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- FUVEST
Revisão Programada Anual
L C C H C NM T
LINGUAGENS CIÊNCIAS CIÊNCIAS DA MATEMÁTICA
E CÓDIGOS HUMANAS NATUREZA
CARO ALUNO
Bons estudos!
Herlan Fellini
SUMÁRIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
GRAMÁTICA 7
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 17
LITERATURA 25
INGLÊS 35
REDAÇÃO 41
Fuvest - Inglês
GRAMÁTICA
Prescrição: Para a resolução dos exercícios de Gramática da FUVEST são necessários conhecimentos
variados sobre morfologia (verbos, pronomes e conjunções) e sintaxe do período simples e composto
(sujeito, transitividade em período simples e regência).
7
gritava-se. Sentia-se naquela fermentação 4. (Fuvest 2015) Considerada no contexto,
sanguínea, naquela gula viçosa de plantas a palavra sublinhada no trecho “mal seus
rasteiras que mergulham os pés vigorosos olhos descobriram entre os utensílios a en-
na lama preta e nutriente da vida, 3o prazer xada” (ref. 4) expressa ideia de
animal de existir, a triunfante satisfação de a) tempo.
respirar sobre a terra. b) qualidade.
Da porta da venda que dava para o cortiço iam c) intensidade.
e vinham como formigas; fazendo compras. d) modo.
Duas janelas do Miranda abriram-se. e) negação.
Apareceu numa a Isaura, que se dispunha a
começar a limpeza da casa. LEIA O TEXTO PARA RESPONDER A QUESTÃO
– Nhá Dunga! 4gritou ela para baixo, a A SEGUIR.
sacudir um pano de mesa; se você tem cuscuz
de milho hoje, 5bata na porta, ouviu? O OPERÁRIO NO MAR
Aluísio Azevedo, O cortiço.
Na rua passa um operário. Como vai firme!
* ensarilhar-se: emaranhar-se. Não tem blusa. No conto, no drama, no
** rezinga: resmungo. discurso político, a dor do operário está na
sua blusa azul, de pano grosso, nas mãos
3. (Fuvest 2018) Constitui marca do registro grossas, nos pés enormes, nos desconfortos
informal da língua o trecho enormes. Esse é um homem comum,
a) “mas um só ruído compacto” (ref. 1). apenas mais escuro que os outros, e com
b) “ouviam-se gargalhadas” (ref. 2). uma significação estranha no corpo, que
c) “o prazer animal de existir” (ref. 3). carrega desígnios e segredos. Para onde vai
ele, pisando assim tão firme? Não sei. A
d) “gritou ela para baixo” (ref. 4).
fábrica ficou lá atrás. Adiante é só o campo,
e) “bata na porta” (ref. 5).
com algumas árvores, o grande anúncio de
gasolina americana e os fios, os fios, os fios.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO.
O operário não lhe sobra tempo de perceber
que eles levam e trazem mensagens, que
Tornando da malograda espera do tigre,
1
contam da Rússia, do Araguaia, dos Estados
alcançou o capanga um casal de velhinhos, Unidos. Não ouve, na Câmara dos Deputados,
2
que seguiam diante dele o mesmo caminho, o líder oposicionista vociferando. Caminha
e conversavam acerca de seus negócios no campo e apenas repara que ali corre água,
particulares. Das poucas palavras que que mais adiante faz calor. Para onde vai o
apanhara, percebeu Jão Fera 3que destinavam operário? Teria vergonha de chamá-lo meu
eles uns cinquenta mil-réis, tudo quanto irmão. Ele sabe que não é, nunca foi meu
possuíam, à compra de mantimentos, a fim irmão, que não nos entenderemos nunca. E
de fazer um moquirão*, com que pretendiam me despreza... Ou talvez seja eu próprio que
abrir uma boa roça. me despreze a seus olhos. Tenho vergonha
- Mas chegará, homem? perguntou a velha. e vontade de encará-lo: uma fascinação
- Há de se espichar bem, mulher! quase me obriga a pular a janela, a cair em
Uma voz os interrompeu: frente dele, sustar-lhe a marcha, pelo menos
- Por este preço dou eu conta da roça! implorar-lhe que suste a marcha. Agora
- Ah! É nhô Jão! está caminhando no mar. Eu pensava que
Conheciam os velhinhos o capanga, a quem isso fosse privilégio de alguns santos e de
tinham por homem de palavra, e de fazer o navios. Mas não há nenhuma santidade no
que prometia. Aceitaram sem mais hesitação; operário, e não vejo rodas nem hélices no
e foram mostrar o lugar que estava destinado seu corpo, aparentemente banal. Sinto que
para o roçado. o mar se acovardou e deixou-o passar. Onde
Acompanhou-os Jão Fera; porém, 4mal seus estão nossos exércitos que não impediram
olhos descobriram entre os utensílios a en- o milagre? Mas agora vejo que o operário
xada, a qual ele esquecera um momento no está cansado e que se molhou, não muito,
afã de ganhar a soma precisa, que sem mais mas se molhou, e peixes escorrem de suas
deu costas ao par de velhinhos e foi-se dei- mãos. Vejo-o que se volta e me dirige um
xando-os embasbacados. sorriso úmido. A palidez e confusão do seu
rosto são a própria tarde que se decompõe.
ALENCAR, José de. Til.
Daqui a um minuto será noite e estaremos
* moquirão = mutirão (mobilização coletiva irremediavelmente separados pelas
para auxílio mútuo, de caráter gratuito). circunstâncias atmosféricas, eu em terra
8
firme, ele no meio do mar. Único e precário emprega o objeto indireto pleonástico:
agente de ligação entre nós, seu sorriso cada o pronome pessoal do caso oblíquo
vez mais frio atravessa as grandes massas “lhe” tem como referente “ao operário”.
líquidas, choca-se contra as formações A alternativa [C] está correta segundo a
salinas, as fortalezas da costa, as medusas, norma-padrão, pois o verbo “chamar”, no
atravessa tudo e vem beijar-me o rosto, sentido de “nomear” pode apresentar tanto
trazer-me uma esperança de compreensão. a transitividade direta quanto a indireta.
Sim, quem sabe se um dia o compreenderei? A alternativa [D] também segue a norma-
ANDRADE, Carlos Drummond de. Sentimento do mundo. padrão, pois o verbo no infinitivo aceita a
próclise, caso seja precedido de preposição.
5. (Fuvest 2015) Dentre estas propostas de A alternativa [E] não segue a norma-padrão,
substituição para diferentes trechos do pois, apesar de o verbo estar conjugado
texto, a única que NÃO está correta do ponto no futuro (o que obrigaria o emprego da
de vista da norma-padrão é: mesóclise), há ocorrência de partícula
a) “Para onde vai ele, (...)?” = Aonde vai ele, atrativa (“um dia”: locução adverbial).
(...)?
b) “O operário não lhe sobra tempo de perce-
ber” = Ao operário não lhe sobra tempo de GABARITO
perceber.
c) “Teria vergonha de chamá-lo meu irmão” = 1. C 2. E 3. E 4. A 5. E
Teria vergonha de chamá-lo de meu irmão.
d) “Tenho vergonha e vontade de encará-lo” =
Tenho vergonha e vontade de o encarar.
e) “quem sabe se um dia o compreenderei” =
quem sabe um dia compreenderei-o.
9
PRÁTICA DOS 1. (Fuvest 2013) Considere as seguintes subs-
tituições propostas para diferentes trechos
10
Está correto o que se indica em livrar da ameaça castelhana e do poder da
a) I, apenas. nobreza, representado pela Rainha Leonor
b) II, apenas. Teles, cingira o Mestre de Avis com a coroa
c) III, apenas. lusitana. Era ela, portanto, quem devia
d) I e II, apenas. merecer do novo rei o melhor das suas
e) I, II e III. atenções. Esgotadas as possibilidades do
reino com as pródigas dádivas reais, restou
Texto para a próxima questão. apenas o recurso da expansão externa para
contentar os insaciáveis companheiros de D.
Leia o seguinte trecho de uma entrevista João I.
concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Caio Prado Júnior, Evolução política do Brasil. Adaptado.
Federal, Joaquim Barbosa:
Entrevistador: - O protagonismo do STF dos 4. (Fuvest 2012) No contexto, o verbo “enche”
últimos tempos tem usurpado as funções do indica
Congresso? a) habitualidade no passado.
Entrevistado: - Temos uma Constituição b) simultaneidade em relação ao termo
muito boa, mas excessivamente detalhista, “ascensão”.
com um número imenso de dispositivos c) ideia de atemporalidade.
e, por isso, suscetível a fomentar d) presente histórico.
interpretações e toda sorte de litígios. e) anterioridade temporal em relação a “reino
Também temos um sistema de jurisdição
lusitano”.
constitucional, talvez único no mundo, com
um rol enorme de agentes e instituições
dotadas da prerrogativa ou de competência RECEITA DE MULHER
para trazer questões ao Supremo. É um leque
considerável de interesses, de visões, que As muito feias que me perdoem
acaba causando a intervenção do STF nas Mas beleza é fundamental. É preciso
mais diversas questões, nas mais diferentes Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
áreas, inclusive dando margem a esse tipo Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de
de acusação. Nossas decisões não deveriam [haute couture*
passar de duzentas, trezentas por ano. Hoje, Em tudo isso (ou então
são analisados cinquenta mil, sessenta mil Que a mulher se socialize elegantemente em
processos. É uma insanidade. azul,
Veja, 15/06/2011. [como na República Popular Chinesa).
Não há meio-termo possível. É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito
3. (Fuvest 2012) No trecho “dotadas da
Tenha-se a impressão de ver uma garça
prerrogativa ou de competência”, a presença
apenas
de artigo antes do primeiro substantivo e a
[pousada e que um rosto
sua ausência antes do segundo fazem que o
Adquira de vez em quando essa cor só
sentido de cada um desses substantivos seja,
encontrável no
respectivamente,
a) figurado e próprio. [terceiro minuto da aurora.
Vinicius de Moraes.
b) abstrato e concreto.
c) específico e genérico. *“haute couture”: alta costura.
d) técnico e comum.
e) lato e estrito.
5. (Fuvest 2012) Tendo em vista o contexto,
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO. o modo verbal predominante no excerto e a
razão desse uso são:
Não era e não podia o pequeno reino lusitano a) indicativo; expressar verdades universais.
ser uma potência colonizadora à feição da b) imperativo; traduzir ordens ou exortações.
antiga Grécia. O surto marítimo que enche c) subjuntivo; indicar vontade ou desejo.
sua história do século XV não resultara do d) indicativo; relacionar ações habituais.
extravasamento de nenhum excesso de e) subjuntivo; sugerir condições hipotéticas.
população, mas fora apenas provocado por
uma burguesia comercial sedenta de lucros, TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO.
e que não encontrava no reduzido território
pátrio satisfação à sua desmedida ambição. Todo o barbeiro é tagarela, e principalmente
A ascensão do fundador da Casa de Avis ao quando tem pouco que fazer; começou
trono português trouxe esta burguesia para portanto a puxar conversa com o freguês. Foi
um primeiro plano. Fora ela quem, para se a sua salvação e fortuna.
11
O navio a que o marujo pertencia viajava Modifica-se ao acaso das situações, das
para a Costa e ocupava-se no comércio de formas de sociabilidade e dos jogos das
negros; era um dos combóis que traziam forças sociais, mas reitera-se continuamente,
fornecimento para o Valongo, e estava modificada, mas persistente.
pronto a largar. Esse é o enigma com o qual se defrontam
— Ó mestre! disse o marujo no meio da uns e outros, intolerantes e tolerantes,
conversa, você também não é sangrador? discriminados e preconceituosos,
— Sim, eu também sangro... segregados e arrogantes, subordinados e
— Pois olhe, você estava bem bom, se dominantes, em todo o mundo. Mais do
quisesse ir conosco... para curar 1a gente a que tudo isso, a questão racial revela, de
bordo; morre-se ali que é uma praga. forma particularmente evidente, nuançada
— 2Homem, eu da cirurgia não entendo e estridente, como funciona a fábrica da
3
muito... sociedade, compreendendo identidade e
— Pois já não disse que sabe também alteridade, diversidade e desigualdade,
sangrar? cooperação e hierarquização, dominação e
— Sim... alienação.
— Então já sabe até demais. Octavio Ianni. Dialética das relações sociais.
Estudos avançados, n. 50, 2004.
No dia seguinte 4saiu o nosso homem pela
barra fora: a 6fortuna tinha-lhe dado o meio, 7. As palavras do texto cujos prefixos traduzem,
cumpria sabê-lo aproveitar; de oficial de respectivamente, ideia de anterioridade e
barbeiro dava um salto mortal a médico de contiguidade são
navio negreiro; restava unicamente saber a) “persistente” e “alteridade”.
fazer render a nova posição. Isso ficou por b) “discriminados” e “hierarquização”.
sua conta. c) “preconceituosos” e “cooperação”.
Por um feliz acaso logo nos primeiros dias d) “subordinados” e “diversidade”.
de viagem adoeceram dois marinheiros; e) “identidade” e “segregados”.
chamou-se o médico; ele fez tudo o que
sabia... sangrou os doentes, e em pouco 8. (Fuvest 2010) Em qual destas frases a
tempo estavam bons, perfeitos. Com isto vírgula foi empregada para marcar a omissão
ganhou imensa reputação, e começou a ser do verbo?
estimado. a) Ter um apartamento no térreo é ter as
Chegaram com feliz viagem ao seu destino; vantagens de uma casa, além de poder
tomaram o seu carregamento de gente, e desfrutar de um jardim.
voltaram para o Rio. Graças à 5lanceta do b) Compre sem susto: a loja é virtual; os
nosso homem, nem um só negro morreu, o direitos, reais.
que muito contribuiu para aumentar-lhe a c) Para quem não conhece o mercado financeiro,
sólida reputação de entendedor do riscado. procuramos usar uma linguagem livre do
Manuel Antônio de Almeida, Memórias economês.
de um sargento de milícias. d) A sensação é de estar perdido: você não vai
encontrar ninguém no Jalapão, mas vai ver
6. (Fuvest 2011) Para expressar um fato que a natureza intocada.
seria consequência certa de outro, pode-se e) Esta é a informação mais importante para a
usar o pretérito imperfeito do indicativo em preservação da água: sabendo usar, não vai
lugar do futuro do pretérito, como ocorre na faltar.
seguinte frase:
9. (Fuvest 2010) A única frase que segue as
a) “era um dos combóis que traziam
normas da língua escrita padrão é:
fornecimento para o Valongo”.
a) A janela propiciava uma vista para cuja
b) “você estava bem bom, se quisesse ir
beleza muito contribuía a mata no alto do
conosco”.
morro.
c) “Pois já não disse que sabe também sangrar?”. b) Em pouco tempo e gratuitamente, prepare-
d) “de oficial de barbeiro dava um salto mortal se para a universidade que você se inscreveu.
a médico de navio negreiro”. c) Apesar do rigor da disciplina, militares
e) “logo nos primeiros dias de viagem se mobilizam no sentido de voltar a cujos
adoeceram dois marinheiros”. postos estavam antes de se licenciarem.
d) Sem pretender passar por herói, aproveito
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO. para contar coisas as quais fui testemunha
nos idos de 1968 e que hoje tanto se fala.
