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CARO ALUNO,

Desde de 2010, o Hexag Medicina é referência em preparação pré-vestibular de candidatos à carreira de


Medicina. Você está recebendo o terceiro caderno R.P.A. (Revisão Programada Anual) – Fuvest (questões objeti-
vas) do Hexag Vestibulares. Este material tem o objetivo de verificar se você apreendeu os conteúdos estudados,
oferecendo-lhe uma seleção de questões ideais para exercitar sua memória.

Aproveite para aprimorar seus conhecimentos.

Bons estudos!

Herlan Fellini
hexag
SISTEMA DE ENSINO

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QUESTÕES OBJETIVAS- Fuvest
Linguagens, Códigos e suas tecnologias
Gramática e Interpretação de texto 7
Literatura 13
Inglês 23
Redação 29
Ciências Humanas e suas tecnologias
História 41
Geografia 65

Ciências
Biologia
da Natureza e suas tecnologias 91
Física 117
Química 147
Matemática e suas tecnologias
Matemática 1 183
Matemática 2 189
Matemática 3 193
Matemática 4 197
QUESTÕES OBJETIVAS - línguas
Linguagens, Códigos e suas tecnologias

R.P.A. Fuvest
Revisão Programada Anual
Fuvest - Gramática, Literatura,
e Interpretação de Texto

Fuvest - Inglês
GRÁMATICA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

Prescrição: A prova de gramática e interpretação do vestibular da Fuvest segue tendências


bem atuais, trabalhando essencialmente com a interpretação de gêneros textuais e abor-
dando, em momentos bastante oportunos, alguns tópicos mais técnicos de gramática.

ser formada à luz dos melhores conhecimen-


tos existentes
campose,das
assim, a pesquisa científi-
APLICAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS - SALA
ca nos ciências naturais e das
chamadas ciências sociais deverá se fazer a
mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO a difusão desses conhecimentos, a mais com-
Não era e não podia o pequeno reino lusita- pleta, a mais imparcial e em termos que os
no ser uma potência colonizadora à feição tornem acessíveis a todos.
Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.
da antiga Grécia. O surto marítimo que en-
che sua história do século XV não resultara
do extravasamento de nenhum excesso de 2. (Fuvest) Dos seguintes comentários linguís-
população, mas fora apenas provocado por ticos sobre diferentes trechos do texto, o
uma burguesia comercial sedenta de lucros, único correto é:
a) Os prefixos das palavras “imposição” e “im-
e que não encontrava no reduzido território
parcial” têm o mesmo sentido.
pátrio satisfação à sua desmedida ambição.
b) As palavras “postulado” e “crença” foram
A ascensão do fundador da Casa de Avis ao
usadas no texto como sinônimas.
trono português trouxe esta burguesia para
c) A norma padrão condena o uso de “essa”,
um primeiro plano. Fora ela quem, para se
no trecho “essa opinião”, pois, nesse caso, o
livrar da ameaça castelhana e do poder da
correto seria usar “esta”.
nobreza, representado pela rainha Leonor
Teles, cingira o mestre de Avis com a coroa d) A vírgula
desses empregada ,no
conhecimentos trecho
a mais “e a difusão
completa” in-
lusitana. Era ela, portanto, quem devia me- dica que, aí, ocorre a elipse de um verbo.
recer do novo rei o melhor das suas atenções. e) O pronome sublinhado em “que os tornem”
Esgotadas as possibilidades do reino com as tem como referente o substantivo “termos”.
pródigas dádivas reais, restou apenas o re-
curso da expansão externa para contentar os 3. (Fuvest) De acordo com o texto, a sociedade
insaciáveis companheiros de D. João I. será democrática quando:
Caio Prado Júnior, Evolução política do Brasil. Adaptado.
a) sua base for a educação sólida do povo, rea-
lizada por meio da ampla difusão do conhe-
1. (Fuvest) No contexto, o verbo “enche” indi- cimento.
ca: b) a parcela do público que detém acesso ao
a) habitualidade no passado. conhecimento científico e político passar a
b) simultaneidade em relação ao termo “ascen- controlar a opinião pública.
são”. c) a opinião pública se formar com base tan-
c) ideia de atemporalidade. to no respeito às crenças religiosas de todos
d) presente histórico. quanto no conhecimento científico.
e) anterioridade temporal em relação a “reino d) a desigualdade econômica for eliminada,
lusitano”. criando-se, assim, a condição necessária
para que o povo seja livremente educado.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES e) a propriedade dos meios de comunicação e
difusão do conhecimento se tornar pública.
A essência da teoria democrática é a supres-
são de qualquer imposição de classe, funda- 4. (Fuvest) No trecho “chamadas ciências so-
da no postulado ou na crença de que os con- ciais”, o emprego do termo “chamadas” in-
flitos e problemas humanos – econômicos, dica que o autor:
políticos, ou sociais – são solucionáveis pela a) vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não
educação, isto é, pela cooperação voluntária, uma análise crítica da sociedade.
mobilizada pela opinião pública esclarecida. b) considera utópicos os objetivos dessas ciên-
Está claro que essa opinião pública terá de cias.

7
c) prefere a denominação “teoria social” à de- 5. (Fuvest) Considere as seguintes substitui-
nominação “ciências sociais”. ções propostas para diferentes trechos do
d) discorda dos pressupostos teóricos dessas ci- texto:
ências. I. “o número a que chegasse” (ref. 11) = o
e) utiliza com reserva a denominação “ciências número a que alcançasse.
sociais”. II. “Lembro o orgulho” (ref. 12) = Recordo-
-me do orgulho.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO III.“coisas que deixamos de fazer” (ref. 13)
= coisas que nos descartamos.
Vivendo e... IV. “não há mais bondes” (ref. 14) = não
existe mais bondes.
Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Du- A correção gramatical está preservada ape-
nas no que foi proposto em:
vido que se hoje
conseguisse pegasse na
equilibrá-la umadobra
bola do
de gude
dedo a) I.
b) II.
indicador sobre a unha do polegar, quanto c) III.
mais jogá-la com a 1precisão que tinha quan- d) II e IV.
do era garoto. (...) e) I, III e IV.

Juntando-se as duas mãos de um determi- TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO


nado jeito, com os polegares para dentro, e
assoprando pelo buraquinho, tirava-se um RECEITA DE MULHER
silvo bonito que inclusive variava de tom As muito feias que me perdoem
conforme o posicionamento das mãos. Hoje Mas beleza é fundamental. É preciso
não sei mais que jeito é esse. Eu sabia a 2fór- Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
mula de fazer cola caseira. Algo envolvendo Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de
farinha e água e 3muita confusão na cozi- [haute couture*]
nha, de onde éramos expulsos sob ameaças. Em tudo isso (ou então
Hoje não sei mais. A gente começava a con- Que a mulher se socialize elegantemente em
tar depois de ver um relâmpago e 11o núme- azul,
ro a que chegasse quando ouvia a trovoada, [como na República Popular Chinesa).
multiplicado por outro número, dava a 4dis- Não há meio-termo possível. É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito
tância exata
mais dos do relâmpago.
números. (...) Não me lembro Tenha-se a impressão de ver uma garça ape-
nas
[pousada e que um rosto]
12Lembro o orgulho com que consegui, pela Adquira de vez em quando essa cor só en-
primeira vez, cuspir corretamente pelo espa- contrável no
ço adequado entre os dentes de cima e a pon- [terceiro minuto da aurora.]
ta da língua de modo que o cuspe ganhasse Vinicius de Moraes.
distância e pudesse ser mirado. Com prática,
conseguia-se controlar a 5trajetória elíptica * “haute couture”: alta costura
da cusparada com uma 6mínima margem de
erro. Era 7puro instinto. Hoje o mesmo feito 6. (Fuvest) Tendo em vista o contexto, o modo
requereria 8complicados cálculos de balísti- verbal predominante no excerto e a razão
ca, e eu provavelmente só acertaria a frente desse uso são:
a) indicativo; expressar verdades universais.
da minha camisa. Outra 9habilidade perdida.
b) imperativo; traduzir ordens ou exortações.
c) subjuntivo; indicar vontade ou desejo.
Na verdade, deve-se revisar aquela antiga d) indicativo; relacionar ações habituais.
frase. É vivendo e .................... . Não falo e) subjuntivo; sugerir condições hipotéticas.
daquelas 13coisas que deixamos de fazer por-

aque não temos


coragem mais as condições
de antigamente, físicaseme
como subir
bonde andando – mesmo porque 14não há
mais bondes andando. Falo da sabedoria
desperdiçada, das 10artes que nos abandona-
ram. Algumas até úteis. Quem nunca dese-
jou ainda ter o cuspe certeiro de garoto para
acertar em algum alvo contemporâneo, bem
no olho, e depois sair correndo? Eu já.
Luís F. Veríssimo, Comédias para se ler na escola.

8
RAIO X GABARITO
1. Na frase “O surto marítimo que enche sua his- 1. D 2. D 3. A 4. E 5. B
tória do século XV”, o presente do indicativo é
usado para dar mais vivacidade ao texto e real- 6. C
çar os acontecimentos que estão sendo descri-
tos. Trata-se do presente histórico, processo de
dramatização linguística que transporta fatos
do passado para a atualidade.

2. A vírgula assinala a elipse da locução “de ve-


rá se fazer”. As demais são inadequadas, pois:
a) em “imposição”, o prefixo im- sugere so-
breposição (em, sobre) e em “imparcial”
apresenta sentido negativo;
b) os termos “postulado” e “crença” não
são sinônimos, já que o primeiro alude a
uma premissa, ponto de partida para um
raciocínio, e o segundo a uma ação que
dispensa razões ou confirmação objetiva;
c) o pronome demonstrativo “essa” é ade-
quado, pois remete ao que foi menciona-
do no período anterior;
e) o pronome pessoal oblíquo “os”, com
função de objeto direto, refere-se ao
substantivo “conhecimentos”.
3. Em “Educação é um direito”, Anísio Teixei-
ra fundamenta a tese de que a democracia
só será atingida plenamente quando estiver
assegurado o acesso à educação a todos os
cidadãos: “os conflitos e problemas huma-
nos – econômicos, políticos, ou sociais – são
solucionáveis pela educação”.
4. O emprego do termo “chamadas” revela res-
salva do autor quanto à denominação “so-
ciais” aplicada às ciências que tratam dos
aspectos do homem como indivíduo e como
ser social, restritiva do conceito de ciência
como campo geral do conhecimento.
5. Os itens I, III e IV apresentam substituições
incorretas, pois:
I. o termo verbal “alcançasse” dispensa a
preposição “a”, pois apresenta transiti-
vidade direta, com o pronome relativo
“que” em função de objeto: o número que
alcançasse;
III.o termo verbal “descartamos” no sentido
de “deixamos de fazer” pode ser transiti-
vo direto,
posição ou transitivo
“de”: indiretoou
que descartamos com
de pre-
que
nos descartamos;
IV. o termo “existe” deveria concordar com o
sujeito (“mais bondes”): existem.
6. O modo subjuntivo, predominante no ex-
certo do poema “Receita de mulher”
(“perdoem”, “haja”, “socialize”, “seja”,
tenha”,”adquira”) indicam a vontade ou o
desejo do eu lírico por esse ideal de mulher.
9
PRÁTICA DOS — Por este preço dou eu conta da roça!
— Ah! É nhô Jão!
CONHECIMENTOS - E.O. Conheciam os velhinhos o capanga, a quem
tinham por homem de palavra, e de fazer
o que prometia. Aceitaram sem mais hesita-
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO ção; e foram mostrar o lugar que estava des-
E Jerônimo via e escutava, sentindo ir-se-lhe tinado para o roçado.
toda a alma pelos olhos enamorados. Acompanhou-os Jão Fera; porém, 4mal seus
Naquela mulata estava o grande mistério, a olhos descobriram entre os utensílios a en-
síntese das impressões que ele recebeu che- xada, a qual ele esquecera um momento no
gando aqui: ela era a luz ardente do meio- afã de ganhar a soma precisa, que sem mais
-dia; ela era o calor vermelho das sestas da deu costas ao par de velhinhos e foi-se dei-
fazenda;
baunilhas,eraque
o aroma quentenas
o atordoara dosmatas
trevosbrasi-
e das xando-os embasbacados. ALENCAR, José de. Til.

leiras; era a palmeira virginal e esquiva que * moquirão = mutirão (mobilização coletiva
se não torce a nenhuma outra planta; era o para auxílio mútuo, de caráter gratuito).
veneno e era o açúcar gostoso; era o sapoti
mais doce que o mel e era a castanha do caju,
que abre feridas com o seu azeite de fogo; 2. (Fuvest)Considere os seguintes comentários
ela era a cobra verde e traiçoeira, a lagar- sobre diferentes elementos linguísticos pre-
ta viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava sentes no texto:
havia muito tempo em torno do corpo dele, I. Em “alcançou o capanga um casal de
assanhando-lhe os desejos, acordando-lhe as velhinhos” (ref. 1), o contexto permite
fibras embambecidas pela saudade da terra, identificar qual é o sujeito, mesmo este
picando-lhe as artérias, para lhe cuspir den- estando posposto.
tro do sangue uma centelha daquele amor II. O verbo sublinhado no trecho “que se-
setentrional, uma nota daquela música feita guiam diante dele o mesmo caminho”
de gemidos de prazer, uma larva daquela nu- (ref. 2) poderia estar no singular sem
vem de cantáridas que zumbiam em torno da prejuízo para a correção gramatical.
Rita Baiana e espalhavam-se pelo ar numa III.No trecho “que destinavam eles uns cin-
fosforescência afrodisíaca. quenta mil-réis” (ref. 3), pode-se apon-
Aluísio Azevedo, O cortiço. tar um uso informal do pronome pessoal
reto “eles”, como na frase “Você tem vis-
1. (Fuvest)O conceito de hiperônimo (vocábulo to eles por aí?”.
de sentido mais genérico em relação a outro) Está correto o que se afirma em:
aplica-se à palavra “planta” em relação a a) I, apenas.
“palmeira”, “trevos”, “baunilha” etc., todas b) II, apenas.
presentes no texto. Tendo em vista a relação c) III, apenas.
que estabelece com outras palavras do texto, d) I e II, apenas.
constitui também um hiperônimo a palavra: e) I, II e III.
a) “alma”.
b) “impressões”. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
c) “fazenda”.
d) “cobra”. A civilização 2“pós-moderna” culminou em
e) “saudade”. um progresso inegável, que não foi percebi-
do antecipadamente, em sua inteireza. Ao
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO mesmo tempo, sob o 3“mau uso” da ciência,
da tecnologia e da capacidade de invenção
Tornando da malograda espera do tigre, 1al- nos precipitou na miséria moral 1inexorável.
cançou o capanga um casal de velhinhos, Os que condenam a ciência, a tecnologia e a
2que seguiam diante dele o mesmo caminho, invenção criativa por essa miséria ignoram
eticulares.
conversavam acercapalavras
Das poucas de seus que
negócios par-
apanhara, os
modesafios que explodiram
monopolista comfase.
de sua terceira o capitalis-
percebeu Jão Fera 3que destinavam eles uns Em páginas secas premonitórias, E. Man-
cinquenta mil-réis, tudo quanto possuíam, à del* apontara tais riscos. O 4“livre jogo do
compra de mantimentos, a fim de fazer um mercado” (que não é e nunca foi 5“livre”)
moquirão*, com que pretendiam abrir uma rasgou o ventre das vítimas: milhões de se-
boa roça. res humanos nos países ricos e uma carrada
— Mas chegará, homem? perguntou a velha. maior de milhões nos países pobres. O centro
— Há de se espichar bem, mulher! acabou fabricando a sua periferia intrínseca
Uma voz os interrompeu: e apossou-se, como não sucedeu nem sob o
10
regime colonial direto, das outras periferias TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
externas, que abrangem quase todo o 6“resto
do m undo”. Leia esta notícia científica:
Florestan Fernandes, Folha de S. Paulo, 27/12/1993.
Há 1,5 milhão de anos, ancestrais do homem
moderno deixaram pegadas quando atraves-
(*) Ernest Ezra Mandel (1923-1995): econo- saram um campo lamacento nas proximida-
mista e militante político belga. des do Ileret, no norte do Quênia. Uma equi-
pe internacional de pesquisadores descobriu
3. (Fuvest)O emprego de aspas em uma dada essas marcas recentemente e mostrou que
expressão pode servir, inclusive, para indi- elas são muito parecidas com as do “Homo
car que ela: sapiens”: o arco do pé é alongado, os dedos
I. foi utilizada pelo autor com algum tipo são curtos, arqueados e alinhados. Também,
de restrição; o tamanho, a profundidade das pegadas e o
II. pertence ao jargão de uma determinada espaçamento entre elas refletem a altura, o
área do conhecimento; peso e o modo de caminhar atual. Anterior-
III. contém sentido pejorativo, não assumido mente, houve outras descobertas arqueoló-
pelo autor. gicas, como, por exemplo, as feitas na Tan-
Considere as seguintes ocorrências de em- zânia, em 1978, que revelaram pegadas de
prego de aspas presentes no texto: 3,7 milhões de anos, mas com uma anatomia
A. “pós-moderna” (ref. 2); semelhante à de macacos. Os pesquisadores
B. “mau uso” (ref. 3); acreditam que as marcas recém-descobertas
C. “livre jogo do mercado” (ref. 4); pertenceram ao “Homo erectus”.
D. “livre” (ref. 5); Revista FAPESP, nº 157, março de 2009. Adaptado.
E. “resto do mundo” (ref. 6).
As modalidades I, II e III de uso de aspas, 6. (Fuvest)No trecho “semelhante à de maca-
elencadas acima, verificam-se, respectiva- cos”, fica subentendida uma palavra já em-
mente, em: pregada na mesma frase. Um recurso lin-
a) A, C e E. guístico desse tipo também está presente no
b) B, C e D. trecho assinalado em:
c) C, D e E. a) A água não é somente herança de nossos
d) A, B e E. predecessores; ela é, sobretudo, um emprés-
e) B, D e A. timo às futuras gerações.
b) Recorrer à exploração da miséria humana,
4. (Fuvest)Em qual destas frases a vírgula foi infelizmente, está longe de ser um novo in-
empregada para marcar a omissão do verbo? grediente no cardápio da tevê aberta à moda
a) Ter um apartamento no térreo é ter as van- brasileira.
tagens de uma casa, além de poder desfrutar c) Ainda há quem julgue que os recursos que a
de um jardim. natureza oferece à humanidade são, de certo
b) Compre sem susto: a loja é virtual; os direi- modo, inesgotáveis.
tos, reais. d) A prática do patrimonialismo acaba nos le-
c) Para quem não conhece o mercado financei- vando à cultura da tolerância à corrupção.
ro, procuramos usar uma linguagem livre do e) Já está provado que a concentração de po-
economês. luentes em área para não fumantes é muito
d) A sensação é de estar perdido: você não vai superior à recomendada pela OMS.
encontrar ninguém no Jalapão, mas vai ver
a natureza intocada. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
e) Esta é a informação mais importante para a pre-
servação da água: sabendo usar, não vai faltar. Já na segurança da calçada, e passando por
um trecho em obras que atravanca nossos
5. (Fuvest)Quanto à concordância verbal, a fra- passos, lanço à queima-roupa:
se inteiramente correta é: — Você conhece alguma cidade mais feia do
a) Cada um dos participantes, ao inscrever-se, que São Paulo?
deverão receber as orientações necessárias. — Agora você me pegou, retruca, rindo. Hã,
b) Os que prometem ser justos, em geral, não deixa eu ver... Lembro-me de La Paz, a ca-
conseguem sê-lo sem que se prejudiquem. pital da Bolívia, que me pareceu bem feia.
c) Já deu dez horas e a entrega das medalhas Dizem que Bogotá é muito feiosa também,
ainda não foram feitas. mas não a conheço. Bem, São Paulo, no geral,
d) O que se viam era apenas destroços, cadáve- é feia, mas as pessoas têm uma disposição
res e ruas completamente destruídas. para o trabalho aqui, uma vi bração empreen-
e) Devem ter havido acordos espúrios entre dedora, que dá uma feição muito particular
prefeitos e vereadores daqueles municípios. à cidade. Acordar cedo em São Paulo e ver
11
as pessoas saindo para trabalhar é algo que é enfadonho, cheira a sepulcro, traz certa
me toca. Acho emocionante ver a garra dessa contração cadavérica; vício grave, e aliás í n-
gente. fimo, porque o maior defeito deste livro és
R. Moraes e R. Linsker. Estrangeiros em casa: tu, leitor. Tu tens pressa de envelhecer, e o
uma caminhada pela selva urbana de São Paulo.
National Geographic Brasil. Adaptado.
livro anda devagar; tu amas a narração direi-
ta e nutrida, o estilo regular e fluente, e este
7. (Fuvest)Ao reproduzir um diálogo, o texto livro e o meu estilo são como os ébrios, gui-
incorpora marcas de oralidade, tanto de or- nam à direita e à esquerda, andam e param,
dem léxica, caso da palavra “garra”, quanto resmungam, urram, gargalham, ameaçam o
de ordem gramatical, como, por exemplo: céu, escorregam e caem...
a) “lanço à queima-roupa”.
E caem! — Folhas misérrimas do meu cipres-
b) “Agora você me pegou”. te, heis de cair, como quaisquer outras belas
c) “deixa eu ver”. e vistosas; e, se eu tivesse olhos, dar-vos-ia
d) “Bogotá é muito feiosa”. uma lágrima de saudade. Esta é a grande
e) “é algo que me toca”. vantagem da morte, que, se não deixa boca
para rir, também não deixa olhos para cho-
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO rar... Heis de cair.
Machado de Assis, Memórias póstumas de Brás Cubas.

Como sabemos, o efeito de um livro sobre


nós, mesmo no que se refere à simples in- 9. (Fuvest) No contexto, a locução “Heis de
formação, depende de muita coisa além do cair”, na última linha do texto, exprime:
valor que ele possa ter. Depende do momen- a) resignação ante um fato presente.
to da vida em que o lemos, do grau do nosso b) suposição de que um fato pode vir a ocorrer.
conhecimento, da finalidade que temos pela c) certeza de que uma dada ação irá se realizar.
frente. Para quem pouco leu e pouco sabe, d) ação intermitente e duradoura.
um compêndio de ginásio pode ser a fonte e) desejo de que algo venha a acontecer.
reveladora. Para quem sabe muito, um livro
importante não passa de chuva no molhado.
Além disso, há as afinidades profundas, que
nos fazem afinar com certo autor (e portanto
GABARITO
aproveitá-lo ao máximo) e não com outro,
independente da valia de ambos. 1. B 2. D 3. A 4. B 5. B
CANDIDO, Antonio. “Dez livros para entender o
Brasil”. Teoria e debate. Ed. 45, 01/07/2000.
6. E 7. C 8. B 9. C

8. (Fuvest)Traduz uma ideia presente no texto


a seguinte afirmação:
a) O efeito de um livro sobre o leitor é condi-
cionado pela quantidade de informações que
o texto veicula.
b) A recepção de um livro pode ser influenciada
pela situação vivida pelo leitor.
c) A verdadeira erudição não dispensa a leitura
dos bons manuais escolares.
d) A leitura de um livro a qual tem finalidades
meramente práticas prejudica a assimilação
do conhecimento.
e) O reconhecimento do valor de um livro de-
pende, primordialmente, dos sentimentos
pessoais do leitor.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO


CAPÍTULO LXXI
O senão do livro
Começo a arrepender-me deste livro. Não
que ele me canse; eu não tenho que fazer;
e, realmente, expedir alguns magros capí-
tulos para esse mundo sempre é tarefa que
distrai um pouco da eternidade. Mas o livro
12
LITERATURA

Prescrição: A resolução de questões de literatura no vestibular da Fuvest exigirá do vestibulando,


prioritariamente, um conhecimento mais específico, relacionado às obras de leitura obrigatória; no
entanto, especialmente na primeira fase desse vestibular, é comum que sejam trabalhadas questões
mais gerais de literatura, envolvendo obras que não estão na lista citada.

APLICAÇÃO DOS tem mas parece que deu certo – parou um


instante retomando o fôlego perdido e acres-
centou desanimada e com pudor - pois como
CONHECIMENTOS - SALA o senhor vê eu vinguei... pois é...
— Também no sertão da Paraíba promessa é
1. (Fuvest) Em um poema escrito em louvor de questão de grande dívida de honra.
“Iracema”, Manuel Bandeira afirma que, ao Eles não sabiam como se passeia. Andaram
compor esse livro, Alencar sob a chuva grossa e pararam diante da vi-
trine de uma loja de ferragem onde estavam
“[...] escreveu o que é mais poema expostos atrás do vidro canos, latas, parafu-
sos grandes e pregos. E Macabéa, com medo
Que romance, e poema menos de que o silêncio já significasse uma ruptura,
Que um mito, melhor que Vênus.” disse ao lançado recém-lançado-namorado:
— Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o
Segundo Bandeira, em “Iracema”: senhor?
a) Alencar parte da ficção literária em direção Da segunda vez em que se encontraram caía
à narrativa mítica, dispensando referências uma chuva fininha que ensopava os ossos.
a coordenadas e personagens históricas. Sem nem ao menos se darem as mãos cami-
b) o caráter poemático dado ao texto predomi- nhavam na chuva que na cara de Macabéa
na sobre a narrativa em prosa, sendo, por parecia lágrimas escorrendo.
sua vez, superado pela constituição de um (Clarice Lispector, A hora da estrela.)

mito literário.
c) a mitologia tupi está para a mitologia clás- 2. (Fuvest)
sica, predominante no texto, assim como a de grandeAo dizer:de“(...)
dívida promessa
honra”, é questão
Olímpico junta,
prosa está para a poesia. em uma só afirmação, a obrigação religiosa
d) ao fundir romance e poema, Alencar, invo- e o dever de honra. A personagem de “Saga-
luntariamente, produziu uma lenda do Cea- rana” que, em suas ações finais, opera uma
rá, superior à mitologia clássica. junção semelhante é:
e) estabelece-se uma hierarquia de gêneros li- a) Major Saulo, de “O burrinho pedrês”.
terários, na qual o termo superior, ou domi- b) Lalino, de “Traços biográficos de Lalino Sa-
nante, é a prosa romanesca, e o termo infe- Lãthiel ou A volta do marido pródigo”.
rior, o mito. c) Primo Ribeiro, de “Sarapalha”.
d) João Mangolô, de “São Marcos”.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO e) Augusto Matraga, de “A hora e vez de Au-
gusto Matraga”.
Ele se aproximou e com voz cantante de nor-
destino que a emocionou, perguntou-lhe:
— E se me desculpe, senhorinha, posso con- 3. (Fuvest) Em quatro das alternativas abai-
vidar a passear? xo, registram-se alguns dos aspectos que,
— Sim, respondeu atabalhoadamente com para bem caracterizar o gênero e o estilo das
pressa antes que ele mudasse de ideia. Memórias póstumas de Brás Cubas, o crítico
— E, se me permi te, qual é mesmo a sua graça? J. G. Merquior pôs em relevo nessa obra de
— Macabéa.
Maca — o quê? Machado de aliás,
invertendo, Assis.o Ajuízo
única alternativa que,
do mencionado crí-
— Bea, foi ela obrigada a completar. tico, aponta uma característica que NÃO se
— Me desculpe mas até parece doença, do- aplica à obra em questão é:
ença de pele. a) ausência praticamente completa de distan-
— Eu também acho esquisito mas minha
mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora ciamento enobrecedor na figuração das per-
da Boa Morte se eu vingasse, até um ano de sonagens e de suas ações.
idade eu não era chamada porque não tinha b) mistura do sério e do cômico, de que resul-
nome, eu preferia continuar a nunca ser cha- ta uma abordagem humorística das questões
mada em vez de ter um nome que ninguém mais cruciais.

13
c) ampla liberdade do texto em relação aos di- Ele é mesmo nosso pai
tames da verossimilhança e é quem pode nos ajudar...
d) emprego de uma linguagem que evita cha-
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos
mar a atenção sobre si mesma, apagando-se,
negros não o esqueçam avisa no seu cântico
assim, por detrás da coisa narrada.
de despedida:
e) uso frequente de gêneros intercalados – por
exemplo, cartas ou bilhetes, historietas etc. – Ora, adeus, ó meus filhinhos,
embutidos no conjunto da obra global. Qu’eu vou e torno a vortá...
E numa noite que os atabaques batiam nas
4. (Fuvest) Tendo em vista o conjunto de pro- macumbas, numa noite de mistério da Bahia,
posições e teses desenvolvidas em A cidade Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira
e as serras, pode-se concluir que é coerente e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi
com o universo ideológico dessa obra o que com ele.
se afirma em: Jorge Amado, Capitães da Areia.
a) A personalidade não se desenvolve pelo sim- 1lazareto: estabelecimento para isolamento
ples acúmulo passivo de experiências, des-
sanitário de pessoas atingidas por determi-
provido de empenho radical, nem, tampou-
nadas doenças.
co, pela simples erudição ou pelo privilégio.
b) A atividade intelectual do indivíduo deve-
-se fazer acompanhar do labor produtivo do 5. (Fuvest) Costuma-se reconhecer que Capi-
tães da areia pertence ao assim chamado
trabalho braçal, sem o que o homem se infe-
licita e desviriliza.
“romance de 1930”, que registra impor-
c) O sentimento de integração a um mundo fi-
tantes transformações pelas quais passava
nalmente reconciliado, o sujeito só o alcan-
o Modernismo no Brasil, à medida que esse
ça pela experiência avassaladora da paixão
movimento se expandia e diversificava. No
excerto, considerado no contexto do livro de
amorosa, vivida como devoção irracional e
que faz parte, constitui marca desse perten-
absoluta a outro s er.
cimento:
d) Elites nacionais autênticas são as que ado-
a) o experimentalismo estético, de caráter van-
tam, como norma de sua própria conduta, os
guardista, visível no abundante emprego de
usos e costumes do país profundo, constitu-
neologismos.
ído pelas populações pobres e distantes dos
b) o tratamento preferencial de realidades bem
centros urbanos. determinadas, com foco nos problemas so-
e) Uma vida adulta equilibrada e bem desen- ciais nelas envolvidos.
volvida em todos os seus aspectos implica a c) a utilização do determinismo geográfico e
participação do indivíduo na política parti- racial, na interpretação dos fatos narrados.
dária, nas atividades religiosas e na produ- d) a adoção do primitivismo da “Arte Negra”
ção literária. como modelo formal, à semelhança do que
fizera o Cubismo europeu.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES e) o uso de recursos próprios dos textos jor-
nalísticos, em especial, a preferência pelo
Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma relato imparcial e objetivo.
vingança contra a cidade dos ricos. Mas os
ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de 6. (Fuvest) Apesar das diferenças notáveis
vacinas? Era um pobre deus das florestas que existem entre estas obras, um aspecto
d’África. Um deu s dos negros pobres. Que po- comum ao texto de Capitães da areia, consi-
dia saber de vacinas? Então a bexiga desceu derado no contexto do livro, e Vidas secas,
e assolou o povo de Omolu. Tudo que Omolu de Graciliano Ramos, é:
pôde fazer foi transformar a bexiga de ne- a) a consideração conjunta e integrada de
gra em alastrim, bexiga branca e tola. Assim questões culturais e conflitos de classe.
mesmo morrera negro, morrera pobre. Mas b) a reprodução fiel da variante oral-popular da
OmoluFora
tara. diziao que não fora
1lazareto. o alastrim
Omolu que com
só queria ma- linguagem, como recurso principal na carac-
terização das personagens.
o alastrim marcar seus filhinhos negros. O c) o engajamento nas correntes literárias na-
lazareto é que os matava. Mas as macumbas cionalistas, que rejeitavam a opção por te-
pediam que ele levasse a bexiga da cidade, mas regionais.
levasse para os ricos latifundiários do ser- d) o emprego do discurso doutrinário, de ca-
tão. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de ráter panfletário e didatizante, próprio do
terra, mas não sabiam tampouco da vacina. O “realismo socialista”.
Omolu diz que vai pro sertão. E os negros, os e) o tratamento enfático e conjugado da mesti-
ogãs, as filhas e pais de santo cantam: çagem racial e da desigualdade social.

14
RAIO X
1. O trecho retirado do poema de Manuel Ban-
deira evidencia, num primeiro momento, o
fato de que a obra Iracema, de José de Alen-
car, possui uma construção narrativa bastante
lírica, poemática. Em segundo momento, en-
fatiza que, para além do caráter lírico (poema
menos), a obra possui uma composição mitifi-
cadora. Por esse motivo, alternativa (B).
2. No conto "A hora e a vez de Augusto Ma-
traga", o destino do personagem o direcio-
na para as obrigações
de alcançar os céus), noreligiosas
entanto,(no intuito
os deveres
de honra, de não admitir certas desforras, é
algo que também conduz a vida desse p erso-
nagem. Por esse motivo, alternativa (E).
3. A opção [D] apresenta exatamente o oposto
ao que acontece no estilo machadiano e es-
pecificamente com o narrador de “Me mórias
póstumas de Brás Cubas”. De fato, o enredo
adquire importância secundária para que a
linguagem irônica e ambígua do enunciador
se constitua na representação tácita da hipo-
crisia social.
4. Na obra de Eça de Queirós, A cidade e as ser-
ras, comprova-se a tese de que as comodida-
des provenientes do progresso e da civiliza-
ção, assim como a erudição e a riqueza não
são, só por si, fatores que satisfaçam exis-
tencialmente o indivíduo. Jacinto de Tormes
trocamundo
pelo o mundo civilizado
natural da cidade
da Quinta de Paris
de Tormes e
encontra ali a síntese da felicidade: contato
com a natureza aliado ao uso da tecnologia
apenas essencial.
5. O romance de 30 abrange a produção ficcio-
nal brasileira de inspiração realista produzi-
da a partir de 1928, cujas principais caracte-
rísticas são: verossimilhança, retrato direto
da realidade em seus elementos históricos
e sociais, a linearidade narrativa, criação
de personagens que representam classes so-
ciais, manifestando momentos de introspec-
ção e de análise psicológica.
6. Tanto a obra “Capitães da areia” como “Vi-
das secas” apresentam um aspecto comum: a
consideração conjunta e integrada de ques-
tões culturais e conflitos de classe.

GABARITO
1. B 2. E 3. D 4. A 5. B
6. A

15
PRÁTICA DOS 3. (Fuvest) Quando nos apresentam os homens
vistos pelos olhos dos animais, as narrativas
CONHECIMENTOS - E.O. em que aparecem o burrinho pedrês, do con-
to homônimo ("Sagarana"), os bois de "Con-
versa de bois" ("Sagarana") e a cachorra Ba-
1. (Fuvest) Considere as seguintes afirmações leia ("Vidas secas") produzem um efeito de:
referentes ao texto de Jorge Amado. a) indignação, uma vez que cada um desses
I. Do ponto de vista do excerto, considera- animais é morto por algozes humanos.
do no contexto da obra a que pertence, a b) infantilização, uma vez que esses animais
religião de srcem africana comporta um
aspecto de resistência cultural e política. pensantes são exclusivos da literatura infantil.
II. Fica pressuposta no texto a ideia de que, c) maravilhamento, na medida em que os res-
na época em que se passa a história nele pectivos narradores servem-se de sortilégios

narrada, o Brasildeainda
mas de privação conservava
direitos for-
e de exclusão eanimais.
de magia para penetrar na mente desses
social advindas do período colonial. d) estranhamento, pois nos fazem enxergar de
III.Os contrastes de natureza social, cultural um ponto de vista inusitado o que antes pa-
e regional que o texto registra permitem recia natural e familiar.
concluir corretamente que o Brasil pas- e) inverossimilhança, pois não conseguem dar
sou por processos de modernização des- credibilidade a esses animais dotados de in-
compassados e desiguais. terioridade.
Está correto o que se afirma em:
a) I, somente. 4. (Fuvest) Em trecho anterior do mesmo con-
b) II, somente. to, o narrador chama Sete-de-Ouros de "sá-
c) I e II, somente.
bio". No excerto, a "sabedoria" do burrinho
d) II e III, somente.
e) I, II e III.
consiste, principalmente, em:
a) procurar adaptar-se o melhor possível às for-
ças adversas, que busca utilizar em benefício
2. (Fuvest) As informações contidas no texto próprio.
permitem concluir corretamente que a doen-
ça de que nele se fala caracteriza-se como: b) firmar um pacto com as potências mágicas
a) moléstia contagiosa, de caráter epidêmico, que se o cultam atrás das aparências do mun-
causada por vírus. do natural.
b) endemia de zonas tropicais, causada por ví- c) combater frontalmente e sem concessões as
rus, prevalente no período chuvoso do ano. atitudes dos homens, que considera confu-
c) surto infeccioso de etiologia bacteriana, de- sas e desarrazoadas.
corrente de más condições sanitárias. d) ignorar os perigos que o mundo apresenta,
d) infecção bacteriana que, em regra, apresen- agindo como se eles não existissem.
ta-se simultaneamente sob uma forma bran- e) escolher a inação e a inércia, confiando in-
da e uma grave. teiramente seu destino às forças do puro
e) enfermidade endêmica que ocorre anual-
acaso e da s orte.
mente e reflui de modo espontâneo.
5. (Fuvest) Considere as seguintes compara-
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES ções entre "Vidas secas" e "Iracema".
Vestindo água, só saído o cimo do pescoço, o I. Em ambos os livros, a parte final remete
burrinho tinha de se enqueixar para o alto, o leitor ao início da narrativa: em "Vidas
a salvar também de fora o focinho. Uma pei- secas", essa recondução marca o retor-
tada. Outro tacar de patas. Chu-áa! Chu-áa... no de um fenômeno cíclico; em "Irace-
– ruge o rio, como chuva deitada no chão. ma", a remissão ao início confirma que
Nenhuma pressa! Outra remada, vagarosa. a história fora contada em retrospectiva,
No fim de tudo, tem o pátio, com os cochos, reportando-se a uma época anterior à da
muito milho, na Fazenda; e depois o pasto: abertura da narrativa.
sombra, capim e sossego... Nenhuma pressa. II. A necessidade de migrar é tema de que
Aqui, por ora, este poço doido, que barulha
como um fogo, e faz medo, não é novo: tudo "Vidas secas"
mo tema, trata abertamente.
entretanto, O mes-
já era sugerido
é ruim e uma só coisa, no caminho: como
os homens e os seus modos, costumeira con- no capítulo final de "Iracema", quando,
fusão. É só fechar os olhos. Como sempre. referindo-se à condição de migrante de
Outra passada, na massa fria. E ir sem afã, Moacir, "o primeiro cearense", o narra-
à voga surda, amigo da água, bem com o es- dor pergunta: "Havia aí a predestinação
curo, filho do fundo, poupando forças para de uma raça?"
o fim. Nada mais, nada de graça; nem um III.As duas narrativas elaboram suas tra-
arranco, fora de hora. Assim. mas ficcionais a partir de indivíduos
João Guimarães Rosa. O burrinho pedrês, Sagarana. reais, cuja existência histórica, e não
16
meramente ficcional, é documentada: é o TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES
caso de Martim e Moacir, em "Iracema",
e de Fabiano e sinha Vitória, em "Vidas Sim, que, à parte o sentido prisco, valia o
secas". ileso gume do vocábulo pouco visto e menos
Está correto o que se afirma em: ainda ouvido, raramente usado, melhor fora
a) I, somente. se jamais usado. Porque, diante de um gra-
b) II, somente. vatá, selva moldada em jarro jônico, dizer-se
c) I e II, somente. apenas drimirim ou amormeuzinho é justo;
d) II e III, somente. e, ao descobrir, no meio da mata, um ange-
e) I, II e III. lim que atira para cima cinquenta metros de
tronco e fronde, quem não terá ímpeto de
6. (Fuvest) Considere as seguintes afirmações: criar um vocativo absurdo e bradálo – Ó co-
I. Assim como Jacinto, de "A cidade e as lossalidade! – na direção da altura?
serras", passa por uma verdadeira "res- (João Guimarães Rosa, "São Marcos", In: Sagarana)
surreição" ao mergulhar na vida rural,
também Augusto Matraga, de "Sagara- prisco = antigo, relativo a tempos remotos.
na", experimenta um "ressurgimento" gravatá = planta da família das bromeliáceas.
associado a uma renovação da natureza.
II. Também Fabiano, de "Vidas secas", em 8. (Fuvest) Neste excerto, o narrador do conto
geral pouco falante, experimenta uma "São Marcos" expõe alguns traços de estilo
transformação ligada à natureza: a che- que correspondem a características mais ge-
gada das chuvas e a possibilidade de re- rais dos textos do próprio autor, Guimarães
novação da vida tornam-no loquaz e de- Rosa. Entre tais características só NÃO se en-
sejoso de expressar-se. contra
III.Já Iracema, quando debilitada pelo afas- a) o gosto pela palavra rara.
tamento de Martim, não encontra na b) o emprego de neologismos.
natureza forças capazes de salvar-lhe a c) a conjugação de referências eruditas e populares.
vida. d) a liberdade na exploração das potencialida-
Está correto o que se afirma em: des da língua portuguesa.
a) I, somente. e) a busca da concisão e da previsibilidade da
b) II, somente. linguagem.
c) I e III, somente.
d) II e III, somente.
9. (Fuvest) Comparando-se as concepções rela-
e) I, II e III. tivas à natureza presentes no excerto de Gui-
marães Rosa com as que se manifestam nos
7. (Fuvest) Leia o trecho de Machado de Assis poemas de Alberto Caeiro, verifica-se que
sobre Iracema, de José de Alencar, e respon- em Rosa, ............, ao passo que, em Caeiro,
da ao que se pede. ............ .
“....... é o ciúme e o valor marcial; ....... a Mantida a sequência, os espaços pontilhados
austera sabedoria dos anos; Iracema o amor. podem ser preenchidos corretamente pelo
No meio destes caracteres distintos e ani- que está em:
mados, a amizade é simbolizada em ....... .
a) a observação da natureza provoca um desejo
Entre os indígenas a amizade não era este
de nomeação e até de invenção linguística /
sentimento, que à força de civilizar-se, tor-
o ideal seria o de que os elementos da na-
nou-se raro; nascia da simpatia das almas,
tureza valessem por si mesmos, sem nome
avivava-se com o perigo, repousava na ab-
nenhum.
negação recíproca; ....... e ....... são os dois
b) a natureza é pura exterioridade, desprovida
amigos da lenda, votados à mútua estima e
de alma / ela é um ente animado, dotado de
ao mútuo sacrifício”.
interioridade e personalidade.
Machado de Assis, Crítica.
c) a natureza vale por seus aspectos estéticos e
No trecho, os espaços pontilhados serão cor- simbólicos / ela tem valor prático e utilitá-

retamente
pelos nomespreenchidos,
das seguintesrespectivamente,
personagens de rio, ou seja,
transforma daépela
valorizada
técnica,naserve
medida
paraem que,
suprir
Iracema: as necessidades humanas.
a) Caubi, Jacaúna, Araquém, Araquém, Martim. d) a relação com a natureza é pessoal e até ín-
b) Martim, Irapuã, Poti, Caubi, Martim. tima / a natureza apresenta caráter hostil e,
c) Poti, Araquém, Japi, Martim, Japi. mesmo, ameaçador.
d) Araquém, Caubi, Irapuã, Irapuã, Poti. e) a natureza é misteriosa e indecifrável / ela
e) Irapuã, Araquém, Poti, Poti, Martim. é portadora de uma mensagem mística que o
homem deve decifrar servindo-se dos instru-
mentos da Razão.

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10. (Fuvest) Devo registrar aqui uma alegria. É Quem sabe se ele não vai morrer mesmo?
que a moça num aflitivo domingo sem farofa Primo Argemiro tem medo do silêncio.
teve uma inesperada felicidade que era inex- — Primo Ribeiro, o senhor gosta d'aqui?...
plicável: no cais do porto viu um arco-íris. — Que pergunta! Tanto faz... É bom p'ra se
Experimentando o leve êxtase, ambicionou acabar mais ligeiro... O doutor deu prazo de
logo outro: queria ver, como uma vez em Ma- um ano... Você lembra?
ceió, espocarem mudos fogos de artifício. Ela — Lembro! Doutor apessoado, engraçado...
quis mais porque É MESMO UMA VERDADE Vivia atrás dos mosquitos, conhecia as raças
QUE QUANDO SE DÁ A MÃO, ESSA GENTINHA lá deles, de olhos fechados, só pela toada da
QUER TODO O RESTO, O ZÉ-POVINHO SONHA cantiga... Disse que não era das frutas e nem
COM FOME DE TUDO. E QUER MAS SEM DIREI- da água... Que era o mosquito que punha um
TO ALGUM, POIS NÃO É? bichinho amaldiçoado no sangue da gente...
(Clarice Lispector, "A hora da estrela") Ninguém não ele...
acreditou... Nem o arraial. Eu
estive lá com
Considerando-se no contexto da obra o tre- — Primo Argemiro o que adianta...
cho destacado, é correto afirmar que, nele, o — ... E então ele ficou bravo, pois não foi?
narrador: Comeu goiaba, comeu melancia da beira do
a) assume momentaneamente as convicções rio, bebeu água do Pará e não teve nada...
elitistas que, no entanto, procura ocultar no — Primo Argemiro...
restante da narrativa. — ... Depois dormiu sem cortinado, com ja-
b) reproduz, em estilo indireto livre, os pensa- nela aberta... Apanhou a intermitente; mas
mentos da própria Macabéa diante dos fogos o povo ficou acreditando...
de artifício. — Escuta! Primo Argemiro... Você está fa-
c) hesita quanto ao modo correto de interpre- lando de-carreira, só para não me deixar fa-
tar a reação de Macabéa frente ao espetáculo. lar!
d) adota uma atitude panfletária, criticando — Mas, então, não fala em morte Primo Ri-
diretamente as injustiças sociais e cobrando beiro!... Eu, por nada que não queria ver o
sua superação. senhor se ir primeiro do que eu...
e) retoma uma frase feita, que expressa pre- — P'ra ver!... Esta carcaça bem que está
conceito antipopular, desenvolvendo-a na aguentando... Mas, agora, já estou vendo o
direção da ironia. meu descanso, que está chega-não-chega, na
horinha de chegar...
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES — Não fala isso Primo!... Olha aqui: não foi
pena ele ter ido s'embora? Eu tinha fé em
— Primo Argemiro! que acabava com a doença...
E, com imenso trabalho, ele gira no assento, — Melhor ter ido mesmo... Tudo tem de che-
conseguindo pôr-se de-banda, meio assim. gar e de ir s'embora outra vez... Agora é a
Primo Argemiro pode mais: transporta uma minha cova que está me chamando... Aí é
perna e se escancha no cocho. que eu quero ver! Nenhumas ruindades des-
— Que é, Primo Ribeiro? te mundo não têm poder de segurar a gente
— Lhe pedir uma coisa... Você faz? p'ra sempre, Primo Argemiro...
— Vai dizendo, Primo. — Escuta Primo Ribeiro: se alembra de
— Pois então, olha: quando for a minha hora quando o doutor deu a despedida p'ra o povo
você não deixe me levarem p'ra o arraial... do povoado? Foi de manhã cedo, assim como
Quero ir mais é p'ra o cemitério do povoa- agora... O pessoal estava todo sentado nas
do... Está desdeixado, mas ainda é chão de portas das casas, batendo queixo. Ele ajun-
Deus... Você chama o padre, bem em-antes... tou a gente... Estava muito triste... Falou: –
E aquelas coisinhas que estão numa capan- 'Não adianta tomar remédio, porque o mos-
ga bordada, enroladas em papel-de-venda e quito torna a picar... Todos têm de se, mudar
tudo passado com cadarço, no fundo da ca- daqui... Mas andem depressa pelo amor de
nastra... se rato não roeu... você enterra jun- Deus!' -... -Foi no tempo da eleição de seu
to comigo...
Depois Agora euVocê
tem tempo... nãopromete?...
quero mexer lá... Major
— FoiVilhena... Tiroteioem-antes-de
seis meses com três mortes...
ela ir
— Deus me livre e guarde, Primo Ribeiro... O s'embora...
senhor ainda vai durar mais do que eu. De branco a mais branco, olhando espantado
— Eu só quero saber é se você promete... para o outro, Primo Argemiro se perturbou.
— Pois então, se tiver de ser desse jeito de Agora está vermelho, muito.
que Deus não há-de querer, eu prometo. Desde que ela se foi, não falaram mais no
— Deus lhe ajud e, Primo Argemiro. seu nome. Nem uma vez. Era como se não
E Primo Ribeiro desvira o corpo e curva ain- tivesse existido. E, agora...
da mais a cara. João Guimarães Rosa, Sarapalha, do livro SAGARANA.

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11. (Fuvest) "Canta, canta, canarinho, ai, ai, c) diminuem o seu alcance expressivo, na me-
ai... dida em que dificultam uma visão adequada
da realidade sertaneja.
Não cantes fora de hora ai, ai, ai... d) revelam, nele, a influência da prosa seca e
A barra do dia aí vem, ai, ai, ai... lacônica de Euclides da Cunha, em "Os ser-
Coitado de quem namora!..." tões".
e) relacionam-se à visão limitada e fragmen-
Esta quadrinha é a epígrafe do conto "Sara- tária que as próprias personagens têm do
palha". Ela aponta para o clímax da estória mundo.
que se dá por ocasião:
a) da eleição de seu Major Vilhena: tiroteio TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 7 QUESTÕES
com três mortes.

b) da
casaconfissão de Argemiro e sua expulsão da
de Ribeiro. Passaram-se semanas.uma
ra, todas as manhãs, Jerônimo
xícara tomava
de café ago-
bem
c) do casamento de Luísa com o boiadeiro e grosso, à moda da Ritinha, e 1tragava dois
despedida dos primos. dedos de parati “pra cortar a friagem”.
2

d) da morte do boiadeiro, que Argemiro mata Uma 3transformação, lenta e profunda, ope-
em respeito ao primo. rava-se nele, dia a dia, hora a hora, 4revisce-
e) da declaração de Ribeiro e ruptura deste com rando-lhe o corpo e 5alando-lhe os sentidos,
o boiadeiro. num 6trabalho misterioso e surdo de crisá-
lida. A sua energia afrouxava lentamente:
12. (Fuvest) João Guimarães Rosa, em "Sagara- fazia-se contemplativo e amoroso. A vida
na", permite ao leitor observar que: americana e a natureza do Brasil 7patentea-
a) explora o folclórico do sertão. vam-lhe agora aspectos imprevistos e sedu-
b) em episódios muitas vezes palpitantes sur- tores que o comoviam; esquecia-se dos seus
preende a realidade nos mais leves pormeno- primitivos sonhos de ambição, para idealizar
res e trabalha a linguagem com esmero. felicidades novas, picantes e violentas; 8tor-
c) limita-se ao quadro do regionalismo brasileiro. nava-se liberal, imprevidente e franco, mais
d) é muito sutil na apresentação do cotidiano amigo de gastar que de guardar; adquiria de-
banal do jagunço. sejos, tomava gosto aos prazeres, e volvia-se
e) é intimista hermético. preguiçoso, 9resignando-se, vencido, às im-

13. (Fuvest) Considere a seguinte afirmação: posições


com que odoespírito
sol e do calor, muralha
eternamente de fogo
revoltado do
Ambas as obras criticam a sociedade, mas último tamoio entrincheirou a pátria contra
apenas a segunda milita pela subversão da os conquistadores aventureiros.
hierarquia social nela representada. E assim, pouco a pouco, se foram reforman-
Observada a sequência, essa afirmação apli- do todos os seus hábitos singelos de aldeão
ca-se a: português: e Jerônimo abrasileirou-se. (...)
a) A cidade e as serras e Capitães da areia. E o curioso é que, quanto mais ia ele caindo
b) Vidas secas e Memórias de um sargento de nos usos e costumes brasileiros, tanto mais
milícias. os seus sentidos se apuravam, 10posto que
c) O cortiço e Iracema. em detrimento das suas f orças físicas. Tinha
d) Auto da barca do inferno e A cidade e as agora o ouvido menos grosseiro para a mú-
serras. sica, compreendia até as intenções ,poéticas
e) Iracema e Memórias de um sargento de milí- dos sertanejos, quando cantam à viola os
cias. seus amores infelizes; seus olhos, dantes só
voltados para a esperança de tornar à terra,
14. (Fuvest) Um escritor classificou Vidas se- agora, como os olhos de um marujo, que se
cas como "romance desmontável", tendo em habituaram aos largos horizontes de céu e
vista sua composição descontínua, feita de mar, já se não revoltavam com a turbulenta
episódios
sequências relativamente
parcialmente independentes
truncadas. Essase luz,amplamente
-se selvagem e alegre,
defrontedo11Brasil, e abriam-
dos maravilhosos
características da composição do livro: despenhadeiros ilimitados e das cordilheiras
a) constituem um traço de estilo típico dos ro- sem fim, donde, de espaço a espaço, surge
mances de Graciliano Ramos e do Regionalis- um monarca gigante, que o sol veste de ouro
mo nordestino. e ricas pedrarias refulgentes e as nuvens
b) indicam que ele pertence à fase inicial de toucam de alvos turbantes de cambraia, num
Graciliano Ramos, quando este ainda seguia luxo oriental de arábicos príncipes voluptu-
os ditames do primeiro momento do Moder- osos.
nismo. Aluísio Azevedo, O cortiço.

19
15. (Fuvest) Considere as seguintes afirmações, c) “patenteavam-lhe agora aspectos imprevis-
relacionadas ao excerto de O cortiço: tos” (ref.1): assume o sentido de “registra-
I. O sol, que, no texto, se associa fortemen- vam oficialmente”.
te ao Brasil e à “pátria”, é um símbolo d) “posto que em detrimento das suas forças fí-
que percorre o livro como manifestação sicas” (ref.10): equivale, quanto ao sentido,
da natureza tropical e, em certas passa- a “desde que em favor”.
gens, representa o princípio masculino e) “tornava-se (...) imprevidente” (ref.8) e
da fertilidade. “resignando-se (...) às imposições do sol”
II. A visão do Brasil expressa no texto mani- (ref.9): trata-se do mesmo prefixo, apresen-
festa a ambiguidade do intelectual brasi- tando, portanto, idêntico sentido.
leiro da época em que a obra foi escrita, o
qual acatava e rejeitava a sua terra, dela
se orgulhava e envergonhava, nela con- 19. (Fuvest) O papel desempenhado pela perso-
fiava e dela desesperava. nagem Ritinha
sintetizado (Rita Baiana),
no excerto, no processo
assemelha-se ao da
III.O narrador aceita a visão exótico-român-
tica de uma natureza (brasileira) pode- personagem:
rosa e transformadora, reinterpretando-a a) Iracema, do romance homônimo, na medida
em chave naturalista. em que ambas simbolizam o poder de sedu-
Aplica-se ao texto o que se afirma em ção da terra brasileira sobre o português que
a) I, somente. aqui chegava.
b) II, somente. b) Vidinha, de Memórias de um sargento de
c) II e III, somente. milícias, tendo em vista que uma e outra
d) I e III, somente. constituem fatores decisivos para o desen-
e) I, II e III. caminhamento de personagens masculinas
anteriormente bem orientadas.
16. (Fuvest) Ao comparar Jerônimo com uma c) Capitu, de Dom Casmurro, a qual, como a
crisálida, o narrador alude, em linguagem baiana, também lança mão de seus encantos
literária, a fenômenos do desenvolvimento femininos para obter ascensão social.
da borboleta, por meio das seguintes expres- d) Joaninha, de A cidade e as serras, pois am-
sões do texto: bas representam a simplicidade natural das
I. “transformação, lenta e profunda” mulheres do campo, em oposição à beleza
(ref.3); artificiosa das mulheres das cidades.
II. “reviscerando” (ref.4);
III.“alando” (ref.5); e) Dora, de Capitães
que ambas da areias, diretas
são responsávei na medida em
pela re-
IV. “trabalho misterioso e surdo” (ref.6). generação física e moral de seus respectivos
Tais fenômenos estão corretamente indica- pares amorosos.
dos em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
20. (Fuvest) Os costumes a que adere Jerônimo
c) III e IV, apenas.
em sua transformação, relatada no excerto,
d) II, III e IV, apenas.
têm como referência, na época em que se
e) I, II, III e IV.
passa a história, o modo de vida:
a) dos degredados portugueses enviados ao
17. (Fuvest) Um traço cultural que decorre da Brasil sem a companhia da família.
presença da escravidão no Brasil e que está b) dos escravos domésticos, na região urbana
implícito nas considerações do narrador do da Corte, durante o Segundo Reinado.
excerto é a c) das elites produtoras de café, nas fazendas
a) desvalorização da mestiçagem brasileira. opulentas do Vale do Paraíba fluminense.
b) promoção da música a emblema da nação. d) dos homens livres pobres, particularmente
c) desconsideração do valor do trabalho. em região urbana.
d) crença na existência de um caráter nacional e) dos negros quilombolas, homiziados em re-
brasileiro. fúgios isolados e anárquicos.

e) tendência ao antilusitanismo.
21. (Fuvest) No trecho “dos maravilhosos des-
18. (Fuvest) Destes comentários sobre os tre- penhadeiros ilimitados e das cordilheiras
chos sublinhados, o único que está correto é: sem fim, donde, de espaço a espaço, surge
a) “tragava dois dedos de parati” (ref.1): ex- um monarca gigante” (ref.11), o narrador
pressão típica da variedade linguística pre- tem como referência:
dominante no discurso do narrador. a) a chapada dos Guimarães, anteriormente co-
b) “‘pra cortar a friagem’” (ref.2): essa expressão berta por vegetação de cerrado.
está entre aspas, no texto, para indicar que b) os desfiladeiros de Itaimbezinho, outrora re-
se trata do uso do discurso indireto livre. vestidos por exuberante floresta tropical.

20
c) a chapada Diamantina, então coberta por TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES
florestas de araucárias. E Jerônimo via e escutava, sentindo ir-se-lhe
d) a serra do Mar, que abrigava srcinalmente a toda a alma pelos olhos enamorados.
densa Mata Atlântica. Naquela mulata estava o grande mistério, a
e) a serra da Borborema, caracterizada, no pas- síntese das impressões que ele recebeu che-
sado, pela vegetação da caatinga. gando aqui: ela era a luz ardente do meio-
-dia; ela era o calor vermelho das sestas da
22. (Fuvest) Nesse livro, ousadamente, varriam- fazenda; era o aroma quente dos trevos e das
-se de um golpe o sentimentalismo superfi- baunilhas, que o atordoara nas matas brasi-
leiras; era a palmeira virginal e esquiva que
cial, a fictícia unidade da pessoa humana, se não torce a nenhuma outra planta; era o
as frases piegas, o receio de chocar precon- veneno e era o açúcar gostoso; era o sapoti
ceitos, a concepção do predomínio do amor mais doce que o mel e era a castanha do caju,
sobre todas asde
possibilidade outras paixões;
construir umafirmava-se
grande livroa que abrea feridas com oe seu azeite de fogo;
ela era cobra verde traiçoeira, a lagar-
sem recorrer à natureza, desdenhava-se a ta viscosa, a muriçoca doida, que esvoaçava
cor local; surgiram afinal homens e mulhe- havia muito tempo em torno do corpo dele,
res, e não brasileiros (no sentido pitoresco) assanhando-lhe os desejos, acordando-lhe as
ou gaúchos, ou nortistas, e, finalmente, mas fibras embambecidas pela saudade da terra,
não menos importante, patenteava-se a in- picando-lhe as artérias, para lhe cuspir den-
tro do sangue uma centelha daquele amor
fluência inglesa em lugar da francesa. setentrional, uma nota daquela música feita
Lúcia Miguel-Pereira, História da Literatura Brasileira de gemidos de prazer, uma larva daquela nu-
– Prosa de ficção – de 1870 a 1920. Adaptado.
vem de cantáridas que zumbiam em torno da
O livro a que se refere a autora é: Rita Baiana e espalhavam-se pelo ar numa
a) Memórias de um sargento de milícias.
fosforescência afrodisíaca.
b) Til. Aluísio Azevedo, O cortiço.
c) Memórias póstumas de Brás Cubas.
d) O cortiço. 24. (Fuvest) O efeito expressivo do texto – bem
e) A cidade e as serras. como seu pertencimento ao Naturalismo em
literatura – baseia-se amplamente no pro-
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO cedimento de explorar de modo intensivo
aspectos biológicos da natureza. Entre esses
— Pois, Grilo, agora realmente bem podemos procedimentos
dizer que o sr. D. Jacinto está firme. se encontra a: empregados no texto, só NÃO
O Grilo arredou os óculos para a testa, e le- a) representação do homem como ser vivo em
vantando para o ar os cinco dedos em curva interação constante com o ambiente.
como pétalas de uma tulipa: b) exploração exaustiva dos receptores senso-
— Sua Excelência brotou! riais humanos (audição, visão, olfação, gus-
Profundo sempre o digno preto! Sim! Aquele tação), bem como dos receptores mecânicos.
ressequido galho da Cidade, plantado na Ser- c) figuração variada tanto de plantas quanto de
ra, pegara, chupara o húmus do torrão her- animais, inclusive observados em sua interação.
dado, criara seiva, afundara raízes, engros- d) ênfase em processos naturais ligados à repro-
sara de tronco, atirara ramos, rebentara em dução humana e à metamorfose em animais.
flores, forte, sereno, ditoso, benéfico, nobre, e) focalização dos processos de seleção natural
dando frutos, derramando sombra. E abriga- como principal força direcionadora do pro-
dos pela grande árvore, e por ela nutridos, cesso evolutivo.
cem 1casais em redor o bendiziam.
Eça de Queirós, A cidade e as serras. 25. (Fuvest) Entre as características atribuídas,
no texto, à natureza brasileira, sintetizada
1casal: pequena propriedade rústica; peque- em Rita Baiana, aquela que corresponde, de
no povoado. modo mais completo, ao teor das transfor-
23. (Fuvest) O teor das imagens empregadas no mações que o contato
tureza provocar com essa
á em Jerônimo é amesma
que se na-
ex-
texto para caracterizar a mudança pela qual pressa em:
passara Jacinto indica que a causa principal a) “era o calor vermelho das sestas da fazenda”.
dessa transformação foi: b) “era a palmeira virginal e esquiva que se não
a) o retorno a sua terra natal. torce a nenhuma outra planta”.
b) a conversão religiosa. c) “era o veneno e era o açúcar gostoso”.
c) o trabalho manual na lavoura. d) “era a cobra verde e traiçoeira”.
d) a mudança da cidade para o campo. e) “[era] a muriçoca doida, que esvoaçava ha-
e) o banimento das inovações tecnológicas. via muito tempo em torno do corpo dele”.

21
26. (Fuvest) Para entender as impressões de Je-
rônimo diante da natureza brasileira, é pre-
ciso ter como pressuposto que há:
a) um contraste entre a experiência prévia da
personagem e sua vivência da diversidade
biológica do país em que agora se encontra.
b) uma continuidade na experiência de vida da
personagem, posto que a diversidade bioló-
gica aqui e em seu local de srcem são muito
semelhantes.
c) uma ampliação no universo de conhecimen-
to da personagem, que já tinha vivência de

diversidade
pande aqui. biológica semelhante, mas a ex-
d) um equívoco na forma como a personagem
percebe e vivencia a diversidade biológica
local, que não comporta os organismos que
ele julga ver.
e) um estreitamento na experiência de vida do
personagem, que vem de um local com maior
diversidade de ambientes e de organismos.

GABARITO
1. E 2. A 3. D 4. A 5. C
6. E 7. E 8. E 9. A 10. E
11. B 12. B 13. A 14. E 15. E
16. E 17. C 18. B 19. A 20. D
21. D 22. C 23. D 24. E 25. C
26. A

22
INGLÊS

Prescrição: A prova de língua inglesa do vestibular da Fuvest exige que o candidato


saiba interpretar textos publicitários, científicos e, sobretudo, jornalísticos acompa-
nhados ou não de imagens.

