) o desejo de retornar ao período anterior à
chegada dos europeus e de recuperar pa- emergência de variados grupos de esquerda,
drões culturais e cotidianos indígenas. cuja excessiva divisão impediu-os de obter
resultados eleitorais expressivos.
19. (Fuvest) No “Manifesto Antropófago”, lan- d) as experiências parlamentares envolvendo
çado em São Paulo, em 1928, lê-se: “Quere- operários e camponeses, no Brasil da década
mos a Revolução Caraíba (...). A unificação de 1920, resultaram em sua presença domi-
homem
de todas(...).
as revoltas
Sem nós,eficazes
a Europananão
direção
teria se-
do nante nodocenário
colapso político
primeiro regimenacional, após por
encabeçado o
quer a sua pobre declaração dos direitos do Getúlio Vargas.
homem.”
Essas passagens expressam a: e) as primeiras participações eleitorais de can-
a) defesa de concepções artísticas do impres- didatos trabalhadores ganharam importância
sionismo. histórica, uma vez que a política partidária
b) crítica aos princípios da Revolução Francesa. brasileira da chamada Primeira República era
c) valorização da cultura nacional. dominada por grupos oriundos de grandes
d) adesão à ideologia socialista. elites econômicas.
e) afinidade com a cultura norte-americana.
61
21. (Fuvest) Paralelamente àabertura da Transa- e) crescimento de demanda externa por com-
mazônica processa-se o trabalho da coloniza- modities brasileiras e de grandes progressos
ção, realizado pelo Incra (Instituto Nacional na distribuição de terra, no Brasil, a peque-
de Colonização e Reforma Agrária). As peque- nos agricultores.
nas agrovilas se sucedem de vinte em vinte
quilômetros à margem da estrada, e nos cem 23. (Fuvest) A partirda redemocratização doBra-
hectares que cada colono recebeu são plan- sil (1985), é possível observar mudanças eco-
tados milho, feijão e arroz. Já no próximo nômicas significativas no país. Entre elas, a:
mês começará a plantação de cana-de-açúcar, a) exclusão de produtos agrícolas do rol das
cujas primeiras mudas, vindas dos canaviais principais exportações brasileiras.
de Sertãozinho, em São Paulo, acabaram de b) privatização de empresas estatais em diver-
ser distribuídas. Jovens agrônomos, recém- sos setores como os de comunicação e de mi-
neração.
-saídos
nos... Nodameio
universidade, orientam
da selva começam os colo-
a surgir as c) ampliação das tarifas alfandegárias de im-
portação, protegendo a indústria nacional.
agrovilas. Vindos de diferentes regiões do d) implementação da reforma agrária sem pa-
país, os colonos povoam as margens da Tran- gamento de indenização aos proprietários.
samazônica e espalham pelo chão virgem o e) continuidade do comércio internacional vol-
verde disciplinado das culturas pioneiras. Os tado prioritariamente aos mercados africa-
pastos da região são excelentes. nos e asiáticos.
Revista Manchete, 15 de abril de 1972.
Segundo o texto, é correto afirmar que a 24. (Fuvest) A população indígena brasileira au-
mentou 150% na década de 1990, passando
Transamazônica, cuja construção se iniciou de 294 mil pessoas para 734 mil, de acordo
no regime militar (1964-1985), represen- com uma pesquisa divulgada pelo Instituto
tou, inclusive: Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
a) um projeto para eliminar o controle nacional O crescimento médio anual foi de 10,8%,
e estatal dos recursos naturais da Amazônia, quase seis vezes maior do que o da popula-
facilitando o avanço de interesses britânicos ção brasileira em geral.
na região. http://webradiobrasilindigena.wordpress.com, 21/11/2007.
b) um esforço de ampliar as áreas de ocupação
na Amazônia e de construir a ideia de que A notícia acima apresenta:
se vivia um período de avanço, integração e a) dado pouco relevante, já que a maioria das
crescimento nacional. populações
em fase de indígenas
extinção, do
nãoBrasil encontra-se
subsistindo, in-
c) uma superação das dificuldades de comuni-
cação e deslocamento entre o Sul e o Norte clusive, mais nenhuma população srcinária
do país, facilitando a migração e permitindo dos tempos da colonização portuguesa da
plena integração entre os oceanos Atlântico América.
e Pacífico. b) discrepância em relação a uma forte tendên-
d) uma tentativa de reaquecer a economia da cia histórica observada no Brasil, desde o
borracha, com a criação de rotas de escoa- século XVI, mas que não é uniforme e abso-
mento rápido da produção em direção aos luta, já que nas últimas décadas não apenas
portos do Sudeste. tais populações indígenas têm crescido, mas
e) um projeto de utilização dessa estrada para também o próprio número de indivíduos que
delimitar as fronteiras entre os estados da se autodenominam indígenas.
região. c) um consenso em torno do reconhecimento
da importância dos indígenas para o conjun-
22. (Fuvest) O Movimento dos Trabalhadores to da população brasileira, que se revela na
Rurais sem Terra (MST) foi criado em 1984, valorização histórica e cultural que tais ele-
inserido em um contexto de: mentos sempre mereceram das instituições
a) abertura política democrática no Brasil e de nacionais.
crescente insatisfação com as políticas agrá- d) resultado de políticas públicas que provoca-
62
GABARITO
1. B 2. E 3. C 4. A 5. E
6. C 7. A 8. B 9. E 10. E
11. B 12. D 13. D 14. B 15. B
16. A 17. C 18. A 19. C 20. E
21. B 22. A 23. B 24. B
63
QUESTÕES OBJETIVAS - geografia
Ciências Humanas e suas tecnologias
R.P.A. Fuvest
Revisão Programada Anual
Fuvest - Geografia
Relevo, 8%
Vegetação, 5%
Astronomia, 2%
Espaço geográfico, 4%
Hidrografia, 5%
Clima,5%
Cartografia, 3%
População, 11%
Urbanização, 4%
Globalização, 5%
Comércio exterior e blocos econômicos, 3%
Agropecuária e extrativismo, 7%
Transportes e comunicações, 2%
Fontes de energia, indústria e comércio exterior,5%
Política econômica, 2%
Turismo, lazer ou entretenimento, 1%
Sudeste, nordeste e centro-oeste brasileiro, 6%
Questões ambientais, 5%
Geopolítica, 14%
GEOGRAFIA 1
APLICAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS - SALA
1. (Fuvest) Considere os mapas sobre a produção de leite no Brasil.
Com base nos mapas e em seus conhecimentos, é correto afirmar que a produção de leite no Brasil,
no período retratado:
a) cresceu na região Nordeste, devido à substituição das plantações de algodão, na Zona da Mata, pelos
rebanhos leiteiros.
b) avançou em direção aos estados do Norte e do Centro-Oeste, em função da predominância, nessas
regiões, de climas mais secos.
c) consolidou a hegemonia de Minas Gerais, graças à alta produtividade alcançada com o melhoramento
genético dos rebanhos no Vale do Jequitinhonha.
d) aumentou, tanto em quantidade produzida quanto em número de estados produtores, graças, em
grande parte, ao crescimento do consumo interno.
e) abarcou todo o território nacional, excetuando-se os estados recobertos pela floresta amazônica, de-
vido à presença de unidades de conservação.
2. (Fuvest) O mapa representa um dos possíveis trajetos da chamada Ferrovia Transoceânica, pla-
nejada para atender, entre outros interesses, ao transporte de produtos agrícolas e de minérios,
tornando as exportações possíveis tanto pelo oceano Atlântico quanto pelo oceano Pacífico.
67
Considerando-se o trajeto indicado no mapa Considere as afirmações sobre o Sistema
e levando em conta uma sobreposição aos Aquífero Guarani.
principais domínios morfoclimáticos da I. Trata-se de um corpo hídrico subterrâneo
América do Sul e as faixas de transição entre e transfronteiriço que abrange parte da
eles, definidos pelo geógrafo Aziz Ab’Sáber, Argentina, do Brasil, do Paraguai e do
pode-se identificar a seguinte sequência de Uruguai.
domínios, do Brasil ao Peru:
a) Chapadões florestados, cerrados, caatingas, II. Representa o mais importante aquífero
pantanal, andes equatoriais. da porção meridional do continente sul-
b) Mares de morros, pantanal, chaco central, -americano e está associado às rochas
andes equatoriais. cristalinas do Pré-Cambriano.
c) Chapadões florestados, chaco central, cerra- III.A grande incidência de poços que se ob-
d) dos,
Marespunas.
de morros, cerrados, amazônico, an- serva
menorna região A é eexplicada
profundidade por sua
intensa atividade
des equatoriais. econômica nessa região.
e) Mares de morros, cerrados, caatingas, ama- IV. A baixa incidência de poços na região in-
zônico, punas. dicada pela letra B deve-se à existência,
aí, de uma área de cerrado com predomí-
3. (Fuvest) São objetivos do Plano Diretor – nio de planaltos.
SP: promover melhor aproveitamento do solo Está correto o que se afirma em:
nas proximidades do sistema estrutural de
a) I, II e III, apenas.
transporte coletivo com aumento na densi-
dade construtiva, demográfica, habitacio- b) I e III, apenas.
nal e de atividades urbanas; incrementar a c) II, III e IV, apenas.
oferta de comércios, serviços e emprego em d) II e IV, apenas.
áreas pobres da periferia; ampliar a oferta e) I, II, II I e IV.
de habitações de interesse social nas proxi-
midades do sistema estrutural de transporte 5. (Fuvest)
coletivo.
Diário Oficial. Cidade de São Paulo, 01/08/2014. Adaptado.
68
6. (Fuvest) Observe os mapas do Brasil.
GABARITO
1. D 2. D 3. A 4. B 5. D
6. B
70
PRÁTICA DOS CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Fuvest) Considere as anamorfoses:
As condições da produção agrícola, no Brasil, são bastante heterogêneas, porém alguns aspectos
estão presentes em todas as regiões do País.
Nas anamorfoses acima, estão representadas formas de produção agrícola das diferentes regiões
administrativas. Assinale a alternativa que contém, respectivamente, a produção agrícola repre-
sentada em I e em II.
a) De subsistência e patronal.
b) Familiar e itinerante.
c) Patronal e familiar.
d) Familiar e de subsistência.
e) Itinerante e patronal.
Considere os exemplos das figuras e analise as frases a seguir, relativas às imagens de satélite e
às fotografias aéreas.
I. Um dos usos das imagens de satélites refere-se à confecção de mapas temáticos de escala pe-
quena, enquanto as fotografias aéreas servem de base à confecção de cartas topográficas de
escala grande.
II. Embora os produtos de sensoriamento remoto estejam, hoje, disseminados pelo mundo, nem
todos eles são disponibilizados para uso civil.
III.Pelo fato de poderem ser obtidas com intervalos regulares de tempo, dentre outras caracte-
rísticas, as imagens de satélite constituem-se em ferramentas de monitoramento ambiental e
instrumental geopolítico valioso.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
73
13. (Fuvest) Observe a carta topográfica abaixo, que representa a área adquirida por um produtor ru-
ral.
Em parte da área acima representada, onde predominam menores declividades, o produtor rural
pretende desenvolver uma atividade agrícola mecanizada. Em outra parte, com maiores declivida-
des, esse produtor deseja plantar eucalipto.
Considerando os objetivos desse produtor rural, as áreas que apresentam, respectivamente, ca-
racterísticas mais apropriadas a uma atividade mecanizada e ao plantio de eucaliptos estão nos
quadrantes:
a) sudeste e nordeste.
b) nordeste e noroeste.
c) noroeste e sudeste.
d) sudeste e sudoeste.
e) sudoeste e noroeste.
14. (Fuvest) Um viajante saiu de Araripe, no Ce- a) Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais,
ará, percorreu, inicialmente, 1000 km para o Goiás e Rio de Janeiro, tendo visitado os
sul, depois 1000 km para o oeste e, por fim, ecossistemas da Caatinga, Mata Atlântica
mais 750 km para o sul. e Pantanal. Encerrou sua viagem a cerca de
250 km da cidade de São Paulo.
b) Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais,
Goiás e Rio de Janeiro, tendo visitado os
ecossistemas da Caatinga, Mata Atlântica e
Cerrado. Encerrou sua viagem a cerca de 750
km da cidade de São Paulo.
c) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e
São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da
Caatinga, Mata Atlântica e Pantanal. Encer-
rou sua viagem a cerca de 250 km da cidade
de São Paulo.
d) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e
São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da
Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado. Encerrou
sua viagem a cerca de 750 km da cidade de
São Paulo.
e) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e
São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da
Com base nesse trajeto e no mapa acima, Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado. Encerrou
pode-se afirmar que, durante seu percurso, o sua viagem a cerca de 250 km da cidade de
viajante passou pelos Estados do Ceará: São Paulo.
74
15. (Fuvest) Assinale a alternativa que indica d) metáfora da cidade-metrópole, referindo-se
o climograma que corresponde a uma cidade à aridez do concreto e das construções.
localizada aproximadamente a 3° Sul e 60° e) generalização do ambiente rural, indepen-
Oeste. dentemente das características de sua vege-
a) tação.
75
Com base no gráfico e em seus conhecimen- c) A participação da hidreletricidade se manteve
tos, identifique, na escala mundial, a afirma- constante, em todo o período, em função da
ção correta. regulamentação ambiental proposta pela ONU,
a) A queda no consumo de petróleo, após a dé- que proíbe a implantação de novas usinas.
cada de 1970, é devida à acentuada diminui- d) O aumento da participação das fontes renová-
ção de sua utilização no setor aeroviário e, veis de energia, após a década de 1980, expli-
também, à sua substituição pela energia das ca-se pelo crescente aproveitamento de ener-
marés. gia solar, proposto nos planos governamentais,
b) O aumento relativo do consumo de carvão em países desenvolvidos de alta latitude.
mineral, a partir da década de 2000, está re- e) O aumento do consumo do gás natural, ao
lacionado ao fato de China e Índia estarem longo de todo o período coberto pelo gráfi-
entre os grandes produtores e consumidores co, é explicado por sua utilização crescente
de carvão mineral, produto que esses países nos meios de transporte, conforme estabele-
utilizam em sua crescente industrialização. cido no Protocolo de Cartagena.
76
Com base no mapa e nas informações aci- 23. (Fuvest) Considere as afirmações a seguir
ma, considere a seguinte situação: João, que sobre os polos tecnológicos no Brasil.
vive na cidade de Pequim, China, recebe uma I. Os polos tecnológicos concentram as ati-
ligação telefônica, às 9h da manhã de uma vidades de pesquisa e desenvolvimento
segunda-feira, de Maria, que vive na cidade
de Manaus, Brasil. A que horas e em que dia de tecnologias de ponta.
da semana Maria telefonou? II. Os polos tecnológicos concentram ativi-
a) 21h do domingo. dades industriais que independem de ou-
b) 17h do domingo. tros setores da economia.
c) 21h da segunda-feira. III.O principal polo tecnológico do país é a
d) 17h da terça-feira. Zona Franca de Manaus, devido à presen-
e) 21h da terça-feira.
ça de várias incubadoras tecnológicas.
77
GABARITO
1. C 2. E 3. C 4. E 5. C
6. B 7. E 8. A 9. B 10. E
11. A 12. C 13. C 14. E 15. B
16. E 17. D 18. B 19. E 20. A
21. B 22. A 23. C 24. C
78
GEOGRAFIA 2
APLICAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS - SALA
1. (Fuvest)
Tomando por base o mapa anterior, aponte a alternativa que descreve corretamente a situação
atual da área questionada.
a) Na província sudanesa de Darfur, em territórios do antigo Estado de Rabah, trava-se, hoje, uma san-
grenta guerra civil, envolvendo, entre outros, diferentes grupos étnicos e religiosos.
b) Nas antigas possessões zanzibaritas vêm ocorrendo, há vários anos, violentas disputas entre diversos
grupos tribais em torno do controle da produção de petróleo.
c) Ao norte dos antigos estados Bôeres, região então conhecida como Bechuanalândia, travou-se, há
poucos anos, violenta luta, envolvendo os grupos étnicos tutsis e hutus.
d) No extremo ocidental do golfo da Guiné, ao sul da região anteriormente controlada pelos mouros, os
conflitos atuais estão relacionados à disputa pelo controle das ricas jazidas de prata ali existentes.
e) A Etiópia, que sempre teve fronteiras relativamente bem definidas, foi, por essa mesma razão, o único
país africano capaz de manter a paz interna até nossos dias.
2. (Fuvest) Há dois lados na divisão interna- humilhada pelos troféus das conquistas, as
cional do trabalho [DIT]: um em que alguns jazidas de ouro e as montanhas de prata.
países especializam-se em ganhar, e outro
em que se especializaram em perder. Nossa Mas a região
serviçal. continua
Continua trabalhando
existindo como
a serviço um
de ne-
comarca do mundo, que hoje chamamos de cessidades alheias, como fonte e reserva de
América latina, foi precoce: especializou-se
em perder desde os remotos tempos em que petróleo e ferro, cobre e carne, frutas e café,
os europeus do Renascimento se abalança- matérias-primas e alimentos, destinados aos
ram pelo mar e fincaram os dentes em sua países ricos que ganham, consumindo-os,
garganta. Passaram os séculos, e a Améri- muito mais do que a América latina ganha
ca latina aperfeiçoou suas funções. Este já produzindo-os.
não é o reino das maravilhas, onde a reali- Eduardo Galeano. As Veias Abertas da América latina.
dade derrotava a fábula e a imaginação era Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. Adaptado.
79
Sobre a atual Divisão Internacional do Tra- 3. (Fuvest) Na década de 1990, a China, se-
balho (DIT), no que diz respeito à mineração gundo país em extensão territorial e com
na América latina, é correto afirmar: cerca de 20% da população do mundo:
a) O México é o país com maior produção de
carvão, cuja exportação é controlada por ca-
pital canadense. Para tal situação, o padrão
de dominação Norte/Sul na DIT, mencionado
pelo autor, é praticado no mesmo continen-
te.
b) A Colômbia ocupa o primeiro lugar na pro-
dução mundial de manganês, por meio de
empresas privatizadas nos dois últimos go- a) representou uma parcela importante do mer-
vernos bolivarianos, o que realça sua posição cado mundial, embora seu mercado interno
no cenário econômico internacional, rom- não tenha incorporado nem 1/3 da sua po-
pulação, majoritariamente urbana, na região
pendo a dominação Norte/Sul. I, de clima tropical.
c) O Chile destaca-se pela extração de cobre, b) incrementou o comércio internacional,
principalmente na sua porção centro-norte, atraindo investimentos estrangeiros, extin-
que é, em parte, explorado por empresas guindo o controle migratório e desenvol-
vendo produção de trigo nas terras altas da
transnacionais, o que reitera o padrão da DIT região II.
mencionado pelo autor. c) passou por graves crises de crescimento eco-
d) A Bolívia destaca-se como um dos maiores nômico que afetaram, sobretudo, as áreas
produtores de ferro da América latina, e, re- altas e secas, assinaladas em III, onde se
centemente, o controle de sua produção pas- localizam as minorias nacionais, como tibe-
tanos e chineses muçulmanos.
sou a ser feito por Conselhos Indígenas. Essa d) revelou expressivo crescimento econômico
autonomia do país permitiu o rompimento e taxa baixa de crescimento demográfico,
da dominação estadunidense. apresentando clima subtropical com g randes
e) O Uruguai é o principal produtor mundial de áreas de agricultura irrigada, na região IV.
e) coletivizou as atividades econômicas, reafir-
prata, e o controle de sua extração é fei- mando os valores de sua revolução, desen-
to por empresas transnacionais. Nesse caso, volvendo a agricultura irrigada na região III,
mantém-se o padrão da inserção do país na de clima continental e de baixa densidade
DIT mencionada pelo autor. demográfica.
4. (Fuvest)
82
3. (Fuvest) Devido ao processo de mundiali- primários destinados a atender ao pequeno
zação da economia, podemos afirmar que as e estagnado mercado consumidor africano.
empresas transnacionais: c) A implantação de grandes obras de engenha-
a) investem apenas em países que praticam ria, com destaque para rodovias transconti-
baixas taxas de juros, aproveitando facilida- nentais, ferrovias e hidrovias, associa-se ao
des na obtenção de crédito. investimento chinês no setor da construção
b) investem apenas em países que oferecem civil na África.
um mercado consumidor expressivo, já que d) O agronegócio foi o principal investimento
a produção destina-se ao mercado interno. da China na África em função do exponen-
c) dispõem de grande mobilidade territorial, cial crescimento da população chinesa e de
sendo que seus investimentos restringem-se sua grande demanda por alimentos.
a países que integram blocos econômicos co- e) O investimento chinês no setor minerador,
merciais. na África, associa-se ao crescimento indus-
d) investem
dos, por determinação
em países aliados
do Conselho
aos Estados
de Uni-
Segu- trial da Chinae outros
por petróleo e sua consequente
minérios. demanda
rança da ONU.
e) dispõem de grande mobilidade territorial, 6. (Fuvest) No mapa a seguir, destacam-se três
sendo que seus investimentos migram para regiões europeias onde:
países que oferecem vantagens fiscais.