A questão racial parece um desafio do e) Sem muito sacrifício, adotou um modo
presente, mas trata-se de algo que existe de vida a qual o permitia fazer o regime
desde há muito tempo. recomendado pelo médico.
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TEXTO PARA A QUESTÃO A SEGUIR. rede que vai e vem, sua vontade oscila de um
a outro pensamento. Lá o espera a virgem
Os bens e o sangue loura dos castos afetos; aqui lhe sorri a
virgem morena dos ardentes amores.
VIII Iracema recosta-se langue ao punho da rede;
seus olhos negros e fúlgidos, ternos olhos de
(...) sabiá, buscam o estrangeiro, e lhe entram
Ó filho pobre, e descorçoado*, e finito n’alma. O cristão sorri; a virgem palpita;
ó inapto para as cavalhadas e os trabalhos como o saí, fascinado pela serpente, vai
brutais declinando o lascivo talhe, que se debruça
com a faca, o formão, o couro... Ó tal como enfim sobre o peito do guerreiro.
quiséramos
José de Alencar, Iracema.
para tristeza nossa e consumação das eras,
para o fim de tudo que foi grande!
11. (Fuvest 2017) É correto afirmar que, no
Ó desejado, texto, o narrador
ó poeta de uma poesia que se furta e se a) prioriza a ordem direta da frase, como se
expande pode verificar nos dois primeiros parágrafos
à maneira de um lago de pez** e resíduos do texto.
letais... b) usa o verbo “correr” (2º parágrafo) com a
És nosso fim natural e somos teu adubo, mesma acepção que se verifica na frase
tua explicação e tua mais singela virtude... “Travam das armas os rápidos guerreiros,
Pois carecia que um de nós nos recusasse e correm ao campo” (também extraída do
para melhor servir-nos. Face a face romance Iracema).
te contemplamos, e é teu esse primeiro c) recorre à adjetivação de caráter objetivo
e úmido beijo em nossa boca de barro e de para tornar a cena mais real.
sarro. d) emprega, a partir do segundo parágrafo, o
Carlos Drummond de Andrade, Claro enigma. presente do indicativo, visando dar maior
vivacidade aos fatos narrados, aproximando-
*“descorçoado”: assim como “desacorçoa-
os do leitor.
do”, é uma variante de uso popular da pa-
e) atribui, nos trechos “aqui lhe sorri” e “lhe
lavra “desacoroçoado”, que significa “desa-
entram n’alma”, valor possessivo ao pronome
nimado”.
“lhe”.
** “pez”: piche.
LEIA O TEXTO ABAIXO PARA RESPONDER À
10. (Fuvest 2018) Considere o tipo de relação QUESTÃO.
estabelecida pela preposição “para” nos
seguintes trechos do poema: Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma
I. “ó inapto para as cavalhadas e os traba- vingança contra a cidade dos ricos. Mas os
lhos brutais”. ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de
II. “Ó tal como quiséramos para tristeza nos- vacinas? Era um pobre deus das florestas
sa e consumação das eras”.
d’África. Um deus dos negros pobres. Que
III.“para o fim de tudo que foi grande”.
podia saber de vacinas? Então a bexiga
IV. “para melhor servir-nos”.
desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que
A preposição “para” introduz uma oração
Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga
com ideia de finalidade apenas em
a) I. de negra em alastrim, bexiga branca e tola.
b) I e II. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre.
c) III. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que
d) III e IV. matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria
e) IV. com o alastrim marcar seus filhinhos negros.
O lazareto é que os matava. Mas as macumbas
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO. pediam que ele levasse a bexiga da cidade,
levasse para os ricos latifundiários do sertão.
Nasceu o dia e expirou. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de
Já brilha na cabana de Araquém o fogo, terra, mas não sabiam tampouco da vacina.
companheiro da noite. Correm lentas e O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros,
silenciosas no azul do céu, as estrelas, filhas os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
da lua, que esperam a volta da mãe ausente. Ele é mesmo nosso pai
Martim se embala docemente; e como a alva e é quem pode nos ajudar...
13
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos este couro de anta, estendido no sofá da sala
negros não o esqueçam avisa no seu cântico de visitas;
de despedida: este orgulho, esta cabeça baixa...
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá... Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
E numa noite que os atabaques batiam nas Hoje sou funcionário público.
macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira Mas como dói!
e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo.
com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia. 13. (Fuvest 2016) Na última estrofe, a expressão
1
lazareto: estabelecimento para isolamento que justifica o uso da conjunção sublinhada
sanitário de pessoas atingidas por determi- no verso “Mas como dói!” é:
nadas doenças. a) “Hoje”.
b) “funcionário público”.
c) “apenas”.
12. (Fuvest 2016) Das propostas de substituição
d) “fotografia”.
para os trechos sublinhados nas seguintes
e) “parede”.
frases do texto, a única que faz, de maneira
adequada, a correção de um erro gramatical
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
presente no discurso do narrador é:
a) “Assim mesmo morrera negro, morrera
Como sabemos, o efeito de um livro sobre
pobre.”: havia morrido negro, havia morrido
nós, mesmo no que se refere à simples
pobre.
informação, depende de muita coisa além do
b) “Mas Omolu dizia que não fora o alastrim
que matara.”: Omolu dizia, no entanto, que valor que ele possa ter. Depende do momento
não fora. da vida em que o lemos, do grau do nosso
c) “Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de conhecimento, da finalidade que temos pela
terra, mas não sabiam tampouco da vacina.”: frente. Para quem pouco leu e pouco sabe,
mas tão pouco sabiam da vacina. um compêndio de ginásio pode ser a fonte
d) “Mas para que seus filhos negros não o reveladora. Para quem sabe muito, um livro
esqueçam [...].”: não lhe esqueçam. importante não passa de chuva no molhado.
e) “E numa noite que os atabaques batiam nas Além disso, há as afinidades profundas, que
macumbas [...].”: numa noite em que os nos fazem afinar com certo autor (e portanto
atabaques. aproveitá-lo ao máximo) e não com outro,
independente da valia de ambos.
LEIA O POEMA PARA RESPONDER À QUESTÃO. CANDIDO, Antonio. “Dez livros para entender o Brasil”.
Teoria e debate. Ed. 45, 01/07/2000.
Confidência do Itabirano
14. (Fuvest 2015) Constitui recurso estilístico
Alguns anos vivi em Itabira. do texto
Principalmente nasci em Itabira. I. a combinação da variedade culta da lín-
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. gua escrita, que nele é predominante,
Noventa por cento de ferro nas calçadas. com expressões mais comuns na língua
Oitenta por cento de ferro nas almas. oral;
E esse alheamento do que na vida é II. a repetição de estruturas sintáticas, asso-
porosidade e comunicação. ciada ao emprego de vocabulário corren-
te, com feição didática;
A vontade de amar, que me paralisa o III.o emprego dominante do jargão científi-
trabalho, co, associado à exploração intensiva da
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem intertextualidade.
mulheres e sem horizontes. Está correto apenas o que se indica em
a) I.
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, b) II.
é doce herança itabirana. c) I e II.
d) III.
De Itabira trouxe prendas diversas que ora e) I e III.
te ofereço:
este São Benedito do velho santeiro Alfredo
Duval;
esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil;
14
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO.
GABARITO
1. B 2. E 3. C 4. D 5. C
6. B 7. C 8. B 9. A 10. E
11. D 12. E 13. C 14. C 15. E
15
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS
Prescrição: Para a resolução dos exercícios de Interpretação de Textos da FUVEST são necessários
conhecimentos de gêneros textuais (que devem ser mesclados a um bom repertório de arte, de poesia,
de linguagem e história). Além disso, surgem com frequência questões sobre Figuras de Linguagem.
17
3. (Fuvest 2019) De acordo com o texto, o
“mito político” RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
a) prejudica o entendimento do mundo real.
b) necessita da abstração do tempo. 1. A imagem dos cavaleiros e a legenda que
c) depende da verificação da verdade. a acompanha fazem referência às lendas
d) é uma fantasia desvinculada da realidade. arturianas e ao personagem Percival,
e) atende a situações concretas. cavaleiro da Távola Redonda que participa da
busca do cálice sagrado. O santo Graal seria
TEXTO PARA AS QUESTÕES A SEGUIR. o cálice usado por Jesus Cristo na Última
Ceia e o único objeto com capacidade para
O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá devolver a paz ao reino de Artur. Ou seja,
e a jabuticaba, pode falar uma língua com sua composição mistura elementos pagãos e
igual pronúncia e o mesmo espírito do povo cristãos conforme transcrito em [B].
que sorve o figo, a pera, o damasco e a nês- 2. O texto aborda produtos cultivados no Brasil
pera? José de Alencar. Bênção Paterna. do século XVIII, açúcar e tabaco, ambos
Prefácio a Sonhos d’ouro.
comercializados em diversos locais do
A graciosa ará, sua companheira e amiga, mundo, como se verifica em “todos os reinos
brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos e províncias da Europa” e “muito afamado
da árvore e de lá chama a virgem pelo nome, em todas as quatro partes do mundo”. O autor
outras remexe o uru de palha matizada, onde também salienta os lucros gerados pelos
traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios produtos (“cabedal” e “emolumentos”).
do crautá, as agulhas da juçara com que tece 3. O autor recorre ao conceito já formulado
a renda e as tintas de que matiza o algodão. por Hans Blumenberg que definia o “mito
José de Alencar. Iracema. político” como a construção de uma narra-
tiva necessária a um determinado contexto
“ará”: periquito; “uru”: cesto; “crautá”: es- sociopolítico para confirmar a tese de que
pécie de bromélia; “juçara”: tipo de palmei- esse tipo de “personagem” atende a situa-
ra espinhosa. ções “práticas”, ou seja, concretas, como se
4. (Fuvest 2019) Com base nos trechos acima, afirma em [E].
é adequado afirmar: 4. Ao usar a metáfora das frutas, Alencar
a) Para Alencar, a literatura brasileira deveria critica a importação de modelos literários,
ser capaz de representar os valores nacionais distantes do gosto popular e da realidade
com o mesmo espírito do europeu que sorve cultural brasileira. No segundo excerto, o uso
o figo, a pera, o damasco e a nêspera. de termos de origem indígena (“ará”, “uru”,
b) Ao discutir, no primeiro trecho, a importação “crautá”, “juçara”) exemplifica a proposta
de ideias e costumes, Alencar propõe uma de composição de uma literatura baseada
literatura baseada no abrasileiramento da no abrasileiramento da língua portuguesa,
língua portuguesa, como se verifica no como se afirma em [B].
segundo trecho. 5. O trecho “outras remexe o uru de palha
c) O contraste entre os verbos “chupar” e matizada” apresenta elipse do termo
“sorver”, empregados no primeiro trecho, “vezes”, mencionado no segmento anterior,
revela o rebaixamento de linguagem buscado que descreve o movimento da ará nos ramos
pelo escritor em Iracema. da árvore:”. Às vezes sobe aos ramos da árvore
d) Em Iracema, a construção de uma literatura e de lá chama a virgem pelo nome”. Assim, é
exótica, tal como se verifica no segundo correta a opção [D], pois o termo sublinhado
trecho, pautou-se pela recusa de nossos apresenta noção temporal, estabelecendo
elementos naturais. coesão textual com o trecho anterior.
e) Ambos os trechos são representativos da
tendência escapista de nosso romantismo,
na medida em que valorizam os elementos GABARITO
naturais em detrimento da realidade
rotineira. 1. B 2. E 3. E 4. B 5. D
5. (Fuvest 2019) No trecho “outras remexe o
uru de palha matizada”, a palavra sublinha-
da expressa ideia de
a) concessão.
b) finalidade.
c) adição.
d) tempo.
e) consequência.
18
PRÁTICA DOS c) “Desisto / de tudo quanto é misto / e que
odiei ou senti” (v. 6-8).
19
TEXTO PARA A QUESTÃO A SEGUIR. – Mas, a estória, Primo!... Como é?... Conta
outra vez...
Uma obra de arte é um desafio; não a expli- – 3O senhor já sabe as palavras todas de ca-
camos, ajustamo-nos a ela. Ao interpretá-la, beça... “Foi o moço-bonito que apareceu,
fazemos uso dos nossos próprios objetivos e vestido com roupa de dia-de-domingo 4e com
esforços, dotamo-la de um significado que a viola enfeitada de fitas... E chamou a moça
tem sua origem nos nossos próprios modos p’ra ir se fugir com ele”...
de viver e de pensar. 1Numa palavra, qual- – Espera, Primo, elas estão passando... Vão
quer gênero de arte que, de fato, nos afete, umas atrás das outras... Cada qual mais
torna-se, deste modo, arte moderna. bonita... Mas eu não quero, nenhuma!...
As obras de arte, porém, são como altitudes Quero só ela... Luísa...
inacessíveis. Não nos dirigimos a elas direta- – Prima Luísa...
mente, mas contornamo-las. Cada geração as – Espera um pouco, deixa ver se eu vejo... Me
vê sob um ângulo diferente e sob uma nova ajuda, Primo! Me ajuda a ver...
visão; nem se deve supor que um ponto de – Não é nada, Primo Ribeiro... Deixa disso!
vista mais recente é mais eficiente do que – Não é mesmo não...
um anterior. Cada aspecto surge na sua altu- – Pois então?!
ra própria, que não pode ser antecipada nem – Conta o resto da estória!...
prolongada; e, todavia, o seu significado não – ...“Então, a moça, que não sabia que o
está perdido porque o significado que uma moço-bonito era o capeta, 5ajuntou suas
obra assume para uma geração posterior é roupinhas melhores numa trouxa, e foi com
o resultado de uma série completa de inter- ele na canoa, descendo o rio...”
pretações anteriores. Guimarães Rosa, Sarapalha.
Sarapalha
20
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO. c) desviar-se da norma-padrão tanto da língua
original quanto da língua de chegada.
A adoção do cardápio indígena introduziu
d) privilegiar a inventividade, ainda que em
nas cozinhas e zonas de serviço das moradas
detrimento das peculiaridades do texto ori-
brasileiras equipamentos desconhecidos no
ginal.