2. (Fuvest) Segundo o texto, a bactéria Wolba-


chia, se inoculada nos mosquitos e bloqueia
APLICAÇÃO DOS -
CONHECIMENTOS SALA a transmissão da dengue porque:
a) torna os machos estéreis.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES b) interfere no período de acasalamento dos
mosquitos.
c) impede a multiplicação do vírus nas fêmeas.
d) impede a eclosão dos ovos que contêm ovírus.
e) diminui a quantidade de ovos depositados
About half of the world’s population is at pelas fêmeas.
risk of contracting dengue, according to the
World Health Organization. The mosquito is TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES
found in tropical and subtropical climates
around the world; however, dengue does not Working for on-demand startups like Uber
naturally occur in these creatures: the mos- and TaskRabbit is supposed to offer flexible
quitoes get dengue from us. hours and higher wages, but many workers
The mechanism of dengue infection is sim- have found the pay lower and the hours
ple. Female mosquitoes bite humans because less flexible than they expected. Even more
they need the protein found in our blood to
produce eggs. (Male mosquitoes do not bite.) surprising: percent of those chauffeuring
If the mosquito bites someone with dengue passengers and percent of those making
– and
to 12 -then, after the virus’s
day replication period,roughly eight -
bites someone deliveries said they lack personal auto in-
surance.
else – it passes d engue into its next victim’s Those are among the findings from a sur-
bloodstream. vey about the work life of independent con-
There is no vaccine against dengue, but in- tractors for on-demand startups, a booming
fecting mosquitoes with a natural bacterium sector of the tech industry, being released
called Wolbachia blocks the insects’ ability to Wednesday.
pass the disease to humans. The microbe spre- “We want to shed light on the industry
ads among both male and female mosquito- as a whole,” said Isaac Madan, a Stanford
es: infected females lay eggs that harbor the master’s candidate in bioinformatics who
bacterium, and when Wolbachia-free females worked with two other Stanford students
mate with infected males, their eggs simply and a recent alumnus on the survey of
do not hatch. Researchers are now releasing workers. “People need to understand how
Wolbachia-infected females into the wild in this space will change and evolve and help
Australia, Vietnam, Indonesia and Brazil. the economy.”
Scientific American, June 2015. Adaptado.
On-demand, often called the sharing eco-
nomy, refers to companies that let users
1. (Fuvest) De acordo com o texto, a infecção summon workers via smartphone apps to
por dengue: handle all manner of services: rides, clea-
a) propaga-se quando mosquitos fêmeas picam ning, chores, deliveries, car parking, waiting
seres humanos infectados e retransmitem a
doença a outras pessoas. in
arelines. Almost contractors
independent uniformly, rather
those than
workers
sa-
b) é provocada por mosquitos infectados depois
do acasalamento. laried employees.
c) desenvolve-se por meio das fêmeas, que That status is the main point of contention
transmitem o vírus para os machos, num cír- in a recent rash of lawsuits in which workers
culo vicioso que se repete periodicamente. are filing for employee status. While the sur-
d) desenvolve-se no corpo humano após doze vey did not directly ask contractors if they
dias da picada, período de incubação do vírus. would prefer to be employees, it found that
e) altera a proteína presente no sangue huma- their top workplace desires were to have
no que é procurada pelos mosquitos fêmeas. paid health insurance, retirement benefits
23
and paid time off for holidays, vacation and
sick days – all perks of full-time workers. RAIO X
Respondents also expressed interest in ha-
ving more chances for advancement, educa- 1. O texto coloca: “Female mosquitoes bite hu-
tion sponsorship, disability insurance and mans because they need the protein found in
human-relations support. our blood to produce eggs. […]). If the mos-
Because respondents were recruited rather quito bites someone with dengue – andthen,
than randomly selected, the survey does not after the virus’s roughly eight – to 12 – day
claim to be representational but a conclu- replication period, bites someone else – it pas-
sion one may come to is that flexibility of ses dengue into its next victim’s bloodstream”
(os mosquitos fêmeas picam os seres humanos
new jobs comes with a cost. Not all workers porque eles precisam da proteína encontrada
are prepared for that! em nosso sangue para produzir ovos […]. Se
SFChronicle.com and SFGate.com, May 20, 2015. Adaptado. o mosquito pica alguém com dengue – e en-
tão, depois do período de replicação do vírus
3. (Fuvest) Segundo o texto, empresas do tipo de aproximadamente 8 a 12 dias, pica mais al-
“on-demand”: guém – o mosquito transmite a dengue para a
a) têm pouco contato com seus prestadores de corrente sanguínea da próxima vítima).
serviços, o que dificulta o estabelecimento 2. O texto coloca: “There is no vaccine against
de planos de carreira. dengue, but infecting mosquitoes with a
b) são intermediárias entre usuários e pres- natural bacterium called Wolbachia blocks
tadores de serviços acionados por meio de the insects’ ability to pass the disease to hu-
aplicativos. mans. The microbe spreads among both male
c) remuneram abaixo do mercado seus presta- and female mosquitoes: infected females lay
dores de serviços. eggs that harbor the bacterium, and when
d) exigem dos prestadores de serviços um nú- Wolbachia-free females mate with infected
mero mínimo de horas trabalhadas por dia. males, their eggs simply do not hatch” (não
e) estão crescendo em número, mas são critica- há nenhuma vacina contra a dengue, mas in-
das pela qualidade de seus serviços. fectar mosquitos com uma bactéria natural
chamada Wolbachia bloqueia a habilidade
4. (Fuvest) Outro resultado da mesma pesqui- dos insetos de passarem a doença aos huma-
sa indica que: nos. O micróbio se espalha tanto entre mos-
quitos machos quanto fêmeas: as fêmeas in-
a) grande parte dos
“on-demand” nãotrabalhadores
pensa em terem
umempresas
registro fectadas botam ovos que possuem a bactéria
formal de trabalho.
e quando as fêmeas sem a Wolbachia cruzam
b) nem todos os trabalhadores em empresas
com machos infectados, seus ovos simples-
“on-demand” estão preparados para arcar
mente não eclodem).
com o custo de sua flexibilidade no trabalho.
3. O texto coloca: “On-demand, often called the
c) muitos dos entrevistados que prestam servi-
sharing economy, refers to companies that
ços nas empresas “on-demand” também têm
let users summon workers via smartphone
um trabalho formal.
apps to handle all manner of services...”
d) vários dos entrevistados buscam o trabalho
(On-demand, em geral chamadas de econo-
“on-demand” por conta do status que ele
mia do compartilhamento, refere-se a em-
proporciona.
presas que permitem que os usu ários convo-
e) as vantagens de um emprego formal são me-
quem trabalhadores por meio de aplicativos
nores se comparadas com as vantagens en-
de smartphones para lidar com vários tipos
de serviços...).
volvidas no trabalho “on-demand”.
4. O texto coloca: “...flexibility of new jobs co-
mes with a cost. Not all workers are prepared
5. (Fuvest) Um dos resultados da pesquisa re- for that!” (...a flexibilidade de novos empre-
alizada com prestadores de serviços de em- gos vem com um custo. Nem todos os traba-
presas do tipo “on-demand” mostra que es- lhadores estão prontos pra isso).
ses trabalhadores: 5. O texto coloca: “...it found that their top
a) consideram a flexibilidade do horário de tra- workplace desires were to have paid heal-
balho o ponto alto de sua opção profissional. th insurance, retirement benefits and paid
b) pagam seus próprios seguros-saúde e planos time off for holidays, vacation and sick days
de aposentadoria. – all perks of full-time workers” (ele [o es-
c) investem no seu aprimoramento profissional tudo] descobriu que seus maiores desejos
para obter melhores ganhos no futuro. [dos trabalhadores de empresas on-demand]
d) têm a opção de tirar fériasquando desejarem, eram de ter seguro de saúde, benefícios de
com o apoio das empresas e dos familiares. aposentadoria, férias, feriados e licenças
e) desejam ter os mesmos benefícios sociais médicas remunerados – todos privilégios de
que trabalhadores assalariados. trabalhadores de tempo integral).
24
GABARITO PRÁTICA DOS
1. A 2. D 3. B 4. B 5. E CONHECIMENTOS - E.O.
TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES

You know the exit is somewhere along this


stretch of highway, but you have never taken
it before and do not want to miss it. As you
carefully scan the side of the road for the exit
sign, numerous distractions intrude on your
visual field: billboards, a snazzy convertible,
a cell phone buzzing on the dashboard. How
does your brain focus on the task at hand?
To answer this question, neuroscientists ge-
nerally study the way the brain strengthens
its response to what you are looking for –
jolting itself with an especially large elec-
trical pulse when you see it. Another mental
trick may be just as important, according
to a study published in April in the Journal
of Neuroscience: the brain deliberately we-
akens its reaction to everything else so that
the target seems more important in compa-
rison. Such research may eventually help
scientists understand what is happening in
the brains of people with attention proble-
ms, such as attention-deficit/hyperactivity
disorder. And in a world increasingly perme-
ated by distractions – a major contributor to
traffic accidents – any insights into how the
brain pays attention should get ours.
Scientific American, July 2014. Adaptado

1. (Fuvest) O foco principal do texto são as:


a) várias
estamosdistrações que se apresentam quando
dirigindo.
b) estratégias que nosso cérebro utiliza para se
concentrar em uma tarefa.
c) informações que nosso campo visual precisa
processar.
d) decisões que tomamos quando queremos
usar um caminho novo.
e) várias tarefas que conseguimos realizar ao
mesmo tempo.

25
2. (Fuvest) De acordo com o texto, a pesquisa d) uma cidade como São Paulo será pequena se
mencionada pode comparada a outras no ano de 2050.
a) colaborar para a compreensão de nossas ati- e) os países em desenvolvimento estão lidando
tudes frente a novas tarefas. melhor com a questão do êxodo rural do que
b) ajudar pessoas que possuem diversos distúr- os países desenvolvidos.
bios mentais, ainda pouco conhecidos.
c) ajudar pessoas que, normalmente, são muito 5. (Fuvest) De acordo com o texto:
distraídas e desorganizadas. a) a população rural crescerá na mesma propor-
d) colaborar para a compreensão do modo como ção que a população urbana nos próximos 20
enxergamos o mundo. anos.
e) colaborar para a compreensão do que ocor- b) a população, nas cidades, chegará a mais de
re no cérebro de pessoas com problemas de 6 bilhões de pessoas até 2050.
atenção. c) a expansão de cidades como São Paulo é um
exemplo do crescimento global.
3. (Fuvest) Segundo estudo publicado no Jour- d) a cidade de São Paulo cresceu seis vezes
nal of Neuroscience, mencionado no texto, mais, na última década, do que o previsto
a) nossa busca pela realização de tarefas diver- por especialistas.
sas aumenta o número de pulsações elétricas e) o crescimento maior da população em cen-
produzidas pelo cérebro. tros urbanos ocorrerá em países desenvolvidos.
b) os neurocientistas estão estudando como,
sem grande esforço, conseguimos focalizar TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES
uma coisa de cada vez.
c) as pulsações elétricas produzidas pelo cére-
bro são intensas e constantes.
d) nosso cérebro reduz sua reação a estímulos
que são menos relevantes para a tarefa a ser
realizada, mantendo o foco.
e) o tipo de resposta que nosso cérebro fornece
frente a novas tarefas ainda é uma questão a
ser respondida pelos pesquisadores.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 2 QUESTÕES


Between now and 2050 the number of people
living in cities will grow from 3.9 billion to
6.3 billion. The proportion of urban dwellers
will swell from 54% to 67% of the world’s
population, according to the UN. In other A wave of anger is sweeping the cities of the
words, for the next 36 years the world’s ci- world.
ties will expand by the equivalent of si x São
Paulos every year. This growth will largely The protests have many different srcins. In
occur in developing countries. But most go- Brazil people rose up against bus fares, in
Turkey against a building project. Indone-
vernments there are ignoring the problem, sians have rejected higher fuel prices. In the
says William Cobbett of the Cities Alliance, euro zone they march against austerity, and
an NGO that supports initiatives such as the Arab spring has become a perma-protest
the one launched by New York University to against pretty much everything.
help cities make long-term preparations for Yet just as in 1848, 1968 and 1989, when
their growth. “Whether we want it or not, people also found a collective voice, the de-
urbanisation is inevitable,” say specialists. monstrators have much in common. In one
“The real question is: how can we improve country after another, protesters have risen
its quality?” up with bewildering speed. They tend to be
The Economist, June 21st 2014. Adaptado. ordinary, middle-class people,
with lists of demands. Their mixnot
of lobbies
revelry
4. (Fuvest) Segundo William Cobbett: and rage condemns the corruption, ineffi-
a) várias ONGs estão trabalhando para minimi-
ciency and arrogance of the folk in charge.
Nobody can know how 2013 will change the
zar os problemas enfrentados nas cidades. world – if at all. In 1989 the Soviet empi-
b) as maiores migrações para as cidades tive- re teetered and fell. But Marx’s belief that
ram início há 36 anos. 1848 was the first wave of a proletarian
c) a maioria dos governantes de países em de- revolution was confounded by decades of
senvolvimento não está dando atenção à ex- flourishing capitalism and 1968 did more to
plosão demográfica nas cidades. change sex than politics. Even now, though,
26
the inchoate significance of 2013 is discer- 8. (Fuvest) No texto, ao se comparar o México
nible. And for politicians who want to pedd- aos Estados Unidos, afirma-se que, no México:
le the same old stuff, news is not good. a) o produto interno bruto é equivalente a 50%
The Economist, June 29, 2013. Adaptado. do produto interno bruto dos Estados Uni-
dos.
b) os índices de mortalidade adulta vêm cres-
6. (Fuvest) Segundo o texto, os protestos de cendo, nos últimos anos.
2013, em diversos lugares do mundo: c) as mulheres representam 50% da população-
a) vêm perdendo força por falhas de organiza- escolarizada.
ção. d) as políticas educacionais são insuficientes e
b) questionam a atuação doslobbies nas reivin- estão defasadas.
dicações das diversas classes sociais. e) as taxas de mortalidade feminina adulta são

c) condenam a corrupção e outros comporta- pouco superiores às norte-americanas.


mentos inadequados da classe política.
d) resultam de motivações econômicas precisas. 9. (Fuvest) O argumento central do texto é o
e) têm poucos aspectos em comum. de que níveis mais altos de escolaridade es-
tão diretamente relacionados a:
7. (Fuvest) Ao comparar os protestos de 2013 a) índices mais baixos de mortalidade.
b) crescimento econômico acentuado.
com movimentos políticos passados, afirma-
c) mais empregos para as mulheres.
-se, no texto, que:
d) menores taxas de natalidade.
a) nem sempre esses movimentos expressam
e) melhorias nos serviços de saúde.
anseios coletivos.
b) as crenças de Marx se confirmaram, mesmo
após 1848.
10. (Fuvest) De acordo com o texto, “about 10
c) as revoltas de 1968 causaram grandes mu-
percent lowermortality rates” éresultado de :
a) “10 percent increase in GDP”.
danças políticas.
b) “child mortality reductions”.
d) não se sabe se os protestos de 2013 mudarão
c) “equivalent per capita GDP”.
o mundo.
d) “economic growth”.
e) mudanças de costumes foram as principais e) “one year of schooling”.
consequências de movimentos passados.

TEXTO PARA AS PRÓXIMAS 3 QUESTÕES


To live the longest and healthiest life possi- GABARITO
ble, get smarter. Institute for Health Metrics
and Evaluation (IHME) data show that past a 1. B 2. E 3. D 4. C 5. B
certain threshold, health and wealth are just 6. C 7. D 8. E 9. A 10. E
weakly correlated. However, overall health is
closely tied to how many years people spend
in school. Mexico, for instance, has a fifth
the per capita gross domestic product (GDP)
of the United States, but, for women, more
than 50 percent of the latter’s schooling.
In line with the trend, Mexico’s female adult
mortality rate is only narrowly higher. Viet-
nam and Yemen have roughly equivalent per
capita GDP. Yet Vietnamese women average
6.3 more years in school and are half as li-
kely to die between the ages of 15 and 60.
“Economic growth is also significantly asso-
ciated
the with childofmortality
magnitude reductions,
the association but
is much
smaller than that of increased education,”
comments Emmanuela Gakidou, IHME’s di-
rector of education and training. “One year
of schooling gives you about 10 percent lo-
wer mortality rates, whereas with a 10 per-
cent increase in GDP, your mortality rate
would go down only by 1 to 2 percent.”
Discover, May 31, 2013. Adaptado.

27
REDAÇÃO

FUVEST - JUSTIÇA
Com base nas ideias e sugestões presentes na imagem e nos textos aqui reunidos, redija uma dissertação argu-
mentativa, em prosa, sobre o seguinte tema: O lugar da Justiça na humanidade.

Texto I

Médicos atendem membro da Klu Klux Klan

Texto II
Nada é impossível de mudar Suplicamos expressamente: consciente,
não aceiteis o que é de hábito como
Bertold Brecht de humanidade desumanizada,
coisa natural, nada deve parecer natural nada
Desconfiai do mais trivial, pois em tempo de desordem san- deve parecer impossível de mudar.
na aparência singelo. grenta,
E examinai, sobretudo, o que parece de confusão organizada, de arbitra-
habitual. riedade

Texto III

O “reconhecimento” se impôs como um conceito-chave de nosso tempo. Herdado da filosofia hegeliana, encontra
novo sentido no momento em que o capitalismo acelera os contatos transculturais, destrói sistemas de interpre-
tação e politiza identidades. Os grupos mobilizados sob a bandeira da nação, da etnia, da “raça”, do gênero e da
sexualidade lutam para que “suas diferenças sejam reconhecidas”. Nessas batalhas, a identidade coletiva substitui
os interesses de classe como fator de mobilização política – cada vez mais a reivindicação é ser “reconhecido”
29
como negro, homossexual ou ortodoxo em vez de proletário ou burguês; a injustiça fundamental não é mais sinô-
nimo de exploração, e sim de dominação cultural.
Há duas concepções globais de injustiça. A primeira, a injustiça social resultaria da estrutura econômica
da sociedade e se concretizaria na forma de exploração ou miséria. A segunda, de natureza cultural ou simbólica,
decorreria de modelos sociais de representação que, ao imporem seus códigos de interpretação e seus valores,
excluiriam os “outros” e engendrariam a dominação cultural, o não reconhecimento ou, finalmente, o desprezo.
Essa distinção entre injustiça cultural e injustiça econômica não deve mascarar o fato de que, na prática, as
duas formas estão imbricadas e, em geral, se reforçam dialeticamente. A subordinação econômica impede de fato a
participação na produção cultural, cujas normas, por sua vez, são institucionalizadas pelo Estado e pela economia.
http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1199

Texto IV

Desde a concepção cósmica, pela qual justo seria que cada coisa ocupasse seu lugar no universo, discute-se com
profundidade e veemência, mas sem acordo, o exato delineamento de justiça. Logo destacaram os seus aspectos
sociais, aplicando-se aquela noção cósmica aos seres humanos em que dada uma ordem social aceita, qualquer
alteração dela seria injusta. Depois a justiça como equilíbrio no intercâmbio de bens entre os membros da socieda-
de. Se houvesse desequilíbrio haveria injustiça, que deveria ser compensada. Neste sentido chegou-se a considerar
justo vingar o dano em igualdade “olho por olho, dente por dente”.
http://intranet.viannajr.edu.br/revista/dir/doc/art_20001.pdf

30
PROPOSTA EXTRA - FUVEST 2004 (O TEMPO)
Nos três textos abaixo, manifestam-se diferentes concepções do tempo ; o autor de cada um deles expõe uma
determinada relação com a passagem do tempo . Leia-os com atenção:

Texto I Texto III

Mais do que nunca a história é atualmente revista ou Não se afobe, não,


inventada por gente que não deseja o passado real, Que nada é pra já,

mas Os
(...) somente um da
negócios passado que sirvasão
humanidade a seus
hojeobjetivos.
conduzi- O
Eleamor
podenão tem em
esperar pressa,
silêncio
dos especialmente por tecnocratas, resolvedores de Num fundo de armário,
problemas, para quem a história é quase irrelevante; Na posta-restante,
por isso, ela passou a ser mais importante para nosso Milênios, milênios
entendimento do mundo do que anteriormente. No ar...
(Eric Hobsbawm, Tempos interessantes: uma vida no século
XX) E quem sabe, então,
O Rio será
Alguma cidade submersa.
Texto II Os escafandristas virão
Explorar sua casa,
O que existe é o dia a dia. Ninguém vai me dizer que Seu quarto, suas coisas,
o que aconteceu no passado tem alguma coisa a ver Sua alma, desvãos...
com o presente, muito menos com o futuro. Tudo é
hoje, tudo é já. Quem não se liga na velocidade mo- Sábios em vão
derna, quem não acompanha as mudanças, as des- Tentarão decifrar
cobertas, as conquistas de cada dia, fica parado no O eco de antigas palavras,
tempo, não entende nada do que está acontecendo. Fragmentos de cartas, poemas,
(Herberto Linhares, depoimento) Mentiras, retratos,
Vestígios de estranha civilização.

Não se afobe, não,


Que nada é pra já,
Amores serão sempre amáveis.
Futuros amantes quiçá
Se amarão, sem saber,
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você.
(Chico Buarque, “Futuros amantes”)

Redija uma DISSERTAÇÃO EM PROSA, na qual você apontará, sucintamente, as diferentes concepções do
tempo, presentes nos três textos, e argumentará em favor da concepção do tempo com a qual você mais se iden-
tifica.

31
Modelo 1

32
Modelo 2
Tempo
Cora Ramos

O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Foi essa a tentativa de
Bento, já idoso, ao tentar reconstruir a casa em que vivera, na rua de Matacavalos. Essa passagem do romance
machadiano demonstra a incapacidade humana de apreender o tempo. Isso se prova ao longo da narrativa, en-
quanto o personagem principal procura convencer o leitor de que Capitu o teria traído. Uma vez que as palavras
são apenas ecos de sua própria memória, vestígios daquilo que ele foi capaz de lembrar-se, não é possível confiar
nesse narrador fragmentado, nem nesse tempo, que pode ser produto de sua imaginação.
Essa angústia humana de controlar o tempo se dá também com a projeção de futuro. O cinema tratou de
produzir uma imensa seleção de filmes, sucessos de bilheteria, que tentam desvendar os segredos do tempo. Em
Efeito Borboleta, o protagonista tenta, incansavelmente, alterar momentos de seu passado a fim de interferir no
futuro das pessoas que ama. O resultado disso é a sua completa ruína e a autoanulação. O destino se mostra
inalterável, fatal.
Tudo isso não é diferente ao tentar agarrar a volatilidade do presente. O homem vivencia a eterna busca
pelo Carpe Diem; procura o tudo no hoje. No entanto, o agora também lhe escapa. A tecnologia dá a ilusão, por
meio da fotografia, do registro desse presente. Barthes destrói-nos esse sonho quando afirma que, ao olharmos
para uma fotografia, apreciamos o passado, um momento já morto, que jamais será repetido. Essa mesma sensação
se dá diante tentativa de escolher qualquer produto: na modernidade, aquilo que se adquire como última geração
é programado para tornar-se imediatamente obsoleto, ultrapassado pela perspectiva de uma novidade.
Diante desse panorama, o que resta ao homem são os documentos que compõem a história como ciência.
Com ela, pode-se compreender as causas e consequências dos grandes acontecimentos. Assim como nos anos 60,
os Estados Unidos enviaram suas tropas ao Vietnam com a suposta missão de pacificar o país em guerra, o mesmo
tipo de intervenção se deu há quase dez anos no Iraque. Agora, com a crise síria, o ciclo se completa pela terceira
vez.
Dessa forma, é notável que o tempo é inapreensível em todas as suas dimensões. Ao homem resta a
angústia de eternamente tentar compreendê-lo e, ao mesmo tempo, pautar-se na memória histórica, coletiva, para
então tomar decisões diante dos ciclos que esse tempo apresenta.

33
PROPOSTA EXTRA - FUVEST 2010 (O MUNDO E AS IMAGENS)
Um mundo por imagens

Fonte: http://www.imotion.com.br/imagens/data/media/83/4582janela.jpg.
Acessado em 15/10/2009. Adaptado

A imaginação simbólica é sempre um fator de equilí- Ao invés de nos relacionarmos diretamente


brio. O símbolo é concebido como uma síntese equi- com a realidade, dependemos cada vez mais de
libradora, por meio da qual a alma dos indivíduos uma vasta gama de informações, que nos alcan-
oferece soluções apaziguadoras aos problemas. çam com mais poder, facilidade e rapidez. É como
Gilbert Durand. se ficássemos suspensos entre a realidade da vida
diária e sua representação.
Tânia Pellegrini. Adaptado.

Na civilização em que se vive hoje, constroem-se imagens, as mais diversas, sobre os mais variados aspectos;
constroem-se imagens, por exemplo, sobre pessoas, fatos, livros, instituições e situações.
No cotidiano, é comum substituir-se o real imediato por essas imagens.
Dentre as possibilidades de construção de imagens enumeradas acima, em negrito, escolha apenas uma,
como tema de seu texto, e redija uma dissertação em prosa, lançando mão de argumentos e informações que deem
consistência a seu ponto de vista.

Instruções
§ Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da modalidade escrita culta da língua
portuguesa.
§ Dê um título para sua redação, a qual deverá ter entre 20 e 30 linhas.
§ NÃO será aceita redação em forma de verso.
34
Modelo 1

35
Modelo 2

36
PROPOSTA EXTRA - FUVEST 2011 (ALTRUÍSMO)
Observe esta imagem e leia com atenção os textos abaixo.

Texto 1

Um grandioso e raro espetáculo da natureza estáem cena no Rio de Janeiro. Trata-se da


floração de palmeirasCorypha umbraculifera, ou palma talipot, no Aterro do Flamengo.
Trazidas do Sri Lanka pelo paisagista Roberto Burle Marx, elas florescem uma
única vez na vida, cerca de cinquenta anos depois de plantadas. Em seguida, iniciam
um longo processo de morte, período em que produzem cerca de uma tonelada de
sementes.
http://veja.abril.com.br, 09/12/2009. A daptado.

Texto 2

Quando Roberto Burle Marx plantou apalma talipot, um visitante teria comentado: “Como elas levam tanto tempo
para florir, o senhor não estará mais aquipara ver”. O paisagista, então com mais de 50anos, teria dito:
“Assim como alguém plantou para que eu pudesse ver, estou plantando para que outros também possam
contemplar”.
http://www.abap.org.br. Paisagem Escrita. nº 131, 10/11/2009. Adap tado.

Texto 3

Onde não há pensamento a longo prazo, dificilmente pode haver um senso de destino compartilhado, um senti-

mento
riedadedetem
irmandade, um impulso
pouca chance de brotardeecerrar
fincarfileiras, ficar
raízes. Os ombro a ombrodestacam-se
relacionamentos ou marchar sobretudo
no mesmopela
passo. A solida-e
fragilidade
pela superficialidade.
Z. Bauman. Vidas desperdiçadas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. Adaptado.

Texto 4

A cultura do sacrifício está morta. Deixamos de nos reconhecer na obrigação de viver em nome de qualquer coisa
que não nós mesmos.
G. Lipovetsky, cit. por Z. Bauman, em A arte da vida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.

Como mostram os textos 1 e 2, a imagem de abnegação fornecida pelapalma talipot, que, de certo modo, “sacrifica”
a própria vida para criar novas vidas, é reforçada peloaltruísmo* de Roberto Burle Marx, que a plantou, não para seu
próprio proveito, mas para o dos outros. Em contraposição , o mundo atual teria escolhidoo caminho oposto.
Com base nas ideias e sugestões presentes na imagem e nos textos aqui reunidos, redija uma dissertação
argumentativa, em prosa, sobre o seguinte tema:

O altruísmo e o pensamento a longo prazo ainda têm lugar no mundo contemporâneo?


*Altruísmo = s.m. Tendência ou inclinação de natureza instintiva que incita o ser humano à preocupação com o outro.
Dicionário Houaiss da língua portuguesa , 2009.

Instruções:
§ Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da modalidade escrita culta da língua
portuguesa.
§ A redação deverá ter entre 20 e 30 linhas.
§ Dê um título a sua redação.
37
Modelo 1

38
Modelo 2

39
Modelo 3

40
QUESTÕES OBJETIVAS
Ciências Humanas
- história
e suas tecnologias

R.P.A. Fuvest
Revisão Programada Anual
Fuvest - História Geral

Mundo contemporâneo, 27%


Mundo moderno, 21%
Antiguidade clássica, 12%
Idade media, 7%
Atualidades, 5%
Antiguidade oriental, 2%
Pre-história, 2%
América Colonial, 5%
América Independete,2%
Problemas sociais, 5%
História da arte, 5%
Conhecimentos gerais, 5%
História da ciência, 2%

Fuvest - História do Brasil

Sistema colonial, 34%


Segundo Reinado, 18%
República Oligárquia, 15%
Primeiro Reinado, 9%
Nova Repúplica, 9%
Período Militar, 9%
Período Regencial, 6%
HISTÓRIA GERAL

Prescrição: Para desenvolver os exercícios, foque em Grécia e Roma antiga. Reveja


Baixa Idade Média, expansão marítima, absolutismo, revoluções europeias, escravis-
mo colonial e formação dos Estados Unidos. Sobre o século XX, as grandes guerras
mundiais, os movimentos de descolonização e de contestação cultural pós-1945.

PLICAÇÃO DOS
A
CONHECIMENTOS - SALA
1. (Fuvest) Há cerca de 2000 anos, os sítios superficiais e sem cerâmica dos caçadores antigos foram
substituídos por conjuntos que evidenciam uma forte mudança na tecnologia e nos hábitos. Ao
mesmo tempo que aparecem a cerâmica chamada itararé (no Paraná) ou taquara (no Rio Grande
do Sul) e o consumo de vegetais cultivados, encontram-se novas estruturas de habitações.
André Prous. O Brasil antes dos brasileiros. A pré-história do nosso país. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 49. Adaptado.

O texto associa o desenvolvimento da agricultura com o da cerâmica entre os habitantes do atual


território do Brasil, há 2000 anos. Isso se deve ao fato de que a agricultura:
a) favoreceu a ampliação das trocas comerciais com povos andinos, que dominavam as técnicas de pro-
dução de cerâmica e as transmitiram aos povos guarani.
b) possibilitou que os povos que a praticavam se tornassem sedentários e pudessem armazenar alimen-
tos, criando a necessidade de fabricação de recipientes para guardá-los.
c) proliferou, sobretudo, entre os povos dos sambaquis, que conciliaram a produção de objetos de cerâ-
mica com a utilização de conchas e ossos na elaboração de armas e ferramentas.
d) difundiu-se, srcinalmente, na ilha de Fernando de Noronha, região de caça e coleta restritas, o que
forçava as populações locais a desenvolver o cultivo de alimentos.
e) era praticada, prioritariamente, por grupos que viviam nas áreas litorâneas e que estavam, portanto, mais
sujeitos a influências culturais de povos residentes fora da América.

2. (Fuvest) Examine estas imagens produzidas no antigo Egito:

As imagens revelam:
a) o caráter familiar do cultivo agrícola no Oriente Próximo, dada a escassez de mão de obra e a proibição,
no antigo Egito, do trabalho compulsório.
b) a inexistência de qualquer conhecimento tecnológico que permitisse o aprimoramento da produção de
alimentos, o que provocava longas temporadas de fome.
c) o prevalecimento da agricultura como única atividade econômica, dada a impossibilidade de caça ou
pesca nas regiões ocupadas pelo antigo Egito.
d) a dificuldade de acesso à água em todo o Egito, o que limitava as atividades de plantio e inviabilizava
a criação de gado de maior porte.
e) a importância das atividades agrícolas no antigo Egito, que ocupavam os trabalhadores durante apro-
ximadamente metade do ano.

43
3. (Fuvest) Em certos aspectos, os gregos da An- 5. (Fuvest) O desenvolvimento de teorias cien-
tiguidade foram sempre um povo disperso. tíficas, geralmente, tem forte relação com
Penetraram em pequenos grupos no mundo contextos políticos, econômicos, sociais e
mediterrânico e, mesmo quando se instala- culturais mais amplos. A evolução dos con-
ram e acabaram por dominá-lo, permanece- ceitos básicos da Termodinâmica ocorre,
ram desunidos na sua organização política. principalmente, no contexto:
No tempo de Heródoto, e muito antes dele, a) da Idade Média.
encontravam-se colônias gregas não somen- b) das grandes navegações.
te em toda a extensão da Grécia atual, como c) da Revolução Industrial.
também no litoral do Mar Negro, nas costas d) do período entre as duas grandes guerras
da atual Turquia, na Itália do sul e na Sicília mundiais.
oriental, na costa setentrional da África e no e) da Segunda Guerra Mundial.
litoral mediterrânico
desta elipse da França.
de uns 2500 No interior
km de comprimen-
to, encontravam-se centenas e centenas de 6. (Fuvest) No século XIX, o surgimento do
comunidades que amiúde diferiam na sua transporte ferroviário provocou profundas
estrutura política e que afirmaram sempre a modificações em diversas partes do mundo,
sua soberania. Nem então nem em nenhuma possibilitando maior e melhor circulação de
outra altura, no mundo antigo, houve uma pessoas e mercadorias entre grandes distân-
nação, um território nacional único regido cias. Dentre tais modificações, as ferrovias:
por uma lei soberana, que se tenha chamado a) facilitaram a integração entre os Estados
Grécia (ou um sinônimo de Grécia). nacionais latino-americanos, ampliaram a
FINLEY M. I. O mundo de Ulisses. Lisboa: venda do café brasileiro para os países vizi-
Editorial Presença, 1972. Adaptado. nhos e estimularam a constituição de amplo
mercado regional.
Com base no texto, pode-se apontar corre-
b) permitiram que a cidade de Manchester se
tamente:
a) a desorganização política da Grécia antiga, conectasse diretamente com os portos do sul
que sucumbiu rapidamente ante as investi- da Inglaterra e, dessa forma, provocaram o
das militares de povos mais unidos e mais surgimento do s istema de fábrica.
bem preparados para a guerra, como os egíp- c) facilitaram a integração comercial do oci-
cios e macedônios. dente com o extremo oriente, substituíram o
b) a necessidade de profunda centralização polí- transporte
râneo de mercadorias
e despertaram pelode
o sonho marintegração
Mediter-
tica, como a ocorrida entre os romanos e car-
tagineses, para que um povo pudesse expandir mundial.
seu território e difundir sua produção cultural. d) permitiram uma ligação mais rápida e ágil,
c) a carência, entre quase todos os povos da nos Estados Unidos, entre a costa leste e a
Antiguidade, de pensadores políticos, ca- costa oeste, chegando até a Califórnia, palco
pazes de formular estratégias adequadas de da famosa corrida do ouro.
estruturação e unificação do poder político. e) permitiram a chegada dos europeus ao cen-
d) a inadequação do uso de conceitos moder- tro da África, reforçaram a crença no poder
nos, como nação ou Estado nacional, no es-
tudo sobre a Grécia antiga, que vivia sob ou- transformador da tecnologia e demonstra-
tras formas de organização social e política. ram a capacidade humana de se impor à na-
e) a valorização, na Grécia antiga, dos princí- tureza.
pios do patriotismo e do nacionalismo, como
forma de consolidar política e economica-
mente o Estado nacional. RAIO X
4. (Fuvest) “A instituição das corveias variava 1. A resposta cabe a todos os povos no perío-
de acordo com os domínios senhoriais, e, no do neolítico, entendido não por sua datação,
interior de cada um, de acordo com o estatu-
to jurídico dos camponeses, ou de seus man- mashumana.
ção pelas mudanças na forma
Nesse período de organiza-
grupos humanos
sos [parcelas de terra].” aprenderam a domesticar plantas e animais,
Marc Bloch. Os caracteres srcinais da França rural, 1952.
determinante para a sedentarização. Mui-
Esta frase sobre o feudalismo trata: tos denominam esse processo de Revolução
a) da vassalagem. Agrícola e de Revolução Urbana, respectiva-
b) do colonato. mente. A produção de cerâmica permitiu o
c) do comitatus. armazenamento de parte da produção agrí-
d) da servidão. cola, ainda voltada para o consumo das pró-
e) da guilda. prias comunidades.
44
2. A agricultura – marca básica da passagem do
Paleolítico para o Neolítico – foi a base das PRÁTICA DOS
CONHECIMENTOS - E.O.
primeiras civilizações antigas, como o Egito
Antigo. Parte central da economia egípcia, a
agricultura movimentava todos os segmen-
tos sociais egípcios, como mostram as ima- 1. (Fuvest) Os impérios do mundo antigo ti-
gens. nham ampla abrangência territorial e estru-
3. A Grécia Antiga nunca chegou a ser uma Na- turas politicamente complexas, o que impli-
ção ou um Império (termo muito usado na cava custos crescentes de administração. No
Antiguidade). A Grécia era o que chamamos caso do Império Romano da Antiguida de, são
de organização em cidades-Estados. Sendo exemplos desses custos:
assim, cada povo grego, em cada cidade-Es- a) as expropriações de terras dos patrícios e a
tado, viviaouadisperso,
tralizado sua maneira,
como de modo descen-
classifica o autor geração de empregos para os plebeus.
do texto que acompanha a questão. b) os investimentos na melhoria dos serviços
4. Na época do feudalismo, a corveia era tra- de assistência e da previdência social.
balho gratuito que os servos e camponeses c) as reduções de impostos, que tinham a fina-
deviam prestar ao seu senhor feudal ou ao lidade de evitar revoltas provinciais e rebeli-
Estado três ou mais dias por semana, carac- ões populares.
terizando-se como um dos tributos previstos d) os gastos cotidianos das famílias pobres com
no contrato de enfeudação. alimentação, moradia, educação e saúde.
5. Os conceitos básicos da Termodinâmica foram e) as despesas militares, a realização de obras
alavancados a partir de 1698 com a invenção públicas e a manutenção de estradas.
da primeira térmica, uma bomba d’água que
funcionava com vapor, criada por Thomas Se- 2. (Fuvest) O aparecimento da pólis constitui,
very para retirar água das minas de carvão,
na Inglaterra. A partir daí, essa máquina foi na história do pensamento grego, um acon-
sendo cada vez mais aprimorada com a con- tecimento decisivo. Certamente, no plano
tribuição de vários engenheiros, inventores intelectual como no domínio das institui-
e construtores de instrumentos, como James ções, só no fim alcançará todas as suas con-
Watt. Por volta de 1760, a máquina térmicajá sequências; a pólis conhecerá etapas múl-
tiplas e formas variadas. Entretanto, desde
era na
ção umRevolução
sucesso, tendo importante contribui-
Industrial. seu advento, que se pode situar entre os sé-
A Primeira Revolução Industrial revolucio- culos VIII e VII a.C., marca um começo, uma
nou a maneira como se produziam as mer- verdadeira invenção; por ela, a vida social e
cadorias, em especial com a criação de ma- as relações entre os homens tomam uma for-
quinários movidos a vapor. Na Inglaterra da ma nova, cuja srcinalidade será plenamente
década de 1770, o mercado de tecidos, os sentida pelos gregos.
transportes (como trens e navios) e as comu- Jean-Pierre Vernant. As srcens do pensamento
nicações funcionavam a partir de máquina a grego. Rio de Janeiro: Difel, 1981. Adaptado.
vapor. Logo, a termodinâmica está relaciona-
da à Revolução Industrial. De acordo com o texto, na A ntiguidade, uma
6. No século XIX o transporte ferroviário se de- das transformações provocadas pelo surgi-
senvolveu na Europa e na América, inclusive mento da pólis foi:
no Brasil. Em nosso país esteve ligado à ex- a) o declínio da oralidade, pois, em seu terri-
portação de café para a Europa, escoando o tório, toda estratégia de comunicação era
produto do interior para os portos de Santos
baseada na escrita e no uso de imagens.
e Rio de Janeiro. Na Inglaterra, as ferrovias
são posteriores ao surgimento do “sistema b) o isolamento progressivo de seus membros,
de fábrica”, necessárias para escoar a produ- que preferiam o convívio familiar às relações
ção em expansão. As ferrovias foram funda- travadas nos espaços públicos.
mentais nos EUA, pois foi no século XIX que c) a manutenção de instituições políticas arcai-
as terras no sul, até a Califórnia no extremo cas, que reproduziam, nela, o poder absolu-
oeste, pertencentes ao México, foram con- to de srcem divina do monarca.
quistadas e tiveram sua exploração iniciada. d) a diversidade linguística e religiosa, pois sua
difusa organização social dificultava a cons-
GABARITO trução de identidades culturais.
e) a constituição de espaços de expressão e
discussão, que ampliavam a divulgação das
1. B 2. E 3. D 4. D 5. C 6. D ações e ideias de seus membros.

45
3. (Fuvest) César não saíra de sua província d) altas concentrações fundiárias e capitalistas.
para fazer mal algum, mas para se defender e) formas de economias de subsistência pré-
dos agravos dos inimigos, para restabelecer -agrícolas.
em seus poderes os tribunos da plebe que ti -
nham sido, naquela ocasião, expulsos da Ci- 6. (Fuvest) A cidade é [desde o ano 1000] o
dade, para devolver a liberdade a si e ao povo principal lugar das trocas econômicas que
romano oprimido pela facção minoritária. recorrem sempre mais a um meio de troca
Caio Júlio César. A Guerra Civil. São Paulo: essencial: a moeda. [...] Centro econômico,
Estação Liberdade, 1999, p. 67. a cidade é também um centro de poder. Ao
O texto, do século I a.C., retrata o cenário lado do e, às vezes, contra o poder tradicio-
romano de: nal do bispo e do senhor, frequentemente
a) implantação da Monarquia, quando a aristo- confundidos numa única pessoa, um grupo
cracia perseguia seus opositores e os forçava de homens“liberdades”,
conquista novos, os cidadãos ou burgueses,
privilégios cada vez
ao ostracismo, para sufocar revoltas oligár-
quicas e populares. mais amplos.
b) transição da República ao Império, período GOFF Jacques Le. São Francisco de Assis. Rio
de Janeiro: Record, 2010. Adaptado.
de reformulações provocadas pela expansão
mediterrânica e pelo aumento da insatisfa- O texto trata de um período em que:
ção da plebe. a) os fundamentos do sistema feudal coexis-
c) consolidação da República, marcado pela tiam com novas formas de organização polí-
participação política de pequenos proprietá- tica e econômica, que produziam alterações
rios rurais e pela implementação de amplo na hierarquia social e nas relações de poder.
programa de reforma agrária. b) o excesso de metais nobres na Europa provo-
d) passagem da Monarquia à República, período cava abundância de moedas, que circulavam
apenas pelas mãos dos grandes banqueiros e
de consolidação oligárquica, que provocou a dos comerciantes internacionais.
ampliação do poder e da influência política c) o anseio popular por liberdade e igualdade
dos militares. social mobilizava e unificava os trabalhado-
e) decadência do Império, então sujeito a inva- res urbanos e rurais e envolvia ativa partici-
sões estrangeiras e à fragmentação política pação de membros do baixo clero.
gerada pelas rebeliões populares e pela ação d) a Igreja romana, que s e opunha ao acúmulo
dos bárbaros. de bens materiais, enfrentava forte oposição
da burguesia
prietários ascendente e dos grandes pro-
de terras.
4. (Fuvest) A escravidão na Roma antiga: e) as principais características do feudalismo,
a) permaneceu praticamente inalterada ao lon- sobretudo a valorização da terra, haviam
go dos séculos, mas foi abolida com a intro- sido completamente superadas e substitu-
dução do cristianismo. ídas pela busca incessante do lucro e pela
b) previa a possibilidade de alforria do escravo valorização do livre comércio.
apenas no caso da morte de seu proprietá-
rio. 7. (Fuvest) Assim como o camponês, o merca-
c) era restrita ao meio rural e associada ao tra- dor está a princípio submetido, na sua ativi-
balho braçal, não ocorrendo em áreas urba- dade profissional, ao tempo meteorológico,
nas, nem atingindo funções intelectuais ou ao ciclo das estações, à imprevisibilidade
administrativas. das intempéries e dos cataclismos naturais.
d) pressupunha que os escravos eram humanos Como, durante muito tempo, não houve nes-
e, por isso, era proibida toda forma de casti- se domínio senão necessidade de submissão
go físico. à ordem da natureza e de Deus, o mercador
e) variou ao longo do tempo, mas era determi- só teve como meio de ação as preces e as prá-
nada por três critérios: nascimento, guerra e
ticas supersticiosas. Mas, quando se organiza
uma rede comercial, o tempo se torna obje-
direito civil. to de medida. A duração de uma viagem por
mar ou por terra, ou de um lugar para ou-
5. (Fuvest) A palavra
consigo vários sentidos.“feudalismo” carrega
Dentre eles, podem- tro,
umaomesma
problema dos preços
operação que, no
comercial, curso
mais de
ainda
-se apontar aqueles ligados a: quando o circuito se complica, sobem ou des-
a) sociedades marcadas por dependências mútu- cem _ tudo isso se impõe cada vez mais à
as e assimétricas entre senhores e vassalos. sua atenção. Mudança também importante: o
b) relações de parentesco determinadas pelo mercador descobre o preço do tempo no mes-
mo momento em que ele explora o espaço,
local de nascimento, sobretudo quando ur- pois para ele a duração essencial é aquela de
bano. um trajeto.
c) regimes inteiramente dominados pela fé re- Jacques Le Goff. Para uma outra Idade Média.
ligiosa, seja ela cristã ou muçulmana. Petrópolis: Vozes, 2013. Adaptado.

46
O texto associa a mudança da percepção do 9. (Fuvest) Quando Bernal Díaz avistou pela
tempo pelos mercadores medievais ao: primeira vez a capital asteca, ficou sem pa-
a) respeito estrito aos princípios do livre co- lavras. Anos mais tarde, as palavras viriam:
mércio, que determinavam a obediência às ele escreveu um alentado relato de suas ex-
regras internacionais de circulação de mer- periências como membro da expedição espa-
cadorias. nhola liderada por Hernán Cortés rumo ao
b) crescimento das relações mercantis, que pas- Império Asteca. Naquela tarde de novembro
saram a envolver territórios mais amplos e de 1519, porém, quando Díaz e seus compa-
distâncias mais longas. nheiros de conquista emergiram do desfila-
c) aumento da navegação oceânica, que permi- deiro e depararam-se pela primeira vez com
tiu o estabelecimento de relações comerciais
regulares com a América. o Vale do México lá embaixo, viram um ce-
d) avanço das superstições na Europa ocidental, nário que, anos depois, assim descreveram:
que se difundiram a partir de contatos com “vislumbramos tamanhas
não sabíamos o que maravilhas
dizer, nem se o queque
se
povos do leste desse continente e da Ásia.
e) aparecimento dos relógios, que foram inven- nos apresentava diante dos olhos era real”.
tados para calcular a duração das viagens Matthew Restall. Sete mitos da conquista espanhola. Rio de
ultramarinas. Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p. 15-16. Adaptado.

O texto mostra um aspecto importante da con-


8. (Fuvest) Deve-se notar que a ênfase dada à
faceta cruzadística da expansão portuguesa quista da América pelos espanhóis, a saber:
não implica, de modo algum, que os inte- a) a superioridade cultural dos nativos ameri-
resses comerciais estivessem dela ausentes canos em relação aos europeus.
– como tampouco o haviam estado das cru- b) o caráter amistoso do primeiro encontro e da
zadas do Levante, em boa parte manejadas posterior convivência entre conquistadores
e financiadas pela burguesia das repúblicas e conquistados.
marítimas da Itália. Tão mesclados andavam c) a surpresa dos conquistadores diante de ma-
os desejos de dilatar o território cristão com nifestações culturais dos nativos a mericanos.
as aspirações por lucro mercantil que, na sua d) o reconhecimento, pelos nativos, da impor-
oração de obediência ao pontífice romano, D. tância dos contatos culturais e comerciais
João II não hesitava em mencionar entre os com os europeus.
serviços prestados por Portugal à cristandade e) a rápida desaparição das culturas nativas da
o trato do ouro da Mina, “comércio tão santo, América Espanhola.
tão
dor,seguro
“nuncae antes
tão ativo”
nem que o nome
de ouvir doconhe-
dizer Salva-
cido”, ressoava agora nas plagas africanas… 10. (Fuvest) “O senhor acredita, então”, insis-
Luiz Felipe Thomaz, “D. Manuel, a Índia e tiu o inquisidor, “que não se saiba qual a
o Brasil”. Revista de História (USP), 161, 2º melhor lei?” Menocchio respondeu: “Senhor,
Semestre de 2009, p.16-17. Adaptado. eu penso que cada um acha que sua fé seja
a melhor, mas não se sabe qual é a melhor;
Com base na afirmação do autor, pode-se di- mas, porque meu avô, meu pai e os meus são
zer que a expansão portuguesa dos séculos cristãos, eu quero continuar cristão e acredi-
XV e XVI foi um empreendimento: tar que essa seja a melhor fé”.
a) puramente religioso, bem diferente das cru-
Carlo Ginzburg. O queijo e os vermes. São Paulo:
zadas dos séculos anteriores, já que essas Companhia das Letras, 1987, p. 113.
eram, na realidade, grandes empresas co-
merciais financiadas pela burguesia italiana. O texto apresenta o diálogo de um inquisidor
b) ao mesmo tempo religioso e comercial, já com um homem (Menocchio) processado, em
que era comum, à época, a concepção de que 1599, pelo Santo Ofício. A posição de Menoc-
a expansão da cristandade servia à expansão chio indica:
econômica e vice-versa. a) uma percepção da variedade de crenças, pas-
c) por meio do qual os desejos por expansão síveis de serem consideradas, pela Igreja ca-
territorial portuguesa, dilatação da fé cristã
e conquista de novos mercados para a econo- tólica, como heréticas.
mia europeia mostrar-se-iam incompatíveis. b) uma críticae àeliminar
combater incapacidade da Igreja catinternas.
suas dissidências ólica de
d) militar, assim como as cruzadas dos séculos
anteriores, e no qual objetivos econômicos e c) um interesse de conhecer outras religiões e
religiosos surgiriam como complemento ape- formas de culto, atitude estimulada, à épo-
nas ocasional. ca, pela Igreja católica.
e) que visava, exclusivamente, lucrar com o d) um apoio às iniciativas reformistas dos pro-
comércio intercontinental, a despeito de, testantes, que defendiam a completa liber-
oficialmente, autoridades políticas e religio- dade de opção religiosa.
sas afirmarem que seu único objetivo era a e) uma perspectiva ateísta, baseada na sua ex-
expansão da fé cristã. periência familiar.
47
11. (Fuvest) O texto é parte de uma carta enviada por
Graco Babeuf à sua mulher, no início da Re-
volução Francesa de 1789. O autor:
a) discorda dos propósitos revolucionários e
defende a continuidade do Antigo Regime,
seus métodos e costumes políticos.
b) apoia incondicionalmente as ações dos re-
volucionários por acreditar que não havia
outra maneira de transformar o país.
c) defende a criação de um poder judiciário,
que atue junto ao rei.
d) caracteriza a violência revolucionária como
A imagem pode ser corretamente lida como uma: uma reação aos castigos e à repressão antes
existentes na França.
a) defesa do mercantilismo e do protecionismo
comercial ingleses, ameaçados pela cobiça e) aceita os meios de tortura empregados pelos
de outros impérios, sobretudo o francês. revolucionários e os considera uma novidade
b) crítica à monarquia inglesa, vista, no con- na história francesa.
texto da expansão revolucionária francesa,
como opressora da própria sociedade inglesa. 14. (Fuvest) Maldito, maldito criador! Por que eu
c) alegoria das pretensões francesas sobre a In- vivo? Por que não extingui, naquele instan-
glaterra, já que Napoleão Bonaparte era fre- te, a centelha de vida que você tão desuma-
quentemente considerado, pela burguesia,
um líder revolucionário ateu. namente me concedeu? Não sei! O desespero
d) apologia da monarquia e da igreja inglesas, ainda não se apoderara de mim. Meus sen-
contrárias à laicização da política e dos cos- timentos eram de raiva e vingança. Quando
tumes típicos da Europa da época. a noite caiu, deixei meu abrigo e vagueei
e) propaganda de setores comerciais ingleses, pelos bosques. (...) Oh! Que noite miserável
defensores dos monopólios comerciais e con- passei eu! Sentia um inferno devorar-me, e
trários ao livre-cambismo que, à época, ga- desejava despedaçar as árvores, devastar e
nhava força no país. assolar tudo o que me cercava, para depois
sentar-me e contemplar satisfeito a destrui-
12. (Fuvest) As chamadas “revoluções inglesas”,
transcorridas entre 1640 e 1688, tiveram ção.humana
cie Declareie,uma guerra
acima sem quartel
de tudo, contra àaquele
espé-
como resultados imediatos: que me havia criado e me lançara a esta in-
a) a proclamação dos Direitos do Homem e do suportável desgraça!
Cidadão e o fim dos monopólios comerciais.
Mary Shelley. Frankenstein. 2ª ed. Porto Alegre: LPM, 1985.
b) o surgimento da monarquia absoluta e as
guerras contra a França napoleônica. O trecho acima, extraído de uma obra lite-
c) o reconhecimento do catolicismo como reli- rária publicada pela primeira vez em 1818,
gião oficial e o fortalecimento da ingerência pode ser lido corretamente como uma:
papal nas questões locais. a) apologia à guerra imperialista, incorporando
d) o fim do anglicanismo e o início das demar- o desenvolvimento tecnológico do período.
cações das terras comuns. b) crítica à condição humana em uma socie-
e) o fortalecimento do Parlamento e o aumen- dade industrializada e de grandes avanços
to, no governo, da influência dos grupos li- científicos.
gados às atividades comerciais.
c) defesa do clericalismo em meio à crescente
laicização do mundo ocidental.
13. (Fuvest) Oh! Aquela alegria me deu náuseas. d) recusa do evolucionismo, bastante em voga
Sentia-me ao mesmo tempo satisfeito e des-
contente. E eu disse: tanto melhor e tanto no período.
pior. Eu entendia que o povo comum esta- e) adesão a ideias e formulações humanistas de

va tomando
essa justiça, amas
justiça em suas
poderia mãos.
não ser Aprovo
cruel? Cas- igualdade social.
tigos de todos os tipos, arrastamentos e es- 15. (Fuvest) A ideia de ocupação do continen-
quartejamentos, tortura, a roda, o cavalete, te pelo povo americano teve também raízes
a fogueira, verdugos proliferando por toda populares, no senso comum e também em
parte trouxeram tanto prejuízo aos nossos
costumes! Nossos senhores colherão o que fundamentos religiosos. O sonho de esten-
semearam. der o princípio da “união” até o Pacífico foi
Graco Babeuf, citado por R. Darnton. O beijo de chamado de “Destino Manifesto”.
Lamourette. Mídia, cultura e revolução. São Paulo: Nancy Priscilla S. Naro. A formação dos Estados
Companhia das Letras, 1990, p. 31. Adaptado. Unidos. São Paulo: Atual, 1986, p. 19.

48
A concepção de “Destino Manifesto”, cunha- a) o tifo, quando a humanidade enfrentou as
da nos Estados Unidos da década de 1840: duas grandes guerras mundiais do século XX,
a) difundiu a ideia de que os norte-americanos era uma ameaça porque ainda não tinha se
eram um povo eleito e contribuiu para jus- desenvolvido a biologia microscópica, que
tificar o desbravamento de fronteiras e a ex- anos depois permitiria identificar a existên-
pansão em direção ao Oeste. cia da doença.
b) tinha srcem na doutrina judaica e enfati- b) parte significativa da pesquisa biológica foi
abandonada em prol do atendimento de de-
zava que os homens deviam temer a Deus e mandas militares advindas dessas duas guer-
respeitar a todos os semelhantes, indepen- ras, o que causou um generalizado abandono
dentemente de sua etnia ou posição social. dos recursos necessários ao controle de do-
c) baseava-se no princípio do multiculturalis- enças como o tifo.
mo e impediu a propagação de projetos ou c) as epidemias, nas duas guerras mundiais, não
ideologia s racistas no Sul e no Norte dos Es-
tados Unidos. afetaram
que estes,osaocombatentes
contrário dosdos países ricos,dos
combatentes já
d) derivou de princípios calvinistas e rejei- países pobres, encontravam-se imunizados
tava a valorização do individualismo e do contra doenças causadas por vírus.
aventureirismo nas campanhas militares de d) a ameaça constante de epidemia de tifo re-
conquista territorial, privilegiando as ações sultava da precariedade das condições de hi-
coordenadas pelo Estado. giene e saneamento decorrentes do enfren-
tamento de populações humanas submetidas
e) defendia a necessidade de se preservar a na- a uma escala de destruição incomum promo-
tureza e impediu o prosseguimento das guer- vida pelas duas guerras mundiais.
ras contra indígenas, na conquista do Centro e) o tifo, principalmente na Primeira Guerra
e do Oeste do território norte-americano. Mundial, foi utilizado como arma letal con-
tra exércitos inimigos no leste europeu, que
16. (Fuvest) A exploração da mão de obra es- eram propositadamente contaminados com
crava, o tráfico negreiro e o imperialismo o vírus da doença.
criaram conflitivas e duradouras relações de
aproximação entre os continentes africano 18. (Fuvest) O que acontece quando a gente se
vê duplicado na televisão? (...) Aprendemos
e europeu. Muitos países da África, mesmo não só durante os anos de formação mas
depois de terem se tornado independentes, também na prática a lidar com nós mesmos
continuaram usando a língua dos coloniza- com esse “eu” duplo. E, mais tarde, (...) em
dores. de:
oficial O português, por exemplo, é língua 1974, ainda de
nitenciária detido para averiguaçãoquando
Colônia-Ossendorf, na pe-
a) Camarões, Angola e África do Sul. me foi atendida, sem problemas, a solici-
b) Serra Leoa, Nigéria e África do Sul. tação de um aparelho de televisão na cela,
c) Angola, Moçambique e Cabo Verde. apenas durante o período da Copa do Mundo,
d) Cabo Verde, Serra Leoa e Sudão. os acontecimentos na tela me dividiram em
e) Camarões, Congo e Zimbábue. vários sentidos. Não quando os poloneses jo-
garam uma partida fantástica sob uma chu-
va torrencial, não quando a partida contra a
17. (Fuvest) Quando a guerra mundial de 1914- Austrália foi vitoriosa e houve um empate
-1918 se iniciou, a ciência médica tinha contra o Chile, aconteceu quando a Alema-
feito progressos tão grandes que se espera- nha jogou contra a Alemanha. Torcer para
va uma conflagração sem a interferência de quem? Eu ou eu torci para quem? Para que
grandes epidemias. Isso sucedeu na frente
ocidental, mas à leste o tifo precisou de ape- lado vibrar? Qual Alemanha venceu?
Gunter Grass. Meu século. Rio de Janeiro:
nas três meses para aparecer e se estabele- Record, 2000, p. 237. Adaptado.
cer como o principal estrategista na região
(...). No momento em que a Segunda Guerra O trecho acima, extraído de uma obra literá-
Mundial está acontecendo, em territórios em ria, alude a um acontecimento diretamente
que o tifo é endêmico, o espectro de uma relacionado:
grande epidemia constitui ameaça constan- a) à política nazista de fomento aos esportes
te. Enquanto estas linhas estão sendo escri-
tas (primavera de 1942) já foram recebidas b) considerados
ao aumento da “arianos”
criminalidade
na Alemanha.
na Alemanha,
notificações de surtos locais, e pequenos, com o fim da Segunda Guerra Mundial.
mas a doença parece continuar sob controle c) à Guerra Fria e à divisão política da Ale-
e muito provavelmente permanecerá assim manha em duas partes, a “ocidental” e a
por algum tempo. “oriental”.
Henry E. Sigerist, Civilização e doença. São d) ao recente aumento da população de imi-
Paulo: Hucitec, 2010, p. 130-132. grantes na Alemanha e reforço de sentimen-
tos xenófobos.
O correto entendimento do texto acima per- e) ao caráter despolitizado dos esportes em um
mite afirmar que: contexto de capitalismo globalizado.
49
19. (Fuvest) Examine a seguinte imagem, que foi Entre os exemplos do alongamento dos con-
inspirada pela situação da Índia de 1946. flitos internos nos países africanos em fun-
ção de “interesses extracontinentais”, a que
se refere o texto, pode-se citar a participa ção:
a) da Holanda e da Itália na guerra civil do Zai-
re, na década de 1960, motivada pelo con-
trole sobre a mineração de cobre na região.
b) dos Estados Unidos na implantação do apar-
theid na África do Sul, na década de 1970,
devido às tensões decorrentes do movimento
pelos direitos civis.
c) da França no apoio à luta de independên-
cia namotivada
1950, Argélia epelo
no Marrocos, na controlar
interesse em década de
as reservas de gás natural desses países.
d) da China na luta pela estabilização política
no Sudão e na Etiópia, na década de 1960,
motivada pelas necessidades do governo Mao
Tse-Tung em obter fornecedores de petróleo.
e) da União Soviética e Cuba nas guerras ci-
vis de Angola e Moçambique, na década de
1970, motivada pelas rivalidades e interes-
ses geopolíticos característicos da Guerra
Fria.

21. (Fuvest) Somos produto de 500 anos de luta:


A leitura correta da imagem permite con- primeiro, contra a escravidão, na Guerra
cluir que ela constitui uma crítica: de Independência contra a Espanha, enca-
a) à passividade da ONU e dos países do cha- beçada pelos insurgentes; depois, para evi-
mado Terceiro Mundo diante do avanço do tar sermos absorvidos pelo expansionismo
fundamentalismo hindu no sudeste asiático. norte-americano; em seguida, para promul-
gar nossa Constituição e expulsar o Império
b) àdia,
oficialização da religião
diante da qual muçulmana
seria preferível suana Ín-
ma- Francês de nosso solo; depois, a ditadura
nutenção como Estado cristão. porfirista nos negou a aplicação justa das
leis de Reforma e o povo se rebelou criando
c) ao colonialismo britânico, metaforicamente seus próprios líderes; assim surgiram Villa
representado por animais ferozes prontos a e Zapata, homens pobres como nós, a quem
destruir a liberdade do povo hindu. se negou a preparação mais elementar, para
d) aos políticos que, distanciados da realidade assim utilizar-nos como bucha de canhão
da maioria da população, não seriam capa- e saquear as riquezas de nossa pátria, sem
zes de enfrentar os maiores desafios que se importar que estejamos morrendo de fome
impunham à união do país. e enfermidades curáveis, sem importar que
e) à desesperança do povo hindu, que deve- não tenhamos nada, absolutamente nada,
ria, não obstante as dificuldades pelas quais nem um teto digno, nem terra, nem tra-
passara durante anos de dominação britâni- balho, nem saúde, nem alimentação, nem
ca, ser mais otimista.
educação, sem ter direito a eleger livre e de-
mocraticamente nossas autoridades, sem in-
dependência dos estrangeiros, sem paz nem
20. (Fuvest) Fosse com militares ou civis, a Áfri- justiça para nós e nossos filhos.
ca esteve por vários anos entregue a dita- “Primeira declaração da Selva Lacandona” (janeiro de
dores. Em alguns países, vigorava uma es- 1994), in Massimo di Felice e Cristoval Muñoz (orgs.).
A revolução invencível. Subcomandante Marcos e
pécie de semidemocracia, com uma oposição Exército Zapatista de Libertação Nacional. Cartas e
consentida e controlada, um regime que era, comunicados. São Paulo: Boitempo, 1998. Adaptado.
em última análise, um governo autoritário.
A única saída para os insatisfeitos e também O documento, divulgado no início de 1994
para aqueles que tinham ambições de poder pelo Exército Zapatista de Libertação Nacio-
passou a ser a luta armada. Alguns países nal, refere-se, entre outros processos histó-
foram castigados por ferozes guerras civis, ricos, à:
que, em certos casos, foram alongadas por a) luta de independência contra a Espanha, no
interesses extracontinentais. início do século XIX, que erradicou o traba-
Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos lho livre indígena e fundou a primeira repú-
meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 139. blica na América.
50
b) colonização francesa do território mexicano, 23. (Fuvest) Cartaz de 1994 da campanha de
entre os séculos XVI e XIX, que implantou o Nelson Mandela à presidência da África do
trabalho escravo indígena na mineração. Sul.
c) reforma liberal, na metade do século XX,
quando a Igreja Católica passou a controlar
quase todo o território mexicano.
d) guerra entre Estados Unidos e México, em
meados do século XIX, em que o México per-
deu quase metade de seu território.
e) ditadura militar, no final do século XIX, que
devolveu às comunidades indígenas do Mé-
xico as terras
capitalismo expropriadas
internacional. e rompeu com o

22. (Fuvest)

Essa campanha representou a:


a) luta dos sul-africanos contra o regime do
apartheid então vigente.
b) conciliação entre os segregacionistas e os
A fotografia acima, tirada em Beijing, China, partidários da democracia racial.
em 1989, pode ser identificada, corretamen-
te, como:
c) proposta de ampliação da luta antiapartheid
no continente africano.
a) reveladora do sucateamento do exército chi- d) contemporização diante dos atos de violên-
nês, sinal mais visível da crise econômica cia contra os direitos humanos.
que então se abateu sobre aquela potência e) superação dos preconceitos raciais por parte
comunista. dos africânderes.
b) emblema do conflito cultural entre Ocidente
e Oriente, que resultou na recuperação de 24. (Fuvest) O processo de expansão das carac-
valores religiosos ancestrais na China. terísticas multilaterais do sistema ociden-
c) demonstração da incapacidade do Partido tal nas diversas áreas do mundo conheceu
Comunista Chinês de impor sua política pela crescente impasse a partir do início do novo
força, já que o levante daquele ano derrubou século. A sustentabilidade de um sistema
o regime. substancialmente unipolar mostrou-se cada
d) montagem jornalística, logo desmascarada vez mais crítica, precisamente em face das
pela revelação de que o homem que nela
transformações estruturais, ligadas, antes
de mais nada, ao crescimento econômico da
aparece é chinês, enquanto os tanques são
Ásia, que pareciam complementar e susten-
soviéticos.
tar a ordem mundial do pós-Guerra Fria. A
e) símbolo do confronto entre liberdade de ex-
pressão e autoritarismo político, ainda hoje ameaça do internacional
terrorismo fundamentalismo islâmico
dividiu e do
o Ocidente.
marcante naquele país. O papel de pilar dos Estados Unidos oscilou
entre um unilateralismo imperial, tendendo
a renegar as próprias características da he-
gemonia, e um novo multilateralismo, ainda
a ser pensado e definido.
Silvio Pons. A revolução global: h istória
do comunismo internacional (1917-1991).
Rio de Janeiro: Contraponto, 2014.

51
O texto propõe uma interpretação do cenário
internacional no princípio do século XXI e
afirma a necessidade de se:
a) valorizar a liderança norte-americana sobre
o Ocidente, pois apenas os Estados Unidos
dispõem de recursos financeiros e militares
para assegurar a nova ordem mundial.
b) reconhecer a falência do modelo comunista,
hegemônico durante a Guerra Fria, e aceitar
a vitória do capitalismo e da lógica multila-
teral que se constituiu a partir do final do
século XX.
c) combater
presenta ao terrorismo islâmico,à pois
principal ameaça ele re-
estabilidade
e à harmonia econômica e política entre os
Estados nacionais.
d) reavaliar o sentido da chamada globaliza-
ção, pois a hegemonia política e financeira
norte-americana tem enfrentado impasses e
resistências.
e) identificar o crescimento vertiginoso da Chi-
na e reconhecer o atual predomínio econô-
mico e financeiro dos países do Oriente na
nova ordem mundial.