4. (Fuvest) Uma das inquietações fundamen-
tais da atualidade, dentro do processo de
globalização, consiste em se indagar sobre
o que irá prevalecer no comércio interna-
cional: multilateralismo ou regionalismo?
Para gerenciar o comércio internacional e
fortalecer o multilateralismo, foi criado em
1995______, com sede em Genebra (Suíça),
substituindo______, de 1947.
(Adap. Sene e Moreira, 1998)
83
por meio de aportes financeiros.
Considere os seguintes motivos, além daque-
les de razão humanitária, para esse apoio ao
Nepal:
I. interesse no grande potencial hidrológico
para a geração de energia, pois a Cadeia
do Himalaia, no Nepal, representa divisor a) I – Cadeia orogênica do Terciário, com for-
de águas das bacias hidrográficas dos rios mação ligada à tectônica de placas.
Ganges e Brahmaputra, caracterizando II – Área de sedimentação do Cenozoico,
densa rede de drenagem; com depósitos fluviais.
II. interesse desses países em controlar o b) I – Cadeia orogênica do Quaternário, com
fluxo de mercadorias agrícolas produzi- formação ligada à ação vulcânica.
das no Nepal, através do sistema hidro- II – Área de sedimentação do Paleozoico,
país limita-se,
viário Ganges-Brahmaputra,
ao sul, coma já
Índia
quee,esse
ao c) com depósitos
I – Cadeia eólicos. do Terciário, com for-
orogênica
norte, coma China; mação ligada à ação vulcânica.
III.necessidades da Índia e, principalmen- II – Área de sedimentação do Pré-Cambriano,
te, da China, as quais, com o au mento da com depósitos fluviais.
população e da urbanização, demandam d) I – Cadeia orogênica do Quaternário, com
suprimento de água para abastecimento formação ligada à ação vulcânica.
público, tendo em vista que o Nepal pos- II – Área de sedimentação do Cenozoico,
sui inúmeros mananciais. com depósitos fluviais.
Está correto o que se indica em: e) I – Cadeia orogênica do Arqueozoico, com
a) I, apenas. formação ligada à tectônica de placas.
b) II, apenas. II – Área de sedimentação do Paleozoico,
c) I e III, apenas. com depósitos eólicos.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III. 10. (Fuvest) Do ponto de vista tectônico, nú-
cleos rochosos mais antigos, em áreas conti-
8. (Fuvest) Analise o mapa e assinale a alter- nentais mais interiorizadas, tendem a ser os
nativa que completa corretamente a frase. mais estáveis, ou seja, menos sujeitos a aba-
los sísmicos e deformações. Em termos geo-
morfológicos, a maior estabilidade tectônica
dessas áreas faz com que elas apresentem
uma fortegeológico,
do tempo tendênciadeà um
ocorrência,
processoaode:longo
a) aplainamento das formas de relevo, decor-
rente do intemperismo e da erosão.
b) formação de depressões absolutas, gerada
por acomodação de blocos rochosos.
c) formação de canyons, decorrente de intensa
erosão eólica.
O estratégico reservatório de água subter- d) produção de desníveis topográficos acentu-
rânea, denominado aquífero Guarani, ocor- ados, resultante da contínua sedimentação
re em áreas de __________, e se estende dos rios.
_________. e) geração de relevo serrano, associada a fato-
a) terrenos cristalinos; pelo Brasil, Argentina, res climáticos ligados à glaciação.
Uruguai e Paraguai.
b) dobramentos antigos; pelos países do Cone 11. (Fuvest) Observe o mapa da distribuição dos
Sul. drones (veículos aéreos não tripulados) nor-
c) planícies; pelos países do Cone Sul. te-americanos na África e no Oriente Médio.
d) sedimentação; pelo Brasil, Argentina, Uru-
guai e Paraguai.
e) terrenos arqueados; pelo Brasil, Argentina e
Uruguai.
9. (Fuvest) As legendas corretas para as fotos
abaixo são:
84
Em suas declarações, o governo norte-ame- Considere as seguintes afirmações:
ricano justifica o uso dos drones, principal- I. Povos primitivos precisam ser tutelados
mente, como: pela diplomacia internacional ou repri-
a) proteção militar a países com importantes midos por forças de nações desenvolvi-
laços econômicos com os EUA, principalmen- das, para que conflitos locais ou regionais
te na área de minerais raros. não perturbem o equilíbrio mundial.
b) necessidade de proteção às embaixadas e II. Razões estratégicas, de localização ge-
outras legações diplomáticas norte-america- ográfica, de orientação política ou de
nas em países com trajetória comunista. concentração de recursos naturais, fazem
c) meio de transporte para o envio de equipa- com que certas regiões ou países sejam
mentos militares ao Irã, com a finalidade de alvo de interesses, preocupações e inter-
desmonte das atividades nucleares. venções internacionais.
d) um dos pilares da sua estratégia de comba- III.Diferenças
ou religiosas,étnicas, culturais,
com raízes políticas
históricas, têm
te ao terrorismo, principalmente em regiões
com importante atuação tribal/terrorista. resultado em preconceito, desrespeito e
e) reforço para a megaoperação de espionagem, segregação, gerando tensões que reper-
executada em 2013, que culminou com o cutem em conflitos existentes entre dife-
asilo de Snowden na Rússia. rentes nações.
O envolvimento global em conflitos regio-
12. (Fuvest) “Mais da metade do gênero huma- nais é, corretamente, explicado em:
no jamais discou um número de telefone. Há a) I, apenas.
mais linhas telefônicas em Manhattan do b) II, apenas.
que em toda a África, ao sul do Saara”. c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
(Mbeki, vice-presidente da África do Sul, 1995).
e) I, II e III.
“Nos EUA, os brancos representam 88,6%
dos utilizadores da Internet e os negros, 1,3 14. (Fuvest) O cartograma apresenta a localização
%, embora correspondam a 12% da popula- de alguns dos maiores deltas mundiais. Estu-
ção”. dos recentes consideram os deltas como áreas
(Adap. Douzet: 1997). de interesse global para monitoramento.
Tal interesse relaciona-se à sua:
Considerando-se o texto anterior, assinale a
alternativa correta.
a) O nível de vida das populações e o grau de
desenvolvimento tecnológico dos países ex-
plicam a desigual distribuição da rede Inter-
net.
b) A cibercultura é universal e constitui um
instrumento de massificação e construção de
uma identidade cultural global.
c) Os fluxos de informação telefônica não de-
vem ser confundidos com as infovias que
têm uma distribuição mais igualitária no
mundo.
d) Os custos da conexão virtual são mais eleva- Fonte: Simielli, 2001
dos nos países ricos do que nos países po- I. característica deposicional que permite
bres, o que explica a sua desigual distribui- o estudo de modificações das respectivas
ção. bacias hid rográficas.
e) O centro mundial de fornecimento de servi- II. fragilidade natural, devido à localização
ços da rede Internet são os Estados Unidos
devido à grande quantidade de telefones dis- em zonas
para comde
a fixação pluviosidade
vegetação. insuficiente
poníveis. III. degradação, promovida pelo seu uso agrí-
cola e por represamentos à montante.
13. (Fuvest) O mundo tem vivido inúmeros con- Está correto o que se afirma em:
flitos regionais de repercussão global que, a) I apenas.
por um lado, envolvem intervenções de tro- b) II apenas.
pas de diferentes países e, por outro lado, c) III apenas.
resultam em discussões na Organização das d) I e III apenas.
Nações Unidas. e) I, II e III.
85
15. (Fuvest) A metrópole se transforma num 17. (Fuvest)
ritmo intenso. A mudança mais evidente re-
fere-se ao deslocamento de indústrias da ci-
dade de São Paulo [para outras cidades pau-
listas ou outros estados], uma tendência que
presenciamos no processo produtivo – como
condição de competitividade – que obriga as
empresas a se modernizarem.
A. F. A. Carlos, São Paulo: do capital industrial
ao capital financeiro, 2004. Adaptado.
22. (Fuvest)
Com base nesses gráficos sobre 15 cidades, pode-se concluir que, no ano de 1995:
a) as três cidades com o menor número de habitantes, por hectare, são aquelas que mais consomem ga-
solina no transporte particular de passageiros.
b) nas três cidades da América do Sul, vale a regra: maior população, por hectare, acarreta maior consu-
mo de gasolina no transporte particular de passageiros.
c) as cidades mais populosas, por hectare, são aquelas que mais consomem gasolina no transporte parti-
cular de passageiros.
d) nas três cidades da América do Norte, vale a regra: maior população, por hectare, acarreta maior con-
sumo de gasolina no transporte particular de passageiros.
e) as três cidades da Ásia mais populosas, por hectare, estão entre as quatro com menor consumo de
gasolina no transporte particular de passageiros.
24. (Fuvest)
O mapa retrata a distribuição espacial, no planeta, de núcleos urbanos com mais de 10 milhões de
habitantes, as megacidades. Sobre megacidades e os processos que as geraram, é correto afirmar que:
88
a) a maior do mundo, Tóquio, teve vertiginoso
crescimento após a Segunda Guerra Mundial,
em razão do expressivo desenvolvimento
econômico do Japão nesse período.
b) as latino-americanas cresceram em razão das
riquezas geradas por atividades primárias e
do dinamismo econômico decorrente de suas
funções portuárias.
c) a maior parte delas localiza-se em países de
elevado PIB per capita, tendo sua srcem
ligada a índices expressivos de crescimento
vegetativo e êxodo rural.
d) as localizadas
dinâmica em países
cresceram de economia
lentamente menos
devido à ex-
pansão do setor primário.
e) as localizadas no Oriente Médio são expressi-
vas em número, em razão do desenvolvimen-
to econômico gerado pelo petróleo.
GABARITO
1. E 2. E 3. E 4. C 5. E
6. C 7. C 8. D 9. A 10. A
11. D 12. A 13. D 14. D 15. E
16. D 17. D 18. D 19. C 20. C
21. D 22. E 23. A 24. A
89
QUESTÕES OBJETIVAS - biologia
Ciências da Natureza e suas tecnologias
R.P.A. Fuvest
Revisão Programada Anual
Fuvest - Biologia
Citologia, 22%
Ecologia, 18%
Fisiologia animal e humana, 18%
Reino vegetal, fungos e monera, 18%
Genética, 17%
Reino animal e protoctistas, 7%
BIOLOGIA 1
Prescrição: São necessários conhecimentos sobre os seres vivos e o ambiente que os rodeia,
assim como a interação entre os indivíduos e indivíduos e o meio. Em adicional, compreender as
características e classificação dos vegetais.
93
c) disponibilidade de combustíveis renováveis
e, consequentemente, menor queima de PRÁTICA DOS
CONHECIMENTOS - E.O.
combustíveis fósseis, que liberam CFC (clo-
rofluorcarbono).
d) absorção de CFC, gás responsável pela des-
truição da camada de ozônio. 1. (Fuvest) A cobra-coral – Erythrolamprus
e) sombreamento do solo, com resfriamento da aesculapii – tem hábito diurno, alimenta-se
superfície terrestre. de outras cobras e é terrícola, ou seja, caça
e se abriga no chão. A jararaca – B othrops
jararaca – tem hábito noturno, alimenta-se
RAIO X de mamíferos e é terrícola. Ambas ocorrem,
no Brasil, na floresta pluvial costeira.
1. As bactérias fotossintetizantes e as quimios- Essas serpentes:
a) disputam o mesmo nicho ecológico.
sintetizantes são autótrofas e logo produto- b) constituem uma população.
ras. As bactérias saprofágicas são decompo- c) compartilham o mesmo habitat.
sitoras e as parasitas, consumidoras. d) realizam competição intraespecífica.
2. Para estudar a divisão meiótica em samam- e) são comensais.
baia, o pesquisador necessitará observar os
soros, que é o lugar onde as células dividem- 2. (Fuvest) Num determinado lago, a quan-
-se por meiose e produzem os esporos ha- tidade dos organismos do fitoplâncton é
ploides. controlada por um crustáceo do gênero Ar-
3. Ápice do caule possui meristema primário, o temia, presente no zooplâncton. Graças a
qual é indiferenciado, sem função específi- esse equilíbrio, a água permanece transpa-
ca. rente. Depois de um ano muito chuvoso, a
salinidade do lago diminuiu, o que permitiu
4. A seiva bruta transporta sais mineirais e o crescimento do número de insetos do gê-
água. A água é um reagem da fotossíntese. nero Trichocorixa, predadores de Artemia. A
5. O tico-tico se alimenta do fubá (produtor) se transparência da água do lago diminuiu.
tornando consumidor primário e da minhoca Considere as afirmações:
se tornando consumidor secundário. I. A predação provocou o aumento da popu-
6. Para realizer a fotossíntese os vegetais reali- II. lação dos produtores
A predação provocou. a diminuição da po-
zam o sequestro de carbon atmosférico.
pulação dos consumidores secundários.
III.A predação provocou a diminuição da po-
GABARITO pulação dos consumidores primários.
Está correto o que se afirma apenas em:
1. E 2. C 3. A 4. B 5. B a) I.
b) II.
6. B c) III.
d) I e III.
e) II e III.
94
Analise as seguintes afirmativas: a) dos frutos e depois das flores.
I. Houve eventos de extinção que reduziram b) das flores e depois dos frutos.
em mais de 50% o número de espécies c) das sementes e depois das flores.
existentes. d) das sementes e antes dos frutos.
II. A diminuição na atividade fotossintética e) das flores e antes dos frutos.
foi a causa da s grandes extinções.
III.A extinção dos grandes répteis aquáti- 6. (Fuvest) No morango, os frutos verdadeiro
s são
cos no final do Cretáceo, há cerca de 65 as estruturas escuras e rígidas que se encon-
milhões de anos, foi, percentualmente, o tram sobre a parte vermelha e suculenta. Cada
maior evento de extinção ocorrido. uma dessas estruturas resulta, diretamente:
a) da fecundação do óvulo pelo núcleo esper-
De acordo com o gráfico, está correto apenas mático do grão de pólen.
o que se afirma em: b) do desenvolvimento do ovário, que contém a
a) I. semente com o embrião.
b) II. c) da fecundação de várias flores de uma mes-
ma inflorescência.
c) III.
d) da dupla fecundação, que é exclusiva das
d) I e II. angiospermas.
e) II e III. e) do desenvolvimento do endosperma que nu-
trirá o embrião.
4. (Fuvest) Em 1910, cerca de 50 indivíduos
de uma espécie de mamíferos foram intro- 7. (Fuvest) Uma das consequências do “efeito
duzidos numa determinada região. O gráfico estufa” é o aquecimento dos oceanos. Esse
abaixo mostra quantos indivíduos dessa po- aumento de temperatura provoca:
pulação foram registrados a cada ano, desde a) menor dissolução de CO2 nas águas oceânicas,
o que leva ao consumo de menor quantidade
1910 até 1950. desse gás pelo fitoplâncton, contribuindo, as-
sim, para o aumento do efeito estufaglobal.
b) menor dissolução de O2 nas águas oceânicas,
o que leva ao consumo de maior quantidade
de CO2 pelo fitoplâncton, contribuindo, as-
sim, para a redução do efeito estufa global.
c) menor dissolução de CO2 e O2 nas águas oceâ-
nicas, o que leva ao consumo de maior quan-
tidade de O2 pelo fitoplâncton, contribuindo,
assim, para a redução do efeito estufa global.
d) maior dissolução de CO2 nas águas oceânicas,
o que leva ao consumo de maior quantidade
desse gás pelo fitoplâncton, contribuindo, as-
sim, para a redução do efeito estufa global.
e) maior dissolução de O2 nas águas oceânicas, o
que leva à liberação de maior quantidade de
CO2 pelo fitoplâncton, contribuindo, assim,
Esse gráfico mostra que: para o aumento do efeito estufa global.
a) desde 1910 até 1940, a taxa de natalidade
8. (Fuvest) Há anos, a Amazônia brasileira
superou a de mortalidade em todos os anos.
tem sofrido danos ambientais, provocados
b) a partir de 1938, a queda do número de in- por atividades como queimadas e implanta-
divíduos foi devida à emigração. ção de áreas de pecuária para o gado bovino.
c) no período de 1920 a 1930, o número de Considere os possíveis danos ambientais re-
nascimentos mais o de imigrantes foi equi- sultantes dessas atividades:
valente ao número de mortes mais o de emi- I. Aumento da concentração de dióxido de
grantes. carbono (CO2) atmosférico, como conse-
d) no período de 1935 a 1940, o número de quência da queima da vegetação.
nasciment
número deosmortes
mais omais
de imigrantes superou o II. Aumento do processo
o de emigrantes. vido à perda de ferrode(Fe)
laterização, de-
e alumínio
e) no período de 1910 a 1950, o número de (Aℓ) no horizonte A do solo.
nascimentos mais o de imigrantes superou o III.Aumento da concentração de metano
número de mortes mais o de emigrantes. (CH4) atmosférico, liberado pela digestão
animal.
5. (Fuvest) Na evolução dos vegetais, o grão de IV. Diminuição da fertilidade dos solos pela
pólen surgiu em plantas que correspondem, liberação de cátions Na+, K+, Ca 2+ e M g2+,
atualmente, ao grupo dos pinheiros. Isso anteriormente absorvidos pelas raízes
significa que o grão de pólen surgiu antes: das plantas.
95
Está correto o que se afirma e m: 11. (Fuvest) A passagem do modo de vida caça-
a) I e III, apenas. dor-coletor para um modo de vida mais se-
b) I, II e III, apenas. dentário aconteceu há cerca de 12 mil anos
c) II e IV, apenas. e foi causada pela domesticação de animais
d) III e IV, apenas. e de plantas. Com base nessa informação, é
e) I, II, III e IV.
correto afirmar que:
a) no início da domesticação, a espécie humana
descobriu como induzir mutações nas plan-
9. (Fuvest) As afirmações abaixo se referem tas para obter sementes com características
a características do ciclo de vida de grupos desejáveis.
de plantas terrestres: musgos, samambaias, b) a produção de excedentes agrícolas permitiu
pinheiros e plantas com flores. a paulatina regressão do trabalho, ou seja,
I. O grupo evolutivamente mais antigo pos- a diminuição das intervenções humanas no
sui
fasefase haploide mais duradoura do que
diploide. c) meio natural
a grande com fins produtivos.
concentração de plantas cultivadas
II. Todos os grupos com fase diploide mais em um único lugar aumentou a quantidade
duradoura do que fase haploide apresen- de alimentos, o que prejudicou o processo de
sedentarização das populações.
tam raiz, caule e f olha verdadeiros. d) no processo de domesticação, sementes com
III.Os grupos que possuem fase haploide e características desejáveis pelos seres huma-
diploide de igual duração apresentam, nos foram escolhidas para serem plantadas,
também, rizoides, filoides e cauloides (ou num processo de s eleção artificial.
seja, raiz, folha e caule não verdadeiros). e) a chamada Revolução Neolítica permitiu o
Está correto apenas o que se afirma em: desenvolvimento da agricultura e do pasto-
a) I. reio, garantindo a eliminação progressiva de
b) II. relações sociais escravistas.
c) III.
d) I e II. 12. (Fuvest) Os resultados de uma pesquisa re-
e) II e III. alizada na USP revelam que a araucária, o
pinheiro brasileiro, produz substâncias an-
10. (Fuvest) O acidente ocorrido em abril de tioxidantes e fotoprotetoras. Uma das auto-
2010, em uma plataforma de petróleo no ras do estudo considera que, possivelmen-
golfo do México, colocou em risco o delicado te, essa característica esteja relacionada ao
ambiente com intensa radiação UV em que
equilíbrio
Além do ecossistema
da tentativa da região.
de contenção, com barrei- a espécie surgiu há cerca de 200 milhões de
ras físicas, de parte do óleo derramado, foram anos. Com base na teoria sintética da evolu-
ção, é correto afirmar que:
utilizados dispersantes químicos. Dispersan- a) essas substâncias surgiram para evitar que
tes são compostos que contêm, em uma mes- as plantas sofressem a ação danosa da radia-
ma molécula, grupos compatíveis com óleo ção UV.