Reino. Instalou nos alpendres roceiros a
prensa de espremer mandioca ralada para e) buscar, na língua de chegada, soluções que
farinha. Nos inventários paulistas é comum correspondam ao texto original.
a menção de tal fato. No inventário de Pedro
EXAMINE ESTE CARTUM PARA RESPONDER
Nunes, por exemplo, efetuado em 1623,
AS QUESTÕES A SEGUIR.
fala-se num sítio nas bandas do Ipiranga
“com seu alpendre e duas camarinhas
no dito alpendre com a prensa no dito
sítio” que deveria comprimir nos tipitis
toda a massa proveniente do mandiocal
também inventariado. Mas a farinha não
exigia somente a prensa – pedia, também,
raladores, cochos de lavagem e forno ou
fogão. Era normal, então, a casa de fazer
farinha, no quintal, ao lado dos telheiros e
próxima à cozinha.
Carlos A. C. Lemos, Cozinhas, etc.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO. 10. (Fuvest 2016) Para obter o efeito de humor
presente no cartum, o autor se vale, entre
Evidentemente, não se pode esperar que outros, do seguinte recurso:
Dostoiévski seja traduzido por outro a) utilização paródica de um provérbio de uso
Dostoiévski, mas desde que o tradutor corrente.
procure penetrar nas peculiaridades da b) emprego de linguagem formal em circuns-
linguagem primeira, aplique-se com afinco e tâncias informais.
faça com que sua criatividade orientada pelo c) representação inverossímil de um convívio
original permita, paradoxalmente, afastar- pacífico de cães e gatos.
se do texto para ficar mais próximo deste, d) uso do grotesco na caracterização de seres
um passo importante será dado. Deixando de humanos e de animais.
lado a fidelidade mecânica, frase por frase,
e) inversão do sentido de um pensamento bas-
tratando o original como um conjunto de
tante repetido.
blocos a serem transpostos, e transgredindo
sem receio, quando necessário, as normas do TEXTO PARA A(S) QUESTÃO(ÕES) ABAIXO
“escrever bem”, o tradutor poderá trazê-lo
com boa margem de fidelidade para a língua A ARMA DA PROPAGANDA
com a qual está trabalhando.
Boris Schnaiderman, Dostoiévski Prosa Poesia.
O governo Médici não se limitou à repres-
8. (Fuvest 2017) De acordo com o texto, a boa são. Distinguiu claramente entre um setor
tradução precisa significativo, mas minoritário da socieda-
a) evitar a transposição fiel dos conteúdos do de, adversário do regime, e a massa da po-
texto original. pulação que vivia um dia a dia de alguma
b) desconsiderar as características da lingua- esperança nesses anos de prosperidade eco-
gem primeira para poder atingir a língua de nômica. A repressão 1acabou com o primeiro
chegada. setor, enquanto a propaganda encarregou-se
21
de, pelo menos, neutralizar gradualmente o a) “Deve o príncipe fazer-se temer, de maneira
segundo. Para alcançar este último objeti- que, se não se fizer amado, pelo menos evite
vo, o governo contou com o grande avanço o ódio, pois é fácil ser ao mesmo tempo te-
das telecomunicações no país, após 1964. As mido e não odiado”.
facilidades de crédito pessoal permitiram a b) “O mal que se tiver que fazer, deve o prínci-
expansão do número de residências que pos- pe fazê-lo de uma só vez; o bem, deve fazê-
suíam televisão: em 1960, apenas das resi- -lo aos poucos (...)”.
dências urbanas tinham televisão; em 1970, c) “Não se pode deixar ao tempo o encargo de
a porcentagem chegava a Por essa época, resolver todas as coisas, pois o tempo tudo
beneficiada pelo apoio do governo, de quem leva adiante e pode transformar o bem em
se transformou em porta-voz, a TV Globo mal e o mal em bem”.
expandiu-se até se tornar rede nacional e d) “Engana-se quem acredita que novos bene-
2
alcançar praticamente o controle do setor. A fícios podem fazer as grandes personagens
propaganda governamental passou a ter um esquecerem as antigas injúrias (...)”.
canal de expressão como nunca existira na e) “Deve o príncipe, sobretudo, não tocar na
história do país. A promoção do “Brasil gran- propriedade alheia, porque os homens es-
de potência” foi realizada a partir da Asses- quecem mais depressa a morte do pai que a
soria Especial de Relações Públicas (AERP), perda do patrimônio”.
criada no governo Costa e Silva, mas que não
chegou a ter importância nesse governo. Foi PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES, LEIA O
a época do “Ninguém segura este país”, da TEXTO ABAIXO.
marchinha Prá Frente, Brasil, que embalou a
grande vitória brasileira na Copa do Mundo Seria ingenuidade procurar nos provérbios
de 1970. de qualquer povo uma filosofia coerente,
Boris Fausto, História do Brasil. Adaptado.
uma arte de viver. É coisa sabida que a cada
11. (Fuvest 2016) A frase que expressa uma provérbio, por assim dizer, responde outro,
ideia contida no texto é: de sentido oposto. A quem preconiza o
a) A marchinha “Prá Frente, Brasil” também sábio limite das despesas, porque “vintém
contribuiu para o processo de neutralização poupado, vintém ganhado”, replicará o
da grande massa da população. vizinho farrista, com razão igual: “Da vida
b) A repressão no Governo Médici foi dirigida a nada se leva”. (...)
um setor que, além de minoritário, era tam- Mais aconselhável procurarmos nos anexins
bém irrelevante no conjunto da sociedade não a sabedoria de um povo, mas sim o es-
brasileira. pelho de seus costumes peculiares, os sinais
c) O tricampeonato de futebol conquistado pelo de seu ambiente físico e de sua história. As
Brasil em 1970 ajudou a mascarar inúmeras diferenças na expressão de uma sentença
dificuldades econômicas daquele período. observáveis de uma terra para outra podem
d) Uma característica do governo Médici foi ter divertir o curioso e, às vezes, até instruir o
conseguido levar a televisão à maioria dos la- etnógrafo.
res brasileiros. Povo marítimo, o português assinala seme-
e) A TV Globo foi criada para ser um veículo de lhança grande entre pai e filho, lembran-
divulgação das realizações dos governos mili- do que “filho de peixe, peixinho é”. Já os
tares. húngaros, ao formularem a mesma verdade,
não pensavam nem em peixe, nem em mar;
12. (Fuvest 2016) Nos trechos “acabou com o ao olhar para o seu quintal, notaram que a
primeiro setor” (ref. 1) e “alcançar pratica- “maçã não cai longe da árvore”.
mente o controle do setor” (ref. 2), a palavra Paulo Rónai, Como aprendi o português e outras aventuras.
sublinhada refere-se, respectivamente, a
a) aliados; população. 14. (Fuvest 2016) Considere as seguintes afir-
b) adversários; telecomunicações. mações sobre os dois provérbios citados no
c) população; residências urbanas. terceiro parágrafo do texto.
d) maiorias; classe média. I. A origem do primeiro, de acordo com o
e) repressão; facilidades de crédito. autor, está ligada à história do povo que
o usa.
13. (Fuvest 2016) A estratégia de dominação II. Em seu sentido literal, o segundo expres-
empregada pelo governo Médici, tal como sa costumes peculiares dos húngaros.
descrita no texto, assemelha-se, sobretudo, III.A observação das diferenças de expressão
à seguinte recomendação feita ao príncipe – entre esses provérbios pode, segundo o
ou ao governante – por um célebre pensador pensamento do autor, ter interesse etno-
da política: gráfico.
22
Está correto apenas o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
GABARITO
1. A 2. D 3. A 4. D 5. B
6. E 7. B 8. E 9. B 10. E
11. A 12. B 13. B 14. E 15. A
23
LITERATURA
*O texto faz parte do conjunto de poemas “Estampas de Vila Rica”, que integra a edição crítica de Claro
enigma. São Paulo: Cosac Naify, 2012.
5. (Fuvest) Analise as seguintes afirmações relativas à arquitetura das igrejas, sob a estética do Barroco:
I. Unem-se, no edifício, diferentes artes, para assaltar de uma vez os sentidos, de modo que o
público não possa escapar.
II. O arquiteto procurava surpreender o observador, suscitando nele uma reação forte de maravi-
lhamento.
III.A arquitetura e a ornamentação dos templos deviam encenar, entre outras coisas, a preeminência
da igreja.
26
A experiência que se expressa no poema preza pelo rebuscamento e ornamentação,
de Drummond registra, em boa medida, as no intuito de envolver e encantar o públi-
reações do eu lírico, ao que se encontra re- co. Além disso, a estética sacra revela forte
gistrado em: influência cultural e social da igreja sobre a
a) I, apenas. comunidade da região de Minas Gerais, no
b) II, apenas. contexto do século XVIII.
c) II e III, apenas. 6. Assim como em Claro enigma, a “volta ao
d) I e III, apenas. passado” também aparece no percurso de
e) I,II e III. outros modernistas. Destacam-se as obras
poéticas de Oswald de Andrade e de Mário
6. (Fuvest) Um aspecto do poema em que se de Andrade, respectivamente ligados ao An-
manifesta a persistência de um valor afir- tropofagismo e aos estudos culturais sobre
mado também no Modernismo da década de o Barroco mineiro. No âmbito da pintura,
1920 é o: temos as obras de Tarsila do Amaral, expon-
a) destaque dado às características regionais. do uma estética primitivista, reveladora da
b) uso da variante oral popular da linguagem. vontade de redescobrir o passado e funda-
c) elogio do sincretismo religioso. mentar uma verdadeira ideia de Brasil.
d) interesse pelo passado da arte no Brasil.
e) delineamento do poema em feitio de oração.
GABARITO
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA 1. A 2. E 3. D 4. C 5. E
1. O Barroco foi marcado, sobretudo, pelos con- 6. D
trastes. Como podemos ver no soneto de Gre-
gório de Matos, a imagem poética constrói-se
a partir de uma série de oposições: desprezar
e ser desprezado, triunfo e desdém, vencer e
perder, mais e menos, etc.Além disso, a esté-
tica barroca contava com construções sintáti-
cas bastante rebuscadas, como podemos ver a
partir das inversões e orações intercaladas.
2. No conto “A hora e vez de Augusto Matraga“,
o destino do personagem o direciona para as
obrigações religiosas (no intuito de alcançar
os céus); no entanto, os deveres de honra, de
não admitir certas desforras, é algo que tam-
bém conduz a vida desse personagem.
3.
[A] Incorreta. O cocheiro faz referências a
um casal, que Rubião pensa ser Sofia e Carlos
Maria.
[B] Incorreta. O cocheiro menciona vagamen-
te um casal de amantes.
[C] Incorreta. O cocheiro não menciona casa-
mento, mas sugere que um determinado casal
seja amante.
[D] Correta. O cocheiro faz referências a um
casal, que Rubião pensa ser Sofia e Carlos Ma-
ria.
[E] Incorreta. Rubião associa os comentários
a Sofia e Carlos Maria.
4. A afirmação em III é incorreta, pois Teodorico
não se arrependeu da sua hipocrisia social,
pelo contrário, continuou a fazer negócios
com a venda de falsas relíquias que ele mes-
mo fabricava, até casar, por interesse, com a
irmã de Crispim, dono da empresa onde tinha
começado a trabalhar. Como as demais são
verdadeiras, é correta a opção [C].
5. Como característica do Barroco, no caso o
Barroco mineiro, a arquitetura do período
27
PRÁTICA DOS d) ignorar os perigos que o mundo apresenta,
agindo como se eles não existissem.
28
d) a relação com a natureza é pessoal e até ín- — Deus me livre e guarde, Primo Ribeiro... O
tima / a natureza apresenta caráter hostil e, senhor ainda vai durar mais do que eu.
mesmo, ameaçador. — Eu só quero saber é se você promete...
e) a natureza é misteriosa e indecifrável / ela — Pois então, se tiver de ser desse jeito de
é portadora de uma mensagem mística que o que Deus não há-de querer, eu prometo.
homem deve decifrar servindo-se dos instru- — Deus lhe ajude, Primo Argemiro.
mentos da Razão. E Primo Ribeiro desvira o corpo e curva ain-
da mais a cara.
5. (Fuvest) Devo registrar aqui uma alegria. É Quem sabe se ele não vai morrer mesmo?
que a moça num aflitivo domingo sem farofa Primo Argemiro tem medo do silêncio.
teve uma inesperada felicidade que era inex- — Primo Ribeiro, o senhor gosta d'aqui?...
plicável: no cais do porto viu um arco-íris. — Que pergunta! Tanto faz... É bom p'ra se
Experimentando o leve êxtase, ambicionou acabar mais ligeiro... O doutor deu prazo de
logo outro: queria ver, como uma vez em Ma- um ano... Você lembra?
ceió, espocarem mudos fogos de artifício. Ela — Lembro! Doutor apessoado, engraçado...
quis mais porque É MESMO UMA VERDADE Vivia atrás dos mosquitos, conhecia as raças
QUE QUANDO SE DÁ A MÃO, ESSA GENTINHA lá deles, de olhos fechados, só pela toada da
QUER TODO O RESTO, O ZÉ-POVINHO SONHA cantiga... Disse que não era das frutas e nem
COM FOME DE TUDO. E QUER MAS SEM DIREI- da água... Que era o mosquito que punha um
TO ALGUM, POIS NÃO É? bichinho amaldiçoado no sangue da gente...
(Clarice Lispector, A hora da estrela.) Ninguém não acreditou... Nem o arraial. Eu
estive lá com ele...
Considerando-se no contexto da obra o tre- — Primo Argemiro o que adianta...
cho destacado, é correto afirmar que, nele, o — ...E então ele ficou bravo, pois não foi?
narrador: Comeu goiaba, comeu melancia da beira do
a) assume momentaneamente as convicções rio, bebeu água do Pará e não teve nada...
elitistas que, no entanto, procura ocultar no — Primo Argemiro...
restante da narrativa. — ...Depois dormiu sem cortinado, com ja-
b) reproduz, em estilo indireto livre, os pensa- nela aberta... Apanhou a intermitente; mas
mentos da própria Macabéa diante dos fogos o povo ficou acreditando...
de artifício. — Escuta! Primo Argemiro... Você está falan-
c) hesita quanto ao modo correto de interpretar do de-carreira, só para não me deixar falar!
a reação de Macabéa frente ao espetáculo. — Mas, então, não fala em morte Primo Ri-
d) adota uma atitude panfletária, criticando beiro!... Eu, por nada que não queria ver o
diretamente as injustiças sociais e cobrando senhor se ir primeiro do que eu...
sua superação. — P'ra ver!... Esta carcaça bem que está
e) retoma uma frase feita, que expressa pre- aguentando... Mas, agora, já estou vendo o
conceito antipopular, desenvolvendo-a na meu descanso, que está chega-não-chega, na
direção da ironia. horinha de chegar...
— Não fala isso Primo!... Olha aqui: não foi
LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER
pena ele ter ido s'embora? Eu tinha fé em
ÀS QUESTÕES 6 E 7.
que acabava com a doença...