GABARITO
1. E 2. E 3. B 4. E 5. A
6. A 7. B 8. B 9. C 10. A
11. B 12. E 13. D 14. B 15. A
16. C 17. D 18. C 19. D 20. E
21. D 22. E 23. A 24. D

52
HISTÓRIA DO BRASIL

Prescrição: Para resolver os exercícios abaixo, foque principalmente nas questões econômi-
cas, sociais e políticas do período colonial e do Império. Estude as principais características da
Primeira República (1889-1930), da ditadura civil-militar (1964-1985) e a construção da Nova
República até os dias atuais.

I II III
APLICAÇÃO DOS a) A C E
CONHECIMENTOS - SALA b) B C E
c) C B E
1. (Fuvest) Após o Tratado de Tordesilhas d) A B D
(1494), por meio do qual Portugal e Espanha e) C A D
dividiram as terras emersas com uma linha
imaginária, verifica-se um “descobrimento 2. (Fuvest) Examine o gráfico.
gradual” do atual território brasileiro.
Tendo em vista o processo da formação terri-
torial do País, considere as ocorrências e as
representações abaixo:
Ocorrências:
I. Tratado de Madrid (1750);
II. Tratado de Petrópolis (1903);
III.Constituição da República Federativa do
Brasil (1988)/consolidação da atual divi-
são dos Estados.
Representações:

O gráfico fornece elementos para afirmar:


a) A despeito de uma ligeira elevação, o tráfico
negreiro em direção ao Brasil era pouco sig-
nificativo nas primeiras décadas do século
XIX, pois a mão de obra livre já estava em
franca expansão no país.
b) As grandes turbulências mundiais de finais
do século XVIII e de começos do XIX pre-
judicaram a economia do Brasil, fortemente
dependente do trabalho escravo, mas inca-
paz de obter fornecimento regular e estável
dessa mão de obra.
c) Não obstante pressões britânicas contra o
tráfico negreiro em direção ao Brasil, ele se
manteve alto, contribuindo para que a or-
dem nacional surgida com a Independência
fosse escravista.
d) Desde o final do século XVIII, criaram-se as
condições para que a economia e a sociedade
do Império do Brasil deixassem de ser escravis-
tas, pois o tráfico negreiro estava estagnado.
e) Rapidamente, o Brasil aderiu à agenda an-
tiescravista britânica formulada no final do
século XVIII, firmando tratados de diminui-
Associe a ocorrência com sua correta repre- ção e extinção do tráfico negreiro e acatando
sentação: as imposições favoráveis ao trabalho livre.

53
3. (Fuvest) Observe a tabela: b) ausência de autonomia dos eleitores e sua fi-
delidade forçada a alguns políticos, as quais li-
IMIGRAÇÃO: BRASIL, 1881- mitavam o direito de escolha e demonstravam
1930 (EM MILHARES) a fragilidade das instituições republicanas.
Ano Chegadas c) restrição provocada pelo voto censitário,
1881-1885 133,4 que limitava o direito de participação polí-
1886-1890 391,6 tica àqueles que possuíam um certo número
1891-1895 659,7 de animais.
d) facilidade de acesso à informação e propa-
1896-1900 470,3 ganda política, permitindo, aos eleitores, a
1901-1905 279,7 rápida identificação dos candidatos que de-
1906-1910 391,6 fendiam a soberania nacional frente às ame-
1911-1915
1916-1920
611,4
186,4 e) aças estrangeiras.
ampliação do direito de voto trazida pela
República, que passou a incluir os analfabe-
1921-1925 368,6 tos e facilitou sua manipulação por políticos
1926-1930 453,6 inescrupulosos.
Total 3.964,3
Leslie Bethell (ed.), The Cambridge History 5. (Fuvest) No início de 1969, a situação po-
of Latin America, vol. IV. Adaptado.
lítica se modifica. A repressão endurece e
Os dados apresentados na tabela se expli- leva à retração do movimento de massas. As
cam, dentre outros fatores: primeiras greves, de Osasco e Contagem, têm
a) pela industrialização significativa em esta- seus dirigentes perseguidos e são suspensas.
dos do Nordeste do Brasil, sobretudo aquela O movimento estudantil reflui. A oposição
ligada a bens de consumo. liberal está amordaçada pela censura à im-
b) pela forte demanda por força de trabalho prensa e pela cassação de mandatos.
criada pela expansão cafeeira nos estados do Apolônio de Carvalho. Vale a pena sonhar.
Sudeste do Brasil. Rio de Janeiro: Rocco, 1997, p. 202.
c) pela democracia racial brasileira, a favorecer O testemunho, dado por um participante da
a convivência pacífica entre culturas que, resistência à ditadura militar brasileira, sin-
nos seus continentes de srcem, poderiam tetiza o panorama político dos últimos anos
até mesmo
d) pelos ser rivais.
expurgos em massa promovidos em pa- da década de 1960, marcados:
a) pela adesão total dos grupos oposicionistas
íses que viviam sob regimes fascistas, como à luta armada e pela subordinação dos sin-
Itália, Alemanha e Japão. dicatos e centrais operárias aos partidos de
e) pela supervalorização do trabalho assalaria- extrema esquerda.
do nas cidades, já que no campo prevalecia a b) pelo bipartidarismo implantado por meio do
mão de obra de srcem escrava, mais barata. Ato Institucional nº 2, que eliminou toda
forma de oposição institucional ao regime
4. (Fuvest) militar.
c) pela desmobilização do movimento estu-
dantil, que foi bastante combativo nos anos
imediatamente posteriores ao golpe de 64,
mas depois passou a defender o regime.
d) pelo apoio da maioria das organizações da
sociedade civil ao governo militar, empenha-
das em combater a subversão e afastar, do
Brasil, o perigo comunista.
e) pela decretação do Ato Institucional nº 5,
que limitou drasticamente a liberdade de ex-
pressão e instituiu
repressão medidas
aos opositores doque ampliaram a
regime.

A charge satiriza uma prática eleitoral pre- 6. (Fuvest) O presidente do Senado, José Sar-
sente no Brasil da chamada “Primeira Repú- ney (PMDB-AP), disse nesta segunda-feira
blica”. Tal prática revelava a: [30/5] que o impeachment do ex-presidente
a) ignorância, por parte dos eleitores, dos ru- Fernando Collor de Mello foi apenas um “aci-
mos políticos do país, tornando esses eleito- dente” na história do Brasil. Sarney mini-
res adeptos de ideologias políticas nazifas- mizou o episódio em que Collor, que atual-
cistas. mente é senador, teve seus direitos políticos
54
cassados pelo Congresso Nacional. “Eu não 3. O crescimento da imigração no Brasil deve-se
posso censurar os historiadores que foram a dois fatores básicos, a saber: (1) o crescimen-
encarregados de fazer a história. Mas acho to do ciclo cafeeiro no Brasil e (2) a abolição da
que talvez esse episódio seja apenas um aci- escravatura, em 1888, que exigiu a substitui-
dente que não devia ter acontecido na histó- ção da mão de obra escrava pela livre.
ria do Brasil”, disse o presidente do Senado. 4. A imagem retrata a prática do voto de ca-
Correio Braziliense, 30/05/2011. bresto: os poderosos coronéis utilizavam de
táticas de coação para manipular as eleições,
Sobre o “episódio” mencionado na notícia obrigando seu “rebanho” a votar em candi-
acima, pode-se dizer acertadamente que foi datos por eles (coronéis) escolhidos.
um acontecimento: 5. Poucos grupos políticos, mesmo de esquerda,
a) de grande impacto na história recente do fizeram a opção pela luta armada, que teve
Brasil
políticae de
teveFernando
efeitos negativos na trajetória
Collor, o que faz com pequena expressão
se comparada no país,
com outras principalmente
nações da A mérica
que seus atuais aliados se empenhem em Latina. O bipartidarismo permitiu a existên-
desmerecer este episódio, tentando diminuir cia de um partido de oposição.
a importância que realmente teve. O movimento estudantil foi desmobilizado,
b) nebuloso e pouco estudado pelos historiado- mas nunca apoiou o regime militar.
res, que, em sua maioria, trataram de cen- O endurecimento do regime iniciou-se em
surá-lo, impedindo uma justa e equilibrada dezembro de 1968 com a decretação do Ato
compreensão dos fatos que o envolvem. Institucional Nº 5 (AI-5) que centralizou
ainda mais o poder a abriu caminho para
c) acidental, na medida em que oimpeachment
uma política de maior repressão à sociedade
de Fernando Collor foi considerado ilegal civil.
pelo Supremo Tribunal Federal, o que, aliás, 6. O impeachment de Collor é considerado mui-
possibilitou seu posterior retorno à cena po- to significativo na história recente do país.
lítica nacional, agora como senador. Em 1992, em meio a denúncias de corrupção,
d) menor na história política recente do Bra- eclodiu um grande movimento social, que
sil, o que permite tomar a censura em torno envolveu segmentos diferentes, nos quais se
dele, promovida oficialmente pelo Senado destacaram os estudantes, que pintaram os
Federal, como um episódio ainda menos sig- rostos de preto nas grandes manifestações
nificativo. de rua em apoio à Comissão Parlamentar de
e) indesejado pela imensa maioria dos brasilei- Inquérito (CPI) e à condenação do Presiden-
ros, o que provocou uma onda de comoção te. Apeado do poder, Collor teve seus direito
popular e permitiu o retorno triunfal de Fer- políticos cassados por oito anos e dessa for-
nando Collor à cena política, sendo candida- ma foi forçado a deixar a vida política. Seu
to conduzido por mais duas vezes ao segun- retorno deu-se com a eleição para o Senado
do turno das eleições presidenciais. em 2006 e, filiado ao PTB, levou-o a aproxi-
mar do governo Lula e dos demais aliados
deste, como o ex-presidente José Sarney.
RAIO X
1. Trata-se da formação do território brasileiro GABARITO
e da divisão política do país ao longo do tem-
po. O Tratado de Madri ([I]/mapa A) corres- 1. A 2. C 3. B 4. B 5. E 6. A
ponde à ampliação do território para áreas
a oeste do antigo Tratado de Tordesilhas. O
Tratado de Petrópolis ([II]/mapa C) refere-
-se à incorporação do Acre ao território bra-
sileiro. A Constituição de 1988 ([III]/mapa
E) determinou
com criação doaestado
atual divisão políticaado
de Tocantins país
partir
do norte de Goiás, transformou os territórios
de Roraima e Amapá em estados e incorporou
Fernando de Noronha a Pernambuco.
2. A despeito da pressão inglesa para que ocor-
resse o fim do tráfico negreiro para o Brasil,
o mesmo manteve-se em alta entre 1810 e
1830, o que contribuiu para a formação es-
cravista da nossa sociedade.
55
PRÁTICA DOS 2. (Fuvest) Admite-se que as cenouras sejam
srcinárias da região do atual Afeganistão,

CONHECIMENTOS - E.O.
tendo sido levadas para outras partes do mun-
do por viajantes ou invasores. Com base em
relatos escritos, pode-se dizer que as cenouras
1. (Fuvest) Observe o mapa abaixo. devem ter sido levadas à Europa no século XII
e, às Américas, no início do século XVII.
Em escritos anteriores ao século XVI, há re-
ferência apenas a cenouras de cor roxa, ama-
rela ou vermelha. É possível que as cenouras
de cor laranja sejam srcinárias dos Países
Baixos, e que tenham sido desenvolvidas,
inicialmente, à época do Príncipe de Orange
(1533-1584).
No Brasil, são comuns apenas as cenouras
laranja, cuja cor se deve à presença do pig-
mento betacaroteno, representado a seguir.

Com base no descrito acima, e considerando


corretas as hipóteses ali aventadas, é pos-
sível afirmar que as cenouras de coloração
laranja:
a) podem ter sido levadas à Europa pela Compa-
nhia das Índias Ocidentais e contêm um pig-
mento que é um polifenol insaturado.
b) podem ter sido levadas à Europa por rotas co-
merciais norte-africanas e contêm um pigmen-
Com base no mapa e em seus conhecimentos, to cuja molécula possui apenas duplas ligações
assinale a alternativa correta. cis.
a) O rio São Francisco foi caminho natural para c) podem ter sido levadas à Europa pelos chine-
a expansão da cana-de-açúcar e do algodão ses e contêm um pigmento natural que é um
da Zona da Mata, na Bahia, até a Capitania poliéster saturado.
d) podem ter sido trazidas ao Brasil pelos primei-
de São Paulo e Minas de Ouro. ros degredados e contêm um pigmento que é
b) A ocupação territorial de parte significativa um polímero natural cujo monômero é o etile-
dessa região foi marcada por duas caracterís- no.
ticas geomorfológicas: a serra do Espinhaço e) podem ter sido trazidas a Pernambuco durante
e o vale do rio São Francisco. a invasão holandesa e contêm um pigmento
c) Essa região caracterizava-se, nesse período, natural que é um hidrocarboneto insaturado.
por paisagens onde predominavam as minas
e os currais, mas no século XIX a mineração 3. (Fuvest) Não há trabalho, nem gênero de
vida no mundo mais parecido à cruz e à
sobrepujou as outras atividades econômicas paixão de Cristo, que o vosso em um destes
dessas capitanias. engenhos [...]. A paixão de Cristo parte foi
d) O caminho pelo rio São Francisco foi esta- de noite sem dormir, parte foi de dia sem
belecido pelas bandeiras paulistas para pe- descansar, e tais são as vossas noites e os
netração na região aurífera da Chapada dos vossos dias. Cristo despido, e vós despidos;
Parecis e posterior pagamento do “quinto” Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em
tudo maltratado, e vós maltratados em tudo.
na sede da capitania, em Salvador.
e) As bandeiras que partiam da Capitania da Os ferros,
nomes as prisões,deostudo
afrontosos, açoites,
isto as
se chagas,
compõeosa
Bahia de Todos os Santos para a Capitania vossa imitação, que, se for acompanhada de
de São Paulo e Minas de Ouro propiciaram paciência, também terá merecimento e mar-
o surgimento de localidades com economia tírio[...]. De todos os mistérios da vida, mor-
baseada na agricultura monocultora de ex- te e ressurreição de Cristo, os que pertencem
por condição aos pretos, e como por herança,
portação. são os mais dolorosos.
P. Antônio Vieira, “Sermão décimo quarto”. In: I.
Inácio & T. Lucca (orgs.). Documentos do Brasil
colonial. São Paulo: Ática, 1993, p.7375.

56
A partir da leitura do texto acima, escrito 5. (Fuvest) Os indígenas foram também utili-
pelo padre jesuíta Antônio Vieira em 1633, zados em determinados momentos, e sobre-
pode-se afirmar, corretamente, que, nas ter- tudo na fase inicial [da colonização do Bra-
ras portuguesas da América: sil]; nem se podia colocar problema nenhum
a) a Igreja católica defendia os escravos dos de maior ou melhor “aptidão” ao trabalho
excessos cometidos pelos seus senhores e os escravo (...). O que talvez tenha importado é
incitava a se revoltar. a rarefação demográfica dos aborígines, e as
b) as formas de escravidão nos engenhos eram dificuldades de seu apresamento, transpor-
te, etc. Mas na “preferência” pelo africano
mais brandas do que em outros setores eco- revela-se, mais uma vez, a engrenagem do
nômicos, pois ali vigorava uma ética religio- sistema mercantilista de colonização; esta se
sa inspirada na Bíblia. processa num sistema de relações tendentes
c) a Igreja católica apoiava, com a maioria de a promover a acumulação primitiva de ca-
seus
tratandmembros, a escravidão
o, portanto, dos com
de justificá-la africanos,
base pitais
isto é, na metrópole; ora,das
o abastecimento o tráfico
colôniasnegreiro,
com es-
na Bíblia. cravos, abria um novo e importante setor do
d) clérigos, como padre Vieira, se mostravam comércio colonial, enquanto o apresamento
indecisos quanto às atitudes que deveriam dos indígenas era um negócio interno da co-
tomar em relação à escravidão negra, pois a lônia. Assim, os ganhos comerciais resultan-
própria Igreja se mantinha neutra na ques- tes da preação dos aborígines mantinham-se
tão. na colônia, com os colonos empenhados nes-
e) havia formas de discriminação religiosa que se se “gênero de vida”; a acumulação gerada no
sobrepunham às formas de discriminação ra- comércio de africanos, entretanto, fluía para
cial, sendo estas, assim, pouco significativas. a metrópole; realizavam-na os mercadores
metropolitanos, engajados no abastecimento
dessa “mercadoria”. Esse talvez seja o segre-
4. (Fuvest) Eu por vezes tenho dito a V. A. do da melhor “adaptação” do negro à lavoura
aquilo que me parecia acerca dos negócios ... escravista. Paradoxalmente, é a partir do
da França, e isto por ver por conjecturas e tráfico negreiro que se pode entender a es-
aparências grandes aquilo que podia suce- cravidão africana colonial, e não o contrário.
der dos pontos mais aparentes, que consigo Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na
traziam muito prejuízo ao estado e au mento crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo:
Hucitec, 1979, p. 105. Adaptado.
dos senhorios de V. A. E tudo se encerrava

nestos
em vós,de
Senhor,
fazer que
trabalhardes
esta gentecom
nãomodos
houvesse
ho- Nesse trecho, o autor afirma que, na América
portuguesa:
de entrar nem possuir coisa de vossas na- a) os escravos indígenas eram de mais fácil ob-
vegações, pelo grandíssimo dano que daí se tenção do que os de srcem africana, e por
podia seguir. isso a metrópole optou pelo uso dos primeiros,
Serafim Leite. Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil, 19 54. já que eram mais produtivos e mais rentáveis.
O trecho acima foi extraído de uma carta di- b) os escravos africanos aceitavam melhor o tra-
rigida pelo padre jesuíta Diogo de Gouveia balho duro dos canaviais do que os indígenas,
ao rei de Portugal D. João III, escrita em Pa- o que justificava o empenho de comerciantes
ris, em 17/02/1538. Seu conteúdo mostra: metropolitanos em gastar mais para a obten-
a) a persistência dos ataques franceses contra ção, na África, daqueles trabalhadores.
a América, que Portugal vinha tentando co- c) o comércio negreiro só pôde prosperar por-
lonizar de modo efetivo desde a adoção do que alguns mercadores metropolitanos pre-
sistema de capitanias hereditárias. ocupavam-se com as condições de vida dos
b) os primórdios da aliança que logo se esta- trabalhadores africanos, enquanto que ou-
beleceria entre as Coroas de Portugal e da tros os consideravam uma “mercadoria”.
França e que visava a combater as preten- d) a rentabilidade propiciada pelo emprego da
sões expansionistas da Espanha na América. mão de obra indígena contribuiu decisiva-
c) a preocupação dos jesuítas portugueses com mente para que, a partir de certo momento,
aBrasil,
expansão de exercendo
vinham jesuítas franceses, que, no
grande influência também
dos escravoso africanos
na lavoura, fossem
que resultou emprega-
em um lucra-
sobre as populações n ativas. tivo comércio de pessoas.
d) o projeto de expansão territorial português e) o principal motivo da adoção da mão de obra
na Europa, o qual, na época da carta, visava de srcem africana era o fato de que esta
à dominação de territórios franceses tanto precisava ser transportada de outro conti-
na Europa quanto na América. nente, o que implicava a abertura de um
e) a manifestação de um conflito entre a recém- rentável comércio para a metrópole, que se
-criada ordem jesuíta e a Coroa portuguesa articulava perfeitamente às estruturas do
em torno do combate à pirataria francesa. sistema de colonização.
57
6. (Fuvest) O tráfico de escravos africanos para c) a cultura indígena, extinta graças ao pro-
o Brasil: cesso colonizador europeu, foi recriada de
a) teve início no final do século XVII, quando modo mitológico no Brasil dos anos 1940.
as primeiras jazidas de ouro foram descober- d) a cultura xinguana, ao contrário de outras
tas nas Minas Gerais. culturas indígenas, não foi afetada pelo pro-
b) foi pouco expressivo no século XVII, ao cesso colonizador europeu.
e) não há relação direta entre, de um lado, o
contrário do que ocorreu nos séculos XVI e processo colonizador europeu e, de outro, a
XVIII, e foi extinto, de vez, no início do sé- mortalidade indígena e a perda de sua iden-
culo XIX. tidade cultural.
c) teve início na metade do século XVI, e foi
praticado, de forma regular, até a metade do 9. (Fuvest) É assim extremamente simples a
século XIX. estrutura social da colônia no primeiro sécu-
d) foi extinto,
Brasil, quando
a despeito da Independência
da pressão contrária dasdo lo e meio
a duas de colonização.
classes: Reduz-se
de um lado em suma
os proprietários
regiões auríferas. rurais, a classe abastada dos senhores de en-
e) dependeu, desde o seu início, diretamente genho e fazenda; doutro, a massa da popu-
do bom sucesso das capitanias hereditárias, lação espúria dos trabalhadores do campo,
escravos e semilivres. Da simplicidade da i n-
e, por isso, esteve concentrado nas capita- fraestrutura econômica – a terra, única força
nias de Pernambuco e de São Vicente, até o produtiva, absorvida pela grande exploração
século XVIII. agrícola – deriva a da estrutura social: a redu-
zida classe de proprietários e a grande massa,
7. (Fuvest) A economia das possessões colo- explorada e oprimida. Há naturalmente no
niais portuguesas na América foi marcada seio desta massa gradações, que assinalamos.
por mercadorias que, uma vez exportadas Mas, elas não são contudo bastante profundas
para outras regiões do mundo, podiam alcan- para se caracterizarem em situações radical-
mente distintas.
çar alto valor e garantir, aos envolvidos em Caio Prado Jr., Evolução política do Brasil. 20ª ed.
seu comércio, grandes lucros. Além do açú- São Paulo: Brasiliense, p.28-29, 1993 [1942].
car, explorado desde meados do século XVI,
e do ouro, extraído regularmente desde fins Neste trecho, o autor observa que, na socie-
do XVII, merecem destaque, como elementos dade colonial:
a) só havia duas classes conhecidas, e que nada
de exportação presentes nessa economia: é sabido sobre indivíduos que porventura fi-
a)
b) tabaco,salalgodão
ferro, e derivados da pecuária.
e tecidos. zessem parte de outras.
b) havia muitas classes diferentes, mas só
c) escravos indígenas, arroz e diamantes. duas estavam diretamente ligadas a crité-
d) animais exóticos, cacau e embarcações. rios econômicos.
e) drogas do sertão, frutos do mar e cordoaria. c) todos os membros das classes existentes
queriam se transformar em proprietários
8. (Fuvest) A colonização, apesar de toda vio- rurais, exceto os pequenos trabalhadores li-
vres, semilivres ou escravos.
lência e disrupção, não excluiu processos de d) diversas classes radicalmente distintas umas
reconstrução e recriação cultural conduzidos das outras compunham um cenário complexo,
pelos povos indígenas. É um erro comum crer marcado por conflitos sociais.
que a história da conquista representa, para e) a população se organizava em duas classes,
os índios, uma sucessão linear de perdas em cujas gradações internas não alteravam a
vidas, terras e distintividade cultural. A cul- simplicidade da estrutura social.
tura xinguana – que aparecerá para a nação
brasileira nos anos 1940 como símbolo de 10. (Fuvest) Se o açúcar do Brasil o tem dado a
uma tradição estática, srcinal e intocada – conhecer a todos os reinos e províncias da
é, ao inverso, o resultado de uma história Europa, o tabaco o tem feito muito afamado
de contatos e mudanças, que tem início no em todas as quatro partes do mundo, em as
século X d.C. e continua até hoje. quais hoje tanto se deseja e com tantas di-
FAUSTO Carlos. Os índios antes do Brasil. ligências e por qualquer via se procura. Há
Rio de Janeiro: Zahar, 2005. pouco mais de cem anos que esta folha se
Com base no trecho acima, é correto afirmar que: começou a plantar e beneficiar na Bahia [...]
a) o processo colonizador europeu não foi vio- e, desta sorte, uma folha antes desprezada
lento como se costuma afirmar, já que ele e quase desconhecida tem dado e dá atual-
preservou e até mesmo valorizou várias cul- mente grandes cabedais aos moradores do
turas indígenas. Brasil e incríveis emolumentos aos Erários
b) várias culturas indígenas resistiram e sobre- dos príncipes.
viveram, mesmo com alterações, ao processo ANTONIL André João. Cultura e opulência do Brasil por
colonizador europeu, como a xinguana. suas drogas e minas. São Paulo: EDUSP, 2007. Adaptado.

58
O texto acima, escrito por um padre italiano c) pela renovação, em 1844, do Tratado de 1826
em 1711, revela que: com a Inglaterra, que abriu nova rota de trá-
a) o ciclo econômico do tabaco, que foi anterior fico de escravos entre Brasil e Moçambique.
ao do ouro, sucedeu o da cana-de-açúcar. d) pelo aumento da demanda por escravos no
b) todo o rendimento do tabaco, a exemplo do Brasil, em função da expansão cafeeira, a
que ocorria com outros produtos, era dire- despeito da promulgação da Lei Aberdeen,
cionado à metrópole. em 1845.
c) não se pode exagerar quanto à lucratividade e) pela aplicação da Lei Eusébio de Queirós,
propiciada pela cana-de-açúcar, já que a do que ampliou a entrada de escravos no Brasil
tabaco, desde seu início, era maior. e tributou o tráfico interno.
d) os europeus, naquele ano, já conheciam ple-
namente o potencial econômico de suas co- TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
e) lônias americanas.
a economia colonial foi marcada pela simul- Tornando da malograda espera do tigre, 1al-
taneidade de produtos, cuja lucratividade se cançou o capanga um casal de velhinhos,
relacionava com sua inserção em mercados 2que seguiam diante dele o mesmo caminho,
internacionais. e conversavam acerca de seus negócios par-
ticulares. Das poucas palavras que apanhara,
11. (Fuvest) “E o pior é que a maior parte do percebeu Jão Fera 3que destinavam eles uns
ouro que se tira das minas passa em pó e em cinquenta mil-réis, tudo quanto possuíam, à
moeda para os reinos estranhos e a menor compra de mantimentos, a fim de fazer um
quantidade é a que fica em Portugal e nas moquirão*, com que pretendiam abrir uma
cidades do Brasil...” boa roça.
João Antonil. Cultura e opulência do Brasil — Mas chegará, homem? perguntou a velha.
por suas drogas e minas, 1711.
— Há de se espichar bem, mulher!
Esta frase indica que as riquezas minerais Uma voz os interrompeu:
da colônia: — Por este preço dou eu conta da roça!
a) produziram ruptura nas relações entre Brasil — Ah! É nhô Jão!
e Portugal. Conheciam os velhinhos o capanga, a quem
b) foram utilizadas, em grande parte, para o tinham por homem de palavra, e de fazer
cumprimento do Tratado de Methuen entre o que prometia. Aceitaram sem mais hesita-
Portugal e Inglaterra. ção; e foram mostrar o lugar que estava des-
c) prestaram-se, exclusivamente, aos interesses tinado para o roçado.
mercantilistas da França, da Inglaterra e da Acompanhou-os Jão Fera; porém, 4mal seus
Alemanha. olhos descobriram entre os utensílios a en-
d) foram desviadas, majoritariamente, para a xada, a qual ele esquecera um momento no
Europa por meio do contrabando na região afã de ganhar a soma precisa, que sem mais
do rio da Prata.
deu costas ao par de velhinhos e foi-se dei-
e) possibilitaram os acordos com a Holanda que
asseguraram a importação de escravos afri- xando-os embasbacados.
ALENCAR, José de. Til.
canos. * moquirão = mutirão (mobilização coletiva
para auxílio mútuo, de caráter gratuito).
12. (Fuvest) Examine a seguinte tabela:
Ano Nº de escravos que e ntraram no Brasil 13. (Fuvest) Considerada no contexto histórico-
-social figurado no romance Til, a brusca rea-
1845 19.453
ção de Jão Fera, narrada no final do excerto,
1845 50.325 explica-se:
1847 56.172 a) pela ambição ou ganância que, no período,
1848 60.000 caracterizava os homens livres não proprie-
Dados extraídos de Emília Viotti da Costa. Da tários.
senzala à colônia. São Paulo: Unesp, 1998. b) por sua condição de membro da Guarda Na-
A tabela apresenta dados que podem ser ex- cional, que lhe interditava o trabalho na la-
plicados: voura.
a) pela lei de 1831, que reduziu os impostos c) pela indolência atribuída ao indígena, da
sobre os escravos importados da África para qual era herdeiro o “bugre”.
o Brasil. d) pelo estigma que a escravidão fazia recair
b) pelo descontentamento dos grandes proprie- sobre o trabalho braçal.
tários de terras em meio ao auge da campa- e) pela ojeriza ao labor agrícola, inerente a sua
nha abolicionista no Brasil. condição de homem letrado.

59
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO 15. (Fuvest)
V – O samba
À direita do terreiro, adumbra-se* na escuri-
dão um maciço de construções, ao qual às ve-
zes recortam no azul do céu os trêmulos vis-
lumbres das labaredas fustigadas pelo vento.
(...)
É aí o quartel ou quadrado da fazenda, nome
que tem um grande pátio cercado de senza-
las, às vezes com alpendrada corrida em vol-
ta, e um ou dois portões que o fecham como
praça d’armas.
Em torno da fogueira, já esbarrondada pelo Em seu contexto de srcem, o quadro acima
corresponde a uma:
chão, que ela cobriu de brasido e cinzas, dan- a) denúncia política das guerras entre as popu-
çam os pretos o samba com um frenesi que lações indígenas brasileiras.
toca o delírio. Não se descreve, nem se ima- b) idealização romântica num contexto de
gina esse desesperado saracoteio, no qual construção da nacionalidade brasileira.
todo o corpo estremece, pula, sacode, gira, c) crítica republicana à versão da história do
Brasil difundida pela monarquia.
bamboleia, como se quisesse desgrudar-se. d) defesa da evangelização dos índios realizada
Tudo salta, até os crioulinhos que esper- pelas ordens religiosas no Brasil.
neiam no cangote das mães, ou se enrolam e) concepção de inferioridade civilizacional dos
nas saias das raparigas. Os mais taludos vi- nativos brasileiros em relação aos indígenas
ram cambalhotas e pincham à guisa de sapos da América Espanhola.
em roda do terreiro. Um desses corta jaca 16. (Fuvest) — Não entra a polícia! Não deixa
no espinhaço do pai, negro fornido, que não entrar! Aguenta! Aguenta!
sabendo mais como desconjuntar-se, atirou — Não entra! Não entra! repercutiu a multi-
consigo ao chão e começou de rabanar como dão em coro.
um peixe em seco. (...) José de Alencar, Til. E todo
ao fogo.o cortiço ferveu que nem uma panela
(*) “adumbra-se” = delineia-se, esboça-se. — Aguenta! Aguenta!
Aluísio Azevedo, O cortiço, 1890, parte X.
14. (Fuvest) Considerada no contexto histórico a O fragmento acima mostra a resistência dos
que se refere Til, a desenvoltura com que os moradores de um cortiço à entrada de poli-
escravos, no excerto, se entregam à dança é ciais no local. O romance de Aluísio Azevedo:
representativa do fato de que: a) representa as transformações urbanas do Rio
a) a escravidão, no Brasil, tal como ocorreu na de Janeiro no período posterior à abolição da
América do Norte e no Caribe, foi branda. escravidão e o difícil convívio entre ex-escra-
b) se permitia a eles, em ocasiões especiais e vos, imigrantes e poder público.
sob vigilância, que festejassem a seu modo. b) defende a monarquia recém-derrubada e de-
c) teve início nas fazendas de café o sincretis- monstra a dificuldade da Repúblicabrasileira
de manter a tranquilidade e a harmonia so-
mo das culturas negra e branca, que viria a cial após as lutas pela consolidação do novo
caracterizar a cultura brasileira. regime.
d) o narrador entendia que o samba de terreiro c) denuncia a falta de policiamento na então ca-
era, em realidade, um ritual umbandista dis- pital brasileira e atribui os problemas sociais
farçado. existentes ao desprezo da elite paulista cafei-
e) foi a generalização, entre eles, do alcoolismo, d) cultora
valorizaem
as relação ao Rioque
lutas sociais de Janeiro.
se travavam nos
que tornou antieconômica a exploração da
mão de obra escrava nos cafezais paulistas. morros e na periferia da então capital ederal
f
e as considera um exemplo para os demais
setores explorados da população brasileira.
e) apresenta a imigração como a principal ori-
gem dos males sociais por que o país passa-
va, pois os novos empregados assalariados
tiraram o trabalho dos escravos e os margi-
nalizaram.
60
17. (Fuvest) Considerando-se o intervalo entre 20. (Fuvest) Durante os primeiros tempos de sua
o contexto em que transcorre o enredo da existência, o PCB prosseguiu em seu processo
obra Memórias de um sargento de milícias, de diferenciação ideológica com o anarquis-
de Manuel Antônio de Almeida, e a época de mo, de onde provinha parte significativa de
sua publicação, é correto afirmar que a esse
período corresponde o processo de: sua liderança e de sua militância. Nesse cur-
a) reforma e crise do Império Português na so, foi necessário, no que se refere à questão
América. parlamentar, também proceder a uma homo-
b) triunfo de uma consciência nativista e na- geneização de sua própria militância. Houve
cionalista na colônia. algumas tentativas de participação em elei-
c) Independência do Brasil e formação de seu ções e de formulação de propostas a serem
Estado nacional.
d) consolidação do Estado nacional e de crise apresentadas à sociedade que se revelaram
infrutíferas por questões conjunturais. A pri-
do regime monárquico
e) Proclamação brasileiro.
da República e instauração da meira vez em que isso ocorreu foi, em 1925,
Primeira República. no município portuário paulista de Santos,
onde os comunistas locais, apresentando-se
18. (Fuvest) Na Belle Époque brasileira, que di- pela legenda da Coligação Operária, tiveram
fusamente coincidiu com a transição para o um resultado pífio. No entanto, como todos
regime republicano, surgiram aquelas per-
guntas cruciais, envoltas no oxigênio men- os atos pioneiros, essa participação deixou
tal da época, muitas das quais, contudo, nos uma importante herança: a presença na cena
incomodam até hoje: como construir uma política brasileira dos trabalhadores e suas
nação se não tínhamos uma população de- reivindicações. Estas, em particular, expres-
finida ou um tipo definido? Frente àquele savam um acúmulo de anos de lutas do mo-
amálgama de passado e futuro, alimentado e vimento operário brasileiro.
realimentado pela República, quem era o bra-
sileiro? (...) Inúmeras tentativas de respostas Dainis Karepovs. A classe operária vai ao
Parlamento. São Paulo: Alameda, 2006, p.169.
a todas estas questões mobilizaram os inte-
lectuais brasileiros durante várias décadas. A partir do texto acima, pode-se afirmar cor-
Elias Thomé Saliba. Raízes do riso. São
Paulo: Companhia das Letras, 2002. retamente que:
a) as eleições de representantes parlamentares
Entre as tentativas de responder, durante a advindos de grupos comunistas e anarquis-
Belle Époque brasileira, às dúvidas mencio-
nadas no texto, é correto incluir: tas República,
da foram frequentes, desde a inclusive,
e provocaram, Proclamaçãoa
a) as explicações positivistas e evolucionistas
sobre o impacto da mistura de raças na for- chamada Revolução de 1930.
mação do caráter nacional brasileiro. b) comunistas, anarquistas e outros grupos de
b) os projetos de valorização dos vínculos entre representantes de trabalhadores eram for-
o caráter nacional brasileiro e os produtos malmente proibidos de participar de eleições
da indústria cultural norte-americana.
c) o reconhecimento e a celebração da srcem no Brasil desde a proclamação da República,
africana da maioria dos brasileiros e a rejei- cenário que só se modificaria com a Consti-
ção das tradições europeias. tuição de 1988.
d) a percepção de que o país estava plenamente c) as primeiras décadas do século XX represen-
inserido na modernidade e havia assumido a tam um período de grande diversidade polí-
condição de potência mundial. tico-partidária no Brasil, o que favoreceu a
e) o desejo de retornar ao período anterior à
chegada dos europeus e de recuperar pa- emergência de variados grupos de esquerda,
drões culturais e cotidianos indígenas. cuja excessiva divisão impediu-os de obter
resultados eleitorais expressivos.
19. (Fuvest) No “Manifesto Antropófago”, lan- d) as experiências parlamentares envolvendo
çado em São Paulo, em 1928, lê-se: “Quere- operários e camponeses, no Brasil da década
mos a Revolução Caraíba (...). A unificação de 1920, resultaram em sua presença domi-
homem
de todas(...).
as revoltas
Sem nós,eficazes
a Europananão
direção
teria se-
do nante nodocenário
colapso político
primeiro regimenacional, após por
encabeçado o
quer a sua pobre declaração dos direitos do Getúlio Vargas.
homem.”
Essas passagens expressam a: e) as primeiras participações eleitorais de can-
a) defesa de concepções artísticas do impres- didatos trabalhadores ganharam importância
sionismo. histórica, uma vez que a política partidária
b) crítica aos princípios da Revolução Francesa. brasileira da chamada Primeira República era
c) valorização da cultura nacional. dominada por grupos oriundos de grandes
d) adesão à ideologia socialista. elites econômicas.
e) afinidade com a cultura norte-americana.

61
21. (Fuvest) Paralelamente àabertura da Transa- e) crescimento de demanda externa por com-
mazônica processa-se o trabalho da coloniza- modities brasileiras e de grandes progressos
ção, realizado pelo Incra (Instituto Nacional na distribuição de terra, no Brasil, a peque-
de Colonização e Reforma Agrária). As peque- nos agricultores.
nas agrovilas se sucedem de vinte em vinte
quilômetros à margem da estrada, e nos cem 23. (Fuvest) A partirda redemocratização doBra-
hectares que cada colono recebeu são plan- sil (1985), é possível observar mudanças eco-
tados milho, feijão e arroz. Já no próximo nômicas significativas no país. Entre elas, a:
mês começará a plantação de cana-de-açúcar, a) exclusão de produtos agrícolas do rol das
cujas primeiras mudas, vindas dos canaviais principais exportações brasileiras.
de Sertãozinho, em São Paulo, acabaram de b) privatização de empresas estatais em diver-
ser distribuídas. Jovens agrônomos, recém- sos setores como os de comunicação e de mi-
neração.
-saídos
nos... Nodameio
universidade, orientam
da selva começam os colo-
a surgir as c) ampliação das tarifas alfandegárias de im-
portação, protegendo a indústria nacional.
agrovilas. Vindos de diferentes regiões do d) implementação da reforma agrária sem pa-
país, os colonos povoam as margens da Tran- gamento de indenização aos proprietários.
samazônica e espalham pelo chão virgem o e) continuidade do comércio internacional vol-
verde disciplinado das culturas pioneiras. Os tado prioritariamente aos mercados africa-
pastos da região são excelentes. nos e asiáticos.
Revista Manchete, 15 de abril de 1972.

Segundo o texto, é correto afirmar que a 24. (Fuvest) A população indígena brasileira au-
mentou 150% na década de 1990, passando
Transamazônica, cuja construção se iniciou de 294 mil pessoas para 734 mil, de acordo
no regime militar (1964-1985), represen- com uma pesquisa divulgada pelo Instituto
tou, inclusive: Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
a) um projeto para eliminar o controle nacional O crescimento médio anual foi de 10,8%,
e estatal dos recursos naturais da Amazônia, quase seis vezes maior do que o da popula-
facilitando o avanço de interesses britânicos ção brasileira em geral.
na região. http://webradiobrasilindigena.wordpress.com, 21/11/2007.
b) um esforço de ampliar as áreas de ocupação
na Amazônia e de construir a ideia de que A notícia acima apresenta:
se vivia um período de avanço, integração e a) dado pouco relevante, já que a maioria das
crescimento nacional. populações
em fase de indígenas
extinção, do
nãoBrasil encontra-se
subsistindo, in-
c) uma superação das dificuldades de comuni-
cação e deslocamento entre o Sul e o Norte clusive, mais nenhuma população srcinária
do país, facilitando a migração e permitindo dos tempos da colonização portuguesa da
plena integração entre os oceanos Atlântico América.
e Pacífico. b) discrepância em relação a uma forte tendên-
d) uma tentativa de reaquecer a economia da cia histórica observada no Brasil, desde o
borracha, com a criação de rotas de escoa- século XVI, mas que não é uniforme e abso-
mento rápido da produção em direção aos luta, já que nas últimas décadas não apenas
portos do Sudeste. tais populações indígenas têm crescido, mas
e) um projeto de utilização dessa estrada para também o próprio número de indivíduos que
delimitar as fronteiras entre os estados da se autodenominam indígenas.
região. c) um consenso em torno do reconhecimento
da importância dos indígenas para o conjun-
22. (Fuvest) O Movimento dos Trabalhadores to da população brasileira, que se revela na
Rurais sem Terra (MST) foi criado em 1984, valorização histórica e cultural que tais ele-
inserido em um contexto de: mentos sempre mereceram das instituições
a) abertura política democrática no Brasil e de nacionais.
crescente insatisfação com as políticas agrá- d) resultado de políticas públicas que provoca-

b) rias nacionais então


fortalecimento vigentes.militar brasileira
da ditadura ram o fim dos
de reservas conflitoseentre
indígenas os habitantes
demais agentes so-
e de aumento da imigração estrangeira para ciais ao seu redor, como proprietários rurais
o país. e pequenos trabalhadores.
c) declínio da oposição armada à ditadura mili- e) natural continuidade da tendência obser-
tar brasileira e de aumento da migração das vada desde a criação das primeiras políticas
cidades para o campo. governamentais de proteção às populações
d) aumento da dívida externa brasileira e de indígenas, no começo do século XIX, que
disseminação da pequena propriedade fun- permitiram a reversão do anterior quadro de
diária em todo o país. extermínio observado até aquele momento.

62
GABARITO
1. B 2. E 3. C 4. A 5. E
6. C 7. A 8. B 9. E 10. E
11. B 12. D 13. D 14. B 15. B
16. A 17. C 18. A 19. C 20. E
21. B 22. A 23. B 24. B

63
QUESTÕES OBJETIVAS - geografia
Ciências Humanas e suas tecnologias

R.P.A. Fuvest
Revisão Programada Anual
Fuvest - Geografia
Relevo, 8%
Vegetação, 5%
Astronomia, 2%
Espaço geográfico, 4%
Hidrografia, 5%
Clima,5%
Cartografia, 3%
População, 11%
Urbanização, 4%
Globalização, 5%
Comércio exterior e blocos econômicos, 3%
Agropecuária e extrativismo, 7%
Transportes e comunicações, 2%
Fontes de energia, indústria e comércio exterior,5%
Política econômica, 2%
Turismo, lazer ou entretenimento, 1%
Sudeste, nordeste e centro-oeste brasileiro, 6%
Questões ambientais, 5%
Geopolítica, 14%
GEOGRAFIA 1

Prescrição: É necessária a compreensão de conceitos básicos sobre cartografia do


território brasileiro, além de conhecimentos sobre fatores climáticos e geo
morfológicos do
Brasil. É também de fundamental importância interpretar modelos esquemáticos e gráficos
para a compreensão de fatores socioeconômicos na produção do espaço geográfico, nas
diferentes regiões do Brasil.

APLICAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS - SALA
1. (Fuvest) Considere os mapas sobre a produção de leite no Brasil.

Com base nos mapas e em seus conhecimentos, é correto afirmar que a produção de leite no Brasil,
no período retratado:
a) cresceu na região Nordeste, devido à substituição das plantações de algodão, na Zona da Mata, pelos
rebanhos leiteiros.
b) avançou em direção aos estados do Norte e do Centro-Oeste, em função da predominância, nessas
regiões, de climas mais secos.
c) consolidou a hegemonia de Minas Gerais, graças à alta produtividade alcançada com o melhoramento
genético dos rebanhos no Vale do Jequitinhonha.
d) aumentou, tanto em quantidade produzida quanto em número de estados produtores, graças, em
grande parte, ao crescimento do consumo interno.
e) abarcou todo o território nacional, excetuando-se os estados recobertos pela floresta amazônica, de-
vido à presença de unidades de conservação.

2. (Fuvest) O mapa representa um dos possíveis trajetos da chamada Ferrovia Transoceânica, pla-
nejada para atender, entre outros interesses, ao transporte de produtos agrícolas e de minérios,
tornando as exportações possíveis tanto pelo oceano Atlântico quanto pelo oceano Pacífico.

67
Considerando-se o trajeto indicado no mapa Considere as afirmações sobre o Sistema
e levando em conta uma sobreposição aos Aquífero Guarani.
principais domínios morfoclimáticos da I. Trata-se de um corpo hídrico subterrâneo
América do Sul e as faixas de transição entre e transfronteiriço que abrange parte da
eles, definidos pelo geógrafo Aziz Ab’Sáber, Argentina, do Brasil, do Paraguai e do
pode-se identificar a seguinte sequência de Uruguai.
domínios, do Brasil ao Peru:
a) Chapadões florestados, cerrados, caatingas, II. Representa o mais importante aquífero
pantanal, andes equatoriais. da porção meridional do continente sul-
b) Mares de morros, pantanal, chaco central, -americano e está associado às rochas
andes equatoriais. cristalinas do Pré-Cambriano.
c) Chapadões florestados, chaco central, cerra- III.A grande incidência de poços que se ob-

d) dos,
Marespunas.
de morros, cerrados, amazônico, an- serva
menorna região A é eexplicada
profundidade por sua
intensa atividade
des equatoriais. econômica nessa região.
e) Mares de morros, cerrados, caatingas, ama- IV. A baixa incidência de poços na região in-
zônico, punas. dicada pela letra B deve-se à existência,
aí, de uma área de cerrado com predomí-
3. (Fuvest) São objetivos do Plano Diretor – nio de planaltos.
SP: promover melhor aproveitamento do solo Está correto o que se afirma em:
nas proximidades do sistema estrutural de
a) I, II e III, apenas.
transporte coletivo com aumento na densi-
dade construtiva, demográfica, habitacio- b) I e III, apenas.
nal e de atividades urbanas; incrementar a c) II, III e IV, apenas.
oferta de comércios, serviços e emprego em d) II e IV, apenas.
áreas pobres da periferia; ampliar a oferta e) I, II, II I e IV.
de habitações de interesse social nas proxi-
midades do sistema estrutural de transporte 5. (Fuvest)
coletivo.
Diário Oficial. Cidade de São Paulo, 01/08/2014. Adaptado.

É correto afirmar que tais medidas visam a:


a) estimular a aproximação espacial entre mo-
radia, emprego e serviços na cidade.
b) inibir a verticalização em áreas próximas a
vias de circulação e nas periferias.
c) reduzir a densidade demográfica em áreas
próximas ao sistema estrutural de transpor- A seguir tem-se descrição de características
te coletivo. das fases da industrialização paulista. Rela-
d) coibir a distribuição espacial do setor terciá- cione as fotos I, II e III aos estabelecimentos
rio em áreas pobres da periferia. industriais típicos de cada fase.
e) restringir a concentração espacial de habi- 1. Extensas áreas para estoque de matérias-
tações de interesse social a áreas periféricas -primas e produtos.
da cidade. 2. Diminuição do emprego industrial e fle-
xibilização do trabalho.
4. (Fuvest) Observe o mapa. 3. Início da industrialização na cidade.
4. Acentuada industrialização da região me-
tropolitana.
5. Auge da dispersão territorial das indús-
trias.

6. Uso predominante do transporte ferrovi-


ário.
a) Foto I: 1 e 2; Foto II: 3 e 5; Foto III: 4 e 6
b) Foto I: 1 e 3; Foto II: 2 e 5; Foto III: 4 e 6
c) Foto I: 2 e 5; Foto II: 1 e 6; Foto III: 3 e 4
d) Foto I: 3 e 6; Foto II: 1 e 4; Foto III: 2 e 5
e) Foto I: 4 e 5; Foto II: 2 e 3; Foto III: 1 e 6

68
6. (Fuvest) Observe os mapas do Brasil.

Considere as afirmativas relacionadas aos mapas.


I. Alta concentração fundiária e pouca diversificação da atividade econômica são características
de um bolsão de pobreza existente no extremo sul do Brasil.
II. A despeito de seus excelentes indicadores econômicos bem como de seu elevado grau de indus-
trialização, a região Sudeste abriga bolsões de pobreza.
III.A biodiversidade da floresta assegura alta renda per capita aos habitantes d a Amazônia, en-
quanto moradores da caatinga nordestina padecem em bolsões de pobreza.
IV. Embora Brasília detenha alguns dos melhores indicadores socioeconômicos do país, o próprio
Distrito Federal e arredores abrigam um bolsão de pobreza.
Está correto o que se afirma em:
a) I, II e III, apenas.
b) I, II e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

periferia revitalizando as regiões; [E], por-


RAIO X que tais medidas irão ampliar a oferta de
serviços nas áreas periféricas.
1. Os mapas indicam o aumento da produção de
leite em nível territorial e em valores abso- 4. As afirmações incorretas são:
lutos. Estão incorretas as alternativas: [A], II. Os aquíferos com grande volume de água
porque a produção de leite não substituiu a estão localizados em bacias sedimenta-
produção algodoeira no nordeste; [B], por- res, visto que a porosidade de rochas,
que os climas das regiões não são mais secos; como o arenito, permite o armazenamen-
[C], porque a produção em Minas Gerais não to de água.
é feita no Vale do Jequitinhonha; [E], por- IV. O relevo de planalto (planaltos e chapa-
que a produção atingiu estados recobertos das da bacia do Paraná) e a vegetação de
pela floresta como o Pará e Rondônia. Cerrado não são fatores que dificultam a
2. O trajeto da ferrovia passa pelos domínios implantação de poços. A menor incidên-
de Mares de Morros característico da porção cia pode estar relacionada a outros fato-
litorânea do país, Cerrado na área central, res, como: a menor demanda por água em
Amazônico na porção noroeste do país e An- Mato Grosso do Sul, a qualidade da água e
des Equatorial ao adentrar a região andina. as condições geológicas.
3. O objetivo do Plano Diretor de São Paulo é 5. O processo da industrialização paulista pode
amenizar o problema
dade, concentrado de mobilidadeurbanos
os equipamentos na ci- ser dividido
um em três períodos
deles simbolizado por umadistintos, cada
das fotos. A
próximos aos serviços necessários à popula- foto I representa o período histórico com-
ção ampliando seu acesso a eles. Estão incor- preendido entre o final do século XIX e os
retas as alternativas: [B], porque tais medi- primeiros anos do século XX, quando a acu-
das demandaram maior verticalização; [C], mulação dos capitais da cafeicultura e a con-
porque tais medidas irão ampliar a densida- centração da mão-de-obra imigrante favore-
de demográfica nas áreas próximas ao trans- ceram a implantação industrial, na capital
porte coletivo; [D], porque tais medidas irão paulista. As primeiras indústrias se bene-
ampliar a distribuição do setor terciário na ficiaram também da infra-estrutura urbana
69
(energia e transporte) resultante do desen-
volvimento da economia cafeeira, dominan-
te no país até então. A foto II representa o
período mais dinâmico da industrialização
paulista, que se estendeu, aproximadamen-
te, de 1930 a 1980 e foi marcada pela grande
expansão do número de indústrias pela capi-
tal e pelas cidades da região metropolitana.
Tal período foi caracterizado pela implan-
tação de grandes indústrias de base (side-
rúrgicas e petroquímicas) e por numerosas
indústrias de bens duráveis (automobilísti-
cas e eletrodomésticos),
de extensas que necessitavam
áreas para estocagem de suas
matérias-primas. A foto III representa a fase
atual, que se caracteriza por dois aspectos
bastante importantes: um é o deslocamento
geográfico das indústrias da capital para o
interior paulista ou para outros estados, em
busca de melhores condições fiscais ou de
produção; outro é a diminuição do número
de trabalhadores empregados, substituídos
pela automação ou pela adoção da terceiri-
zação da mão -de-obra
6.
I. CORRETA: nos bolsões de pobreza da re-
gião Sul predomina grande propriedade
com criação extensiva de gado (pampas)
e cultivo de grãos (oeste do Paraná e de
Santa Catarina);

II. CORRETA: a região Sudeste apresenta


elevada renda per capita graças à diver-
sidade de suas atividades econômicas e
elevada produção industrial; todavia,
microrregiões de pobreza são evidentes,
como, o Vale do Ribeira no estado de Sã o
Paulo e vale do Jequitinhonha em Minas
Gerais;
III.INCORRETA: os mapas evidenciam a exis-
tência de bolsões de pobreza tanto no
litoral quanto na caatinga nordestina.
Além disso, a Amazônia em seu conjunto,
não apresenta renda per capita superior
à do Nordeste em geral.
IV. CORRETA: a renda per capita do Distrito
Federal é elevada, devido às atividades
administrativas ali concentradas; toda-
via, as cidades-satélites abrigam popu-
lação extremamente carente de renda e
com baixa disponibilidade de serviços
públicos.

GABARITO
1. D 2. D 3. A 4. B 5. D
6. B

70
PRÁTICA DOS CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Fuvest) Considere as anamorfoses:

As condições da produção agrícola, no Brasil, são bastante heterogêneas, porém alguns aspectos
estão presentes em todas as regiões do País.
Nas anamorfoses acima, estão representadas formas de produção agrícola das diferentes regiões
administrativas. Assinale a alternativa que contém, respectivamente, a produção agrícola repre-
sentada em I e em II.
a) De subsistência e patronal.
b) Familiar e itinerante.
c) Patronal e familiar.
d) Familiar e de subsistência.
e) Itinerante e patronal.

2. (Fuvest) A propósito da agricultura brasilei- Está correto o que se afirma em:


ra, pode-se afirmar que: a) apenas I.
a) a escravidão por dívida consiste numa situa- b) I e II.
ção de servidão do trabalhador, característi- c) I, III e IV.
ca da parceria. d) II, III e IV.
b) o Estatuto do Trabalhador Rural dos anos e) apenas IV.
sessenta substituiu a antiga Legislação dos
Trabalhadores Rurais. 4. (Fuvest) Nas últimas décadas, têm aumenta-
c) a empresa agropecuária capitalista caracte- do os estudos relativos à função das florestas
riza-se pela presença do trabalhador agrega- tropicais nos balanços físicos e químicos, em
do. diversas escalas. Focalizando especialmente
d) a denominação “boia-fria” é dada ao traba- o papel da floresta Amazônica, examine as
lhador temporário que vive nos latifúndios. associações a seguir.
e) a unidade familiar de subsistência tanto
pode contratar força de trabalho quanto Estudo Papel da flores- Balanço
ta Amazônica
vender trabalho familiar.
Global do
I Sumidouro
carbono
3. (Fuvest) No Brasil, a atuação de empresas Fonte significativa de
transnacionais no setor agroindustrial apre- Hidrológico
II umidade para
senta regional
precipitação regional
I. investimentos no plantio e na aquisição III
Atenuadora de processos Geomor-
de terras. erosivos e sedimentares fológico
II. participação na produção vinícola que in-
Está correto o que se associa em:
tegra a base alimentar da população bra-
a) I apenas.
sileira. b) II apenas.
III.investimentos no beneficiamento de pro-
c) I e III apenas.
dutos agrícolas. d) II e III apenas.
IV. associação e fusão com empresas de capi- e) I, II e III.
tal nacional do setor.
71
5. (Fuvest) Analise a sequência histórica da ocupação de uma área no Brasil.
Iníciodoséc.XX Meadosdoséc.XX Finaldoséc.XX
§ agricultura para auto-sus- § agricultura para auto-sustento §agricultura para auto-sus-
tento § pecuária extensiva tento
§ pecuária extensiva § emigração §produção agrícola moderna
Trata-se:
a) de Rondônia que, na atualidade, observa entrada de capital para fruticultura e pecuária extensiva.
b) de Rondônia, que apresentou emigração em meados do século XX, devido à decadência do extrativismo
da borracha.
c) do médio vale do rio São Francisco que, na atualidade, recebe capital e tecnologia para a fruticultura
visando a mercados externos e internos.
d) do
de médio
irrigação.
vale do rio São Francisco onde, hoje, a agricultura para autossustento depende dos projetos
e) do pampa gaúcho que, até o final do século XX, mantinha suas atividades agrícolas ligadas à viticul-
tura.

6. (Fuvest) A partir da década de oitenta do sé- 8. (Fuvest) Quanto à formação do território


culo XX, programas agrícolas promoveram o brasileiro, podemos afirmar que:
desenvolvimento da região centro-oeste do a) a mineração, no século XVIII, foi impor-
Brasil. Isso foi realizado com grande aplica- tante na integração do território devido às
ção de capital e utilização de técnicas agríco-
las avançadas. relações com o Sul, provedor de charque e
Podemos afirmar que a substituição das for- mulas, e com o Rio de Janeiro, por onde es-
mações do cerrado pela agricultura mecani- coava o ouro.
zada, entre outras características: b) a pecuária no rio São Francisco, desenvolvi-
a) foi favorecida pela grande fertilidade de suas da a partir das numerosas vilas da Zona da
terras planas, próprias dos chapadões. Mata foi um elemento importante na inte-
b) aumentou a tendência natural de processos
erosivos por interferências antrópicas, como gração do território nacional.
a compactação do solo. c) a economia baseada, no século XVI, na ex-
c) desnudou extensas áreas de mares de mor- ploração das drogas do sertão integrou a
oros, provocando assoreamento de rios, como
Araguaia. d) aporção Centro-Oeste
economia à região
açucareira Sul. brasilei-
do Nordeste
d) gerou poucos impactos ambientais, tendo ro, baseada no binômio ‘plantation’ e escra-
em vista a substituição de uma cobertura
vegetal por outra. vidão, foi a responsável pela incorporação,
e) eliminou as queimadas naturais e antrópicas ao Brasil, de territórios pertencentes à Espa-
na região com o uso de irrigação por goteja- nha.
mento. e) a extração do pau-brasil, promovida pelos
paulistas, por meio das entradas e bandei-
7. (Fuvest) O conhecimento tradicional próprio ras, foi importante na expansão das frontei-
de comunidades locais desperta a atenção de ras do território brasileiro.
empresas transnacionais no Brasil, devido:
a) ao reconhecimento do papel dessas comuni-
dades na conservação de recursos naturais 9. (Fuvest) Pode-se caracterizar parte da com-
pelos organismos internacionais que pagam plexidade sócioeconômica do Brasil pela:
quantias elevadas por isso. a) elevada dívida externa, usada para financiar
b) ao relacionamento dessas comunidades com o alto Índice de Desenvolvimento Humano
grupos para-militares de Estados vizinhos, do país.
facilitando assim a expansão dos investi-
mentos. b) elevada concentração de terras que são uti-
c) à possibilidade de essas comunidades serem lizadas como reserva de valor e para agrone-
inseridas no mercado de consumo, a partir gócios.
da descrição do seu gênero de vida. c) exportação de produtos tecnológicos, princi-
d) à posição estratégica das comunidades, jun- pal componente da balança comercial brasi-
to aos grandes corpos d’água e ao litoral, leira.
contribuindo para o combate ao contraban-
do. d) concentração da renda no eixo Sul-Sudeste,
e) à aceleração da pesquisa que tal conheci- em virtude da presença de imigrantes euro-
mento propicia, facilitando a bioprospecção peus.
de espécies que ocorrem em território brasi- e) queda da produção agrícola para exportação,
leiro. devido ao protecionismo de países centrais.
72
10. (Fuvest)

Considere os exemplos das figuras e analise as frases a seguir, relativas às imagens de satélite e
às fotografias aéreas.
I. Um dos usos das imagens de satélites refere-se à confecção de mapas temáticos de escala pe-
quena, enquanto as fotografias aéreas servem de base à confecção de cartas topográficas de
escala grande.
II. Embora os produtos de sensoriamento remoto estejam, hoje, disseminados pelo mundo, nem
todos eles são disponibilizados para uso civil.
III.Pelo fato de poderem ser obtidas com intervalos regulares de tempo, dentre outras caracte-
rísticas, as imagens de satélite constituem-se em ferramentas de monitoramento ambiental e
instrumental geopolítico valioso.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.

11. (Fuvest) O campus da USP – Butantã dis- 12. (Fuvest)


ta, aproximadamente, 23 km do campus da
USP – Zona Leste e 290 km do campus da
USP – Ribeirão Preto, em linha reta. Para
representar essas distâncias em mapas, com
dimensões de uma página de aproximada-
mente 25 × 18 cm, as escalas que mostrarão
mais detalhes serão, respectivamente:
Observando a representação cartográfica,
Campus Bu- Campus Butantã - pode-se afirmar que se trata de uma:
tantã - Campus Campus Ribeirão Preto a) carta topográfica, indicando que o Japão
Zona Leste consome mais energia do que produz.
a) 1 : 200.000 1 : 2.000.000
b) 1 : 500.000 1 : 5.000.000 b) anamorfose,
mais energia indicando que a França produz
do que consome.
c) 1:10.000 1:200.000 c) anamorfose, indicando que os Estados Uni-
dos consomem mais energia do que produ-
d) 1 : 500.000 1 : 2.000.000
zem.
e) 1 : 200.000 1 : 5.000.000 d) carta topográfica, indicando que a Alema-
nha produz mais energia do que consome.
e) anamorfose, indicando que os países africa-
nos consomem mais energia do que produ-
zem.

73
13. (Fuvest) Observe a carta topográfica abaixo, que representa a área adquirida por um produtor ru-
ral.

Em parte da área acima representada, onde predominam menores declividades, o produtor rural
pretende desenvolver uma atividade agrícola mecanizada. Em outra parte, com maiores declivida-
des, esse produtor deseja plantar eucalipto.
Considerando os objetivos desse produtor rural, as áreas que apresentam, respectivamente, ca-
racterísticas mais apropriadas a uma atividade mecanizada e ao plantio de eucaliptos estão nos
quadrantes:
a) sudeste e nordeste.
b) nordeste e noroeste.
c) noroeste e sudeste.
d) sudeste e sudoeste.
e) sudoeste e noroeste.

14. (Fuvest) Um viajante saiu de Araripe, no Ce- a) Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais,
ará, percorreu, inicialmente, 1000 km para o Goiás e Rio de Janeiro, tendo visitado os
sul, depois 1000 km para o oeste e, por fim, ecossistemas da Caatinga, Mata Atlântica
mais 750 km para o sul. e Pantanal. Encerrou sua viagem a cerca de
250 km da cidade de São Paulo.
b) Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais,
Goiás e Rio de Janeiro, tendo visitado os
ecossistemas da Caatinga, Mata Atlântica e
Cerrado. Encerrou sua viagem a cerca de 750
km da cidade de São Paulo.
c) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e
São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da
Caatinga, Mata Atlântica e Pantanal. Encer-
rou sua viagem a cerca de 250 km da cidade
de São Paulo.
d) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e
São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da
Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado. Encerrou
sua viagem a cerca de 750 km da cidade de
São Paulo.
e) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e
São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da
Com base nesse trajeto e no mapa acima, Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado. Encerrou
pode-se afirmar que, durante seu percurso, o sua viagem a cerca de 250 km da cidade de
viajante passou pelos Estados do Ceará: São Paulo.
74
15. (Fuvest) Assinale a alternativa que indica d) metáfora da cidade-metrópole, referindo-se
o climograma que corresponde a uma cidade à aridez do concreto e das construções.
localizada aproximadamente a 3° Sul e 60° e) generalização do ambiente rural, indepen-
Oeste. dentemente das características de sua vege-
a) tação.

17. (Fuvest) Grandes lagos artificiais de bar-


ragens, como o Nasser, no rio Nilo, o Three
Gorges, na China, e o de Itaipu, no Brasil,
resultantes do represamento de rios, estão
b) entre as obras de engenharia espalhadas
pelo mundo, com importantes efeitos socio-
ambientais.
Acerca dos efeitos socioambientais de gran-
des lagos de barragens, considere as afirma-
ções abaixo.
c) I. Enquanto no passado, grandes lagos de
barragem restringiam-se a áreas de pla-
nície, atualmente, graças a progressos
tecnológicos, situam-se, invariavelmente,
em regiões planálticas, com si gnificativos
desníveis topográficos.
II. A abertura das comportas que represam
d) as águas dos lagos de barragens impede a
ocorrência de processos de sedimentação,
assim como provoca grandes enchentes a
montante.
III.Frequentes desalojamentos de pessoas
para a implantação de lagos de barragens
e) levaram ao surgimento, no Brasil, do Mo-
vimento dos Atingidos por Barragens –
MAB.
IV. Por se constituírem como extensos e,
muitas vezes, profundos reservatórios de
água, grandes lagos de barragens provo-
cam alterações microclimáticas nas suas
proximidades.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II, apenas.
b) I, II e III, apenas.
16. (Fuvest) São Paulo gigante, torrão adorado c) II, III e IV, apenas.
Estou abraçado com meu violão d) III e IV, apenas.
Feito de pinheiro da mata selvagem e) I, II, III e IV.
Que enfeita a paisagem lá do meu sertão
Tonico e Tinoco, São Paulo Gigante. 18. (Fuvest) O gráfico abaixo exibe a distribui-
ção percentual do consumo de energia mun-
Nos versos da canção dos paulistas Tonico e dial por tipo de fonte.
Tinoco, o termo “sertão” deve ser compreen-
dido como: da paisagem e da vegetação típi-
a) descritivo
cas do sertão existente na região Nordeste
do país.
b) contraposição ao litoral, na concepção dada
pelos caiçaras, que identificam o sertão com
a presença dos pinheiros.
c) analogia à paisagem predominante no Cen-
tro-Oeste brasileiro, tal como foi encontrada
pelos bandeirantes no século XVII.

75
Com base no gráfico e em seus conhecimen- c) A participação da hidreletricidade se manteve
tos, identifique, na escala mundial, a afirma- constante, em todo o período, em função da
ção correta. regulamentação ambiental proposta pela ONU,
a) A queda no consumo de petróleo, após a dé- que proíbe a implantação de novas usinas.
cada de 1970, é devida à acentuada diminui- d) O aumento da participação das fontes renová-
ção de sua utilização no setor aeroviário e, veis de energia, após a década de 1980, expli-
também, à sua substituição pela energia das ca-se pelo crescente aproveitamento de ener-
marés. gia solar, proposto nos planos governamentais,
b) O aumento relativo do consumo de carvão em países desenvolvidos de alta latitude.
mineral, a partir da década de 2000, está re- e) O aumento do consumo do gás natural, ao
lacionado ao fato de China e Índia estarem longo de todo o período coberto pelo gráfi-
entre os grandes produtores e consumidores co, é explicado por sua utilização crescente
de carvão mineral, produto que esses países nos meios de transporte, conforme estabele-
utilizam em sua crescente industrialização. cido no Protocolo de Cartagena.