(lipofílicos) e com água (hidrofílicos). b) a radiação UV provocou mutações nas folhas
Levando em conta as informações acima e da araucária, que passaram a produzir tais
com base em seus conhecimentos, indique a substâncias.
afirmação correta. c) a radiação UV atuou como fator de seleção,
a) O uso de dispersantes é uma forma de elimi- de maneira que plantas sem tais substâncias
nar a poluição a que os organismos maríti- eram mais suscetíveis à morte.
mos estão expostos. d) a exposição constante à radiação UV indu-
b) Acidentes como o mencionado podem gerar ziu os indivíduos de araucária a produzirem
novos depósitos de petróleo, visto que a for- substâncias de defesa contra tal radiação.
mação desse recurso depende da concentra- e) a araucária é um exemplo típico da finali-
ção de compostos de carbono em ambientes dade da evolução, que é a produção de in-
continentais. divíduos mais fortes e adaptados a qualquer
c) Entidades internacionais conseguiram, após ambiente.
o acidente, a aprovação de sanções econômi-
cas a serem aplicadas pela ONU às empresas
e países que venham a ser responsabilizados 13. (Fuvest)
riabilidade
O conhecimento
entre os indivíduos,
sobrea sobre
srcemosda
meca-
va-
por novos danos ambientais. nismos de herança dessa variabilidade e sobre
d) A presença de petróleo na superfície da o comportamento dos genes nas populações
água, por dificultar a passagem da luz, di- foi incorporado à teoria da evolução biológica
minui a taxa de fotossíntese realizada pelo por seleção natural de Charles Darwin.
zooplâncton, o que, no entanto, não afeta a Diante disso, considere as seguintes afirmati-
cadeia alimentar. vas:
e) Os dispersantes aumentam a quantidade de I. A seleção natural leva ao aumento da fre-
petróleo que se mistura com a água, porém quência populacional das mutações vanta-
não o removem do mar. josas num dado ambiente; caso o ambiente
96
mude, essas mesmas mutações podem tor- 16. (Fuvest) A relação entre produção, consu-
nar seus portadores menos adaptados e, mo e armazenagem de substâncias, na folha
assim, diminuir de frequência. e na raiz subterrânea de uma angiosperma,
II. A seleção natural é um processo que di- encontra-se corretamente descrita em:
reciona a adaptação dos indivíduos ao a) Folha: glicose é produzida, mas não é consu-
ambiente, atuando sobre a variabilidade mida; raiz subterrânea: glicose é armazena-
populacional gerada de modo casual. da, mas não é consumida.
III. A mutação é a causa primária da variabi- b) Folha: glicose é produzida e consumida;
lidade entre os indivíduos, dando srcem Raiz subterrânea: Glicose é consumida e ar-
a material genético novo e ocorrendo sem
objetivo adaptativo. mazenada.
Está correto o que se afirma em: c) Folha: água é consumida, mas não é armaze-
a) I, II e III. nada; raiz subterrânea: água é armazenada,
97
Com base nessas informações, indique a al- No texto, o conjunto de elementos, descri-
ternativa que relaciona corretamente essas to de forma poética em relação aos passa-
bactérias com seu papel nas cadeias alimen- rinhos, pode ser associado, sob o ponto de
tares de que participam. vista biológico, ao conceito de:
Chloro- Mycobacte- a) bioma.
Beggiatoa sp.
bium sp. rium sp. b) nicho ecológico.
a) Consumidor Produtor Consumidor c) competição.
d) protocooperação.
b) Consumidor Decompositor Consumidor
e) sucessão ecológica.
c) Produtor Consumidor Decompositor
98
24. (Fuvest)
GABARITO
1. C 2. D 3. A 4. D 5. E
6. B 7. A 8. A 9. D 10. E
11. D 12. C 13. A 14. E 15. E
16. B 17. A 18. D 19. E 20. C
21. B 22. D 23. B 24. D
99
BIOLOGIA 2
2. (Fuvest) Durante
materno. Qual a gestação, os
das alternativas filhotes
indica de mamífero
o caminho s placentários
percorrido retiram alim
por um aminoácido ento do da
resultante corpo
di-
gestão de proteínas do alimento, desde o organismo materno até as células do feto?
a) Estômago materno → circulação sanguínea materna → placenta → líquido amniótico → circulação
sanguínea fetal → células fetais.
b) Estômago materno → circulação sanguínea materna → placenta → cordão umbilical → estômago fetal
circulação sanguínea fetal→ células fetais.
c) Intestino materno → circulação sanguínea materna→ placenta → líquido amniótico → circulação
sanguínea fetal células fetais.
d) Intestino materno→ circulação sanguínea materna
→ placenta→ circulação sanguínea fetal
→ células fetais.
3. (Fuvest) Num exercício prático, um estudante analisou um animal vertebrado para descobrir a que
grupo pertencia, usando a seguinte chave de classificação:
101
O estudante concluiu que o animal pertencia 6. (Fuvest) O ornitorrinco e a equidna são ma-
ao grupo VI. míferos primitivos que botam ovos, no in-
Esse animal pode ser: terior dos quais ocorre o desenvolvimento
a) um gambá. embrionário. Sobre esses animais, é correto
b) uma cobra. afirmar que:
c) um tubarão. a) diferentemente dos mamíferos placentários,
d) uma sardinha. eles apresentam autofecundação.
e) um sapo. b) diferentemente dos mamíferos placentários,
eles não produzem leite para a alimentação
4. (Fuvest) Foram feitas medidas diárias das dos filhotes.
taxas dos hormônios: luteinizante (LH), fo- c) diferentemente dos mamíferos placentários,
lículo estimulante (FSH), estrógeno e pro- seus embriões realizam trocas gasosas dire-
gesterona, no sangue de uma mulher adu lta, tamente com o ar.
jovem, durante vinte e oito dias consecuti- d) à semelhança dos mamíferos placentários,
vos. Os resultados estão mostrados no gráfi- seus embriões alimentam-se exclusivamente
co. de vitelo acumulado no ovo.
e) à semelhança dos mamíferos placentários,
seus embriões livram-se dos excretas nitro-
genados através da placenta.
RAIO X
1. O indivíduo pode se desenvolver mesmo sem
o cromossomo Y, como por exemplo, na sín-
drome de Turner (X0). O indivíduo só pode
ser XY, já que é a fusão de um óvulo (X) com
um espermatozoide Y. A ausência da expres-
são do gene SRY leva a não formação do tes-
tículo e consequentemente a não produção
de testosterona, a qual são responsáveis pe-
las características secundárias masculinas e
Os períodos mais prováveis de ocorrência da assim o fenótipo desse indivíduo será femi-
menstruação e da ovulação, respectivamen- nino.
te, são: 2. A – está incorreta, pois o alimento não passa
a) A e C. pelo líquido amniótico.
b) A e E. B – está incorreta, pois não passa pelo es-
c) C e A. tômago fetal e preciso ser digerido antes de
d) E e C. ser absorvido.
e) E e A. C – está incorreta, pois o alimento não passa
pelo líquido amniótico.
5. (Fuvest) De acordo com a Organização Mun- E – está incorreta, pois não passa pelo estô-
dial da Saúde (OMS), a dengue voltará com mago fetal.
ímpeto. “A Ásia e a América latina serão du- 3. Cobra tem ausência de pêlos, ausência de
ramente castigadas este ano [...]”, diz José penas, presença de mandibular, ausência de
Esparza, coordenador de vacinas da OMS. nadadeiras pares e presença de escamas cor-
(“New Scientist” n0. 2354, 3 de agosto de 2002). neas.
4. Período da ovulação: alto níveis de LH, FSH e
O motivo dessa previsão está no fato de: estrógeno
a) o vírus causador da doença ter se tornado Período menstrual: baixa de todos hormô-
nios.
resistente aos antibióticos.
b) o uso intenso de vacinas ter selecionado for- 5. A dengue é uma doença causada por um vi-
mas virais resistentes aos anticorpos. rus sendo assim não pode ser tratado com
c) o contágio se dar de pessoa a pessoa por antibiótico. E a transmissão ocorre através
meio de bactérias resistentes a antibióticos. de um vetor, o mosquito Aedes Aegypti.
d) a população de mosquitos transmissores de- 6. Os monotremados são animais que põem
verá aumentar. ovos, mas possuem pêlos e glândulas mamá-
e) a promiscuidade sexual favorecer a disper- rias, além de serem endotérmicos, eles são
são dos vírus. classificados como mamíferos.
102
GABARITO PRÁTICA DOS
1. D 2. D 3. B 4. E 5. D CONHECIMENTOS - E.O.
6. C 1. (Fuvest) Uma dieta de emagrecimento atribui
a cada alimento um certo número de pontos,
que equivale ao valor calórico do alimento ao
ser ingerido. Assim, por exemplo, as combi-
nações abaixo somam, cada uma, 85 pontos:
§ 4 colheres de arroz + 2 colheres de azeite
+ 1 fatia de queijo branco.
§
1queijo
colher de arroz + 1 bife + 2 fatias de
branco.
§ 4 colheres de arroz + 1 colher de azeite
+ 2 fatias de queijo branco.
§ 4 colheres de arroz + 1 bife.
Note e adote:
1 colher 1 colher
de arroz de azeite 1 bife
Massa de
20 5 100
alimento
% de
umidade +
macronu-
triente mi- 75 0 60
noritário +
micronu-
trientes
de macro-
nutriente 25 100 40
majoritário
104
8. (Fuvest) A figura representa uma hipótese das O quadro abaixo traz uma relação de mamí-
relações evolutivas entre alguns grupos ani- feros e o resultado da pesagem de indivíduos
mais. adultos.
Animal Massa corporal (g)
Cuíca 30
Sagui 276
Gambá 4120
Bugio 1580
Capivara 37300
Fauna silvestre – Secretaria Municipal do
105
11. (Fuvest) Ao noticiar o desenvolvimento de Comparando o coração de um sapo com o co-
mecanismos de prevenção contra a esquis- ração humano, pode-se afirmar que:
tossomose, um texto jornalístico trouxe a se-
guinte informação: a) não há diferenças significativas entre os
“Proteína do parasita da doença “ensina” or- dois quanto à estrutura das câmaras.
ganismo a se defender dele”. b) enquanto no sapo o sangue chega pelos
Folha de S. Paulo, 06/08/2010. átrios cardíacos, no coração humano o san-
gue chega pelos ventrículos.
Traduzindo a notícia em termos biológicos, é
correto afirmar que uma proteína, presente: c) ao contrário do que ocorre no sapo, no co-
a) no platelminto causador da doença, ao ser ração humano o sangue chega sempre pelo
introduzida no ser humano, estimula res-
átrio direito.
posta imunológica que, depois, permite o
d) ao contrário do que ocorre no sapo, nas câ-
reconhecimento
infecção. do parasita no caso de uma maras do coração humano por onde passa
b) no platelminto causador da doença, serve sangue arterial não passa sangue venoso.
de modelo para a produção de cópias de si
mesma no corpo do hospedeiro que, então, e) nos dois casos, o sangue venoso chega ao
passa a produzir defesa imunológica contra coração por dois vasos, um que se abre no
esse parasita. átrio direito e o outro, no átrio esquerdo.
c) no molusco causador da doença, estimula
a produção de anticorpos no ser humano,
imunizando-o contra uma possível infecção 14. (Fuvest) A Gripe A, causada pelo vírus In-
pelo parasita. fluenza A (H1N1), tem sido relacionada com
d) no molusco causador da doença, atua como a Gripe Espanhola, pandemia ocorrida entre
anticorpo, no ser humano, favorecendo a 1918 e 1919. No genoma do vírus Influenza
resposta imunológica contra o parasita.
e) no nematelminto causador da doença, pode
A, há dois genes que codificam proteínas de
ser utilizada na produção de uma vacina ca- superfície, chamadas de Hemaglutinina (H)
paz de imunizar o ser humano contra infec- e Neuraminidase (N), das quais existem,
ções por esses organismos. respectivamente, 16 e 9 tipos.
Com base nessas informações, analise as
12. (Fuvest) Considere os filos de animais viven- afirmações:
tes e as seguintes características relaciona- I. O número de combinações de proteínas
das à conquista do ambiente terrestre. de superfície do vírus Influenza A é 25, o
I. Transporte de gases feito exclusivamente que dificulta a produção de medicamen-
pelo sistema respiratório, independente tos antivirais específicos.
do sistema circulatório.
II. Respiração cutânea e pulmonar no mes- II. Tanto na época atual quanto na da Gri-
mo indivíduo. pe Espanhola, as viagens transoceânicas
III.Ovos com casca calcárea resistente e po- contribuíram para a disseminação do ví-
rosa. rus pelo mundo.
A sequência que reproduz corretamente a III.O sistema imunológico do indivíduo reco-
ordem evolutiva de surgimento de tais ca- nhece segmentos das proteínas de super-
racterísticas é: fície do vírus para combatê-lo.
a) I, II e III. Está correto o que se afirma em:
b) II, I e III. a) I e II apenas.
c) II, III e I. b) I e II, somente.
d) III, I e II.
c) I e III, somente.
e) III, II e I.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.
13. (Fuvest) A figura abaixo representa, em cor-
te longitudinal, o coração de um sapo.
15. (Fuvest) Um determinado animal adulto é
desprovido de crânio e apêndices articula-
res. Apresenta corpo alongado e cilíndrico.
Esse animal pode pertencer ao grupo dos:
a) répteis ou nematelmintos.
b) platelmintos ou anelídeos.
c) moluscos ou platelmintos.
d) anelídeos ou nematelmintos.
e) anelídeos ou artrópodes.
106
16. (Fuvest) Observe a gravura e considere as afirmações.
Decorrido
foi testadocerto
paratempo,
o conteúdo dos tubos
a presença de dissacaríde-
os, peptídeos, ácidos graxos e glicerol. Esses
quatro tipos de nutrientes devem estar:
a) presentes no tubo 1.
b) presentes no tubo 2.
c) presentes no tubo 3.
d) presentes no tubo 4.
e) ausentes dos quatro tubos.
107
20. (Fuvest) Em algumas doenças humanas, o c) fígado, contém enzimas que facilitam a di-
funcionamento dos rins fica comprometido. gestão dos lipídios.
São consequências diretas do mau funciona- d) duodeno, contém enzimas que digerem lipí-
mento dos rins: dios.
e) duodeno, contém ácidos que facilitam a di-
a) acúmulo de produtos nitrogenados tóxicos
gestão dos lipídios.
no sangue e elevação da pressão arterial.
b) redução do nível de insulina e acúmulo de
produtos nitrogenados tóxicos no sangue.
24. (Fuvest)
c) não-produção de bile e enzimas hidrolíticas
importantes na digestão das gorduras.
d) redução do nível de hormônio antidiurético
e elevação do nível de glicose no sangue.
e) redução do nível de aldosterona, que regula
a pressão osmótica do sangue.
108
BIOLOGIA 3
Animais Bactérias
APLICAÇÃO DOS Síntese Síntese
CONHECIMENTOS - SALA Síntese
de RNA de pro-
Síntese
de RNA de pro-
teínas teínas
1. (Fuvest) Em cães labradores, dois genes, a) núcleo cito- núcleo cito-
plasma plasma
cada um com dois alelos (B/b e E/e), con-
dicionam as três pelagens típicas da raça: b) núcleo núcleo cito- cito-
plasma plasma
preta, marrom e dourada. A pelagem dou-
rada é condicionada pela presença do ale- c) núcleo cito- cito- cito-
plasma plasma plasma
lo recessivo e em homozigose no genótipo.
d) cito- núcleo cito- núcleo
Os cães portadores de pelo menos um alelo plasma plasma
dominante E serão pretos, se tiverem pelo
e) cito- cito- cito- cito-
menos um alelo dominante B; ou marrons, plasma plasma plasma plasma
se forem homozigóticos bb. O cruzamento de
um macho dourado com uma fêmea marrom 4. (Fuvest) As mitocôndrias são consideradas
produziu descendentes pretos, marrons e as “casas de força” das células vivas. Tal ana-
dourados. O genótipo do macho é: logia refere-se ao fato de as mitocôndrias:
a)
b) Ee
Ee BB.
Bb. a) estocarem moléculas de ATP produzidas na
digestão dos alimentos.
c) ee bb. b) produzirem ATP com utilização de energia li-
d) ee BB. berada na oxidação de moléculas orgânicas.
e) ee Bb. c) consumirem moléculas de ATP na síntese de
glicogênio ou de amido a partir de g licose.
2. (Fuvest) O código genético é o conjunto de d) serem capazes de absorver energia luminosa
todas as trincas possíveis de bases nitroge- utilizada na síntese de ATP.
nadas (códons). A sequência de códons do e) produzirem ATP a partir da energia liberada
RNA mensageiro determina a sequência de na síntese de amido ou de glicogênio.
aminoácidos da proteína.
É correto afirmar que o código genético: 5. (Fuvest) Os adubos inorgânicos industria-
a) varia entre os tecidos do corpo de um indiví- lizados, conhecidos pela sigla NPK, contêm
duo. sais de três elementos químicos: nitrogênio,
b) é o mesmo em todas as células de um indiví-
fósforo e potássio. Qual das alternativas in-
duo, mas varia de indivíduo para indivíduo.
dica as principais razões pelas quais esses
elementos são indispensáveis à vida de uma
c) é o mesmo nos indivíduos de uma mesma es-
planta?
pécie, mas varia de espécie para espécie.
a) Nitrogênio – é constituinte de ácidos nu
d) permite distinguir procariotos de eucariotos. cleicos e proteínas; Fósforo – é constituinte
e) é praticamente o mesmo em todas as formas
de ácidos nucleicos e proteínas; Potássio – é
de vida. constituinte de ácidos nucleicos, glicídios e
proteínas.
3. (Fuvest) Assinale a alternativa que, no qua- b) Nitrogênio – atua no equilíbrio osmótico e
dro a seguir, indica os compartimentos celu- na permeabilidade celular; Fósforo – é cons-
lares em que ocorrem a síntese de RNA e a tituinte de ácidos nucleicos; Potássio – atua
síntese de proteínas, em animais e em bac- no equilíbrio osmótico e na permeabilidade
térias. celular.
109
c) Nitrogênio – é constituinte de ácidos nuclei- 3. A síntese de RNA corresponde ao processo
cos e proteínas; Fósforo – é constituinte de de transcrição. Nos animais esse processo
ácidos nucleicos; Potássio – atua no equilí- ocorre no núcleo, já que esses indivíduos são
brio osmótico e na permeabilidade celular. eucariotas e posseum membrane nuclear. Na
d) Nitrogênio – é constituinte de ácidos nuclei- bacteria a transcrição ocorre no citoplasma,
cos, glicídios e proteínas; Fósforo – atua no pois se trata de um ser procariota, sem núleo
equilíbrio osmótico e na permeabilidade ce- definido.
lular; Potássio – é constituinte de proteínas.
A síntese protéica corresponde ao processo
e) Nitrogênio – é constituinte de glicídios; Fós-
de tradução. Nos animais esse processo ocor-
foro – é constituinte de ácidos nucleicos e
proteínas; Potássio – atua no equilíbrio os-
re no citoplasma, em uma organela chamada
mótico e na permeabilidade celular.
ribossomo. Do mesmo modo ocorre nas bac-
RAIO X
1. Macho dourado tem que ser _ _ ee
Fêmea marrom tem que ser bbE_
Prole
Preto: B_E_
Marrom: bbE_
Dourado:_ _ ee
Como tiveram um filhote preto o “B” tem
que estar presentes no macho já que a fêmea
é marrom e portanto bb.
Como tiveram um filhote marrom “bb”, um
“b” veio
cho. da fêmea
Sendo assim eo ogenótipo
outro “b”doveio do ma-
macho é:
Bbee
2. O código genético é universal, sendo assim
a mesma trinca de bases que codifica um
determinado aminoácido em um indivíduo
(ex.: formiga) também codifica o msmo ami-
noácido em outro (ex.: ser humano).
A trinca “UUU” codifica fenilalanina no ver-
me, na bacteria, nos seres humanos e outros.
110
PRÁTICA DOS
CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Fuvest) Louis Pasteur realizou experimentos pioneiros em Microbiologia. Para tornar estéril um
meio de cultura, o qual poderia estar contaminado com agentes causadores de doenças, Pasteur
mergulhava o recipiente que o continha em um banho de água aquecida à ebulição e à qual adicio-
nava cloreto de sódio.
Com a adição de cloreto de sódio, a temperatura de ebulição da água do banho, com relação à da
água pura, era ______. O aquecimento do meio de cultura provocava _______.
As lacunas p odem ser corretamente preenchidas, respectivamente, por:
a) maior; desnaturação das proteínas das bactérias presentes
b) menor; rompimento da membrana celular das bactérias presentes
c) a mesma; desnaturação das proteínas das bactérias
d) maior; rompimento da membrana celular dos vírus
e) menor; alterações no DNA dos vírus e das bactérias
2. (Fuvest)
No heredograma acima, a menina II – 1 tem uma doença determinada pela homozigose quanto a
um alelo mutante de gene localizado num autossomo.
A probabilidade de que seu irmão II – 2, clinicamente normal, possua esse alelo mutante é:
a) 0.
b) 1/4.
c) 1/3.
d) 1/2.
e) 2/3.
3. (Fuvest) No esquema abaixo, está representada uma via metabólica; o produto de cada reação
química, catalisada por uma enzima específica, é o substrato para a reação seguinte.
Num indivíduo que possua alelos mutantes que levem à perda de função do gene:
a) A ocorrem falta do substrato 1 e acúmulo do substrato 2.
b) C não há síntese dos substratos 2 e 3.
c) A não há síntese do produto final.
d) A o fornecimento do substrato 2 não pode restabelecer a síntese do produto final.
e) B o fornecimento do substrato 2 pode restabelecer a síntese do produto final.
111
4. (Fuvest) Nas figuras abaixo, estão esquema- 7. (Fuvest) Certa planta apresenta variabilidade
tizadas células animais imersas em soluções no formato e na espessura das folhas: há in-
salinas de concentrações diferentes. O sen- divíduos que possuem folhas largas e carno-
tido das setas indica o movimento de água sas, e outros, folhas largas e finas; existem
para dentro ou para fora das células, e a es- também indivíduos que têm folhas estreitas
pessura das setas indica o volume relativo de e carnosas, e outros com folhas estreitas e
água que a travessa a membrana celular. finas. Essas características são determinadas
geneticamente. As variantes dos genes res-
ponsáveis pela variabilidade dessas caracte-
rísticas da folha srcinaram-se por:
a) seleção natural.
b) mutação.
c) recombinação genética.
d) adaptação.
e) isolamento geográfico.