— Primo Argemiro! — Melhor ter ido mesmo... Tudo tem de che-
E, com imenso trabalho, ele gira no assento, gar e de ir s'embora outra vez... Agora é a
conseguindo pôr-se de-banda, meio assim. minha cova que está me chamando... Aí é
Primo Argemiro pode mais: transporta uma que eu quero ver! Nenhumas ruindades des-
perna e se escancha no cocho. te mundo não têm poder de segurar a gente
— Que é, Primo Ribeiro? p'ra sempre, Primo Argemiro...
— Lhe pedir uma coisa... Você faz? — Escuta Primo Ribeiro: se alembra de
— Vai dizendo, Primo. quando o doutor deu a despedida p'ra o povo
— Pois então, olha: quando for a minha hora do povoado? Foi de manhã cedo, assim como
você não deixe me levarem p'ra o arraial... agora... O pessoal estava todo sentado nas
Quero ir mais é p'ra o cemitério do povoa- portas das casas, batendo queixo. Ele ajun-
do... Está desdeixado, mas ainda é chão de tou a gente... Estava muito triste... Falou: –
Deus... Você chama o padre, bem em-antes... “Não adianta tomar remédio, porque o mos-
E aquelas coisinhas que estão numa capan- quito torna a picar... Todos têm de se, mudar
ga bordada, enroladas em papel-de-venda e daqui... Mas andem depressa pelo amor de
tudo passado com cadarço, no fundo da ca- Deus!“ – ... – Foi no tempo da eleição de seu
nastra... Se rato não roeu... Você enterra jun- Major Vilhena... Tiroteio com três mortes...
to comigo... Agora eu não quero mexer lá... — Foi seis meses em-antes-de ela ir
Depois tem tempo... Você promete?... s'embora...
29
De branco a mais branco, olhando espantado E assim, pouco a pouco, se foram reforman-
para o outro, Primo Argemiro se perturbou. do todos os seus hábitos singelos de aldeão
Agora está vermelho, muito. português: e Jerônimo abrasileirou-se. (...)
Desde que ela se foi, não falaram mais no E o curioso é que, quanto mais ia ele caindo
seu nome. Nem uma vez. Era como se não nos usos e costumes brasileiros, tanto mais
tivesse existido. E, agora... os seus sentidos se apuravam, 10posto que
João Guimarães Rosa. Sarapalha. In: Sagarana. em detrimento das suas forças físicas. Ti-
nha agora o ouvido menos grosseiro para a
6. (Fuvest) Canta, canta, canarinho, ai, ai, ai...
música, compreendia até as intenções ,poé-
Não cantes fora de hora ai, ai, ai...
ticas dos sertanejos, quando cantam à viola
A barra do dia aí vem, ai, ai, ai...
os seus amores infelizes; seus olhos, dantes
Coitado de quem namora!...
só voltados para a esperança de tornar à ter-
Esta quadrinha é a epígrafe do conto Sarapa- ra, agora, como os olhos de um marujo, que
lha. Ela aponta para o clímax da estória que se habituaram aos largos horizontes de céu
se dá por ocasião: e mar, já se não revoltavam com a turbulenta
a) da eleição de seu major Vilhena: tiroteio luz, selvagem e alegre, do Brasil, e abriam-
com três mortes. -se amplamente defronte 11dos maravilhosos
b) da confissão de Argemiro e sua expulsão da despenhadeiros ilimitados e das cordilheiras
casa de Ribeiro. sem fim, donde, de espaço a espaço, surge um
c) do casamento de Luísa com o boiadeiro e monarca gigante, que o sol veste de ouro e ri-
despedida dos primos. cas pedrarias refulgentes e as nuvens toucam
d) da morte do boiadeiro, que Argemiro mata de alvos turbantes de cambraia, num luxo
em respeito ao primo. oriental de arábicos príncipes voluptuosos.
e) da declaração de Ribeiro e ruptura deste com Aluísio Azevedo, O cortiço.
o boiadeiro.
8. (Fuvest) Considere as seguintes afirmações,
7. (Fuvest) João Guimarães Rosa, em Sagarana,
relacionadas ao excerto de O cortiço:
permite ao leitor observar que:
I. O sol, que, no texto, se associa fortemen-
a) explora o folclórico do sertão.
te ao Brasil e à “pátria”, é um símbolo
b) em episódios muitas vezes palpitantes sur-
que percorre o livro como manifestação
preende a realidade nos mais leves pormeno-
da natureza tropical e, em certas passa-
res e trabalha a linguagem com esmero.
c) limita-se ao quadro do regionalismo brasileiro. gens, representa o princípio masculino
d) é muito sutil na apresentação do cotidiano da fertilidade.
banal do jagunço. II. A visão do Brasil expressa no texto mani-
e) é intimista hermético. festa a ambiguidade do intelectual brasi-
leiro da época em que a obra foi escrita, o
LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER qual acatava e rejeitava a sua terra, dela
ÀS QUESTÕES 8 A 14. se orgulhava e envergonhava, nela con-
Passaram-se semanas. Jerônimo tomava ago- fiava e dela desesperava.
ra, todas as manhãs, uma xícara de café bem III.O narrador aceita a visão exótico-român-
grosso, à moda da Ritinha, e 1tragava dois tica de uma natureza (brasileira) pode-
dedos de parati 2“pra cortar a friagem”. rosa e transformadora, reinterpretando-a
Uma 3transformação, lenta e profunda, em chave naturalista.
operava-se nele, dia a dia, hora a hora, Aplica-se ao texto o que se afirma em:
4
reviscerando-lhe o corpo e 5alando-lhe os a) I, somente.
sentidos, num 6trabalho misterioso e surdo b) II, somente.
de crisálida. A sua energia afrouxava len- c) II e III, somente.
tamente: fazia-se contemplativo e amoro-
d) I e III, somente.
so. A vida americana e a natureza do Brasil
7
patenteavam-lhe agora aspectos imprevis- e) I, II e III.
tos e sedutores que o comoviam; esquecia-
-se dos seus primitivos sonhos de ambição, 9. (Fuvest) Ao comparar Jerônimo com uma
para idealizar felicidades novas, picantes e crisálida, o narrador alude, em linguagem
violentas; 8tornava-se liberal, impreviden- literária, a fenômenos do desenvolvimento
te e franco, mais amigo de gastar que de da borboleta, por meio das seguintes expres-
guardar; adquiria desejos, tomava gosto aos sões do texto:
prazeres, e volvia-se preguiçoso, 9resignan- I. “transformação, lenta e profunda”
do-se, vencido, às imposições do sol e do (ref.3);
calor, muralha de fogo com que o espírito II. “reviscerando” (ref.4);
eternamente revoltado do último tamoio III.“alando” (ref.5);
entrincheirou a pátria contra os conquista-
IV. “trabalho misterioso e surdo” (ref.6).
dores aventureiros.
30
Tais fenômenos estão corretamente indica- 13. (Fuvest) Os costumes a que adere Jerônimo
dos em: em sua transformação, relatada no excerto,
a) I, apenas. têm como referência, na época em que se
b) I e II, apenas. passa a história, o modo de vida:
c) III e IV, apenas. a) dos degredados portugueses enviados ao
d) II, III e IV, apenas. Brasil sem a companhia da família.
e) I, II, III e IV. b) dos escravos domésticos, na região urbana
da corte, durante o Segundo Reinado.
10. (Fuvest) Um traço cultural que decorre da c) das elites produtoras de café, nas fazendas
presença da escravidão no Brasil e que está opulentas do vale do Paraíba fluminense.
implícito nas considerações do narrador do d) dos homens livres pobres, particularmente
excerto é a: em região urbana.
a) desvalorização da mestiçagem brasileira. e) dos negros quilombolas, homiziados em re-
b) promoção da música a emblema da nação. fúgios isolados e anárquicos.
c) desconsideração do valor do trabalho.
d) crença na existência de um caráter nacional 14. (Fuvest) No trecho “dos maravilhosos despe-
brasileiro. nhadeiros ilimitados e das cordilheiras sem
e) tendência ao antilusitanismo. fim, donde, de espaço a espaço, surge um
monarca gigante” (ref.11), o narrador tem
11. (Fuvest) Destes comentários sobre os tre- como referência:
chos sublinhados, o único que está correto é: a) a chapada dos Guimarães, anteriormente co-
a) “tragava dois dedos de parati” (ref.1): ex- berta por vegetação de cerrado.
pressão típica da variedade linguística pre- b) os desfiladeiros de Itaimbezinho, outrora re-
dominante no discurso do narrador. vestidos por exuberante floresta tropical.
b) “pra cortar a friagem” (ref.2): essa expressão c) a chapada Diamantina, então coberta por
está entre aspas, no texto, para indicar que florestas de araucárias.
se trata do uso do discurso indireto livre. d) a serra do Mar, que abrigava originalmente a
c) “patenteavam-lhe agora aspectos imprevis- densa mata Atlântica.
tos” (ref.1): assume o sentido de “registra- e) a serra da Borborema, caracterizada, no pas-
vam oficialmente”. sado, pela vegetação da caatinga.
d) “posto que em detrimento das suas forças fí-
sicas” (ref.10): equivale, quanto ao sentido, 15. (Fuvest) Nesse livro, ousadamente, var-
a “desde que em favor”. riam-se de um golpe o sentimentalismo
e) “tornava-se (...) imprevidente” (ref.8) e superficial, a fictícia unidade da pessoa
“resignando-se (...) às imposições do sol” humana, as frases piegas, o receio de cho-
(ref.9): trata-se do mesmo prefixo, apresen- car preconceitos, a concepção do predomí-
tando, portanto, idêntico sentido. nio do amor sobre todas as outras paixões;
afirmava-se a possibilidade de construir
12. (Fuvest) O papel desempenhado pela perso- um grande livro sem recorrer à natureza,
nagem Ritinha (Rita Baiana), no processo desdenhava-se a cor local; surgiram afinal
sintetizado no excerto, assemelha-se ao da homens e mulheres, e não brasileiros (no
personagem: sentido pitoresco) ou gaúchos, ou nortistas,
a) Iracema, do romance homônimo, na medida e, finalmente, mas não menos importante,
em que ambas simbolizam o poder de sedu- patenteava-se a influência inglesa em lugar
ção da terra brasileira sobre o português que da francesa.
aqui chegava. Lúcia Miguel-Pereira. História da Literatura Brasileira
b) Vidinha, de Memórias de um sargento de – Prosa de ficção – de 1870 a 1920 (Adaptado).
milícias, tendo em vista que uma e outra
constituem fatores decisivos para o desen- O livro a que se refere a autora é:
caminhamento de personagens masculinas a) Memórias de um sargento de milícias.
anteriormente bem orientadas. b) Til.
c) Capitu, de Dom Casmurro, a qual, como a c) Memórias póstumas de Brás Cubas.
baiana, também lança mão de seus encantos d) O cortiço.
femininos para obter ascensão social. e) A cidade e as serras.
d) Joaninha, de A cidade e as serras, pois am-
bas representam a simplicidade natural das
mulheres do campo, em oposição à beleza
artificiosa das mulheres das cidades.
e) Dora, de Capitães da areia, na medida em
que ambas são responsáveis diretas pela re-
generação física e moral de seus respectivos
pares amorosos.
31
OBSERVE A IMAGEM E LEIA O TEXTO A SE- d) representação do juízo do Comissário a res-
GUIR PARA RESPONDER À QUESTÃO 16. peito da manifesta incapacidade que tem
o Comandante Sem-Medo de ultrapassar o
dogmatismo doutrinário.
e) crítica esclarecida à mentalidade animista
– que tende a personificar os elementos da
natureza – e ao tribalismo, ainda muito di-
fundidos entre os guerrilheiros do Movimen-
to Popular de Libertação de Angola (MPLA).
32
GABARITO
1. D 2. A 3. E 4. A 5. E
6. B 7. B 8. E 9. E 10. C
11. B 12. A 13. D 14. D 15. C
16. A 17. D 18. C
33
INGLÊS
Prescrição: A prova de Língua Inglesa da Fuvest exige que o candidato saiba interpre-
tar textos publicitários, científicos e, sobretudo, jornalísticos, acompanhados ou não de
imagens.
35
workplace desires were to have paid health
insurance, retirement benefits and paid time RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
off for holidays, vacation and sick days – all
perks of full-time workers. Respondents also 1. O texto coloca “Female mosquitoes bite
expressed interest in having more chances for humans because they need the protein found
advancement, education sponsorship, disability in our blood to produce eggs. […]). If the
insurance and human-relations support. mosquito bites someone with dengue – and
Because respondents were recruited rather then, after the virus’s roughly eight – to
than randomly selected, the survey does not 12 – day replication period, bites someone
claim to be representational but a conclusion else – it passes dengue into its next victim’s
one may come to is that flexibility of new bloodstream” (os mosquitos fêmeas picam
jobs comes with a cost. Not all workers are os seres humanos porque eles precisam da
prepared for that! proteína encontrada em nosso sangue para
SFChronicle.com and SFGate.com, May 20, 2015. Adaptado. produzir ovos […]. Se o mosquito pica alguém
com dengue – e então, depois do período de
3. (Fuvest) Segundo o texto, empresas do tipo replicação do vírus de aproximadamente 8
“on-demand”: a 12 dias, pica mais alguém – o mosquito
a) têm pouco contato com seus prestadores de transmite a dengue para a corrente
serviços, o que dificulta o estabelecimento sanguínea da próxima vítima).
de planos de carreira.
2. O texto coloca “There is no vaccine against
b) são intermediárias entre usuários e pres-
tadores de serviços acionados por meio de dengue, but infecting mosquitoes with a
aplicativos. natural bacterium called Wolbachia blocks the
c) remuneram abaixo do mercado seus presta- insects’ ability to pass the disease to humans.
dores de serviços. The microbe spreads among both male and
d) exigem dos prestadores de serviços um nú- female mosquitoes: infected females lay
mero mínimo de horas trabalhadas por dia. eggs that harbor the bacterium, and when
e) estão crescendo em número, mas são critica- Wolbachia-free females mate with infected
das pela qualidade de seus serviços. males, their eggs simply do not hatch” (não
há nenhuma vacina contra a dengue, mas
4. (Fuvest) Outro resultado da mesma pesquisa infectar mosquitos com uma bactéria natural
indica que: chamada Wolbachia bloqueia a habilidade dos
a) grande parte dos trabalhadores em empresas insetos de passarem a doença aos humanos.
“on-demand” não pensa em ter um registro O micróbio se espalha tanto entre mosquitos
formal de trabalho. machos quanto fêmeas: as fêmeas infectadas
b) nem todos os trabalhadores em empresas botam ovos que possuem a bactéria e quando
“on-demand” estão preparados para arcar as fêmeas sem a Wolbachia cruzam com
com o custo de sua flexibilidade no trabalho. machos infectados, seus ovos simplesmente
c) muitos dos entrevistados que prestam servi- não eclodem).