19. (Fuvest) Considerando os mapas, assinale a alternativa correta.

O potencial hidrelétrico brasileiro:


a) está esgotado na bacia do Paraná, localizada numa área de média densidade demográfica.
b) está esgotado na bacia do São Francisco, localizada numa área de baixa densidade demográfica.
c) é pouco explorado na bacia Leste, localizada numa área de baixa densidade demográfica.
d) está esgotado na bacia do Uruguai, localizada numa área de alta densidade demográfica.
e) é pouco explorado na bacia do Tocantins, localizada numa área de baixa densidade demográfica.

20. (Fuvest) Leia o texto e observe o mapa.


Em 1884, durante um congresso internacional, em Washington, EUA, estabeleceu-se um padrão
mundial de tempo. A partir de então, ficou convencionado que o tempo padrão teórico, nos diver-
sos países do mundo, seria definido por meridianos espaçados a cada 15°, tendo como srcem o
meridiano de Greenwich, Inglaterra (Reino Unido).

76
Com base no mapa e nas informações aci- 23. (Fuvest) Considere as afirmações a seguir
ma, considere a seguinte situação: João, que sobre os polos tecnológicos no Brasil.
vive na cidade de Pequim, China, recebe uma I. Os polos tecnológicos concentram as ati-
ligação telefônica, às 9h da manhã de uma vidades de pesquisa e desenvolvimento
segunda-feira, de Maria, que vive na cidade
de Manaus, Brasil. A que horas e em que dia de tecnologias de ponta.
da semana Maria telefonou? II. Os polos tecnológicos concentram ativi-
a) 21h do domingo. dades industriais que independem de ou-
b) 17h do domingo. tros setores da economia.
c) 21h da segunda-feira. III.O principal polo tecnológico do país é a
d) 17h da terça-feira. Zona Franca de Manaus, devido à presen-
e) 21h da terça-feira.
ça de várias incubadoras tecnológicas.

21. (Fuvest) “Quando vim de minha terra, IV. Os


do principais polos
de São Paulo se tecnológicos
localizam nado Esta-
capital,
se é que vim de minha terra
(não estou morto por lá?), em São José dos Campos, Campinas e São
a correnteza do rio Carlos.
me sussurrou vagamente Está correto o que se afirma em:
que eu havia de quedar a) I e II.
lá donde me despedia. b) I e III.
(...) Quando vim de minha terra
não vim, perdi-me no espaço c) I e IV.
na ilusão de ter saído. d) II e III.
Ai de mim, nunca saí.” e) II e IV.
Nesse poema, Carlos Drummond de Andrade:
a) discute a permanente frustração do desejo 24. (Fuvest) O rico patrimônio histórico-arqui-
de migrar do campo para a cidade. tetônico da cidade de São Luiz do Paraitin-
b) reflete sobre o sentimento paradoxal do mi-
grante em face de sua identidade regional. ga, parcialmente destruído pelas chuvas no
c) expõe a tragédia familiar do migrante quan- início de 2010, associa-se a um fausto vivido
do se desloca do interior para a cidade. pelo Vale do Paraíba, no passado, entre final
d) aborda o problema das migrações srcinárias do século XIX e início do século XX, propor-
das regiões ribeirinhas para as grandes cidades. cionado pela cultura do café.
e) comenta as expectativas e esperanças do mi-
grante em relação ao lugar de destino. Considere as seguintes
Vale do Paraíba, no estadoafirmações sobre o
de São Paulo.
I. A pecuária leiteira, que se desenvolveu
22. (Fuvest) O Brasil é uma República Federati-
va que apresenta muitas desigualdades re- no Vale, a partir da crise do café, é, ainda
gionais. Confrontando-se dois aspectos - a hoje, uma atividade econômica praticada
igualdade jurídica entre os Estados-mem- na região.
bros e as disparidades econômicas entre as II. Essa região abriga as maiores hidrelétri-
regiões – pode-se afirmar que: cas do Estado, responsáveis pelo forneci-
a) o desequilíbrio econômico regional vem sen- mento de energia para a Região Metropo-
do, ao menos parcialmente, atenuado pelo litana de São Paulo.
menor número de representantes do Sudeste
no Congresso Nacional, em comparação aos III.O relevo de Mares de Morros marca a pai-
do Norte e Nordeste. sagem dessa região, estendendo-se, tam-
b) a região Norte é a menos representada no bém, para outros estados brasileiros.
Congresso Nacional, fato notável principal- IV. A industrialização dessa região foi favo-
mente no Senado, derivando daí uma situa- recida por sua localização, entre as duas
ção de desigualdade perante as demais regi- maiores cidades brasileiras, bem como
ões.
c) a região Sul goza de ampla maioria de repre- por sua acessibilidade rodoviária.
sentação no Congresso Nacional, o que lhe Está correto o que se afirma em:
tem permitido obter vantagens na redistri- a) I, II e III, apenas.
buição dos repasses federais. b) I e IV, apenas.
d) o princípio da igualdade, garantido pelo nú- c) I, III e IV, apenas.
mero fixo de senadores por Estado, permite d) II e IV, apenas.
uma distribuição equilibrada dos repasses e) I, II, III e IV.
federais, entre as diferentes regiões do país.
e) os Estados nordestinos, apesar de sua pouca
representatividade no Congresso, vêm assu-
mindo liderança na definição das políticas
monetária e cambial no país.

77
GABARITO
1. C 2. E 3. C 4. E 5. C
6. B 7. E 8. A 9. B 10. E
11. A 12. C 13. C 14. E 15. B
16. E 17. D 18. B 19. E 20. A
21. B 22. A 23. C 24. C

78
GEOGRAFIA 2

Prescrição: São necessários conhecimentos sobre fatores históricos e geográficos que


transformaram o espaço mundial. Também serão abordados temas como fluxos migratórios,
questões ambientais, conceitos de população e urbanização, comércio internacional e fontes
de energia. É de vital importância a interpretação de textos, mapas, tabelas e gráficos que
facilitarão a compreensão dos exercícios. Além disso, deve-se entender as transformações tec-
nológicas e seus impactos nos processos de produção do espaço geográfico.

APLICAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS - SALA
1. (Fuvest)

Tomando por base o mapa anterior, aponte a alternativa que descreve corretamente a situação
atual da área questionada.
a) Na província sudanesa de Darfur, em territórios do antigo Estado de Rabah, trava-se, hoje, uma san-
grenta guerra civil, envolvendo, entre outros, diferentes grupos étnicos e religiosos.
b) Nas antigas possessões zanzibaritas vêm ocorrendo, há vários anos, violentas disputas entre diversos
grupos tribais em torno do controle da produção de petróleo.
c) Ao norte dos antigos estados Bôeres, região então conhecida como Bechuanalândia, travou-se, há
poucos anos, violenta luta, envolvendo os grupos étnicos tutsis e hutus.
d) No extremo ocidental do golfo da Guiné, ao sul da região anteriormente controlada pelos mouros, os
conflitos atuais estão relacionados à disputa pelo controle das ricas jazidas de prata ali existentes.
e) A Etiópia, que sempre teve fronteiras relativamente bem definidas, foi, por essa mesma razão, o único
país africano capaz de manter a paz interna até nossos dias.
2. (Fuvest) Há dois lados na divisão interna- humilhada pelos troféus das conquistas, as
cional do trabalho [DIT]: um em que alguns jazidas de ouro e as montanhas de prata.
países especializam-se em ganhar, e outro
em que se especializaram em perder. Nossa Mas a região
serviçal. continua
Continua trabalhando
existindo como
a serviço um
de ne-
comarca do mundo, que hoje chamamos de cessidades alheias, como fonte e reserva de
América latina, foi precoce: especializou-se
em perder desde os remotos tempos em que petróleo e ferro, cobre e carne, frutas e café,
os europeus do Renascimento se abalança- matérias-primas e alimentos, destinados aos
ram pelo mar e fincaram os dentes em sua países ricos que ganham, consumindo-os,
garganta. Passaram os séculos, e a Améri- muito mais do que a América latina ganha
ca latina aperfeiçoou suas funções. Este já produzindo-os.
não é o reino das maravilhas, onde a reali- Eduardo Galeano. As Veias Abertas da América latina.
dade derrotava a fábula e a imaginação era Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. Adaptado.

79
Sobre a atual Divisão Internacional do Tra- 3. (Fuvest) Na década de 1990, a China, se-
balho (DIT), no que diz respeito à mineração gundo país em extensão territorial e com
na América latina, é correto afirmar: cerca de 20% da população do mundo:
a) O México é o país com maior produção de
carvão, cuja exportação é controlada por ca-
pital canadense. Para tal situação, o padrão
de dominação Norte/Sul na DIT, mencionado
pelo autor, é praticado no mesmo continen-
te.
b) A Colômbia ocupa o primeiro lugar na pro-
dução mundial de manganês, por meio de
empresas privatizadas nos dois últimos go- a) representou uma parcela importante do mer-
vernos bolivarianos, o que realça sua posição cado mundial, embora seu mercado interno
no cenário econômico internacional, rom- não tenha incorporado nem 1/3 da sua po-
pulação, majoritariamente urbana, na região
pendo a dominação Norte/Sul. I, de clima tropical.
c) O Chile destaca-se pela extração de cobre, b) incrementou o comércio internacional,
principalmente na sua porção centro-norte, atraindo investimentos estrangeiros, extin-
que é, em parte, explorado por empresas guindo o controle migratório e desenvol-
vendo produção de trigo nas terras altas da
transnacionais, o que reitera o padrão da DIT região II.
mencionado pelo autor. c) passou por graves crises de crescimento eco-
d) A Bolívia destaca-se como um dos maiores nômico que afetaram, sobretudo, as áreas
produtores de ferro da América latina, e, re- altas e secas, assinaladas em III, onde se
centemente, o controle de sua produção pas- localizam as minorias nacionais, como tibe-
tanos e chineses muçulmanos.
sou a ser feito por Conselhos Indígenas. Essa d) revelou expressivo crescimento econômico
autonomia do país permitiu o rompimento e taxa baixa de crescimento demográfico,
da dominação estadunidense. apresentando clima subtropical com g randes
e) O Uruguai é o principal produtor mundial de áreas de agricultura irrigada, na região IV.
e) coletivizou as atividades econômicas, reafir-
prata, e o controle de sua extração é fei- mando os valores de sua revolução, desen-
to por empresas transnacionais. Nesse caso, volvendo a agricultura irrigada na região III,
mantém-se o padrão da inserção do país na de clima continental e de baixa densidade
DIT mencionada pelo autor. demográfica.

4. (Fuvest)

Com base nas charges e em seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.


a) Apesar da grave
outras nações crisepleiteiam
ainda econômica
suaque atingiu
entrada alguns
nesse países da Zona do Euro, entre os quais a Grécia,
Bloco.
b) A ajuda financeira dirigida aos países da Zona do Euro e, em especial à Grécia, visou evitar o espalha-
mento, pelo mundo, dos efeitos da bolha imobiliária grega.
c) Por causa de exigências dos credores responsáveis pela ajuda financeira à Zona do Euro, a Grécia foi
temporariamente suspensa desse Bloco.
d) Com a crise econômica na Zona do Euro, houve uma sensível diminuição dos fluxos turísticos interna-
cionais para a Europa, causando desemprego em massa, sobretudo na Grécia.
e) Graças à rápida intervenção dos países membros, a grave crise econômica que atingiu a Zona do Euro
restringiu-se à Grécia, França e Reino Unido.
80
5. (Fuvest) O local e o global determinam- c) manteve-se alta nos Estados Unidos, no Ja-
-se reciprocamente, umas vezes de modo pão e na França, apesar da reconhecida qua-
congruente e consequente, outras de modo lidade do transporte público desses países.
desigual e desencontrado. Mesclam-se e ten- d) diminuiu na Argentina e na Coreia do Sul,
sionam-se singularidades, particularidades em decorrência da recessão econômica que
e universalidades. Conforme Anthony Gid- atingiu esses países.
dens, “A globalização pode assim ser defini- e) manteve-se baixa na Itália, apesar de fortes
da como a intensificação das relações sociais investimentos na indústria automobilística.
em escala mundial, que ligam localidades
distantes de tal maneira que acontecimentos
locais são modelados por eventos ocorrendo
a muitas milhas de distância e vice-versa. RAIO X
Este é um processo dialético porque tais
numa direção inversa
acontecimentos locaisàspodem
relaçõessemuito
deslocar
dis- 1. A
é província
uma área de Darfur,
que, hoje tem
há anos partechamado
do Sudão,a
tanciadas que os modelam. A transformação atenção internacional devido aos intensos
local é, assim, uma parte da globalização”. conflitos e genocídios empreendidos pela
Octávio Ianni, Estudos Avançados. USP. população árabe do norte, contra a popula-
São Paulo, 1994. Adaptado.
ção negra tribal animista. Além dos confli-
Neste texto, escrito no final do século XX, o tos étnicos-religiosos, há disputa de terras
autor refere-se a um processo que persiste e, principalmente, pelos recursos naturais
no século atual. A partir desse texto, pode-se como o petróleo.
inferir que esse processo leva à: 2. A grande produção e exportação de cobre no
a) padronização da vida cotidiana. Chile comprova a citação de Galeano, de que
b) melhor distribuição de renda no planeta. a América latina posterga sua função de for-
c) intensificação do convívio e das relações necedor de matéria-prima para a economia
afetivas presenciais. mundial. Estão incorretas as alternativas:
d) maior troca de saberes entre gerações. [A] e [B], porque o México e a Colômbia se
destacam na produção de petróleo; [D], por-
e) retração do ambientalismo como reação à so- que a Bolívia se destaca na produção de car-
ciedade de consumo. vão mineral, petróleo e manganês; [E], por-
que a economia do Uruguai está assentada
6. (Fuvest) Considere que a motorização de um na produção agropecuária.

opaís constitui umdos


planejamento importante indicador
transportes para
e da mobili- 3. OSinkiang
I da China representa
(chineses o Tibet e caracteri-
muçulmanos), parte do
dade urbana. Esse indicador pode ser obti- zando-se pelos climas de montanha e árido,
do, por exemplo, com base na relação entre respectivamente e pelas grandes altitudes. O
o número de habitantes e o de autoveículos, II compreende o deserto de Gobi e parte do
oeste chinês, áreas estratégicas da China. O III
tal como expresso no gráfico abaixo. Desta- é a Mandchúria, com grande industrialização
que-se o fato de que, quanto menor essa re- de base e rico subsolo, com clima temperado
lação, maior a motorização de um país. e elevada concentração demográfica. O IV é
atravessado ao sul pelo Trópico de Câncer, o
que configura o domínio do clima subtropi-
cal e apresenta alta produção agrícola (arroz)
e grandes investimentos estrangeiros, com
a entrada de numerosas multinacionais nas
ZEEs (Zonas Econômicas Especiais) localiza-
das junto às cidades de Cantão e Hong Kong,
no litoral do IV. Chama a atenção o fato de
que no enunciado dessa questão o seu elabo-
rador tenha cometido um engano, pois con-
siderou a China como o segundo maior país
em extensão e, na verdade, o Canadá, com
9.970.610 km2,
9.536.499 km2, éé oo terceiro
segundo em
e a extensão
China, com
do
globo. No entanto, esse problema não com-
promete a ótima qualidade da questão.
Com base no gráfico e em seus conhecimen- 4. Desde 2008, alguns países da União Euro-
tos, é correto afirmar que a motorização: peia enfrentam uma grave crise financeira
a) aumentou, discretamente, na Alemanha, devido a problemas, como alto deficit pú-
graças à estabilidade econômica do país. blico, elevada dívida interna e acentuada
b) diminuiu, sensivelmente, no Brasil, em fun- dívida externa. É o caso de nações da Zona
ção das altas taxas de juros para o financia- do Euro como Portugal, Grécia, Espanha, Ir-
mento de autoveículos. landa e Itália. Mesmo assim, vários países
81
são candidatos ao ingresso no bloco devido
às vantagens de ordem comercial, como é o PRÁTICA DOS
caso da Croácia, que deve entrar em 2013.
5. O processo de globalização constitui a fase CONHECIMENTOS - E.O.
recente de expansão do capitalismo no es-
paço mundial, sendo caracterizado pela ace- 1. (Fuvest) O aumento da dívida externa na
leração dos fluxos de mercadorias, capital, América latina, evidenciado no gráfico, ocor-
pessoas e informações. O processo é possí- reu, principalmente, devido:
vel graças à modernização integrada dos
transportes, telecomunicações e informáti-
ca. Entretanto, a globalização está a serviço
dos interesses das empresas, inclusive das
transnacionais que induzem a padronização
do consumo e do comportamento em escala
global, fator que pode enfraquecer as parti-
cularidades culturais regionais e locais.
6. Segundo o índice de motorização, quanto
menor a relação entre habitantes e autove-
ículos, maior é a motorização do país, por-
tanto, como mencionado corretamente na
alternativa [C], países desenvolvidos como
Estados Unidos, Japão e França, apresentam a) à ampliação das trocas comerciais entre paí-
elevado índice de motorização a despeito da
qualidade dos serviços de transporte público. ses.
Estão incorretas as alternativas: [A], porque b) ao desequilíbrio comercial em relação aos
na Alemanha o índice registrou redução; [B] países ricos.
e [D], porque o índice sofreu aumento no c) ao importante incremento do capital espe-
Brasil, Argentina e Coreia do Sul; [E], porque culativo.
a Itália registra alto índice de motorização. d) à queda do PIB e à valorização das “commo-
dities”.
e) ao aumento das taxas de juros externos.
GABARITO
2. (Fuvest) Podemos afirmar que os fluxos fi-
1. A 2. C 3. D 4. A 5. A nanceiros globais:
6. C a) dinamizam atividades de serviço em Nova
Iorque, Paris e Roma, onde se localizam as
principais bolsas mundiais, o mesmo não
ocorrendo nas principais bolsas do hemisfé-
rio sul: São Paulo e Joanesburgo.
b) necessitam que as principais bolsas do mer-
cado internacional abram e fechem, ao mes-
mo tempo, evitando que haja interrupção
nos fluxos e nas informações financeiras.
c) são hoje tão significativos, na escala mun-
dial, como nunca foram antes, tendo ori-
ginado desigualdade social por serem mais
intensos nas bolsas do hemisfério norte que
nas bolsas do hemisfério Sul.
d) necessitam fluir continuamente, fazendo
com que cada uma das principais bolsas ope-
rem 24 horas, sem interrupção, garantindo,
assim, possibilidades de negócios aos inves-
tidores.
e) fazem das bolsas de valores, operando sem-
pre em sintonia para assegurar a continuida-
de dos negócios, locais onde são realizadas
compras e vendas de ações pelos investido-
res.

82
3. (Fuvest) Devido ao processo de mundiali- primários destinados a atender ao pequeno
zação da economia, podemos afirmar que as e estagnado mercado consumidor africano.
empresas transnacionais: c) A implantação de grandes obras de engenha-
a) investem apenas em países que praticam ria, com destaque para rodovias transconti-
baixas taxas de juros, aproveitando facilida- nentais, ferrovias e hidrovias, associa-se ao
des na obtenção de crédito. investimento chinês no setor da construção
b) investem apenas em países que oferecem civil na África.
um mercado consumidor expressivo, já que d) O agronegócio foi o principal investimento
a produção destina-se ao mercado interno. da China na África em função do exponen-
c) dispõem de grande mobilidade territorial, cial crescimento da população chinesa e de
sendo que seus investimentos restringem-se sua grande demanda por alimentos.
a países que integram blocos econômicos co- e) O investimento chinês no setor minerador,
merciais. na África, associa-se ao crescimento indus-
d) investem
dos, por determinação
em países aliados
do Conselho
aos Estados
de Uni-
Segu- trial da Chinae outros
por petróleo e sua consequente
minérios. demanda
rança da ONU.
e) dispõem de grande mobilidade territorial, 6. (Fuvest) No mapa a seguir, destacam-se três
sendo que seus investimentos migram para regiões europeias onde:
países que oferecem vantagens fiscais.
4. (Fuvest) Uma das inquietações fundamen-
tais da atualidade, dentro do processo de
globalização, consiste em se indagar sobre
o que irá prevalecer no comércio interna-
cional: multilateralismo ou regionalismo?
Para gerenciar o comércio internacional e
fortalecer o multilateralismo, foi criado em
1995______, com sede em Genebra (Suíça),
substituindo______, de 1947.
(Adap. Sene e Moreira, 1998)

As lacunas devem ser preenchidas, respecti- a) ocorrem movimentos separatistas.


vamente, por: b) estão localizados os mais importantes portos
a) o G7; o GATT europeus.
b) o G7; a OMC c) são registrados os menores IDH da União Eu-
c) a OMC; o GATT ropeia.
d) o GATT; o BIRD d) foram suspensos pela OMC os subsídios agrí-
e) a OMC; o BIRD colas.
e) ocorre o maior fluxo de imigrantes da África
5. (Fuvest) Observe os gráficos. Setentrional e da Ásia de Sudeste.

7. (Fuvest) Observe o mapa abaixo e leia o tex-


to a seguir.

O terremoto ocorrido em abril de 2015, no


Com base nos gráficos e em seus conheci- Nepal, matou por volta de 9.000 pessoas e
mentos, assinale a alternativa correta. expôs um governo sem recursos para lidar
a) O comércio bilateral entre China e África
cresceu timidamente no período e envolveu, com eventos geológicos catastróficos de tal
principalmente, bens de capital africanos e magnitude (7,8 na Escala Richter). Índia e
bens de consumo chineses. China dispuseram-se a ajudar de diferentes
b) As exportações chinesas para a África res- maneiras, fornecendo desde militares e mé-
tringem-se a bens de consumo e produtos dicos até equipes de engenharia, e também

83
por meio de aportes financeiros.
Considere os seguintes motivos, além daque-
les de razão humanitária, para esse apoio ao
Nepal:
I. interesse no grande potencial hidrológico
para a geração de energia, pois a Cadeia
do Himalaia, no Nepal, representa divisor a) I – Cadeia orogênica do Terciário, com for-
de águas das bacias hidrográficas dos rios mação ligada à tectônica de placas.
Ganges e Brahmaputra, caracterizando II – Área de sedimentação do Cenozoico,
densa rede de drenagem; com depósitos fluviais.
II. interesse desses países em controlar o b) I – Cadeia orogênica do Quaternário, com
fluxo de mercadorias agrícolas produzi- formação ligada à ação vulcânica.
das no Nepal, através do sistema hidro- II – Área de sedimentação do Paleozoico,
país limita-se,
viário Ganges-Brahmaputra,
ao sul, coma já
Índia
quee,esse
ao c) com depósitos
I – Cadeia eólicos. do Terciário, com for-
orogênica
norte, coma China; mação ligada à ação vulcânica.
III.necessidades da Índia e, principalmen- II – Área de sedimentação do Pré-Cambriano,
te, da China, as quais, com o au mento da com depósitos fluviais.
população e da urbanização, demandam d) I – Cadeia orogênica do Quaternário, com
suprimento de água para abastecimento formação ligada à ação vulcânica.
público, tendo em vista que o Nepal pos- II – Área de sedimentação do Cenozoico,
sui inúmeros mananciais. com depósitos fluviais.
Está correto o que se indica em: e) I – Cadeia orogênica do Arqueozoico, com
a) I, apenas. formação ligada à tectônica de placas.
b) II, apenas. II – Área de sedimentação do Paleozoico,
c) I e III, apenas. com depósitos eólicos.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III. 10. (Fuvest) Do ponto de vista tectônico, nú-
cleos rochosos mais antigos, em áreas conti-
8. (Fuvest) Analise o mapa e assinale a alter- nentais mais interiorizadas, tendem a ser os
nativa que completa corretamente a frase. mais estáveis, ou seja, menos sujeitos a aba-
los sísmicos e deformações. Em termos geo-
morfológicos, a maior estabilidade tectônica
dessas áreas faz com que elas apresentem
uma fortegeológico,
do tempo tendênciadeà um
ocorrência,
processoaode:longo
a) aplainamento das formas de relevo, decor-
rente do intemperismo e da erosão.
b) formação de depressões absolutas, gerada
por acomodação de blocos rochosos.
c) formação de canyons, decorrente de intensa
erosão eólica.
O estratégico reservatório de água subter- d) produção de desníveis topográficos acentu-
rânea, denominado aquífero Guarani, ocor- ados, resultante da contínua sedimentação
re em áreas de __________, e se estende dos rios.
_________. e) geração de relevo serrano, associada a fato-
a) terrenos cristalinos; pelo Brasil, Argentina, res climáticos ligados à glaciação.
Uruguai e Paraguai.
b) dobramentos antigos; pelos países do Cone 11. (Fuvest) Observe o mapa da distribuição dos
Sul. drones (veículos aéreos não tripulados) nor-
c) planícies; pelos países do Cone Sul. te-americanos na África e no Oriente Médio.
d) sedimentação; pelo Brasil, Argentina, Uru-
guai e Paraguai.
e) terrenos arqueados; pelo Brasil, Argentina e
Uruguai.
9. (Fuvest) As legendas corretas para as fotos
abaixo são:

84
Em suas declarações, o governo norte-ame- Considere as seguintes afirmações:
ricano justifica o uso dos drones, principal- I. Povos primitivos precisam ser tutelados
mente, como: pela diplomacia internacional ou repri-
a) proteção militar a países com importantes midos por forças de nações desenvolvi-
laços econômicos com os EUA, principalmen- das, para que conflitos locais ou regionais
te na área de minerais raros. não perturbem o equilíbrio mundial.
b) necessidade de proteção às embaixadas e II. Razões estratégicas, de localização ge-
outras legações diplomáticas norte-america- ográfica, de orientação política ou de
nas em países com trajetória comunista. concentração de recursos naturais, fazem
c) meio de transporte para o envio de equipa- com que certas regiões ou países sejam
mentos militares ao Irã, com a finalidade de alvo de interesses, preocupações e inter-
desmonte das atividades nucleares. venções internacionais.
d) um dos pilares da sua estratégia de comba- III.Diferenças
ou religiosas,étnicas, culturais,
com raízes políticas
históricas, têm
te ao terrorismo, principalmente em regiões
com importante atuação tribal/terrorista. resultado em preconceito, desrespeito e
e) reforço para a megaoperação de espionagem, segregação, gerando tensões que reper-
executada em 2013, que culminou com o cutem em conflitos existentes entre dife-
asilo de Snowden na Rússia. rentes nações.
O envolvimento global em conflitos regio-
12. (Fuvest) “Mais da metade do gênero huma- nais é, corretamente, explicado em:
no jamais discou um número de telefone. Há a) I, apenas.
mais linhas telefônicas em Manhattan do b) II, apenas.
que em toda a África, ao sul do Saara”. c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
(Mbeki, vice-presidente da África do Sul, 1995).
e) I, II e III.
“Nos EUA, os brancos representam 88,6%
dos utilizadores da Internet e os negros, 1,3 14. (Fuvest) O cartograma apresenta a localização
%, embora correspondam a 12% da popula- de alguns dos maiores deltas mundiais. Estu-
ção”. dos recentes consideram os deltas como áreas
(Adap. Douzet: 1997). de interesse global para monitoramento.
Tal interesse relaciona-se à sua:
Considerando-se o texto anterior, assinale a
alternativa correta.
a) O nível de vida das populações e o grau de
desenvolvimento tecnológico dos países ex-
plicam a desigual distribuição da rede Inter-
net.
b) A cibercultura é universal e constitui um
instrumento de massificação e construção de
uma identidade cultural global.
c) Os fluxos de informação telefônica não de-
vem ser confundidos com as infovias que
têm uma distribuição mais igualitária no
mundo.
d) Os custos da conexão virtual são mais eleva- Fonte: Simielli, 2001
dos nos países ricos do que nos países po- I. característica deposicional que permite
bres, o que explica a sua desigual distribui- o estudo de modificações das respectivas
ção. bacias hid rográficas.
e) O centro mundial de fornecimento de servi- II. fragilidade natural, devido à localização
ços da rede Internet são os Estados Unidos
devido à grande quantidade de telefones dis- em zonas
para comde
a fixação pluviosidade
vegetação. insuficiente
poníveis. III. degradação, promovida pelo seu uso agrí-
cola e por represamentos à montante.
13. (Fuvest) O mundo tem vivido inúmeros con- Está correto o que se afirma em:
flitos regionais de repercussão global que, a) I apenas.
por um lado, envolvem intervenções de tro- b) II apenas.
pas de diferentes países e, por outro lado, c) III apenas.
resultam em discussões na Organização das d) I e III apenas.
Nações Unidas. e) I, II e III.
85
15. (Fuvest) A metrópole se transforma num 17. (Fuvest)
ritmo intenso. A mudança mais evidente re-
fere-se ao deslocamento de indústrias da ci-
dade de São Paulo [para outras cidades pau-
listas ou outros estados], uma tendência que
presenciamos no processo produtivo – como
condição de competitividade – que obriga as
empresas a se modernizarem.
A. F. A. Carlos, São Paulo: do capital industrial
ao capital financeiro, 2004. Adaptado.

Com base no texto acima e em seus conheci-


mentos, considere as afirmações.
I. Um dos fatores que explica o deslocamen-
to
seude
indústrias da capital que
paulista éo
trânsito congestionado, aumenta
o tempo e os custos da ci rculação de mer- Analise as pirâmides etárias do Brasil, con-
cadorias. siderando os itens a seguir sobre a estrutura
II. O deslocamento de indústrias da capital populacional brasileira.
paulista tem acarretado transformações I. O aumento significativo, na faixa de 15-
no mercado de trabalho, como a diminui- 19 anos, nesse período, foi decorrente do
ção relativa do emprego industrial na ci- milagre econômico brasileiro.
dade. II. A base mais estreita da pirâmide de 2000,
III.O deslocamento de indústrias da cidade quando comparada com a de 1960, indica
de São Paulo decorre, entre outros fato- uma redução na taxa de natalidade.
res, do alto grau de organização e da for-
te atuação dos sindicatos de trabalhado- III.O alargamento do topo da pirâmide de
res nessa cidade. 2000 indica um decréscimo da expectati-
Está correto o que se afirma em: va de vida da população brasileira.
a) I, apenas. IV. Nos últimos 40 anos, há evidências de
b) I e II, apenas. que o país passa por processo de transi-
c) I e III, apenas.
ção demográfica.
Estão corretas todas as afirmações da alter-
d) II e III, apenas. nativa
e) I, II e III. a) I e II.
16. (Fuvest) Ainda no começo do século 20, b) I e III.
c) II e III.
Euclides da Cunha, em pequeno estudo, dis- d) II e IV.
corria sobre os meios de sujeição dos traba- e) III e IV.
lhadores nos seringais da Amazônia, no cha-
mado regime de peonagem, a escravidão por 18. (Fuvest) Observe o mapa.
dívida. Algo próximo do que foi constatado
em São Paulo nestes dias [agosto de 2011]
envolvendo duas oficinas terceirizadas de
produção de vestuário.
José de Souza Martins, 2011. Adaptado.

No texto acima, o autor faz menção à presen-


ça de regime de trabalho análogo à escravi-
dão, na indústria de bens:
a) de consumo não duráveis, com a contratação
de imigrantes asiáticos, destacando-se core-
anos e chineses.
b) de consumo duráveis, com a superexplora-
ção, por meio de empresas de pequeno por-
Fonte: Adapt. SIMIELLI, 2001.
c) te, de imigrantescom
intermediários, chilenos e bolivianos.
a contratação prioritá-
ria de imigrantes asiáticos, destacando-se Quanto às atuais dificuldades de efetivação
coreanos e chineses. dos direitos indígenas, é correto afirmar que:
d) de consumo não duráveis, com a superex- a) as áreas I e II apresentam o mesmo proble-
ploração, principalmente, de imigrantes bo- ma: ausência de legislação para demarcação
livianos e peruanos. de terras.
e) de produção, com a contratação majoritária, b) a área II tem como maior problema a inexis-
por meio de empresas de médio porte, de tência de terras demarcadas devido à supre-
imigrantes peruanos e colombianos. macia das atividades agropecuárias.
86
c) a área I apresenta, como maior problema, o c) grande quantidade de propriedades, com até
desinteresse das populações indígenas em 100 ha, correspondendo às menores parcelas
preservar sua integridade cultural. da área ocupada, o que significa uma distri-
d) a área II tem como problemas a existência de buição desigual da terra.
pequenas áreas demarcadas, além da intensa d) pequena quantidade de propriedades, de
exposição ao processo de aculturação. 100 a 1000 ha, ocupando a maior parcela da
área, o que significa uma distribuição equi-
e) a área I está com seu processo de demarca- tativa da terra.
ção de terras interrompido devido às solici- e) pequena quantidade de propriedades, com
tações de fazendeiros e garimpeiros. mais de 1000 ha, correspondendo à menor
parcela da área ocupada, o que significa uma
19. (Fuvest) As previsões catastrofistas dos distribuição desigual da terra.
“neomalthusianos” sobre o crescimento de-
mográfico
naturais nãoe sua pressão sobrenotadamente,
se confirmaram, os recursos 21. (Fuvest)
porque:
a) o processo de globalização permitiu o acesso
voluntário e universal a meios contracepti-
vos eficazes, impactando, sobretudo, os paí-
ses em desenvolvimento.
b) a nova onda de “revolução verde”, propicia-
da pela introdução dos transgênicos, afastou
a ameaça de fome epidêmica nos países mais
pobres.
c) as ações governamentais e a urbanização
implicaram forte queda nas taxas de nata-
lidade, exceto em países muçulmanos e da
África Subsaariana, entre outros.
d) o estilo de vida consumista, maior respon- Em algumas cidades, pode-se observar no
sável pela degradação dos recursos naturais, horizonte, em certos dias, a olho nu, uma
vem sendo superado desde a Conferência camada de cor marrom. Essa condição afe-
Rio-92. ta a saúde, principalmente, de crianças e de
idosos, provocando, entre outras, doenças
e) os fluxosricos
aqueles migratórios
que têm de países pobres
crescimento para-
vegetati respiratórias e cardiovasculares.
http://tempoagora.uol.com.br/noticias.
vo negativo compensaram a pressão sobre os Acessado em 20/06/2009. Adaptado.
recursos naturais.
As figuras e o texto acima referem-se a um
20. (Fuvest) processo de formação de um fenômeno cli-
mático que ocorre, por exemplo, na cidade
de São Paulo. Trata-se de:
a) ilha de calor, caracterizada pelo aumento de
temperaturas na periferia da cidade.
b) zona de convergência intertropical, que pro-
voca o aumento da pressão atmosférica na
área urbana.
c) chuva convectiva, caracterizada pela forma-
ção de nuvens de poluentes que provocam
danos ambientais.
d) inversão térmica, que provoca concentração
de poluentes na baixa camada da atmosfera.
e) ventos alíseos de sudeste, que provocam o
súbito aumento da umidade relativa do ar.

Os gráficos revelam: 21. (Fuvest) Sobre o modelo de industrialização


a) pequena quantidade de propriedades, com implementado em países do sudeste asiático,
como Coreia do Sul e Taiwan, e o adotado em
até 100 ha, ocupando a maior parcela da países da América latina, como a Argentina, o
área, o que significa uma distribuição desi- Brasil e o México, pode-se afirmar que:
gual da terra. a) nos países do sudeste asiático, a participação
b) grande quantidade de propriedades, com de capital estrangeiro impediu o desenvolvi-
mais de 1000 ha, correspondendo à maior mento de tecnologia local, ao passo que, nos
parcela da área ocupada, o que s ignifica uma países latino-americanos, ela promoveu esse
distribuição equitativa da terra. desenvolvimento.
87
b) nos dois casos, não houve participação do d) nos dois casos, houve importante partici-
Estado na criação de infraestrutura necessá- pação de capital japonês, responsável pelo
ria à industrialização. desenvolvimento tecnológico nessas regiões.
c) nos países do sudeste asiático, a organiza- e) nos países do sudeste asiático, a produção
ção dos trabalhadores, em sindicatos livres, industrial visou à exportação, ao passo que,
encareceu o produto final, ao passo que, nos nos países latino-americanos, a produção
países latino-americanos, a ausência dessa objetivou o mercado interno.
organização tornou os produtos mais com-
petitivos.

22. (Fuvest)

Com base nesses gráficos sobre 15 cidades, pode-se concluir que, no ano de 1995:
a) as três cidades com o menor número de habitantes, por hectare, são aquelas que mais consomem ga-
solina no transporte particular de passageiros.
b) nas três cidades da América do Sul, vale a regra: maior população, por hectare, acarreta maior consu-
mo de gasolina no transporte particular de passageiros.
c) as cidades mais populosas, por hectare, são aquelas que mais consomem gasolina no transporte parti-
cular de passageiros.
d) nas três cidades da América do Norte, vale a regra: maior população, por hectare, acarreta maior con-
sumo de gasolina no transporte particular de passageiros.
e) as três cidades da Ásia mais populosas, por hectare, estão entre as quatro com menor consumo de
gasolina no transporte particular de passageiros.

24. (Fuvest)

O mapa retrata a distribuição espacial, no planeta, de núcleos urbanos com mais de 10 milhões de
habitantes, as megacidades. Sobre megacidades e os processos que as geraram, é correto afirmar que:
88
a) a maior do mundo, Tóquio, teve vertiginoso
crescimento após a Segunda Guerra Mundial,
em razão do expressivo desenvolvimento
econômico do Japão nesse período.
b) as latino-americanas cresceram em razão das
riquezas geradas por atividades primárias e
do dinamismo econômico decorrente de suas
funções portuárias.
c) a maior parte delas localiza-se em países de
elevado PIB per capita, tendo sua srcem
ligada a índices expressivos de crescimento
vegetativo e êxodo rural.
d) as localizadas
dinâmica em países
cresceram de economia
lentamente menos
devido à ex-
pansão do setor primário.
e) as localizadas no Oriente Médio são expressi-
vas em número, em razão do desenvolvimen-
to econômico gerado pelo petróleo.

GABARITO
1. E 2. E 3. E 4. C 5. E
6. C 7. C 8. D 9. A 10. A
11. D 12. A 13. D 14. D 15. E
16. D 17. D 18. D 19. C 20. C
21. D 22. E 23. A 24. A

89
QUESTÕES OBJETIVAS - biologia
Ciências da Natureza e suas tecnologias

R.P.A. Fuvest
Revisão Programada Anual
Fuvest - Biologia
Citologia, 22%
Ecologia, 18%
Fisiologia animal e humana, 18%
Reino vegetal, fungos e monera, 18%
Genética, 17%
Reino animal e protoctistas, 7%
BIOLOGIA 1

Prescrição: São necessários conhecimentos sobre os seres vivos e o ambiente que os rodeia,
assim como a interação entre os indivíduos e indivíduos e o meio. Em adicional, compreender as
características e classificação dos vegetais.

4. (Fuvest) A contribuição da seiva bruta para


PLICAÇÃO DOS
aculares
realização
é a dedafornecer:
fotossíntese nas plantas vas-
A
CONHECIMENTOS - SALA a) glicídios como fonte de carbono.
b) água como fonte de hidrogênio.
1. (Fuvest) O modo de nutrição das bactérias c) ATP como fonte de energia.
é muito diversificado: existem bactérias fo- d) vitaminas como coenzimas.
tossintetizantes, que obtêm energia da luz; e) sais minerais para captação de oxigênio.
bactérias quimiossintetizantes, que obtêm
energia de reações químicas inorgânicas; 5. (Fuvest) “O tico-tico tá comendo meu fubá/
bactérias saprofágicas, que se alimentam de Se o tico-tico pensa/ em se alimentar/ que
matéria orgânica morta; bactérias parasitas, vá comer/ umas minhocas no pomar (...)/
que se alimentam de hospedeiros vivos. Botei alpiste para ver se ele comia/ Botei u m
Indique a alternativa que relaciona correta- gato, um espantalho e um alçapão (...)”
mente cada um dos tipos de bactéria men-
(Zequinha de Abreu, “Tico-tico no Fubá”).
cionados com sua posição na teia alimentar.
Fotossin- Quimiossin- Sapofrágica Parasita No contexto da música, na teia alimentar da
tetizante tetizante qual fazem parte tico-tico, fubá, minhoca,
a) Decompositor Pr odutor Consumidor Decompositor alpiste e gato:
b) Consumidor Consumidor Decompositor Consumidor a) a minhoca aparece como produtor e o tico-

c) Produtor Consumidor Decompositor De compositor -tico como consumidor primário.


b) o fubá aparece como produtor e o tico-tico
d) Produtor Decompositor Co nsumidor Consumidor
como consumidor primário e secundário.
e) Produtor Produtor Decompositor Consumidor c) o fubá aparece como produtor e o gato como
consumidor primário.
2. (Fuvest) Um pesquisador que deseje estu- d) o tico-tico e o gato aparecem como consumi-
dar a divisão meiótica em samambaia deve dores primários.
utilizar em suas preparações microscópicas e) o alpiste aparece como produtor, o gato
células de: como consumidor primário e a minhoca
a) embrião recém-formado. como decompositor.
b) rizoma da samambaia.
c) soros da samambaia.
d) rizoides do prótalo.
6. (Fuvest) A recente descoberta de uma vasta
e) estruturas reprodutivas do prótalo.
região de mar descongelado no Polo Norte é
um exemplo dos efeitos do aquecimento glo-
3. (Fuvest) Enquanto a clonagem de animais é bal pelo qual passa o planeta. A larmados com
um evento relativamente recente no mundo a situação, alguns países industrializados
científico, a clonagem de plantas vem ocor- elaboraram uma carta de intenções em que
rendo já há algumas décadas com relativo se comprometem a promover amplos reflo-
sucesso. Células são retiradas de uma plan- restamentos, como uma estratégia para re-
ta-mãe e, posteriormente, são cultivadas em duzir
global.o Tal
efeito estufa e baseia-se
estratégia conter o aquecimento
na hipótese
meio de cultura, dando srcem a uma planta
inteira, com genoma idêntico ao da planta- de que o aumento das áreas de floresta pro-
-mãe. Para que o processo tenha maior chan- moverá maior:
ce de êxito, deve-se retirar as células: a) liberação de gás oxigênio, com aumento da
a) do ápice do caule. camada de ozônio e redução da radiação ul-
b) da zona de pelos absorventes da raiz. travioleta.
c) do parênquima dos cotilédones. b) retenção do carbono na matéria orgânica das
d) do tecido condutor em estrutura primária. árvores, com diminuição do gás carbônico
e) da parede interna do ovário. atmosférico responsável pelo efeito estufa.

93
c) disponibilidade de combustíveis renováveis
e, consequentemente, menor queima de PRÁTICA DOS
CONHECIMENTOS - E.O.
combustíveis fósseis, que liberam CFC (clo-
rofluorcarbono).
d) absorção de CFC, gás responsável pela des-
truição da camada de ozônio. 1. (Fuvest) A cobra-coral – Erythrolamprus
e) sombreamento do solo, com resfriamento da aesculapii – tem hábito diurno, alimenta-se
superfície terrestre. de outras cobras e é terrícola, ou seja, caça
e se abriga no chão. A jararaca – B othrops
jararaca – tem hábito noturno, alimenta-se
RAIO X de mamíferos e é terrícola. Ambas ocorrem,
no Brasil, na floresta pluvial costeira.
1. As bactérias fotossintetizantes e as quimios- Essas serpentes:
a) disputam o mesmo nicho ecológico.
sintetizantes são autótrofas e logo produto- b) constituem uma população.
ras. As bactérias saprofágicas são decompo- c) compartilham o mesmo habitat.
sitoras e as parasitas, consumidoras. d) realizam competição intraespecífica.
2. Para estudar a divisão meiótica em samam- e) são comensais.
baia, o pesquisador necessitará observar os
soros, que é o lugar onde as células dividem- 2. (Fuvest) Num determinado lago, a quan-
-se por meiose e produzem os esporos ha- tidade dos organismos do fitoplâncton é
ploides. controlada por um crustáceo do gênero Ar-
3. Ápice do caule possui meristema primário, o temia, presente no zooplâncton. Graças a
qual é indiferenciado, sem função específi- esse equilíbrio, a água permanece transpa-
ca. rente. Depois de um ano muito chuvoso, a
salinidade do lago diminuiu, o que permitiu
4. A seiva bruta transporta sais mineirais e o crescimento do número de insetos do gê-
água. A água é um reagem da fotossíntese. nero Trichocorixa, predadores de Artemia. A
5. O tico-tico se alimenta do fubá (produtor) se transparência da água do lago diminuiu.
tornando consumidor primário e da minhoca Considere as afirmações:
se tornando consumidor secundário. I. A predação provocou o aumento da popu-
6. Para realizer a fotossíntese os vegetais reali- II. lação dos produtores
A predação provocou. a diminuição da po-
zam o sequestro de carbon atmosférico.
pulação dos consumidores secundários.
III.A predação provocou a diminuição da po-
GABARITO pulação dos consumidores primários.
Está correto o que se afirma apenas em:
1. E 2. C 3. A 4. B 5. B a) I.
b) II.
6. B c) III.
d) I e III.
e) II e III.

3. (Fuvest) O gráfico mostra uma estimativa do


número de espécies marinhas e dos níveis de
oxigênio atmosférico, desde 550 milhões de
anos atrás até os dias de hoje.

94
Analise as seguintes afirmativas: a) dos frutos e depois das flores.
I. Houve eventos de extinção que reduziram b) das flores e depois dos frutos.
em mais de 50% o número de espécies c) das sementes e depois das flores.
existentes. d) das sementes e antes dos frutos.
II. A diminuição na atividade fotossintética e) das flores e antes dos frutos.
foi a causa da s grandes extinções.
III.A extinção dos grandes répteis aquáti- 6. (Fuvest) No morango, os frutos verdadeiro
s são
cos no final do Cretáceo, há cerca de 65 as estruturas escuras e rígidas que se encon-
milhões de anos, foi, percentualmente, o tram sobre a parte vermelha e suculenta. Cada
maior evento de extinção ocorrido. uma dessas estruturas resulta, diretamente:
a) da fecundação do óvulo pelo núcleo esper-
De acordo com o gráfico, está correto apenas mático do grão de pólen.
o que se afirma em: b) do desenvolvimento do ovário, que contém a
a) I. semente com o embrião.
b) II. c) da fecundação de várias flores de uma mes-
ma inflorescência.
c) III.
d) da dupla fecundação, que é exclusiva das
d) I e II. angiospermas.
e) II e III. e) do desenvolvimento do endosperma que nu-
trirá o embrião.
4. (Fuvest) Em 1910, cerca de 50 indivíduos
de uma espécie de mamíferos foram intro- 7. (Fuvest) Uma das consequências do “efeito
duzidos numa determinada região. O gráfico estufa” é o aquecimento dos oceanos. Esse
abaixo mostra quantos indivíduos dessa po- aumento de temperatura provoca:
pulação foram registrados a cada ano, desde a) menor dissolução de CO2 nas águas oceânicas,
o que leva ao consumo de menor quantidade
1910 até 1950. desse gás pelo fitoplâncton, contribuindo, as-
sim, para o aumento do efeito estufaglobal.
b) menor dissolução de O2 nas águas oceânicas,
o que leva ao consumo de maior quantidade
de CO2 pelo fitoplâncton, contribuindo, as-
sim, para a redução do efeito estufa global.
c) menor dissolução de CO2 e O2 nas águas oceâ-
nicas, o que leva ao consumo de maior quan-
tidade de O2 pelo fitoplâncton, contribuindo,
assim, para a redução do efeito estufa global.
d) maior dissolução de CO2 nas águas oceânicas,
o que leva ao consumo de maior quantidade
desse gás pelo fitoplâncton, contribuindo, as-
sim, para a redução do efeito estufa global.
e) maior dissolução de O2 nas águas oceânicas, o
que leva à liberação de maior quantidade de
CO2 pelo fitoplâncton, contribuindo, assim,
Esse gráfico mostra que: para o aumento do efeito estufa global.
a) desde 1910 até 1940, a taxa de natalidade
8. (Fuvest) Há anos, a Amazônia brasileira
superou a de mortalidade em todos os anos.
tem sofrido danos ambientais, provocados
b) a partir de 1938, a queda do número de in- por atividades como queimadas e implanta-
divíduos foi devida à emigração. ção de áreas de pecuária para o gado bovino.
c) no período de 1920 a 1930, o número de Considere os possíveis danos ambientais re-
nascimentos mais o de imigrantes foi equi- sultantes dessas atividades:
valente ao número de mortes mais o de emi- I. Aumento da concentração de dióxido de
grantes. carbono (CO2) atmosférico, como conse-
d) no período de 1935 a 1940, o número de quência da queima da vegetação.
nasciment
número deosmortes
mais omais
de imigrantes superou o II. Aumento do processo
o de emigrantes. vido à perda de ferrode(Fe)
laterização, de-
e alumínio
e) no período de 1910 a 1950, o número de (Aℓ) no horizonte A do solo.
nascimentos mais o de imigrantes superou o III.Aumento da concentração de metano
número de mortes mais o de emigrantes. (CH4) atmosférico, liberado pela digestão
animal.
5. (Fuvest) Na evolução dos vegetais, o grão de IV. Diminuição da fertilidade dos solos pela
pólen surgiu em plantas que correspondem, liberação de cátions Na+, K+, Ca 2+ e M g2+,
atualmente, ao grupo dos pinheiros. Isso anteriormente absorvidos pelas raízes
significa que o grão de pólen surgiu antes: das plantas.
95
Está correto o que se afirma e m: 11. (Fuvest) A passagem do modo de vida caça-
a) I e III, apenas. dor-coletor para um modo de vida mais se-
b) I, II e III, apenas. dentário aconteceu há cerca de 12 mil anos
c) II e IV, apenas. e foi causada pela domesticação de animais
d) III e IV, apenas. e de plantas. Com base nessa informação, é
e) I, II, III e IV.
correto afirmar que:
a) no início da domesticação, a espécie humana
descobriu como induzir mutações nas plan-
9. (Fuvest) As afirmações abaixo se referem tas para obter sementes com características
a características do ciclo de vida de grupos desejáveis.
de plantas terrestres: musgos, samambaias, b) a produção de excedentes agrícolas permitiu
pinheiros e plantas com flores. a paulatina regressão do trabalho, ou seja,
I. O grupo evolutivamente mais antigo pos- a diminuição das intervenções humanas no

sui
fasefase haploide mais duradoura do que
diploide. c) meio natural
a grande com fins produtivos.
concentração de plantas cultivadas
II. Todos os grupos com fase diploide mais em um único lugar aumentou a quantidade
duradoura do que fase haploide apresen- de alimentos, o que prejudicou o processo de
sedentarização das populações.
tam raiz, caule e f olha verdadeiros. d) no processo de domesticação, sementes com
III.Os grupos que possuem fase haploide e características desejáveis pelos seres huma-
diploide de igual duração apresentam, nos foram escolhidas para serem plantadas,
também, rizoides, filoides e cauloides (ou num processo de s eleção artificial.
seja, raiz, folha e caule não verdadeiros). e) a chamada Revolução Neolítica permitiu o
Está correto apenas o que se afirma em: desenvolvimento da agricultura e do pasto-
a) I. reio, garantindo a eliminação progressiva de
b) II. relações sociais escravistas.
c) III.
d) I e II. 12. (Fuvest) Os resultados de uma pesquisa re-
e) II e III. alizada na USP revelam que a araucária, o
pinheiro brasileiro, produz substâncias an-
10. (Fuvest) O acidente ocorrido em abril de tioxidantes e fotoprotetoras. Uma das auto-
2010, em uma plataforma de petróleo no ras do estudo considera que, possivelmen-
golfo do México, colocou em risco o delicado te, essa característica esteja relacionada ao
ambiente com intensa radiação UV em que
equilíbrio
Além do ecossistema
da tentativa da região.
de contenção, com barrei- a espécie surgiu há cerca de 200 milhões de
ras físicas, de parte do óleo derramado, foram anos. Com base na teoria sintética da evolu-
ção, é correto afirmar que:
utilizados dispersantes químicos. Dispersan- a) essas substâncias surgiram para evitar que
tes são compostos que contêm, em uma mes- as plantas sofressem a ação danosa da radia-
ma molécula, grupos compatíveis com óleo ção UV.
(lipofílicos) e com água (hidrofílicos). b) a radiação UV provocou mutações nas folhas
Levando em conta as informações acima e da araucária, que passaram a produzir tais
com base em seus conhecimentos, indique a substâncias.
afirmação correta. c) a radiação UV atuou como fator de seleção,
a) O uso de dispersantes é uma forma de elimi- de maneira que plantas sem tais substâncias
nar a poluição a que os organismos maríti- eram mais suscetíveis à morte.
mos estão expostos. d) a exposição constante à radiação UV indu-
b) Acidentes como o mencionado podem gerar ziu os indivíduos de araucária a produzirem
novos depósitos de petróleo, visto que a for- substâncias de defesa contra tal radiação.
mação desse recurso depende da concentra- e) a araucária é um exemplo típico da finali-
ção de compostos de carbono em ambientes dade da evolução, que é a produção de in-
continentais. divíduos mais fortes e adaptados a qualquer
c) Entidades internacionais conseguiram, após ambiente.
o acidente, a aprovação de sanções econômi-
cas a serem aplicadas pela ONU às empresas
e países que venham a ser responsabilizados 13. (Fuvest)
riabilidade
O conhecimento
entre os indivíduos,
sobrea sobre
srcemosda
meca-
va-
por novos danos ambientais. nismos de herança dessa variabilidade e sobre
d) A presença de petróleo na superfície da o comportamento dos genes nas populações
água, por dificultar a passagem da luz, di- foi incorporado à teoria da evolução biológica
minui a taxa de fotossíntese realizada pelo por seleção natural de Charles Darwin.
zooplâncton, o que, no entanto, não afeta a Diante disso, considere as seguintes afirmati-
cadeia alimentar. vas:
e) Os dispersantes aumentam a quantidade de I. A seleção natural leva ao aumento da fre-
petróleo que se mistura com a água, porém quência populacional das mutações vanta-
não o removem do mar. josas num dado ambiente; caso o ambiente
96
mude, essas mesmas mutações podem tor- 16. (Fuvest) A relação entre produção, consu-
nar seus portadores menos adaptados e, mo e armazenagem de substâncias, na folha
assim, diminuir de frequência. e na raiz subterrânea de uma angiosperma,
II. A seleção natural é um processo que di- encontra-se corretamente descrita em:
reciona a adaptação dos indivíduos ao a) Folha: glicose é produzida, mas não é consu-
ambiente, atuando sobre a variabilidade mida; raiz subterrânea: glicose é armazena-
populacional gerada de modo casual. da, mas não é consumida.
III. A mutação é a causa primária da variabi- b) Folha: glicose é produzida e consumida;
lidade entre os indivíduos, dando srcem Raiz subterrânea: Glicose é consumida e ar-
a material genético novo e ocorrendo sem
objetivo adaptativo. mazenada.
Está correto o que se afirma em: c) Folha: água é consumida, mas não é armaze-
a) I, II e III. nada; raiz subterrânea: água é armazenada,

b) I e III, apenas. d) mas não


Folha: é consumida.
água é consumida e glicose é produzi-
c) I e II, apenas.
d) I, apenas. da; raiz subterrânea: glicose é armazenada,
e) III, apenas. mas não é consumida.
e) Folha: glicose é produzida, mas não é consu-
mida; raiz subterrânea: água é consumida e
14. (Fuvest) Uma pessoa, ao encontrar uma se- armazenada
mente, pode afirmar, com certeza, que den-
tro dela há o embrião de uma planta, a qual, 17. (Fuvest) Ao longo da evolução das plantas,
na fase adulta: os gametas:
a) forma flores, frutos e sementes. a) tornaram-se cada vez mais isolados do meio
b) forma sementes, mas não produz flores e externo e, assim, protegidos.
frutos. b) tornaram-se cada vez mais expostos ao meio
c) vive exclusivamente em ambiente terrestre. externo, o que favorece o sucesso da fecun-
d) necessita de água para o deslocamento dos dação.
gametas na fecundação. c) mantiveram-se morfologicamente iguais em
e) tem tecidos especializados para condução de todos os grupos.
água e de seiva elaborada. d) permaneceram dependentes de água, para
transporte e fecundação, em todos os gru-
15. (Fuvest) A partir da contagem de indivíduos pos.
de uma população experimental de protozo- e) apareceram no mesmo grupo no qual tam-
ários, durante determinado tempo, obtive- bém surgiram os tecidos vasculares como
ram-se os pontos e a curva média registra- novidade evolutiva.
dos no gráfico a seguir. Tal gráfico permite
avaliar a capacidade limite do ambiente, ou 18. (Fuvest) As estruturas presentes em uma
seja, sua carga biótica máxima. célula vegetal, porém ausentes em uma bac-
téria, são:
a) cloroplastos, lisoss omos, núcleo e membrana
plasmática.
b) vacúolos, cromossomos, lisossomos e ribos-
somos.
c) complexo golgiense, membrana plasmática,
mitocôndrias e núcleo.
d) cloroplastos, mitocôndrias, núcleo e retículo
endoplasmático.
De acordo com o gráfico: e) cloroplastos, complexo golgiense, mitocôn-
drias e ribossomos.
a) a capacidade limite do ambiente cresceu até
o dia 6. 19. (Fuvest) As bactérias diferem quanto à fon-
b) a capacidade limite do ambiente foi alcança- te primária de
da somente após o dia 20. metabólicos. Porenergia
exemplo:para seus processos
c) a taxa de mortalidade superou a de natali- I. ‘Chlorobium sp’. utili za energia luminosa.
dade até o ponto em que a capacidade limite II. ‘Beggiatoa sp’. utiliza energia gerada pela
do ambiente foi alcançada. oxidação de compostos inorgânicos.
d) a capacidade limite do ambiente aumentou III.‘Mycobacterium sp’. utiliza energia gera-
com o aumento da população. da pela degradação de compostos orgâni-
e) o tamanho da população ficou próximo da cos componentes do organismo hospedeiro.
capacidade limite do ambiente entre os dias
8 e 20.

97
Com base nessas informações, indique a al- No texto, o conjunto de elementos, descri-
ternativa que relaciona corretamente essas to de forma poética em relação aos passa-
bactérias com seu papel nas cadeias alimen- rinhos, pode ser associado, sob o ponto de
tares de que participam. vista biológico, ao conceito de:
Chloro- Mycobacte- a) bioma.
Beggiatoa sp.
bium sp. rium sp. b) nicho ecológico.
a) Consumidor Produtor Consumidor c) competição.
d) protocooperação.
b) Consumidor Decompositor Consumidor
e) sucessão ecológica.
c) Produtor Consumidor Decompositor

d) Produtor Decompositor Consumidor 22. (Fuvest) A observação de faunas dos conti-


e) Produtor Produtor Consumidor nentes do hemisfério Sul revela profundas

20. (Fuvest) As crescentes emissões de dióxido diferenças. Nacapivaras,


guiças, antas, América do Sul, existem
tamanduás pre-
e onças;
de carbono (CO 2), metano (CH4), óxido nitro- na África, há leões, girafas, camelos, zebras
so (N2O), entre outros, têm causado sérios e hipopótamos; na Austrália, cangurus, or-
problemas ambientais, como, por exemplo, nitorrincos e equidnas e, na Antártida, os
a intensificação do efeito estufa. Estima-se pinguins. Entretanto, descobriram-se espé-
que, dos 6,7 bilhões de toneladas de carbo- cies fósseis idênticas nessas regiões. Assim,
no emitidas anualmente pelas atividades fósseis da gimnosperma ‘Glossopteris’ foram
humanas, cerca de 3,3 bilhões acumulam-se encontrados ao longo das costas litorâneas
na atmosfera, sendo os oceanos responsáveis da África, América do Sul, Austrália e Antár-
pela absorção de 1,5 bilhão de toneladas, en- tida, e ainda fósseis dos répteis ‘Cynogna-
quanto quase 2 bilhões de toneladas são se- thus’ e ‘Lystrosaurus’ foram descobertos na
questradas pelas formações vegetais. América do Sul, África e Antártida.
Assim, entre as ações que contribuem para a Para explicar esses fatos, formularam-se as
redução do CO 2 da atmosfera, estão a preser- seguintes hipóteses:
vação de matas nativas, a implantação de re- I. A presença de fósseis idênticos, nos vários
florestamentos e de sistemas a groflorestais e continentes, prova que todas as formas
a recuperação de áreas de matas degradadas. de vida foram criadas simultaneamente
O papel da vegetação, no sequestro de carbo- nas diversas regiões da Terra e se dife-
no da atmosfera, é: renciaram mais tarde.
a) diminuir a respiração celular dos vegetais II. As faunas e floras atuais são resultado da
devido à grande disponibilidade de O2 nas
seleção natural em ambientes diversos,
florestas tropicais.
b) fixar o CO2 da atmosfera por meio de bacté-
isolados geograficamente.
rias decompositoras do solo e absorver o car-
III. Os continentes, há milhões de anos, eram
bono livre por meio das raízes das plantas. unidos, separando-se posteriormente.
c) converter o CO2 da atmosfera em matéria or- Está correto o que se afirma em:
gânica, utilizando a energia da luz solar. a) I, apenas.
d) reter o CO2 da atmosfera na forma de com- b) II, apenas.
postos inorgânicos, a partir de reações de c) I e III, apenas.
oxidação em condições anaeróbicas. d) II e III, apenas.
e) transferir o CO2 atmosférico para as molécu- e) I, II e III.
las de ATP, fonte de energia para o metabo-
lismo vegetal. 23. (Fuvest) Existe um produto que, aplicado nas
folhas das plantas, promove o fechamento
21. (Fuvest) “Para compor um tratado sobre pas- dos estômatos, diminuindo a perda de água.
sarinhos é preciso por primeiro que haja um Como consequência imediata do fechamento
rio com árvores e palmeiras nas margens. dos estômatos:
E dentro dos quintais das casas que haja pelo I. o transporte de seiva bruta é prejudicado.
menos goiabeiras. E que haja por perto brejos II. a planta deixa de absorver a luz.
e iguarias de brejos. III.aCOentrada de ar atmosférico e a saída de
É preciso que haja insetos para os passarinhos. 2 são prejudicadas.
Insetos de pau sobretudo que são os mais IV. a planta deixa de respirar e de fazer fotos-
palatáveis. síntese.
A presença de libélulas seria uma boa. Estão corretas apenas as afirmativas:
O azul é importante na vida dos passarinhos a) I e II.
porque os passarinhos precisam antes de ser b) I e III.
belos ser eternos. c) I e IV.
Eternos que nem uma fuga de Bach.” d) II e III.
“De passarinhos”. Manoel de Barros e) III e IV.

98
24. (Fuvest)

O pinhão mostrado na foto, coletado de um


pinheiro-do-paraná (‘Araucaria angustifo-
lia’), é:
a) um fruto: estrutura multicelular resultante
do desenvolvimento do ovário.
b) um fruto: estrutura unicelular resultante do
desenvolvimento do óvulo.
c) uma semente: estrutura unicelular resultante
do desenvolvimento do ovário.
d) uma semente: estrutura multicelular resul-
tante do desenvolvimento do óvulo.
e) uma semente: estrutura unicelular resultante
do desenvolvimento do óvulo.

GABARITO
1. C 2. D 3. A 4. D 5. E
6. B 7. A 8. A 9. D 10. E
11. D 12. C 13. A 14. E 15. E
16. B 17. A 18. D 19. E 20. C
21. B 22. D 23. B 24. D

99
BIOLOGIA 2

Prescrição: São necessários conhecimentos sobre a classificação dos seres vivos e


suas características fisiológicas e anatômicas, além de compreender as fisiologias
animal e humana.

PLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS ALA


A1. -S
(Fuvest) No início do desenvolvimento, todo embrião humano tem estruturas que podem se di-
ferenciar tanto no sistema reprodutor masculino quanto no feminino. Um gene do cromossomo Y,
denominado SRY (sigla de “sexdetermining region Y”), induz a formação dos testículos. Hormô-
nios produzidos pelos testículos atuam no embrião, induzindo a diferenciação das outras estrutu-
ras do sistema reprodutor masculino e, portanto, o fenótipo masculino.
Suponha que um óvulo tenha sido fecundado por um espermatozoide portador de um cromossomo
Y com uma mutação que inativa completamente o gene SRY. Com base nas informações contidas
no parágrafo anterior, pode-se prever que o zigoto:
a) será inviável e não se desenvolverá em um novo indivíduo.
b) se desenvolverá em um indivíduo cromossômica (XY) e fenotipicamente do sexo masculino, normal e
fértil.
c) se desenvolverá em um indivíduo cromossômica (XY) e fenotipicamente do sexo masculino, mas sem
testículos.
d) se desenvolverá em um indivíduo cromossomicamente do sexo masculino (XY), mas com fenótipo
feminino.
e) se desenvolverá em um indivíduo cromossômica (XX) e fenotipicamente do sexo feminino.

2. (Fuvest) Durante
materno. Qual a gestação, os
das alternativas filhotes
indica de mamífero
o caminho s placentários
percorrido retiram alim
por um aminoácido ento do da
resultante corpo
di-
gestão de proteínas do alimento, desde o organismo materno até as células do feto?
a) Estômago materno → circulação sanguínea materna → placenta → líquido amniótico → circulação
sanguínea fetal → células fetais.
b) Estômago materno → circulação sanguínea materna → placenta → cordão umbilical → estômago fetal
circulação sanguínea fetal→ células fetais.
c) Intestino materno → circulação sanguínea materna→ placenta → líquido amniótico → circulação
sanguínea fetal células fetais.
d) Intestino materno→ circulação sanguínea materna
→ placenta→ circulação sanguínea fetal
→ células fetais.

e) Intestino materno → estômago fetal → circulação sanguínea fetal → células fetais.