A ordem correta das figuras, de acordo com a
concentração crescente das soluções em que 8. (Fuvest) As briófitas, no reino vegetal, e
as células estão imersas, é: os anfíbios, entre os vertebrados, são consi-
a) I, II e III. derados os primeiros grupos a conquistar o
b) II, III e I.
ambiente terrestre. Comparando-os, é corre-
c) III, I e II.
to afirmar que:
a) nos anfíbios e nas briófitas, o sistema vascu-
d) II, I e III.
lar é pouco desenvolvido; isso faz com que,
e) III, II e I.
nos anfíbios, a temperatura não seja contro-
lada internamente.
5. (Fuvest) Na gametogênese humana: b) nos anfíbios, o produto imediato da meiose
a) espermatócitos e ovócitos secundários, for- são os gametas; nas briófitas, a meiose srci-
mados no final da primeira divisão meiótica, na um indivíduo haploide que posteriormen-
têm quantidade de DNA igual à de esperma- te produz os gametas.
togônias e ovogônias, respectivamente. c) nos anfíbios e nas briófitas, a fecundação
b) espermátides haploides, formadas ao final ocorre em meio seco; o desenvolvimento dos
da segunda divisão meiótica, sofrem divisão embriões se dá na água.
mitótica no processo de amadurecimento d) nos anfíbios, a fecundação srcina um indi-
para srcinar espermatozoides. víduo diploide e, nas briófitas, um indivíduo
c) espermatogônias e ovogônias dividem-se por haploide; nos dois casos, o indivíduo for-
mitose e srcinam, respectivamente, esper- mado passa por metamorfoses até tornar-se
matócitos e ovócitos primários, que entram adulto.
em divisão meiótica, a partir da puberdade. e) nos anfíbios e nas briófitas, a absorção de
d) ovogônias dividem-se por mitose e srcinam água se dá pela epiderme; o transporte de
ovócitos primários, que entram em meiose, água é feito por difusão, célula a célula, às
logo após o nascimento. demais partes do corpo.
e) espermatócitos e ovócitos primários srci-
nam o mesmo número de gametas, no final 9. (Fuvest) Para que a célula possa transportar,
da segunda divisão meiótica. para seu interior, o colesterol da circulação
sanguínea, é necessária a presença de uma
6. (Fuvest) No processo de síntese de certa determinada proteína em sua membrana.
Existem mutações no gene responsável pela
proteína, os RNA transportadores respon- síntese dessa proteína que impedem a sua
sáveis pela adição dos aminoácidos serina, produção. Quando um homem ou uma mu-
asparagina e glutamina a um segmento da lher possui uma dessas mutações, mesmo
cadeia polipeptídica tinham os anticódons
UCA, UUA e GUC, respectivamente. tendo também um alelo
hipercolesterolemia, normal,
ou seja, apresenta
aumento do ní-
No gene que codifica essa proteína, a sequ- vel de colesterol no sangue.
ência de bases correspondente a esses ami- A hipercolesterolemia devida a essa muta-
noácidos é: ção tem, portanto, herança:
a) UCAUUAGUC. a) autossômica dominante.
b) AGTAATCCAG. b) autossômica recessiva.
c) AGUAAUCAG. c) ligada ao X dominante.
d) TCATTAGTC. d) ligada ao X recessiva.
e) TGTTTTCTG. e) autossômica codominante.
112
10. (Fuvest) A figura abaixo representa uma cé- a) 4, 4 e 4.
lula de uma planta jovem. b) 4, 4 e 2.
c) 4, 2 e 1.
d) 2, 2 e 2.
e) 2, 2 e 1.
114
18. (Fuvest) A figura abaixo representa uma cé- d) somente cor-de-rosa.
lula diploide e as células resultantes de sua e) somente vermelhas e brancas, em igual pro-
divisão. porção.
115
24. (Fuvest) Os carboidratos, os lipídios e as pro-
teínas constituem material estrutural e de
reserva dos seres vivos. Qual desses compo-
nentes orgânicos é mais abundante no corpo
de uma planta e de um animal?
a) Proteínas em plantas e animais.
b) Carboidratos em plantas e animais.
c) Lipídios em plantas e animais.
d) Carboidratos nas plantas e proteínas nos
animais.
e) Proteínas nas plantas e lipídios nos animais.
GABARITO
1. A 2. E 3. C 4. A 5. A
6. D 7. B 8. B 9. A 10. D
11. E 12. B 13. A 14. B 15. E
16. D 17. A 18. B 19. D 20. B
21. A 22. C 23. C 24. D
116
QUESTÕES OBJETIVAS - física
Ciências da Natureza e suas tecnologias
R.P.A. Fuvest
Revisão Programada Anual
Fuvest - Física
III.Adeenergia
m · g · vpotencial
· ∆t/2. gravitacional varia
APLICAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS - SALA
Está correto apenas o que se afirma em:
a) III.
b) I e II.
1. (Fuvest) Um motociclista de motocross mo- c) I e III.
ve-se com velocidade v = 10 m/s, sobre uma d) II e III.
superfície plana, até atingir uma rampa (em e) I, II e III.
A), inclinada de 45° com a horizontal, como
indicado na figura. 3. (Fuvest) No desenvolvimento do sistema
amortecedor de queda de um elevador de
massa m o engenheiro projetista impõe que
a mola deve se contrair de um valor máximo
d, quando o elevador cai, a partir do repou-
so, de uma altura h como ilustrado na figura
abaixo. Para que a exigência do projetista
seja satisfeita, a mola a ser empregada deve
A trajetória do motociclista deverá atingir ter constante elástica dada por:
novamente a rampa a uma distância hori-
zontal D (D =a: H), do ponto A, aproximada-
mente igual
a) 20 m.
b) 15 m.
c) 10 m.
d) 7,5 m.
e) 5 m.
4. (Fuvest)
O caixote, de massa m, desloca-se com ve-
locidade v constante, durante um certo in-
tervalo de tempo ∆t. Considere as seguintes Uma caminhonete A, parada em uma rua
afirmações: plana, foi atingida por um carro B, com mas-
I. O trabalho realizado pela força F é igual a sa m B = mA/2, que vinha com velocidade v B.
F · v · ∆t. Como os veículos ficaram amassados, pode-
II. O trabalho realizado pela força F é igual a -se concluir que o choque não foi totalmen-
m · g · v · ∆t/2. te elástico. Consta no boletim de ocorrência
119
que, no momento da batida, o carro B parou a) P1 = P2 = P3.
enquanto a caminhonete A adquiriu uma ve- b) P2 > P3 > P1.
locidade vA = vB/2, na mesma direção de v B. c) P2 = P3 > P1.
Considere estas afirmações de algumas pes- d) P3 > P2 > P1.
soas que comentaram a situação: e) P3 > P2 = P1.
I. A descrição do choque não está correta,
pois é incompatível com a lei da conser-
vação da quantidade de movimento.
lI. A energia mecânica dissipada na defor-
RAIO X
mação dos veículos foi igual a 1/2m AvA2.
III.A quantidade de movimento dissipada no 1. Calculando o tempo de queda, considerando
choque foi igual a 1/2m BvB. o movimento na vertical, temos:
at2
___
Está
a) I. correto apenas o que se afirma em: S = So + vot + 2 2
10t
H = 0 + 0 ·t + ____
b) II. 2
c) III. Como H = D; temos: D = 5t 2
d) I e III. Considerando o movimento na horizontal:
e) II e III. 5t2
D → 10 = ___
v = __
t t
5. (Fuvest) Para vencer o atrito e deslocar um t = 2 s; logo:
grande contêiner C, na direção indicada, é D = 5 · 2 → D = 20 m
2
ECo = mAvA2
Calculando a energia cinética final:
m A vA 2 –mAvA2
_______
∆EM = _____
2 – mAvA → ∆EM = 2
2
GABARITO
1. A 2. E 3. A 4. B 5. D
6. B
121
1 mg(h – h ) + __
a) __ 1 mv2.
PRÁTICA DOS 2
b) __
0 4
1 mg(h – h ) + __
1 mv2.
CONHECIMENTOS - E.O.
2 0 2
1 mg(h – h ) + 2mv2.
c) __
2 0
1 mv2.
d) mgh + __
1. (Fuvest) A escolha do local para instalação 2
de parques eólicos depende, dentre outros 1 mv2.
e) mg(h – h0) + __
2
fatores, da velocidade média dos ventos que
sopram na região. Examine este mapa das 3. (Fuvest) Um objeto homogêneo colocado
diferentes velocidades médias de ventos no em um recipiente com água tem 32% de seu
Brasil e, em seguida, o gráfico da potência volume submerso; já em um recipiente com
fornecida por um aerogerador em função da
óleo, tem 40% de seu volume submerso. A
velocidade do vento. densidade desse óleo, em g/cm 3 é:
Note e adote: densidade da água = 1 g/cm 3.
a) 0,32.
b) 0,40.
c) 0,64.
d) 0,80.
e) 1,25.
Note e adote:
§ 1 GW = 109 W 5. (Fuvest) Um trabalhador de massa m está
§ 1 ano = 8800 horas em pé, em repouso, sobre uma plataforma de
a) noroeste do Pará. massa M. O conjunto se move, sem atrito, so-
b) nordeste do Amapá. bre trilhos horizontais e retilíneos, com ve-
c) sudoeste do Rio Grande do Norte. locidade de módulo constante v. Num certo
d) sudeste do Tocantins.
instante, o trabalhador começa a caminhar
e) leste da Bahia.
sobre a plataforma e permanece com velo-
cidade de módulo v em relação a ela, e com
2. (Fuvest)
alto de umUma bola de
edifício. massaestá
Quando m épassando
solta do sentido oposto ao do movimento dela em re-
pela posição y = h o módulo de sua velocida- lação aos trilhos. Nessa situação, o módulo
de é v. Sabendo-se que o solo, srcem para a da velocidade da plataforma em relação aos
escala de energia potencial, tem coordenada trilhos é:
y = h0 tal que h > h 0 > 0, a energia mecânica a) (2m + M) v/(m + M).
da bola em y = (h – h 0)/2 é igual a: b) (2m + M) v/M.
Note e adote: c) (2m +M) v/M.
§ Desconsidere a resistência d o ar. d) (M - m) v/M.
§ g é a a celeração da gravidade. e) (m + M) v/(M – m).
122
6. (Fuvest) A notícia “Satélite brasileiro 9. (Fuvest)
cai na Terra após lançamento falhar”, vei-
culada pelo jornal O Estado de S. Paulo de
10/12/2013, relata que o satélite CBERS-3,
desenvolvido em parceria entre Brasil e Chi-
na, foi lançado no espaço a uma altitude de
720 km (menor do que a planejada) e com
uma velocidade abaixo da necessária para
colocá-lo em órbita em torno da Terra. Para
que o satélite pudesse ser colocado em órbita
Maria e Luísa, ambas de massa M, patinam
circular na altitude de 720 km o módulo de
sua velocidade (com direção tangente à órbi- no gelo. Luísa
velocidade de vai ao encontro
módulo de Maria
V. Maria, paradacom
na
ta) deveria ser de, aproximadamente:
Note e adote: pista, segura uma bola de massa m e, num
§ raio da Terra = 6 · 10 3 km certo instante, joga a bola para Luísa. A bola
§ massa da Terra = 6 · 10 24 kg tem velocidade de módulo v, na mesma dire-
§ constante da gravitação universal ção de V. Depois que Luísa agarra a bola, as
G = 6,7 · 10–11 m3/(s2kg) velocidades de Maria e Luísa, em relação ao
a) 61 km/s. solo, são, respectivamente:
b) 25 km/s. a) 0; v – V.
c) 11 km/s. b) –v; v + V/2.
d) 7,7 km/s. c) –mv / M; MV/m.
e) 3,3 km/s. d) –mv/M; (mv – MV)/(M + m).
e) (MV/2 – mυ)/M; (mv – MV/2)/(M + m).
7. (Fuvest) No sistema cardiovascular de um
ser humano, o coração funciona como uma 10. (Fuvest) Uma pequena bola de borracha ma-
bomba, com potência média de 10 W, res- ciça é solta do repouso de uma altura de 1 m
ponsável pela circulação sanguínea. Se uma em relação a um piso liso e sólido. A colisão
pessoa fizer uma dieta alimentar de 2500 da bola com o piso tem coeficiente de res-
kcal diárias, a porcentagem dessa energia tituição ε = 0,8. A altura máxima atingida
utilizada para manter sua circulação sanguí-
pela bola, depois da sua terceira colisão com
nea será, aproximadamente, igual a:
o piso, é:
Note e adote: 1 cal = 4 J.
Note e adote: ε = V2f/V2i, em que Vf e V i são,
a) 1%.
b) 4%.
respectivamente, os módulos das velocida-
c) 9%.
des da bola logo após e imediatamente antes
d) 20%. da colisão com o piso.
e) 25%. Aceleração da gravidade g = 10 m/s2.
a) 0,80 m.
8. (Fuvest) Em uma competição de salto em b) 0,76 m.
distância, um atleta de 70 kg tem, imedia- c) 0,64 m.
tamente antes do salto, uma velocidade na d) 0,51 m.
direção horizontal de módulo 10 m/s. Ao e) 0,20 m.
saltar, o atleta usa seus músculos para em-
purrar o chão na direção vertical, produzin- 11. (Fuvest) Um móbile pendurado no teto tem
do uma energia de 500 J, sendo 70% desse três elefantezinhos presos um ao outro por
valor na forma de energia cinética. Imedia- fios, como mostra a figura. As massas dos
tamente após se separar do chão, o módulo elefantes de cima, do meio e de baixo são,
da velocidade do atleta é mais próximo de: respectivamente, 20 g, 30 g e 70 g. Os va-
a) 10,0 m/s. lores de tensão, em newtons, nos fios supe-
b) 10,5 m/s. rior, médio e inferior são, respectivamente,
c) 12,2 m/s. iguais a:
d) 13,2 m/s. Note e adote: desconsidere as massas dos fios.
e) 13,8 m/s. Aceleração da gravidade g = 10 m/s2.
123
a) nulo.
b) F (yb – ya).
c) mg (yb – ya).
d) F cos (θ) (yb – ya).
e) mg (yb – ya) + mv2/2.
1V.
a) __
4 0
1V.
b) __ a) 20 CV.
3 0 b) 40 CV.
c) 1 V0.
__
2 c) 50 CV.
d) 2 V0. d) 100 CV.
e) 3 V0. e) 150 CV.
125
22. (Fuvest) Dois discos, A e B, de mesma mas- 24. (Fuvest) Uma criança estava no chão. Foi
sa M, deslocam-se com velocidades V A = V 0 e então levantada por sua mãe que a colocou
VB = 2V0, como na figura, vindo a chocar-se em um escorregador a uma altura de 2,0 m
um contra o outro. Após o choque, que não é em relação ao solo. Partindo do repouso,
elástico, o disco B permanece parado. Sendo a criança deslizou e chegou novamente ao
E1 a energia cinética total inicial (E 1 = 5 · chão com velocidade igual a 4 m/s. Sendo T
(1/2 MV02)), a energia cinética total E2, após o trabalho realizado pela mãe ao suspender
o choque, é: o filho, e sendo a aceleração da gravidade
g = 10 m/s2, a energia dissipada por atrito,
ao escorregar, é aproximadamente igual a:
a) 0,1 T.
b) 0,2 T.
c)
d) 0,6
0,9 T.
T.
e) 1,0 T.
a) E2 = E1.
b)
c)
E2 = 0,8 E1.
E2 = 0,4 E1. GABARITO
d) E2 = 0,2 E1.
e) E2 = 0. 1. B 2. E 3. D 4. D 5. A
6. D 7. C 8. B 9. D 10. D
23. (Fuvest)
11. A 12. E 13. A 14. D 15. A
16. E 17. C 18. C 19. C 20. D
21. A 22. D 23. E 24. C
126
FÍSICA 2
interna – 200local
Pressão atmosférica atm= 1 atm
a)
A temperatura durante todo o processo per-
manece constante.
a) 20 minutos.
b) 30 minutos.
c) 45 minutos.
d) 60 minutos. b)
e) 90 minutos.
127
4. (Fuvest) Uma pessoa idosa que tem hiper- 6. (Fuvest) Considerando o fenômeno de res-
metropia e presbiopia foi a um oculista que sonância, o ouvido humano deveria ser mais
lhe receitou dois pares de óculos, um para sensível a ondas sonoras com comprimentos
que enxergasse bem os objetos distantes e de onda cerca de quatro vezes o comprimen-
outro para que pudesse ler um livro a uma to do canal auditivo externo, que mede, em
distância confortável de sua vista. média, 2,5 cm. Segundo esse modelo, no ar,
§ Hipermetropia: a imagem de um objeto onde a velocidade de propagação do som é
distante se forma atrás da retina. 340 m/s, o ouvido humano seria mais sensí-
§ Presbiopia: o cristalino perde, por enve- vel a sons com frequências em torno de:
a) 34 Hz.
lhecimento, a capacidade de acomodação b) 1320 Hz.
e objetos próximos não são vistos com c) 1700 Hz.
nitidez. d) 3400Hz.
§
Dioptria:
medida ema dioptrias,
convergência de umadalente,
é o inverso dis- e) 6800 Hz.
tância focal (em metros) da lente.
Considerando que receitas fornecidas por
oculistas utilizam o sinal mais (+) para len-
RAIO X
tes convergentes e menos (–) para divergen- 1. Considerando que é uma transformação iso-
tes, a receita do oculista para um dos olhos
térmica e que o cilindro é utilizável até a
dessa pessoa idosa poderia ser:
a) para longe: –1,5 dioptrias; para perto: +4,5
pressão interna atingir o mesmo valor que a
dioptrias.
pressão externa, temos:
b) para longe: –1,5 dioptrias; para perto: –4,5
PoVo = P1V1 → 200 · 9 = 1 · V 1
dioptrias. V1 = 1800 litros.
c) para longe: +4,5 dioptrias; para perto: +1,5 Para descobrir o tempo, basta utilizar a va-
dioptrias. zão dada:
d) para longe: +1,5 dioptrias; para perto: –4,5
∆V → 40 = _____
Z = ___ 1800
∆t ∆t
dioptrias. ∆t = 45 min
e) para longe: +1,5 dioptrias; para perto: +4,5 2. Primeiramente devemos calcular a potência
dioptrias. do aquecedor:
Q
Pot = ___ mc∆T
_____
5. (Fuvest) O som de um apito é analisado com ∆t → Pot = ∆t
o uso de um medidor que, em sua tela, visua- Pot = m · 1 · 90/5
liza o padrão apresentado na figura a seguir. Pot = 18 m cal/min
O gráfico representa a variação da pressão Agora podemos calcular o tempo necessário
que a onda sonora exerce sobre o medidor, para tornar a massa de água líquida em va-
em função do tempo, em µs (1 µs = 10 –6 s). por:
Analisando a tabela de intervalos de frequ- Q = m · L → Pot · ∆t = m · L
ências audíveis, por diferentes seres vivos, m·L
∆t = ______
conclui-se que esse apito pode ser ouvido P
(mot· 540)
apenas por: ∆t = __________
18 · m
Seres v ivos Intervalos d e f requência ∆t = 30 min
cachorro 15 Hz – 45.000 Hz
3. Pela propriedade de simetria aplicada aos
dois espelhos, é possível realizar a constru-
ser humano 20 Hz – 20.000 Hz
ção da imagem. Considere o esquema a se-
sapo 50Hz–10.000Hz guir:
gato 60Hz–65.000Hz
morcego 1000 Hz – 120.000 Hz
128
4. Para um olho hipermetrope, não presbíope,
para visão de um objeto distante, os múscu-
los ciliares aumentam a vergência do crista-
lino de modo a acomodar a imagem sobre a
retina. Se o olho hipermetrope passa a ser
também presbíope, o cristalino perde sua
elasticidade e a lente corretiva, para aco-
modar a imagem de um objeto distante na
retina, deve ser convergente, com uma certa
vergência V1, substituindo a ação dos múscu-
los ciliares.
Para visão de objetos próximos, a distância
focal
lente do sistemadeverá
corretiva formado
ser pelo
aindaolho e pela
menor do
que para objetos distantes, o que significa
que a lente corretiva a ser usada continua
sendo convergente e com vergência V 2, tal
que V2 > V1. A opção E satisfaz tal condição.
5. De acordo com o gráfico, podemos concluir
que o período é igual ao dobro do intervalo
de tempo dado, logo:
T = 2 · 10 · 10 –6 S → T = 2 · 10 –5 S
A partir do período é possível calcular a fre-
quência:
1 → f = __
f = __ 1 · 10–5
T 2
f = 5 · 10 Hz → f = 50000 Hz
4
GABARITO
1. C 2. E 3. A 4. E 5. D
6. D
129
PRÁTICA DOS §
§
sen(45º) = cos (45º) = 0,70
sen(60º) = cos(30º) = 0,87
CONHECIMENTOS - E.O. §
a)
sen(70º) = cos(20º) = 0,94
θ = 20º.
b) θ = 30º.