ços nas empresas “on-demand” também têm
um trabalho formal. 3. O texto coloca “On-demand, often called the
d) vários dos entrevistados buscam o trabalho sharing economy, refers to companies that let
“on-demand” por conta do status que ele users summon workers via smartphone apps
proporciona. to handle all manner of services...” (On-
e) as vantagens de um emprego formal são me- demand, em geral chamadas de economia
nores se comparadas com as vantagens en- do compartilhamento, refere-se a empresas
volvidas no trabalho “on-demand”. que permitem que os usuários convoquem
trabalhadores por meio de aplicativos de
5. (Fuvest) Um dos resultados da pesquisa re- smartphones para lidar com vários tipos de
alizada com prestadores de serviços de em- serviços...).
presas do tipo “on-demand” mostra que es- 4. O texto coloca “...flexibility of new jobs comes
ses trabalhadores: with a cost. Not all workers are prepared
a) consideram a flexibilidade do horário de tra- for that!” (...a flexibilidade de novos
balho o ponto alto de sua opção profissional. empregos vem com um custo. Nem todos os
b) pagam seus próprios seguros-saúde e planos
trabalhadores estão prontos pra isso).
de aposentadoria.
c) investem no seu aprimoramento profissional 5. O texto coloca “...it found that their top
para obter melhores ganhos no futuro. workplace desires were to have paid health
d) têm a opção de tirar férias quando desejarem, insurance, retirement benefits and paid time
com o apoio das empresas e dos familiares. off for holidays, vacation and sick days – all
e) desejam ter os mesmos benefícios sociais perks of full-time workers” (ele [o estudo]
que trabalhadores assalariados. descobriu que seus maiores desejos [dos
36
trabalhadores de empresas on-demand]
eram de ter seguro de saúde, benefícios de PRÁTICA DOS
aposentadoria, férias, feriados e licenças
médicas remunerados – todos privilégios de CONHECIMENTOS - E.O.
trabalhadores de tempo integral).
Leia o texto a seguir para responder às ques-
tões 1 a 3.
GABARITO
1. A 2. D 3. B 4. B 5. E
37
2. (Fuvest) De acordo com o texto, a pesquisa d) uma cidade como São Paulo será pequena se
mencionada pode comparada a outras no ano de 2050.
a) colaborar para a compreensão de nossas ati- e) os países em desenvolvimento estão lidando
tudes frente a novas tarefas. melhor com a questão do êxodo rural do que
b) ajudar pessoas que possuem diversos distúr- os países desenvolvidos.
bios mentais, ainda pouco conhecidos.
c) ajudar pessoas que, normalmente, são muito 5. (Fuvest) De acordo com o texto:
distraídas e desorganizadas. a) a população rural crescerá na mesma propor-
d) colaborar para a compreensão do modo como ção que a população urbana nos próximos 20
enxergamos o mundo. anos.
e) colaborar para a compreensão do que ocor- b) a população, nas cidades, chegará a mais de
re no cérebro de pessoas com problemas de 6 bilhões de pessoas até 2050.
atenção. c) a expansão de cidades como São Paulo é um
exemplo do crescimento global.
3. (Fuvest) Segundo estudo publicado no Jour- d) a cidade de São Paulo cresceu seis vezes
nal of Neuroscience, mencionado no texto, mais, na última década, do que o previsto
a) nossa busca pela realização de tarefas diver- por especialistas.
sas aumenta o número de pulsações elétricas e) o crescimento maior da população em cen-
produzidas pelo cérebro. tros urbanos ocorrerá em países desenvolvidos.
b) os neurocientistas estão estudando como,
sem grande esforço, conseguimos focalizar Leia o texto a seguir para responder às ques-
uma coisa de cada vez. tões 6 e 7.
c) as pulsações elétricas produzidas pelo cére-
bro são intensas e constantes.
d) nosso cérebro reduz sua reação a estímulos
que são menos relevantes para a tarefa a ser
realizada, mantendo o foco.
e) o tipo de resposta que nosso cérebro fornece
frente a novas tarefas ainda é uma questão a
ser respondida pelos pesquisadores.
38
was the first wave of a proletarian revolution “One year of schooling gives you about 10
was confounded by decades of flourishing percent lower mortality rates, whereas with
capitalism and 1968 did more to change a 10 percent increase in GDP, your mortality
sex than politics. Even now, though, the rate would go down only by 1 to 2 percent.”
inchoate significance of 2013 is discernible. Discover, May 31, 2013. Adaptado.
And for politicians who want to peddle the
same old stuff, news is not good.
8. (Fuvest) No texto, ao se comparar o México
The Economist, June 29, 2013. Adaptado.
aos Estados Unidos, afirma-se que, no México:
a) o produto interno bruto é equivalente a 50%
6. (Fuvest) Segundo o texto, os protestos de do produto interno bruto dos Estados Uni-
2013, em diversos lugares do mundo: dos.
a) vêm perdendo força por falhas de organiza- b) os índices de mortalidade adulta vêm cres-
ção. cendo, nos últimos anos.
b) questionam a atuação dos lobbies nas rei- c) as mulheres representam 50% da população-
vindicações das diversas classes sociais. escolarizada.
c) condenam a corrupção e outros comporta- d) as políticas educacionais são insuficientes e
mentos inadequados da classe política. estão defasadas.
d) resultam de motivações econômicas preci- e) as taxas de mortalidade feminina adulta são
sas. pouco superiores às norte-americanas.
e) têm poucos aspectos em comum.
9. (Fuvest) O argumento central do texto é o de
7. (Fuvest) Ao comparar os protestos de 2013 que níveis mais altos de escolaridade estão
com movimentos políticos passados, afirma- diretamente relacionados a:
-se, no texto, que: a) índices mais baixos de mortalidade.
a) nem sempre esses movimentos expressam b) crescimento econômico acentuado.
anseios coletivos. c) mais empregos para as mulheres.
b) as crenças de Marx se confirmaram, mesmo d) menores taxas de natalidade.
após 1848. e) melhorias nos serviços de saúde.
c) as revoltas de 1968 causaram grandes mu-
danças políticas. 10. (Fuvest) De acordo com o texto, “about 10
d) não se sabe se os protestos de 2013 mudarão percent lower mortality rates” é resultado de :
o mundo. a) “10 percent increase in GDP”.
e) mudanças de costumes foram as principais b) “child mortality reductions”.
consequências de movimentos passados. c) “equivalent per capita GDP”.
d) “economic growth”.
Leia o texto a seguir para responder às ques- e) “one year of schooling”.
tões 8 a 10.
GABARITO
To live the longest and healthiest life
possible, get smarter. Institute for Health
Metrics and Evaluation (IHME) data show
that past a certain threshold, health and 1. B 2. E 3. D 4. C 5. B
wealth are just weakly correlated. However,
overall health is closely tied to how many 6. C 7. D 8. E 9. A 10. E
years people spend in school. Mexico, for
instance, has a fifth the per capita gross
domestic product (GDP) of the United States,
but, for women, more than 50 percent of the
latter’s schooling.
In line with the trend, Mexico’s female
adult mortality rate is only narrowly higher.
Vietnam and Yemen have roughly equivalent
per capita GDP. Yet Vietnamese women
average 6.3 more years in school and are half
as likely to die between the ages of 15 and
60. “Economic growth is also significantly
associated with child mortality reductions,
but the magnitude of the association
is much smaller than that of increased
education,” comments Emmanuela Gakidou,
IHME’s director of education and training.
39
REDAÇÃO
Fuvest
Critérios de correção
Avaliam-se, conjuntamente, a coerência dos argumentos e das opiniões e a coesão textual, ou seja, a correta
articulação das palavras, frases e parágrafos. A coerência reflete a capacidade do candidato de relacionar os
argumentos e organizá-los de forma a deles extrair conclusões apropriadas e, também, sua habilidade para o
planejamento e a construção significativa do texto. Devem-se evitar contradições entre frases ou parágrafos,
falta de encadeamento das ideias, circularidade ou quebra da progressão argumentativa, uso de argumentação
baseada apenas no senso comum e falta de conclusão ou conclusões que não decorram do que foi previamen-
te exposto. Quanto à coesão, serão verificados, entre outros, o estabelecimento de relações semânticas entre
partes do texto e o uso adequado de conectivos.
41
Pontuação dos critérios
Para cada um dos três aspectos, cada avaliador atribuirá, independentemente, pontuação de 1 a 5.
Quando os pontos atribuídos pelos dois avaliadores a um determinado aspecto divergirem em 1 ponto, valerá
a média das duas notas. Se a discrepância entre os dois avaliadores exceder 1 ponto em qualquer dos três
aspectos, a redação será objeto de terceira avaliação por banca designada para esse fim. Caberá a essa banca
decidir qual das duas notas é a mais adequada ou se cabe atribuir uma terceira nota, diversa das que foram
atribuídas. Neste caso, prevalecerá a terceira nota.
Os pontos atribuídos a cada aspecto serão multiplicados por 4, 3 e 3, respectivamente, obtendo-se, assim, uma
nota ponderada para a redação, que variará entre 10 e 50 pontos.
Além das redações em branco, receberão nota zero textos que desenvolverem tema diverso do que foi solicita-
do, ou que não atenderem à modalidade discursiva indicada. Serão passíveis de receber nota zero também os
textos com extensão claramente abaixo do limite estabelecido nas instruções da prova ou que apresentarem
elementos verbais ou visuais não relacionados com o tema da redação.
Caso a redação receba nota zero de um dos avaliadores e nota diferente de zero de outro avaliador, ela será
objeto de uma terceira avaliação, seguindo os mesmos critérios estabelecidos para os casos de discrepância
submetidos a terceira avaliação.
PROPOSTA 1
Texto I
Consideramo-nos seres tão solitários, uns tentando desesperadamente se comunicar e confrontar com os outros,
quando devíamos estar todos conectados, compartilhando e se ajudando mutuamente. Triste é precisar esperar a
adversidade para nos darmos conta do quão importante é esse engajamento.
http://lounge.obviousmag.org/vanilla_sky/2014/12/em-busca-da-coletividade-perdida.html#ixzz64EBmk3fM
Texto II
O conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade forma um sis-
tema determinado que tem sua vida própria; poderemos chamá-lo: a consciência coletiva ou comum. Sem dúvida,
ela não tem por substrato um órgão único; é, por definição, difusa em toda extensão da sociedade; mas não deixa
de ter caracteres específicos que fazem dela uma realidade distinta. Com efeito, é independente das condições
particulares em que os indivíduos estão colocados; eles passam, ela permanece. É a mesma no norte e no sul, nas
grandes e pequenas cidades, nas diferentes profissões. Da mesma forma, não muda a cada geração, mas, ao con-
trário, liga umas às outras as gerações sucessivas. Portanto, é completamente diversa das consciências particulares,
se bem que se realize somente entre indivíduos.
Émile Durkheim. A consciência coletiva.
42
Texto III
Parte do trabalho da política — seja nos partidos ou movimentos sociais — está em nos mostrar como nossos
problemas individuais têm origem em questões sistêmicas e como eles podem ser confrontados de forma coletiva
se nos organizamos em torno dessas identidades. Assim, a dívida deixa de ser uma fonte de vergonha e passa a
ser uma injustiça contra a qual os devedores podem se organizar. As lutas que envolvem o cuidado das crianças
não são exclusivas ou de culpa individual para os que são pais, mas um problema social compartilhado que temos
a responsabilidade de enfrentar em conjunto.
Os inventores do neoliberalismo perceberam bem esse processo de criação da identidade. Ao caracterizar as pes-
soas como egoístas, maximizadoras racionais da utilidade, eles as encorajaram ativamente a se tornarem aquilo.
Esse não é um efeito colateral da política neoliberal, mas uma parte central de sua intenção. Como Michael Sandel
apontou em 2012, em seu livro “O que o dinheiro não compra: Os limites morais dos mercados”, o neoliberalismo
comprime os valores divergentes que anteriormente governavam as esferas da vida não mercantis, como a ética do
serviço público no setor público, ou o atendimento mútuo nas comunidades locais.
https://outraspalavras.net
Texto IV
O fenômeno dos coletivos é um traço regressivo no embate com a solidão do homem moderno. É uma tentativa,
canhestra e primitiva, de “voltar ao útero materno” para ver se o ruído insuportável da realidade disforme do mun-
do se dissolve porque grito palavras de ordem ou faço coisas pelas quais eu mesmo não sou responsabilizado, mas
sim o “coletivo”, essa “pessoa” indiferenciada que não existe.
(Luiz Felipe Pondé. “Sapiens x abelhas”. Folha de S.Paulo, 23.05.2016. Adaptado.)
Texto V
43
PROPOSTA 2
Texto I
Segundo René Mucchielli, o conformismo é a atitude social que consiste em se submeter às opiniões, regras,
normas, modelos que representam a mentalidade coletiva ou osistema de valores do grupo ao qual se adere a
torná-los seus. Esse processo, amplamente estudado em psicologia social, corresponde mudanças de opinião, de
comportamento ou mesmo de percepção de um indivíduo ou grupo minoritário, em situações influência ou pressão
social exercida por parte de outros indivíduos ou por um grupo dominante.
http://causacaopsi.blogspot.com/2014/05/conformismo-quandoa-conformidade-se-da.html
Texto II
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando
uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e
torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o
trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que
fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangra-
mentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que
aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
Marina Colasanti, In: “Eu sei, mas não devia”
Texto III
44
Texto IV
Texto V
Não importa contradição
O que importa é televisão
Dizem que não há nada que você não se acostume
Cala a boca e aumenta o volume então.
MELLO, B.; BRITTO, S. A melhor banda de todos os tempos da última semana. São Paulo: Abril Music, 2001 (fragmento).
Texto VI
Olhem desconfiados e perguntem
Se é necessário, a começar do mais comum.
E, por favor, não achem natural
O que acontece e torna a acontecer:
Não se deve dizer que nada é natural
Numa época de confusão e sangue
desordem ordenada, arbítrio de propósito
humanidade desumanizada
para que imutável não se considere
nada!
Berltold Brecht. A exceção e a regra.
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RASCUNHO 1
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RASCUNHO 2
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RASCUNHO 3
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C H CIÊNCIAS HUMANAS
e suas tecnologias
HISTÓRIA
Fuvest - História Geral
Mundo contemporâneo, 27%
Mundo moderno, 21%
Antiguidade clássica, 12%
Idade media, 7%
Atualidades, 5%
Antiguidade oriental, 2%
Pre-história, 2%
América Colonial, 5%
América Independete,2%
Problemas sociais, 5%
História da arte, 5%
Conhecimentos gerais, 5%
História da ciência, 2%
As imagens revelam:
a) o caráter familiar do cultivo agrícola no Oriente Próximo, dada a escassez de mão de obra e a proibição,
no antigo Egito, do trabalho compulsório.
b) a inexistência de qualquer conhecimento tecnológico que permitisse o aprimoramento da produção de
alimentos, o que provocava longas temporadas de fome.
c) o prevalecimento da agricultura como única atividade econômica, dada a impossibilidade de caça ou
pesca nas regiões ocupadas pelo antigo Egito.
d) a dificuldade de acesso à água em todo o Egito, o que limitava as atividades de plantio e inviabilizava
a criação de gado de maior porte.
e) a importância das atividades agrícolas no antigo Egito, que ocupavam os trabalhadores durante apro-
ximadamente metade do ano.