3. (Fuvest) Num exercício prático, um estudante analisou um animal vertebrado para descobrir a que
grupo pertencia, usando a seguinte chave de classificação:

101
O estudante concluiu que o animal pertencia 6. (Fuvest) O ornitorrinco e a equidna são ma-
ao grupo VI. míferos primitivos que botam ovos, no in-
Esse animal pode ser: terior dos quais ocorre o desenvolvimento
a) um gambá. embrionário. Sobre esses animais, é correto
b) uma cobra. afirmar que:
c) um tubarão. a) diferentemente dos mamíferos placentários,
d) uma sardinha. eles apresentam autofecundação.
e) um sapo. b) diferentemente dos mamíferos placentários,
eles não produzem leite para a alimentação
4. (Fuvest) Foram feitas medidas diárias das dos filhotes.
taxas dos hormônios: luteinizante (LH), fo- c) diferentemente dos mamíferos placentários,
lículo estimulante (FSH), estrógeno e pro- seus embriões realizam trocas gasosas dire-
gesterona, no sangue de uma mulher adu lta, tamente com o ar.
jovem, durante vinte e oito dias consecuti- d) à semelhança dos mamíferos placentários,
vos. Os resultados estão mostrados no gráfi- seus embriões alimentam-se exclusivamente
co. de vitelo acumulado no ovo.
e) à semelhança dos mamíferos placentários,
seus embriões livram-se dos excretas nitro-
genados através da placenta.

RAIO X
1. O indivíduo pode se desenvolver mesmo sem
o cromossomo Y, como por exemplo, na sín-
drome de Turner (X0). O indivíduo só pode
ser XY, já que é a fusão de um óvulo (X) com
um espermatozoide Y. A ausência da expres-
são do gene SRY leva a não formação do tes-
tículo e consequentemente a não produção
de testosterona, a qual são responsáveis pe-
las características secundárias masculinas e
Os períodos mais prováveis de ocorrência da assim o fenótipo desse indivíduo será femi-
menstruação e da ovulação, respectivamen- nino.
te, são: 2. A – está incorreta, pois o alimento não passa
a) A e C. pelo líquido amniótico.
b) A e E. B – está incorreta, pois não passa pelo es-
c) C e A. tômago fetal e preciso ser digerido antes de
d) E e C. ser absorvido.
e) E e A. C – está incorreta, pois o alimento não passa
pelo líquido amniótico.
5. (Fuvest) De acordo com a Organização Mun- E – está incorreta, pois não passa pelo estô-
dial da Saúde (OMS), a dengue voltará com mago fetal.
ímpeto. “A Ásia e a América latina serão du- 3. Cobra tem ausência de pêlos, ausência de
ramente castigadas este ano [...]”, diz José penas, presença de mandibular, ausência de
Esparza, coordenador de vacinas da OMS. nadadeiras pares e presença de escamas cor-
(“New Scientist” n0. 2354, 3 de agosto de 2002). neas.
4. Período da ovulação: alto níveis de LH, FSH e
O motivo dessa previsão está no fato de: estrógeno
a) o vírus causador da doença ter se tornado Período menstrual: baixa de todos hormô-
nios.
resistente aos antibióticos.
b) o uso intenso de vacinas ter selecionado for- 5. A dengue é uma doença causada por um vi-
mas virais resistentes aos anticorpos. rus sendo assim não pode ser tratado com
c) o contágio se dar de pessoa a pessoa por antibiótico. E a transmissão ocorre através
meio de bactérias resistentes a antibióticos. de um vetor, o mosquito Aedes Aegypti.
d) a população de mosquitos transmissores de- 6. Os monotremados são animais que põem
verá aumentar. ovos, mas possuem pêlos e glândulas mamá-
e) a promiscuidade sexual favorecer a disper- rias, além de serem endotérmicos, eles são
são dos vírus. classificados como mamíferos.
102
GABARITO PRÁTICA DOS
1. D 2. D 3. B 4. E 5. D CONHECIMENTOS - E.O.
6. C 1. (Fuvest) Uma dieta de emagrecimento atribui
a cada alimento um certo número de pontos,
que equivale ao valor calórico do alimento ao
ser ingerido. Assim, por exemplo, as combi-
nações abaixo somam, cada uma, 85 pontos:
§ 4 colheres de arroz + 2 colheres de azeite
+ 1 fatia de queijo branco.
§

1queijo
colher de arroz + 1 bife + 2 fatias de
branco.
§ 4 colheres de arroz + 1 colher de azeite
+ 2 fatias de queijo branco.
§ 4 colheres de arroz + 1 bife.
Note e adote:
1 colher 1 colher
de arroz de azeite 1 bife
Massa de
20 5 100
alimento
% de
umidade +
macronu-
triente mi- 75 0 60
noritário +
micronu-
trientes
de macro-
nutriente 25 100 40
majoritário

São macronutrientes as proteínas, os carboi-


dratos e os lipídeos.
Com base nas informações fornecidas, e na
composição nutricional dos alimentos, con-
sidere as seguintes afirmações:
I. A pontuação de um bife de 100 g é 45.
II. O macronutriente presente em maior
quantidade no arroz é o carboidrato.
III. Para uma mesma massa de lipídeo de
srcem vegetal e de carboidrato, a razão
número de pontos do lipídeo
______________________________ é de 1,5.
número de pontos do carboidrato
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

2. (Fuvest) Francisco deve elaborar uma pes-


quisa sobre dois artrópodes distintos. Eles
serão selecionados, ao acaso, da seguinte
relação: aranha, besouro, barata, lagosta, ca-
marão, formiga, ácaro, caranguejo, abelha,
carrapato, escorpião e gafanhoto.
103
Qual é a probabilidade de que ambos os ar- 6. (Fuvest) Considere a árvore filogenética
trópodes escolhidos para a pesquisa de Fran- abaixo.
cisco não sejam insetos?
a) _____
19
144
b) ___
14
33
c) ___
7
22
d) ___
5
22
e) ____
15
144

3. (Fuvest) Num ambiente iluminado, ao foca-


lizar um objeto distante, o olho humano se
ajusta a essa situação. Se a pessoa passa, em
seguida, para um ambiente de penumbra, ao
focalizar um objeto próximo, a íris:
a) aumenta, diminuindo a abertura da pupila, Essa árvore representa a simplificação de
e os músculos ciliares se contraem, aumen- uma das hipóteses para as relações evoluti-
tando o poder refrativo do cristalino. vas entre os grupos a que pertencem os ani-
b) diminui, aumentando a abertura da pupila, mais exemplificados. Os retângulos corres-
e os músculos ciliares se contraem, aumen-
pondem a uma ou mais características que
tando o poder refrativo do cristalino.
são compartilhadas pelos grupos representa-
c) diminui, aumentando a abertura da pupila,
dos acima de cada um deles na árvore e que
e os músculos ciliares se relaxam, aumen-
tando o poder refrativo do cristalino.
não estão presentes nos grupos abaixo deles.
d) aumenta, diminuindo a abertura da pupila,
A presença de notocorda, de tubo nervoso
e os músculos ciliares se relaxam, diminuin- dorsal, de vértebras e de ovo amniótico cor-
do o poder refrativo do cristalino. responde, respectivamente, aos retângulos:
e) diminui, aumentando a abertura da pupila, a) 1, 2, 3 e 4.
b) 1, 1, 2 e 5.
e os músculos ciliares se relaxam, diminuin- c) 1, 1, 3 e 6.
do o poder refrativo do cristalino.
d) 1, 2, 2 e 7.
4. (Fuvest) Tatuzinhos-de-jardim, escorpiões, e) 2, 2, 2 e 5.
siris, centopeias e borboletas são todos ar-
trópodes. 7. (Fuvest) Na história evolutiva dos metazoá-
Compartilham, portanto, as seguintes carac- rios, o processo digestivo:
terísticas: a) é intracelular, com hidrólise enzimática de
a) simetria bilateral, respiração traqueal e ex- moléculas de grande tamanho, a partir dos
creção por túbulos de Malpighi. equinodermas.
b) simetria bilateral, esqueleto corporal exter- b) é extracelular, já nos poríferos, passando a
no e apêndices articulados. completamente intracelular, a partir dos ar-
c) presença de cefalotórax, sistema digestório trópodes.
incompleto e circulação aberta. c) é completamente extracelular nos vertebra-
d) corpo não segmentado, apêndices articula- dos, o que os distingue dos demais grupos
dos e respiração traqueal. de animais.
e) corpo não segmentado, esqueleto corporal d) passa de completamente intracelular a com-
externo e excreção por túbulos de Malpighi. pletamente extracelular, a partir dos nema-

5. (Fuvest) Existem vírus que: telmintos.


e) passa de completamente extracelular a com-
a) se reproduzem independentemente de célu- pletamente intracelular, a partir dos anelí-
las. deos.
b) têm genoma constituído de DNA e RNA.
c) sintetizam DNA a partir de RNA.
d) realizam respiração aeróbica no interior da
cápsula proteica.
e) possuem citoplasma, que não contém orga-
nelas.

104
8. (Fuvest) A figura representa uma hipótese das O quadro abaixo traz uma relação de mamí-
relações evolutivas entre alguns grupos ani- feros e o resultado da pesagem de indivíduos
mais. adultos.
Animal Massa corporal (g)
Cuíca 30
Sagui 276
Gambá 4120
Bugio 1580
Capivara 37300
Fauna silvestre – Secretaria Municipal do

Verde e do Meio Ambiente, SP, 2007.

Considerando esse conjunto de i nformações,


analise as afirmações seguintes:
I. No intervalo de um minuto, a cuíca tem
mais batimentos cardíacos do que a capi-
vara.
II. A frequência cardíaca do gambá é maior
do que a do bugio e menor do que a do
sagui.
De acordo com essa hipótese, a classificação III. Animais com coração maior têm frequên-
dos animais em vertebrados e invertebrados: cia cardíaca maior.
a) está justificada, pois há um ancestral comum
para todos os vertebrados e outro diferente Está correto apenas o que se afirma em:
para todos os invertebrados. a) I.
b) não está justificada, pois separa um grupo b) II.
que reúne vários filos de outro que é apenas c) III.
parte de um filo. d) I e II.
c) está justificada, pois a denominação de ver-
tebrado pode ser considerada como sinônima e) II e III.
de Cordado.
d) não está justificada, pois, evolutivamente,
10. (Fuvest) Ao longo da evolução dos vertebra-
os vertebrados estão igualmente distantes dos, a:
de todos os invertebrados. a) digestão tornou-se cada vez mais complexa.
e) está justificada, pois separa um grupo que A tomada do alimento pela boca e sua pas-
possui muitos filos com poucos represen- sagem pelo estômago e intestino são carac-
tantes de outro com poucos filos e muitos terísticas apenas do grupo mais recente.
representantes. b) circulação apresentou poucas mudanças. O
número de câmaras cardíacas aumentou, o
9. (Fuvest) Nos mamíferos, o tamanho do co- que não influenciou a circulação pulmonar e
ração é proporcional ao tamanho do corpo a sistêmica, que são completamente separa-
e corresponde a aproximadamente 0,6% da das em todos os grupos.
massa corporal. c) respiração, no nível celular, manteve-se se-
O gráfico abaixo mostra a relação entre a fre- melhante em todos os grupos. Houve mu-
quência cardíaca e a massa corporal de vá- dança, porém, nos órgãos responsáveis pelas
rios mamíferos. trocas gasosas, que diferem entre grupos.
d) excreção sofreu muitas alterações, devido a
mudanças no sistema excretor. Porém, inde-
pendentemente do ambiente em que vivem,
os animais excretam ureia, amônia e ácido
úrico.
e) reprodução sofreu algumas mudanças rela-
cionadas com a conquista do ambiente ter-
restre. Assim, todos os vertebrados, com ex-
ceção dos peixes, independem da água para
se reproduzir.

105
11. (Fuvest) Ao noticiar o desenvolvimento de Comparando o coração de um sapo com o co-
mecanismos de prevenção contra a esquis- ração humano, pode-se afirmar que:
tossomose, um texto jornalístico trouxe a se-
guinte informação: a) não há diferenças significativas entre os
“Proteína do parasita da doença “ensina” or- dois quanto à estrutura das câmaras.
ganismo a se defender dele”. b) enquanto no sapo o sangue chega pelos
Folha de S. Paulo, 06/08/2010. átrios cardíacos, no coração humano o san-
gue chega pelos ventrículos.
Traduzindo a notícia em termos biológicos, é
correto afirmar que uma proteína, presente: c) ao contrário do que ocorre no sapo, no co-
a) no platelminto causador da doença, ao ser ração humano o sangue chega sempre pelo
introduzida no ser humano, estimula res-
átrio direito.
posta imunológica que, depois, permite o
d) ao contrário do que ocorre no sapo, nas câ-
reconhecimento
infecção. do parasita no caso de uma maras do coração humano por onde passa
b) no platelminto causador da doença, serve sangue arterial não passa sangue venoso.
de modelo para a produção de cópias de si
mesma no corpo do hospedeiro que, então, e) nos dois casos, o sangue venoso chega ao
passa a produzir defesa imunológica contra coração por dois vasos, um que se abre no
esse parasita. átrio direito e o outro, no átrio esquerdo.
c) no molusco causador da doença, estimula
a produção de anticorpos no ser humano,
imunizando-o contra uma possível infecção 14. (Fuvest) A Gripe A, causada pelo vírus In-
pelo parasita. fluenza A (H1N1), tem sido relacionada com
d) no molusco causador da doença, atua como a Gripe Espanhola, pandemia ocorrida entre
anticorpo, no ser humano, favorecendo a 1918 e 1919. No genoma do vírus Influenza
resposta imunológica contra o parasita.
e) no nematelminto causador da doença, pode
A, há dois genes que codificam proteínas de
ser utilizada na produção de uma vacina ca- superfície, chamadas de Hemaglutinina (H)
paz de imunizar o ser humano contra infec- e Neuraminidase (N), das quais existem,
ções por esses organismos. respectivamente, 16 e 9 tipos.
Com base nessas informações, analise as
12. (Fuvest) Considere os filos de animais viven- afirmações:
tes e as seguintes características relaciona- I. O número de combinações de proteínas
das à conquista do ambiente terrestre. de superfície do vírus Influenza A é 25, o
I. Transporte de gases feito exclusivamente que dificulta a produção de medicamen-
pelo sistema respiratório, independente tos antivirais específicos.
do sistema circulatório.
II. Respiração cutânea e pulmonar no mes- II. Tanto na época atual quanto na da Gri-
mo indivíduo. pe Espanhola, as viagens transoceânicas
III.Ovos com casca calcárea resistente e po- contribuíram para a disseminação do ví-
rosa. rus pelo mundo.
A sequência que reproduz corretamente a III.O sistema imunológico do indivíduo reco-
ordem evolutiva de surgimento de tais ca- nhece segmentos das proteínas de super-
racterísticas é: fície do vírus para combatê-lo.
a) I, II e III. Está correto o que se afirma em:
b) II, I e III. a) I e II apenas.
c) II, III e I. b) I e II, somente.
d) III, I e II.
c) I e III, somente.
e) III, II e I.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.
13. (Fuvest) A figura abaixo representa, em cor-
te longitudinal, o coração de um sapo.
15. (Fuvest) Um determinado animal adulto é
desprovido de crânio e apêndices articula-
res. Apresenta corpo alongado e cilíndrico.
Esse animal pode pertencer ao grupo dos:
a) répteis ou nematelmintos.
b) platelmintos ou anelídeos.
c) moluscos ou platelmintos.
d) anelídeos ou nematelmintos.
e) anelídeos ou artrópodes.

106
16. (Fuvest) Observe a gravura e considere as afirmações.

I. Pentágonos regulares congruentes podem substituir os hexágonos da gravura de modo a reco-


brir todo o plano sem sobreposição.
II. Pelo menos um dos animais representados passa pelo processo de metamorfose na natureza.
III. A sequência de espécies animais representadas da esquerda para a direita do leitor corresponde
à do processo evolutivo na biosfera.
Está correto o que se afirma somente em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.

17. (Fuvest) O fígado humano é uma glândula As características “cavidade corporal” e


que participa de processos de digestão e ab- “exoesqueleto de quitina” correspondem,
sorção de nutrientes, ao: respectivamente, aos números:
a) produzir diversas enzimas hidrolíticas que a) 1 e 6.
atuam na digestão de carboidratos.
b) 2 e 4.
b) produzir secreção rica em enzimas que dige-
rem as gorduras. c) 2 e 5.
c) produzir a insulina e o glucagon, regulado- d) 3 e 4.
e) 3 e 5.
d) res dos níveis
produzir de glicose
secreção rica emnosais
sangue.
que facilita a
digestão e a absorção de gorduras. 19. (Fuvest) Enzimas digestivas produzidas no
e) absorver excretas nitrogenadas do sangue e estômago e no pâncreas foram isoladas dos
transformá-las em nutrientes proteicos.
respectivos sucos e usadas no preparo de um
experimento, conforme mostra o quadro a
18. (Fuvest) O esquema a seguir representa
uma das hipóteses para explicar as relações seguir.
evolutivas entre grupos de animais. A partir Tubo 1 Tubo 2 Tubo 3 Tubo 4
do ancestral comum, cada número indica o Arroz, Arroz, Arroz, Arroz,
aparecimento de determinada característi- clara de clara de clara de clara de
ca. Assim, os ramos anteriores a um número ovo, óleo ovo, óleo ovo, óleo ovo, óleo
correspondem a animais que não possuem de milho de milho de milho de milho
tal característica e os ramos posteriores, a e água e água e água e água
animais que a possuem. Extrato Extrato Extrato Extrato
enzimá- enzimá- enzimá- enzimá-
tico do tico do tico do tico do
estômago estômago pâncreas pâncreas
pH=2 pH=8 pH=2 pH=8

Decorrido
foi testadocerto
paratempo,
o conteúdo dos tubos
a presença de dissacaríde-
os, peptídeos, ácidos graxos e glicerol. Esses
quatro tipos de nutrientes devem estar:
a) presentes no tubo 1.
b) presentes no tubo 2.
c) presentes no tubo 3.
d) presentes no tubo 4.
e) ausentes dos quatro tubos.

107
20. (Fuvest) Em algumas doenças humanas, o c) fígado, contém enzimas que facilitam a di-
funcionamento dos rins fica comprometido. gestão dos lipídios.
São consequências diretas do mau funciona- d) duodeno, contém enzimas que digerem lipí-
mento dos rins: dios.
e) duodeno, contém ácidos que facilitam a di-
a) acúmulo de produtos nitrogenados tóxicos
gestão dos lipídios.
no sangue e elevação da pressão arterial.
b) redução do nível de insulina e acúmulo de
produtos nitrogenados tóxicos no sangue.
24. (Fuvest)
c) não-produção de bile e enzimas hidrolíticas
importantes na digestão das gorduras.
d) redução do nível de hormônio antidiurético
e elevação do nível de glicose no sangue.
e) redução do nível de aldosterona, que regula
a pressão osmótica do sangue.

21. (Fuvest) O gráfico a seguir mostra a varia-


ção na pressão sanguínea e na velocidade do
sangue em diferentes vasos do sistema cir-
culatório humano.
Qual das alternativas correlaciona correta- O gráfico mostra os níveis de glicose no san-
mente as regiões I, II e III do gráfico com o gue de duas pessoas (A e B), nas cinco horas
tipo de vaso sanguíneo? seguintes, após elas terem ingerido tipos e
quantidades semelhantes de alimento. A pes-
soa A é portadora de um distúrbio hormonal
que se manifesta, em geral, após os 40 anos
de idade. A pessoa B é saudável.
Qual das alternativas indica o hormônio alte-
rado e a glândula produtora desse hormônio?
a) Insulina; pâncreas.
b) Insulina; fígado.
c) Insulina; hipófise.
d) Glucagon; fígado.
e) Glucagon; suprarrenal.

22. (Fuvest) Qual das alternativas relaciona cor- GABARITO


retamente cada um dos animais designados
pelas letras de A a D com as características 1. E 2. C 3. B 4. C 5. C
indicadas pelos números de I a IV?
A. Água-Viva (celenterado) 6. B 7. D 8. B 9. D 10. C
B. Lombriga (nematelminto) 11. A 12. A 13. D 14. D 15. D
C. Mosquito (inseto)
D. Sapo (anfíbio) 16. B 17. D 18. E 19. D 20. A
I. Presença de pseudoceloma 21. A 22. E 23. E 24. A
II. Sistema circulatório fechado
III.Sistema respiratório traqueal
IV. Sistema digestório incompleto
a) A-I; B-IV; C-II; D-III.
b) A-I; B-II; C-III; D-IV.
c) A-II; B-I; C-III; D-IV.
d) A-IV; B-III; C-I; D-II.
e) A-IV; B-I; C-III; D-II.

23. (Fuvest) A ingestão de alimentos gorduro-


sos estimula a contração da vesícula biliar. A
bile, liberada no:
a) estômago, contém enzimas que digerem lipí-
dios.
b) estômago, contém ácidos que facilitam a di-
gestão dos lipídios.

108
BIOLOGIA 3

Prescrição: São necessários conhecimentos sobre as organelas e suas funções, citogenética e


bioquímica básicas, como carboidratos, proteínas, lipídeos e ácidos nucleicos. Compreender como
ocorre a passagem das características de geração para geração e como são calculadas as probabi-
lidades dentro da genética.

Animais Bactérias
APLICAÇÃO DOS Síntese Síntese
CONHECIMENTOS - SALA Síntese
de RNA de pro-
Síntese
de RNA de pro-
teínas teínas
1. (Fuvest) Em cães labradores, dois genes, a) núcleo cito- núcleo cito-
plasma plasma
cada um com dois alelos (B/b e E/e), con-
dicionam as três pelagens típicas da raça: b) núcleo núcleo cito- cito-
plasma plasma
preta, marrom e dourada. A pelagem dou-
rada é condicionada pela presença do ale- c) núcleo cito- cito- cito-
plasma plasma plasma
lo recessivo e em homozigose no genótipo.
d) cito- núcleo cito- núcleo
Os cães portadores de pelo menos um alelo plasma plasma
dominante E serão pretos, se tiverem pelo
e) cito- cito- cito- cito-
menos um alelo dominante B; ou marrons, plasma plasma plasma plasma
se forem homozigóticos bb. O cruzamento de
um macho dourado com uma fêmea marrom 4. (Fuvest) As mitocôndrias são consideradas
produziu descendentes pretos, marrons e as “casas de força” das células vivas. Tal ana-
dourados. O genótipo do macho é: logia refere-se ao fato de as mitocôndrias:
a)
b) Ee
Ee BB.
Bb. a) estocarem moléculas de ATP produzidas na
digestão dos alimentos.
c) ee bb. b) produzirem ATP com utilização de energia li-
d) ee BB. berada na oxidação de moléculas orgânicas.
e) ee Bb. c) consumirem moléculas de ATP na síntese de
glicogênio ou de amido a partir de g licose.
2. (Fuvest) O código genético é o conjunto de d) serem capazes de absorver energia luminosa
todas as trincas possíveis de bases nitroge- utilizada na síntese de ATP.
nadas (códons). A sequência de códons do e) produzirem ATP a partir da energia liberada
RNA mensageiro determina a sequência de na síntese de amido ou de glicogênio.
aminoácidos da proteína.
É correto afirmar que o código genético: 5. (Fuvest) Os adubos inorgânicos industria-
a) varia entre os tecidos do corpo de um indiví- lizados, conhecidos pela sigla NPK, contêm
duo. sais de três elementos químicos: nitrogênio,
b) é o mesmo em todas as células de um indiví-
fósforo e potássio. Qual das alternativas in-
duo, mas varia de indivíduo para indivíduo.
dica as principais razões pelas quais esses
elementos são indispensáveis à vida de uma
c) é o mesmo nos indivíduos de uma mesma es-
planta?
pécie, mas varia de espécie para espécie.
a) Nitrogênio – é constituinte de ácidos nu
d) permite distinguir procariotos de eucariotos. cleicos e proteínas; Fósforo – é constituinte
e) é praticamente o mesmo em todas as formas
de ácidos nucleicos e proteínas; Potássio – é
de vida. constituinte de ácidos nucleicos, glicídios e
proteínas.
3. (Fuvest) Assinale a alternativa que, no qua- b) Nitrogênio – atua no equilíbrio osmótico e
dro a seguir, indica os compartimentos celu- na permeabilidade celular; Fósforo – é cons-
lares em que ocorrem a síntese de RNA e a tituinte de ácidos nucleicos; Potássio – atua
síntese de proteínas, em animais e em bac- no equilíbrio osmótico e na permeabilidade
térias. celular.

109
c) Nitrogênio – é constituinte de ácidos nuclei- 3. A síntese de RNA corresponde ao processo
cos e proteínas; Fósforo – é constituinte de de transcrição. Nos animais esse processo
ácidos nucleicos; Potássio – atua no equilí- ocorre no núcleo, já que esses indivíduos são
brio osmótico e na permeabilidade celular. eucariotas e posseum membrane nuclear. Na
d) Nitrogênio – é constituinte de ácidos nuclei- bacteria a transcrição ocorre no citoplasma,
cos, glicídios e proteínas; Fósforo – atua no pois se trata de um ser procariota, sem núleo
equilíbrio osmótico e na permeabilidade ce- definido.
lular; Potássio – é constituinte de proteínas.
A síntese protéica corresponde ao processo
e) Nitrogênio – é constituinte de glicídios; Fós-
de tradução. Nos animais esse processo ocor-
foro – é constituinte de ácidos nucleicos e
proteínas; Potássio – atua no equilíbrio os-
re no citoplasma, em uma organela chamada
mótico e na permeabilidade celular.
ribossomo. Do mesmo modo ocorre nas bac-

6. (Fuvest) Em artigo publicado no suplemen- 4. térias.


é nas mitocôndrias que ocorre a produção de
to Mais!, do jornal “Folha de São Paulo”, de energia ATP, a partir da oxidação da material
6 de agosto de 2000, José Reis relata que orgânica.
pesquisadores canadenses demonstraram 5. Nitrogênio - É constituinte de ácidos nucléi-
que a alga unicelular ‘Cryptomonas’ resulta cos e proteínas; Fósforo - É constituinte de
da fusão de dois organismos, um dos quais ácidos nucléicos; Potássio - Atua no equilí-
englobou o outro ao longo da evolução. Isso
não é novidade no mundo vivo. Como relata brio osmótico e na permeabilidade celular.
José Reis: “[...] É hoje corrente em Biologia, 6. Mitocôndria e cloroplasto podem ter srcina-
após haver sido muito contestada inicial- do do processo de simbiose entre procariotos
mente, a noção de que certas organelas [...] primitivos (teoria do endossimbiose).
são remanescentes de células que em tempos
idos foram ingeridas por célula mais desen-
volvida. Dá-se a esta o nome de hospedeira
e o de endossimbiontes às organelas que ou- GABARITO
trora teriam sido livres.”
São exemplos de endossimbiontes em células 1. E 2. E 3. C 4. B 5. C
animais e em células de plantas, respectiva-
mente: 6. E
a) aparelho de Golgi e centríolos.
b) centríolos e vacúolos.
c) lisossomos e cloroplastos.
d) mitocôndrias e vacúolos.
e) mitocôndrias e cloroplastos.

RAIO X
1. Macho dourado tem que ser _ _ ee
Fêmea marrom tem que ser bbE_
Prole
Preto: B_E_
Marrom: bbE_
Dourado:_ _ ee
Como tiveram um filhote preto o “B” tem
que estar presentes no macho já que a fêmea
é marrom e portanto bb.
Como tiveram um filhote marrom “bb”, um
“b” veio
cho. da fêmea
Sendo assim eo ogenótipo
outro “b”doveio do ma-
macho é:
Bbee
2. O código genético é universal, sendo assim
a mesma trinca de bases que codifica um
determinado aminoácido em um indivíduo
(ex.: formiga) também codifica o msmo ami-
noácido em outro (ex.: ser humano).
A trinca “UUU” codifica fenilalanina no ver-
me, na bacteria, nos seres humanos e outros.
110
PRÁTICA DOS
CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Fuvest) Louis Pasteur realizou experimentos pioneiros em Microbiologia. Para tornar estéril um
meio de cultura, o qual poderia estar contaminado com agentes causadores de doenças, Pasteur
mergulhava o recipiente que o continha em um banho de água aquecida à ebulição e à qual adicio-
nava cloreto de sódio.
Com a adição de cloreto de sódio, a temperatura de ebulição da água do banho, com relação à da
água pura, era ______. O aquecimento do meio de cultura provocava _______.
As lacunas p odem ser corretamente preenchidas, respectivamente, por:
a) maior; desnaturação das proteínas das bactérias presentes
b) menor; rompimento da membrana celular das bactérias presentes
c) a mesma; desnaturação das proteínas das bactérias
d) maior; rompimento da membrana celular dos vírus
e) menor; alterações no DNA dos vírus e das bactérias

2. (Fuvest)

No heredograma acima, a menina II – 1 tem uma doença determinada pela homozigose quanto a
um alelo mutante de gene localizado num autossomo.
A probabilidade de que seu irmão II – 2, clinicamente normal, possua esse alelo mutante é:
a) 0.
b) 1/4.
c) 1/3.
d) 1/2.
e) 2/3.

3. (Fuvest) No esquema abaixo, está representada uma via metabólica; o produto de cada reação
química, catalisada por uma enzima específica, é o substrato para a reação seguinte.

Num indivíduo que possua alelos mutantes que levem à perda de função do gene:
a) A ocorrem falta do substrato 1 e acúmulo do substrato 2.
b) C não há síntese dos substratos 2 e 3.
c) A não há síntese do produto final.
d) A o fornecimento do substrato 2 não pode restabelecer a síntese do produto final.
e) B o fornecimento do substrato 2 pode restabelecer a síntese do produto final.

111
4. (Fuvest) Nas figuras abaixo, estão esquema- 7. (Fuvest) Certa planta apresenta variabilidade
tizadas células animais imersas em soluções no formato e na espessura das folhas: há in-
salinas de concentrações diferentes. O sen- divíduos que possuem folhas largas e carno-
tido das setas indica o movimento de água sas, e outros, folhas largas e finas; existem
para dentro ou para fora das células, e a es- também indivíduos que têm folhas estreitas
pessura das setas indica o volume relativo de e carnosas, e outros com folhas estreitas e
água que a travessa a membrana celular. finas. Essas características são determinadas
geneticamente. As variantes dos genes res-
ponsáveis pela variabilidade dessas caracte-
rísticas da folha srcinaram-se por:
a) seleção natural.
b) mutação.
c) recombinação genética.
d) adaptação.
e) isolamento geográfico.
A ordem correta das figuras, de acordo com a
concentração crescente das soluções em que 8. (Fuvest) As briófitas, no reino vegetal, e
as células estão imersas, é: os anfíbios, entre os vertebrados, são consi-
a) I, II e III. derados os primeiros grupos a conquistar o
b) II, III e I.
ambiente terrestre. Comparando-os, é corre-
c) III, I e II.
to afirmar que:
a) nos anfíbios e nas briófitas, o sistema vascu-
d) II, I e III.
lar é pouco desenvolvido; isso faz com que,
e) III, II e I.
nos anfíbios, a temperatura não seja contro-
lada internamente.
5. (Fuvest) Na gametogênese humana: b) nos anfíbios, o produto imediato da meiose
a) espermatócitos e ovócitos secundários, for- são os gametas; nas briófitas, a meiose srci-
mados no final da primeira divisão meiótica, na um indivíduo haploide que posteriormen-
têm quantidade de DNA igual à de esperma- te produz os gametas.
togônias e ovogônias, respectivamente. c) nos anfíbios e nas briófitas, a fecundação
b) espermátides haploides, formadas ao final ocorre em meio seco; o desenvolvimento dos
da segunda divisão meiótica, sofrem divisão embriões se dá na água.
mitótica no processo de amadurecimento d) nos anfíbios, a fecundação srcina um indi-
para srcinar espermatozoides. víduo diploide e, nas briófitas, um indivíduo
c) espermatogônias e ovogônias dividem-se por haploide; nos dois casos, o indivíduo for-
mitose e srcinam, respectivamente, esper- mado passa por metamorfoses até tornar-se
matócitos e ovócitos primários, que entram adulto.
em divisão meiótica, a partir da puberdade. e) nos anfíbios e nas briófitas, a absorção de
d) ovogônias dividem-se por mitose e srcinam água se dá pela epiderme; o transporte de
ovócitos primários, que entram em meiose, água é feito por difusão, célula a célula, às
logo após o nascimento. demais partes do corpo.
e) espermatócitos e ovócitos primários srci-
nam o mesmo número de gametas, no final 9. (Fuvest) Para que a célula possa transportar,
da segunda divisão meiótica. para seu interior, o colesterol da circulação
sanguínea, é necessária a presença de uma
6. (Fuvest) No processo de síntese de certa determinada proteína em sua membrana.
Existem mutações no gene responsável pela
proteína, os RNA transportadores respon- síntese dessa proteína que impedem a sua
sáveis pela adição dos aminoácidos serina, produção. Quando um homem ou uma mu-
asparagina e glutamina a um segmento da lher possui uma dessas mutações, mesmo
cadeia polipeptídica tinham os anticódons
UCA, UUA e GUC, respectivamente. tendo também um alelo
hipercolesterolemia, normal,
ou seja, apresenta
aumento do ní-
No gene que codifica essa proteína, a sequ- vel de colesterol no sangue.
ência de bases correspondente a esses ami- A hipercolesterolemia devida a essa muta-
noácidos é: ção tem, portanto, herança:
a) UCAUUAGUC. a) autossômica dominante.
b) AGTAATCCAG. b) autossômica recessiva.
c) AGUAAUCAG. c) ligada ao X dominante.
d) TCATTAGTC. d) ligada ao X recessiva.
e) TGTTTTCTG. e) autossômica codominante.

112
10. (Fuvest) A figura abaixo representa uma cé- a) 4, 4 e 4.
lula de uma planta jovem. b) 4, 4 e 2.
c) 4, 2 e 1.
d) 2, 2 e 2.
e) 2, 2 e 1.

12. (Fuvest) A forma do lobo da orelha, solto ou


preso, é determinada geneticamente por um
par de alelos.

Considere duas situações:


1) a célula mergulhada numa solução hiper-
tônica;
2) a célula mergulhada numa solução hipo-
tônica.
Dentre as figuras numeradas de I a III, quais
representam o aspecto da célula, respectiva-
mente, nas situações 1 e 2?
O heredograma mostra que a característica
lobo da orelha solto NÃO pode ter herança:
a) autossômica recessiva, porque o casal I-1 e
I-2 tem um filho e uma filha com lobos das
orelhas soltos.
b) autossômica recessiva, porque o casal II-4 e
a) I e II II-5 tem uma filha e dois filhos com lobos
b) I e III das orelhas presos.
c) II e I c) autossômica dominante, porque o casal II-4
d) III e I e II-5 tem uma filha e dois filhos com lobos

e) III e II das orelhas presos.


d) ligada ao X recessiva, porque o casal II-1 e
11. (Fuvest) Na figura abaixo, está representado II-2 tem uma filha com lobo da orelha preso.
o ciclo celular. Na fase S, ocorre síntese de e) ligada ao X dominante, porque o casal II-4
DNA; na fase M, ocorre a mitose e, dela, re- e II-5 tem dois filhos homens com lobos das
sultam novas células, indicadas no esquema orelhas presos.
pelas letras C.
13. (Fuvest) O retículo endoplasmático e o com-
plexo de Golgi são organelas celulares cujas
funções estão relacionadas. O complexo de
Golgi:
a) recebe proteínas sintetizadas no retículo en-
doplasmático.
b) envia proteínas nele sintetizadas para o re-
tículo endoplasmático.
c) recebe polissacarídeos sintetizados no retí-
culo endoplasmático.
d) envia polissacarídeos nele sintetizados para
o retículo endoplasmático.
e) recebe monossacarídeos sintetizados no retí-
culo endoplasmático e para ele envia polis-
sacarídeos.

14. (Fuvest) Considere os eventos abaixo, que


podem ocorrer na mitose ou na meiose:
Considerando que, em G1, existe um par de I. Emparelhamento dos cromossomos ho-
alelos Bb, quantos representantes de cada mólogos duplicados.
alelo existirão ao final de S e de G2 e em II. Alinhamento dos cromossomos no plano
cada C? equatorial da célula.
113
III.Permutação de segmentos entre cromos- O ácido nucleico representado acima e o nú-
somos homólogos. mero de aminoácidos codificados pela se-
IV. Divisão dos centrômeros resultando na quência de bases, entre o sítio de início da
separação das cromátides irmãs. tradução e a mutação, estão corretamente
No processo de multiplicação celular para re- indicados em:
paração de tecidos, os eventos relacionados à a) DNA; 8.
distribuição equitativa do material genético b) DNA; 24.
entre as células resultantes estão indicados c) DNA; 12.
em: d) RNA; 8.
a) I e III, apenas. e) RNA; 24.
b) II e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e IV, apenas. 17. jeção
(Fuvest) Um camundo
de proteína A e, ngo recebeu
quatro uma de-
semanas in-
e) I, II, III e IV. pois, outra injeção de igual dose da proteína
A, juntamente com uma dose da proteína B.
15. (Fuvest) Em tomates, a característica planta No gráfico abaixo, as curvas X, Y e Z mostram
alta é dominante em relação à característica as concentrações de anticorpos contra essas
planta anã e a cor vermelha do fruto é do- proteínas, medidas no plasma sanguíneo,
minante em relação à cor amarela. Um agri- durante oito semanas.
cultor cruzou duas linhagens puras: planta
alta/fruto vermelho x planta anã/fruto ama-
relo. Interessado em obter uma linhagem de
plantas anãs com frutos vermelhos, deixou
que os descendentes dessas plantas cruzas-
sem entre si, obtendo 320 novas plantas. O
número esperado de plantas com o fenóti-
po desejado pelo agricultor e as plantas que
ele deve utilizar nos próximos cruzamentos,
para que os descendentes apresentem sem-
pre as
anãs comcaracterísticas desejadas
frutos vermelhos), estão (plantas
correta-
mente indicados em:
a) 16; plantas homozigóticas em relação às
duas características.
b) 48; plantas homozigóticas em relação às
duas características. As curvas:
c) 48; plantas heterozigóticas em relação às a) X e Z representam as concentrações de anti-
duas características. corpos contra a proteína A, produzidos pelos
d) 60; plantas heterozigóticas em relação às linfócitos, respectivamente, nas respostas
duas características. imunológicas primária e secundária.
e) 60; plantas homozigóticas em relação às b) X e Y representam as concentrações de anti-
duas características. corpos contra a proteína A, produzidos pelos
linfócitos, respectivamente, nas respostas
16. (Fuvest) Uma mutação, responsável por uma imunológicas primária e secundária.
doença sanguínea, foi identificada numa c) X e Z representam as concentrações de anti-
família. Abaixo estão representadas sequên- corpos contra a proteína A, produzidos pelos
cias de bases nitrogenadas, normal e mutan- macrófagos, respectivamente, nas respostas
te; nelas estão
tradução destacados
e a base alterada.o sítio de início da
imunológicas primária e secundária.
d) Y e Z representam as concentrações de anti-
corpos contra a proteína B, produzidos pelos
linfócitos, respectivamente, nas respostas
imunológicas primária e secundária.
e) Y e Z representam as concentrações de anti-
corpos contra a proteína B, produzidos pelos
macrófagos, respectivamente, nas respostas
imunológicas primária e secundária.

114
18. (Fuvest) A figura abaixo representa uma cé- d) somente cor-de-rosa.
lula diploide e as células resultantes de sua e) somente vermelhas e brancas, em igual pro-
divisão. porção.

21. (Fuvest) Há uma impressionante conti-


nuidade entre os seres vivos (...). Talvez o
exemplo mais marcante seja o da conserva-
ção do código genético (...) em praticamente
todos os seres vivos. Um código genético de
tal maneira “universal” é evidência de que
todos os seres vivos são aparentados e her-
daram os mecanismos de leitura do RNA de
um ancestral comum.
Morgante & Meyer, Darwin e a Biologia,
O Biólogo 10:12–20, 2009.
Nesse processo:
O termo “código genético” refere-se:
a) houve um único período de síntese de DNA, a) ao conjunto de trincas de bases nitrogena-
seguido de uma única divisão celular. das, cada trinca correspondendo a um deter-
b) houve um único período de síntese de DNA, minado aminoácido.
seguido de duas divisões celulares. b) ao conjunto de todos os genes dos cromos-
c) houve dois períodos de síntese de DNA, se- somos de uma célula, capazes de sintetizar
guidos de duas divisões celulares. diferentes proteínas.
c) ao conjunto de proteínas sintetizadas a par-
d) não pode ter ocorrido permutação cromossô-
tir de uma sequência específica de RNA.
mica. d) a todo o genoma de um organismo, formado
e) a quantidade de DNA das células filhas per- pelo DNA de suas células somáticas e repro-
maneceu igual à da célula mãe. dutivas.
e) à síntese de RNA a partir de uma das cadeias
19. (Fuvest) No heredograma abaixo, o símbo- do DNA, que serve de modelo.
lo representa um homem afetado por uma
doença genética rara, causada por mutação 22. (Fuvest) Um argumento correto que pode
num gene localizado no cromossomo X. Os ser usado para apoiar a ideia de que os vírus
demais indivíduos são clinicamente nor-
mais. sãonão
a) seres vivos é odo
dependem de hospedeiro
que eles: para a repro-
dução.
b) possuem número de genes semelhante ao
dos organismos multicelulares.
c) utilizam o mesmo código genético das ou-
tras formas de vida.
d) sintetizam carboidratos e lipídios, indepen-
dentemente do hospedeiro.
e) sintetizam suas proteínas independente-
mente do hospedeiro.
As probabilidades de os indivíduos 7, 12 e
13 serem portadores do alelo mutante são, 23. (Fuvest) Com relação à gametogênese huma-
respectivamente: na, a quantidade de DNA:
a) 0,5; 0,25 e 0,25. I. do óvulo é a metade da presente na ovo-
b) 0,5; 0,25 e 0. gônia.
c) 1; 0,5 e 0,5. II. da ovogônia equivale à presente na es-
d) 1; 0,5 e 0. permatogônia.
e) 0; 0 e 0. III.da espermatogônia é a metade da presen-
te no zigoto.
20. (Fuvest) Numa espécie
flores é determinada pordeum
planta, a cor
par de das
alelos. IV. do segundo
presente corpúsculo polar é a mesma
no zigoto.
Plantas de flores vermelhas cruzadas com V. da espermatogônia é o dobro da presente
plantas de flores brancas produzem plantas na espermátide.
de flores cor-de-rosa. São afirmativas corretas apenas:
Do cruzamento entre plantas de flores cor- a) I e II.
-de-rosa, resultam plantas com flores: b) IV e V.
a) das três cores, em igual proporção. c) I, II e V.
b) das três cores, prevalecendo as cor-de-rosa. d) II, III e IV.
c) das três cores, prevalecendo as vermelhas. e) III, IV e V.

115
24. (Fuvest) Os carboidratos, os lipídios e as pro-
teínas constituem material estrutural e de
reserva dos seres vivos. Qual desses compo-
nentes orgânicos é mais abundante no corpo
de uma planta e de um animal?
a) Proteínas em plantas e animais.
b) Carboidratos em plantas e animais.
c) Lipídios em plantas e animais.
d) Carboidratos nas plantas e proteínas nos
animais.
e) Proteínas nas plantas e lipídios nos animais.

GABARITO
1. A 2. E 3. C 4. A 5. A
6. D 7. B 8. B 9. A 10. D
11. E 12. B 13. A 14. B 15. E
16. D 17. A 18. B 19. D 20. B
21. A 22. C 23. C 24. D

116
QUESTÕES OBJETIVAS - física
Ciências da Natureza e suas tecnologias

R.P.A. Fuvest
Revisão Programada Anual
Fuvest - Física

Trabalho e energia, 13%


Impulso e quantidade de movimento, 11%
Dinâmica, 13%
Hidrostática, 5%
Gravitação, 4%
Eletrodinâmica, 11%
Eletrostática, 5%
Magnetismo, 4%
Óptica, 11%
Calorimetria e dilatação, 5%
Gases e termodinâmica, 5%
Ondulatória, 13%
FÍSICA 1

Prescrição: É necessário compreender e equacionar as leis que descrevem os fenô-


menos físicos de cinemática, dinâmica, energia mecânica, impulso e quantidade de
movimento, gravitação e hidrostática.

III.Adeenergia
m · g · vpotencial
· ∆t/2. gravitacional varia
APLICAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS - SALA
Está correto apenas o que se afirma em:
a) III.
b) I e II.
1. (Fuvest) Um motociclista de motocross mo- c) I e III.
ve-se com velocidade v = 10 m/s, sobre uma d) II e III.
superfície plana, até atingir uma rampa (em e) I, II e III.
A), inclinada de 45° com a horizontal, como
indicado na figura. 3. (Fuvest) No desenvolvimento do sistema
amortecedor de queda de um elevador de
massa m o engenheiro projetista impõe que
a mola deve se contrair de um valor máximo
d, quando o elevador cai, a partir do repou-
so, de uma altura h como ilustrado na figura
abaixo. Para que a exigência do projetista
seja satisfeita, a mola a ser empregada deve
A trajetória do motociclista deverá atingir ter constante elástica dada por:
novamente a rampa a uma distância hori-
zontal D (D =a: H), do ponto A, aproximada-
mente igual
a) 20 m.
b) 15 m.
c) 10 m.
d) 7,5 m.
e) 5 m.

2. (Fuvest) Uma pessoa puxa um caixote, com


uma força F, ao longo de uma rampa inclina-
da de 30° com a horizontal, conforme a figu- Note e adote: forças dissipativas devem ser
ra, sendo desprezível o atrito entre o caixote ignoradas.
e a rampa. A aceleração local da gravidade é:
a) 2 m g (h + d)/d2.
b) 2 m g (h – d)/d2.
c) 2 m g h/d2.
d) m g h/d.
e) m g/d.

4. (Fuvest)
O caixote, de massa m, desloca-se com ve-
locidade v constante, durante um certo in-
tervalo de tempo ∆t. Considere as seguintes Uma caminhonete A, parada em uma rua
afirmações: plana, foi atingida por um carro B, com mas-
I. O trabalho realizado pela força F é igual a sa m B = mA/2, que vinha com velocidade v B.
F · v · ∆t. Como os veículos ficaram amassados, pode-
II. O trabalho realizado pela força F é igual a -se concluir que o choque não foi totalmen-
m · g · v · ∆t/2. te elástico. Consta no boletim de ocorrência
119
que, no momento da batida, o carro B parou a) P1 = P2 = P3.
enquanto a caminhonete A adquiriu uma ve- b) P2 > P3 > P1.
locidade vA = vB/2, na mesma direção de v B. c) P2 = P3 > P1.
Considere estas afirmações de algumas pes- d) P3 > P2 > P1.
soas que comentaram a situação: e) P3 > P2 = P1.
I. A descrição do choque não está correta,
pois é incompatível com a lei da conser-
vação da quantidade de movimento.
lI. A energia mecânica dissipada na defor-
RAIO X
mação dos veículos foi igual a 1/2m AvA2.
III.A quantidade de movimento dissipada no 1. Calculando o tempo de queda, considerando
choque foi igual a 1/2m BvB. o movimento na vertical, temos:
at2
___
Está
a) I. correto apenas o que se afirma em: S = So + vot + 2 2
10t
H = 0 + 0 ·t + ____
b) II. 2
c) III. Como H = D; temos: D = 5t 2
d) I e III. Considerando o movimento na horizontal:
e) II e III. 5t2
D → 10 = ___
v = __
t t
5. (Fuvest) Para vencer o atrito e deslocar um t = 2 s; logo:
grande contêiner C, na direção indicada, é D = 5 · 2 → D = 20 m
2

necessária uma força F = 500 N. 2. Calculando o trabalho da força F:


τ
Pot = F · v → ___
Na tentativa de movê-lo, blocos de massa ∆t = F · v
m = 15 kg são pendurados em um fio, que τ = F · v · ∆t
é esticado entre o contêiner e o ponto P na I(V)
parede, como na figura. Para movimentar o
contêiner, é preciso pendurar no fio, no mí- A velocidade do caixote é constante, logo a
nimo: força resultante é nula. Sendo assim, a força
Obs: sen 45° = cos 45° ≈ 0,7; tan 45° = 1 F tem mesmo módulo que a componente P x
da força peso:
F = Px → F = m · g · sen(30º)
F = ___
mg
2
Utilizando o item anterior, temos:
mgv∆t
______
τ= 2
a) 1 bloco.
II(V)
b) 2 blocos.
A velocidade é constante, logo a energia ci-
c) 3 blocos.
nética do bloco permanece constante. A va-
d) 4 blocos.
riação da energia potencial corresponde ao
e) 5 blocos.
trabalho da força F.
III(V)
6. (Fuvest) Um recipiente, contendo deter-
minado volume de um líquido, é pesado em 3. No ponto de compressão máxima, a veloci-
uma balança (situação 1). Para testes de qua- dade é nula. Adotando esse ponto como re-
lidade, duas esferas de mesmo diâmetro e ferencial de altura, nele, a energia potencial
densidades diferentes, sustentadas por fios, gravitacional também é nula. Assim, apli-
são sucessivamente colocadas no líquido da cando a conservação da energia mecânica.
situação 1. Uma delas é mais densa que o EMo = EMf
líquido (situação 2) e a outra menos densa (k · d2)
que o líquido (situação 3). Os valores indica- m · g · (h + d) = ________
2
dos pela balança, nessas três pesagens, são 2mg (h2 + d)
k = ___________
tais que: d
4. Considerando a conservação da quantidade
de movimento para o choque:
Q0 = Q → mA · 0 + mB · vB = mA · vA + mB · 0
mA mA
Como mB = ___
2 ; temos: ___
2 v B = mA v A
vB
vA = __
2
Logo a descrição do choque está correta.
120
I(F)
Calculando a energia cinética inicial:
mB · VB2
mv2 → E = ________
EC = ____
2 Co 2
mA
ECo = ___
2 · 2 · (2v A ) 2

ECo = mAvA2
Calculando a energia cinética final:
m A vA 2 –mAvA2
_______
∆EM = _____
2 – mAvA → ∆EM = 2
2

Logo a energia dissipada é:


m A vA 2
_____
ED = 2
II(V)
A quantidade de movimento do sistema é
conservada, logo a quantidade de movimen-
to dissipada é nula.
III(F)
5. Considerando as forças que atuam no ponto
de união dos fios, temos:
T1
tg45º = __
T 2
Onde T1 tem que ser no mínimo 500 N e T 2
tem mesmo módulo que o peso do corpo pen-
durado, logo:
500 → n · m · g = 500
1 = ____
T2
n · 15 · 10 = 500
n = 3,33...
Logo são necessários no mínimo 4 blocos.
6. Na situação a balança indica a soma do peso
do líquido mais peso do recipiente.
Na situação 2 e 3 a balança i ndica a soma do
peso líquido, mais peso do recipiente mais a
reação do empuxo.
O empuxo é maior na situação 2, logo:
P2 > P3 > P1

GABARITO
1. A 2. E 3. A 4. B 5. D
6. B

121
1 mg(h – h ) + __
a) __ 1 mv2.
PRÁTICA DOS 2
b) __
0 4
1 mg(h – h ) + __
1 mv2.
CONHECIMENTOS - E.O.
2 0 2
1 mg(h – h ) + 2mv2.
c) __
2 0
1 mv2.
d) mgh + __
1. (Fuvest) A escolha do local para instalação 2
de parques eólicos depende, dentre outros 1 mv2.
e) mg(h – h0) + __
2
fatores, da velocidade média dos ventos que
sopram na região. Examine este mapa das 3. (Fuvest) Um objeto homogêneo colocado
diferentes velocidades médias de ventos no em um recipiente com água tem 32% de seu
Brasil e, em seguida, o gráfico da potência volume submerso; já em um recipiente com
fornecida por um aerogerador em função da
óleo, tem 40% de seu volume submerso. A
velocidade do vento. densidade desse óleo, em g/cm 3 é:
Note e adote: densidade da água = 1 g/cm 3.
a) 0,32.
b) 0,40.
c) 0,64.
d) 0,80.
e) 1,25.

4. (Fuvest) A Estação Espacial Internacional


orbita a Terra em uma altitude h. A acelera-
ção da gravidade terrestre dentro dessa es-
paçonave é:
Note e adote:
§ gT é a aceleração da gravidade na super-
fície da Terra.
§ RT é o raio da Terra.
a) nula.
h
__
b) gT RT .
( )
( )
RT – h 2
c) gT ______
RT
.

De acordo com as informações fornecidas, ( )


RT 2
d) gT ______
RT + h
.

esse aerogerador poderia produzir, em um


ano, 8,8 GWh de energia, se fosse instalado
no:
( )
RT – h 2
e) gT ______
RT + h
.

Note e adote:
§ 1 GW = 109 W 5. (Fuvest) Um trabalhador de massa m está
§ 1 ano = 8800 horas em pé, em repouso, sobre uma plataforma de
a) noroeste do Pará. massa M. O conjunto se move, sem atrito, so-
b) nordeste do Amapá. bre trilhos horizontais e retilíneos, com ve-
c) sudoeste do Rio Grande do Norte. locidade de módulo constante v. Num certo
d) sudeste do Tocantins.
instante, o trabalhador começa a caminhar
e) leste da Bahia.
sobre a plataforma e permanece com velo-
cidade de módulo v em relação a ela, e com
2. (Fuvest)
alto de umUma bola de
edifício. massaestá
Quando m épassando
solta do sentido oposto ao do movimento dela em re-
pela posição y = h o módulo de sua velocida- lação aos trilhos. Nessa situação, o módulo
de é v. Sabendo-se que o solo, srcem para a da velocidade da plataforma em relação aos
escala de energia potencial, tem coordenada trilhos é:
y = h0 tal que h > h 0 > 0, a energia mecânica a) (2m + M) v/(m + M).
da bola em y = (h – h 0)/2 é igual a: b) (2m + M) v/M.
Note e adote: c) (2m +M) v/M.
§ Desconsidere a resistência d o ar. d) (M - m) v/M.
§ g é a a celeração da gravidade. e) (m + M) v/(M – m).

122
6. (Fuvest) A notícia “Satélite brasileiro 9. (Fuvest)
cai na Terra após lançamento falhar”, vei-
culada pelo jornal O Estado de S. Paulo de
10/12/2013, relata que o satélite CBERS-3,
desenvolvido em parceria entre Brasil e Chi-
na, foi lançado no espaço a uma altitude de
720 km (menor do que a planejada) e com
uma velocidade abaixo da necessária para
colocá-lo em órbita em torno da Terra. Para
que o satélite pudesse ser colocado em órbita
Maria e Luísa, ambas de massa M, patinam
circular na altitude de 720 km o módulo de
sua velocidade (com direção tangente à órbi- no gelo. Luísa
velocidade de vai ao encontro
módulo de Maria
V. Maria, paradacom
na
ta) deveria ser de, aproximadamente:
Note e adote: pista, segura uma bola de massa m e, num
§ raio da Terra = 6 · 10 3 km certo instante, joga a bola para Luísa. A bola
§ massa da Terra = 6 · 10 24 kg tem velocidade de módulo v, na mesma dire-
§ constante da gravitação universal ção de V. Depois que Luísa agarra a bola, as
G = 6,7 · 10–11 m3/(s2kg) velocidades de Maria e Luísa, em relação ao
a) 61 km/s. solo, são, respectivamente:
b) 25 km/s. a) 0; v – V.
c) 11 km/s. b) –v; v + V/2.
d) 7,7 km/s. c) –mv / M; MV/m.
e) 3,3 km/s. d) –mv/M; (mv – MV)/(M + m).
e) (MV/2 – mυ)/M; (mv – MV/2)/(M + m).
7. (Fuvest) No sistema cardiovascular de um
ser humano, o coração funciona como uma 10. (Fuvest) Uma pequena bola de borracha ma-
bomba, com potência média de 10 W, res- ciça é solta do repouso de uma altura de 1 m
ponsável pela circulação sanguínea. Se uma em relação a um piso liso e sólido. A colisão
pessoa fizer uma dieta alimentar de 2500 da bola com o piso tem coeficiente de res-
kcal diárias, a porcentagem dessa energia tituição ε = 0,8. A altura máxima atingida
utilizada para manter sua circulação sanguí-
pela bola, depois da sua terceira colisão com
nea será, aproximadamente, igual a:
o piso, é:
Note e adote: 1 cal = 4 J.
Note e adote: ε = V2f/V2i, em que Vf e V i são,
a) 1%.
b) 4%.
respectivamente, os módulos das velocida-
c) 9%.
des da bola logo após e imediatamente antes
d) 20%. da colisão com o piso.
e) 25%. Aceleração da gravidade g = 10 m/s2.
a) 0,80 m.
8. (Fuvest) Em uma competição de salto em b) 0,76 m.
distância, um atleta de 70 kg tem, imedia- c) 0,64 m.
tamente antes do salto, uma velocidade na d) 0,51 m.
direção horizontal de módulo 10 m/s. Ao e) 0,20 m.
saltar, o atleta usa seus músculos para em-
purrar o chão na direção vertical, produzin- 11. (Fuvest) Um móbile pendurado no teto tem
do uma energia de 500 J, sendo 70% desse três elefantezinhos presos um ao outro por
valor na forma de energia cinética. Imedia- fios, como mostra a figura. As massas dos
tamente após se separar do chão, o módulo elefantes de cima, do meio e de baixo são,
da velocidade do atleta é mais próximo de: respectivamente, 20 g, 30 g e 70 g. Os va-
a) 10,0 m/s. lores de tensão, em newtons, nos fios supe-
b) 10,5 m/s. rior, médio e inferior são, respectivamente,
c) 12,2 m/s. iguais a:
d) 13,2 m/s. Note e adote: desconsidere as massas dos fios.
e) 13,8 m/s. Aceleração da gravidade g = 10 m/s2.
123
a) nulo.
b) F (yb – ya).
c) mg (yb – ya).
d) F cos (θ) (yb – ya).
e) mg (yb – ya) + mv2/2.

14. (Fuvest) Um avião, com velocidade cons-


tante e horizontal, voando em meio a uma
tempestade, repentinamente perde altitude,
sendo tragado para baixo e permanecendo
com aceleração constante vertical de módulo
a > g, em relação ao solo, durante um in-
a) 1,2; 1,0; 0,7. tervalo
durante de tempo
esse ∆t. Pode-se
período, uma bolaafirmar que,
de futebol
b) 1,2; 0,5; 0,2. que se encontrava solta sobre uma poltrona
c) 0,7; 0,3; 0,2. desocupada:
d) 0,2; 0,5; 1,2. a) permanecerá sobre a poltrona, s em alteração
e) 0,2; 0,3; 0,7. de sua posição inicial.
b) flutuará no espaço interior do avião, sem
aceleração em relação ao mesmo, durante o
intervalo de tempo ∆t.
12. (Fuvest) Uma menina, segurando uma bola c) será acelerada para cima, em relação ao
de tênis, corre com velocidade constante, de
avião, sem poder se chocar com o teto, inde-
módulo igual a 10,8 km/h, em trajetória reti-
línea, numa quadra plana e horizontal. pendentemente do intervalo de tempo ∆t.
Num certo instante, a menina, com o braço d) será acelerada para cima, em relação ao
esticado horizontalmente ao lado do corpo, avião, podendo se chocar com o teto, de-
sem alterar o seu estado de movimento, solta pendendo do intervalo de tempo ∆t.
a bola, que leva 0,5 s para atingir o solo. As e) será pressionada contra a poltrona durante o
distâncias Sm e Sb percorridas, respectivamen- intervalo de tempo ∆t.
te, pela menina e pela bola, na direção hori-
zontal, entre o instante em que a menina sol- 15. (Fuvest) Um caminhão, parado em um se-
tou a bola (t = 0 s) e o instante t = 0,5 s,valem: máforo, teve suao choque,
traseira ambos
atingida porlan-
um
Note e adote: desconsiderar efeitos dissipa- carro. Logo após foram
tivos. çados juntos para frente (colisão inelásti-
a) Sm = 1,25 m e S b = 0 m. ca), com uma velocidade estimada em 5 m/s
b) Sm = 1,25 m e S b = 1,50 m. (18 km/h), na mesma direção em que o carro
c) Sm = 1,50 m e S b = 0 m. vinha. Sabendo-se que a massa do ca minhão
d) Sm = 1,50 m e S b = 1,25 m. era cerca de três vezes a massa do carro, foi
e) Sm = 1,50 m e S b = 1,50 m. possível concluir que o carro, no momento
da colisão, trafegava a uma velocidade apro-
13. (Fuvest) Usando um sistema formado por ximada de:
uma corda e uma roldana, um homem levan- a) 72 km/h.
ta uma caixa de massa m, aplicando na cor- b) 60 km/h.
da uma força F que forma um ângulo θ com c) 54 km/h.
a direção vertical, como mostra a figura. O d) 36 km/h.
trabalho realizado pela resultante das forças e) 18 km/h.
que atuam na caixa – peso e força da corda –,
quando o centro de massa d a caixa é elevado, 16. (Fuvest) Em um terminal de cargas, uma
com velocidade constante v, desde a altura y a esteira rolante é utilizada para transportar
até a altura yb, é: caixas iguais, de massa M = 80 kg, com cen-
tros igualmente
velocidade espaçados
da esteira é 1,5dem/s,
1 m.aQuando
potênciaa
dos motores para mantê-la em movimento
é P0. Em um trecho de seu percurso, é ne-
cessário planejar uma inclinação para que a
esteira eleve a carga a uma altura de 5 m,
como indicado. Para acrescentar essa rampa
e manter a velocidade da esteira, os motores
devem passar a fornecer uma potência adi-
cional aproximada de:
124
19. (Fuvest) A velocidade máxima permitida
em uma autoestrada é de 110 km/h (apro-
ximadamente 30 m/s) e um carro, nessa ve-
locidade, leva 6 s para pa rar completamente.
Diante de um posto rodoviário, os veícu-
los devem trafegar no máximo a 36 km/h
(10 m/s). Assim, para que carros em velo-
cidade máxima consigam obedecer o limite
permitido, ao passar em frente do posto, a
placa referente à redução de velocidade de-
a) 1200 W. verá ser colocada antes do posto, a uma dis-
b) 2600 W. tância, pelo menos, de:
c) 3000 W. a) 40 m.
d) 4000 W. b) 60 m.
e) 6000 W. c) 80 m.
d) 90 m.
17. (Fuvest) Um automóvel e um ônibus trafe- e) 100 m.
gam em uma estrada plana, mantendo velo-
cidades constantes em torno de 100 km/h e 20. (Fuvest)
75 km/h respectivamente. Os dois veículos
passam lado a lado em um posto de pedágio.
Quarenta minutos (2/3 de hora) depois, nes-
sa mesma estrada, o motorista do ônibus vê
o automóvel ultrapassá-lo. Ele supõe, então,
que o automóvel deve ter realizado, nesse
período, uma parada com duração aproxima-
da de: O mostrador de uma balança, quando um ob-
a) 4 minutos. jeto é colocado sobre ela, indica 100 N, como
b) 7 minutos. esquematizado em A. Se tal balança estiver
c) 10 minutos. desnivelada, como se observa em B, seu mos-
d) 15 minutos. trador deverá indicar, para esse mesmo obje-
e) 25 minutos. to, o valor de:
a) 125 N.
18. (Fuvest) Uma esfera de massa m 0 está pen- b) 120 N.
durada por um fio, ligado em sua outra ex- c) 100 N.
tremidade a um caixote, de massa M = 3 m0, d) 80 N.
sobre uma mesa horizontal. Quando o fio en- e) 75 N.
tre eles permanece não esticado e a esfera é
largada, após percorrer uma distância H 0, ela 21. (Fuvest) Nos manuais de automóveis, a
atingirá uma velocidade V0, sem que o cai- caracterização dos motores é feita em CV
xote se mova. Na situação em que o fio en- (cavalo-vapor). Essa unidade, proposta no
tre eles estiver esticado, a esfera, puxando tempo das primeiras máquinas a vapor, cor-
o caixote, após percorrer a mesma distância respondia à capacidade de um cavalo típico,
H0, atingirá uma velocidade V igual a: que conseguia erguer, na vertical, com au-
xílio de uma roldana, um bloco de 75 kg, à
velocidade de 1 m/s. Para subir uma lade ira,
inclinada como na figura, um carro de 1000 kg,
mantendo uma velocidade constante de 15
m/s (54 km/h), desenvolve uma potência
útil que, em CV, é, aproximadamente, de:

1V.
a) __
4 0
1V.
b) __ a) 20 CV.
3 0 b) 40 CV.
c) 1 V0.
__
2 c) 50 CV.
d) 2 V0. d) 100 CV.
e) 3 V0. e) 150 CV.