1. (Fuvest) Uma garrafa tem um cilindro afixa- c) θ = 45º.
do em sua boca, no qual um êmbolo pode se
movimentar sem atrito, mantendo constante d) θ = 60º.
a massa de ar dentro da garrafa, como ilus- e) θ = 70º.
tra a figura. Inicialmente, o sistema está em
equilíbrio à temperatura de 27 ºC. O volume 3. (Fuvest) Certa quantidade de gás sofre três
de ar na garrafa é igual a 600 cm3 e o êmbolo transformações sucessivas, A → B, B → C e
tem uma área transversal igual a 3 cm 2. Na →
condição de equilíbrio,
férica constante, com a1 pressão
para cada atmos-
ºC de aumento Ctado A,
naconforme o diagrama p – V apresen-
figura abaixo.
da temperatura do sistema, o êmbolo subirá
aproximadamente:
130
5. (Fuvest) 7. (Fuvest) O resultado do exame de audiome-
tria de uma pessoa é mostrado nas figuras
abaixo. Os gráficos representam o nível de
intensidade sonora mínima I, em decibéis
(dB), audível por suas orelhas direita e es-
querda, em função da frequência f do som,
em kHz. A comparação desse resultado com
o de exames anteriores mostrou que, com
o passar dos anos, ela teve perda auditiva.
Com base nessas informações, foram feitas
as seguintes afirmações sobre a audição des-
A figura acima mostra parte do teclado de sa pessoa:
um piano. Os valores das frequências das I. Ela ouve sons de frequência de 6 kHz e
notas sucessivas, incluindo os sustenidos, intensidade de 20 dB com a orelha direi-
representados pelo símbolo #, obedecem a ta, mas não com a esquerda.
uma progressão geométrica crescente da es- II. Um sussurro de 15 dB e frequência de
querda para a direita; a razão entre as frequ- 0,25 kHz é ouvido por ambas as orelhas.
ências de duas notas Dó consecutivas vale 2; III.A diminuição de sua sensibilidade au-
a frequência da nota Lá do teclado da figura ditiva, com o passar do tempo, pode ser
é 440 Hz. O comprimento de onda, no ar, da atribuída a degenerações dos ossos mar-
nota Sol indicada na figura é próximo de telo, bigorna e estribo, da orelha externa,
Note e adote: onde ocorre a conversão do som em im-
§ 21/12 = 1,059 pulsos elétricos.
§ (1,059)2 = 1,12
§ velocidade do som no ar = 340 m/s
a) 0,56 m.
b) 0,86 m.
c) 1,06 m.
d) 1,12 m.
e) 1,45 m.
131
Em seguida, Sr. Rubinato reclama: — Não é 10 cm e, o da inferior, 2 cm. Se a barra
consigo mais ouvir o Lá do violino, que antes de alumínio, inicialmente à temperatura de
soava bastante forte! Dentre as alternativas 25 ºC, for aquecida a 225 ºC, o deslocamento
abaixo para a distância l, a única compatível da extremidade superior do ponteiro será,
com a reclamação do Sr. Rubinato é: aproximadamente, de:
Note e adote: Note e adote: coeficiente de dilatação linear
O mesmo sinal elétrico do amplificador é li- do alumínio: 2 · 10 –5 ºC–1:
gado aos dois alto-falantes, cujos cones se a) 1 mm.
movimentam em fase. b) 3 mm.
A frequência da nota Lá é 440 Hz.
c) 6 mm.
A velocidade do som no ar é 330 m/s.
d) 12 mm.
A distância entre as orelhas do Sr. Rubinato
deve ser ignorada. e) 30 mm.
a) 38 cm.
b) 44 cm. 11. (Fuvest) Um objeto decorativo consiste de
c) 60 cm. um bloco de vidro transparente, de índice de
d) 75 cm. refração igual a 1,4, com a forma de um pa-
e) 150 cm. ralelepípedo, que tem, em seu interior, uma
bolha, aproximadamente esférica, preenchi-
9. (Fuvest) Uma flauta andina, ou flauta de pã, da com um líquido, também transparente, de
é constituída por uma série de tubos de ma- índice de refração n. A figura a seguir mos-
deira, de comprimentos diferentes, atados tra um perfil do objeto.
uns aos outros por fios vegetais. As extremi-
dades inferiores dos tubos são fechadas. A
frequência fundamental de ressonância em
tubos desse tipo corresponde ao comprimen-
to de onda igual a 4 vezes o comprimento
do tubo. Em uma dessas flautas, os compri-
mentos dos tubos correspondentes, respecti-
vamente, às notas Mi (660 Hz) e Lá (220 Hz)
são, aproximadamente:
Note e adote:
A velocidade do som no ar é igual a 330 m/s. Nessas condições, quando a luz visível inci-
a) 6,6 cm e 2,2 cm. de perpendicularmente em uma das faces do
b) 22 cm e 5,4 cm. bloco e atravessa a bolha, o objeto se com-
c) 12 cm e 37 cm. porta, aproximadamente, como:
d) 50 cm e 1,5 m. a) uma lente divergente, somente se n > 1,4.
e) 50 cm e 16 cm. b) uma lente convergente, somente se n > 1,4.
c) uma lente convergente, para qualquer valor
10. (Fuvest) de n.
d) uma lente divergente, para qualquer valor
de n.
e) se a bolha não existisse, para qualquer valor
de n.
132
Considere as afirmações abaixo: Consultando a tabela acima, que fornece os
I. O excerto de Leonardo da Vinci é um valores típicos de frequência f para diferen-
exemplo do humanismo renascentista tes regiões do espectro eletromagnético, e
que valoriza o racionalismo como instru- analisando o gráfico de E em função do tem-
mento de investigação dos fenômenos po, é possível classificar essa radiação como
naturais e a aplicação da perspectiva em a) infravermelha.
suas representações pictóricas. b) visível.
II. Num olho humano com visão perfeita, o c) ultravioleta.
cristalino focaliza exatamente sobre a re- d) raio X.
tina um feixe de luz vindo de um objeto. e) raio γ .
Quando o cristalino está em sua forma
mais alongada, é possível focalizar o fei- 14. (Fuvest) Em um freezer, muitas vezes, é
xe de luz vindo de um objeto distante. difícil repetir
tempo após ter asido
abertura dadevido
fechado, porta,à pouco
dimi-
Quando o cristalino encontra-se em sua nuição da pressão interna. Essa diminuição
forma mais arredondada, é possível a fo- ocorre porque o ar que entra, à temperatu-
calização de objetos cada vez mais próxi- ra ambiente, é rapidamente resfriado até
mos do olho, até uma distância mínima. a temperatura de operação, em torno de
III.Um dos problemas de visão humana é a –18 °C. Considerando um freezer doméstico,
miopia. No olho míope, a imagem de um de 280 L, bem vedado, em um ambiente a
objeto distante forma-se depois da re- 27 °C e pressão atmosférica P 0, a pressão in-
tina. Para corrigir tal defeito, utiliza-se terna poderia atingir o valor mínimo de:
uma lente divergente. Considere que todo o ar no interior do fre-
Está correto o que se afirma em: ezer, no instante em que a porta é fechada,
a) I, apenas. está à temperatura do ambiente.
a) 35% de P0.
b) I e II, apenas.
b) 50% de P0.
c) I e III, apenas.
c) 67% de P0.
d) II e III, apenas.
d) 85% de P0.
e) I, II e III. e) 95% de P0.
13. (Fuvest) Em um ponto fixo do espaço, o 15. (Fuvest) Dois sistemas óticos, D 1 e D2, são
campo elétrico de uma radiação eletromag- utilizados para analisar uma lâmina de teci-
nética tem sempre a mesma direção e oscila do biológico a partir de direções diferentes.
no tempo, como mostra o gráfico abaixo, que Em uma análise, a luz fluorescente, emitida
representa sua projeção E nessa direção fixa; por um indicador incorporado a uma peque-
E é positivo ou negativo conforme o sentido na estrutura, presente no tecido, é captada,
do campo. simultaneamente, pelos dois sistemas, ao
longo das direções tracejadas. Levando-se
em conta o desvio da luz pela refração, den-
tre as posições indicadas, aquela que poderia
corresponder à localização real dessa estru-
tura no tecido é:
(TVVHF) 10 8
Suponha que o tecido biológico seja transpa-
micro-onda 1010 rente à luz e tenha índice de refração uni-
infravermelha 1012 forme, semelhante ao da água.
visível 1014 a) A.
b) B.
ultravioleta 1016
18
c) C.
raXios 10
d) D.
raios γ 1020 e) E.
133
16. (Fuvest) Um sistema de duas lentes, sendo a)
uma convergente e outra divergente, ambas
com distâncias focais iguais a 8 cm, é monta-
do para projetar círculos luminosos sobre um
anteparo. O diâmetro desses círculos pode ser
alterado, variando-se a posição das lentes. b)
Em uma dessas montagens, um feixe de luz,
inicialmente de raios paralelos e 4 cm de
diâmetro, incide sobre a lente convergente,
separada da divergente por 8 cm, atingin-
do finalmente o anteparo, 8 cm adiante da c)
divergente. Nessa montagem específica, o
círculo luminoso formado
lhor representado por: no anteparo é me-
d)
e)
a)
d)
e)
a)
incide na
quema quedireção
melhorindicada
representana afigura, o es-
posição da
janela capaz de refletir o raio de luz na dire-
ção de P é: d)
e)
134
19. (Fuvest) Um grande aquário, com paredes 20. (Fuvest) Em um recipiente termicamente
laterais de vidro, permite visualizar, na su- isolado e mantido a pressão constante, são
perfície da água, uma onda que se propaga. colocados 138 g de etanol líquido. A seguir,
A figura representa o perfil de tal onda no o etanol é aquecido e sua temperatura T é
medida como função da quantidade de calor
instante T0. Durante sua passagem, uma Q a ele transferida. A partir do gráfico de
boia, em dada posição, oscila para cima e T × Q, apresentado na figura abaixo, pode-
para baixo e seu deslocamento vertical (y), -se determinar o calor específico molar para
em função do tempo, está representado no o estado líquido e o calor latente molar de
gráfico. vaporização do etanol como sendo, respecti-
vamente, próximos de:
21. (Fuvest) Um estudo de sons emitidos por instrumentos musicais foi realizado, usando um mi-
crofone ligado a um computador. O gráfico a seguir, reproduzido da tela do monitor, registra o
movimento do ar captado pelo microfone, em função do tempo, medido em milissegundos, quando
se toca uma nota musical em um violino.
Nota dó ré mi fá so l lá si
Frequência(Hz) 262 294 330 349 388 440 494
Consultando
Dado: 1 ms = a10tabela
–3 s acima, pode-se concluir que o som produzido pelo violino era o da nota:
a) dó.
b) mi.
c) sol.
d) lá.
e) si.
135
22. (Fuvest) Um extintor de incêndio cilíndrico,
contendo CO2, possui um medidor de pressão GABARITO
interna que, inicialmente, indica 200 atm.
Com o tempo, parte do gás escapa, o extin- 1. A 2. C 3. E 4. B 5. B
tor perde pressão e precisa ser recarregado.
Quando a pressão interna for igual a 160 6. A 7. B 8. A 9. C 10. C
atm, a porcentagem da massa inicial de gás 11. B 12. B 13. C 14. D 15. C
que terá escapado corresponderá a:
Obs: Considere que a temperatura permane- 16. C 17. C 18. E 19. A 20. A
ce constante e o CO 2, nessas condições, com- 21. C 22. B 23. C 24. A
porta-se como um gás perfeito
1 atm = 105 N/m2
a)
b) 10%.
20%.
c) 40%.
d) 60%.
e) 75%.
a) 1020 Hz.
b) 1040 Hz.
c) 1060 Hz.
d) 1080 Hz.
e) 1100 Hz.
136
FÍSICA 3
b)
3. (Fuvest)
c)
137
4. (Fuvest) Um circuito é formado de duas esse ímã ao meio e, utilizando as duas me-
lâmpadas L1 e L2, uma fonte de 6 V e uma tades, fazem-se quatro experiências, repre-
resistência R, conforme desenhado na figu- sentadas nas figuras I, II, III e IV, em que as
ra. As lâmpadas estão acesas e funcionando metades são colocadas, uma de cada vez, nas
em seus valores nominais (L1: 0,6 W e 3 V e proximidades do ímã fixo.
L2: 0,3 W e 3 V).
RAIO X
1. A
dasfig.1 mostra
entre as forças
as esferas e a eletrostáticas
resultante emtroca-
cada
uma delas. A fig. 2 mostra apenas a resultan-
te em cada esfera.
138
dessa esfera é negativa. Portanto, a esfera
tem mais elétrons que prótons.
A figura ilustra a situação.
2. (Fuvest) O arranjo experimental represen- 4. (Fuvest) Dois fios metálicos, F1 e F2, cilín-
tado na figura é formado por uma fonte de dricos, do mesmo material de resistividade
tensão F, um amperímetro A, um voltímetro de seções transversais de áreas, respectiva-
três resistores, R 1, R2 e R3, de resistências mente, A1 e A2 = 2A1, têm comprimento L e
iguais, e fios de ligação. são emendados, como ilustra a figura abaixo.
O sistema formado pelos fios é conectado a
uma bateria de tensão V.
140
5. (Fuvest) A energia potencial elétrica U de 8. (Fuvest) O filamento de uma lâmpada in-
duas partículas em função da distância r que candescente, submetido a uma tensão U, é
as separa está representada no gráfico da fi- percorrido por uma corrente de intensidade
gura abaixo. i. O gráfico abaixo mostra a relação entre i e U.
6. (Fuvest) Um raio proveniente de uma nu- 9. (Fuvest) Na maior parte das residências que
dispõem de sistemas de TV a cabo, o apare-
vem transportou para o solo uma carga de
lho que decodifica o sinal permanece ligado
sob uma diferença de potencial de 100 mi-
sem interrupção, operando com uma potên-
lhões de volts. A energia liberada por esse
cia aproximada de 6 W, mesmo quando a TV
raio é:
não está ligada. O consumo de energia do de-
(Note e adote: 1 J = 3 · 10 –7 kWh.) codificador, durante um mês (30 dias), seria
a) 30 MWh.
equivalente ao de uma lâmpada de 60 W que
b) 3 MWh.
permanecesse ligada, sem interrupção, du-
c) 300 kWh. rante:
d) 30 kWh. a) 6 horas.
e) 3 kWh. b) 10 horas.
c) 36 horas.
7. (Fuvest) Energia elétrica gerada em Itaipu d) 60 horas.
é transmitida da subestação de Foz do Igua- e) 72 horas.
çu (Paraná) a Tijuco Preto (São Paulo), em
alta tensão de 750 kV, por linhas de 900 km 10. (Fuvest) Em uma experiência, um longo fio
de comprimento. Se a mesma potência fos- de cobre foi enrolado, formando dois con-
se transmitida por meio das mesmas linhas, juntos de espiras, E1 e E2, ligados entre si e
mas em 30 kV, que é a tensão utilizada em mantidos muito distantes um do outro. Em
redes urbanas, a perda de energia por efeito um dos conjuntos, E 2, foi colocada uma bús-
Joule seria, aproximadamente: sola, com a agulha pontando para o Norte, na
a) 27.000 vezes maior. direção perpendicular ao eixo das espiras.
b) 625 vezes maior. A experiência consistiu em investigar pos-
c) 30 vezes maior. síveis efeitos sobre essa bússola, causados
d) 25 vezes maior. por um ímã, que é movimentado ao longo do
e) a mesma. eixo do conjunto de espiras E 1.
141
Foram analisadas três situações: 12. (Fuvest) Na cozinha de uma casa, ligada à
I. Enquanto o ímã é empurrado para o cen- rede elétrica de 110 V, há duas tomadas A e
tro do conjunto das espiras E 1. B. Deseja-se utilizar, simultaneamente, um
II. Quando o ímã é mantido parado no cen- forno de micro-ondas e um ferro de passar,
tro do conjunto das espiras E 1. com as características indicadas. Para que
isso seja possível, é necessário que o disjun-
III.Enquanto o ímã é puxado, do centro das es- tor (D) dessa instalação elétrica, seja de, no
piras E1, retornando à sua posição inicial. mínimo:
Um possível resultado a ser observado,
quanto à posição da agulha da bússola, nas
três situações dessa experiência, poderia ser
representado por:
O eixo do conjunto de espiras E 2 tem direção
leste-oeste.
(Ferro de passar: tensão: 110 V; potência:
1400 W
Micro-ondas: tensão: 110 V; potência: 920 W
Disjuntor ou fusível: dispositivo que inter-
a) rompe o circuito quando a corrente ultrapas-
sa o limite especificado.)
a) 10 A.
b) 15 A.
c) 20 A.
d) 25 A.
b) e) 30 A.
b)
a) 0,5 Ω.
b) 4,5 Ω.
c) 9,0 Ω.
d) 12 Ω.
e) 15 Ω.
142
c) 15. (Fuvest) Três grandes placas P 1, P2 e P3,
com, respectivamente, cargas +Q, –Q e +2Q,
geram campos elétricos uniformes em certas
regiões do espaço. A figura 1 a seguir mos-
tra intensidade, direção e sentido dos cam-
pos criados pelas respectivas placas P1, P 2 e
P3, quando vistas de perfil. Colocando-se as
placas próximas, separadas pela distância D
d) indicada, o campo elétrico resultante, gera-
do pelas três placas em conjunto, é represen-
tado por:
Nota: onde não há indicação, o campo elé-
trico é nulo.
e)
a)
b)
143
a) zero. 18. (Fuvest) Um feixe de elétrons, todos com
1 F.
b) __( )
2 1
mesma velocidade, penetra em uma região
do espaço onde há um campo elétrico unifor-
( )
c) 3 F1.
__
4 me entre duas placas condutoras, planas e
d) F1. paralelas, uma delas carregada positivamen-
e) 2 F1. te e a outra, negativamente. Durante todo o
percurso, na região entre as placas, os elé-
17. (Fuvest) Dois anéis circulares iguais, A e B,
construídos com fio condutor, estão frente trons têm trajetória retilínea, perpendicular
a frente. O anel A está ligado a um gerador, ao campo elétrico.
que pode lhe fornecer uma corrente variá- Ignorando efeitos gravitacionais, esse movi-
vel. Quando a corrente i que percorre A varia mento é possível se entre as placas houver,
como no Gráfico I, uma corrente é induzida
em B e surge, entre os anéis, uma força re- além do campo
magnético, com elétrico, também
intensidade um campo
adequada e:
pulsiva (representada como positiva), indi-
cada no Gráfico II. a) perpendicular ao campo elétrico e à trajetó-
Considere agora a situação em que o gerador ria dos elétrons.
fornece ao anel A uma corrente como indica- b) paralelo e de sentido oposto ao do campo
da no Gráfico III. Nesse caso, a força entre os elétrico.
anéis pode ser representada por: c) paralelo e de mesmo sentido que o do campo
elétrico.
d) paralelo e de sentido oposto ao da velocida-
de dos elétrons.
e) paralelo e de mesmo sentido que o da velo-
cidade dos elétrons.
b)
c)
O campo elétrico em P, no plano que contém
o centro das duas esferas, possui, nas duas
situações indicadas:
a) mesma direção e intensidade.
d) b) direções diferentes e mesma intensidade.
c) mesma direção e maior intensidade em I.
d) direções diferentes e maior intensidade em I.
e) direções diferentes e maior intensidade em II.
e)
23. (Fuvest) Um ímã é colocado próximo a um
arranjo, composto por um fio longo enrolado
em um carretel e ligado a uma pequena lâm-
pada, conforme a figura.
b) édomáxima
carretelquando
(x = + xo).
o ímã está mais distante
a) a amplitude de oscilação do anel diminui. do carretel (x = –xo).
b) a amplitude de oscilação do anel aumenta. c) independe da velocidade do ímã e aumenta à
c) a amplitude de oscilação do anel permanece medida que ele se aproxima do carretel.
constante. d) independe da velocidade do ímã e aumenta à
d) o anel é atraído pelo polo Norte do ímã e lá medida que ele se afasta do carretel.
permanece. e) depende da velocidade do ímã e é máxima
e) o anel é atraído pelo polo Sul do ímã e lá quando seu ponto médio passa próximo a
permanece. x = 0.
145
24. (Fuvest) As lâmpadas fuorescentes ilumi-
nam muito mais que as lâmpadas incan-
descentes de mesma potência. Nas lâmpadas
fluorescentes compactas, a eficiência lumi-
nosa, medida em lumens por watt (ℓm/W),
é da ordem de 60 ℓm/W e, nas lâmpadas
incandescentes da ordem de 15 ℓm/W. Em
uma residência, 10 lâmpadas incandescen-
tes de 100 W são substituídas por fluores-
centes compactas que fornecem iluminação
equivalente (mesma quantidade de lumens).