51
3. (Fuvest) Em certos aspectos, os gregos da An- 5. (Fuvest) O desenvolvimento de teorias cien-
tiguidade foram sempre um povo disperso. tíficas, geralmente, tem forte relação com
Penetraram em pequenos grupos no mundo contextos políticos, econômicos, sociais e
mediterrânico e, mesmo quando se instala- culturais mais amplos. A evolução dos con-
ram e acabaram por dominá-lo, permanece- ceitos básicos da termodinâmica ocorre,
ram desunidos na sua organização política. principalmente, no contexto:
No tempo de Heródoto, e muito antes dele, a) da Idade Média.
encontravam-se colônias gregas não somen- b) das grandes navegações.
te em toda a extensão da Grécia atual, como c) da Revolução Industrial.
d) do período entre as duas grandes guerras
também no litoral do mar Negro, nas costas
mundiais.
da atual Turquia, na Itália do sul e na Sicília
e) da Segunda Guerra Mundial.
oriental, na costa setentrional da África e no
litoral mediterrânico da França. No interior
desta elipse de uns 2500 km de comprimen- 6. (Fuvest) No século XIX, o surgimento do
to, encontravam-se centenas e centenas de transporte ferroviário provocou profundas
comunidades que amiúde diferiam na sua modificações em diversas partes do mundo,
estrutura política e que afirmaram sempre a possibilitando maior e melhor circulação de
pessoas e mercadorias entre grandes distân-
sua soberania. Nem então nem em nenhuma
cias. Dentre tais modificações, as ferrovias:
outra altura, no mundo antigo, houve uma
a) facilitaram a integração entre os Estados
nação, um território nacional único regido nacionais latino-americanos, ampliaram a
por uma lei soberana, que se tenha chamado venda do café brasileiro para os países vizi-
Grécia (ou um sinônimo de Grécia). nhos e estimularam a constituição de amplo
FINLEY, M.I. O mundo de Ulisses. Lisboa: mercado regional.
Presença, 1972 (Adaptado). b) permitiram que a cidade de Manchester se
conectasse diretamente com os portos do sul
Com base no texto, pode-se apontar corre- da Inglaterra e, dessa forma, provocaram o
tamente: surgimento do sistema de fábrica.
a) a desorganização política da Grécia antiga, c) facilitaram a integração comercial do ocidente
que sucumbiu rapidamente ante as investi- com o extremo oriente, substituíram o trans-
das militares de povos mais unidos e mais porte de mercadorias pelo mar Mediterrâneo e
bem preparados para a guerra, como os egíp- despertaram o sonho de integração mundial.
cios e macedônios. d) permitiram uma ligação mais rápida e ágil,
b) a necessidade de profunda centralização po- nos Estados Unidos, entre a costa leste e a
lítica, como a ocorrida entre os romanos e costa oeste, chegando até a Califórnia, palco
cartagineses, para que um povo pudesse ex- da famosa corrida do ouro.
pandir seu território e difundir sua produção e) permitiram a chegada dos europeus ao cen-
cultural. tro da África, reforçaram a crença no poder
c) a carência, entre quase todos os povos da transformador da tecnologia e demonstraram
antiguidade, de pensadores políticos, capa- a capacidade humana de se impor à natureza.
zes de formular estratégias adequadas de
estruturação e unificação do poder político.
d) a inadequação do uso de conceitos moder-
nos, como nação ou Estado nacional, no es- RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
tudo sobre a Grécia antiga, que vivia sob ou-
tras formas de organização social e política. 1. A resposta cabe a todos os povos no perío-
e) a valorização, na Grécia antiga, dos princí- do Neolítico, entendido não por sua data-
pios do patriotismo e do nacionalismo, como ção, mas pelas mudanças na forma de or-
forma de consolidar política e economica- ganização humana. Nesse período, grupos
mente o Estado nacional. humanos aprenderam a domesticar plantas
e animais, o que foi determinante para a se-
4. (Fuvest) “A instituição das corveias variava dentarização. Muitos denominam esse pro-
de acordo com os domínios senhoriais, e, no cesso de revolução agrícola e de revolução
interior de cada um, de acordo com o estatu- urbana, respectivamente. A produção de ce-
to jurídico dos camponeses, ou de seus man- râmica permitiu o armazenamento de parte
sos [parcelas de terra].” da produção agrícola, ainda voltada para o
BLOCH, Marc. Os caracteres originais da França rural. 1952. consumo das próprias comunidades.
Esta frase sobre o feudalismo trata: 2. A agricultura – marca básica da passagem do
a) da vassalagem. Paleolítico para o Neolítico – foi a base das
b) do colonato. primeiras civilizações antigas, como o Egito.
c) do comitatus. Parte central da economia egípcia, a agricul-
d) da servidão. tura movimentava todos os segmentos so-
e) da guilda. ciais egípcios, como mostram as imagens.
52
3. A Grécia antiga nunca chegou a ser uma na-
ção ou um império (termo muito usado na PRÁTICA DOS
antiguidade). A Grécia era o que chamamos
de organização em cidades-Estado. Sendo CONHECIMENTOS - E.O.
assim, cada povo grego, em cada cidade-Es-
tado, vivia à sua maneira, de modo descen- 1. (Fuvest) Os impérios do mundo antigo ti-
tralizado ou disperso, como classifica o autor nham ampla abrangência territorial e estru-
do texto que acompanha a questão. turas politicamente complexas, o que impli-
cava custos crescentes de administração. No
4. Na época do feudalismo, a corveia era o tra-
caso do Império Romano da antiguidade, são
balho gratuito que os servos e camponeses
exemplos desses custos:
deviam prestar ao seu senhor feudal ou ao
a) as expropriações de terras dos patrícios e a
Estado, três ou mais dias por semana, carac-
geração de empregos para os plebeus.
terizando-se como um dos tributos previstos
b) os investimentos na melhoria dos serviços
no contrato de enfeudação.
de assistência e da previdência social.
5. Os conceitos básicos da termodinâmica foram c) as reduções de impostos, que tinham a fina-
alavancados a partir de 1698 com a invenção lidade de evitar revoltas provinciais e rebeli-
da primeira térmica, uma bomba-d’água que ões populares.
funcionava com vapor, criada por Thomas d) os gastos cotidianos das famílias pobres com
Severy, para retirar água das minas de car- alimentação, moradia, educação e saúde.
vão, na Inglaterra. A partir daí, essa máqui- e) as despesas militares, a realização de obras
na foi sendo cada vez mais aprimorada com públicas e a manutenção de estradas.
a contribuição de vários engenheiros, inven-
tores e construtores de instrumentos, como 2. (Fuvest) O aparecimento da pólis constitui,
James Watt. Por volta de 1760, a máquina
na história do pensamento grego, um acon-
térmica já era um sucesso, tendo importante
tecimento decisivo. Certamente, no plano
contribuição na revolução industrial.
intelectual como no domínio das institui-
A primeira revolução industrial revolucio-
ções, só no fim alcançará todas as suas con-
nou a maneira como se produziam as mer-
sequências; a pólis conhecerá etapas múl-
cadorias, em especial com a criação de ma-
tiplas e formas variadas. Entretanto, desde
quinários movidos a vapor. Na Inglaterra da
seu advento, que se pode situar entre os sé-
década de 1770, o mercado de tecidos, os
culos VIII e VII a.C., marca um começo, uma
transportes (como trens e navios) e as comu-
verdadeira invenção; por ela, a vida social e
nicações funcionavam a partir da máquina a
as relações entre os homens tomam uma for-
vapor. Logo, a termodinâmica está relaciona-
da à revolução industrial. ma nova, cuja originalidade será plenamente
sentida pelos gregos.
6. No século XIX, o transporte ferroviário se VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento
desenvolveu na Europa e na América, inclu- grego. Rio de Janeiro: Difel, 1981 (Adaptado).
sive no Brasil. Em nosso país, esteve ligado à
exportação de café para a Europa, escoando o De acordo com o texto, na antiguidade, uma
produto do interior para os portos de Santos das transformações provocadas pelo surgi-
e Rio de Janeiro. Na Inglaterra, as ferrovias mento da pólis foi:
são posteriores ao surgimento do “sistema a) o declínio da oralidade, pois, em seu terri-
de fábrica”, necessárias para escoar a produ- tório, toda estratégia de comunicação era
ção em expansão. As ferrovias foram funda- baseada na escrita e no uso de imagens.
mentais nos EUA, pois foi no século XIX que b) o isolamento progressivo de seus membros,
as terras no sul, até a Califórnia no extremo que preferiam o convívio familiar às relações
oeste, pertencentes ao México, foram con- travadas nos espaços públicos.
quistadas e tiveram sua exploração iniciada. c) a manutenção de instituições políticas arcai-
cas, que reproduziam, nela, o poder absolu-
to de origem divina do monarca.
GABARITO d) a diversidade linguística e religiosa, pois sua
difusa organização social dificultava a cons-
trução de identidades culturais.
1. B 2. E 3. D 4. D 5. C e) a constituição de espaços de expressão e
6. D discussão, que ampliavam a divulgação das
ações e ideias de seus membros.
53
3. (Fuvest) César não saíra de sua província 6. (Fuvest) A cidade é [desde o ano 1000] o
para fazer mal algum, mas para se defender principal lugar das trocas econômicas que
dos agravos dos inimigos, para restabelecer recorrem sempre mais a um meio de troca
em seus poderes os tribunos da plebe que ti- essencial: a moeda. [...] Centro econômico,
nham sido, naquela ocasião, expulsos da Ci- a cidade é também um centro de poder. Ao
dade, para devolver a liberdade a si e ao povo lado do e, às vezes, contra o poder tradicio-
romano oprimido pela facção minoritária. nal do bispo e do senhor, frequentemente
CÉSAR, Caio Júlio. A guerra civil. São Paulo: confundidos numa única pessoa, um grupo
Estação Liberdade, 1999, p. 67. de homens novos, os cidadãos ou burgueses,
O texto, do século I a.C., retrata o cenário conquista “liberdades”, privilégios cada vez
romano de: mais amplos.
a) implantação da monarquia, quando a aristo- LE GOFF, Jacques. São Francisco de Assis.
Rio de Janeiro: Record, 2010 (Adaptado).
cracia perseguia seus opositores e os forçava
ao ostracismo, para sufocar revoltas oligár- O texto trata de um período em que:
quicas e populares.
a) os fundamentos do sistema feudal coexis-
b) transição da república ao império, período
tiam com novas formas de organização polí-
de reformulações provocadas pela expansão
mediterrânica e pelo aumento da insatisfa- tica e econômica, que produziam alterações
ção da plebe. na hierarquia social e nas relações de poder.
c) consolidação da república, marcado pela b) o excesso de metais nobres na Europa provo-
participação política de pequenos proprietá- cava abundância de moedas, que circulavam
rios rurais e pela implementação de amplo apenas pelas mãos dos grandes banqueiros e
programa de reforma agrária. dos comerciantes internacionais.
d) passagem da monarquia à república, período c) o anseio popular por liberdade e igualdade
de consolidação oligárquica, que provocou a social mobilizava e unificava os trabalhado-
ampliação do poder e da influência política res urbanos e rurais e envolvia ativa partici-
dos militares. pação de membros do baixo clero.
e) decadência do império, então sujeito a inva- d) a Igreja romana, que se opunha ao acúmulo
sões estrangeiras e à fragmentação política
de bens materiais, enfrentava forte oposição
gerada pelas rebeliões populares e pela ação
da burguesia ascendente e dos grandes pro-
dos bárbaros.
prietários de terras.
4. (Fuvest) A escravidão na Roma antiga: e) as principais características do feudalismo,
a) permaneceu praticamente inalterada ao lon- sobretudo a valorização da terra, haviam
go dos séculos, mas foi abolida com a intro- sido completamente superadas e substitu-
dução do cristianismo. ídas pela busca incessante do lucro e pela
b) previa a possibilidade de alforria do escravo valorização do livre comércio.
apenas no caso da morte de seu proprietário.
c) era restrita ao meio rural e associada ao tra-
7. (Fuvest) Assim como o camponês, o merca-
balho braçal, não ocorrendo em áreas urba-
dor está a princípio submetido, na sua ativi-
nas, nem atingindo funções intelectuais ou
administrativas. dade profissional, ao tempo meteorológico,
d) pressupunha que os escravos eram humanos ao ciclo das estações, à imprevisibilidade
e, por isso, era proibida toda forma de casti- das intempéries e dos cataclismos naturais.
go físico. Como, durante muito tempo, não houve nes-
e) variou ao longo do tempo, mas era determi- se domínio senão necessidade de submissão
nada por três critérios: nascimento, guerra e à ordem da natureza e de Deus, o mercador
direito civil. só teve como meio de ação as preces e as prá-
ticas supersticiosas. Mas, quando se organiza
5. (Fuvest) A palavra “feudalismo” carrega uma rede comercial, o tempo se torna ob-
consigo vários sentidos. Dentre eles, podem- jeto de medida. A duração de uma viagem
-se apontar aqueles ligados a: por mar ou por terra, ou de um lugar para
a) sociedades marcadas por dependências outro, o problema dos preços que, no curso
mútuas e assimétricas entre senhores e de uma mesma operação comercial, mais
vassalos. ainda quando o circuito se complica, sobem
b) relações de parentesco determinadas pelo ou descem tudo isso se impõe cada vez mais
local de nascimento, sobretudo quando ur- à sua atenção. Mudança também importan-
bano. te: o mercador descobre o preço do tempo
c) regimes inteiramente dominados pela fé re- no mesmo momento em que ele explora o
ligiosa, seja ela cristã ou muçulmana. espaço, pois para ele a duração essencial é
d) altas concentrações fundiárias e capitalistas. aquela de um trajeto.
e) formas de economias de subsistência pré- LE GOFF, Jacques. Para uma outra Idade Média.
-agrícolas. Petrópolis: Vozes, 2013 (Adaptado).