125
22. (Fuvest) Dois discos, A e B, de mesma mas- 24. (Fuvest) Uma criança estava no chão. Foi
sa M, deslocam-se com velocidades V A = V 0 e então levantada por sua mãe que a colocou
VB = 2V0, como na figura, vindo a chocar-se em um escorregador a uma altura de 2,0 m
um contra o outro. Após o choque, que não é em relação ao solo. Partindo do repouso,
elástico, o disco B permanece parado. Sendo a criança deslizou e chegou novamente ao
E1 a energia cinética total inicial (E 1 = 5 · chão com velocidade igual a 4 m/s. Sendo T
(1/2 MV02)), a energia cinética total E2, após o trabalho realizado pela mãe ao suspender
o choque, é: o filho, e sendo a aceleração da gravidade
g = 10 m/s2, a energia dissipada por atrito,
ao escorregar, é aproximadamente igual a:
a) 0,1 T.
b) 0,2 T.

c)
d) 0,6
0,9 T.
T.
e) 1,0 T.
a) E2 = E1.
b)
c)
E2 = 0,8 E1.
E2 = 0,4 E1. GABARITO
d) E2 = 0,2 E1.
e) E2 = 0. 1. B 2. E 3. D 4. D 5. A
6. D 7. C 8. B 9. D 10. D
23. (Fuvest)
11. A 12. E 13. A 14. D 15. A
16. E 17. C 18. C 19. C 20. D
21. A 22. D 23. E 24. C

É conhecido o processo utilizado por po-


vos primitivos para fazer fogo. Um jovem,
tentando imitar parcialmente tal processo,
mantém entre suas mãos um lápis de for-
ma cilíndrica e com raio igual a 0,40 cm de
tal forma que, quando movimenta a mão es-
querda para a frente e a direita para trás,
em direção horizontal, imprime ao lápis um
rápido movimento de rotação. O lápis gira,
mantendo seu eixo fixo na direção vertical,
como mostra a figura acima. Realizando di-
versos deslocamentos sucessivos e medindo
o tempo necessário para executá-los, o jo-
vem conclui que pode deslocar a ponta dos
dedos de sua mão direita de uma distância

L = 15 cm, com velocidade


aproximadamente constante,
0,30 s. Podemos em
afirmar
que, enquanto gira num sentido, o número
de rotações por segundo executadas pelo lá-
pis é aproximadamente igual a:
a) 5.
b) 8.
c) 10.
d) 12.
e) 20.

126
FÍSICA 2

Prescrição: É necssário ter conhecimento sobre as leis e equações que descrevem


fenômenos térmicos, ópticos e ondulatórios.

3. (Fuvest) Em uma exposição, organizada em


dois andares, foi feita uma montagem com
APLICAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS - SALA dois espelhos planos E 1 e E2, dispostos a 45°
entre os andares, como na figura 1. Uma vi-
1. (Fuvest) Em algumas situações de resgate, sitante, quando no andar superior, no ponto
bombeiros utilizam cilindros de ar compri- A, fotografa um quadro (Q), obtendo a foto
mido para garantir condições normais de 1, tal como vista no visor (fig. 1).
respiração em ambientes com gases tóxicos. Essa visitante, ao descer as escadas, foto-
Esses cilindros, cujas características estão
indicadas e seguir, alimentam máscaras que grafa, no ponto B, o mesmo quadro através
se acoplam ao nariz. Quando acionados, os dos espelhos. A nova foto, tal como vista no
cilindros fornecem para a respiração, a cada visor, é:
minuto, cerca de 40 litros de ar, a pressão
atmosférica e temperatura ambiente. Nesse
caso, a duração do ar de um desses cilindros
seria de aproximadamente:
CILINDRO PARA RESPIRAÇÃO
Gás – ar comprimido
Volume – 9 litros

interna – 200local
Pressão atmosférica atm= 1 atm
a)
A temperatura durante todo o processo per-
manece constante.
a) 20 minutos.
b) 30 minutos.
c) 45 minutos.
d) 60 minutos. b)
e) 90 minutos.

2. (Fuvest) Um aquecedor elétrico é mergulha-


do em um recipiente com água a 10 °C e,
cinco minutos depois, a água começa a fer-
c)
ver a 100 °C. Se o aquecedor não for desli-
gado, toda a água irá evaporar e o aquecedor
será danificado. Considerando o momento
em que a água começa a ferver, a evaporação
de toda a água ocorrerá em um intervalo de
aproximadamente: d)
Calor
Calor específico da água
de vaporização = 1,0=cal/(g°C)
da água 540 cal/g
Desconsidere perdas de calor para o reci-
piente, para o ambiente e para o próprio
aquecedor.
a) 5 minutos. e)
b) 10 minutos.
c) 12 minutos.
d) 15 minutos.
e) 30 minutos.

127
4. (Fuvest) Uma pessoa idosa que tem hiper- 6. (Fuvest) Considerando o fenômeno de res-
metropia e presbiopia foi a um oculista que sonância, o ouvido humano deveria ser mais
lhe receitou dois pares de óculos, um para sensível a ondas sonoras com comprimentos
que enxergasse bem os objetos distantes e de onda cerca de quatro vezes o comprimen-
outro para que pudesse ler um livro a uma to do canal auditivo externo, que mede, em
distância confortável de sua vista. média, 2,5 cm. Segundo esse modelo, no ar,
§ Hipermetropia: a imagem de um objeto onde a velocidade de propagação do som é
distante se forma atrás da retina. 340 m/s, o ouvido humano seria mais sensí-
§ Presbiopia: o cristalino perde, por enve- vel a sons com frequências em torno de:
a) 34 Hz.
lhecimento, a capacidade de acomodação b) 1320 Hz.
e objetos próximos não são vistos com c) 1700 Hz.
nitidez. d) 3400Hz.
§

Dioptria:
medida ema dioptrias,
convergência de umadalente,
é o inverso dis- e) 6800 Hz.
tância focal (em metros) da lente.
Considerando que receitas fornecidas por
oculistas utilizam o sinal mais (+) para len-
RAIO X
tes convergentes e menos (–) para divergen- 1. Considerando que é uma transformação iso-
tes, a receita do oculista para um dos olhos
térmica e que o cilindro é utilizável até a
dessa pessoa idosa poderia ser:
a) para longe: –1,5 dioptrias; para perto: +4,5
pressão interna atingir o mesmo valor que a
dioptrias.
pressão externa, temos:
b) para longe: –1,5 dioptrias; para perto: –4,5
PoVo = P1V1 → 200 · 9 = 1 · V 1
dioptrias. V1 = 1800 litros.
c) para longe: +4,5 dioptrias; para perto: +1,5 Para descobrir o tempo, basta utilizar a va-
dioptrias. zão dada:
d) para longe: +1,5 dioptrias; para perto: –4,5
∆V → 40 = _____
Z = ___ 1800
∆t ∆t
dioptrias. ∆t = 45 min
e) para longe: +1,5 dioptrias; para perto: +4,5 2. Primeiramente devemos calcular a potência
dioptrias. do aquecedor:
Q
Pot = ___ mc∆T
_____
5. (Fuvest) O som de um apito é analisado com ∆t → Pot = ∆t
o uso de um medidor que, em sua tela, visua- Pot = m · 1 · 90/5
liza o padrão apresentado na figura a seguir. Pot = 18 m cal/min
O gráfico representa a variação da pressão Agora podemos calcular o tempo necessário
que a onda sonora exerce sobre o medidor, para tornar a massa de água líquida em va-
em função do tempo, em µs (1 µs = 10 –6 s). por:
Analisando a tabela de intervalos de frequ- Q = m · L → Pot · ∆t = m · L
ências audíveis, por diferentes seres vivos, m·L
∆t = ______
conclui-se que esse apito pode ser ouvido P
(mot· 540)
apenas por: ∆t = __________
18 · m
Seres v ivos Intervalos d e f requência ∆t = 30 min
cachorro 15 Hz – 45.000 Hz
3. Pela propriedade de simetria aplicada aos
dois espelhos, é possível realizar a constru-
ser humano 20 Hz – 20.000 Hz
ção da imagem. Considere o esquema a se-
sapo 50Hz–10.000Hz guir:
gato 60Hz–65.000Hz
morcego 1000 Hz – 120.000 Hz

a) seres humanos e cachorros.


b) seres humanos e sapos.
c) sapos, gatos e morcegos.
d) gatos e morcegos.
e) morcegos.

128
4. Para um olho hipermetrope, não presbíope,
para visão de um objeto distante, os múscu-
los ciliares aumentam a vergência do crista-
lino de modo a acomodar a imagem sobre a
retina. Se o olho hipermetrope passa a ser
também presbíope, o cristalino perde sua
elasticidade e a lente corretiva, para aco-
modar a imagem de um objeto distante na
retina, deve ser convergente, com uma certa
vergência V1, substituindo a ação dos múscu-
los ciliares.
Para visão de objetos próximos, a distância
focal
lente do sistemadeverá
corretiva formado
ser pelo
aindaolho e pela
menor do
que para objetos distantes, o que significa
que a lente corretiva a ser usada continua
sendo convergente e com vergência V 2, tal
que V2 > V1. A opção E satisfaz tal condição.
5. De acordo com o gráfico, podemos concluir
que o período é igual ao dobro do intervalo
de tempo dado, logo:
T = 2 · 10 · 10 –6 S → T = 2 · 10 –5 S
A partir do período é possível calcular a fre-
quência:
1 → f = __
f = __ 1 · 10–5
T 2
f = 5 · 10 Hz → f = 50000 Hz
4

O valor de frequência se encontra nos inter-


valos de frequências audíveis para gatos e
morcegos.
6. De acordo com enunciado, é possível calcular
o comprimento de onda:
λ = 4L → λ = 4 · 2,5
λ = 10 cm → λ = 0,1 m
Pela equação fundamental podemos calcular
a frequência:
v = λf → 340 = 0,1 · f
f = 3400 Hz

GABARITO
1. C 2. E 3. A 4. E 5. D
6. D

129
PRÁTICA DOS §

§
sen(45º) = cos (45º) = 0,70
sen(60º) = cos(30º) = 0,87
CONHECIMENTOS - E.O. §

a)
sen(70º) = cos(20º) = 0,94
θ = 20º.
b) θ = 30º.
1. (Fuvest) Uma garrafa tem um cilindro afixa- c) θ = 45º.
do em sua boca, no qual um êmbolo pode se
movimentar sem atrito, mantendo constante d) θ = 60º.
a massa de ar dentro da garrafa, como ilus- e) θ = 70º.
tra a figura. Inicialmente, o sistema está em
equilíbrio à temperatura de 27 ºC. O volume 3. (Fuvest) Certa quantidade de gás sofre três
de ar na garrafa é igual a 600 cm3 e o êmbolo transformações sucessivas, A → B, B → C e
tem uma área transversal igual a 3 cm 2. Na →
condição de equilíbrio,
férica constante, com a1 pressão
para cada atmos-
ºC de aumento Ctado A,
naconforme o diagrama p – V apresen-
figura abaixo.
da temperatura do sistema, o êmbolo subirá
aproximadamente:

A respeito dessas transformações, afirmou-


-se o seguinte:
I. O trabalho total realizado no ciclo ABCA é
nulo.
II. A energia interna do gás no estado C é
Note e adote: maior que no estado A.
§ 0 ºC = 273 K III.Durante a transformação A → B, o gás re-
§ Considere o ar da garrafa como um gás ide- cebe calor e realiza trabalho.
a) al. cm.
0,7 Está correto o que se afirma em:
b) 1,4 cm. a) I.
c) 2,1 cm. b) II.
d) 3,0 cm. c) III.
e) 6,0 cm. d) I e II.
e) II e III.
2. (Fuvest) Uma moeda está no centro do fun-
do de uma caixa-d’água cilíndrica de 0,87 m 4. (Fuvest) Luz solar incide verticalmente so-
de altura e base circular com 1,0 m de di-
âmetro, totalmente preenchida com água, bre o espelho esférico convexo visto na figu-
como esquematizado na figura. ra abaixo.

Se um feixe de luz laser incidir em uma di-


reção que passa pela borda da caixa, fazendo Os raios refletidos nos pontos A, B e C do
um ângulo θ com a vertical, ele só poderá espelho têm, respectivamente, ângulos de
iluminar a moeda se: reflexão θA, θB e θC tais que:
Note e adote: a) θA > θB > θC.
Índice de refração da água: 1,4 b) θA > θC > θB.
§ n1 sen(θ1) = n2 sen(θ2) c) θA < θC < θB.
§ sen(20º) = cos(70º) = 0,35 d) θA < θB < θC.
§ sen(30º) = cos(45º) = 0,50 e) θA = θB = θC.

130
5. (Fuvest) 7. (Fuvest) O resultado do exame de audiome-
tria de uma pessoa é mostrado nas figuras
abaixo. Os gráficos representam o nível de
intensidade sonora mínima I, em decibéis
(dB), audível por suas orelhas direita e es-
querda, em função da frequência f do som,
em kHz. A comparação desse resultado com
o de exames anteriores mostrou que, com
o passar dos anos, ela teve perda auditiva.
Com base nessas informações, foram feitas
as seguintes afirmações sobre a audição des-
A figura acima mostra parte do teclado de sa pessoa:
um piano. Os valores das frequências das I. Ela ouve sons de frequência de 6 kHz e
notas sucessivas, incluindo os sustenidos, intensidade de 20 dB com a orelha direi-
representados pelo símbolo #, obedecem a ta, mas não com a esquerda.
uma progressão geométrica crescente da es- II. Um sussurro de 15 dB e frequência de
querda para a direita; a razão entre as frequ- 0,25 kHz é ouvido por ambas as orelhas.
ências de duas notas Dó consecutivas vale 2; III.A diminuição de sua sensibilidade au-
a frequência da nota Lá do teclado da figura ditiva, com o passar do tempo, pode ser
é 440 Hz. O comprimento de onda, no ar, da atribuída a degenerações dos ossos mar-
nota Sol indicada na figura é próximo de telo, bigorna e estribo, da orelha externa,
Note e adote: onde ocorre a conversão do som em im-
§ 21/12 = 1,059 pulsos elétricos.
§ (1,059)2 = 1,12
§ velocidade do som no ar = 340 m/s
a) 0,56 m.
b) 0,86 m.
c) 1,06 m.
d) 1,12 m.
e) 1,45 m.

6. (Fuvest) Um prisma triangular desvia um


feixe de luz verde de um ângulo θA, em re-
lação à direção de incidência, como ilustra a
figura A, abaixo.

É correto apenas o que se afirma em:


a) I.
b) II.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.

8. (Fuvest) O Sr. Rubinato, ummúsico aposenta-


do, gosta de ouvir seus velhos discos sentado
em uma poltrona. Está ouvindo um conheci-
do solo de violino quando sua esposa Matilde
afasta a caixa acústica da direita (Cd) de uma
Se uma placa plana, do mesmo material do distância l, como visto na figura abaixo.
prisma, for colocada entre a fonte de luz e o
prisma,
B e C, a nas
luz, posições
ao sair domostradas nas desvia-
prisma, será figuras
da, respectivamente, de ângulos θB e θC, em
relação à direção de incidência indicada pela
seta. Os desvios angulares serão tais que:
a) θA = θB = θC.
b) θA > θB > θC.
c) θA < θB < θC.
d) θA = θB > θC.
e) θA = θB < θC.

131
Em seguida, Sr. Rubinato reclama: — Não é 10 cm e, o da inferior, 2 cm. Se a barra
consigo mais ouvir o Lá do violino, que antes de alumínio, inicialmente à temperatura de
soava bastante forte! Dentre as alternativas 25 ºC, for aquecida a 225 ºC, o deslocamento
abaixo para a distância l, a única compatível da extremidade superior do ponteiro será,
com a reclamação do Sr. Rubinato é: aproximadamente, de:
Note e adote: Note e adote: coeficiente de dilatação linear
O mesmo sinal elétrico do amplificador é li- do alumínio: 2 · 10 –5 ºC–1:
gado aos dois alto-falantes, cujos cones se a) 1 mm.
movimentam em fase. b) 3 mm.
A frequência da nota Lá é 440 Hz.
c) 6 mm.
A velocidade do som no ar é 330 m/s.
d) 12 mm.
A distância entre as orelhas do Sr. Rubinato
deve ser ignorada. e) 30 mm.
a) 38 cm.
b) 44 cm. 11. (Fuvest) Um objeto decorativo consiste de
c) 60 cm. um bloco de vidro transparente, de índice de
d) 75 cm. refração igual a 1,4, com a forma de um pa-
e) 150 cm. ralelepípedo, que tem, em seu interior, uma
bolha, aproximadamente esférica, preenchi-
9. (Fuvest) Uma flauta andina, ou flauta de pã, da com um líquido, também transparente, de
é constituída por uma série de tubos de ma- índice de refração n. A figura a seguir mos-
deira, de comprimentos diferentes, atados tra um perfil do objeto.
uns aos outros por fios vegetais. As extremi-
dades inferiores dos tubos são fechadas. A
frequência fundamental de ressonância em
tubos desse tipo corresponde ao comprimen-
to de onda igual a 4 vezes o comprimento
do tubo. Em uma dessas flautas, os compri-
mentos dos tubos correspondentes, respecti-
vamente, às notas Mi (660 Hz) e Lá (220 Hz)
são, aproximadamente:
Note e adote:
A velocidade do som no ar é igual a 330 m/s. Nessas condições, quando a luz visível inci-
a) 6,6 cm e 2,2 cm. de perpendicularmente em uma das faces do
b) 22 cm e 5,4 cm. bloco e atravessa a bolha, o objeto se com-
c) 12 cm e 37 cm. porta, aproximadamente, como:
d) 50 cm e 1,5 m. a) uma lente divergente, somente se n > 1,4.
e) 50 cm e 16 cm. b) uma lente convergente, somente se n > 1,4.
c) uma lente convergente, para qualquer valor
10. (Fuvest) de n.
d) uma lente divergente, para qualquer valor
de n.
e) se a bolha não existisse, para qualquer valor
de n.

12. (Fuvest) O olho é o senhor da astronomia,


autor da cosmografia, conselheiro e corretor
Para ilustrar a dilatação dos corpos, um gru- de todas as artes humanas (...). É o príncipe
das matemáticas; suas disciplinas são inti-
po
de de estudantes
ciências, apresenta, esquematizado
o instrumento em uma feira mamente certas; determinou as altitudes
na figura acima. Nessa montagem, uma bar- e dimensões das estrelas; descobriu os ele-
ra de alumínio com 30 cm de comprimen- mentos e seus níveis; permitiu o anúncio de
to está apoiada sobre dois suportes, tendo acontecimentos futuros, graças ao curso dos
uma extremidade presa ao ponto inferior astros; engendrou a arquitetura, a perspecti-
do ponteiro indicador e a outra encosta- va, a divina pintura (...). O engenho humano
da num anteparo fixo. O ponteiro pode gi- lhe deve a descoberta do fogo, que oferece ao
rar livremente em torno do ponto O, sendo olhar o que as trevas haviam roubado.
que o comprimento de sua parte superior Leonardo da Vinci, Tratado da pintura.

132
Considere as afirmações abaixo: Consultando a tabela acima, que fornece os
I. O excerto de Leonardo da Vinci é um valores típicos de frequência f para diferen-
exemplo do humanismo renascentista tes regiões do espectro eletromagnético, e
que valoriza o racionalismo como instru- analisando o gráfico de E em função do tem-
mento de investigação dos fenômenos po, é possível classificar essa radiação como
naturais e a aplicação da perspectiva em a) infravermelha.
suas representações pictóricas. b) visível.
II. Num olho humano com visão perfeita, o c) ultravioleta.
cristalino focaliza exatamente sobre a re- d) raio X.
tina um feixe de luz vindo de um objeto. e) raio γ .
Quando o cristalino está em sua forma
mais alongada, é possível focalizar o fei- 14. (Fuvest) Em um freezer, muitas vezes, é
xe de luz vindo de um objeto distante. difícil repetir
tempo após ter asido
abertura dadevido
fechado, porta,à pouco
dimi-
Quando o cristalino encontra-se em sua nuição da pressão interna. Essa diminuição
forma mais arredondada, é possível a fo- ocorre porque o ar que entra, à temperatu-
calização de objetos cada vez mais próxi- ra ambiente, é rapidamente resfriado até
mos do olho, até uma distância mínima. a temperatura de operação, em torno de
III.Um dos problemas de visão humana é a –18 °C. Considerando um freezer doméstico,
miopia. No olho míope, a imagem de um de 280 L, bem vedado, em um ambiente a
objeto distante forma-se depois da re- 27 °C e pressão atmosférica P 0, a pressão in-
tina. Para corrigir tal defeito, utiliza-se terna poderia atingir o valor mínimo de:
uma lente divergente. Considere que todo o ar no interior do fre-
Está correto o que se afirma em: ezer, no instante em que a porta é fechada,
a) I, apenas. está à temperatura do ambiente.
a) 35% de P0.
b) I e II, apenas.
b) 50% de P0.
c) I e III, apenas.
c) 67% de P0.
d) II e III, apenas.
d) 85% de P0.
e) I, II e III. e) 95% de P0.

13. (Fuvest) Em um ponto fixo do espaço, o 15. (Fuvest) Dois sistemas óticos, D 1 e D2, são
campo elétrico de uma radiação eletromag- utilizados para analisar uma lâmina de teci-
nética tem sempre a mesma direção e oscila do biológico a partir de direções diferentes.
no tempo, como mostra o gráfico abaixo, que Em uma análise, a luz fluorescente, emitida
representa sua projeção E nessa direção fixa; por um indicador incorporado a uma peque-
E é positivo ou negativo conforme o sentido na estrutura, presente no tecido, é captada,
do campo. simultaneamente, pelos dois sistemas, ao
longo das direções tracejadas. Levando-se
em conta o desvio da luz pela refração, den-
tre as posições indicadas, aquela que poderia
corresponder à localização real dessa estru-
tura no tecido é:

Radiação eletromagnética Frequência f (H z)


rádAiM
o 10 6

(TVVHF) 10 8
Suponha que o tecido biológico seja transpa-
micro-onda 1010 rente à luz e tenha índice de refração uni-
infravermelha 1012 forme, semelhante ao da água.
visível 1014 a) A.
b) B.
ultravioleta 1016
18
c) C.
raXios 10
d) D.
raios γ 1020 e) E.

133
16. (Fuvest) Um sistema de duas lentes, sendo a)
uma convergente e outra divergente, ambas
com distâncias focais iguais a 8 cm, é monta-
do para projetar círculos luminosos sobre um
anteparo. O diâmetro desses círculos pode ser
alterado, variando-se a posição das lentes. b)
Em uma dessas montagens, um feixe de luz,
inicialmente de raios paralelos e 4 cm de
diâmetro, incide sobre a lente convergente,
separada da divergente por 8 cm, atingin-
do finalmente o anteparo, 8 cm adiante da c)
divergente. Nessa montagem específica, o
círculo luminoso formado
lhor representado por: no anteparo é me-

d)

e)

a)

18. (Fuvest) Duas hastes, A e B, movendo-se ver-


ticalmente, produzem ondas em fase, que se
b) propagam na superfície da água, com mesma
frequência f e período T, conforme a figura 1.
No ponto P, ponto médio do segmento AB,
uma boia sente o efeito das duas ondas e se
c) Omovimenta
gráfico quepara cima representar
poderia e para baixo.o desloca-
mento vertical y da boia, em relação ao nível
médio da água, em função do tempo t, é:

d)

e)

a)

17. (Fuvest) A janela de uma casa age como se b)


fosse um espelho e reflete a luz do Sol nela
incidente, atingindo, às vezes, a casa vizi-
nha. Para a hora do dia em que a luz do Sol c)

incide na
quema quedireção
melhorindicada
representana afigura, o es-
posição da
janela capaz de refletir o raio de luz na dire-
ção de P é: d)

e)

134
19. (Fuvest) Um grande aquário, com paredes 20. (Fuvest) Em um recipiente termicamente
laterais de vidro, permite visualizar, na su- isolado e mantido a pressão constante, são
perfície da água, uma onda que se propaga. colocados 138 g de etanol líquido. A seguir,
A figura representa o perfil de tal onda no o etanol é aquecido e sua temperatura T é
medida como função da quantidade de calor
instante T0. Durante sua passagem, uma Q a ele transferida. A partir do gráfico de
boia, em dada posição, oscila para cima e T × Q, apresentado na figura abaixo, pode-
para baixo e seu deslocamento vertical (y), -se determinar o calor específico molar para
em função do tempo, está representado no o estado líquido e o calor latente molar de
gráfico. vaporização do etanol como sendo, respecti-
vamente, próximos de:

Com essas informações, é possível concluir


que a onda se propaga com uma velocidade, Dados: fórmula do etanol = C 2H5OH;
aproximadamente, de: massas molares = C(12g/mol), H(1g/mol),
a) 2,0 m/s.
O(16g/mol).
a) 0,12 kJ/(mol °C) e 36 kJ/mol.
b) 2,5 m/s. b) 0,12 kJ/(mol °C) e 48 kJ/mol.
c) 5,0 m/s. c) 0,21 kJ/(mol °C) e 36 kJ/mol.
d) 10 m/s. d) 0,21 kJ/(mol °C) e 48 kJ/mol.
e) 20 m/s. e) 0,35 kJ/(mol °C) e 110 kJ/mol.

21. (Fuvest) Um estudo de sons emitidos por instrumentos musicais foi realizado, usando um mi-
crofone ligado a um computador. O gráfico a seguir, reproduzido da tela do monitor, registra o
movimento do ar captado pelo microfone, em função do tempo, medido em milissegundos, quando
se toca uma nota musical em um violino.

Nota dó ré mi fá so l lá si
Frequência(Hz) 262 294 330 349 388 440 494

Consultando
Dado: 1 ms = a10tabela
–3 s acima, pode-se concluir que o som produzido pelo violino era o da nota:

a) dó.
b) mi.
c) sol.
d) lá.
e) si.

135
22. (Fuvest) Um extintor de incêndio cilíndrico,
contendo CO2, possui um medidor de pressão GABARITO
interna que, inicialmente, indica 200 atm.
Com o tempo, parte do gás escapa, o extin- 1. A 2. C 3. E 4. B 5. B
tor perde pressão e precisa ser recarregado.
Quando a pressão interna for igual a 160 6. A 7. B 8. A 9. C 10. C
atm, a porcentagem da massa inicial de gás 11. B 12. B 13. C 14. D 15. C
que terá escapado corresponderá a:
Obs: Considere que a temperatura permane- 16. C 17. C 18. E 19. A 20. A
ce constante e o CO 2, nessas condições, com- 21. C 22. B 23. C 24. A
porta-se como um gás perfeito
1 atm = 105 N/m2
a)
b) 10%.
20%.
c) 40%.
d) 60%.
e) 75%.

23. (Fuvest) Um alto-falante fixo emite um


som cuja frequência F, expressa em Hz,
varia em função do tempo t na forma
F(t) = 1000 + 200 t. Num determina-
do momento, o alto-falante está emi-
tindo um som com uma frequência
F1 = 1080 Hz. Nesse mesmo instante,
uma pessoa P, parada a uma distância
D = 34 m do alto-falante, está ouvindo um
som com uma frequência F2, aproximada-
mente, igual a:

a) 1020 Hz.
b) 1040 Hz.
c) 1060 Hz.
d) 1080 Hz.
e) 1100 Hz.

24. (Fuvest) Dois recipientes iguais, A e B, con-


têm, respectivamente, 2,0 litros e 1,0 litro
de água à temperatura de 20 °C. Utilizando
um aquecedor elétrico, de potência constan-
te, e mantendo-o ligado durante 80 s, aque-
ce-se água do recipiente A até a temperatura
de 60 °C. A seguir, transfere-se 1,0 litro de
água de A para B, que passa a conter 2,0 li-
tros de água à temperatura T. Essa mesma
situação final,colocando-se
ser alcançada para o recipiente B, de
2,0 litros poderia
água
a 20 °C em B e, a seguir, ligando-se o mesmo
aquecedor elétrico em B, mantendo-o ligado
durante um tempo aproximado de:
a) 40 s.
b) 60 s.
c) 80 s.
d) 100 s.
e) 120 s.

136
FÍSICA 3

Prescrição: É necessário ter conhecimento sobre as leis e equações que descrevem


fenômenos eletrostáticos, eletrodinâmicos e eletromagnéticos, interpretar e com-
preender representações de circuitos e situações que envolvam fenômenos elétricos
e magnéticos.

2. (Fuvest) Em uma aula de laboratório de


Física, para
foiestudar propriedades de cargas
APLICAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS - SALA
elétricas, realizado um experimento em
que pequenas esferas eletrizadas são injeta-
das na parte superior de uma câmara, em vá-
cuo, onde há um campo elétrico uniforme na
1. (Fuvest) Três pequenos esferas carregadas mesma direção e sentido da aceleração local
com cargas de mesmo módulo, sendo A posi- da gravidade. Observou-se que, com campo
tiva e B e C negativas, estão presas nos vérti- elétrico de módulo igual a 2 · 10 3 V/m, uma
das esferas, de massa 3,2 · 10–15 kg, perma-
ces de um triângulo equilátero. No instante necia com velocidade constante no interior
em que elas são soltas, simultaneamente, a da câmara. Essa esfera tem:
direção e o sentido de suas acelerações serão Note e adote:
melhor representados pelo esquema: § carga do elétron = –1,6 · 10 –19 C
§ carga do próton = +1,6 · 10 –19 C
a) § aceleração local da gravidade = 10 m/s2
a) o mesmo número de elétrons e de prótons.
b) 100 elétrons a mais que prótons.
c) 100 elétrons a menos que prótons.
d) 2000 elétrons a mais que prótons.
e) 2000 elétrons a menos que prótons.

b)
3. (Fuvest)

c)

Um aquecedor elétrico é formado por duas


resistências elétricas R iguais. Nesse apare-
lho, é possível escolher entre operar em re-
d) des de 110 V (Chaves B fechadas e chave A
aberta) ou redes de 220 V (Chave A fechada
e chaves B abertas). Chamando as potências
dissipadas por esse aquecedor de P(220) e
P(110),
em 220Vquando
e 110V,operando,
verifica-serespectivamente,
que as potências
dissipadas, são tais que:
e) 1 P (110).
a) P (220) = __
2
b) P (220) = P (110).
3 P (110).
c) P (220) = __
2
d) P (220) = 2 P (110).
e) P (220) = 4 P (110).

137
4. (Fuvest) Um circuito é formado de duas esse ímã ao meio e, utilizando as duas me-
lâmpadas L1 e L2, uma fonte de 6 V e uma tades, fazem-se quatro experiências, repre-
resistência R, conforme desenhado na figu- sentadas nas figuras I, II, III e IV, em que as
ra. As lâmpadas estão acesas e funcionando metades são colocadas, uma de cada vez, nas
em seus valores nominais (L1: 0,6 W e 3 V e proximidades do ímã fixo.
L2: 0,3 W e 3 V).

Indicando por “nada” a ausência de atração


ou repulsão da parte testada, os resultados
O valor da resistência R é: das quatro experiências são, respectivamente:
a) 15 Ω. a) I – repulsão; II – atração; III – repulsão; IV –
b) 20 Ω. atração.
c) 25 Ω. b) I – repulsão; II – repulsão; III – repulsão;
d) 30 Ω. IV – repulsão.
e) 45 Ω. c) I – repulsão; II – repulsão; III – atração;
IV – atração.
5. (Fuvest) d) I – repulsão; II – nada; III – nada; IV – atração.
e) I – atração; II – nada; III – nada; IV – repulsão.

RAIO X
1. A
dasfig.1 mostra
entre as forças
as esferas e a eletrostáticas
resultante emtroca-
cada
uma delas. A fig. 2 mostra apenas a resultan-
te em cada esfera.

Três fios verticais e muito longos atravessam


uma superfície plana e horizontal, nos vérti-
ces de um triângulo isósceles, como na figu-
ra acima desenhada no plano. Por dois deles
(D’ e B’), passa uma mesma corrente que sai
do plano do papel e pelo terceiro (X), uma
corrente que entra nesse plano. Desprezan-
do-se os efeitos do campo magnético ter-
restre, a direção da agulha de uma bússola,
colocada equidistante deles, seria melhor
representada pela reta:
a) AA’.
b) B B’.
c) D
d) C C’.
D’.
e) perpendicular ao plano do papel.

6. (Fuvest) Um ímã, em forma de barra, de po- 2. Como a velocidade é constante, a resultante


laridade N (norte) e S (sul), é fixado numa das forças que agem sobre essa esfera é nula.
mesa horizontal. Um outro ímã semelhante, Isso significa que o peso e a força elétrica
de polaridade desconhecida, indicada por A têm mesma intensidade e sentidos opostos.
e T, quando colocado na posição mostrada na Assim, a força elétrica tem sentido oposto
figura 1, é repelido para a direita. Quebra-se ao do campo elétrico, indicando que a carga

138
dessa esfera é negativa. Portanto, a esfera
tem mais elétrons que prótons.
A figura ilustra a situação.

Projetando-se esses vetores nas direções AA’


Sendo
F = P →n oqnúmero
 · E =dem elétrons
·g a mais, temos: e CC’, verificamos que as componentes em
m·g CC’ se equilibram. Portanto, o vetor campo
n · e · E = m · g → n = ______
e·E magnético resultante possui a direção AA’,
3,2 · 10–15 · 10
n = ____________________ direção esta assumida pela agulha da bús-
1,6 · 10 · 2 · 10
–19 3
sola.
n = 100 6. O ímã de polaridade desconhecida tem como
3. Com a chave B fechada e A aberta, os resisto- polo norte T e como polo sul A.
res estarão associados em paralelo. Sob ten- Ao repartir o ímã, a parte marcada como A
passa a ter como polo norte o lado da quebre,
são elétrica de 110 V, logo: e a parte marcada como T passa a ter como
U2 → P(110) = _____
P = ___ 1102 polo sul o lado da quebra. Logo:
R R
__ Exp1: Polo sul x polo sul – Repulsão
2
P(100) = 2 · 110
________ 2 Exp2: Polo sul x polo norte – Atração
R Exp3: Polo sul x polo sul – Repulsão
Com a chave A fechada e B aberta, os resis- Exp4: Polo sul x polo norte – Atração
tores estarão associados em série. Sob tensão
elétrica de 220 V, logo:
U2 → P(220) = _____
2202
GABARITO
P = ___
R 2R
Calculando a razão entre as potências, te- 1. C 2. B 3. B 4. D 5. A
mos: 2202
_____ 6. A
P(220) ________
_______ = 2R
P(110) ________
2 · 1102
R
P(220)
_______ = 1
P(110)
Logo:
P(220) = P(110)
4. A partir dos dados nominais é possível calcu-
lar a corrente em cada lâmpada:
P = U · i → 0,6 = 3 · i 1
i1 = 0,2 A
P = U · i → 0,3 = 3 · i 2
i2 = 0,1 A
A resistência R está ligada à mesma ddp que
L2 e a sua corrente é a diferença entre i 1 e
i , logo:
i2= 0,1 A e U = 3 V
U = R · i → 3 = R · 0,1
R = 30 Ω
5. Assumindo que as direções BB’ e DD’ são
perpendiculares entre si e aplicando-se a re-
gra da mão direita, podemos indicar o vetor
campo magnético criado por cada uma das
correntes no ponto do plano equidistante
destas através da figura a seguir:
139
PRÁTICA DOS Note e adote:
§ A resistência interna do voltímetro é
muito maior que a dos resistores (voltí-
CONHECIMENTOS - E.O. metro ideal).
§ As resistências dos fios de ligação devem
1. (Fuvest) Os centros de quatro esferas idên- ser ignoradas.
a) 4 W.
ticas, I, II, III e IV, com distribuições unifor- b) 6 W.
mes de carga, formam um quadrado. Um fei- c) 12 W.
xe de elétrons penetra na região delimitada d) 18 W.
por esse quadrado, pelo ponto equidistante e) 24 W.
dos centros das esferas III e IV, com velo-
cidade inicial v na direção perpendicular à 3. (Fuvest) Dispõe se de várias lâmpadas in-
reta que une os centros de III e IV, conforme candescentes
tadas para seremde diferentes
utilizadas potências,
em 110 V deproje-
ten-
representado na figura. são. Elas foram acopladas, como nas figuras
I, II e III abaixo, e ligadas em 220 V.

A trajetória dos elétrons será retilínea, na


direção de v, e eles serão acelerados com
velocidade crescente dentro da região plana
delimitada pelo quadrado, se as esferas I, II,
III e IV estiverem, respectivamente, eletriza-
das com cargas: Em quais desses circuitos, as lâmpadas fun-
Note e adote: Q é um número positivo. cionarão como se estivessem individualmen-
a) +Q, –Q, –Q, +Q. te ligadas a uma fonte de tensão de 110 V?
b) +2Q, –Q, +Q –2Q. a) Somente em I.
c) +Q, +Q, –Q, –Q. b) Somente em II.
d) –Q, –Q, +Q, +Q. c) Somente em III.
d) Em I e III.
e) +Q, +2Q, –2Q, –Q.
e) Em II e III.

2. (Fuvest) O arranjo experimental represen- 4. (Fuvest) Dois fios metálicos, F1 e F2, cilín-
tado na figura é formado por uma fonte de dricos, do mesmo material de resistividade
tensão F, um amperímetro A, um voltímetro de seções transversais de áreas, respectiva-
três resistores, R 1, R2 e R3, de resistências mente, A1 e A2 = 2A1, têm comprimento L e
iguais, e fios de ligação. são emendados, como ilustra a figura abaixo.
O sistema formado pelos fios é conectado a
uma bateria de tensão V.

Nessas condições, a diferença de potencial


V1, entre as extremidades de F1, e V2, entre
as de F2, são tais que:
a) V1 = V2/4.
b) V1 = V2/2.
Quando o amperímetro mede uma corrente c) V1 = V2.
de 2A, e o voltímetro, uma tensão de 6 V, a d) V1 = 2V2.
potência dissipada em R2 é igual a: e) V1 = 4V2.

140
5. (Fuvest) A energia potencial elétrica U de 8. (Fuvest) O filamento de uma lâmpada in-
duas partículas em função da distância r que candescente, submetido a uma tensão U, é
as separa está representada no gráfico da fi- percorrido por uma corrente de intensidade
gura abaixo. i. O gráfico abaixo mostra a relação entre i e U.

As seguintes afirmações se referem a essa


lâmpada.
I. A resistência do filamento é a mesma
Uma das partículas está fixa em uma posi- para qualquer valor da tensão aplicada.
ção, enquanto a outra se move apenas devi- II. A resistência do filamento diminui com o
do à força elétrica de interação entre elas. aumento da corrente.
Quando a distância entre as partículas varia III.A potência dissipada no filamento au-
de ri = 3 · 10–10 m a rf = 9 · 10–10 m, a energia menta com o aumento da tensão aplicada.
cinética da partícula em movimento: Dentre essas afirmações, somente:
a) diminui 1 · 10 –18 J. a) I está correta.
b) aumenta 1 · 10–18 J. b) II está correta.
c) diminui 2· 10–18 J. c) III está correta.
d) I e III estão corretas.
d) aumenta 2 · 10–18 J.
e) II e III estão corretas.
e) não se altera.

6. (Fuvest) Um raio proveniente de uma nu- 9. (Fuvest) Na maior parte das residências que
dispõem de sistemas de TV a cabo, o apare-
vem transportou para o solo uma carga de
lho que decodifica o sinal permanece ligado
sob uma diferença de potencial de 100 mi-
sem interrupção, operando com uma potên-
lhões de volts. A energia liberada por esse
cia aproximada de 6 W, mesmo quando a TV
raio é:
não está ligada. O consumo de energia do de-
(Note e adote: 1 J = 3 · 10 –7 kWh.) codificador, durante um mês (30 dias), seria
a) 30 MWh.
equivalente ao de uma lâmpada de 60 W que
b) 3 MWh.
permanecesse ligada, sem interrupção, du-
c) 300 kWh. rante:
d) 30 kWh. a) 6 horas.
e) 3 kWh. b) 10 horas.
c) 36 horas.
7. (Fuvest) Energia elétrica gerada em Itaipu d) 60 horas.
é transmitida da subestação de Foz do Igua- e) 72 horas.
çu (Paraná) a Tijuco Preto (São Paulo), em
alta tensão de 750 kV, por linhas de 900 km 10. (Fuvest) Em uma experiência, um longo fio
de comprimento. Se a mesma potência fos- de cobre foi enrolado, formando dois con-
se transmitida por meio das mesmas linhas, juntos de espiras, E1 e E2, ligados entre si e
mas em 30 kV, que é a tensão utilizada em mantidos muito distantes um do outro. Em
redes urbanas, a perda de energia por efeito um dos conjuntos, E 2, foi colocada uma bús-
Joule seria, aproximadamente: sola, com a agulha pontando para o Norte, na
a) 27.000 vezes maior. direção perpendicular ao eixo das espiras.
b) 625 vezes maior. A experiência consistiu em investigar pos-
c) 30 vezes maior. síveis efeitos sobre essa bússola, causados
d) 25 vezes maior. por um ímã, que é movimentado ao longo do
e) a mesma. eixo do conjunto de espiras E 1.
141
Foram analisadas três situações: 12. (Fuvest) Na cozinha de uma casa, ligada à
I. Enquanto o ímã é empurrado para o cen- rede elétrica de 110 V, há duas tomadas A e
tro do conjunto das espiras E 1. B. Deseja-se utilizar, simultaneamente, um
II. Quando o ímã é mantido parado no cen- forno de micro-ondas e um ferro de passar,
tro do conjunto das espiras E 1. com as características indicadas. Para que
isso seja possível, é necessário que o disjun-
III.Enquanto o ímã é puxado, do centro das es- tor (D) dessa instalação elétrica, seja de, no
piras E1, retornando à sua posição inicial. mínimo:
Um possível resultado a ser observado,
quanto à posição da agulha da bússola, nas
três situações dessa experiência, poderia ser
representado por:
O eixo do conjunto de espiras E 2 tem direção
leste-oeste.
(Ferro de passar: tensão: 110 V; potência:
1400 W
Micro-ondas: tensão: 110 V; potência: 920 W
Disjuntor ou fusível: dispositivo que inter-
a) rompe o circuito quando a corrente ultrapas-
sa o limite especificado.)
a) 10 A.
b) 15 A.
c) 20 A.
d) 25 A.
b) e) 30 A.

13. (Fuvest) Uma bússola é colocada sobre uma


mesa horizontal, próxima a dois fios com-
c) pridos, F1 e F2, percorridos por correntes de
mesma intensidade. Os fios estão dispostos
perpendicularmente à mesa e a atravessam.
Quando a bússola é colocada em P, sua agu-
d) lha aponta na direção indicada. Em seguida,
a bússola é colocada na posição 1 e depois na
posição 2, ambas equidistantes dos fios. Nessas
e) posições, a agulha da bússola indicará, respec-
tivamente, as direções:

11. (Fuvest) Uma estudante quer utilizar uma


lâmpada (dessas de lanterna de pilhas) e
dispõe de uma bateria de 12 V. A especifica-
ção da lâmpada indica que a tensão de ope-
ração é 4,5 V e a potência elétrica utilizada
durante a operação é de 2,25 W. Para que a
lâmpada possa ser ligada à bateria de 12 V, a)
será preciso colocar uma resistência elétrica,
em série, de a proximadamente

b)

a) 0,5 Ω.
b) 4,5 Ω.
c) 9,0 Ω.
d) 12 Ω.
e) 15 Ω.

142
c) 15. (Fuvest) Três grandes placas P 1, P2 e P3,
com, respectivamente, cargas +Q, –Q e +2Q,
geram campos elétricos uniformes em certas
regiões do espaço. A figura 1 a seguir mos-
tra intensidade, direção e sentido dos cam-
pos criados pelas respectivas placas P1, P 2 e
P3, quando vistas de perfil. Colocando-se as
placas próximas, separadas pela distância D
d) indicada, o campo elétrico resultante, gera-
do pelas três placas em conjunto, é represen-
tado por:
Nota: onde não há indicação, o campo elé-
trico é nulo.

e)

a)

b)

14. (Fuvest) Sobre uma mesa plana e horizontal,


é colocado um ímã em f orma de barra, repre- c)
sentado na figura, visto de cima, juntamente
com algumas linhas de seu campo magnéti-
co. Uma pequena bússola é deslocada, len-
tamente, sobre a mesa, a partir do ponto P, d)
realizando uma volta circular completa em
torno do ímã.
Ao final desse movimento, a agulha da bús-
sola terá completado, em torno de seu pró- e)
prio eixo, um número de voltas igual a:

16. (Fuvest) Pequenas esferas, carregadas com


cargas elétricas negativas de mesmo módu-
lo Q, estão dispostas sobre um anel isolante
e circular, como indicado na figura I. Nessa
configuração, a intensidade da força elétrica
que age sobre uma carga de prova negativa,
colocada no centro do anel (ponto P), é F 1. Se
Obs: Nessas condições, desconsidere o campo forem
cargas acrescentadas sobre Q,
de mesmo módulo o anel
mastrês outras
positivas,
magnético da Terra.
como na figura II, a intensidade da força elé-
a) __
1 de volta. trica no ponto P passará a ser:
4
1
b) __ de volta.
2
c) 1 volta completa.
d) 2 voltas completas.
e) 4 voltas completas.

143
a) zero. 18. (Fuvest) Um feixe de elétrons, todos com
1 F.
b) __( )
2 1
mesma velocidade, penetra em uma região
do espaço onde há um campo elétrico unifor-
( )
c) 3 F1.
__
4 me entre duas placas condutoras, planas e
d) F1. paralelas, uma delas carregada positivamen-
e) 2 F1. te e a outra, negativamente. Durante todo o
percurso, na região entre as placas, os elé-
17. (Fuvest) Dois anéis circulares iguais, A e B,
construídos com fio condutor, estão frente trons têm trajetória retilínea, perpendicular
a frente. O anel A está ligado a um gerador, ao campo elétrico.
que pode lhe fornecer uma corrente variá- Ignorando efeitos gravitacionais, esse movi-
vel. Quando a corrente i que percorre A varia mento é possível se entre as placas houver,
como no Gráfico I, uma corrente é induzida
em B e surge, entre os anéis, uma força re- além do campo
magnético, com elétrico, também
intensidade um campo
adequada e:
pulsiva (representada como positiva), indi-
cada no Gráfico II. a) perpendicular ao campo elétrico e à trajetó-
Considere agora a situação em que o gerador ria dos elétrons.
fornece ao anel A uma corrente como indica- b) paralelo e de sentido oposto ao do campo
da no Gráfico III. Nesse caso, a força entre os elétrico.
anéis pode ser representada por: c) paralelo e de mesmo sentido que o do campo
elétrico.
d) paralelo e de sentido oposto ao da velocida-
de dos elétrons.
e) paralelo e de mesmo sentido que o da velo-
cidade dos elétrons.

19. (Fuvest) Usando todo o calor produzido pela


combustão direta de gasolina, é possível,
com 1,0 litro de tal produto, aquecer 200 li-
tros de água de 10 °C a 45 °C. Esse mesmo
a) aquecimento pode ser obtido por um gera-
dor de eletricidade, que consome 1,0 litro
de gasolina por hora e fornece 110 V a um
resistor de 11 Ω, imerso na água, durante
um certo intervalo de tempo. Todo o calor
liberado pelo resistor é transferido à água.
b)
Nessas condições, o aquecimento da água ob-
tido através do gerador, quando comparado
ao obtido diretamente a partir da combus-
tão, consome uma quantidade de gasolina,
aproximadamente:
c) a) 7 vezes menor.
b) 4 vezes menor.
c) igual.
d) 4 vezes maior.
e) 7 vezes maior.

d) 20. (Fuvest) Quatro ímãs iguais em forma de


barra, com as polaridades indicadas, estão
apoiados sobre uma mesa horizontal, como
na figura, vistos de cima. Uma pequena bús-
sola é também colocada na mesa, no ponto
e) central P, equidistante dos ímãs, indicando a
direção e o sentido do campo magnético dos
ímãs em P. Não levando em conta o efeito
do campo magnético terrestre, a figura que
melhor representa a orientação da agulha da
bússola é:
144
22. (Fuvest) Duas pequenas esferas, com cargas
elétricas iguais, ligadas por uma barra iso-
lante, são inicialmente colocadas como des-
crito na situação I. Em seguida, aproxima-se
uma das esferas de P, reduzindo-se à meta-
de sua distância até esse ponto, ao mesmo
a)
tempo em que se duplica a distância entre a
outra esfera e P, como na situação II.

b)

c)
O campo elétrico em P, no plano que contém
o centro das duas esferas, possui, nas duas
situações indicadas:
a) mesma direção e intensidade.
d) b) direções diferentes e mesma intensidade.
c) mesma direção e maior intensidade em I.
d) direções diferentes e maior intensidade em I.
e) direções diferentes e maior intensidade em II.

e)
23. (Fuvest) Um ímã é colocado próximo a um
arranjo, composto por um fio longo enrolado
em um carretel e ligado a uma pequena lâm-
pada, conforme a figura.

21. (Fuvest) Um aneloscila


um fio isolante, de alumínio,
entre os spolos
uspenso por
de um
ímã, mantendo-se, inicialmente, no plano
perpendicular ao eixo N–S e equidistante
das faces polares. O anel oscila, entrando e
saindo da região entre os polos, com uma
certa amplitude. Nessas condições, sem levar
em conta a resistência do ar e outras formas
de atrito mecânico, pode-se afirmar que,
com o passar do tempo:
O ímã é movimentado para a direita e para
a esquerda, de tal forma que a posição x de
seu ponto médio descreve o movimento indi-
cado pelo gráfico, entre –x 0 e +x0.
Durante o movimento do ímã, a lâmpada
apresenta luminosidade variável, acendendo
e apagando. Observa-se que a luminosidade
da lâmpada:
a) é máxima quando o ímã está mais próximo

b) édomáxima
carretelquando
(x = + xo).
o ímã está mais distante
a) a amplitude de oscilação do anel diminui. do carretel (x = –xo).
b) a amplitude de oscilação do anel aumenta. c) independe da velocidade do ímã e aumenta à
c) a amplitude de oscilação do anel permanece medida que ele se aproxima do carretel.
constante. d) independe da velocidade do ímã e aumenta à
d) o anel é atraído pelo polo Norte do ímã e lá medida que ele se afasta do carretel.
permanece. e) depende da velocidade do ímã e é máxima
e) o anel é atraído pelo polo Sul do ímã e lá quando seu ponto médio passa próximo a
permanece. x = 0.

145
24. (Fuvest) As lâmpadas fuorescentes ilumi-
nam muito mais que as lâmpadas incan-
descentes de mesma potência. Nas lâmpadas
fluorescentes compactas, a eficiência lumi-
nosa, medida em lumens por watt (ℓm/W),
é da ordem de 60 ℓm/W e, nas lâmpadas
incandescentes da ordem de 15 ℓm/W. Em
uma residência, 10 lâmpadas incandescen-
tes de 100 W são substituídas por fluores-
centes compactas que fornecem iluminação
equivalente (mesma quantidade de lumens).
Admitindo que as lâmpadas ficam acesas, em
média 6 horas
gia elétrica porR$dia
é de e que
0,20 porokW
preço
· h,daaener-
ECO-
NOMIA MENSAL na conta de energia elétrica
dessa residência será de, aproximadamente:
a) R$ 12,00.
b) R$ 20,00.
c) R$ 27,00.
d) R$ 36,00.
e) R$ 144,00.

GABARITO
1. C 2. A 3. D 4. D 5. D
6. C 7. B 8. C 9. E 10. A
11. E 12. D 13. A 14. D 15. E
16. E 17. C 18. A 19. E 20. A
21. A 22. B 23. E 24. C

146
QUESTÕES OBJETIVAS - química
Ciências da natureza e suas tecnologias

R.P.A. Fuvest
Revisão Programada Anual
Fuvest - Química

Geral, 36%
Físico - química, 35%
Orgânica, 19%
Atomística, 10%
QUÍMICA 1

Prescrição: É necessário ter domínio na área de conhecimento da química geral e,


principalmente, da atomística, onde serão abordados temas como funções inorgâni-
cas, forças intermoleculares, geometrias moleculares, polaridade das moléculas e suas
interações com outros materiais no cotidiano.

APLICAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS - SALA
1. (Fuvest) Em um laboratório químico, um estudante encontrou quatro frascos (1, 2, 3 e 4) conten-
do soluções aquosas incolores de sacarose, KCℓ, HCℓ e NaOH, não necessariamente nessa ordem.
Para identificar essas soluções, fez alguns experimentos simples, cujos resultados são apresenta-
dos na tabela a seguir:

Frasco Cor da solução após a Condutibilidade elétrica Reação com Mg(OH) 2


adição de fenolftaleína
1 incolor conduz não
2 rosa conduz não
3 incolor conduz sim
4 incolor ncãonduz não
Dado: Soluções aquosas contendo o indicador fenolftaleína são incolores em pH menor do que 8,5
e têm coloração rosa em pH igual a ou maior do que 8,5.
As soluções aquosas contidas nos frascos 1, 2, 3 e 4 são, respectivamente, de:
a) HCℓ, NaOH, KCℓ e sacarose.
b) KCℓ, NaOH, HCℓ e sacarose.
c) HCℓ, sacarose, NaOH e KCℓ.
d) KCℓ, sacarose, HCℓ e NaOH.
e) NaOH, HCℓ, sacarose e KCℓ.

2. (Fuvest) A adição de um soluto àágua altera a temperatura deebulição desse solvente. Para quan-
tificar essa variação em função da concentração e da natureza do soluto, foram feitos experimentos,
cujos resultados são apresentados abaixo. Analisando a tabela, observa-se que a variação de tempe-
ratura de ebulição é função da concentração de moléculas ou íons de soluto dispersos na solução.
Temperatura de
Volume de água ( L) Soluto Quantidade de m atéria de soluto ( mol) ebulição (°C)
1 – – 100,00
1 NaCℓ 0,5 100,50
1 NaCℓ 1,0 101,00
1 sacarose 0,5 100,25
1 CaCℓ2 0,5 100,75

Dois novos A)
perimento experimentos
e 1,0 mol deforam realizados,
glicose a 0,5 L deadicionando-se 1,0 mol
água (experimento B).deConsidere
Na 2SO4 aque
1 Losderesultados
água (ex-
desses novos experimentos tenham sido consistentes com os experimentos descritos na tabela.
Assim sendo, as temperaturas de ebulição da água, em °C, nas soluções dos experimentos A e B,
foram, respectivamente, de:
a) 100,25 e 100,25.
b) 100,75 e 100,25.
c) 100,75 e 100,50.
d) 101,50 e 101,00.
e) 101,50 e 100,50.

149
3. (Fuvest) Considere os seguintes compostos Está correto o que se afirma em
isoméricos: a) I, apenas.
b) III, apenas.
CH3CH2CH2CH2OH CH3CH2OCH2CH3 c) I e II, apenas.
butanol e éteretílico d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
Certas propriedades de cada uma dessas
substâncias dependem das interações en- 5. (Fuvest) Para identificar quatro soluções
tre as moléculas que a compõem (como, por aquosas, A, B, C e D, que podem ser soluções
exemplo, as ligações de hidrogênio). Assim, de hidróxido de sódio, sulfato de potássio,
pode-se concluir que: ácido sulfúrico e cloreto de bário, não neces-
a) a uma mesma pressão, o éter dietílico sólido sariamente nessa ordem, foram efetuados
funde a uma temperatura mais alta do que o três ensaios, descritos a seguir, com as res-
butanol sólido. pectivas observações.
I. A adição de algumas gotas de fenolftaleí-
b) a uma mesma temperatura, a viscosidade do
éter dietílico líquido é maior do que a do na a amostras de cada solução fez com que
butanol líquido. apenas a amostra de B se tornasse rosada.
c) a uma mesma pressão, o butanol líquido en- II. A solução rosada, obtida no ensaio I, tor-
tra em ebulição a uma temperatura mais alta nou-se incolor pela adição de amostra de A.
do que o éter dietílico líquido.
III.Amostras de A e C produziram precipita-
d) a uma mesma pressão, massas iguais de bu-
dos brancos quando misturadas, em sepa-
rado, com amostras de D.
tanol e éter dietílico liberam, na combustão,
Com base nessas observações e sabendo que
a mesma quantidade de calor. sulfatos de metais alcalino-terrosos são pou-
e) nas mesmas condições, o processo de eva- co solúveis em água, pode-se concluir que
poração do butanol líquido é mais rápido do A, B, C e D são, respectivamente, soluções
que o do éter dietílico líquido. aquosas de:
a) H2SO4, NaOH, BaCℓ2 e K2SO4.
4. (Fuvest) Na década de 1780, o médico ita- b) BaCℓ2, NaOH, K2SO4 e H2SO4.
liano Luigi Galvani realizou algumas obser- c) NaOH, H2SO4, K2SO4 e BaCℓ2.
vações, utilizando rãs recentemente disseca- d) K2SO4, H2SO4, BaCℓ2 e NaOH.
das. Em um dos experimentos, Galvani tocou e) H2SO4, NaOH, K 2SO4 e BaCℓ2.
dois pontos da musculatura de uma rã com
dois arcos de metais diferentes, que estavam 6. (Fuvest) As naves espaciais utilizam pilhas
em contato entre si, observando uma contra- de combustível,
hidrogênio, alimentadas
as quais, além depor oxigênio ae
fornecerem
ção dos músculos, conforme mostra a figura:
energia necessária para a operação das naves,
produzem água, utilizada pelos tripulantes.
Essas pilhas usam, como eletrólito, o KOH(aq),
de modo que todas as reações ocorrem em
meio alcalino. A troca de elétrons se dá na su-
perfície de um material poroso. Um esquema
dessas pilhas, com o material poroso repre-
sentado na cor cinza, é apresentado a seguir.

Interpretando essa observação com os conhe-


cimentos atuais, pode-se dizer que as pernas
da rã continham soluções diluídas de sais.
Pode-se, também, fazer uma analogia entre
o fenômeno observado e o funcionamento de
uma pilha. Considerando essas i nformações, Escrevendo as equações das semirreações
foram feitas as seguintes afirmações: que ocorrem nessas pilhas de combustível,
I. Devido à diferença de potencial entre os verifica-se que, nesse esquema, as setas com
dois metais, que estão em contato entre as letras a e b indicam, respectivamente, o
si e em contato com a solução salina da sentido de movimento dos:
perna da rã, surge uma corrente elétrica. a) íons OH– e dos elétrons.
II. Nos metais, a corrente elétrica consiste b) elétrons e dos íons OH–.
em um fluxo de elétrons. c) íons K+ e dos elétrons.
III.Nos músculos da rã, há um fluxo de íons d) elétrons e dos íons K +.
associado ao movimento de contração. e) elétrons e dos íons H +.

150
RAIO X
1. O frasco 2 é o único que apresenta pH igual ou maior do que 8,5 (rosa), logo contém uma base forte
(NaOH).
No frasco 4 não ocorre condução de eletricidade, conclui-se que a solução é formada por moléculas,
ou seja, sacarose.
No frasco 3 ocorre reação com Mg(OH) 2, conclui-se que apresenta um ácido, ou seja, HCℓ.
No frasco 1 ocorre condução de eletricidade, não ocorre reação com hidróxido de magnésio e a
hidrólise é neutra, ou seja, a solução é de cloreto de potássio (KCℓ)
Cor da solução após a
Frasco adição de fenolftaleína Condutibilidade elétrica Reação com Mg(OH) 2
(K
1Cℓ) incolor conduz não
(N2aOH) rosa conduz não
(H
3 C ℓ) incolor conduz sim
(sacarose)
4 incolor não
conduz não

2. Adição de 1,0 mol de Na2SO4 a 1 L de água (experimento A):


+ 2−
1Na2SO 4 → 2Na 1SO
+ 4


3 mols de partículas

A partir da tabela percebe-se que:

Volume de água (L) Soluto Quantidade de Temperatura de


matéria de soluto (mol) ebulição (°C)
1 CaCℓ2 0,5 100,75

0,5 CaC  2 → 0,5 Ca 2+ 1C


+ −
  
1,5 mol de partículas

1,5 mol de partículas ____0,75 ºC


3 mol de partículas _____ ∆t
∆t = 1,50 ºC
Conclusão: no experimento A ocorre uma elevação de 1,50 ºC na temperatura de ebulição.
Temperatura de ebulição da solução = 101,50 ºC (100 ºC + 1,50 ºC)
Adição de 1,0 mol de glicose a 0,5 L de água (experimento B).
1 mol glicose e (C 6H12O6) _____ 0,5 L de água
nglicose _____ 1 L de água
nglicose = 2 mol de partículas de glicose
A partir da tabela percebe-se que:

Volume de água (L) Soluto Quantidade de Temperatura de


matéria de soluto (mol) ebulição (°C)
1 NaCℓ 1,0 101,00

1 NaC → 1Na + +1C −


 
2 mols de partículas

Conclusão: no experimento B ocorre uma elevação de 1,00 ºC na temperatura de ebulição.


Temperatura de ebulição da solução = 101,00 ºC (100 ºC + 1,00 ºC)

3. A uma mesma pressão, o butanol líquido entra em ebulição a uma temperatura mais alta do que o
éter dietílico líquido, pois o butanol faz ponte de hidrogênio, que é uma ligação mais intensa do
que o dipolo permanente presente no éter dietílico.

151
4.
I. Afirmativa correta. Devido à diferença
de potencial entre o ferro do arco de aço
(menor potencial de redução) e do cobre
(maior potencial de redução), que estão
em contato entre si e em contato com a
solução salina da perna da rã, surge uma
corrente elétrica.
II. Afirmativa correta. Nos metais, a corren-
te elétrica consiste em um fluxo de elé-
trons, neste caso o fluxo se dá do ferro
presente no arco de aço para o cobre.
III.Afirmativa correta. Nos músculos da rã,
há um que
salina fluxoestá
de associado
íons contidos na solução
ao movimento
de contração.
5.
I. A adição de algumas gotas de fenolftale-
ína a amostras de cada solução fez com
que apenas a amostra de B (NaOH; base
forte) se tornasse rosada.
II. A solução rosada (básica), obtida no en-
saio I, tornou-se incolor pela adição de
amostra de A (H2SO4 – solução ácida); te-
mos uma neutralização.
III. Amostras de A e C produziram precipita-
dos brancos quando misturadas, em sepa-
rado, com amostras de D.
H2SO4(aq) (A) + BaCℓ2 (D) → BaSO4 ↓ + 2HCℓ(aq)
K2SO4(aq) (C) + BaCℓ2 (D) → BaSO4 ↓ + 2KCℓ(aq)
6. Temos uma pilha de hidrogênio:
2H2(g) + O2(g) → 2H2O(g)
0 --------------- +1
A reação de oxidação pode ser representada
por:
2H2 → 4e– + 4H+ (oxidação/ânodo)
Acrescentando-se OH- (eletrólito) ao ânodo,
teremos:
2H2 + 4OH– → 4e– + 4H+ + 4OH– (oxidação/
ânodo)
Ou seja,
2H2 + 4OH– → 4e– +4H2O (oxidação/ânodo)
O sentido dos elétrons é representado por a.
O sentido dos íons OH – é representado por b.

GABARITO
1. B 2. D 3. C 4. E 5. E
6. B

152
PRÁTICA DOS O nitrogênio incorporado ao solo, como con-
sequência da atividade descrita anterior-
mente, é transformado em nitrogênio ativo
CONHECIMENTOS - E.O. e afetará o meio ambiente, causando:
a) o acúmulo de sais insolúveis, desencadeando
1. (Fuvest) Observa-se que uma solução aquosa um processo de salinificação do solo.
saturada de HCℓ libera uma substância ga- b) a eliminação de microrganismos existentes
sosa. Uma estudante de química procurou no solo responsáveis pelo processo de desni-
representar, por meio de uma figura, os ti- trificação.
pos de partículas que predominam nas fases c) a contaminação de rios e lagos devido à alta

aquosa e gasosa desse sistema – sem repre- solubilidade de íons como NO
3
e NH4+ em água.
sentar as partículas de água. A figura com a d) a diminuição do pH do solo pela presença
representação mais adequada seria: de NH3, que reage com a água, formando o

a) e) aNHdiminuição
4
OH(aq). da oxigenação do solo, uma
vez que o nitrogênio ativo forma espécies
químicas do tipo NO2, NO3–, N2O.

3. (Fuvest 2011) O gráfico abaixo retrata as


emissões totais de gás carbônico, em bilhões
de toneladas, por ano, nos Estados Unidos
b) da América (EUA) e na China, no período de
1800 a 2000.

c)

d) Analise as afirmações a seguir:


I. Nos EUA, o aumento da emissão de gás
carbônico está vinculado ao desenvolvi-
mento econômico do país, iniciado com a
Revolução Industrial. No caso da China, tal
aumento está associado à instalação maci-
ça de empresas estrangeiras no país, ocor-
rida logo após a Segunda Guerra Mundial.
e) II. A queima de combustíveis fósseis e seus
derivados, utilizada para gerar energia e
movimentar máquinas, contribui para a
emissão de gás carbônico. Por exemplo,
a combustão de 1 litro de gasolina, que
contém aproximadamente 700 g de octa-
no (C8H18, massa molar = 114 g/mol), pro-
duz cerca de 2,2 kg de gás carbônico (CO2,
massa molar = 44 g/mol).
III.A diferença entre as massas de gás car-
2. (Fuvest) O etanol é considerado um biocom- bônico emitidas pelos EUA e pela China,
bustível promissor, pois, sob o ponto de vista
do balanço de carbono, possui uma taxa de de toneladas,
no período deé 1900
dada apela
2000,
áreaemdabilhões
região
emissão praticamente igual a zero. Entre- compreendida entre as duas curvas e duas
tanto, esse não é o único ciclo biogeoquímico retas verticais, passando pelos pontos cor-
associado à produção de etanol. O plantio da respondentes aos anos de 1900 e de 2000.
cana-de-açúcar, matéria-prima para a produ- Está correto o que se afirma em
ção de etanol, envolve a adição de macronu- a) I e II, apenas.
trientes como enxofre, nitrogênio, fósforo b) I e III, apenas.
e potássio, principais elementos envolvidos c) II, apenas.
no crescimento de um vegetal. d) II e III, apenas.
Revista Química Nova na Escola. no 28, 20 08. e) I, II e III.