Admitindo que as lâmpadas ficam acesas, em
média 6 horas
gia elétrica porR$dia
é de e que
0,20 porokW
preço
· h,daaener-
ECO-
NOMIA MENSAL na conta de energia elétrica
dessa residência será de, aproximadamente:
a) R$ 12,00.
b) R$ 20,00.
c) R$ 27,00.
d) R$ 36,00.
e) R$ 144,00.
GABARITO
1. C 2. A 3. D 4. D 5. D
6. C 7. B 8. C 9. E 10. A
11. E 12. D 13. A 14. D 15. E
16. E 17. C 18. A 19. E 20. A
21. A 22. B 23. E 24. C
146
QUESTÕES OBJETIVAS - química
Ciências da natureza e suas tecnologias
R.P.A. Fuvest
Revisão Programada Anual
Fuvest - Química
Geral, 36%
Físico - química, 35%
Orgânica, 19%
Atomística, 10%
QUÍMICA 1
APLICAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS - SALA
1. (Fuvest) Em um laboratório químico, um estudante encontrou quatro frascos (1, 2, 3 e 4) conten-
do soluções aquosas incolores de sacarose, KCℓ, HCℓ e NaOH, não necessariamente nessa ordem.
Para identificar essas soluções, fez alguns experimentos simples, cujos resultados são apresenta-
dos na tabela a seguir:
2. (Fuvest) A adição de um soluto àágua altera a temperatura deebulição desse solvente. Para quan-
tificar essa variação em função da concentração e da natureza do soluto, foram feitos experimentos,
cujos resultados são apresentados abaixo. Analisando a tabela, observa-se que a variação de tempe-
ratura de ebulição é função da concentração de moléculas ou íons de soluto dispersos na solução.
Temperatura de
Volume de água ( L) Soluto Quantidade de m atéria de soluto ( mol) ebulição (°C)
1 – – 100,00
1 NaCℓ 0,5 100,50
1 NaCℓ 1,0 101,00
1 sacarose 0,5 100,25
1 CaCℓ2 0,5 100,75
Dois novos A)
perimento experimentos
e 1,0 mol deforam realizados,
glicose a 0,5 L deadicionando-se 1,0 mol
água (experimento B).deConsidere
Na 2SO4 aque
1 Losderesultados
água (ex-
desses novos experimentos tenham sido consistentes com os experimentos descritos na tabela.
Assim sendo, as temperaturas de ebulição da água, em °C, nas soluções dos experimentos A e B,
foram, respectivamente, de:
a) 100,25 e 100,25.
b) 100,75 e 100,25.
c) 100,75 e 100,50.
d) 101,50 e 101,00.
e) 101,50 e 100,50.
149
3. (Fuvest) Considere os seguintes compostos Está correto o que se afirma em
isoméricos: a) I, apenas.
b) III, apenas.
CH3CH2CH2CH2OH CH3CH2OCH2CH3 c) I e II, apenas.
butanol e éteretílico d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
Certas propriedades de cada uma dessas
substâncias dependem das interações en- 5. (Fuvest) Para identificar quatro soluções
tre as moléculas que a compõem (como, por aquosas, A, B, C e D, que podem ser soluções
exemplo, as ligações de hidrogênio). Assim, de hidróxido de sódio, sulfato de potássio,
pode-se concluir que: ácido sulfúrico e cloreto de bário, não neces-
a) a uma mesma pressão, o éter dietílico sólido sariamente nessa ordem, foram efetuados
funde a uma temperatura mais alta do que o três ensaios, descritos a seguir, com as res-
butanol sólido. pectivas observações.
I. A adição de algumas gotas de fenolftaleí-
b) a uma mesma temperatura, a viscosidade do
éter dietílico líquido é maior do que a do na a amostras de cada solução fez com que
butanol líquido. apenas a amostra de B se tornasse rosada.
c) a uma mesma pressão, o butanol líquido en- II. A solução rosada, obtida no ensaio I, tor-
tra em ebulição a uma temperatura mais alta nou-se incolor pela adição de amostra de A.
do que o éter dietílico líquido.
III.Amostras de A e C produziram precipita-
d) a uma mesma pressão, massas iguais de bu-
dos brancos quando misturadas, em sepa-
rado, com amostras de D.
tanol e éter dietílico liberam, na combustão,
Com base nessas observações e sabendo que
a mesma quantidade de calor. sulfatos de metais alcalino-terrosos são pou-
e) nas mesmas condições, o processo de eva- co solúveis em água, pode-se concluir que
poração do butanol líquido é mais rápido do A, B, C e D são, respectivamente, soluções
que o do éter dietílico líquido. aquosas de:
a) H2SO4, NaOH, BaCℓ2 e K2SO4.
4. (Fuvest) Na década de 1780, o médico ita- b) BaCℓ2, NaOH, K2SO4 e H2SO4.
liano Luigi Galvani realizou algumas obser- c) NaOH, H2SO4, K2SO4 e BaCℓ2.
vações, utilizando rãs recentemente disseca- d) K2SO4, H2SO4, BaCℓ2 e NaOH.
das. Em um dos experimentos, Galvani tocou e) H2SO4, NaOH, K 2SO4 e BaCℓ2.
dois pontos da musculatura de uma rã com
dois arcos de metais diferentes, que estavam 6. (Fuvest) As naves espaciais utilizam pilhas
em contato entre si, observando uma contra- de combustível,
hidrogênio, alimentadas
as quais, além depor oxigênio ae
fornecerem
ção dos músculos, conforme mostra a figura:
energia necessária para a operação das naves,
produzem água, utilizada pelos tripulantes.
Essas pilhas usam, como eletrólito, o KOH(aq),
de modo que todas as reações ocorrem em
meio alcalino. A troca de elétrons se dá na su-
perfície de um material poroso. Um esquema
dessas pilhas, com o material poroso repre-
sentado na cor cinza, é apresentado a seguir.
150
RAIO X
1. O frasco 2 é o único que apresenta pH igual ou maior do que 8,5 (rosa), logo contém uma base forte
(NaOH).
No frasco 4 não ocorre condução de eletricidade, conclui-se que a solução é formada por moléculas,
ou seja, sacarose.
No frasco 3 ocorre reação com Mg(OH) 2, conclui-se que apresenta um ácido, ou seja, HCℓ.
No frasco 1 ocorre condução de eletricidade, não ocorre reação com hidróxido de magnésio e a
hidrólise é neutra, ou seja, a solução é de cloreto de potássio (KCℓ)
Cor da solução após a
Frasco adição de fenolftaleína Condutibilidade elétrica Reação com Mg(OH) 2
(K
1Cℓ) incolor conduz não
(N2aOH) rosa conduz não
(H
3 C ℓ) incolor conduz sim
(sacarose)
4 incolor não
conduz não
3 mols de partículas
3. A uma mesma pressão, o butanol líquido entra em ebulição a uma temperatura mais alta do que o
éter dietílico líquido, pois o butanol faz ponte de hidrogênio, que é uma ligação mais intensa do
que o dipolo permanente presente no éter dietílico.
151
4.
I. Afirmativa correta. Devido à diferença
de potencial entre o ferro do arco de aço
(menor potencial de redução) e do cobre
(maior potencial de redução), que estão
em contato entre si e em contato com a
solução salina da perna da rã, surge uma
corrente elétrica.
II. Afirmativa correta. Nos metais, a corren-
te elétrica consiste em um fluxo de elé-
trons, neste caso o fluxo se dá do ferro
presente no arco de aço para o cobre.
III.Afirmativa correta. Nos músculos da rã,
há um que
salina fluxoestá
de associado
íons contidos na solução
ao movimento
de contração.
5.
I. A adição de algumas gotas de fenolftale-
ína a amostras de cada solução fez com
que apenas a amostra de B (NaOH; base
forte) se tornasse rosada.
II. A solução rosada (básica), obtida no en-
saio I, tornou-se incolor pela adição de
amostra de A (H2SO4 – solução ácida); te-
mos uma neutralização.
III. Amostras de A e C produziram precipita-
dos brancos quando misturadas, em sepa-
rado, com amostras de D.
H2SO4(aq) (A) + BaCℓ2 (D) → BaSO4 ↓ + 2HCℓ(aq)
K2SO4(aq) (C) + BaCℓ2 (D) → BaSO4 ↓ + 2KCℓ(aq)
6. Temos uma pilha de hidrogênio:
2H2(g) + O2(g) → 2H2O(g)
0 --------------- +1
A reação de oxidação pode ser representada
por:
2H2 → 4e– + 4H+ (oxidação/ânodo)
Acrescentando-se OH- (eletrólito) ao ânodo,
teremos:
2H2 + 4OH– → 4e– + 4H+ + 4OH– (oxidação/
ânodo)
Ou seja,
2H2 + 4OH– → 4e– +4H2O (oxidação/ânodo)
O sentido dos elétrons é representado por a.
O sentido dos íons OH – é representado por b.
GABARITO
1. B 2. D 3. C 4. E 5. E
6. B
152
PRÁTICA DOS O nitrogênio incorporado ao solo, como con-
sequência da atividade descrita anterior-
mente, é transformado em nitrogênio ativo
CONHECIMENTOS - E.O. e afetará o meio ambiente, causando:
a) o acúmulo de sais insolúveis, desencadeando
1. (Fuvest) Observa-se que uma solução aquosa um processo de salinificação do solo.
saturada de HCℓ libera uma substância ga- b) a eliminação de microrganismos existentes
sosa. Uma estudante de química procurou no solo responsáveis pelo processo de desni-
representar, por meio de uma figura, os ti- trificação.
pos de partículas que predominam nas fases c) a contaminação de rios e lagos devido à alta
–
aquosa e gasosa desse sistema – sem repre- solubilidade de íons como NO
3
e NH4+ em água.
sentar as partículas de água. A figura com a d) a diminuição do pH do solo pela presença
representação mais adequada seria: de NH3, que reage com a água, formando o
a) e) aNHdiminuição
4
OH(aq). da oxigenação do solo, uma
vez que o nitrogênio ativo forma espécies
químicas do tipo NO2, NO3–, N2O.
c)
153
4. (Fuvest) Uma estudante de química realizou quatro experimentos, que consistiram em misturar
soluções aquosas de sais inorgânicos e observar os resultados. As observações foram anotadas em
uma tabela:
Solutos contidos inicialmente nas
Experimento Observações
soluções que foram misturadas
1 Ba(CℓO3)2 Mg(IO3)2 formação de precipitado branco
2 Mg(IO3)2 Pb(CℓO3)2 formação de precipitado branco
3 MgCrO4 Pb(CℓO3)2 formação de precipitado amarelo
4 MgCrO4 Ca(CℓO3)2 nenhuma transformação observada
A partir desses experimentos, conclui-se que são pouco solúveis em água somente os compostos:
a) Ba(IO3)2 e Mg(CℓO3)2.
b) PbCrO4 e Mg(CℓO3)2.
c) Pb(IO3)2 e CaCrO4.
d) Ba(IO3)2, Pb(IO3)2 e PbCrO4.
e) Pb(IO3)2, PbCrO4 e CaCrO4.
155
13. (Fuvest) Alguns alimentos são enriquecidos respectivamente, as pressões de vapor dos
pela adição de vitaminas, que podem ser so- sistemas:
lúveis em gordura ou em água. As vi taminas a) x =105,0; y = 106,4; z = 108,2.
solúveis em gordura possuem uma estrutura b) y =105,0; x = 106,4; z = 108,2.
molecular com poucos átomos de oxigênio, c) y =105,0; z = 106,4; x = 108,2.
d) x =105,0; z = 106,4; y = 108,2.
semelhante à de um hidrocarboneto de lon-
e) z =105,0; y = 106,4; x = 108,2.
ga cadeia, predominando o caráter apolar. Já
as vitaminas solúveis em água têm estrutura 16. (Fuvest) As espécies Fe 2+ e Fe 3+, provenien-
com alta proporção de átomos eletronegati- tes de isótopos distintos do ferro, diferem
vos, como o oxigênio e o nitrogênio, que pro- entre si, quanto ao número:
movem forte interação com a água. A seguir a) atômico e ao número de oxidação.
estão representadas quatro vitaminas: b) atômico e ao raio iônico.
c)
d) de
de prótons
elétrons ee ao
ao número
número de
de elétrons.
nêutrons.
e) de prótons e ao número de nêutrons.
156
19. (Fuvest) Têm-se amostra de 3 gases incolores a) A e B n o mesmo nível A e B no mesmo nível
X, Y e Z que devem ser H2, He e SO2, não ne-
b) A abaixo de B A abaixo de B
cessariamente nesta ordem. Para identificá-
-los, determinaram-se algumas de suas pro- c) A acima de B Aacima de B
priedades, as quais estão na tabela a seguir: d) A acima de B A abaixo de B
157
QUÍMICA 2
A essência,
e dosintetizada a partir
cheirodode:
ácido bu-
APLICAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS - SALA
tanoico
a) banana.
metanol, terá
b) kiwi.
c) maçã.
1. (Fuvest) Quando se efetua a reação de nitra- d) laranja.
ção do bromobenzeno, são produzidos três e) morango.
compostos isoméricos mononitrados:
3. (Fuvest) Do acarajé para a picape, o óleo de
fritura em Ilhéus segue uma rota ecologica-
mente correta. [...] o óleo [...] passa pelo
processo de transesterificação, quando tri-
glicérides fazem uma troca com o ÁLCOOL. O
resultado é o éster metílico de ácidos graxos,
vulgo biodiesel.
("O Estado de S. Paulo", 10/08/2002)
2. (Fuvest) O cheiro agradável das frutas deve- 4. (Fuvest) Constituindo fraldas descartáveis,
-se, principalmente, à presença de ésteres. há um polímero capaz de absorver grande
Esses ésteres podem ser sintetizados no la- quantidade de água por um fenômeno de os-
boratório, pela reação entre um álcool e um mose, em que a membrana semipermeável é
ácido carboxílico, gerando essências artifi- o próprio polímero. Dentre as e struturas:
ciais, utilizadas em sorvetes e bolos. A se-
guir estão as fórmulas estruturais de alguns
ésteres e a indicação de suas respectivas
fontes.
159
5. (Fuvest) A acetilcolina (neurotransmissor) é um composto que, em organismos vivos e pela ação
de enzimas, é transformado e posteriormente regenerado:
160
RAIO X 4. Dos polímeros apresentados, o que apresenta
maior polarização é o poli (acrilato de só-
dio). Como a água é uma substância polar,
1. A nitração do para-dibromobenzeno produz esse polímero é o que atrairá a água com
apenas um composto mononitrado, de acor- maior intensidade, permitindo a sua absor-
ção em grande quantidade.
do com a equação química simplificada: 5. Na etapa 2 temos:
Br Br Br H H O
NO2 O2N −C + H2C −C + H3C −C
HNO3
H H OH
OU OU
O CH3 OH
C
Br Br Br álcool ácido
O
Br Br éster
HC −C−C−C +HO
3 2
H3C
H2 H2
O − CH3 éster
H2C − OH
6. E
O
HC − OH + 3R − C
O − CH3
H2C − OH éster metílico
1, 2, 3 - propanotriol
161
PRÁTICA DOS
CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Fuvest) No processo tradicional, o etanol é produzido a partir do caldo da cana-de-açúcar por
fermentação promovida por leveduras naturais, e o bagaço de cana é desprezado. Atualmente, le-
veduras geneticamente modificadas podem ser u tilizadas em novos processos de fermentação para
a produção de biocombustíveis. Por exemplo, no processo A, o bagaço de cana, após hidrólise da
celulose e da hemicelulose, também pode ser transformado em etanol. No processo B, o caldo de
cana, rico em sacarose, é transformado em farneseno que, após hidrogenação das ligações duplas,
se transforma no “diesel de cana”. Esses três processos de produção de biocombustíveis podem ser
representados por:
162
3. (Fuvest) As fórmulas estruturais de alguns Se a mesma amostra fosse analisada, nova-
componentes de óleos essenciais, responsá- mente, no dia 6 de maio de 2011, o valor ob-
veis pelo aroma de certas ervas e flores, são: tido para a concentração de iodo-131 seria,
aproximadamente, em Bq/cm3.
uma concentração
becquerels de iodo-131
por centímetro cúbico.de 200 mil
d) ácido cis-butenodioico.
e) polietileno.
6. (Fuvest) Em 2009, o mundo enfrentou uma epidemia, causada pelo vírus A(H1N1), que ficou
conhecida como gripe suína. A descoberta do mecanismo de ação desse vírus permitiu o desen-
volvimento de dois medicamentos para combater a infecção, por ele causada, e que continuam
necessários, apesar de já existir e estar sendo aplicada a vacina contra esse vírus. As fórmulas
estruturais dos princípios ativos desses medi camentos são:
Examinando-se as fórmulas desses compostos, verifica-se que dois d os grupos funcionais que estão
presentes no oseltamivir estão presentes também no zanamivir.
Esses grupos são característicos de:
a) amidas e éteres.
b) ésteres e alcoóis.
c) ácidos carboxílicos e éteres.
d) ésteres e ácidos carboxílicos.
e) amidas e alcoóis.
163
7. (Fuvest) O isótopo 14 do carbono emite radiação, sendo que 1 g de carbono de um vegetal vivo
apresenta cerca de 900 decaimentos β por hora – valor que permanece constante, pois as plantas
absorvem continuamente novos átomos de 14 C da atmosfera enquanto estão vivas. Uma ferra-
menta de madeira, recolhida num sítio arqueológico, apresentava 225 decaimentos por hora por
grama de carbono. Assim sendo, essa ferramenta deve datar, aproximadamente, de
Dado: tempo de meia-vida do 14C = 5700 anos
a) 19100 a.C.
b) 17100 a.C.
c) 9400 a.C.
d) 7400 a.C.
e) 3700 a.C.
8. (Fuvest)
ticos de aliEm um experimento,
mentos, alunos associaram os odores de alguns ésteres a aromas caracterís-
como, por exemplo:
Analisando a fórmula estrutural dos ésteres apresentados, pode-se dizer que, dentre eles, os que
têm cheiro de:
a) maçã e abacaxi são isômeros.
b) banana e pepino são preparados com alcoóis secundários.
c) pepino e maçã são heptanoatos.
d) pepino e pera são ésteres do mesmo ácido carboxílico.
e) pera e banana possuem, cada qual, um carbono assimétrico.
9. (Fuvest) Uma espécie de besouro, cujo Considere as seguintes afirmações sobre es-
nome científico é Anthonomus grandis, des- ses compostos:
trói plantações de algodão, do qual se ali- I. Dois são alcoóis isoméricos e os outros
menta. Seu organismo transforma alguns dois são aldeídos isoméricos.
componentes do algodão em uma mistura de II. A quantidade de água produzida na com-
quatro compostos, A, B, C e D, cuja função é bustão total de um mol de B é igual àque-
atrair outros besouros da mesma espécie: la produzida na combustão total de um
mol de D.
III.Apenas as moléculas do composto A con-
têm átomos de carbono assimétricos.
É correto somente o que se afirma em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
11. (Fuvest) O polímero PET pode ser preparado a partir do tereftalato de metila e etanodiol. Esse
polímero pode ser reciclado por meio da reação representada por
em que o composto X é:
a) eteno.
b) metanol.
c) etanol.
d) ácido metanoico.
e) ácido tereftálico.
12. (Fuvest) A contaminação por benzeno, clorobenzeno, trimetilbenzeno e outras substâncias uti-
lizadas na indústria como solventes pode causar efeitos que vão da enxaqueca à leucemia. Co-
nhecidos comocasos,
determinados compostos
efeitoorgânicos voláteis, eles têm alto potencial nocivo e cancerígeno e, em
tóxico cumulativo.
"O Estado de S. Paulo", 17 de agosto de 2001.
13. (Fuvest) O glicerol é um subproduto do biodiesel, preparado pela transesterificação de óleos ve-
getais. Recentemente, foi desenvolvido um processo para aproveitar esse subproduto:
165
Tal processo pode ser considerado adequado 15. (Fuvest) A tuberculose voltou a ser um pro-
ao desenvolvimento sustentável porque: blema de saúde em todo o mundo, devido ao
I. permite gerar metanol, que pode ser reci- aparecimento de bacilos que sofreram muta-
clado na produção de biodiesel. ção genética (mutantes) e que se revelaram
II. pode gerar gasolina a partir de uma fon- resistentes à maioria dos medicamentos uti-
te renovável, em substituição ao petróleo, lizados no tratamento da doença. Atualmen-
não renovável. te, há doentes infectados por bacilos mutan-
III.tem impacto social, pois gera gás de sín- tes e por bacilos não mutantes.
tese, não tóxico, que alimenta fogões do- Algumas substâncias (A, B e C) inibem o
mésticos. crescimento das culturas de bacilos não-mu-
É verdadeiro apenas o que se afirma em: tantes. Tais bacilos possuem uma enzima
a) I. que transforma B em A e outra que transfor-
b) II. ma C em A. Acredita-se
cia responsável que A do
pela inibição sejacrescimento
a substân-
c) III.
d) I e II. das culturas.
e) I e III.
V.
166
b) 19. (Fuvest) Alguns polímeros biodegradáveis
são utilizados em fios de sutura cirúrgica,
para regiões internas do corpo, pois não são
tóxicos e são reabsorvidos pelo organismo.
c) Um desses materiais é um copolímero de
condensação que pode ser representado pela
figura 1.