54
O texto associa a mudança da percepção do 9. (Fuvest) Quando Bernal Díaz avistou pela pri-
tempo pelos mercadores medievais ao: meira vez a capital asteca, ficou sem pala-
a) respeito estrito aos princípios do livre comér- vras. Anos mais tarde, as palavras viriam:
cio, que determinavam a obediência às regras ele escreveu um alentado relato de suas ex-
internacionais de circulação de mercadorias. periências como membro da expedição es-
b) crescimento das relações mercantis, que pas- panhola liderada por Hernán Cortés rumo
saram a envolver territórios mais amplos e ao Império Asteca. Naquela tarde de no-
distâncias mais longas.
vembro de 1519, porém, quando Díaz e seus
c) aumento da navegação oceânica, que permi-
companheiros de conquista emergiram do
tiu o estabelecimento de relações comerciais
regulares com a América. desfiladeiro e depararam-se pela primeira
d) avanço das superstições na Europa ocidental, vez com o Vale do México lá embaixo, viram
que se difundiram a partir de contatos com um cenário que, anos depois, assim descre-
povos do leste desse continente e da Ásia. veram: “vislumbramos tamanhas maravi-
e) aparecimento dos relógios, que foram inven- lhas que não sabíamos o que dizer, nem se
tados para calcular a duração das viagens ul- o que se nos apresentava diante dos olhos
tramarinas. era real”.
RESTALL, Matthew. Sete mitos da conquista espanhola. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p. 15-16 (Adaptado).
8. (Fuvest) Deve-se notar que a ênfase dada à
faceta cruzadística da expansão portuguesa O texto mostra um aspecto importante da con-
não implica, de modo algum, que os inte- quista da América pelos espanhóis, a saber:
resses comerciais estivessem dela ausentes a) a superioridade cultural dos nativos ameri-
– como tampouco o haviam estado das cru- canos em relação aos europeus.
zadas do Levante, em boa parte manejadas b) o caráter amistoso do primeiro encontro e da
e financiadas pela burguesia das repúblicas posterior convivência entre conquistadores
marítimas da Itália. Tão mesclados andavam e conquistados.
os desejos de dilatar o território cristão com c) a surpresa dos conquistadores diante de ma-
as aspirações por lucro mercantil que, na sua nifestações culturais dos nativos americanos.
d) o reconhecimento, pelos nativos, da impor-
oração de obediência ao pontífice romano, D.
tância dos contatos culturais e comerciais
João II não hesitava em mencionar entre os com os europeus.
serviços prestados por Portugal à cristandade e) a rápida desaparição das culturas nativas da
o trato do ouro da Mina, “comércio tão santo, América espanhola.
tão seguro e tão ativo” que o nome do Salva-
dor, “nunca antes nem de ouvir dizer conhe-
10. (Fuvest) “O senhor acredita, então”, insis-
cido”, ressoava agora nas plagas africanas...
tiu o inquisidor, “que não se saiba qual a
THOMAZ, Luiz Felipe. “D. Manuel, a Índia e
melhor lei?” Menocchio respondeu: “Senhor,
o Brasil”. Revista de História (USP), 161, 2º
semestre de 2009, p. 16-17 (Adaptado). eu penso que cada um acha que sua fé seja
a melhor, mas não se sabe qual é a melhor;
Com base na afirmação do autor, pode-se di- mas, porque meu avô, meu pai e os meus são
zer que a expansão portuguesa dos séculos cristãos, eu quero continuar cristão e acredi-
XV e XVI foi um empreendimento: tar que essa seja a melhor fé”.
a) puramente religioso, bem diferente das cru- GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes.
zadas dos séculos anteriores, já que essas São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 113.
eram, na realidade, grandes empresas comer-
ciais financiadas pela burguesia italiana. O texto apresenta o diálogo de um inquisi-
b) ao mesmo tempo religioso e comercial, já que dor com um homem (Menocchio) processa-
era comum, à época, a concepção de que a do, em 1599, pelo Santo Ofício. A posição
expansão da cristandade servia à expansão de Menocchio indica:
econômica e vice-versa. a) uma percepção da variedade de crenças, pas-
c) por meio do qual os desejos por expansão ter- síveis de serem consideradas, pela Igreja ca-
ritorial portuguesa, dilatação da fé cristã e tólica, como heréticas.
conquista de novos mercados para a econo- b) uma crítica à incapacidade da Igreja católi-
mia europeia mostrar-se-iam incompatíveis. ca de combater e eliminar suas dissidências
d) militar, assim como as cruzadas dos séculos internas.
anteriores, e no qual objetivos econômicos e c) um interesse de conhecer outras religiões e
religiosos surgiriam como complemento ape- formas de culto, atitude estimulada, à épo-
nas ocasional. ca, pela Igreja católica.
e) que visava, exclusivamente, lucrar com o co- d) um apoio às iniciativas reformistas dos pro-
mércio intercontinental, a despeito de, ofi- testantes, que defendiam a completa liber-
cialmente, autoridades políticas e religiosas dade de opção religiosa.
afirmarem que seu único objetivo era a ex- e) uma perspectiva ateísta, baseada na sua ex-
pansão da fé cristã. periência familiar.
55
11. (Fuvest) O texto é parte de uma carta enviada por
Graco Babeuf à sua mulher, no início da Re-
volução Francesa de 1789. O autor:
a) discorda dos propósitos revolucionários e
defende a continuidade do antigo regime,
seus métodos e costumes políticos.
b) apoia incondicionalmente as ações dos re-
volucionários por acreditar que não havia
outra maneira de transformar o país.
c) defende a criação de um poder judiciário,
que atue junto ao rei.
d) caracteriza a violência revolucionária como
uma reação aos castigos e à repressão antes
existentes na França.
A imagem pode ser corretamente lida como e) aceita os meios de tortura empregados pelos
uma: revolucionários e os considera uma novidade
a) defesa do mercantilismo e do protecionismo na história francesa.
comercial ingleses, ameaçados pela cobiça
de outros impérios, sobretudo o francês. 14. (Fuvest) Maldito, maldito criador! Por que eu
b) crítica à monarquia inglesa, vista, no contex- vivo? Por que não extingui, naquele instan-
to da expansão revolucionária francesa, como te, a centelha de vida que você tão desuma-
opressora da própria sociedade inglesa. namente me concedeu? Não sei! O desespero
c) alegoria das pretensões francesas sobre a In- ainda não se apoderara de mim. Meus sen-
glaterra, já que Napoleão Bonaparte era fre- timentos eram de raiva e vingança. Quando
quentemente considerado, pela burguesia, a noite caiu, deixei meu abrigo e vagueei
um líder revolucionário ateu. pelos bosques. (...) Oh! Que noite miserável
d) apologia da monarquia e da igreja inglesas, passei eu! Sentia um inferno devorar-me, e
contrárias à laicização da política e dos cos- desejava despedaçar as árvores, devastar e
tumes típicos da Europa da época. assolar tudo o que me cercava, para depois
e) propaganda de setores comerciais ingleses, sentar-me e contemplar satisfeito a destrui-
defensores dos monopólios comerciais e con- ção. Declarei uma guerra sem quartel à espé-
trários ao livre-cambismo que, à época, ga- cie humana e, acima de tudo, contra aquele
nhava força no país. que me havia criado e me lançara a esta in-
suportável desgraça!
12. (Fuvest) As chamadas “revoluções inglesas”,
SHELLEY, Mary. Frankenstein. 2. ed. Porto Alegre: LPM, 1985.
transcorridas entre 1640 e 1688, tiveram
como resultados imediatos: O trecho acima, extraído de uma obra lite-
a) a proclamação dos Direitos do Homem e do rária publicada pela primeira vez em 1818,
Cidadão e o fim dos monopólios comerciais. pode ser lido corretamente como uma:
b) o surgimento da monarquia absoluta e as a) apologia à guerra imperialista, incorporando
guerras contra a França napoleônica. o desenvolvimento tecnológico do período.
c) o reconhecimento do catolicismo como reli- b) crítica à condição humana em uma socie-
gião oficial e o fortalecimento da ingerência dade industrializada e de grandes avanços
papal nas questões locais. científicos.
d) o fim do anglicanismo e o início das demar- c) defesa do clericalismo em meio à crescente
cações das terras comuns. laicização do mundo ocidental.
e) o fortalecimento do Parlamento e o aumen- d) recusa do evolucionismo, bastante em voga
to, no governo, da influência dos grupos li- no período.
gados às atividades comerciais. e) adesão a ideias e formulações humanistas de
igualdade social.
13. (Fuvest) Oh! Aquela alegria me deu náuseas.
15. (Fuvest) A ideia de ocupação do continen-
Sentia-me ao mesmo tempo satisfeito e des-
te pelo povo americano teve também raízes
contente. E eu disse: tanto melhor e tanto
populares, no senso comum e também em
pior. Eu entendia que o povo comum esta-
fundamentos religiosos. O sonho de esten-
va tomando a justiça em suas mãos. Aprovo
der o princípio da “união” até o Pacífico foi
essa justiça, mas poderia não ser cruel? Cas-
chamado de “Destino Manifesto”.
tigos de todos os tipos, arrastamentos e es-
NARO, Nancy Priscilla S. A formação dos Estados
quartejamentos, tortura, a roda, o cavalete, Unidos. São Paulo: Atual, 1986, p. 19.
a fogueira, verdugos proliferando por toda
parte trouxeram tanto prejuízo aos nossos A concepção de “Destino Manifesto”, cunha-
costumes! Nossos senhores colherão o que da nos Estados Unidos da década de 1840:
semearam. a) difundiu a ideia de que os norte-americanos
eram um povo eleito e contribuiu para jus-
BABEUF, Graco, citado por DARNTON, R. O beijo de
tificar o desbravamento de fronteiras e a ex-
Lamourette. Mídia, cultura e revolução. São Paulo:
Companhia das Letras, 1990, p. 31 (Adaptado). pansão em direção ao Oeste.
56
b) tinha origem na doutrina judaica e enfati- guerras, o que causou um generalizado
zava que os homens deviam temer a Deus e abandono dos recursos necessários ao con-
respeitar a todos os semelhantes, indepen- trole de doenças como o tifo.
dentemente de sua etnia ou posição social. c) as epidemias, nas duas guerras mundiais, não
c) baseava-se no princípio do multiculturalis- afetaram os combatentes dos países ricos, já
mo e impediu a propagação de projetos ou que estes, ao contrário dos combatentes dos
ideologias racistas no Sul e no Norte dos Es- países pobres, encontravam-se imunizados
tados Unidos. contra doenças causadas por vírus.
d) derivou de princípios calvinistas e rejei- d) a ameaça constante de epidemia de tifo re-
tava a valorização do individualismo e do sultava da precariedade das condições de hi-
aventureirismo nas campanhas militares de giene e saneamento decorrentes do enfren-
conquista territorial, privilegiando as ações tamento de populações humanas submetidas
coordenadas pelo Estado. a uma escala de destruição incomum promo-
e) defendia a necessidade de se preservar a na- vida pelas duas guerras mundiais.
tureza e impediu o prosseguimento das guer- e) o tifo, principalmente na Primeira Guerra
ras contra indígenas, na conquista do Centro Mundial, foi utilizado como arma letal con-
e do Oeste do território norte-americano. tra exércitos inimigos no leste europeu, que
eram propositadamente contaminados com
16. (Fuvest) A exploração da mão de obra es- o vírus da doença.
crava, o tráfico negreiro e o imperialismo
criaram conflitivas e duradouras relações de 18. (Fuvest) O que acontece quando a gente se
aproximação entre os continentes africano vê duplicado na televisão? (...). Aprendemos
e europeu. Muitos países da África, mesmo não só durante os anos de formação mas
depois de terem se tornado independentes, também na prática a lidar com nós mesmos
continuaram usando a língua dos coloniza- com esse “eu” duplo. E, mais tarde, (...) em
dores. O português, por exemplo, é língua 1974, ainda detido para averiguação na pe-
oficial de: nitenciária de Colônia-Ossendorf, quando
a) Camarões, Angola e África do Sul. me foi atendida, sem problemas, a solici-
b) Serra Leoa, Nigéria e África do Sul. tação de um aparelho de televisão na cela,
c) Angola, Moçambique e Cabo Verde.
apenas durante o período da Copa do Mundo,
d) Cabo Verde, Serra Leoa e Sudão.
os acontecimentos na tela me dividiram em
e) Camarões, Congo e Zimbábue.
vários sentidos. Não quando os poloneses jo-
17. (Fuvest) Quando a guerra mundial de 1914- garam uma partida fantástica sob uma chu-
-1918 se iniciou, a ciência médica tinha va torrencial, não quando a partida contra a
feito progressos tão grandes que se espera- Austrália foi vitoriosa e houve um empate
va uma conflagração sem a interferência de contra o Chile, aconteceu quando a Alema-
grandes epidemias. Isso sucedeu na frente nha jogou contra a Alemanha. Torcer para
ocidental, mas à leste o tifo precisou de ape- quem? Eu ou eu torci para quem? Para que
nas três meses para aparecer e se estabele- lado vibrar? Qual Alemanha venceu?
cer como o principal estrategista na região GRASS, Gunter. Meu século. Rio de Janeiro:
(...). No momento em que a Segunda Guerra Record, 2000, p. 237 (Adaptado).
Mundial está acontecendo, em territórios em
que o tifo é endêmico, o espectro de uma O trecho acima, extraído de uma obra literá-
grande epidemia constitui ameaça constan- ria, alude a um acontecimento diretamente
te. Enquanto estas linhas estão sendo escri- relacionado:
tas (primavera de 1942) já foram recebidas a) à política nazista de fomento aos esportes
notificações de surtos locais, e pequenos, considerados “arianos” na Alemanha.
mas a doença parece continuar sob controle b) ao aumento da criminalidade na Alemanha,
e muito provavelmente permanecerá assim com o fim da Segunda Guerra Mundial.
por algum tempo. c) à Guerra Fria e à divisão política da Ale-
SIGERIST, Henry E. Civilização e doença. manha em duas partes, a “ocidental” e a
São Paulo: Hucitec, 2010, p. 130-132.
“oriental”.
O correto entendimento do texto acima per- d) ao recente aumento da população de imi-
mite afirmar que: grantes na Alemanha e reforço de sentimen-
a) o tifo, quando a humanidade enfrentou as tos xenófobos.
duas grandes guerras mundiais do século XX, e) ao caráter despolitizado dos esportes em um
era uma ameaça porque ainda não tinha se contexto de capitalismo globalizado.
desenvolvido a biologia microscópica, que
anos depois permitiria identificar a existên-
cia da doença.
b) parte significativa da pesquisa biológica
foi abandonada em prol do atendimento de
demandas militares advindas dessas duas
57
19. (Fuvest) Examine a seguinte imagem, que Entre os exemplos do alongamento dos confli-
foi inspirada pela situação da Índia de 1946. tos internos nos países africanos em função
de “interesses extracontinentais”, a que se
refere o texto, pode-se citar a participação:
a) da Holanda e da Itália na guerra civil do Zai-
re, na década de 1960, motivada pelo con-
trole sobre a mineração de cobre na região.
b) dos Estados Unidos na implantação do
apartheid na África do Sul, na década de
1970, devido às tensões decorrentes do mo-
vimento pelos direitos civis.
c) da França no apoio à luta de independên-
cia na Argélia e no Marrocos, na década de
1950, motivada pelo interesse em controlar
as reservas de gás natural desses países.
d) da China na luta pela estabilização política
no Sudão e na Etiópia, na década de 1960,
motivada pelas necessidades do governo Mao
Tsé-Tung em obter fornecedores de petróleo.
e) da União Soviética e Cuba nas guerras civis
de Angola e Moçambique, na década de 1970,
motivada pelas rivalidades e interesses geo-
políticos característicos da Guerra Fria.