153
4. (Fuvest) Uma estudante de química realizou quatro experimentos, que consistiram em misturar
soluções aquosas de sais inorgânicos e observar os resultados. As observações foram anotadas em
uma tabela:
Solutos contidos inicialmente nas
Experimento Observações
soluções que foram misturadas
1 Ba(CℓO3)2 Mg(IO3)2 formação de precipitado branco
2 Mg(IO3)2 Pb(CℓO3)2 formação de precipitado branco
3 MgCrO4 Pb(CℓO3)2 formação de precipitado amarelo
4 MgCrO4 Ca(CℓO3)2 nenhuma transformação observada

A partir desses experimentos, conclui-se que são pouco solúveis em água somente os compostos:
a) Ba(IO3)2 e Mg(CℓO3)2.
b) PbCrO4 e Mg(CℓO3)2.
c) Pb(IO3)2 e CaCrO4.
d) Ba(IO3)2, Pb(IO3)2 e PbCrO4.
e) Pb(IO3)2, PbCrO4 e CaCrO4.

5. (Fuvest) O avanço científico-tecnológico Está correto o que se afirma em:


permitiu identificar e dimensionar partícu- a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
las e sistemas microscópicos e submicroscó- c) II e III, apenas.
picos fundamentais para o entendimento de d) I e III, apenas.
fenômenos naturais macroscópicos. Desse e) I, II e III.
modo, tornou-se possível ordenar, em função
das dimensões, entidades como cromossomo
(C), gene (G), molécula de água (M), núcleo 7. (Fuvest) A pólvora é o explosivo mais an-
do hidrogênio (N) e partícula alfa (P). tigo conhecido pela humanidade. Consiste
Assinale a alternativa que apresenta essas na mistura de nitrato de potássio, enxofre
entidades em ordem crescente de tamanho. e carvão. Na explosão, ocorre uma reação de
a) N, P, M, G, C. oxirredução, formando-se sulfato de potás-
b) P, N, M, G, C. sio, dióxido de carbono e nitrogênio mole-
c) N, M, P, G, C. cular.maior
Nessa variação
transformação, o elemento que
d) N, P, M, C, G. sofre de número de oxidação
e) P, M, G, N, C. é o:
a) carbono.
b) enxofre.
6. (Fuvest) As figuras a seguir representam, c) nitrogênio.
de maneira simplificada, as soluções aquosas d) oxigênio.
de três ácidos, HA, HB e HC, de mesmas con- e) potássio.
centrações. As moléculas de água não estão
representadas.
8. (Fuvest) A figura abaixo traz um modelo
da estrutura microscópica de determinada
substância no estado sólido, estendendo-se
pelas três dimensões do espaço. Nesse mode-
lo, cada esfera representa um átomo e cada
bastão, uma ligação química entre dois áto-
mos.

Considerando essas representações, foram


feitas as seguintes afirmações sobre os áci-
dos:
I. HB é um ácido mais forte do que HA e HC.
II. Uma solução aquosa de HA d eve apresen-
tar maior condutibilidade elétrica do que
uma solução aquosa de mesma concentra-
ção de HC.
III.Uma solução aquosa de HC deve apresen-
tar pH maior do que uma solução aquosa A substância representada por esse modelo
de mesma concentração de HB. tridimensional pode ser:
154
a) sílica, (SiO2)n. 11. (Fuvest) Os desenhos são representações de
b) diamante, C. moléculas em que se procura manter propor-
c) cloreto de sódio, NaCℓ. ções corretas entre raios atômicos e distân-
d) zinco metálico, Zn. cias internucleares.
e) celulose, (C6H10O5)n.

9. (Fuvest) A figura mostra modelos de algu-


mas moléculas com ligações covalentes entre
seus átomos.
Os desenhos podem representar, respectiva-
mente, moléculas de:
a) oxigênio, água e metano.
b) cloreto de hidrogênio, amônia e água.
c) monóxido de carbono, dióxido de carbono e
Analise a polaridade dessas moléculas, sa- ozônio.
bendo que tal propriedade depende da: d) cloreto de hidrogênio, dióxido de carbono e
§ diferença de eletronegatividade entre os amônia.
átomos que estão diretamente ligados. e) monóxido de carbono, oxigênio e ozônio.
(Nas moléculas apresentadas, átomos de
elementos diferentes têm eletronegativi- 12. (Fuvest) Três metais foram acrescentados a
dades diferentes.) soluções aquosas de nitratos metálicos, de
§ forma geométrica das moléculas. mesma concentração, conforme indicado na
(Observação: Eletronegatividade é a capaci- tabela. O cruzamento de uma linha com uma
dade de um átomo para atrair os elétrons da coluna representa um experimento. Um retân-
ligação covalente.) gulo escurecido indica que o experimento não
Dentre essas moléculas, pode-se afirmar que foi realizado; o sinal (–) indica que não ocor-
são polares apenas: reu reação e o sinal (+) indica que houve dis-
a) A e B. solução do metal acrescentado e precipi tação
b) A e C. do metal que estava na forma de nitrato.
c) A, C e D. Cada um dos metais citados, mergulhado na
d) B, C e D. solução aquosa de concentração 0,1 mol/L de
e) C e D. seu nitrato, é um eletrodo, representado por
Me  Me 2+, onde Me indica o metal e Me2+, o
10. (Fuvest) O cientista e escritor Oliver Sacks, cátion de seu nitrato. A associação de dois des-
em seu livro Tio Tungstênio, nos conta a se- ses eletrodos constitui uma pilha. A pilha com
guinte passagem de sua infância: MAIOR diferença de potencial elétrico e pola-
"Ler sobre [Humphry] Davy e seus experi- ridade correta de seus eletrodos, determinada
mentos estimulou-me a fazer diversos ou- com um voltímetro, é a representada por:
tros experimentos eletroquímicos... Devolvi
o brilho às colheres de prata de minha mãe
colocando-as em um prato de alumínio com
uma solução morna de bicarbonato de sódio
[NaHCO3]".
Pode-se compreender o experimento descri-
to, sabendo-se que:
§ objetos de prata, quando expostos ao ar,
enegrecem devido à formação de Ag 2O e
Ag2S (compostos iônicos). a)
§ as espécies químicas Na+, Aℓ3+ e Ag + têm,
nessa ordem, tendência crescente para
receber elétrons. b)
Assim sendo, a reação de oxirredução, res- c)
ponsável pela devolução do brilho às colhe-
res, pode ser representada por:
a) 3Ag+ + Aℓ0 → 3Ag0 + Aℓ3+ d)
b) Aℓ3+ + 3Ag0 → Aℓ0 + 3Ag+
c) Ag0 + Na+ → Ag+ + Na0
e)
d) Aℓ0 + 3Na+ → Aℓ3+ + 3Na0
e) 3Na0 + Aℓ3+ → 3Na+ + Aℓ0

155
13. (Fuvest) Alguns alimentos são enriquecidos respectivamente, as pressões de vapor dos
pela adição de vitaminas, que podem ser so- sistemas:
lúveis em gordura ou em água. As vi taminas a) x =105,0; y = 106,4; z = 108,2.
solúveis em gordura possuem uma estrutura b) y =105,0; x = 106,4; z = 108,2.
molecular com poucos átomos de oxigênio, c) y =105,0; z = 106,4; x = 108,2.
d) x =105,0; z = 106,4; y = 108,2.
semelhante à de um hidrocarboneto de lon-
e) z =105,0; y = 106,4; x = 108,2.
ga cadeia, predominando o caráter apolar. Já
as vitaminas solúveis em água têm estrutura 16. (Fuvest) As espécies Fe 2+ e Fe 3+, provenien-
com alta proporção de átomos eletronegati- tes de isótopos distintos do ferro, diferem
vos, como o oxigênio e o nitrogênio, que pro- entre si, quanto ao número:
movem forte interação com a água. A seguir a) atômico e ao número de oxidação.
estão representadas quatro vitaminas: b) atômico e ao raio iônico.
c)
d) de
de prótons
elétrons ee ao
ao número
número de
de elétrons.
nêutrons.
e) de prótons e ao número de nêutrons.

17. (Fuvest) Deseja-se distinguir, de maneira


simples, as substâncias de cada um dos pares
a seguir, utilizando-se os testes sugeridos do
lado direito da tabela:
Pardesubstâncias Teste
I) nitrato de sódio e X) dissolução em água
bicarbonato de sódio
II) cloreto de Y) pH de suas
sódio e glicose soluções aquosas
Dentre elas, é adequado adicionar, respecti-
vamente, a sucos de frutas puros e a marga- III) naftaleno e Z) condutibilidade elétrica
sacarose de suas soluções aquosas
rinas, as seguintes:
a) I e IV. As substâncias dos pares I, II e III podem ser
b) II e III. distinguidas, utilizando-se, respectivamen-
c) III e IV. te, os testes:
d) III e I. a) X, Y e Z.
e) IV e II. b) X, Z e y.
c) Z, X e y.
d) Y, X e Z.
14. (Fuvest) Um químico leu a seguinte instru-
e) Y, Z e X.
ção num procedimento descrito no seu guia
de laboratório: "Dissolva 5,0 g do cloreto em 18. (Fuvest) Um relógio de parede funciona
100 mL de água, à temperatura ambiente..." normalmente, por algum tempo, se substi-
Dentre as substâncias abaixo, qual pode ser tuirmos a pilha srcinal por dois terminais
a mencionada no texto? metálicos mergulhados em uma solução
a) Cℓ2 aquosa ácida (suco de laranja), conforme es-
b) CCℓ4 quematizado adiante.
c) NaCℓO
d) NH4Cℓ
e) AgCℓ

15. (Fuvest) Numa mesma temperatura, foram


medidas as pressões de vapor dos três siste-
mas a seguir.
x 100gdebenzeno
5,00 g de n aftaleno dissolvidos Durante o funcionamento do relógio:
y em 100 g de benzeno (massa I. o pH do suco de laranja aumenta.
molar do naftaleno = 128 g/mol) lI. a massa do magnésio diminui.
5,00 g de naft aceno dissolvidos
III.a massa do cobre permanece constante.
z em 100 g de benzeno (massa
Dessas afirmações:
a) apenas a I é correta.
molar do naftaceno = 228 g/mol)
b) apenas a II é correta.
Os resultados, para esses três sistemas, fo- c) apenas a III é correta.
ram: 105,0; 106,4 e 108,2 mmHg, não ne- d) apenas a II e a III são corretas.
cessariamente nessa ordem. Tais valores são, e) a I, a II e a III são corretas.

156
19. (Fuvest) Têm-se amostra de 3 gases incolores a) A e B n o mesmo nível A e B no mesmo nível
X, Y e Z que devem ser H2, He e SO2, não ne-
b) A abaixo de B A abaixo de B
cessariamente nesta ordem. Para identificá-
-los, determinaram-se algumas de suas pro- c) A acima de B Aacima de B
priedades, as quais estão na tabela a seguir: d) A acima de B A abaixo de B

Propriedade X Y Z e) A abaixo de B A e B no mesmo nível

Solubilidade em água alta baixa baixa


23. (Fuvest) O rótulo de um produto de limpeza
reação com oxigê-
nio na presença ocorre ocorre não ocorre
diz que a concentração de amônia (NH 3) é de
de catalisador
9,5 g/L. Com o intuito de verificar se a con-
centração de amônia corresponde à indicada
reação com solução no rótulo, 5,00 mL desse produto foram ti-
ocorre não o corre não o corre
aquosa de uma base tulados com ácido clorídrico de concentração
Com base nessas propriedades, conclui-se 0,100 mol/L. Para consumir toda a amônia
que X, Y e Z são respectivamente: dessa amostra, foram gastos 25,00 m/L do
a) H2, He e SO2. ácido.
b) H2, SO2 e He. (Dados: H = 1, N = 14 e Cℓ = 35,5.)
c) He, SO2 e H2. Com base nas informações fornecidas acima:
d) SO2 He e H2. Qual a concentração da solução, calculada
e) SO2, H2 e He.
com os dados da titulação?
A concentração indicada no rótulo é correta?
a) 0,12 mol/L – sim
20. (Fuvest) A criação de camarão em cativei- b) 0,25 mol/L – não
ro exige, entre outros cuidados, que a água a c) 0,25 mol/L – sim
ser utilizada apresente pH próximo de 6. Para d) 0,50 mol/L – não
tornar a água, com pH igual a 8,0 adequado à e) 0,50 mol/L – sim
criação de camarão, um criador poderia
a) adicionar água de cal.
24. (Fuvest) Soluções aquosas de ácido clorídri-
b) adicionar carbonato de sódio sólido. co, HCℓ(aq), e de ácido acético, H3CCOOH(aq),
c) adicionar solução aquosa de amônia. ambas de concentração 0,10 mol/L, apresen-
d) borbulhar, por certo tempo, gás carbônico. tam valores de pH iguais a 1,0 e 2,9, respec-
e) borbulhar, por certo tempo, oxigênio. tivamente.
Em experimentos separados, volumes iguais
21. (Fuvest) Há exatos 100 anos, J.J. Thomson de cada uma dessas soluções foram titula-
determinou, pela primeira vez, a relação en- dos com uma solução aquosa de hidróxido de
tre a massa e a carga do elétron, o que pode sódio, NaOH(aq) de concentração adequada.
ser considerado como a descoberta do elé- Nessas titulações, a solução de NaOH foi adi-
tron. É reconhecida como uma contribuição cionada lentamente ao recipiente contendo
de Thomson ao modelo atômico: a solução ácida, até reação completa. Sejam
a) o átomo ser indivisível. V1 o volume da solução de NaOH para reação
b) a existência de partículas s ubatômicas completa com a solução de HCℓ e V 2 o volu-
c) os elétrons ocuparem níveis discretos de me da solução de NaOH para reação completa
energia.
com a solução de H 3CCOOH. A relação entre
d) os elétrons girarem em órbitas circulares ao
V1 e V2 é:
a) V1 = 10-3,9 V2.
redor do núcleo.
b) V1 = (1,0/2,9) V2.
e) o átomo possuir um núcleo com carga posi-
c) V1 = V2.
tiva e uma eletrosfera.
d) V1 = 2,9 V2.
e) V1 = 101,9 V2.
22. (Fuvest) Os pratos A e B de uma balança fo-
ram equilibrados com um pedaço de papel em
cada prato e efetuou-se a combustão apenas
do material contido no prato A. Esse procedi-
mento foi repetido com palha de aço em lugar G1.ABARITO
C 2. C 3. D 4. D 5. A
de papel. Após cada combustão observou-se:
6. E 7. B 8. A 9. E 10. A
11. D 12. A 13. E 14. D 15. C
16. D 17. E 18. E 19. E 20. D
compapel compalhadeaço 21. B 22. D 23. D 24. C

157
QUÍMICA 2

Prescrição: São necessários conhecimentos em química orgânica, reações orgâni-


cas, isomeria e radioatividade.

A essência,
e dosintetizada a partir
cheirodode:
ácido bu-
APLICAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS - SALA
tanoico
a) banana.
metanol, terá
b) kiwi.
c) maçã.
1. (Fuvest) Quando se efetua a reação de nitra- d) laranja.
ção do bromobenzeno, são produzidos três e) morango.
compostos isoméricos mononitrados:
3. (Fuvest) Do acarajé para a picape, o óleo de
fritura em Ilhéus segue uma rota ecologica-
mente correta. [...] o óleo [...] passa pelo
processo de transesterificação, quando tri-
glicérides fazem uma troca com o ÁLCOOL. O
resultado é o éster metílico de ácidos graxos,
vulgo biodiesel.
("O Estado de S. Paulo", 10/08/2002)

O álcool, destacado no texto acima, a fórmula


Efetuando-se a nitração do para-dibromo- do produto biodiesel (em que R é uma cadeia
benzeno, em reação análoga, o número de carbônica) e o outro produto da transesteri-
ficação, não mencionado no texto, são, res-
compostos
igual a: MONONITRADOS sintetizados é pectivamente:
a) 1. a) metanol, ROC2H5 e etanol.
b) 2. b) etanol, RCOOC2H5 e metanol.
c) 3. c) etanol, ROCH3 e metanol.
d) 4. d) metanol, RCOOCH3 e 1,2,3-propanotriol.
e) 5. e) etanol, ROC2H5 e 1,2,3-propanotriol.

2. (Fuvest) O cheiro agradável das frutas deve- 4. (Fuvest) Constituindo fraldas descartáveis,
-se, principalmente, à presença de ésteres. há um polímero capaz de absorver grande
Esses ésteres podem ser sintetizados no la- quantidade de água por um fenômeno de os-
boratório, pela reação entre um álcool e um mose, em que a membrana semipermeável é
ácido carboxílico, gerando essências artifi- o próprio polímero. Dentre as e struturas:
ciais, utilizadas em sorvetes e bolos. A se-
guir estão as fórmulas estruturais de alguns
ésteres e a indicação de suas respectivas
fontes.

aquela que corresponde ao polímero adequa-


do para essa finalidade é a do:
a) polietileno.
b) poli(acrilato de sódio).
c) poli(metacrilato de metila).
d) poli(cloreto de vinila).
e) politetrafluoroetileno.

159
5. (Fuvest) A acetilcolina (neurotransmissor) é um composto que, em organismos vivos e pela ação
de enzimas, é transformado e posteriormente regenerado:

Na etapa 1, ocorre uma transesterificação. Nas etapas 2 e 3, ocorrem, respectivamente,


a) desidratação e saponificação.
b) desidratação e transesterificação.
c) hidrólise e saponificação.
d) hidratação e transesterificação.
e) hidrólise e esterificação.

6. (Fuvest) O Ministério da Agricultura estabeleceu um novo padrão de qualidade e identidade da


cachaça brasileira, definindo limites para determinadas substâncias formadas na sua fabricação.
Algumas dessas substâncias são ésteres, aldeídos e ácidos carboxílicos voláteis, conforme o ca-
derno "Agrícola" de 8 de junho de 2005, do jornal "O ESTADO DE S. PAULO". Nesse processo de
fabricação, pode ter ocorrido a formação de:
I. ácido carboxílico pela oxidação de aldeído.
II. éster pela reação de á lcool com ácido carboxílico.
III.aldeído pela oxidação de álcool.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

160
RAIO X 4. Dos polímeros apresentados, o que apresenta
maior polarização é o poli (acrilato de só-
dio). Como a água é uma substância polar,
1. A nitração do para-dibromobenzeno produz esse polímero é o que atrairá a água com
apenas um composto mononitrado, de acor- maior intensidade, permitindo a sua absor-
ção em grande quantidade.
do com a equação química simplificada: 5. Na etapa 2 temos:
Br Br Br H H O
NO2 O2N −C + H2C −C + H3C −C
HNO3
H H OH
OU OU
O CH3 OH

C
Br Br Br álcool ácido

O
Br Br éster

Nesta reação a substância H2O quebra a mo-


OU lécula do éster produzindo álcool e ácido,
logo temos uma reação de hidrólise. Na eta-
NO2 O2N
pa 3 temos:
Br Br
O
+
As quatro fórmulas são equivalentes. H3C − C + (H3C)3N − C − C − OH
H2 H2
2. OH
ácido álcool
O

H3C −C−C−C + HO − CH3


+
H2 H2
OH
(H3C)3N − C − C − O
H2 H2
O C = O+H2O

HC −C−C−C +HO
3 2
H3C
H2 H2
O − CH3 éster

Neste caso é uma reação de formação de és-


3. De acordo com o enunciado da questão, te- ter, logo temos uma reação de esterificação.
mos a seguinte equação química: 6.
I. Correto, a oxidação de aldeídos forma
O ácidos carboxílicos.
II. Correto, a reação entre um álcool e um
H2C − O − C − R
ácido gera um éster e a essa reação é dada
O o nome de esterificação.
III. Correto, a oxidação de álcoois gera
HC − O − C − R + 3CH 3OH aldeídos.
O metanol
H2C − O − C − R
GABARITO
glicerídio
(gordura)
1. A 2. C 3. D 4. B 5. E

H2C − OH
6. E

O
HC − OH + 3R − C
O − CH3
H2C − OH éster metílico
1, 2, 3 - propanotriol

161
PRÁTICA DOS
CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Fuvest) No processo tradicional, o etanol é produzido a partir do caldo da cana-de-açúcar por
fermentação promovida por leveduras naturais, e o bagaço de cana é desprezado. Atualmente, le-
veduras geneticamente modificadas podem ser u tilizadas em novos processos de fermentação para
a produção de biocombustíveis. Por exemplo, no processo A, o bagaço de cana, após hidrólise da
celulose e da hemicelulose, também pode ser transformado em etanol. No processo B, o caldo de
cana, rico em sacarose, é transformado em farneseno que, após hidrogenação das ligações duplas,
se transforma no “diesel de cana”. Esses três processos de produção de biocombustíveis podem ser
representados por:

Com base no descrito acima, é correto afirmar:


a) No processo A, a sacarose é transformada em celulose por micro-organismos transgênicos.
b) O processo A, usado em conjunto com o processo tradicional, permite maior produção de etanol por
hectare cultivado.
c) O produto da hidrogenação do farneseno não deveria ser chamado de “diesel”, pois não é um hidro-
carboneto.
d) A combustão do etanol produzido por micro-organismos transgênicos não é poluente, pois não produz
dióxido de carbono.
e) O processo B é vantajoso em relação ao processo A, pois a sacarose é matéria-prima com menor valor
econômico do que o bagaço de cana.

2. (Fuvest) O craqueamento catalítico é um processo utilizado na indústria petroquímica para con-


verter algumas frações do petróleo que são mais pesadas (isto é, constituídas por compostos de
massa molar elevada) em frações mais leves, como a gasolina e o GLP, por exemplo. Nesse processo,
algumas ligações químicas nas moléculas de grande massa molecular são rompidas, sendo geradas
moléculas menores.
A respeito desse processo, foram feitas as seguintes afirmações:
I. O craqueamento é importante economicamente, pois converte frações mais pesadas de petróleo
em compostos de grande demanda.
II. O craqueamento libera grande quantidade de energia, proveniente da ruptura de ligações quí-
micas nas moléculas de grande massa molecular.
III.A presença de catalisador permite que as transformações químicas envolvidas no craqueamento
ocorram mais rapidamente.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

162
3. (Fuvest) As fórmulas estruturais de alguns Se a mesma amostra fosse analisada, nova-
componentes de óleos essenciais, responsá- mente, no dia 6 de maio de 2011, o valor ob-
veis pelo aroma de certas ervas e flores, são: tido para a concentração de iodo-131 seria,
aproximadamente, em Bq/cm3.

Note e adote: Meia-vida de um material


radioativo é o intervalo de tempo em que
metade dos núcleos radioativos existentes
em uma amostra desse material decaem. A
meia-vida do iodo-131 é de 8 dias.
a) 100 mil.
b) 50 mil.
Dentre esses compostos, são isômeros: c) 25 mil.
a) anetol e linalol. d) 12,5 mil.
b) eugenol e linalol. e) 6,2 mil.
c) citronelal e eugenol.
d) linalol e citronelal. 5. (Fuvest) Um sólido branco apresenta as se-
e) eugenol e anetol.
guintes propriedades:
I. É solúvel em água.
4. (Fuvest) A seguinte notícia foi veicula- II. Sua solução aquosa é condutora de cor-
da por ESTADAO.COM.BR/Internacional na rente elétrica.
terça-feira, 5 de abril de 2011: TÓQUIO – A III.Quando puro, o sólido não conduz corren-
empresa Tepco informou, nesta terça-feira,
que, na água do mar, nas proximidades da te elétrica.
usina nuclear de Fukushima, foi detectado IV. Quando fundido, o líquido puro resultan-
nível de iodo radioativo cinco milhões de te não conduz corrente elétrica.
vezes superior ao limite legal, enquanto o Considerando essas informações, o sólido em
césio-137 apresentou índice 1,1 milhão de questão pode ser:
vezes maior. Uma amostra recolhida no iní- a) sulfato de potássio.
cio de segunda-feira, em uma área marinha b) hidróxido de bário.
próxima ao reator 2 de Fukushima, revelou c) platina.

uma concentração
becquerels de iodo-131
por centímetro cúbico.de 200 mil
d) ácido cis-butenodioico.
e) polietileno.

6. (Fuvest) Em 2009, o mundo enfrentou uma epidemia, causada pelo vírus A(H1N1), que ficou
conhecida como gripe suína. A descoberta do mecanismo de ação desse vírus permitiu o desen-
volvimento de dois medicamentos para combater a infecção, por ele causada, e que continuam
necessários, apesar de já existir e estar sendo aplicada a vacina contra esse vírus. As fórmulas
estruturais dos princípios ativos desses medi camentos são:

Examinando-se as fórmulas desses compostos, verifica-se que dois d os grupos funcionais que estão
presentes no oseltamivir estão presentes também no zanamivir.
Esses grupos são característicos de:
a) amidas e éteres.
b) ésteres e alcoóis.
c) ácidos carboxílicos e éteres.
d) ésteres e ácidos carboxílicos.
e) amidas e alcoóis.

163
7. (Fuvest) O isótopo 14 do carbono emite radiação, sendo que 1 g de carbono de um vegetal vivo
apresenta cerca de 900 decaimentos β por hora – valor que permanece constante, pois as plantas
absorvem continuamente novos átomos de 14 C da atmosfera enquanto estão vivas. Uma ferra-
menta de madeira, recolhida num sítio arqueológico, apresentava 225 decaimentos por hora por
grama de carbono. Assim sendo, essa ferramenta deve datar, aproximadamente, de
Dado: tempo de meia-vida do 14C = 5700 anos
a) 19100 a.C.
b) 17100 a.C.
c) 9400 a.C.
d) 7400 a.C.
e) 3700 a.C.

8. (Fuvest)
ticos de aliEm um experimento,
mentos, alunos associaram os odores de alguns ésteres a aromas caracterís-
como, por exemplo:

Analisando a fórmula estrutural dos ésteres apresentados, pode-se dizer que, dentre eles, os que
têm cheiro de:
a) maçã e abacaxi são isômeros.
b) banana e pepino são preparados com alcoóis secundários.
c) pepino e maçã são heptanoatos.
d) pepino e pera são ésteres do mesmo ácido carboxílico.
e) pera e banana possuem, cada qual, um carbono assimétrico.

9. (Fuvest) Uma espécie de besouro, cujo Considere as seguintes afirmações sobre es-
nome científico é Anthonomus grandis, des- ses compostos:
trói plantações de algodão, do qual se ali- I. Dois são alcoóis isoméricos e os outros
menta. Seu organismo transforma alguns dois são aldeídos isoméricos.
componentes do algodão em uma mistura de II. A quantidade de água produzida na com-
quatro compostos, A, B, C e D, cuja função é bustão total de um mol de B é igual àque-
atrair outros besouros da mesma espécie: la produzida na combustão total de um
mol de D.
III.Apenas as moléculas do composto A con-
têm átomos de carbono assimétricos.
É correto somente o que se afirma em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.

10. (Fuvest) Na Tabela Periódica, o elemento


químico bromo (Br) está localizado no 40.
período e no grupo 7A (ou 17), logo abaixo
do elemento cloro (Cℓ). Com relação à subs-
tância simples bromo (Br 2, ponto de fusão
–7,2 °C, ponto de ebulição 58,8 °C, sob pres-
são de 1 atm), um estudante de Química fez
as seguintes afirmações:
164
I. Nas condições ambientes de pressão e temperatura, o Br 2 deve ser uma substância gasosa.
II. Tal como o Cℓ2, o Br2 deve reagir com o eteno. Nesse caso, o Br2 deve formar o 1,2-dibromoetano.
III.Tal como o Cℓ2, Br 2 deve reagir com H2, formando um haleto de hidrogênio. Nesse caso, o Br 2
deve formar o brometo de hidrogênio.
É correto somente o que o estudante afirmou em:
a) I.
b) I e II.
c) II e III.
d) I e III.
e) III.

11. (Fuvest) O polímero PET pode ser preparado a partir do tereftalato de metila e etanodiol. Esse
polímero pode ser reciclado por meio da reação representada por

em que o composto X é:
a) eteno.
b) metanol.
c) etanol.
d) ácido metanoico.
e) ácido tereftálico.

12. (Fuvest) A contaminação por benzeno, clorobenzeno, trimetilbenzeno e outras substâncias uti-
lizadas na indústria como solventes pode causar efeitos que vão da enxaqueca à leucemia. Co-
nhecidos comocasos,
determinados compostos
efeitoorgânicos voláteis, eles têm alto potencial nocivo e cancerígeno e, em
tóxico cumulativo.
"O Estado de S. Paulo", 17 de agosto de 2001.

Pela leitura do texto, é possível afirmar que:


I. certos compostos aromáticos podem provocar leucemia.
II. existe um composto orgânico volátil com nove átomos de carbono.
III. solventes industriais não incluem compostos orgânicos halogenados.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.

13. (Fuvest) O glicerol é um subproduto do biodiesel, preparado pela transesterificação de óleos ve-
getais. Recentemente, foi desenvolvido um processo para aproveitar esse subproduto:

165
Tal processo pode ser considerado adequado 15. (Fuvest) A tuberculose voltou a ser um pro-
ao desenvolvimento sustentável porque: blema de saúde em todo o mundo, devido ao
I. permite gerar metanol, que pode ser reci- aparecimento de bacilos que sofreram muta-
clado na produção de biodiesel. ção genética (mutantes) e que se revelaram
II. pode gerar gasolina a partir de uma fon- resistentes à maioria dos medicamentos uti-
te renovável, em substituição ao petróleo, lizados no tratamento da doença. Atualmen-
não renovável. te, há doentes infectados por bacilos mutan-
III.tem impacto social, pois gera gás de sín- tes e por bacilos não mutantes.
tese, não tóxico, que alimenta fogões do- Algumas substâncias (A, B e C) inibem o
mésticos. crescimento das culturas de bacilos não-mu-
É verdadeiro apenas o que se afirma em: tantes. Tais bacilos possuem uma enzima
a) I. que transforma B em A e outra que transfor-
b) II. ma C em A. Acredita-se
cia responsável que A do
pela inibição sejacrescimento
a substân-
c) III.
d) I e II. das culturas.
e) I e III.

14. (Fuvest) O seguinte fragmento (adaptado)


do livro Estação Carandiru, de Drauzio Va-
rella, refere-se à produção clandestina de
bebida no presídio:
"O líquido é transferido para uma lata gran-
de com um furo na parte superior, no qual é
introduzida uma mangueirinha conectada a
uma serpentina de cobre. A lata vai para o
fogareiro até levantar fervura. O vapor sobe
pela mangueira e passa pela serpentina, que
Ezequiel esfria constantemente com uma ca- O crescimento das culturas de bacilos mu-
neca de água fria. Na saída da serpentina, tantes é inibido por A ou C, mas não por B.
emborcada numa garrafa, gota a gota, pinga Assim sendo, dentre as enzimas citadas, a
a maria-louca (aguardente). Cinco quilos de que está ausente em tais bacilos deve ser a
milho ou arroz e dez de açúcar permitem a que transforma:
a) ésteres em ácidos carboxílicos.
obtenção de nove litros da bebida."
Na produção da maria-louca, o amido do mi- b) amidas em ácidos carboxílicos.
lho ou do arroz é transformado em glicose. c) ésteres em amidas.
A sacarose do açúcar é transformada em gli- d) amidas em cetonas.
cose e frutose, que dão srcem a dióxido de e) cetonas em ésteres.
carbono e etanol.
Dentre as equações químicas, 16. (Fuvest) Aldeídos podem reagir com alcoóis,
I. conforme representado na figura 1.
Este tipo de reação ocorre na formação da
II. glicose cíclica, representada pela figura 2.
Dentre os seguintes compostos, aquele que,
ao reagir como indicado, porém de forma in-
tramolecular, conduz à forma cíclica da gli-
III. cose é:
IV.

V.

Dado: C6H12O6 = glicose ou frutose


as que representam as transformações quí-
micas citadas são:
a) I, II e III. a)
b) II, III e IV.
c) I, III e V.
d) II, III e V.
e) III, IV e V.

166
b) 19. (Fuvest) Alguns polímeros biodegradáveis
são utilizados em fios de sutura cirúrgica,
para regiões internas do corpo, pois não são
tóxicos e são reabsorvidos pelo organismo.
c) Um desses materiais é um copolímero de
condensação que pode ser representado pela
figura 1.
Dentre os seguintes compostos da figura 2,
d)
os que dão srcem ao copolímero citado são:

e)

17. (Fuvest) O isótopo radioativo Cu-64 sofre


decaimento â, conforme representado:
Cu64 → 30Zn64 + –1â0
29

A partir de amostra de 20,0 mg de Cu-64, a) I e III.


observa-se que, após 39 horas, formaram-se b) II e III.
17,5 mg de Zn-64. Sendo assim, o te mpo ne- c) III e IV.
cessário para que metade da massa inicial de d) I e II.
Cu-64 sofra decaimento â é cerca de e) II e IV.
(Observação: 29Cu64: 64 = número de massa;
29 = número atômico)
20. (Fuvest) Utilizando um pulso de laser*,
a)
b) 6
13horas.
horas. dirigido contra um anteparo de ouro, cien-
c) 19 horas. tistas britânicos conseguiram gerar radiação
d) 26 horas. gama suficientemente energética para, atu-
e) 52 horas. ando sobre um certo número de núcleos de
iodo-129, transmutá-los em iodo-128, por
18. (Fuvest) Um centro de pesquisa nuclear liberação de nêutrons. A partir de 38,7 g de
possui um cíclotron que produz radioisóto- iodo-129, cada pulso produziu cerca de 3 mi-
pos para exames de tomografia. Um deles, o lhões de núcleos de i odo-128. Para que todos
Flúor-18 (18F), com meia-vida de aproxima- os núcleos de iodo-129 dessa amostra pudes-
damente 1h30min, é separado em doses, de sem ser transmutados, seriam necessários x
acordo com o intervalo de tempo entre sua pulsos, em que x é
preparação e o iníci o previsto para o exame. a) 1 × 103.
Se o frasco com a dose adequada para o exa- b) 2 × 104.
me de um paciente A, a ser realizado 2 horas
c) 3 × 1012.
depois da preparação, contém NA átomos de
18F, o frasco destinado ao exame de um pa- d) 6 × 1016.
ciente B, a ser realizado 5 horas depois da e) 9 × 1018.
preparação, deve conter NB átomos de 18F, Dado: constante de Avogadro = 6,0 × 1023mol-1.
com:
(A meia vida de um elemento radioativo é o *laser = fonte de luz intensa
intervalo de tempo após o qual metade dos
átomos inicialmente presentes sofreram de- 21. (Fuvest) "Durante muitos anos, a gordura
sintegração.) saturada foi considerada a grande vilã das
a) NB = 2NA. doenças cardiovasculares.
b) NB = 3NA. Agora, o olhar vigilante de médicos e nutri-
c) NB = 4NA. cionistas volta-se contra a prima dela, cujos
d) NB = 6NA. efeitos são ainda pi ores: a gordura trans."
e) NB = 8NA. Veja, 2003

167
Uma das fontes mais comuns da margarina é o óleo de soja, que contém triglicerídeos, ésteres do
glicerol com ácidos graxos.
Alguns desses ácidos graxos são:

Durante a hidrogenação catalítica, que transforma o óleo de soja em margarina, ligações duplas
tornam-se ligações simples. A porcentagem dos ácidos graxos A, B, C e D, que compõem os trigli-
cerídeos, varia com o tempo de hidrogenação.
O gráfico anterior mostra este fato.
Considere as afirmações:
I. O óleo de soja srcinal é mais rico em cadeias monoinsaturadas trans do que em cis.
II. A partir de cerca de 30 minutos de hidrogenação, cadeias monoinsaturadas trans são formadas
mais rapidamente que cadeias totalmente saturadas.
III.Nesse processo de produção de margarina, aumenta a porcentagem de compostos que, atual-
mente, são considerados pelos nutricionistas como nocivos à saúde.
É correto apenas o que se afirma em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.

22. (Fuvest) Em solvente apropriado, hidrocar- O conteúdo de cada frasco é:


bonetos com ligação dupla reagem com Br 2,
produzindo compostos bromados; tratados
com ozônio (O 3) e, em seguida, com peróxido
de hidrogênio (H2O2), produzem compostos
oxidados. As equações químicas (figura 1)
exemplificam essas transformações.
Três frascos, rotulados X, Y e Z, contêm, cada
um, apenas um dos compostos isoméricos
(figura 2), não necessariamente na ordem
em que estão apresentados:
Seis amostras de mesma massa, duas de cada
frasco, foram usadas nas seguintes experi- Frasco X Frasco Y Frasco Z
ências: a) I II III
§

A três amostras,
mente, solução deadicionou-se, gradativa-
Br2, até perdurar tênue b) I III II
coloração marrom. Os volumes, em mL, c) II I III
da solução de bromo adicionada foram: d) III I II
42,0; 42,0 e 21,0, respectivamente, para e) III II I
as amostras dos frascos X, Y e Z.
§ As três amostras restantes f oram tratadas
com O3 e, em seguida, com H 2O2. Sentiu-
-se cheiro de vinagre apenas na amostra
do frasco X.
168
23. (Fuvest) Dois hidrocarbonetos insaturados, que são isômeros, foram submetidos, separadamente,
à hidrogenação catalítica. Cada um deles reagiu com H 2 na proporção, em mol, de 1:1, obtendo-se
em cada caso, um hidrocarboneto de fórmula C 4H10. Os hidrocarbonetos que foram hidrogenados
poderiam ser:
a) 1-butino e 1-buteno.
b) 1,3-butadieno e ciclobutano.
c) 2-buteno e 2-metilpropeno.
d) 2-butino e 1-buteno.
e) 2-buteno e 2-metilpropano.

24. (Fuvest) A ardência provocada pela pimenta dedo-de-moça é resultado da interação da substância
capsaicina com receptores localizados na língua, desencadeando i mpulsos nervosos que se propa-
gam até o cérebro,
de pimenta o qual
tem, entre interpreta
outros efeitos,esses
o de impulsos
estimularna forma deno
a sudorese sensação de ardência.
organismo humano. Esse tipo

Considere as seguintes afirmações:


I. Nas sinapses, a propagação dos impulsos nervosos, desencadeados pelo consumo dessa pimen-
ta, se dá pela ação de neurotransmissores.
II. Ao consumir essa pimenta, uma pessoa pode sentir mais calor pois, para evaporar, o suor libera
calor para o corpo.
III.A hidrólise ácida da ligação amídica da capsaicina produz um aminoácido que é transportado
até o cérebro, provocando a sensação de ardência.
É correto apenas o que se afirma em:
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) II e III.
e) I e III.

GABARITO
1. B 2. C 3. D 4. D 5. D
6. A 7. C 8. D 9. E 10. C
11. B 12. D 13. D 14. C 15. B
16. C 17. B 18. C 19. A 20. D
21. E 22. B 23. C 24. A

169
QUÍMICA 3

Prescrição: É necessário ter domínio na área da química geral, principalmente em este-


quiometria e físico-química. Serão abordadas questões de equilíbrios iônicos, desloca-
mento de equilíbrio, constante de solubilidade, termoquímica, entre outros.

a) hidrogênio, hélio e metano.


APLICAÇÃO DOS b) hélio, metano e hidrogênio.

CONHECIMENTOS - SALA c) metano, hidrogênio e hélio.


d) hélio, hidrogênio e metano.
e) metano, hélio e hidrogênio.
1. (Fuvest) A velocidade com que um gás
atravessa uma membrana é inversamente 2. (Fuvest) Um dirigível experimental usa hé-
proporcional à raiz quadrada de sua massa lio como fluido ascensional e octano (C 8H18)
molar. Três bexigas idênticas, feitas com como combustível em seu motor, para pro-
membrana permeável a gases, expostas ao pulsão. Suponha que, no motor, ocorra a
ar e inicialmente vazias, foram preenchidas, combustão completa do octano:
cada uma, com um gás diferente. Os gases
utilizados foram hélio, hidrogênio e meta- 25 O → 8 CO + 9 H O
C8H18(g) + ___
2 2(g) 2(g) 2 (g)
no, não necessariamente nesta ordem. As
bexigas foram amarradas, com cordões idên- Para compensar a perda de massa do dirigí-
ticos, a um suporte. Decorrido algum tempo, vel à medida que o combustível é queimado,
observou-se que as bexigas estavam como na parte da água contida nos gases de exaustão
figura. do motor é condensada e armazenada como
lastro. O restante do vapor de água e o gás
carbônico são liberados para a atmosfera.
Qual
de é a porcentagem
vapor aproximada
de água formado que devedasermassa
reti-
da para que a massa d e combustível queima-
do seja compensada?
Note e adote:
Massa molar (g/mol): H 2O = 18; O2 = 32;
CO2 = 44; C 8H18 = 114.
Dados: a) 11%
Massas molares H...1,0; He... 4,0; C...12 b) 16%
Massa molar média do ar ... 29 g/mol c) 39%
Conclui-se que as bexigas A, B e C foram pre- d) 50%
enchidas, respectivamente, com: e) 70%

3. (Fuvest) Sabe-se que osmetais ferro (Fe0), magnésio (Mg0) e estanho (Sn0) reagem com soluções de
ácidos minerais, liberando gás hidrogênio e formando íons divalentes em solução.
Foram feitos três experimentos em que três amostras metálicas de mesma massa reagiram, separada
e completamente, com uma solução aquosa de ácido clorídrico (HCℓ (aq)) de concentração, 1 mol/L.
Os resultados obtidos foram:

Massa da amostra Composição da Volume da solução de HCℓ(aq)


Experimento (0,1 mol/L) gasto na
metálica (g) amostra metálica reação completa
1 5 ,6 p Fe0 uro V1
Fe0 contendo Mg0
2 5 ,6 V2
como impureza
Fe0 contendo Sn0
3 5 ,6 V3
como impureza

Colocando-se os valores de V1, V2 e V3 em ordem decrescente, obtém-se:


171
Note e adote:
massa molar (g/mol): Mg .......24; Fe ........56; RAIO X
Sn ......119
a) V2 > V3 > V1. 1. Como a velocidade de difusão gasosa é in-
b) V3 > V1 > V2. versamente proporcional à raiz quadrada da
c) V1 > V3 > V2.
d) V2 > V1 > V3.
massa molar do gás, temos:
e) V1 > V2 > V3. VH2 > VHe > VCH4 Como a membrana da bexi-
ga é permeável, a quantidade de H 2 que vai
4. (Fuvest) Pode-se calcular aentalpia molar de escapar decorrido um certo tempo é maior
vaporização do etanol a partir das entalpias que de He e de CH 4.
das reações de combustão representadas por: 2.
C2H5OH(ℓ) + 3O2(g) → 2CO2(g) + 3H2O(ℓ) ∆H1 CH
25
O 8CO 9 HO
C2H5OH(g) + 3O2(g) → 2CO2(g) + 3H2O(g) ∆H2 8 18(g)
+ 2 2(g)
→ 2(g)
+ 2 (g)
114 g 9 ×18 g
Para isso, basta que se conheça, também, a 
 

162 g
entalpia molar de 

massa de
a) vaporização da água. água formada

b) sublimação do dióxido de carbono. Massa a ser retida = 114 g


c) formação da água líquida. 114 g
d) formação do etanol líquido. = 0,7037 = 70,37037 % ≈ 70 %
162 g
e) formação do dióxido de carbono gasoso.
3. As três amostras metálicas de mesma mas-
5. (Fuvest) Preparam-se duas soluções satu- sa reagiram, separada e completamente,
radas, uma de oxalato de prata (Ag 2C2O4) e com uma solução aquosa de ácido clorídrico
outra de tiocianato de prata (AgSCN). Esses (HCℓ(aq)) de concentração 0,1 mol/L. Então:
dois sais têm, aproximadamente, o mesmo Experimento 1:
produto de solubilidade (da ordem de 10 -12). Fe(s) + 2 HCℓ(aq) → H2(g) + FeCℓ2(aq)
Na primeira, a concentração de íons prata é
[Ag+]1 e, na segunda, [Ag +]2; as concentra- 56 g ____ 2 mol
ções de oxalato e tiocianato são, respectiva- 5,6 g ____ 0,2 mol
mente, [C2O42–] e [SCN–]. [HCℓ] = nHCℓ/V1
Nesse caso, é correto afirmar que 0,1 = 0,2/V1 ⇒ V1 = 2L
+ + 2– –
a)
b) [Ag
[Ag+]]1
1
=
> [Ag
[Ag+]]2 ee
2
[C
[C2O
2 4 ] < [SCN ].
O42–] > [SCN–]. Experimento 2:
c) [Ag+]1 > [Ag+]2 e [C2O42–] = [SCN–]. mamostra = mFe + mMg ⇒ mFe = (5,6 – m Mg) g
d) [Ag+]1 < [Ag+]2 e [C2O42–] < [SCN–]. Mg(s) + 2HCl(aq) → H2(g) + MgCℓ2(aq)
e) [Ag+]1 = [Ag+]2 e [C2O42–] > [SCN–]. 24 g ____ 2 mol
mMg g _____ n (I)HCℓ
6. (Fuvest) O gráfico adiante mostra a solubili- mMg 1 · mMg
dade (S) de K2Cr2O7 sólido em água, em fun- n(I)HCℓ = 2 · ____ _______
24 mol = 12 mol
ção da temperatura (t). Uma mistura cons-
tituída de 30 g de K 2Cr2O7 e 50 g de água, Fe(s) + 2HCℓ(aq) → H2(g) + FeCℓ2(aq)
a uma temperatura inicial de 90°C, foi dei- 56 g ____ 2 mol
xada esfriar lentamente e com agitação. A (5,6 – mMg) g ____ nHCℓ
que temperatura aproximada deve começar a 2 · (5,6 – m Mg) _________
5,6 – m
cristalizar o K2Cr2O7? n(II)HCℓ = ______________ = 28 Mgmol
56
n(I)HCℓ + n(II)HCℓ
[HCℓ] = _____________
V2
1 · mMg _________
5,6 – mMg
(
_______
12 +
0,1 = ____________________ 28 )
V2
( 28 · mMg + 12 · 5,6 – 12 · m Mg )
______________________________
12 · 28
V2 = ______________________________ =
0,1
16 · m + 67,2
a) 25°C.
( Mg
_______________
336
________________
)
16 · mMg + 67,2
= _______________
b) 45°C. 0,1 33,6
c) 60°C. V2 = (2 + 16 · m Mg) L
d) 70°C.
e) 80°C. Conclusão: V2 > V1.
172
Experimento 3: há 30 g, e o coeficiente é 37,5 então não vai
mamostra = mFe + mSn ⇒ mFe = (5,6 – m Sn)g cristalizar nada, nenhum grama vai pro fun-
Sn(s) + 2HCℓ(aq) → H2(g) + SnCℓ2(aq) do.
24 g ____ 2 mol A 70 °C o coeficiente é:
mSn g ____ n(III)HCℓ 61 g ____ 100 g
2 · mSn 2 · mSn x g ____ 50 g
n(III)HCℓ = _______
119 mol = 119 mol
_______ x = 30,5 g
Fe(s) + 2HCℓ(aq) → H2(g) + FeCℓ2(aq) no recipiente há 30 g, e o coeficiente é 30,5
56 g ____ 2 mol então, algo em torno de 70 °C, o soluto co-
(5,6 – mSn) g ____ nHCl meça a cristalizar.
2 · (5,6 – m Mg) _________5,6 – mSn
n = ______________ = mol
(IV)HCℓ
56 28
n (III)HCℓ
[HCℓ] = ______________
+
V3
n (IV)HCℓ
GABARITO
2 · mSn _________
5,6 – mSn 1. E 2. E 3. D 4. A 5. B
( _______
119 + 28
0,1 = ___________________
) 6. D
V3
2 · 28 · mSn + 119 · 5,6 – 119 · m Sn
( __________________________________
119 · 28
V3 = ____________________________________
)
0,1
–63 · mSn + 666,4
( _________________
3.332
= __________________
) =
0,1
–63 · m +
_________________
Sn 666,4
333,2
V3 = (2 – 63 · m Sn) L
Teremos:
V2 > V1 e V3 < V1 ou V1 > V3.
Conclusão final: V 2 > V1 > V3.
4. Vaporização é a mudança de estado líqui-
do para gasoso,
a equação que então precisamos
transforma C 2H5OH conhecer
(l) para
C2H5OH(g).
O primeiro passo é inverter a equação de bai-
xo, para o etanol gasoso ficar nos produtos.
Fazendo isso, pode-se "cortar" as moléculas
de O 2 e CO2 das duas reações, pois estão em
lados opostos e tem o mesmo estado físico.
Portanto
C2H5OH(I) + 3 O2 (g) → 2 CO2 (g) + 3 H2O (I) (entalpia 1)
2 CO2 (g)+ 3 H2O (g) → C2H5OH(g) + 3 O2 (g)(entalpia 2)
5. Cálculo da concentração molar dos íons das
soluções saturadas:
Ag2C2O4(s)  2 Ag(aq)1+ + C2O4(aq)2-
Kps1 = [Ag1+]12 · [C2O42–] = 4x3
4x3 = 10–12 ⇒ x ≅ 6,3 · 10–5
Logo,
[Ag1+]1≅ 1,26 · 10 2O4 ] ≅6,3 · 10 mol/ℓ.
–4 mol/ℓ e [C 2– –5

AgSCN(s)  Ag(aq)1+ + SNC(aq)1–


1+ 1– 2
Kps 2
= [Ag
y2 = 10 –12 ⇒]y ·
2
= [SCN ] =–6y
1,0 · 10
Desse modo, [Ag1+]2 = 1,0 · 10–6 mol/ℓ e
[SCN1–] = 1,0 · 10 –6 mol/ℓ.
Portanto,
[Ag1+]1 > [Ag1+]2 e [C2O42–] > [SCN1–]
6. a 80 ºC o coeficiente é:
75 g ------------------------------- 100 g
x g -------------------------------50 g de água
x = 37,5 g
173
PRÁTICA DOS
CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Fuvest) A tabela abaixo apresenta informações sobre cinco gases contidos em recipientes sepa-
rados e selados.

Recipiente Gás Temperatura (K) Pressão (atm) Volume (l)


1 O3 273 1 22,4
2 Ne 273 2 22,4

3 He 273 4 22,4
4 N2 273 1 22,4
5 Ar 273 1 22,4

Qual recipiente contém a mesma quantidade de átomos que um recipiente selado de 22,4 L, con-
tendo H2, mantido a 2 atm e 273 K?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

2. (Fuvest) Uma estudante de Química reali- 3. (Fuvest) Ao abastecer um automóvel com


zou o seguinte experimento: pesou um tubo gasolina, é possível sentir o odor do combus-
de ensaio vazio, colocou nele um pouco de tível a certa distância da bomba. Isso signifi-
NaHCO3(s) e pesou novamente. Em seguida, ca que, no ar, existem moléculas dos compo-
adicionou ao tubo de ensaio excesso de solu- nentes da gasolina, que são percebidas pelo
ção aquosa
química de HCℓ, o que
representada por:provocou a reação olfato. Mesmoe havendo,
combustível no ar,
de oxigênio, nãomoléculas de
há combus-
NaHCO3(s) + HCℓ(aq) → NaCℓ(aq) + CO2(g) + H2O(ℓ) tão nesse caso. Três explicações diferentes
foram propostas para isso:
Após a reação ter-se completado, a estudan- I. As moléculas dos componentes da gaso-
te aqueceu o sistema cuidadosamente, até lina e as do oxigênio estão em equilíbrio
que restasse apenas um sólido seco no tubo químico e, por isso, não reagem.
de ensaio. Deixou o sistema resfriar até a II. À temperatura ambiente, as moléculas
temperatura ambiente e o pesou novamen- dos componentes da gasolina e as do oxi-
te. A estudante anotou os resultados desse gênio não têm energia suficiente para
experimento em seu caderno, juntamente iniciar a combustão.
com dados obtidos consultando um manual III.As moléculas dos componentes da gaso-
de Química: lina e as do oxigênio encontram-se tão
A estudante desejava determinar a mass a de : separadas que não há colisão entre elas.
I. que não reagiu; Dentre as explicações, está correto apenas o
II. que se formou; que se propõe em:
III.que se formou. a) I.
Considerando as anotações feitas pela estu- b) II.
dante, é possível determinar a massa de: c) III.
a) I, apenas. d) I e II.
b) II, apenas. e) II e III.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas. 4. (Fuvest) Amônia e gás carbônico podem re-
e) I, II e III. agir formando ureia e água. O gráfico abaixo
mostra as massas de ureia e de água que são
produzidas em função da massa de amônia,
considerando as reações completas.
174
A partir dos dados do gráfico e dispondo-se de 270 de amônia, a massa aproximada, em gramas,
de gás carbônico minimamente necessária para reação completa com essa quantidade de amônia é

a) 120.
b) 270.
c) 350.
d) 630.
e) 700.

5. (Fuvest) O “besouro – bombardeiro” espan- I. Os detritos deixados indevidamente pelos


ta seus predadores, expelindo uma solução visitantes se decompõem, liberando me-
quente. Quando ameaçado, em seu organis- tano, que pode oxidar os espeleotemas.
mo ocorre a mistura de soluções aquosas de II. O aumento da concentração de gás car-
hidroquinona, peróxido de hidrogênio e en- bônico que é liberado na respiração dos
zimas, que promovem uma reação exotérmi- visitantes, e que interage com a água do
ca, representada por: ambiente, pode provocar a dissolução
progressiva dos espeleotemas.
enzimas III.A concentração de oxigênio no ar diminui
C6H4(OH)2(aq) + H2O2(aq) → C6H4O2(aq) + 2H2O(ℓ)
nos períodos
seria de visita,
compensada e essa diminuição
pela liberação de O 2 pe-
O calor envolvido nessa transformação pode
ser calculado, considerando-se os processos: los espeleotemas.
C6H4(OH)2(aq) → C6H4O2(aq) + H2(g) O controle do número de visitantes, do ponto
∆H0 = +177 KJ · moℓ –1 de vista da Química, é explicado por:
a) I, apenas.
H2O(ℓ) +1/2 O2(g) → H2O2(aq) b) II, apenas.
∆H0 = +95 KJ · moℓ –1 c) III, apenas.
d) I e III, apenas.
H2O(ℓ) → 1/2 O2(g) + H2(g)
e) I, II e III.
∆H0 = + 286 KJ · moℓ –1
Assim sendo, o calor envolvido na reação que
7. (Fuvest) Sob condições adequadas, selênio
ocorre no organismo do besouro é
(Se) e estanho (Sn) podem reagir, como re-
a) –558 kJ ∙ moℓ–1.
presentado pela equação
b) –204 kJ ∙ moℓ–1.
c) +177 kJ ∙ moℓ–1. 2 Se + Sn → SnSe2
d) +558 kJ ∙ moℓ–1.
e) +585 kJ ∙ moℓ–1.
Em um experimento, deseja-se que haja re-
ação completa, isto é, que os dois reagentes
6. (Fuvest) A Gruta do Lago Azul (MS), uma sejam
que totalmente
a massa molar consumidos. Sabendo-se
do selênio (Se) é 2/3 da
caverna composta por um lago e várias sa- massa molar do estanho (Sn), a razão en-
las, em que se encontram espeleotemas de tre a massa de selênio e a massa de estanho
srcem carbonática (estalactites e estalag- (mSe : mSn), na reação, deve ser de:
mites), é uma importante atração turística. a) 2 : 1.
O número de visitantes, entretanto, é con- b) 3 : 2.
trolado, não ultrapassando 300 por dia. Um c) 4 : 3.
estudante, ao tentar explicar tal restrição, d) 2 : 3.
levantou as seguintes hipóteses: e) 1 : 2.

175
8. (Fuvest) A partir de considerações teóricas, foi feita uma estimativa do poder calorífico (isto é, da
quantidade de calor liberada na combustão completa de 1 kg de combustível) de grande número
de hidrocarbonetos. Dessa maneira, foi obtido o seguinte gráfico de valores teóricos:

Com base no gráfico, um hidrocarboneto que libera 10.700 kcal/kg em sua combustão completa
pode ser representado pela fórmula:
Dados: Massas molares (g/mol), C = 12,0; H = 1,00.
a) CH4.
b) C2H4.
c) C4H10.
d) C5H8.
e) C6H6.

9. (Fuvest) Um botânico observou que uma mesma espécie de planta podia gerar flores azuis ou ro-
sadas. Decidiu então estudar se a natureza do solo poderia influenciar a cor das flores. Para isso,
fez alguns experimentos e anotou as seguintes observações:
I. Transplantada para um solo cujo pH era 5,6, uma planta com flores rosadas passou a gerar flo-
res adicionar
II. Ao azuis. um pouco de nitrato de sódio ao solo, em que estava a planta com flores azuis, a
cor das flores permaneceu a mesma.
III.Ao adicionar calcário moído (CaCO 3) ao solo, em que estava a planta com flores azuis, ela passou
a gerar flores rosadas.
Considerando essas observações, o botânico pôde concluir que:
a) em um solo mais ácido do que aquele de pH 5,6, as flores da planta seriam azuis.
b) a adição de solução diluída de NaCℓ ao solo, de pH 5,6, faria a planta gerar flores rosadas.
c) a adição de solução diluída de NaHCO3 ao solo, em que está a planta com flores rosadas, faria com que
ela gerasse flores azuis.
d) em um solo de pH 5,0, a planta com flores azuis geraria flores rosadas.
e) a adição de solução diluída de Aℓ(NO3)3 ao solo, em que está uma planta com flores azuis, faria com
que ela gerasse flores rosadas.

10. (Fuvest) Quando certos metais são colocados em contato com soluções ácidas, pode haver forma-
ção de gás hidrogênio. Abaixo, segue uma tabela elaborada por uma estudante de Química, con-
tendo resultados de experimentos que ela realizou em diferentes condições.
Reagentes
Experimento Tempo para liberar Observações
Solução de HCℓ de
concentração 0,2 mol/L Metal 30 mL de H2
Liberação de
1 200mL 1,0gdeZn(raspas) 30s
H2 e calor
2 200mL 1,0gdeCu(fio) NãoliberouH 2
Sem alterações
Liberação de
3 20m
0L 1,dg0Ze(npó) 1s8
H2 e calor
Liberação de H2 e
1,0 g de Zn (raspas)
4 2m
00L 8s calor; massa de Cu
+ 1,0 g de Cu (fio)
não se alterou

176
Após realizar esses experimentos, a estudan- 12. (Fuvest) Volumes iguais de uma solução de
te fez três afirmações: I2 (em solvente orgânico apropriado) foram
I. A velocidade da reação de Zn com ácido colocados em cinco diferentes frascos. Em
aumenta na presença de Cu. seguida, a cada um dos frascos foi adicio-
II. O aumento na concentração inicial do nada uma massa diferente de estanho (Sn),
ácido causa o aumento da velocidade de variando entre 0,2 e 1,0 g. Em cada frasco,
liberação do gás H 2. formou-se uma certa quantidade de SnI 4,
III. Os resultados dos experimentos 1 e 3 mos- que foi, então, purificado e pesado. No grá-
tram que, quanto maior o quociente su-
perfície de contato/massa total de amos- fico abaixo, são apresentados os resultados
tra de Zn, maior a velocidade de reação. desse experimento.
Com os dados contidos na tabela, a estudante
somente poderia concluir o que se afirma em :
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

11. (Fuvest) A uma determinada temperatura,


as substâncias HI, H2 e I2 estão no estado ga-
soso. A essa temperatura, o equilíbrio entre
as três substâncias foi estudado, em reci-
pientes fechados, partindo-se de uma mis-
tura equimolar de H2 e I2 (experimento A) ou
somente de HI (experimento B).
Com base nesses resultados experimentais, é
possível afirmar que o valor da relação
massa molar do I 2
massa molar do Sn
é, aproximadamente:
a) 1 : 8.

b)
c) 1
1 :: 4.
2.
d) 2 : 1.
e) 4 : 1.

13. (Fuvest) Em um funil de separação, encon-


tram-se, em contato, volumes iguais de duas
soluções: uma solução aquosa de I 2, de con-
centração 0,1 · 10 -3 mol/L, e uma solução de
I2 em CCℓ4, de concentração 1,0 · 10 -3 moI/L.

Pela análise dos dois gráficos, pode-se con-


cluir que
a) no experimento A, ocorre diminuição da
pressão total no interior do recipiente, até
que o equilíbrio seja atingido.
b) no experimento B, as concentrações das
substâncias (HI, H2 e I2) são iguais no ins-
tante t1.
c) no experimento A, a velocidade de formação Considere que o valor da constante Kc do
de HI aumenta com o tempo. equilíbrio
d) no experimento B, a quantidade de matéria
(em mols) de HI aumenta até que o equilí- I2(aq) → I2 (CCℓ4)
brio seja atingido.
e) no experimento A, o valor da constante de é igual a 100, à temperatura do experimen-
equilíbrio (K1) é maior do que 1. to, para concentrações expressas em moI/L.
177
Assim sendo, o que é correto afirmar a respeito do sistema descrito?
a) Se o sistema for agitado, o I 2 será extraído do CCℓ4 pela água, até que a concentração de 2I em CCℓ4 se
iguale a zero.
b) Se o sistema for agitado, o I 2 será extraído da água pelo CCℓ4, até que a concentração de I2 em água se
iguale a zero.
c) Mesmo se o sistema não for agitado, a concentração de2 Ino CCℓ4 tenderá a aumentar e a de I2, na
água, tenderá a diminuir, até que se atinja um estado de equilíbrio.
d) Mesmo se o sistema não for agitado, a concentração de2 Ina água tenderá a aumentar e a de 2I, no CCℓ4,
tenderá a diminuir, até que se atinja um estado de equilíbrio.
e) Quer o sistema seja agitado ou não, ele já se encontra em equilíbrio e não haverá mudança nas con-
centrações de I2 nas duas fases.

14. (Fuvest) Considere 4 frascos, cada um contendo diferentes substâncias, a saber:


Frasco 1: 100 mL de H2O(ℓ)
Frasco 2: 100 mL de solução aquosa de ácido acético de concentração 0,5 mol/L
Frasco 3: 100 mL de solução aquosa de KOH de concentração 1,0 mol/L
Frasco 4: 100 mL de solução aquosa de HNO 3 de concentração 1,2 mol/L
A cada um desses frascos, adicionaram-se, em experimentos distintos, 100 mL de uma solução
aquosa de HCℓ de concentração 1,0 moI/L. Medindo-se o pH do líquido contido em cada frasco,
antes e depois da adição de HCℓ(aq), pôde-se observar aumento do valor do pH somente:
a) nas soluções dos frascos 1, 2 e 4.
b) nas soluções dos frascos 1 e 3 .
c) nas soluções dos frascos 2 e 4 .
d) na solução do frasco 3.
e) na solução do frasco 4.

15. (Fuvest) Um estudante desejava estudar, experimentalmente, o efeito da temperatura sobre a


velocidade de uma transformação química. Essa transformação pode ser representada por:
catalizador
A + B → P
Após uma série de quatro experimentos, o estudante representou os dados obtidos em uma tabela:

Número do experimento
1234
temperatu(ºrCa) 15 20 30 10
mascdsaetalisad(om
r g) 1 2 3 4
concentraçãoiniciadl eA(moℓ/L) 0,1 0 ,1 0,1 0 ,1
concentraçãoiniciadl eB(moℓ/L) 0,2 0 ,2 0,2 0 ,2
tempo decorrido até que a transformação se completasse (em segundos) 47 15 4 18

Que modificação deveria ser feita no procedimento para obter resultados experimentais mais ade-
quados ao objetivo proposto?
a) Manter as amostras à mesma temperatura em todos os experimentos.
b) Manter iguais os tempos necessários para completar as transformações.
c) Usar a mesma massa de catalisador em todos os experimentos.
d) Aumentar a concentração dos reagentes A e B.
e) Diminuir a concentração do reagente B.

16. (Fuvest) O biogás pode substituir a gasolina na geração de energia. Sabe-se que 60% em volume,
do biogás são constituídos de metano, cuja combustão completa libera cerca de 900 kJ/mol.
Uma usina produtora gera 2.000 litros de biogás por dia. Para produzir a mesma quantidade de
energia liberada pela queima de todo o metano contido nesse volume de biogás, será necessária a
seguinte quantidade aproximada (em litros) de gasolina:
Note e adote:
– Volume molar nas condições de produção de biogás: 24 L/mol;
– energia liberada na combustão completa da gasolina: 4,5 · 10 4 kJ/L
a) 0,7.
b) 1,0.
c) 1,7.
d) 3,3.
e) 4,5.