Dentre os seguintes compostos da figura 2,
d)
os que dão srcem ao copolímero citado são:
e)
167
Uma das fontes mais comuns da margarina é o óleo de soja, que contém triglicerídeos, ésteres do
glicerol com ácidos graxos.
Alguns desses ácidos graxos são:
Durante a hidrogenação catalítica, que transforma o óleo de soja em margarina, ligações duplas
tornam-se ligações simples. A porcentagem dos ácidos graxos A, B, C e D, que compõem os trigli-
cerídeos, varia com o tempo de hidrogenação.
O gráfico anterior mostra este fato.
Considere as afirmações:
I. O óleo de soja srcinal é mais rico em cadeias monoinsaturadas trans do que em cis.
II. A partir de cerca de 30 minutos de hidrogenação, cadeias monoinsaturadas trans são formadas
mais rapidamente que cadeias totalmente saturadas.
III.Nesse processo de produção de margarina, aumenta a porcentagem de compostos que, atual-
mente, são considerados pelos nutricionistas como nocivos à saúde.
É correto apenas o que se afirma em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.
A três amostras,
mente, solução deadicionou-se, gradativa-
Br2, até perdurar tênue b) I III II
coloração marrom. Os volumes, em mL, c) II I III
da solução de bromo adicionada foram: d) III I II
42,0; 42,0 e 21,0, respectivamente, para e) III II I
as amostras dos frascos X, Y e Z.
§ As três amostras restantes f oram tratadas
com O3 e, em seguida, com H 2O2. Sentiu-
-se cheiro de vinagre apenas na amostra
do frasco X.
168
23. (Fuvest) Dois hidrocarbonetos insaturados, que são isômeros, foram submetidos, separadamente,
à hidrogenação catalítica. Cada um deles reagiu com H 2 na proporção, em mol, de 1:1, obtendo-se
em cada caso, um hidrocarboneto de fórmula C 4H10. Os hidrocarbonetos que foram hidrogenados
poderiam ser:
a) 1-butino e 1-buteno.
b) 1,3-butadieno e ciclobutano.
c) 2-buteno e 2-metilpropeno.
d) 2-butino e 1-buteno.
e) 2-buteno e 2-metilpropano.
24. (Fuvest) A ardência provocada pela pimenta dedo-de-moça é resultado da interação da substância
capsaicina com receptores localizados na língua, desencadeando i mpulsos nervosos que se propa-
gam até o cérebro,
de pimenta o qual
tem, entre interpreta
outros efeitos,esses
o de impulsos
estimularna forma deno
a sudorese sensação de ardência.
organismo humano. Esse tipo
GABARITO
1. B 2. C 3. D 4. D 5. D
6. A 7. C 8. D 9. E 10. C
11. B 12. D 13. D 14. C 15. B
16. C 17. B 18. C 19. A 20. D
21. E 22. B 23. C 24. A
169
QUÍMICA 3
3. (Fuvest) Sabe-se que osmetais ferro (Fe0), magnésio (Mg0) e estanho (Sn0) reagem com soluções de
ácidos minerais, liberando gás hidrogênio e formando íons divalentes em solução.
Foram feitos três experimentos em que três amostras metálicas de mesma massa reagiram, separada
e completamente, com uma solução aquosa de ácido clorídrico (HCℓ (aq)) de concentração, 1 mol/L.
Os resultados obtidos foram:
162 g
entalpia molar de
massa de
a) vaporização da água. água formada
3 He 273 4 22,4
4 N2 273 1 22,4
5 Ar 273 1 22,4
Qual recipiente contém a mesma quantidade de átomos que um recipiente selado de 22,4 L, con-
tendo H2, mantido a 2 atm e 273 K?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
a) 120.
b) 270.
c) 350.
d) 630.
e) 700.
175
8. (Fuvest) A partir de considerações teóricas, foi feita uma estimativa do poder calorífico (isto é, da
quantidade de calor liberada na combustão completa de 1 kg de combustível) de grande número
de hidrocarbonetos. Dessa maneira, foi obtido o seguinte gráfico de valores teóricos:
Com base no gráfico, um hidrocarboneto que libera 10.700 kcal/kg em sua combustão completa
pode ser representado pela fórmula:
Dados: Massas molares (g/mol), C = 12,0; H = 1,00.
a) CH4.
b) C2H4.
c) C4H10.
d) C5H8.
e) C6H6.
9. (Fuvest) Um botânico observou que uma mesma espécie de planta podia gerar flores azuis ou ro-
sadas. Decidiu então estudar se a natureza do solo poderia influenciar a cor das flores. Para isso,
fez alguns experimentos e anotou as seguintes observações:
I. Transplantada para um solo cujo pH era 5,6, uma planta com flores rosadas passou a gerar flo-
res adicionar
II. Ao azuis. um pouco de nitrato de sódio ao solo, em que estava a planta com flores azuis, a
cor das flores permaneceu a mesma.
III.Ao adicionar calcário moído (CaCO 3) ao solo, em que estava a planta com flores azuis, ela passou
a gerar flores rosadas.
Considerando essas observações, o botânico pôde concluir que:
a) em um solo mais ácido do que aquele de pH 5,6, as flores da planta seriam azuis.
b) a adição de solução diluída de NaCℓ ao solo, de pH 5,6, faria a planta gerar flores rosadas.
c) a adição de solução diluída de NaHCO3 ao solo, em que está a planta com flores rosadas, faria com que
ela gerasse flores azuis.
d) em um solo de pH 5,0, a planta com flores azuis geraria flores rosadas.
e) a adição de solução diluída de Aℓ(NO3)3 ao solo, em que está uma planta com flores azuis, faria com
que ela gerasse flores rosadas.
10. (Fuvest) Quando certos metais são colocados em contato com soluções ácidas, pode haver forma-
ção de gás hidrogênio. Abaixo, segue uma tabela elaborada por uma estudante de Química, con-
tendo resultados de experimentos que ela realizou em diferentes condições.
Reagentes
Experimento Tempo para liberar Observações
Solução de HCℓ de
concentração 0,2 mol/L Metal 30 mL de H2
Liberação de
1 200mL 1,0gdeZn(raspas) 30s
H2 e calor
2 200mL 1,0gdeCu(fio) NãoliberouH 2
Sem alterações
Liberação de
3 20m
0L 1,dg0Ze(npó) 1s8
H2 e calor
Liberação de H2 e
1,0 g de Zn (raspas)
4 2m
00L 8s calor; massa de Cu
+ 1,0 g de Cu (fio)
não se alterou
176
Após realizar esses experimentos, a estudan- 12. (Fuvest) Volumes iguais de uma solução de
te fez três afirmações: I2 (em solvente orgânico apropriado) foram
I. A velocidade da reação de Zn com ácido colocados em cinco diferentes frascos. Em
aumenta na presença de Cu. seguida, a cada um dos frascos foi adicio-
II. O aumento na concentração inicial do nada uma massa diferente de estanho (Sn),
ácido causa o aumento da velocidade de variando entre 0,2 e 1,0 g. Em cada frasco,
liberação do gás H 2. formou-se uma certa quantidade de SnI 4,
III. Os resultados dos experimentos 1 e 3 mos- que foi, então, purificado e pesado. No grá-
tram que, quanto maior o quociente su-
perfície de contato/massa total de amos- fico abaixo, são apresentados os resultados
tra de Zn, maior a velocidade de reação. desse experimento.
Com os dados contidos na tabela, a estudante
somente poderia concluir o que se afirma em :
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.
b)
c) 1
1 :: 4.
2.
d) 2 : 1.
e) 4 : 1.
Número do experimento
1234
temperatu(ºrCa) 15 20 30 10
mascdsaetalisad(om
r g) 1 2 3 4
concentraçãoiniciadl eA(moℓ/L) 0,1 0 ,1 0,1 0 ,1
concentraçãoiniciadl eB(moℓ/L) 0,2 0 ,2 0,2 0 ,2
tempo decorrido até que a transformação se completasse (em segundos) 47 15 4 18
Que modificação deveria ser feita no procedimento para obter resultados experimentais mais ade-
quados ao objetivo proposto?
a) Manter as amostras à mesma temperatura em todos os experimentos.
b) Manter iguais os tempos necessários para completar as transformações.
c) Usar a mesma massa de catalisador em todos os experimentos.
d) Aumentar a concentração dos reagentes A e B.
e) Diminuir a concentração do reagente B.
16. (Fuvest) O biogás pode substituir a gasolina na geração de energia. Sabe-se que 60% em volume,
do biogás são constituídos de metano, cuja combustão completa libera cerca de 900 kJ/mol.
Uma usina produtora gera 2.000 litros de biogás por dia. Para produzir a mesma quantidade de
energia liberada pela queima de todo o metano contido nesse volume de biogás, será necessária a
seguinte quantidade aproximada (em litros) de gasolina:
Note e adote:
– Volume molar nas condições de produção de biogás: 24 L/mol;
– energia liberada na combustão completa da gasolina: 4,5 · 10 4 kJ/L
a) 0,7.
b) 1,0.
c) 1,7.
d) 3,3.
e) 4,5.
178
17. (Fuvest) Em três balanças aferidas, A, B e 20. (Fuvest) Certas quantidades de água comum
C, foram colocados três béqueres de mesma (H2O) e de água deuterada (D2O) – água que
massa, um em cada balança. Nos três béque- contém átomos de deutério em lugar de
res, foram colocados volumes iguais da mes- átomos de hidrogênio – foram misturadas.
ma solução aquosa de ácido sulfúrico. Foram Ocorreu a troca de átomos de hidrogênio e
separadas três amostras, de massas idênticas, de deutério, formando-se moléculas de e
dos metais magnésio, ouro e zinco, tal que, estabelecendo-se o equilíbrio (estado I)
havendo reação com o ácido, o metal fosse o
reagente limitante. Em cada um dos béque- H2O + D2O → 2HDO
res, foi colocada uma dessas amostras, fican- As quantidades, em mol, de cada composto
do cada béquer com um metal diferente. De- no estado I estão indicadas pelos patamares,
pois de algum tempo, não se observando mais à esquerda, no diagrama.
nenhuma transformação nos béqueres, foram Depois de certo tempo, mantendo-se a tem-
feitas as leituras de massa nas balanças, ob- peratura constante, acrescentou-se mais
tendo-se os seguintes resultados finais: água deuterada, de modo que a quantidade
balança A: 327,92 g de D2O no novo estado de equilíbrio (estado
balança B: 327,61 g II), fosse o triplo daquela antes da adição.
balança C: 327,10 g As quantidades, em mol, de cada composto
As massas lidas nas balanças permitem con-
envolvido no estado II estão indicadas pelos
cluir que os metais magnésio, ouro e zinco
foram colocados, respectivamente, nos bé- patamares, à direita, no diagrama.
queres das balanças.
Dados: massa molar em g mol -1
Mg .......... 24,3
Au ......... 197,0
Zn .......... 65,4
a) A, B e C.
b) A, C e B.
c) B, A e C.
d) B, C e A.
e) C, A e B.
A constante de equilíbrio, nos estados I e II,
18. (Fuvest) Dispõe-se de 2 litros de uma solu- tem, respectivamente, os valores:
ção aquosa de soda cáustica que apresenta a) 0,080 e 0,25.
pH 9. O volume de água, em litros, que deve b) 4,0 e 4,0.
ser adicionado a esses 2 litros para que a so- c) 6,6 e 4,0.
lução resultante apresente pH 8 é: d) 4,0 e 12.
a) 2. e) 6,6 e 6,6.
b) 6.
c) 10.
d) 14.
21. (Fuvest) Uma enfermeira precisa preparar
e) 18.
0,50 L de soro que contenha 1,5 · 10 -2 mol
de KCℓ e 1,8 · 10-2 mol de NaCℓ, dissolvidos
em uma solução aquosa de glicose. Ela tem
19. (Fuvest) Considere uma solução aquosa di-
luída de ácido acético (HA), que é um ácido à sua disposição soluções aquosas de KCℓ
fraco, mantida a 25 °C. A alternativa que e NaCℓ de concentrações, respectivamente,
mostra corretamente a comparação entre as 0,15 g/mL e 0,60 · 10-2 g/mL. Para isso, terá
concentrações, em mol/L, das espécies quí- que utilizar x mL da solução de KCℓ e y mL
micas presentes na solução é: da solução de NaCℓ e completar o volume, até
0,50 L, com a solução aquosa de glicose. Os
Dados, a 25de°C:
Constante ionização do HA: Ka = 1,8 · 10-5 valores de x e y devem ser, respectivamente:
Produto iônico da água: Kw = 1,0 · 10 -14 Dados: massa molar (g/mol)
Constantes de equilíbrio com concentrações KCℓ ...............75
em mol/L NaCℓ .............59
a) [OH–] < [A–] = [H+] < [HA]. a) 2,5 e 0,60 ∙ 102.
b) [OH–] < [HA] < [A–] < [H+]. b) 7,5 e 1,2 ∙ 102.
c) [OH–] = [H+] < [HA] < [A–]. c) 7,5 e 1,8 ∙ 102.
d) [A–] < [OH–] < [H+] < [HA]. d) 15 e 1,2 ∙ 102.
e) [A–] < [H+] = [OH–] < [HA]. e) 15 e 1,8 ∙ 102.
179
22. (Fuvest) O vírus da febre aftosa não sobre- III.Se as coletas tivessem sido fei tas à noite,
vive em pH<6 ou pH>9, condições essas que o pH das quatro amostras de água seria
provocam a reação de hidrólise das ligações mais baixo do que o observado.
peptídicas de sua camada proteica. Para evi- É correto o que o pesquisador concluiu em
tar a proliferação dessa febre, pessoas que a) I, apenas.
deixam zonas infectadas mergulham, por ins- b) III, apenas.
tantes, as solas de seus sapatos em uma so- c) I e II, apenas.
lução aquosa de desinfetante, que pode ser o d) II e III, apenas.
carbonato de sódio. Neste caso, considere que e) I, II e III.
a velocidade da reação de hidrólise aumenta
com o aumento da concentração de íons hi- 24. (Fuvest) A grafite de um lápis tem quinze
droxila (OH–). Em uma zona afetada, foi uti- centímetros de comprimento e dois milíme-
lizada uma solução
sódio, mantida aquosa deambiente,
à temperatura carbonatomas
de tros
o quedemais
espessura. Dentredoosnúmero
se aproxima valores de
abaixo,
áto-
que se mostrou pouco eficiente. Para tornar mos presentes nessa grafite é:
este procedimento mais eficaz, bastaria: Nota:
a) utilizar a mesma solução, porém a uma tem- 1. Assuma que a grafite é um cilindro cir-
peratura mais baixa. cular reto, feito de grafita pura. A espes-
b) preparar uma nova solução utilizando água sura da grafite é o diâmetro da base do
dura (rica em íons Ca2+). cilindro.
c) preparar uma nova solução mais concentrada. 2. Adote os valores aproximados de:
d) adicionar água destilada à mesma solução. 2,2 g/cm3 para a densidade da grafita;
e) utilizar a mesma solução, porém com menor 12 g/mol para a massa molar do carbono;
tempo de contato. 6,0 · 1023 mol -1 para a constante de Avo-
gadro
23. (Fuvest) O fitoplâncton consiste em um a) 5 ∙ 1023.
conjunto de organismos microscópicos en- b) 1 ∙ 1023.
contrados em certos ambientes aquáticos. O c) 5 ∙ 1022.
desenvolvimento desses organismos requer d) 1 ∙ 1022.
luz e CO2, para o processo de fotossíntese, e e) 5 ∙ 1021.
requer também nutrientes contendo os ele-
mentos nitrogênio e fósforo.
Considere a tabela que mostra dados de pH
e de concentrações de nitrato e de oxigênio GABARITO
dissolvidos na água, para amostras coletadas 1. C 2. D 3. B 4. C 5. B
durante o dia, em dois diferentes pontos (A
e B) e em duas épocas do ano (maio e no- 6. B 7. C 8. B 9. A 10. D
vembro), na represa Billings, em São Paulo.
11. E 12. D 13. C 14. E 15. C
Concentração Concentração 16. B 17. E 18. E 19. A 20. B
pH de nitrato de oxigênio
(mg/L) (mg/L) 21. C 22. C 23. D 24. C
Ponto A
9,8 0,14 6 ,5
(novembro)
Ponto B
9,1 0,15 5 ,8
(novembro)
Ponto A
7,3 7,71 5 ,6
(maio)
Ponto B
7,4 3,95 5 ,7
(maio)
R.P.A. Fuvest
Revisão Programada Anual
Fuvest - Matemática
Trigonometria, 22%
Geometria plana, 17%
Geometria espacial, 17%
Grandezas proporcionais, 10%
Geometria analítica, 10%
Probabilidades, 10%
Funções, 8%
Sistemas lineares, 6%
MATEMÁTICA 1
Oções
mêse oem queaproximado
valor foram realizadas as observa-
de θ são:
Note e adote: distância estimada por Eratóste-
nes entre Assuã e Alexandria ≈ 900 km;π = 3.
a) junho; 7°. a) 60
b) dezembro; 7°. b) 90
c) junho; 23°. c) 120
d) dezembro; 23°. d) 150
e) junho; 0,3°. e) 180
183
4. (Fuvest) No triângulo retângulo ABC, ilus-
trado na figura, a hipotenusa AC mede 12 RAIO X
cm e o cateto BC mede 6 cm. 1. Considere a figura.
Se M é o ponto médio de BC, então a tangen- Como os raios solares são paralelos, segue
que AÔB = θ e, portanto,
te do ângulo MÂC é igual a: θ = AB/OA = 900/7500 = 0,12 rad
__
√2
a) ___ . ≅ (0,12 ∙ 180º)/3 = 7,2º.
7__ Além disso, como Assuã e Alexandria estão
√3
___ situadas no hemisfério Norte, e o solstício
b) .
7
de verão ocorre no mês de junho nesse he-
2.
c) __
7 __ misfério, segue que as observações foram
2√2 . realizadas em junho.
d) ____
7__ 2. sen4 α – cos4 α = __14
2√3 .
e) ____
7 (sen2α + cos2α) ∙ (sen2α – cos2α) = __14
Como: sen 2α + cos2α = 1
5. (Fuvest) Sobre a equação Logo: 1 ∙ (sen2α - cos2α) = __14
(x + 3)2x -9 log|x2 + x – 1| = 0, é correto
2
⇔ ou
semirreta DE . João preparou sua declaração
(x = 1oux = 2)
− ou(x 0=
oux 1)= − tendo apurado como base de cálculo o valor
Portanto, a equação dada possui 5 raízes re- de R$ 43.800,00. Pouco antes de enviar a
ais distintas. declaração, ele encontrou um documento es-
6. quecido numa gaveta que comprovava uma
p(x) = x2 (x – 1)(x 2 – 4) renda tributável adicional de R$ 1.000,00.
p(x) = x2 (x – 1)(x + 2)(x – 2) Ao corrigir a declaração, informando essa
p(x – 2) = (x – 2)
2 (x – 2 – 1)(x – 2 + 2)(x – 2 –2) renda adicional, o valor do imposto devido
p(x – 2) = x(x – 2) 2 (x – 3)(x – 4) será acrescido de:
Logo, 0, 3 e 4 são raízes simples e 2 é raiz
dupla do polinômio p(x – 2). Portanto o grá-
fico de p(x – 2) é semelhante ao da alternativa
a, já que para todo x < 0, implica p(x – 2) < 0 e
para todo x > 4 implica p(x – 2) > 0.
GABARITO
1. A 2. B 3. D 4. B 5. E
6. A a) R$ 100,00.
b) R$ 200,00.
c) R$ 225,00.
d) R$ 450,00.
e) R$ 600,00.
185
4. (Fuvest) Sejam α e b números reais com 9. (Fuvest) Sejam x e y números reais posi-
–π/2 < α < π/2 e 0 < b < π. Se o sistema de tivos tais que x + y = π/2. Sabendo-se que
equações, dado em notação matricial, sen(y – x) = 1/3, o valor de tg2y – tg2x é igual
3 6 tga = 0 __ , for satisfeito, então
[ ][
6 8 cosb ] [ –2√3 ] a:
3.
α + b é igual a: a) __
2
a) –π/3. 5.
b) __
b) –π/6. 4
c) 0. 1.
c) __
2
d) π/6.
e) π/3. d) 1.
__
4
1.
e) __
5. (Fuvest) As propriedades aritméticas e as 8
relativas à noção de ordem desempenham
um importante papel no estudo dos números 10. (Fuvest) A função f: R → R tem como gráfico
reais. Nesse contexto, qual das afirmações uma parábola e satisfaz f(x + 1) – f(x) = 6x – 2,
abaixo é correta? para todo número real x. Então, o menor va-
a) Quaisquer que sejam os números
_____reais__positi-
__ lor de f(x) ocorre quando x é igual a:
vos a e b, é verdadeiro que√a + b = √ a + √b .
b) Quaisquer que sejam os números reais a e b a) ___
11 .
6
tais que a2 - b2 = 0 é verdadeiro que a = b. 7.
b) __
6
c) Qualquer que__ seja o número real a, é verda-
deiro que √a2 = a. 5.
c) __
6
d) Quaisquer que sejam os números reais a e
d) 0.
b não nulos tais que a < b é verdadeiro que
1/b < 1/a. 5.
e) – __
6
e) Qualquer que seja o número real a, com
__
0 < a < 1, é verdadeiro que a 2 < √a .
11. (Fuvest) A figura representa um quadra-
do ABCD__ de lado 1 ponto F está em BC, ——
——
6. (Fuvest) Um caminhão sobe uma ladeira com BF
inclinação de 15°. A diferença entre a altura √5
___ —— ——
mede 4 , o ponto E está em CD e AF é bisse-
final e a altura inicial de um ponto deter-
minado triz do ——
ângulo BÂE. Nessas condições, o seg-
100 m dado caminhão,
ladeira,
__
depois
será de, de percorridos
aproximadamente: mento DE mede:
1 – cosθ .
Dados: √3 ≅ 1,73; sen2 ( __2θ ) = ________
2
a) 7 m.
b) 26 m.
c) 40 m.
d) 52 m.
e) 67 m.
186
13.(Fuvest) A soma dos valores de m que dista __d4 de uma das colunas seja igual
para os quais x = 1 é raiz da equação a __h2 .
x2 + (1 + 5m – 3m2)x + (m2 + 1) = 0 é igual a
a) 5/2. Se h = 3( __d8 ), então d vale:
b) 3/2.
c) 0.
d) –3/2.
e) –5/2.
microgramas
exclusivamente de de
vitamina D, alimentando-se
um iogurte especial e de c)
d) 18.
20.
uma mistura de cereais, acomodada em paco- e) 22.
tes. Cada litro do iogurte fornece 1 miligrama
de vitamina A e 20 microgramas de vitamina 18. (Fuvest) O menor número inteiro positi-
D. Cada pacote de cereais fornece 3 miligra- vo que devemos adicionar a 987 para que a
mas de vitamina A e 15 microgramas de vi- soma seja o quadrado de um número inteiro
tamina D. Consumindo x litros de iogurte e y positivo é:
pacotes de cereais diariamente, a pessoa terá a) 37.
certeza de estar cumprindo a dieta se: b) 36.
a) x + 3y ≥ 7 e 20x + 15y ≥ 60.
b) x + 3y ≤ 7 e 20x + 15y ≤ 60. c) 35.
c) x + 20y ≥ 7 e 3x + 15y ≥ 60. d) 34.
d) x + 20y ≤ 7 e 3x + 15y ≤ 60. e) 33.
e) x + 15y ≥ 7 e 3x + 20y ≥ 60.
19. (Fuvest) Sabe-se que x = 1 é raiz da equação
15. (Fuvest) Os estudantes de uma classe orga- (cos2a) x2 – (4 cos a sen b) x + ( __32 ) senb = 0,
nizaram sua festa de final de ano, devendo
cada um contribuir com R$ 135,00 para as sendo a e b os ângulos agudos indicados no
despesas. Como 7 alunos deixaram a escola triângulo retângulo da figura a seguir.
antes da arrecadação e as despesas perma-
neceram as mesmas, cada um dos estudan-
tes restantes teria de pagar R$ 27,00 a mais.
No entanto, o diretor, para ajudar, colaborou
com R$ 630,00. Quanto pagou cada aluno
participante da festa? Pode-se então afirmar que as medidas de a e
a) R$ 136,00 b são, respectivamente:
b) R$ 138,00
π e ___
a) __ 3π .
c) R$ 140,00
8 8
d) R$ 142,00 __ __
b) e π .
π
e) R$ 144,00 6 3
c) __
π e __
π.
16. (Fuvest) A soma e o produto das ra- 4 4
ízes da equação de segundo grau d) __ e __
π π.
3 6
(4m + 3n) x2 – 5nx + (m – 2) = 0 valem, e) ___
3π e __π.
respectivamente, 5/8 e 3/32. Então m + n é 8 8
igual a:
a) 9. 20. (Fuvest) Um estacionamento cobra R$ 6,00
b) 8. pela primeira hora de uso, R$ 3,00 por hora
c) 7. adicional e tem uma despesa diária de R$
d) 6. 320,00. Considere-se
cobradas, no total, 80umhoras
dia em que sejam
de estaciona-
e) 5.
mento. O número mínimo de usuários ne-
17. (Fuvest) Suponha que um fio suspenso entre cessário para que o estacionamento obtenha
duas colunas de mesma altura h, situadas à lucro nesse dia é:
distância d (ver figura), assuma a forma de a) 25.
uma parábola. b) 26.
Suponha também que c) 27.
I. a altura mínima do fio ao solo seja igual a 2; d) 28.
II. a altura do fio sobre um ponto no solo e) 29.
187
21. (Fuvest) Seja f a função que associa, a cada
número real x, o menor dos números x + 3 e
–x + 5. Assim, o valor máximo de f(x) é:
a) 1.
b) 2.
c) 4.
d) 6.
e) 7.
——
23. (Fuvest) No segmento AC, toma-se um pon-
AB
to B de forma que ___ BC
___
BC = 2 AC . Então, o valor
BC é:
de ___
AC
1.
a) __
2__
√3 – 1
b) ______ .
2
__
c) √ 5 – 1.
__
d) ______
√5 – 1 .
__2
√5 – 1
e) ______ .
3
G1.ABARITO
C 2. E 3. C 4. B 5. E
6. B 7. E 8. D 9. A 10. C
11. D 12. A 13. A 14. A 15. E
16. A 17. B 18. A 19. D 20. C
21. C 22. E 23. B 24. C
188
MATEMÁTICA 2
189
4. (Fuvest) Dadas as sequências 1 1 1
S= + +
an = n2 + 4n + 4, bn = 2n , cn = an+1 – an e
2 2 ⋅log 22016 5 lo
⋅ g 32016 10 log
⋅ 2016
7
bn+1 1
dn = ____, definidas para valores inteiros po- = ⋅⋅ (5 log+⋅20162 2 +log 2016
3 l og 2016
7)
bn 10
sitivos de n, considere as seguintes afirma- = ⋅
1
log2016 5
⋅ ⋅2 3 7
2
10
ções: 1
= ⋅ log20162016
I. an é uma progressão geométrica; 10
1
= .
II. bn é uma progressão geométrica; 10
III.cn é uma progressão aritmética; 3. Tem-se que
IV. dn é uma p rogressão geométrica. 1 real = 2,75 ∙ 103 ∙ 103∙ 103 ∙ 103 ∙ 103 ∙ 103
São verdadeiras apenas: = 2,75 ∙ 1018 réis
a) I, II e III.
Portanto, como 300 contos = 300 . 106 = 3 .
b) I, II e IV.
c) I e III. 108 réis segue que o saldo hipotético dessa
3 . 108 ≅ ___
conta hoje seria __________ 1 ∙ ___1 ou
d) II e IV. 2,75 ∙ 1018 10 109
e) III e IV. seja, aproximadamente um décimo de bilio-
nésimo de real.
4.
RAIO X I. Falsa. Tem-se que an+1 = (n + 2)2. Logo,
como a razão
an+1 ________
____ (n + 3)2 1 2
_____
1. Sejam x, y, z e w, respectivamente, o núme- an = (n + 2)2 = ( 1 + n + 2 )
ro de pontos correspondentes a uma colher não é constante, segue que a n não é uma
de arroz, uma colher de azeite, uma fatia de progressão geométrica.
queijo branco e um bife. II. Falsa. De fato, a razão
Tem-se que bn+1 _____(n+1)2
____ = 2 n2 = 2n2+2n+1–n = 22n+1
2
2z bn 2
x +w+ 2z= 4x
+ w ⇔ x = 3 . não é constante. Daí, podemos concluir
4x +2y+ z= 4x+ +y 2z y = z que bn não é uma progressão geométrica.
III.Verdadeira. A diferença entre quaisquer
Em consequência, como 4x + 2y + z = 85, dois termos consecutivos da sequência cn é
2z + 2z + z = 85 ⇔ z = 15.
temos 4 ∙ ___ an+1 – an = (n + 1)2 + 4(n + 1) + 4 – (n2 + 4n + 4)
3 = n2 + 2n + 1 + 4n + 4 + 4 – 2n– 4n – 4
Logo, vem x = 10 e y = 15.
= 2n + 5.
Além disso, como 4x + w = 85, encontramos Desse modo, c n é uma progressão aritmé-
de imediato w = 45. tica de primeiro termo 7 e razão igual a 2.
I. Verdadeira. De fato, pois w = 45. IV. Verdadeira. De (II), temos dn = 2 2n+1, que
II. Verdadeira. é uma progressão geométrica de primeiro
O carboidrato é o macronutriente presen- termo 8 e razão igual a 4.
te em maior quantidade no arroz.
III.Verdadeira.
Com efeito, pois uma colher de azei-
GABARITO
te representa 15 pontos para uma mas- 1. E 2. E 3. D 4. E
sa de 5 g, e uma colher de arroz repre-
O conjunto que pode ser o domínio D é: 8. (Fuvest) Uma substância radioativa sofre
a) {x ∈ R; 0 < x < 1}
desintegração ao longo do tempo, de acordo
com a relação m(t) = ca -kt, em que a é um nú-
b) {x ∈ R; x ≤ 0 ou x ≥ 1}
mero real positivo, t é dado em anos, m(t) é
c) { x ∈ R; __13 < x < 10 } a massa da substância em gramas e c e k são
constantes positivas. Sabe-se que m0 gramas
d) { x ∈ R; x ≤ __ 1 ou x ≥ 10
3 } dessa substância foram reduzidos a 20% em
e) { x ∈ R; < x < ___
1 10 10 anos. A que porcentagem de m 0 ficará re-
__
9 3 } duzida a massa da substância, em 20 anos?
a) 10%
4. (Fuvest)
trica a1, a2Sabe-se sobre
, a3, ... que a 1 >a0progr –9√__
e a 6 =essão 3geomé-
. Além b)
c)
5%
4%
disso, a progressão geométrica a 1, a5, a9, ... d) 3%
tem razão igual a 9. e) 2%
Nessas condições,
__ o produto a 2a7 vale
a) –27√__3 . 9. (Fuvest) Seja f(x) = a + 2bx+c, em que a, b
b) –3√
__3 . e c são números reais. A imagem de f é a
c) –√__
3. semirreta ]–1,∞[ e o gráfico de f intercep-
d) 3√3__
. ta os eixos coordenados nos pontos (1, 0) e
e) 27√3 . (0, –3/4). Então, o produto abc vale:
191
a)
b)
4
2 GABARITO
c) 0
d) –2 1. A 2. D 3. A 4. A 5. B
e) –4
6. A 7. D 8. C 9. A 10. A
10. (Fuvest) Uma geladeira é vendida em n par- 11. B 12. E
celas iguais, sem juros. Caso se queira ad-
quirir o produto, pagando-se 3 ou 5 parcelas
a menos, ainda sem juros, o valor de cada
parcela deve ser acrescido de R$ 60,00 ou de
R$ 125,00, respectivamente. Com base nes-
sas informações,
é igual a: conclui-se que o valor de n
a) 13.
b) 14.
c) 15.
d) 16.
e) 17.
192
MATEMÁTICA 3
193
4. Sejam Sh e Sm, respectivamente, a soma das
notas dos homens e a soma das notas das PRÁTICA DOS
mulheres. Sabendo que Sm = 2 ∙ S h, temos
Sm _______
Sh + S m Sh ______
3 . Sh
CONHECIMENTOS - E.O.
___ __
8 = 14 + 1 ⇔ 4 = 14 +1 ⇔ Sh = 28. 1. (Fuvest) Um veículo viaja entre dois povoa-
Sh ___
é6 = 28
Portanto, segue que a resposta __ 6 ≅ 4,7. dos da serra da Mantiqueira, percorrendo a
primeira terça parte do trajeto à velocidade
média de 60 km/h, a terça parte seguinte a
GABARITO 40 km/h e o restante do percurso a 20 km/h.
O valor que melhor aproxima a velocidade
média do veículo nessa viagem, em km/h, é:
1. C 2. A 3. B 4. C
a)
b) 32,5.
35.
c) 37,5.
d) 40.
e) 42,5.
d) cos
e) cos 89,7º.
86,7º.
__
3√2 .
d) ____
2__
e) 5√2 .
APLICAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS - SALA
____
2
1 ___
___ √ 5
OQ = 5
__
√
Sejam Q, R e S respectivamente, as interse- OQ = 5
ções de a com as arestas BC, BD e AD. Desde Logo:
que a é paralelo à aresta AB, temos SR e PQ
paralelos a AB. Analogamente, concluímos PQ2 = OP2 + OQ2
que PS e QR são paralelos a CD. Ademais, sa- __
bendo que arestas opostas de um tetraedro PQ2 = 12 + √5 2
regular são ortogonais, tem-se que o quadri- __
látero PQRS é um retângulo. PQ = √6
Sendo ABCD regular, os triângulos APS e CQP 5. Considere a figura, em que M é o ponto mé-
são equiláteros, e, portanto, a área pedida é dio de BD.
igual a 3 ∙ 7 = 21 m 2.
2. Completando os quadrados, vem
m2
x2 +22x + y 2 + my = n ⇔ (x + 1) 2 + ( y + __
m + n + 1. 2)
= ___
4 m pertence
Logo, como o centro C = ( –1, – __2)
à reta y = –x + 1, segue que
m
__
– 2 = – (–1) + 1 ⇔ m = –4.
Por conseguinte, sabendo que a reta inter-
secta a circunferência em (–3, 4) obtemos n
= x2 + 2x + y2 + my = (–3)2 + 2 ∙ (–3) + 4 2 +
(–4) ∙ 4 = 3.
3. Os triângulos BPM e DPM são congruentes
——
por LAL, pois —— MB = MD, MP é lado comum e
——
BMP ≡ DMP. Daí, temos —— BP = DP e, portanto,
—— —— ——
AP + BP = AC = 5 + 2 = 7.
6. Vsemi-esfera = Vcone
1 ∙ __4 ∙ πr3 = __1 ∙ π ∙ (2r)2 ∙ h
__
2 3 3
r = 2h
Aplicando o teorema dos cossenos no triân-
Vsemi-esfera = Vcilindro
gulo BMN, temos:
___
2πr3 = πx2 h
__
( )
√14 2
____ 1 2 __1 2
__ 1 __1
__
4 = ( 2 ) + ( 2 ) - 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ cosb 3
Resolvendo, temos 2 (2h)3 = x2 h
__
3 __
cosb = - __34 e que cos α = __34 (α + b = 180º) x
__4√ 3
____
Aplicando novamente o teorema dos cosse- h= 3
nos no triângulo ADM, temos:
(AD)2 = ( __12 )2 + (1)2 - 2 ∙ __12 ∙ 1 cosα GABARITO
-3
(AD)2 = ( __12 )2 + (1)2 - 2 ∙ __12 ∙ 1 ∙ ( __
________ 4) 1. A 2. A 3. B 4. C 5. D 6. E
AD = __14 + 1 - __34
√
__
√2
AD = ___
2
198
PRÁTICA DOS 3. (Fuvest) Três das arestas de um cubo, com
um vértice em comum, são também arestas
CONHECIMENTOS - E.O.
de um tetraedro. A razão entre o volume do
tetraedro e o volume do cubo é:
1.
a) __
1. (Fuvest) O sólido da figura é formado pela pi- 8
râmide SABCD sobre o paralelepípedo reto AB- 1.
b) __
CDEFGH. Sabe-se que S pertence à reta deter- 8
——
minada por A e E e que——
AE = 2 cm, AD = 4 cm c) 1.
__
e ——
AB = 5 cm. 6
1.
d) __
4
1.
e) __
3
4. (Fuvest) A grafite de um lápis tem quinze
centímetros de comprimento e dois milíme-
tros de espessura. Dentre os valores abaixo,
o que mais se aproxima do número de áto-
mos presentes nessa grafite é
Nota:
1) Assuma que a grafite é um cilindro cir-
A medida do segmento SA que faz com que o cular reto, feito de grafita pura. A espes-
sura da grafite é o diâmetro da base do
volume do sólido seja igual a __43 do volume da
cilindro.
pirâmide SEFGH é: 2) Adote os valores aproximados de:
a) 2 cm 2,2 g/cm3 para a densidade da grafita;
b) 4 cm. 12 g/mol para a massa molar do carbono;
c) 6 cm. 6,0 x 1023 mol-1 para a constante de Avogadro
d) 8 cm. a) 5 × 1023
e) 10 cm. b) 1 × 1023
c) 5 × 1022
2. (Fuvest) d) 1 × 1022
e) 5 × 1021
199
7. (Fuvest) O triângulo AOB é isósceles, com 11. (Fuvest) O mapa de uma região utiliza a es-
—— ——
OA = OB, e ABCD é um quadrado. Sendo θ a cala de 1:200000. A porção desse mapa, con-
medida do ângulo AÔB pode-se garantir que tendo uma Área de Preservação Permanente
a área do quadrado é maior do que a área do (APP), está representada na figura, na qual
——
triângulo se: AF e ——
DF são segmentos de reta, o ponto G
——
Dados os valores aproximados: está no segmento AF o ponto E está no seg-
tg 14º ≅ 0,2493, tg 15º ≅ 0,2679 mento ——
DF, ABEG é um retângulo e BCDE é um
tg 20º ≅ 0,3640, tg 28º ≅ 0,5317 trapézio. Se
__ AF = 15, AG = 12, AB = 6, CD = 3
a) 14º < θ < 28º. e DF = 5√5 indicam valores em centímetros
b) 15º < θ < 60º. no mapa real, então a área da APP é:
c) 20º < θ < 90º.
d) 25º < θ < 120º.
e) 30º < θ < 150º.
10. (Fuvest) São dados, no plano cartesiano, o 14. (Fuvest) O segmento ——AB é lado de um hexá-
ponto P de coordenadas (3,6) e a circunfe- gono regular de área √__
3 . O ponto P pertence
rência C de equação (x – 1)2 + (y – 2) 2 = 1. ——
à mediatriz de AB de__tal modo que a área do
Uma reta t passa por P e é tangente a C em triângulo PAB vale √2 . Então, a distância de
um ponto
___
Q. Então a distância de P a Q é: P ao __segmento ——
AB é igual a:
a) √ 15 . a) √2 .
___ __
b) √ 17 . b) 2√__
2.
___
c) √ 18 . c) 3√
___ __2 .
d) √ 19 . d) √3 .
___ __
e) √ 20 . e) 2√3 .
200
——
15. (Fuvest) Na figura, tem-se ——
AE paralelo a CD, 18. (Fuvest) Poema ZEN, Pedro Xisto, 1966.
—— ——
BC, paralelo a DE, AE = 2, a = 45º, b = 75º.
Nessas condições, a distância do ponto E ao
segmento ——
AB é igual a:
201
20. (Fuvest) No plano cartesiano, um círculo de a) ___
63.
25
centro P = (a, b) tangencia as retas de equa- ___
b) 12 .
ções y = x e x = 0. Se P pertence à parábola 5
de equação y = x2 e a > 0 a ordenada b do c) ___
58.
25
ponto P é__igual a:
a) 2 + 2√__
2. d) ___
56.
25
b) 3 + 2√__
2. e) ___
11 .
5
c) 4 + 2√__
2.
d) 5 + 2√__
2. 24. (Fuvest) Na figura, os pontos A, B, C perten-
e) 6 + 2√ 2 .
cem à__circunferência de centro O e BC = α. A
reta OC é perpendicular ao segmento ——
‹ ›
AB e o
21. (Fuvest) Uma pirâmide tem como base um ângulo AÔB mede __π radianos. Então, a área
quadrado de lado 1, e cada uma de suas faces 3
do triângulo ABC vale:
laterais é um triângulo equilátero. Então, a
área do quadrado, que tem como vértices os
baricentros de cada uma das faces laterais, é
igual a:
5.
a) __
9
b) 4.
__
9
1.
c) __
3
d) 2.
__
9
1.
e) __ α2 .
a) __
9 8
α2 .
b) __
22. (Fuvest) No plano cartesiano x0y, a reta de 4
equação x + y = 2 é tangente à circunferência α2 .
c) __
2
C no ponto (0, 2). 3α2 .
Além disso, o ponto (1, 0) pertence a C. En- d) ___
4
2.
tão, o__raio de C é igual a: e) α
3√2 .
a) ____
2__
5√2 .
b) ____
2__
GABARITO
7√2 .
c) ____
2__ 1. E 2. B 3. B 4. C 5. D
9√2 .
d) ____ 6. C 7. E 8. A 9. A 10. D
2 __
11. E 12. D 13. C 14. E 15. A
e) _____
11√2 .
2
16. E 17. E 18. B 19. C 20. B
23. (Fuvest) Na figura, o triângulo ABC é retân- 21. D 22. B 23. A 24. B
gulo com catetos BC = 3 e AB = 4. Além disso,
o ponto D pertence ao cateto ——AB, o ponto E
——
pertence ao cateto BC e o ponto F pertence
——
à hipotenusa AC, de tal forma que DECF seja
um paralelogramo. Se DE = __32, então a área
do paralelogramo DECF vale:
202