178
17. (Fuvest) Em três balanças aferidas, A, B e 20. (Fuvest) Certas quantidades de água comum
C, foram colocados três béqueres de mesma (H2O) e de água deuterada (D2O) – água que
massa, um em cada balança. Nos três béque- contém átomos de deutério em lugar de
res, foram colocados volumes iguais da mes- átomos de hidrogênio – foram misturadas.
ma solução aquosa de ácido sulfúrico. Foram Ocorreu a troca de átomos de hidrogênio e
separadas três amostras, de massas idênticas, de deutério, formando-se moléculas de e
dos metais magnésio, ouro e zinco, tal que, estabelecendo-se o equilíbrio (estado I)
havendo reação com o ácido, o metal fosse o
reagente limitante. Em cada um dos béque- H2O + D2O → 2HDO
res, foi colocada uma dessas amostras, fican- As quantidades, em mol, de cada composto
do cada béquer com um metal diferente. De- no estado I estão indicadas pelos patamares,
pois de algum tempo, não se observando mais à esquerda, no diagrama.
nenhuma transformação nos béqueres, foram Depois de certo tempo, mantendo-se a tem-
feitas as leituras de massa nas balanças, ob- peratura constante, acrescentou-se mais
tendo-se os seguintes resultados finais: água deuterada, de modo que a quantidade
balança A: 327,92 g de D2O no novo estado de equilíbrio (estado
balança B: 327,61 g II), fosse o triplo daquela antes da adição.
balança C: 327,10 g As quantidades, em mol, de cada composto
As massas lidas nas balanças permitem con-
envolvido no estado II estão indicadas pelos
cluir que os metais magnésio, ouro e zinco
foram colocados, respectivamente, nos bé- patamares, à direita, no diagrama.
queres das balanças.
Dados: massa molar em g mol -1
Mg .......... 24,3
Au ......... 197,0
Zn .......... 65,4
a) A, B e C.
b) A, C e B.
c) B, A e C.
d) B, C e A.
e) C, A e B.
A constante de equilíbrio, nos estados I e II,
18. (Fuvest) Dispõe-se de 2 litros de uma solu- tem, respectivamente, os valores:
ção aquosa de soda cáustica que apresenta a) 0,080 e 0,25.
pH 9. O volume de água, em litros, que deve b) 4,0 e 4,0.
ser adicionado a esses 2 litros para que a so- c) 6,6 e 4,0.
lução resultante apresente pH 8 é: d) 4,0 e 12.
a) 2. e) 6,6 e 6,6.
b) 6.
c) 10.
d) 14.
21. (Fuvest) Uma enfermeira precisa preparar
e) 18.
0,50 L de soro que contenha 1,5 · 10 -2 mol
de KCℓ e 1,8 · 10-2 mol de NaCℓ, dissolvidos
em uma solução aquosa de glicose. Ela tem
19. (Fuvest) Considere uma solução aquosa di-
luída de ácido acético (HA), que é um ácido à sua disposição soluções aquosas de KCℓ
fraco, mantida a 25 °C. A alternativa que e NaCℓ de concentrações, respectivamente,
mostra corretamente a comparação entre as 0,15 g/mL e 0,60 · 10-2 g/mL. Para isso, terá
concentrações, em mol/L, das espécies quí- que utilizar x mL da solução de KCℓ e y mL
micas presentes na solução é: da solução de NaCℓ e completar o volume, até
0,50 L, com a solução aquosa de glicose. Os
Dados, a 25de°C:
Constante ionização do HA: Ka = 1,8 · 10-5 valores de x e y devem ser, respectivamente:
Produto iônico da água: Kw = 1,0 · 10 -14 Dados: massa molar (g/mol)
Constantes de equilíbrio com concentrações KCℓ ...............75
em mol/L NaCℓ .............59
a) [OH–] < [A–] = [H+] < [HA]. a) 2,5 e 0,60 ∙ 102.
b) [OH–] < [HA] < [A–] < [H+]. b) 7,5 e 1,2 ∙ 102.
c) [OH–] = [H+] < [HA] < [A–]. c) 7,5 e 1,8 ∙ 102.
d) [A–] < [OH–] < [H+] < [HA]. d) 15 e 1,2 ∙ 102.
e) [A–] < [H+] = [OH–] < [HA]. e) 15 e 1,8 ∙ 102.

179
22. (Fuvest) O vírus da febre aftosa não sobre- III.Se as coletas tivessem sido fei tas à noite,
vive em pH<6 ou pH>9, condições essas que o pH das quatro amostras de água seria
provocam a reação de hidrólise das ligações mais baixo do que o observado.
peptídicas de sua camada proteica. Para evi- É correto o que o pesquisador concluiu em
tar a proliferação dessa febre, pessoas que a) I, apenas.
deixam zonas infectadas mergulham, por ins- b) III, apenas.
tantes, as solas de seus sapatos em uma so- c) I e II, apenas.
lução aquosa de desinfetante, que pode ser o d) II e III, apenas.
carbonato de sódio. Neste caso, considere que e) I, II e III.
a velocidade da reação de hidrólise aumenta
com o aumento da concentração de íons hi- 24. (Fuvest) A grafite de um lápis tem quinze
droxila (OH–). Em uma zona afetada, foi uti- centímetros de comprimento e dois milíme-
lizada uma solução
sódio, mantida aquosa deambiente,
à temperatura carbonatomas
de tros
o quedemais
espessura. Dentredoosnúmero
se aproxima valores de
abaixo,
áto-
que se mostrou pouco eficiente. Para tornar mos presentes nessa grafite é:
este procedimento mais eficaz, bastaria: Nota:
a) utilizar a mesma solução, porém a uma tem- 1. Assuma que a grafite é um cilindro cir-
peratura mais baixa. cular reto, feito de grafita pura. A espes-
b) preparar uma nova solução utilizando água sura da grafite é o diâmetro da base do
dura (rica em íons Ca2+). cilindro.
c) preparar uma nova solução mais concentrada. 2. Adote os valores aproximados de:
d) adicionar água destilada à mesma solução. 2,2 g/cm3 para a densidade da grafita;
e) utilizar a mesma solução, porém com menor 12 g/mol para a massa molar do carbono;
tempo de contato. 6,0 · 1023 mol -1 para a constante de Avo-
gadro
23. (Fuvest) O fitoplâncton consiste em um a) 5 ∙ 1023.
conjunto de organismos microscópicos en- b) 1 ∙ 1023.
contrados em certos ambientes aquáticos. O c) 5 ∙ 1022.
desenvolvimento desses organismos requer d) 1 ∙ 1022.
luz e CO2, para o processo de fotossíntese, e e) 5 ∙ 1021.
requer também nutrientes contendo os ele-
mentos nitrogênio e fósforo.
Considere a tabela que mostra dados de pH
e de concentrações de nitrato e de oxigênio GABARITO
dissolvidos na água, para amostras coletadas 1. C 2. D 3. B 4. C 5. B
durante o dia, em dois diferentes pontos (A
e B) e em duas épocas do ano (maio e no- 6. B 7. C 8. B 9. A 10. D
vembro), na represa Billings, em São Paulo.
11. E 12. D 13. C 14. E 15. C
Concentração Concentração 16. B 17. E 18. E 19. A 20. B
pH de nitrato de oxigênio
(mg/L) (mg/L) 21. C 22. C 23. D 24. C
Ponto A
9,8 0,14 6 ,5
(novembro)
Ponto B
9,1 0,15 5 ,8
(novembro)
Ponto A
7,3 7,71 5 ,6
(maio)
Ponto B
7,4 3,95 5 ,7
(maio)

Com base nasconhecimentos


seus próprios informações da tabela
sobre e em
o proces-
so de fotossíntese, um pesquisador registrou
três conclusões:
I. Nessas amostras, existe uma forte corre-
lação entre as concentrações de nitrato e
de oxigênio dissolvidos na água.
II. As amostras de água coletadas em no-
vembro devem ter menos CO 2 dissolvido
do que aquelas coletadas em maio.
180
QUESTÕES OBJETIVAS - matemática
Matemática e suas tecnologias

R.P.A. Fuvest
Revisão Programada Anual
Fuvest - Matemática

Trigonometria, 22%
Geometria plana, 17%
Geometria espacial, 17%
Grandezas proporcionais, 10%
Geometria analítica, 10%
Probabilidades, 10%
Funções, 8%
Sistemas lineares, 6%
MATEMÁTICA 1

Prescrição: Nestas questões serão desenvolvidas as habilidades em conjuntos nu-


méricos, equações, inequações e funções de 1° e 2° graus, funções modular, inversa
e composta, trigonometria, números complexos e, por fim, polinômios.

APLICAÇÃO DOS 2. (Fuvest) Se


4
α está no intervalo [0,π/2] e
4 1
__
satisfaz sen α – cos α = 4 , então o valor da
CONHECIMENTOS - SALA tangente de α é:
__

1. (Fuvest) Uma das primeiras estimativas do


a) √____35 .
raio da Terra é atribuída a Eratóstenes, es- b) √__
5.
3
__
tudioso grego que viveu, aproximadamente, c) √ 3 .
__
entre 275 a.C. e 195 a.C. Sabendo que em 7
__
Assuã, cidade localizada no sul do Egito, ao d) √__
7.
3
meio dia do solstício de verão, um bastão __

vertical não apresentava sombra, Eratóste- e) √__


5.
7
nes decidiu investigar o que ocorreria, nas
mesmas condições, em Alexandria, cidade no 3. (Fuvest) A trajetória de um projétil, lançado
da beira de um penhasco sobre um terreno
norte do Egito. O estudioso observou que, em
plano e horizontal, é parte de uma parábola
Alexandria, ao meio dia do solstício de ve- com eixo de simetria vertical, como ilustrado
rão, um bastão vertical apresentava sombra na figura abaixo. O ponto P sobre o terre-
e determinou o ângulo θ entre as direções no, pé da perpendicular traçada a partir do
do bastão e de incidência dos raios de sol. O ponto ocupado pelo projétil, percorre 30 m
valor do raio da Terra, obtido a partir de θ e desde o instante do lançamento até o ins-
da distância entre Alexandria e Assuã f oi de, tante em que o projétil atinge o solo. A altura
aproximadamente, 7500 km. máxima do projétil, de 200 m acima do terre-
no, é atingida no instante em que a distância
percorrida por P a partir do instante do lan-
çamento, é de 10 m. Quantos metros acima do
terreno estava o projétil quando foi lançado?

Oções
mêse oem queaproximado
valor foram realizadas as observa-
de θ são:
Note e adote: distância estimada por Eratóste-
nes entre Assuã e Alexandria ≈ 900 km;π = 3.
a) junho; 7°. a) 60
b) dezembro; 7°. b) 90
c) junho; 23°. c) 120
d) dezembro; 23°. d) 150
e) junho; 0,3°. e) 180

183
4. (Fuvest) No triângulo retângulo ABC, ilus-
trado na figura, a hipotenusa AC mede 12 RAIO X
cm e o cateto BC mede 6 cm. 1. Considere a figura.

Se M é o ponto médio de BC, então a tangen- Como os raios solares são paralelos, segue
que AÔB = θ e, portanto,
te do ângulo MÂC é igual a: θ = AB/OA = 900/7500 = 0,12 rad
__
√2
a) ___ . ≅ (0,12 ∙ 180º)/3 = 7,2º.
7__ Além disso, como Assuã e Alexandria estão
√3
___ situadas no hemisfério Norte, e o solstício
b) .
7
de verão ocorre no mês de junho nesse he-
2.
c) __
7 __ misfério, segue que as observações foram
2√2 . realizadas em junho.
d) ____
7__ 2. sen4 α – cos4 α = __14
2√3 .
e) ____
7 (sen2α + cos2α) ∙ (sen2α – cos2α) = __14
Como: sen 2α + cos2α = 1
5. (Fuvest) Sobre a equação Logo: 1 ∙ (sen2α - cos2α) = __14
(x + 3)2x -9 log|x2 + x – 1| = 0, é correto
2

sen2α - 1 + sen 2α = __14


afirmar que: 2 5
__ 2
a) ela não possui raízes reais. 2sen α = 4 → sen α = 5/8
b) sua única raiz real é –3. 2 3
__
cos α = 8
c) duas de suas raízes reais são 3 e –3. Portanto: 5
__
d) suas únicas raízes reais são –3, 0 e 1. sen2α =__
tan2α = ______ 8 = __5
e) ela possui cinco raízes reais distintas. cos
__

__ 3
3
8
tanα = __53

6. (Fuvest) Dado o polinômio
3. Adotando convenientemente um sistema de
p(x) = x2(x – 1)(x2 – 4), o gráfico da função coordenadas cartesianas, considere a figura.
y = p(x – 2) é melhor representado por:

Sejam A o ponto de lançamento do projétil


e a função quadrática f: [–20,20] → R, dada
na forma canônica por f(x) = a ⋅ (x – m)2 + k,
com a, m, k ∈ R e a ≠ 0. É imediato que m = 0
e k = 200. Logo, sabendo que f(20) = 0, vem
0 = a ∙ 20 2 + 200 ⇔ a = – __12.
184
Portanto, temos f(x) = 200 – __ x2 e, des-
se modo, segue que o resultado pedido é
2 PRÁTICA DOS
(–10) CONHECIMENTOS - E.O.
2
f(–10) = 200 – ______ 2 = 150 m .
4. Aplicando o teorema de Pitágoras no triângu-
——2 ——2 ——2 ——2 1. (Fuvest) Sabe-se que existem números reais
lo ABC,
——
vem
____AC – AB + BC ⇔ AB = 12 – 6
2 2

⇒ AC = √108 __ . A e x0, sendo A > 0 tais que


—— senx + 2 cosx = A cos(x – x 0)
⇔ AB – 6√ 3 cm.
Do triângulo ABM, encontramos __ para__todo x real. O valor de A é igual a:
—— a) √__
2.
BM _____ √3
3__ = ___
tgBÂM = ___ —— ⇔ tgBÂM =
6. b) √__
3.
AB 6√ 3
c) √5__
.
É fácil ver que tgBÂC = 2 ∙ tgBÂM. Logo, ob- d) 2√2 .
temos. e) 2√__
3.
tgMÂC = tg(BÂC – BÂM)
2 ∙ tgBÂM – tgBÂM 2. (Fuvest) O triângulo AOB é isósceles, com
= _____________________ —— ——
1 + 2 ∙ tgBÂM ∙ tgBÂM OA = OB, e ABCD é um quadrado. Sendo θ a
tgBÂM medida do ângulo AÔB, pode-se garantir que
= ______________ a área do quadrado é maior do que a área do
1 + 2 ∙__ tg 2BÂM
triângulo se:
√3
___ Dados os valores aproximados:
6 __
= ___________ tg14º ≅ 0,2493, tg 15º ≅ 0,2679
√3 2
1 + 2 ∙ ___
__ 6 ( ) tg20º ≅ 0,3640, tg 28º ≅ 0,5317
a) 14º < θ < 28º.
√3 __ 6
= ___ .
6__ 7
b) 15º < θ < 60º.
c) 20º < θ < 90º.
√3
= ___
7.
d)
e)
25º <
30º <
θ
θ
< 120º.
< 150º.
5. Como 2x2-9 > 0 para todo x real, vem:
2
(x + 3)2 x −9
log | x 2 + x − 1| = 0 ⇔ (x + 3)log | x 2 + x − 1| = 0 3. (Fuvest) O imposto de renda devido por
x+3 =0 uma pessoa física à Receita Federal é função
⇔ ou
da chamada base de cálculo, que se calcu-
| x 2 + x − 1| = 1
x = −3 la subtraindo
dos rendimentoso valor das deduções
tributáveis. do valor
O gráfico des-
ou

sa função, representado na figura, é a união
2
x + x1− = ou
1x 2
x1+ − 1= − —— —— —— ——
dos segmentos
_____ de reta OA, AB, BC, CD e da
x = −3 ›

⇔ ou
semirreta DE . João preparou sua declaração
(x = 1oux = 2)
− ou(x 0=
oux 1)= − tendo apurado como base de cálculo o valor
Portanto, a equação dada possui 5 raízes re- de R$ 43.800,00. Pouco antes de enviar a
ais distintas. declaração, ele encontrou um documento es-
6. quecido numa gaveta que comprovava uma
p(x) = x2 (x – 1)(x 2 – 4) renda tributável adicional de R$ 1.000,00.
p(x) = x2 (x – 1)(x + 2)(x – 2) Ao corrigir a declaração, informando essa
p(x – 2) = (x – 2)
2 (x – 2 – 1)(x – 2 + 2)(x – 2 –2) renda adicional, o valor do imposto devido
p(x – 2) = x(x – 2) 2 (x – 3)(x – 4) será acrescido de:
Logo, 0, 3 e 4 são raízes simples e 2 é raiz
dupla do polinômio p(x – 2). Portanto o grá-
fico de p(x – 2) é semelhante ao da alternativa
a, já que para todo x < 0, implica p(x – 2) < 0 e
para todo x > 4 implica p(x – 2) > 0.

GABARITO
1. A 2. B 3. D 4. B 5. E
6. A a) R$ 100,00.
b) R$ 200,00.
c) R$ 225,00.
d) R$ 450,00.
e) R$ 600,00.

185
4. (Fuvest) Sejam α e b números reais com 9. (Fuvest) Sejam x e y números reais posi-
–π/2 < α < π/2 e 0 < b < π. Se o sistema de tivos tais que x + y = π/2. Sabendo-se que
equações, dado em notação matricial, sen(y – x) = 1/3, o valor de tg2y – tg2x é igual
3 6 tga = 0 __ , for satisfeito, então
[ ][
6 8 cosb ] [ –2√3 ] a:
3.
α + b é igual a: a) __
2
a) –π/3. 5.
b) __
b) –π/6. 4
c) 0. 1.
c) __
2
d) π/6.
e) π/3. d) 1.
__
4
1.
e) __
5. (Fuvest) As propriedades aritméticas e as 8
relativas à noção de ordem desempenham
um importante papel no estudo dos números 10. (Fuvest) A função f: R → R tem como gráfico
reais. Nesse contexto, qual das afirmações uma parábola e satisfaz f(x + 1) – f(x) = 6x – 2,
abaixo é correta? para todo número real x. Então, o menor va-
a) Quaisquer que sejam os números
_____reais__positi-
__ lor de f(x) ocorre quando x é igual a:
vos a e b, é verdadeiro que√a + b = √ a + √b .
b) Quaisquer que sejam os números reais a e b a) ___
11 .
6
tais que a2 - b2 = 0 é verdadeiro que a = b. 7.
b) __
6
c) Qualquer que__ seja o número real a, é verda-
deiro que √a2 = a. 5.
c) __
6
d) Quaisquer que sejam os números reais a e
d) 0.
b não nulos tais que a < b é verdadeiro que
1/b < 1/a. 5.
e) – __
6
e) Qualquer que seja o número real a, com
__
0 < a < 1, é verdadeiro que a 2 < √a .
11. (Fuvest) A figura representa um quadra-
do ABCD__ de lado 1 ponto F está em BC, ——
——
6. (Fuvest) Um caminhão sobe uma ladeira com BF
inclinação de 15°. A diferença entre a altura √5
___ —— ——
mede 4 , o ponto E está em CD e AF é bisse-
final e a altura inicial de um ponto deter-
minado triz do ——
ângulo BÂE. Nessas condições, o seg-
100 m dado caminhão,
ladeira,
__
depois
será de, de percorridos
aproximadamente: mento DE mede:
1 – cosθ .
Dados: √3 ≅ 1,73; sen2 ( __2θ ) = ________
2
a) 7 m.
b) 26 m.
c) 40 m.
d) 52 m.
e) 67 m.

7. (Fuvest) O númerorealx, com 0 < x <π, satisfaz __


a equação log3(1 – cosx) + log
3 (1 + cosx) = –2. 3√5 .
a) ____
Então, cos2x + senx vale 40__
1. 7√5 .
b) ____
a) __ 40__
3
b) 2.
__ 9√5 .
c) ____
3 40 __
7.
c) __
9 d) _____
11√5 .
8. 40__
d) __
9
___
10 e) _____
13√5 .
e) 9 . 40
12. (Fuvest) O polinômio p(x) = x 3 + ax2 + bx,
8. (Fuvest) Sejam f(x) = 2x – 9 e g(x)2 += 5x
x + 3. em que a e b são números reais, tem restos
A soma dos valores absolutos das raízes da 2 e 4 quando dividido por x – 2 e x – 1, res-
equação f(g(x)) = g(x) é igual a: pectivamente. Assim, o valor de a é:
a) 4. a) –6.
b) 5. b) –7.
c) 6. c) –8.
d) 7. d) –9.
e) 8. e) –10

186
13.(Fuvest) A soma dos valores de m que dista __d4 de uma das colunas seja igual
para os quais x = 1 é raiz da equação a __h2 .
x2 + (1 + 5m – 3m2)x + (m2 + 1) = 0 é igual a
a) 5/2. Se h = 3( __d8 ), então d vale:
b) 3/2.
c) 0.
d) –3/2.
e) –5/2.

14. (Fuvest) Por recomendação médica, umapes-


soa deve fazer, durante um curto período,
dieta alimentar que lhe garanta um mínimo a) 14.
diário de 7 miligramas de vitamina A e 60 b) 16.

microgramas
exclusivamente de de
vitamina D, alimentando-se
um iogurte especial e de c)
d) 18.
20.
uma mistura de cereais, acomodada em paco- e) 22.
tes. Cada litro do iogurte fornece 1 miligrama
de vitamina A e 20 microgramas de vitamina 18. (Fuvest) O menor número inteiro positi-
D. Cada pacote de cereais fornece 3 miligra- vo que devemos adicionar a 987 para que a
mas de vitamina A e 15 microgramas de vi- soma seja o quadrado de um número inteiro
tamina D. Consumindo x litros de iogurte e y positivo é:
pacotes de cereais diariamente, a pessoa terá a) 37.
certeza de estar cumprindo a dieta se: b) 36.
a) x + 3y ≥ 7 e 20x + 15y ≥ 60.
b) x + 3y ≤ 7 e 20x + 15y ≤ 60. c) 35.
c) x + 20y ≥ 7 e 3x + 15y ≥ 60. d) 34.
d) x + 20y ≤ 7 e 3x + 15y ≤ 60. e) 33.
e) x + 15y ≥ 7 e 3x + 20y ≥ 60.
19. (Fuvest) Sabe-se que x = 1 é raiz da equação
15. (Fuvest) Os estudantes de uma classe orga- (cos2a) x2 – (4 cos a sen b) x + ( __32 ) senb = 0,
nizaram sua festa de final de ano, devendo
cada um contribuir com R$ 135,00 para as sendo a e b os ângulos agudos indicados no
despesas. Como 7 alunos deixaram a escola triângulo retângulo da figura a seguir.
antes da arrecadação e as despesas perma-
neceram as mesmas, cada um dos estudan-
tes restantes teria de pagar R$ 27,00 a mais.
No entanto, o diretor, para ajudar, colaborou
com R$ 630,00. Quanto pagou cada aluno
participante da festa? Pode-se então afirmar que as medidas de a e
a) R$ 136,00 b são, respectivamente:
b) R$ 138,00
π e ___
a) __ 3π .
c) R$ 140,00
8 8
d) R$ 142,00 __ __
b) e π .
π
e) R$ 144,00 6 3
c) __
π e __
π.
16. (Fuvest) A soma e o produto das ra- 4 4
ízes da equação de segundo grau d) __ e __
π π.
3 6
(4m + 3n) x2 – 5nx + (m – 2) = 0 valem, e) ___
3π e __π.
respectivamente, 5/8 e 3/32. Então m + n é 8 8
igual a:
a) 9. 20. (Fuvest) Um estacionamento cobra R$ 6,00
b) 8. pela primeira hora de uso, R$ 3,00 por hora
c) 7. adicional e tem uma despesa diária de R$
d) 6. 320,00. Considere-se
cobradas, no total, 80umhoras
dia em que sejam
de estaciona-
e) 5.
mento. O número mínimo de usuários ne-
17. (Fuvest) Suponha que um fio suspenso entre cessário para que o estacionamento obtenha
duas colunas de mesma altura h, situadas à lucro nesse dia é:
distância d (ver figura), assuma a forma de a) 25.
uma parábola. b) 26.
Suponha também que c) 27.
I. a altura mínima do fio ao solo seja igual a 2; d) 28.
II. a altura do fio sobre um ponto no solo e) 29.

187
21. (Fuvest) Seja f a função que associa, a cada
número real x, o menor dos números x + 3 e
–x + 5. Assim, o valor máximo de f(x) é:
a) 1.
b) 2.
c) 4.
d) 6.
e) 7.

22. (Fuvest) As soluções da equação


x – a _____
_____ 2(a4 + 1)
x + a _________
x + a + x – a = a2(x2 – a2),
onde a ≠ 0, são:
ae
a) – __ a.
__
2 4
b) – a e
__ a.
__
4 4
1a
c) – __ 1 a.
e __
2 2
d) – 1a e
__ 1 a.
__
2
1e
e) – __ 1.
__
a a

——
23. (Fuvest) No segmento AC, toma-se um pon-
AB
to B de forma que ___ BC
___
BC = 2 AC . Então, o valor
BC é:
de ___
AC
1.
a) __
2__
√3 – 1
b) ______ .
2
__
c) √ 5 – 1.
__
d) ______
√5 – 1 .
__2
√5 – 1
e) ______ .
3

24. (Fuvest) Os pontos (0, 0) e (2, 1) estão no


gráfico de uma função quadrática f. O mí-
nimo de f é assumido no ponto de abscissa
x = –__14 . Logo, o valor de f (1) é:
a) ___
1.
10
b) ___
2.
10
c) ___
3.
10
___
d) 4 .
10
e) ___
5.
10

G1.ABARITO
C 2. E 3. C 4. B 5. E
6. B 7. E 8. D 9. A 10. C
11. D 12. A 13. A 14. A 15. E
16. A 17. B 18. A 19. D 20. C
21. C 22. E 23. B 24. C

188
MATEMÁTICA 2

Prescrição: Nestas questões serão abordados potenciação e radiciação, equações,


inequações e funções exponenciais e logarítmicas, propriedades de logaritmos, se-
quências, dentre elas progressões aritméticas e progressões geométricas, matrizes,
determinantes e sistemas lineares.

2. (Fuvest) Use as propriedades do logaritmo


para simplificar a expressão
APLICAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS - SALA 1
S = ___________ 1
+___________ 1
+ ____________
2 ∙ log22016 5 ∙ log32016 10 ∙ log72016
O valor de S é
1. (Fuvest) Uma dieta de emagrecimento atri-
1.
a) __
bui a cada alimento um certo número de 2
pontos, que equivale ao valor calórico do ali- b) 1.
__
mento ao ser ingerido. Assim, por exemplo, 3
1.
c) __
as combinações abaixo somam, cada uma, 85 5
pontos: d) 1.
__
§ 4 colheres de arroz + 2 colheres de azeite 7
+ 1 fatia de queijo branco. e) ___
1.
10
§ 1 colher de arroz + 1 bife + 2 fatias de
queijo branco. 3. (Fuvest) De 1869 até hoje, ocorreram as se-
§ 4 colheres de arroz + 1 colher de azeite + guintes mudanças de moeda no Brasil: (1)
2 fatias de queijo branco. em 1942, foi criado o cruzeiro, cada cruzei-
§ 4 colheres de arroz + 1 bife. ro valendo mil réis; (2) em 1967, foi criado
Note e adote: o cruzeiro novo, cada cruzeiro novo valen-
1 colher
de 1 colher
arroz de azeite 1 bife do mil acruzeiros;
voltou se chamaremapenas
1970,cruzeiro;
o cruzeiro(3)novo
em
Massadealimento(g) 20 5 100 1986, foi criado o cruzado, cada cruzado va-
% de umidade + ma- lendo mil cruzeiros; (4) em 1989, foi criado
cronutriente minoritá- 75 0 60 o cruzado novo, cada um valendo mil cruza-
rio + micronutrientes dos; em 1990, o cruzado novo passou a se
% de macronutrien-
25 100 40
chamar novamente cruzeiro; (5) em 1993,
te majoritário foi criado o cruzeiro real, cada um valendo
São macronutrientes as proteínas, os mil cruzeiros; (6) em 1994, f oi criado o real,
carboidratos e os lipídeos.
cada um valendo 2.750 cruzeiros reais.
Com base nas informações fornecidas, e na Quando morreu, em 1869, Brás Cubas pos-
composição nutricional dos alimentos, con- suía 300 contos.
sidere as seguintes afirmações: Se esse valor tivesse ficado até hoje em uma
I. A pontuação de um bife de 100 g é 45. conta bancária, sem receber juros e sem pa-
II. O macronutriente presente em maior gar taxas, e se, a cada mudança de moeda, o
quantidade no arroz é o carboidrato. depósito tivesse sido normalmente conver-
III.Para uma mesma massa de lipídeo de tido para a nova moeda, o saldo hipotético
dessa conta seria, aproximadamente, de um
srcem______________________________
vegetal de
número e de carboidrato,
pontos a ra-
do lipídeo décimo de:
zão é Dados:
número de pontos do carboidrato
1,5. Um conto equivalia a um milhão de réis.
É correto o que se afirma em: Um bilhão é igual a 10
9
e um trilhão é igual a 10
12
.
a) I, apenas. a) real.
b) II, apenas. b) milésimo de real.
c) I e II, apenas. c) milionésimo de real.
d) II e III, apenas. d) bilionésimo de real.
e) I, II e III. e) trilionésimo de real.

189
4. (Fuvest) Dadas as sequências 1 1 1
S= + +
an = n2 + 4n + 4, bn = 2n , cn = an+1 – an e
2 2 ⋅log 22016 5 lo
⋅ g 32016 10 log
⋅ 2016
7
bn+1 1
dn = ____, definidas para valores inteiros po- = ⋅⋅ (5 log+⋅20162 2 +log 2016
3 l og 2016
7)
bn 10
sitivos de n, considere as seguintes afirma- = ⋅
1
log2016 5
⋅ ⋅2 3 7
2
10
ções: 1
= ⋅ log20162016
I. an é uma progressão geométrica; 10
1
= .
II. bn é uma progressão geométrica; 10
III.cn é uma progressão aritmética; 3. Tem-se que
IV. dn é uma p rogressão geométrica. 1 real = 2,75 ∙ 103 ∙ 103∙ 103 ∙ 103 ∙ 103 ∙ 103
São verdadeiras apenas: = 2,75 ∙ 1018 réis
a) I, II e III.
Portanto, como 300 contos = 300 . 106 = 3 .
b) I, II e IV.
c) I e III. 108 réis segue que o saldo hipotético dessa
3 . 108 ≅ ___
conta hoje seria __________ 1 ∙ ___1 ou
d) II e IV. 2,75 ∙ 1018 10 109
e) III e IV. seja, aproximadamente um décimo de bilio-
nésimo de real.
4.
RAIO X I. Falsa. Tem-se que an+1 = (n + 2)2. Logo,
como a razão
an+1 ________
____ (n + 3)2 1 2
_____
1. Sejam x, y, z e w, respectivamente, o núme- an = (n + 2)2 = ( 1 + n + 2 )
ro de pontos correspondentes a uma colher não é constante, segue que a n não é uma
de arroz, uma colher de azeite, uma fatia de progressão geométrica.
queijo branco e um bife. II. Falsa. De fato, a razão
Tem-se que bn+1 _____(n+1)2
____ = 2 n2 = 2n2+2n+1–n = 22n+1
2

 2z bn 2
 x +w+ 2z= 4x
+ w ⇔  x = 3 . não é constante. Daí, podemos concluir
4x +2y+ z= 4x+ +y 2z  y = z que bn não é uma progressão geométrica.
III.Verdadeira. A diferença entre quaisquer
Em consequência, como 4x + 2y + z = 85, dois termos consecutivos da sequência cn é
2z + 2z + z = 85 ⇔ z = 15.
temos 4 ∙ ___ an+1 – an = (n + 1)2 + 4(n + 1) + 4 – (n2 + 4n + 4)
3 = n2 + 2n + 1 + 4n + 4 + 4 – 2n– 4n – 4
Logo, vem x = 10 e y = 15.
= 2n + 5.
Além disso, como 4x + w = 85, encontramos Desse modo, c n é uma progressão aritmé-
de imediato w = 45. tica de primeiro termo 7 e razão igual a 2.
I. Verdadeira. De fato, pois w = 45. IV. Verdadeira. De (II), temos dn = 2 2n+1, que
II. Verdadeira. é uma progressão geométrica de primeiro
O carboidrato é o macronutriente presen- termo 8 e razão igual a 4.
te em maior quantidade no arroz.
III.Verdadeira.
Com efeito, pois uma colher de azei-
GABARITO
te representa 15 pontos para uma mas- 1. E 2. E 3. D 4. E
sa de 5 g, e uma colher de arroz repre-

senta 10 pontos para 0,25 . 20 g = 5 g.


Portanto, a razão entre os pontos é
15 = 1,5.
___
10
2. Lembrando que log ba = _____1 ,
logab
logba = c ∙ logb a e logc a . b = logc a + logc b,
c

com a, b e c reais positivos diferentes de 1,


temos
190
PRÁTICA DOS 5. (Fuvest) Quando se divide o Produto Interno
Bruto (PIB) de um país pela sua população,
CONHECIMENTOS - E.O.
obtém-se a renda per capita desse país. Su-
ponha que a população de um país cresça à
ax - y = 1 taxa constante de 2% ao ano. Para que sua
{
1. (Fuvest) No sistema linear y + z = 1 ,
x+z=m
} renda per capita dobre em 20 anos, o PIB
deve crescer anualmente à taxa constante
nas variáveis x, y e z, a e m são constantes de, aproximadamente:
__
reais. É correto afirmar: Dado: 20√2 ≅ 1,035.
a) No caso em que a = 1, o sistema tem solução a) 4,2%.
se, e somente se, m = 2. b) 5,2%.
b) O sistema tem solução, quaisquer que sejam c) 6,4%.
os valores de a e de m.
c) No caso em que m = 2 o sistema tem solução d) 7,5%.
e) 8,9%.
se, e somente se, a = 1.
d) O sistema só tem solução se a = m = 1.
e) O sistema não tem solução, quaisquer que 6. (Fuvest) Considere a matriz A = a –a 1 2a
[ +1
a+1 ]
sejam os valores de a e de m. em que a é um número real. Sabendo que
A admite inversa A-1 cuja primeira coluna é
2. (Fuvest) Tendo em vista as aproximações
log10 2 ≈ 0,30, log 10 3 ≈ 0,48, então o maior [ 2a–1– 1 ] , a soma dos elementos da diagonal
número inteiro n, satisfazendo 10n ≤12418, é principal de A-1 é igual a:
igual a: a) 5.
a) 424 b) 6.
b) 437 c) 7.
d) 8.
c) 443
e) 9.
d) 451
e) 460
7. (Fuvest) Em uma festa com n pessoas, em
um dado instante, 31 mulheres se retiraram
3. (Fuvest) Seja f uma função a valo- e restaram convidados na razão de 2 homens
res reais, com domínio D ⊂ R, tal que para cada mulher. Um pouco mais tarde, 55
2
f(x) = log10(log1/3(x – x + 1)), para todo x∈ D. homens se na
convidados retiraram
razão dee3 restaram, a seguir,
mulheres para cada
homem. O número n de pessoas presentes
inicialmente na festa era igual a:
a) 100.
b) 105.
c) 115.
d) 130.
e) 135.

O conjunto que pode ser o domínio D é: 8. (Fuvest) Uma substância radioativa sofre
a) {x ∈ R; 0 < x < 1}
desintegração ao longo do tempo, de acordo
com a relação m(t) = ca -kt, em que a é um nú-
b) {x ∈ R; x ≤ 0 ou x ≥ 1}
mero real positivo, t é dado em anos, m(t) é
c) { x ∈ R; __13 < x < 10 } a massa da substância em gramas e c e k são
constantes positivas. Sabe-se que m0 gramas
d) { x ∈ R; x ≤ __ 1 ou x ≥ 10
3 } dessa substância foram reduzidos a 20% em
e) { x ∈ R; < x < ___
1 10 10 anos. A que porcentagem de m 0 ficará re-
__
9 3 } duzida a massa da substância, em 20 anos?
a) 10%
4. (Fuvest)
trica a1, a2Sabe-se sobre
, a3, ... que a 1 >a0progr –9√__
e a 6 =essão 3geomé-
. Além b)
c)
5%
4%
disso, a progressão geométrica a 1, a5, a9, ... d) 3%
tem razão igual a 9. e) 2%
Nessas condições,
__ o produto a 2a7 vale
a) –27√__3 . 9. (Fuvest) Seja f(x) = a + 2bx+c, em que a, b
b) –3√
__3 . e c são números reais. A imagem de f é a
c) –√__
3. semirreta ]–1,∞[ e o gráfico de f intercep-
d) 3√3__
. ta os eixos coordenados nos pontos (1, 0) e
e) 27√3 . (0, –3/4). Então, o produto abc vale:
191
a)
b)
4
2 GABARITO
c) 0
d) –2 1. A 2. D 3. A 4. A 5. B
e) –4
6. A 7. D 8. C 9. A 10. A
10. (Fuvest) Uma geladeira é vendida em n par- 11. B 12. E
celas iguais, sem juros. Caso se queira ad-
quirir o produto, pagando-se 3 ou 5 parcelas
a menos, ainda sem juros, o valor de cada
parcela deve ser acrescido de R$ 60,00 ou de
R$ 125,00, respectivamente. Com base nes-
sas informações,
é igual a: conclui-se que o valor de n
a) 13.
b) 14.
c) 15.
d) 16.
e) 17.

11. (Fuvest) Seja x > 0 tal que a sequência


a1 = log2x, a2 = log4(4x), a3 = log8(8x) forme,
nessa ordem, uma progressão aritmética.
Então, a1 + a2 + a3 é igual a:
a) ___
13 .
2
___
b) 15 .
2
c) ___
17 .
2
d) ___
19 .
2
e) ___
21 .
2
12. (Fuvest) Os números 1, 2, 3 formam uma
a a a

progressão aritmética de razão r, de tal modo


que 1 + 3, 2 – 3, 3 – 3 estejam em progressão
a a a

geométrica. Dado ainda que 1 > 0 e 2 = 2,


a a

conclui-se que r é igual a:


__
a) 3 + √ 3 .
__
√3
b) 3 + ___ .
2__
√3
___
c) 3 + .
4__
√3
d) 3 – ___.
2
__
e) 3 – √ 3 .

192
MATEMÁTICA 3

Prescrição: Nestas questões serão abordados produtos notáveis e fatoração, sobre


razões e proporções, porcentagens, juros e descontos, MMC, MDC e problemas
clássicos de vestibular, fatorial, permutação, arranjo e combinação, números bino-
miais, binômio de Newton, probabilidade e tópicos de estatística.

APLICAÇÃO DOS 4. (Fuvest) Em uma classe com 14 alunos, 8 são


mulheres e 6 são homens. A média das notas
das mulheres no final do semestre ficou 1
CONHECIMENTOS - SALA ponto acima da média da classe. A soma das
notas dos homens foi metade da soma das
1. (Fuvest) Francisco deve elaborar uma pes- notas das mulheres. Então, a média das no-
quisa sobre dois artrópodes distintos. Eles tas dos homens ficou mais próxima de:
serão selecionados, ao acaso, da seguinte a) 4,3.
relação: aranha, besouro, barata, lagosta, ca- b) 4,5.
marão, formiga, ácaro, caranguejo, abelha, c) 4,7.
carrapato, escorpião e gafanhoto. d) 4,9.
Qual é a probabilidade de que ambos os ar- e) 5,1.
trópodes escolhidos para a pesquisa de Fran-
cisco não sejam insetos?
a) ____
49
RAIO X
144
b) ___
14 1. Escolhendo dois animais aleatoriamente, te-
33 mos o espaço amostral do experimento:
c) ___
7 12!
C12,2 = _____
22 2!10! = 66
d) ___
5 Escolhendo artrópode que não seja inseto,
22
temos
e) ____
15 7!
____
144 C7,2 = 2!5! = 21
2. (Fuvest) Maria deve criar uma senha de 4 dí- Portanto, a probabilidade pedida será:
21 = __7 = 21.
P = ___
gitos para sua conta bancária. Nessa senha, 66 2
somente os algarismos 1,2,3,4,5 podem ser 2. Todas as senhas possíveis 5.5.5.5 = 625
usados e um mesmo algarismo pode aparecer senhas com o 1 seguido pelo 3 = 74
mais de uma vez. Contudo, supersticiosa, Ma- Senhas possíveis = 625 – 74 = 551
ria não quer que sua senha contenha o núme-
ro 13, isto é, o algarismo 1 seguido imediata-
mente pelo algarismo 3. De quantas maneiras
distintas Maria pode escolher sua senha?
a) 551.
b) 552.
c) 553.
d) 554.
e) 555.
3. Seja n o número de bolas vermelhas que de-
3. (Fuvest) Em um experimento probabilís-
tico, Joana retirará aleatoriamente 2 bolas verão ser colocadas na caixa. Desse modo,
de uma caixa contendo bolas azuis e bolas 6
vermelhas. Ao montar-se o experimento, como o número de casos favoráveis é 2) e o
colocam-se 6 bolas azuis na caixa. número de casos possíveis é ( n 2+ 6 ), (temos
Quantas bolas vermelhas devem ser acres- 6 6!
 
centadas para que a probabilidade de Joana 1
=  2  ⇔ 1 = 2! 4! ⋅
obter 2 azuis seja 1/3? 3 n + 6 3 (n + 6)!
a) 2   2! ⋅( n +4)!
 2 
b) 4
c) 6 ⇔ n2+ 11n
− =6 0 0
d) 8 ⇒ n = 4.
e) 10

193
4. Sejam Sh e Sm, respectivamente, a soma das
notas dos homens e a soma das notas das PRÁTICA DOS
mulheres. Sabendo que Sm = 2 ∙ S h, temos
Sm _______
Sh + S m Sh ______
3 . Sh
CONHECIMENTOS - E.O.
___ __
8 = 14 + 1 ⇔ 4 = 14 +1 ⇔ Sh = 28. 1. (Fuvest) Um veículo viaja entre dois povoa-
Sh ___
é6 = 28
Portanto, segue que a resposta __ 6 ≅ 4,7. dos da serra da Mantiqueira, percorrendo a
primeira terça parte do trajeto à velocidade
média de 60 km/h, a terça parte seguinte a
GABARITO 40 km/h e o restante do percurso a 20 km/h.
O valor que melhor aproxima a velocidade
média do veículo nessa viagem, em km/h, é:
1. C 2. A 3. B 4. C
a)
b) 32,5.
35.
c) 37,5.
d) 40.
e) 42,5.

2. (Fuvest) Quando a Lua está em quarto cres-


cente ou quarto minguante, o triângulo for-
mado pela Terra, pelo Sol e pela Lua é retân-
gulo, com a Lua no vértice do ângulo reto. O
astrônomo grego Aristarco, do século III a.C.,
usou este fato para obter um valor aproxi-
mado da razão entre as distâncias da Terra à
Lua, dL e da Terra ao Sol, d S.

É possível estimar a medida do ângulo α re-


lativo ao vértice da Terra, nessas duas fases,
a partir da observação de que o tempo t 1, de-
corrido de uma lua quarto crescente a uma
lua quarto minguante, é um pouco maior do
que o tempo t 2, decorrido de uma lua quarto
minguante a uma lua quarto crescente. Su-
pondo que a Lua descreva em torno da Terra
um movimento circular uniforme, tomando
t1 = 14,9 dias e t 2 = 14,8 dias, conclui-se que
a razão dL/dS seria aproximadamente dada
por:
a) cos 77,7º.
b) cos 80,7º.
c) cos 83,7º.

d) cos
e) cos 89,7º.
86,7º.

3. (Fuvest) De um baralho de 28 cartas, sete de


cada naipe, Luís recebe cinco cartas: duas de
ouros, uma de espadas, uma de copas e uma
de paus. Ele mantém consigo as duas cartas
de ouros e troca as demais por três cartas
escolhidas ao acaso dentre as 23 cartas que
tinham ficado no baralho. A probabilidade
194
de, ao final, Luís conseguir cinco cartas de 6. (Fuvest) O gamão é um jogo de tabuleiro
ouros é: muito antigo, para dois oponentes, que com-
bina a sorte, em lances de dados, com estra-
a) ____
1 . tégia, no movimento das peças. Pelas regras
130
adotadas, atualmente, no Brasil, o número
b) ____
1 .
total de casas que as peças de um jogador
420
podem avançar, numa dada jogada, é de-
c) _____
10
terminado pelo resultado do lançamento de
1771
dois dados. Esse número é igual à soma dos
d) _____
25 .
valores obtidos nos dois dados, se esses va-
7117
lores forem diferentes entre si; e é igual ao
e) _____
52 .
dobro da soma, se os valores obtidos nos dois
8117

4. (Fuvest) Examine o gráfico. dados forem


não sejam iguais. aSupondo
viciados, que os de
probabilidade dados
um
jogador poder fazer suas peças andarem pelo
menos oito casas em uma jogada é:
1.
a) __
3
___
b) 5 .
12
c) ___
17.
36
d) 1.
__
2
e) ___
19.
36

7. (Fuvest) Um apostador ganhou um prêmio


de R$ 1.000.000,00, na loteria e decidiu in-
vestir parte do valor em caderneta de pou-
pança, que rende 6% ao ano, e o restante em
Com base nos dados do gráfico, pode-se afir- um fundo de investimentos, que rende 7,5%
mar corretamente que a idade: ao ano. Apesar do rendimento mais baixo, a
a) mediana das mães das crianças nascidas em caderneta de poupança oferece algumas van-
2009 foi maior que 27 anos. tagens e ele precisa decidir como irá dividir
b) mediana das mães das crianças nascidas em o seu dinheiro entre as duas aplicações. Para
2009 foi menor que 23 anos.
garantir, após um ano, um rendimento to-
tal de pelo menos R$ 72.000,00, a parte da
c) mediana das mães das crianças nascidas em
quantia a ser aplicada na poupança deve ser
1999 foi maior que 25 anos. de, no máximo:
d) média das mães das crianças nascidas em a) R$ 200.000,00.
2004 foi maior que 22 anos. b) R$ 175.000,00.
e) média das mães das crianças nascidas em c) R$ 150.000,00.
1999 foi menor que 21 anos. d) R$ 125.000,00.
e) R$ 100.000,00.
5. (Fuvest) Na cidade de São Paulo, as tari-
fas de transporte urbano podem ser pagas 8. (Fuvest) Cada uma das cinco listas dadas é a
usando o bilhete único. A tarifa é de R$ 3,00 relação de notas obtidas por seis alunos de
uma turma em uma certa prova.
para uma viagem simples (ônibus ou metrô/ Assinale a única lista na qual a média das
trem) e de R$ 4,65 para uma viagem de in- notas é maior do que a mediana.
tegração (ônibus e metrô/trem). Um usuário a) 5, 5, 7, 8, 9, 10.
vai recarregar seu bilhete único, que está b) 4, 5, 6, 7, 8, 8.
com um saldo de R$ 12,50. O menor valor c) 4, 5, 6, 7, 8, 9.
de recarga para o qual seria possível zerar o d) 5, 5, 5, 7, 7, 9.
saldo do bilhete após algumas utilizações é: e) 5, 5, 10, 10, 10, 10.
a) R$ 0,85.
b) R$ 1,15. 9. (Fuvest) Vinte times de futebol disputam
c) R$ 1,45. a Série A do Campeonato Brasileiro, sendo
d) R$ 2,50. seis deles paulistas. Cada time joga duas ve-
e) R$ 2,80. zes contra cada um dos seus adversários. A
195
porcentagem de jogos nos quais os dois opo- a) ___
4
27
nentes são paulistas é: ___
11
a) menor que 7%. b)
54
b) maior que 7%, mas menor que 10%.
c) ___
7
c) maior que 10%, mas menor que 13%. 27
d) maior que 13%, mas menor que 16%. d) ___
10
e) maior que 16%. 27
e) ___
23
54
10. (Fuvest) A tabela informa a extensão terri-
torial e a população de cada uma das regiões
do Brasil, segundo o IBGE. GABARITO
Região Extensão terri- População
torial (km2) (habitantes) 1. A 2. E 3. C 4. D 5. B
Centro-Oeste 1.606.371 14.058.094 6. C 7. A 8. D 9. B 10. A
Nordeste 1.554.257 53.081.950
11. E 12. C
Norte 3.853.327 15.864.454
Sudeste 924.511 80.364.410
Sul 576.409 27.386.891
IBGE: Sinopse do Censo Demográfico
2010 e Brasil em números, 2011.

Sabendo que a extensão territorial do Brasil


é de, aproximadamente, 8,5 milhões de km 2,
é correto afirmar que a:
a) densidade demográfica da região sudeste é
2
de, aproximadamente, 87 habitantes por km.
b) região norte corresponde a cerca de 30% do
território nacional.
c) região Sul é a que tem a maior densidade
demográfica.
d) região Centro-Oeste corresponde a cerca de
40% do território nacional.
e) densidade demográfica da região Nordeste é
2
de, aproximadamente, 20 habitantes por km.

11. (Fuvest) Consideretodos os pares ordenados de


números naturais (a, b), em que 11≤ a ≤ 22 e
43 ≤ b ≤ 51. Cada um desses pares ordenados
está escrito em um cartão diferente. Sorte-
ando-se um desses cartões ao acaso, qual é
a probabilidade de que se obtenha um par
ordenado (a, b) de tal forma que a fração a/b
seja irredutível e com denominador par?
a) ___
7
27
b) ___
13
54
c) ___
6
27
d) ___
11
54
e) ___
5
27

12. (Fuvest) Um dado cúbico, não viciado, com


faces numeradas de 1 a 6, é lançado três ve-
zes. Em cada lançamento, anota-se o número
obtido na face superior do dado, formando-
-se uma sequência (a, b, c). Qual é a proba-
bilidade de que b seja sucessor de a ou que c
seja sucessor de b?
196
MATEMÁTICA 4

Prescrição: Nestas questões serão abordados geometria plana, geo-


metria espacial e geometria analítica, analisando semelhanças, razões de
medidas lineares, quadráticas e cúbicas, estudo de áreas de triângulo, círculo, setores
e segmentos de círculo, volume de prismas, pirâmides, cilindros e cones e respectivos
troncos e volume de esferas.

__
3√2 .
d) ____
2__
e) 5√2 .
APLICAÇÃO DOS
CONHECIMENTOS - SALA
____
2

4. (Fuvest) O ângulo θ formado


__ por dois planos
1. (Fuvest) Cada aresta do tetraedro regular √5
——
ABCD mede 10. Por um ponto P na aresta AC, α e b é tal que tgθ = ___. O ponto P pertence
—— ——
5
passa o plano a paralelo às arestas AB e CD. a α e a distância de P a b vale 1. Então, a
Dado que AP = 3, o quadrilátero determina- distância de P à reta intersecção de α e b é
do pelas interseções de a com as arestas do
tetraedro tem área igual a: igual__a:
a) √__
3.
a) 21 __
b) √__
5.
b) _____
21√2
c) √__
6.
2
c) 30 d) √__
7.
d) ___
30 e) √8 .
2 __
30√3
_____
e) 5. (Fuvest) Os pontos A, B e C são colineares,
2 ——
2. (Fuvest) A equação x2 + 2x + y 2 + my = n, em AB = 5, ——
AB = 2 e B está entre A e C. Os pontos
que m e n são constantes, representa uma C e D pertencem a uma circunferência com
circunferência no plano cartesiano. Sabe-se centro em
dicular A. Traça-seBDuma
ao segmento reta r pelo
passando perpen-
seu
que a reta y = –x + 1 contém o centro da cir-
cunferência e a intersecta no ponto (–3,4). ponto médio. Chama-se de P a interseção de
—— ——
Os valores de m e n são, respectivamente, r com AD. Então, AP + BP vale:
a) 4.
a) –4 e 3. b) 5.
b) 4 e 5. c) 6.
c) –4 e 2. d) 7.
d) –2 e 4. e) 8.
e) 2 e 3.
6. (Fuvest) Um fabricante de cristais produz
3. (Fuvest) No losango ABCD de lado 1, repre- três tipos de taças para servir vinho. Uma
sentado na figura, tem-se que M é o ponto delas tem o bojo no formato de uma semies-
—— ——
fera de raio r; a outra, no formato de um
médio de
___ AB , N é o ponto médio de BC e cone reto de base circular de raio 2r e altura
√14
____ h; e a última, no formato de um cilindro reto
MN = 4 . Então, DM é igual a:
de base circular de raio x e altura h.
Sabendo-se que as taças dos três tipos, quan-
do completamente cheias, comportam a mes-
ma quantidade de vinho, é correto afirmar
que a__razão x/h é igual a:
(√ 3 )
a) ____.
6__
(√ 3 )
b) ____.
__ 3 __
√2 (2√3 )
a) ___ . c) _____.
4__
√2 __3
b) ___ . d) √3 .
2 __
__ (4√3 )
c) √2 . e) _____.
3
197
RAIO X 4. Seja Q o ponto pertencente a reta de inter-
seção dos planos α e b e O o ponto que per-
1. Considere a figura. tence a reta perpendicular ao plano b e que
passa por P.
Pelo triângulo retângulo formado:
PO
___
OQ = tg__
θ

1 ___
___ √ 5
OQ = 5
__

Sejam Q, R e S respectivamente, as interse- OQ = 5
ções de a com as arestas BC, BD e AD. Desde Logo:
que a é paralelo à aresta AB, temos SR e PQ
paralelos a AB. Analogamente, concluímos PQ2 = OP2 + OQ2
que PS e QR são paralelos a CD. Ademais, sa- __
bendo que arestas opostas de um tetraedro PQ2 = 12 + √5 2
regular são ortogonais, tem-se que o quadri- __
látero PQRS é um retângulo. PQ = √6
Sendo ABCD regular, os triângulos APS e CQP 5. Considere a figura, em que M é o ponto mé-
são equiláteros, e, portanto, a área pedida é dio de BD.
igual a 3 ∙ 7 = 21 m 2.
2. Completando os quadrados, vem
m2
x2 +22x + y 2 + my = n ⇔ (x + 1) 2 + ( y + __
m + n + 1. 2)
= ___
4 m pertence
Logo, como o centro C = ( –1, – __2)
à reta y = –x + 1, segue que
m
__
– 2 = – (–1) + 1 ⇔ m = –4.
Por conseguinte, sabendo que a reta inter-
secta a circunferência em (–3, 4) obtemos n
= x2 + 2x + y2 + my = (–3)2 + 2 ∙ (–3) + 4 2 +
(–4) ∙ 4 = 3.
3. Os triângulos BPM e DPM são congruentes
——
por LAL, pois —— MB = MD, MP é lado comum e
——
BMP ≡ DMP. Daí, temos —— BP = DP e, portanto,
—— —— ——
AP + BP = AC = 5 + 2 = 7.
6. Vsemi-esfera = Vcone
1 ∙ __4 ∙ πr3 = __1 ∙ π ∙ (2r)2 ∙ h
__
2 3 3
r = 2h
Aplicando o teorema dos cossenos no triân-
Vsemi-esfera = Vcilindro
gulo BMN, temos:
___
2πr3 = πx2 h
__
( )
√14 2
____ 1 2 __1 2
__ 1 __1
__
4 = ( 2 ) + ( 2 ) - 2 ∙ 2 ∙ 2 ∙ cosb 3
Resolvendo, temos 2 (2h)3 = x2 h
__
3 __
cosb = - __34 e que cos α = __34 (α + b = 180º) x
__4√ 3
____
Aplicando novamente o teorema dos cosse- h= 3
nos no triângulo ADM, temos:
(AD)2 = ( __12 )2 + (1)2 - 2 ∙ __12 ∙ 1 cosα GABARITO
-3
(AD)2 = ( __12 )2 + (1)2 - 2 ∙ __12 ∙ 1 ∙ ( __
________ 4) 1. A 2. A 3. B 4. C 5. D 6. E
AD = __14 + 1 - __34

__
√2
AD = ___
2
198
PRÁTICA DOS 3. (Fuvest) Três das arestas de um cubo, com
um vértice em comum, são também arestas
CONHECIMENTOS - E.O.
de um tetraedro. A razão entre o volume do
tetraedro e o volume do cubo é:
1.
a) __
1. (Fuvest) O sólido da figura é formado pela pi- 8
râmide SABCD sobre o paralelepípedo reto AB- 1.
b) __
CDEFGH. Sabe-se que S pertence à reta deter- 8
——
minada por A e E e que——
AE = 2 cm, AD = 4 cm c) 1.
__
e ——
AB = 5 cm. 6
1.
d) __
4
1.
e) __
3
4. (Fuvest) A grafite de um lápis tem quinze
centímetros de comprimento e dois milíme-
tros de espessura. Dentre os valores abaixo,
o que mais se aproxima do número de áto-
mos presentes nessa grafite é
Nota:
1) Assuma que a grafite é um cilindro cir-
A medida do segmento SA que faz com que o cular reto, feito de grafita pura. A espes-
sura da grafite é o diâmetro da base do
volume do sólido seja igual a __43 do volume da
cilindro.
pirâmide SEFGH é: 2) Adote os valores aproximados de:
a) 2 cm 2,2 g/cm3 para a densidade da grafita;
b) 4 cm. 12 g/mol para a massa molar do carbono;
c) 6 cm. 6,0 x 1023 mol-1 para a constante de Avogadro
d) 8 cm. a) 5 × 1023
e) 10 cm. b) 1 × 1023
c) 5 × 1022
2. (Fuvest) d) 1 × 1022
e) 5 × 1021

5. (Fuvest) Considere o triângulo ABC no plano


cartesiano com vértices A = (0,0), B = (3,4)
e C = (8,0). O retângulo MNPQ tem os vérti-
ces M e N sobre o eixo das abscissas, o vértice
Q sobre o lado AB e o vértice P sobre o lado
BC. Dentre todos os retângulos construídos
desse modo, o que tem área máxima é aquele
em que o ponto P é:
Esta foto é do relógio solar localizado no
campus do Butantã, da USP. A linha inclina- a) 4, ___
( 16 .
)
5
da (tracejada na foto), cuja projeção ao chão b) ___
17
(,3. )
pelos raios solares indica a hora, é paralela 4
ao eixo de rotação da Terra. Sendo µ e ρ, res- c) 5, ___
( 12 .
)
5
pectivamente, a latitude e a longitude do lo- d) ___
11
(,2. )
cal, medidas em graus, pode-se afirmar, cor- 2
retamente, que a medida em graus do ângulo ( 8 .
e) 6, __
5 )
que essa linha faz com o plano horizontal é
igual
Nota: a:
entende-se por “plano horizontal”, em 6. (Fuves) Umanocircunferência
está inscrita de raio
triângulo isósceles 3 cm
ABC, no
qual ——
—— ——
um ponto da superfície terrestre, o plano AB = AC. A altura relativa ao lado BC
——
perpendicular à reta que passa por esse pon- mede 8 cm. O comprimento de BC é, portan-
to e pelo centro da Terra. to, igual a:
a) ρ. a) 24 cm.
b) µ. b) 13 cm.
c) 90 – ρ. c) 12 cm.
d) 90 – µ. d) 9 cm.
e) 180 – ρ. e) 7 cm.

199
7. (Fuvest) O triângulo AOB é isósceles, com 11. (Fuvest) O mapa de uma região utiliza a es-
—— ——
OA = OB, e ABCD é um quadrado. Sendo θ a cala de 1:200000. A porção desse mapa, con-
medida do ângulo AÔB pode-se garantir que tendo uma Área de Preservação Permanente
a área do quadrado é maior do que a área do (APP), está representada na figura, na qual
——
triângulo se: AF e ——
DF são segmentos de reta, o ponto G
——
Dados os valores aproximados: está no segmento AF o ponto E está no seg-
tg 14º ≅ 0,2493, tg 15º ≅ 0,2679 mento ——
DF, ABEG é um retângulo e BCDE é um
tg 20º ≅ 0,3640, tg 28º ≅ 0,5317 trapézio. Se
__ AF = 15, AG = 12, AB = 6, CD = 3
a) 14º < θ < 28º. e DF = 5√5 indicam valores em centímetros
b) 15º < θ < 60º. no mapa real, então a área da APP é:
c) 20º < θ < 90º.
d) 25º < θ < 120º.
e) 30º < θ < 150º.

8. (Fuvest) Uma das piscinas do Centro de Prá-


ticas Esportivas da USP tem o formato de três
hexágonos regulares congruentes, justapos-
tos, de modo que cada par de hexágonos tem
um lado em comum, conforme representado
na figura abaixo. A distância entre lados pa-
ralelos de cada hexágono é de 25 metros.
a) 100 km2.
b) 108 km2.
c) 210 km2.
d) 240 km2.
e) 444 km2.

12. (Fuvest) Em um tetraedro regular de lado a,


a distância entre os pontos médios de duas
arestas
__ não adjacentes é igual a:
Assinale a alternativa que mais se aproxima a) a√__
3.
da área da piscina. b) a√ 2
__.
a) 1.600 m2 a√ 3 .
c) ____
2__
b) 1.800 m2 a√ 2 .
c) 2.000 m2 d) ____
2__
d) 2.200 m2 a√ 2 .
e) ____
e) 2.400 m2 4

13. (Fuvest) No plano cartesiano Oxy, a circun-


9. (Fuvest) Os vértices de um tetraedro regular ferência C é tangente ao ei xo Ox no ponto de
são também vértices de um cubo de aresta 2. abscissa 5 e contém o ponto (1, 2). Nessas
A área__ de uma face desse tetraedro é: condições, o raio de C vale:
__
a) 2√3 . a) √5 .
__
b) 4. __ b) 2√ 5 .
c) 3√__
2. c) 5. __
d) 3√3 . d) 3√ 5 .
e) 6. e) 10.

10. (Fuvest) São dados, no plano cartesiano, o 14. (Fuvest) O segmento ——AB é lado de um hexá-
ponto P de coordenadas (3,6) e a circunfe- gono regular de área √__
3 . O ponto P pertence
rência C de equação (x – 1)2 + (y – 2) 2 = 1. ——
à mediatriz de AB de__tal modo que a área do
Uma reta t passa por P e é tangente a C em triângulo PAB vale √2 . Então, a distância de
um ponto
___
Q. Então a distância de P a Q é: P ao __segmento ——
AB é igual a:
a) √ 15 . a) √2 .
___ __
b) √ 17 . b) 2√__
2.
___
c) √ 18 . c) 3√
___ __2 .
d) √ 19 . d) √3 .
___ __
e) √ 20 . e) 2√3 .

200
——
15. (Fuvest) Na figura, tem-se ——
AE paralelo a CD, 18. (Fuvest) Poema ZEN, Pedro Xisto, 1966.
—— ——
BC, paralelo a DE, AE = 2, a = 45º, b = 75º.
Nessas condições, a distância do ponto E ao
segmento ——
AB é igual a:

Diagrama referente ao poema ZEN.

__ Observe as figuras acima e assinale a alter-


a) √__
3.
nativa correta.
b) √2 . a) O equilíbrio e a harmonia do poema ZEN são
__
√3 elementos típicos da produção poética bra-
c) ___ . sileira da década de 1960. O perímetro do
2__
√2
___ triângulo ABF, por exemplo, é igual ao perí-
d) . metro do retângulo BCJI.
2__
√2 b) O equilíbrio e a harmonia do poema ZEN po-
e) ___ .
4 dem ser observados tanto no conteúdo se-
mântico da palavra por ele formada quanto
16. (Fuvest) A esfera ε, de centro O e raio r > 0, na simetria de suas formas geométricas. Por
é tangente ao plano a. O plano b é paralelo a exemplo, as áreas do triângulo ABF e do re-
tângulo BCJI são iguais.
α e contém O. Nessas condições, o volume da
c) O poema ZEN pode ser considerado concreto
pirâmide que tem como base um hexágono por apresentar proporções geométricas em
regular inscrito na intersecção de ε com b e, sua composição. O perímetro do triângulo
como vértice, um ponto em a, é igual a: ABF, por exemplo, é igual ao perímetro do
__ retângulo BCGF.
√ 3 r3
a) ____
4 d) Oções
concretismo poético
geométricas podecomposições.
em suas utilizar propor-
No
__
5√ 3 r3
_____ poema ZEN, por exemplo, a razão entre os
b)
16 perímetros do trapézio ADGF e do retângulo
__
3√3 r3 ADHE é menor que 7/10.
c) _____ e) Augusto dos Anjos e Manuel Bandeira são
8
__ representantes do concretismo poético,
7√3 r3
d) _____ que utiliza proporções geométricas em suas
16
__ composições. No poema ZEN, por exemplo, a
√ 3 r3
e) ____ razão entre as áreas do triângulo DHG e do
2 retângulo ADHE é 1/6.
17. (Fuvest) No plano cartesiano, os pontos
19. (Fuvest) Na figura, o triângulo ABC é equi-
(0, 3) e (–1, 0) pertencem à circunferência látero de lado 1, e ACDE, AFGB e BHIC são
C. Uma outra circunferência, de centro em quadrados. A área do polígono DEFGHI vale:
(–1/2, 4) é tangente a C no ponto (0, 3).
Então, o raio de C vale:
__
√5
a) ___ .
8__
√5
___
b) .
4__
√5
c) ___ .
2 __

d) ____
3 5.
4
__ __
e) √5 . a) 1 + √__
3.
b) 2 + √__
3.
c) 3 + √ 3__
.
d) 3 + 2√__
3.
e) 3 + 3√ 3 .

201
20. (Fuvest) No plano cartesiano, um círculo de a) ___
63.
25
centro P = (a, b) tangencia as retas de equa- ___
b) 12 .
ções y = x e x = 0. Se P pertence à parábola 5
de equação y = x2 e a > 0 a ordenada b do c) ___
58.
25
ponto P é__igual a:
a) 2 + 2√__
2. d) ___
56.
25
b) 3 + 2√__
2. e) ___
11 .
5
c) 4 + 2√__
2.
d) 5 + 2√__
2. 24. (Fuvest) Na figura, os pontos A, B, C perten-
e) 6 + 2√ 2 .
cem à__circunferência de centro O e BC = α. A
reta OC é perpendicular ao segmento ——
‹ ›

AB e o
21. (Fuvest) Uma pirâmide tem como base um ângulo AÔB mede __π radianos. Então, a área
quadrado de lado 1, e cada uma de suas faces 3
do triângulo ABC vale:
laterais é um triângulo equilátero. Então, a
área do quadrado, que tem como vértices os
baricentros de cada uma das faces laterais, é
igual a:
5.
a) __
9
b) 4.
__
9
1.
c) __
3
d) 2.
__
9
1.
e) __ α2 .
a) __
9 8
α2 .
b) __
22. (Fuvest) No plano cartesiano x0y, a reta de 4
equação x + y = 2 é tangente à circunferência α2 .
c) __
2
C no ponto (0, 2). 3α2 .
Além disso, o ponto (1, 0) pertence a C. En- d) ___
4
2.
tão, o__raio de C é igual a: e) α
3√2 .
a) ____
2__
5√2 .
b) ____
2__
GABARITO
7√2 .
c) ____
2__ 1. E 2. B 3. B 4. C 5. D
9√2 .
d) ____ 6. C 7. E 8. A 9. A 10. D
2 __
11. E 12. D 13. C 14. E 15. A
e) _____
11√2 .
2
16. E 17. E 18. B 19. C 20. B
23. (Fuvest) Na figura, o triângulo ABC é retân- 21. D 22. B 23. A 24. B
gulo com catetos BC = 3 e AB = 4. Além disso,
o ponto D pertence ao cateto ——AB, o ponto E
——
pertence ao cateto BC e o ponto F pertence
——
à hipotenusa AC, de tal forma que DECF seja
um paralelogramo. Se DE = __32, então a área
do paralelogramo DECF vale:

202

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