58
c) reforma liberal, na metade do século XX, Essa campanha representou a:
quando a Igreja católica passou a controlar a) luta dos sul-africanos contra o regime do
quase todo o território mexicano. apartheid então vigente.
d) guerra entre Estados Unidos e México, em b) conciliação entre os segregacionistas e os
meados do século XIX, em que o México per- partidários da democracia racial.
deu quase metade de seu território. c) proposta de ampliação da luta antiapartheid
e) ditadura militar, no final do século XIX, que
no continente africano.
devolveu às comunidades indígenas do Mé-
xico as terras expropriadas e rompeu com o d) contemporização diante dos atos de violên-
capitalismo internacional. cia contra os direitos humanos.
e) superação dos preconceitos raciais por parte
dos africânderes.
22. (Fuvest)
24. (Fuvest) O processo de expansão das carac-
terísticas multilaterais do sistema ociden-
tal nas diversas áreas do mundo conheceu
crescente impasse a partir do início do novo
século. A sustentabilidade de um sistema
substancialmente unipolar mostrou-se cada
vez mais crítica, precisamente em face das
transformações estruturais, ligadas, antes
de mais nada, ao crescimento econômico da
Ásia, que pareciam complementar e susten-
A fotografia acima, tirada em Beijing, China, tar a ordem mundial do pós-Guerra Fria. A
em 1989, pode ser identificada, corretamen- ameaça do fundamentalismo islâmico e do
te, como: terrorismo internacional dividiu o Ocidente.
a) reveladora do sucateamento do exército chi-
O papel de pilar dos Estados Unidos oscilou
nês, sinal mais visível da crise econômica
que então se abateu sobre aquela potência entre um unilateralismo imperial, tendendo
comunista. a renegar as próprias características da he-
b) emblema do conflito cultural entre Ocidente gemonia, e um novo multilateralismo, ainda
e Oriente, que resultou na recuperação de a ser pensado e definido.
valores religiosos ancestrais na China. PONS, Silvio. A revolução global: história
c) demonstração da incapacidade do Partido do comunismo internacional (1917-1991).
Comunista Chinês de impor sua política pela Rio de Janeiro: Contraponto, 2014.
força, já que o levante daquele ano derrubou
o regime. O texto propõe uma interpretação do cenário
d) montagem jornalística, logo desmascarada internacional no princípio do século XXI e
pela revelação de que o homem que nela afirma a necessidade de se:
aparece é chinês, enquanto os tanques são a) valorizar a liderança norte-americana sobre
soviéticos. o Ocidente, pois apenas os Estados Unidos
e) símbolo do confronto entre liberdade de ex- dispõem de recursos financeiros e militares
pressão e autoritarismo político, ainda hoje para assegurar a nova ordem mundial.
marcante naquele país. b) reconhecer a falência do modelo comunista,
hegemônico durante a Guerra Fria, e aceitar
23. (Fuvest) Cartaz de 1994 da campanha de Nel- a vitória do capitalismo e da lógica multila-
son Mandela à presidência da África do Sul. teral que se constituiu a partir do final do
século XX.
c) combater o terrorismo islâmico, pois ele re-
presenta a principal ameaça à estabilidade
e à harmonia econômica e política entre os
Estados nacionais.
d) reavaliar o sentido da chamada globaliza-
ção, pois a hegemonia política e financeira
norte-americana tem enfrentado impasses e
resistências.
e) identificar o crescimento vertiginoso da Chi-
na e reconhecer o atual predomínio econô-
mico e financeiro dos países do Oriente na
nova ordem mundial.
59
GABARITO
1. E 2. E 3. D 4. E 5. A
6. A 7. B 8. B 9. C 10. A
60
HISTÓRIA DO BRASIL
Prescrição: Para resolver as questões a seguir, é necessário conhecimentos em: economia, so-
ciedade e política nos períodos colonial e imperial; principais características da Primeira República
(1889-1930), da ditadura civil-militar (1964-1985) e da construção da Nova República até os dias
atuais.
61
3. (Fuvest) Observe a tabela: b) ausência de autonomia dos eleitores e sua fi-
delidade forçada a alguns políticos, as quais li-
IMIGRAÇÃO: BRASIL, mitavam o direito de escolha e demonstravam
1881-1930 (EM MILHARES)
a fragilidade das instituições republicanas.
Ano Chegadas c) restrição provocada pelo voto censitário,
1881-1885 133,4 que limitava o direito de participação polí-
1886-1890 391,6 tica àqueles que possuíam um certo número
1891-1895 659,7
de animais.
d) facilidade de acesso à informação e propa-
1896-1900 470,3
ganda política, permitindo, aos eleitores, a
1901-1905 279,7 rápida identificação dos candidatos que de-
1906-1910 391,6 fendiam a soberania nacional frente às ame-
1911-1915 611,4 aças estrangeiras.
1916-1920 186,4
e) ampliação do direito de voto trazida pela
República, que passou a incluir os analfabe-
1921-1925 368,6
tos e facilitou sua manipulação por políticos
1926-1930 453,6 inescrupulosos.
Total 3.964,3
BETHELL, Leslie (Ed.). The Cambridge History 5. (Fuvest) No início de 1969, a situação po-
of Latin America. vol. IV (Adaptado). lítica se modifica. A repressão endurece e
Os dados apresentados na tabela se expli- leva à retração do movimento de massas. As
cam, dentre outros fatores: primeiras greves, de Osasco e Contagem, têm
seus dirigentes perseguidos e são suspensas.
a) pela industrialização significativa em esta-
O movimento estudantil reflui. A oposição
dos do Nordeste do Brasil, sobretudo aquela
liberal está amordaçada pela censura à im-
ligada a bens de consumo.
prensa e pela cassação de mandatos.
b) pela forte demanda por força de trabalho
CARVALHO, Apolônio de. Vale a pena sonhar.
criada pela expansão cafeeira nos Estados do Rio de Janeiro: Rocco, 1997, p. 202.
Sudeste do Brasil.
c) pela democracia racial brasileira, a favorecer O testemunho, dado por um participante da
a convivência pacífica entre culturas que, resistência à ditadura militar brasileira, sin-
nos seus continentes de origem, poderiam tetiza o panorama político dos últimos anos
até mesmo ser rivais. da década de 1960, marcados:
d) pelos expurgos em massa promovidos em pa- a) pela adesão total dos grupos oposicionistas
íses que viviam sob regimes fascistas, como à luta armada e pela subordinação dos sin-
Itália, Alemanha e Japão. dicatos e centrais operárias aos partidos de
e) pela supervalorização do trabalho assalaria- extrema esquerda.
do nas cidades, já que no campo prevalecia a b) pelo bipartidarismo implantado por meio do
mão de obra de origem escrava, mais barata. Ato Institucional n° 2, que eliminou toda
forma de oposição institucional ao regime
4. (Fuvest) militar.
c) pela desmobilização do movimento estu-
dantil, que foi bastante combativo nos anos
imediatamente posteriores ao golpe de 64,
mas depois passou a defender o regime.
d) pelo apoio da maioria das organizações da
sociedade civil ao governo militar, empenha-
das em combater a subversão e afastar, do
Brasil, o perigo comunista.
e) pela decretação do Ato Institucional n° 5,
que limitou drasticamente a liberdade de ex-
pressão e instituiu medidas que ampliaram a
repressão aos opositores do regime.
A charge satiriza uma prática eleitoral pre- 6. (Fuvest) O presidente do Senado, José Sar-
sente no Brasil da chamada “Primeira Repú- ney (PMDB-AP), disse nesta segunda-feira
blica”. Tal prática revelava a: [30/5] que o impeachment do ex-presidente
a) ignorância, por parte dos eleitores, dos ru- Fernando Collor de Mello foi apenas um “aci-
mos políticos do país, tornando esses eleito- dente” na história do Brasil. Sarney mini-
res adeptos de ideologias políticas nazifas- mizou o episódio em que Collor, que atual-
cistas. mente é senador, teve seus direitos políticos
62
cassados pelo Congresso Nacional. “Eu não 3. O crescimento da imigração no Brasil se deve
posso censurar os historiadores que foram a dois fatores básicos, a saber: 1) o crescimento
encarregados de fazer a história. Mas acho do ciclo cafeeiro no Brasil; e 2) a abolição da
que talvez esse episódio seja apenas um aci- escravatura, em 1888, que exigiu a substitui-
dente que não devia ter acontecido na histó- ção da mão de obra escrava pela livre.
ria do Brasil”, disse o presidente do Senado.
4. A imagem retrata a prática do voto de ca-
Correio Braziliense, 30/05/2011.
bresto: os poderosos coronéis utilizavam de
Sobre o “episódio” mencionado na notícia táticas de coação para manipular as eleições,
acima, pode-se dizer acertadamente que foi obrigando seu “rebanho” a votar em candi-
um acontecimento: datos por eles (coronéis) escolhidos.
a) de grande impacto na história recente do 5. Poucos grupos políticos, mesmo de esquerda,
Brasil e teve efeitos negativos na trajetória fizeram a opção pela luta armada, que teve
política de Fernando Collor, o que faz com pequena expressão no país, principalmente
que seus atuais aliados se empenhem em se comparada com outras nações da América
desmerecer este episódio, tentando diminuir latina. O bipartidarismo permitiu a existên-
a importância que realmente teve. cia de um partido de oposição.
b) nebuloso e pouco estudado pelos historiado- O movimento estudantil foi desmobilizado,
res, que, em sua maioria, trataram de cen- mas nunca apoiou o regime militar.
surá-lo, impedindo uma justa e equilibrada O endurecimento do regime iniciou-se em
compreensão dos fatos que o envolvem. dezembro de 1968 com a decretação do Ato
c) acidental, na medida em que o impeachment Institucional n° 5 (AI-5), que centralizou
de Fernando Collor foi considerado ilegal ainda mais o poder a abriu caminho para
pelo Supremo Tribunal Federal, o que, aliás, uma política de maior repressão à socieda-
possibilitou seu posterior retorno à cena po- de civil.
lítica nacional, agora como senador.
6. O impeachment de Collor é considerado mui-
d) menor na história política recente do Bra-
to significativo na história recente do país.
sil, o que permite tomar a censura em torno
Em 1992, em meio a denúncias de corrupção,
dele, promovida oficialmente pelo Senado
eclodiu um grande movimento social que
Federal, como um episódio ainda menos sig-
envolveu segmentos diferentes, nos quais se
nificativo.
destacaram os estudantes, que pintaram os
e) indesejado pela imensa maioria dos brasilei- rostos de preto nas grandes manifestações
ros, o que provocou uma onda de comoção de rua em apoio à Comissão Parlamentar de
popular e permitiu o retorno triunfal de Fer- Inquérito (CPI) e à condenação do presiden-
nando Collor à cena política, sendo candida- te. Apeado do poder, Collor teve seus direitos
to conduzido por mais duas vezes ao segun- políticos cassados por oito anos e, dessa for-
do turno das eleições presidenciais. ma, foi forçado a deixar a vida política. Seu
retorno deu-se com a eleição para o senado,
63
PRÁTICA DOS Em escritos anteriores ao século XVI, há re-
ferência apenas a cenouras de cor roxa, ama-
CONHECIMENTOS - E.O. rela ou vermelha. É possível que as cenouras
de cor laranja sejam originárias dos Países
Baixos, e que tenham sido desenvolvidas,
1. (Fuvest) Observe o mapa abaixo.
inicialmente, à época do príncipe de Orange
(1533-1584).
No Brasil, são comuns apenas as cenouras
laranja, cuja cor se deve à presença do pig-
mento betacaroteno, representado a seguir.
64
A partir da leitura do texto escrito pelo pa- 5. (Fuvest) Os indígenas foram também utiliza-
dre jesuíta Antônio Vieira em 1633, pode-se dos em determinados momentos, e sobretudo
afirmar, corretamente, que, nas terras portu- na fase inicial [da colonização do Brasil]; nem
guesas da América: se podia colocar problema nenhum de maior
a) a Igreja católica defendia os escravos dos ou melhor “aptidão” ao trabalho escravo (...).
excessos cometidos pelos seus senhores e os O que talvez tenha importado é a rarefação
incitava a se revoltar. demográfica dos aborígines, e as dificuldades
b) as formas de escravidão nos engenhos eram de seu apresamento, transporte etc. Mas na
“preferência” pelo africano revela-se, mais
mais brandas do que em outros setores eco-
uma vez, a engrenagem do sistema mercan-
nômicos, pois ali vigorava uma ética religio-
tilista de colonização; esta se processa num
sa inspirada na Bíblia. sistema de relações tendentes a promover a
c) a Igreja católica apoiava, com a maioria de acumulação primitiva de capitais na metró-
seus membros, a escravidão dos africanos, pole; ora, o tráfico negreiro, isto é, o abaste-
tratando, portanto, de justificá-la com base cimento das colônias com escravos, abria um
na Bíblia. novo e importante setor do comércio colonial,
d) clérigos, como padre Vieira, se mostravam in- enquanto o apresamento dos indígenas era
decisos quanto às atitudes que deveriam tomar um negócio interno da colônia. Assim, os ga-
em relação à escravidão negra, pois a própria nhos comerciais resultantes da preação dos
Igreja se mantinha neutra na questão. aborígines mantinham-se na colônia, com
e) havia formas de discriminação religiosa que se os colonos empenhados nesse “gênero de
sobrepunham às formas de discriminação ra- vida”; a acumulação gerada no comércio de
cial, sendo estas, assim, pouco significativas. africanos, entretanto, fluía para a metrópole;
realizavam-na os mercadores metropolitanos,
engajados no abastecimento dessa “merca-
4. (Fuvest) Eu por vezes tenho dito a V. A.
doria”. Esse talvez seja o segredo da melhor
aquilo que me parecia acerca dos negócios “adaptação” do negro à lavoura... escravista.
da França, e isto por ver por conjecturas e Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro
aparências grandes aquilo que podia suce- que se pode entender a escravidão africana
der dos pontos mais aparentes, que consigo colonial, e não o contrário.
traziam muito prejuízo ao estado e aumento NºVAIS, Fernando A. Portugal e Brasil na
dos senhorios de V. A. E tudo se encerrava crise do antigo sistema colonial. São Paulo:
em vós, Senhor, trabalhardes com modos ho- Hucitec, 1979, p. 105 (Adaptado).
nestos de fazer que esta gente não houvesse
Nesse trecho, o autor afirma que, na América
de entrar nem possuir coisa de vossas na-
portuguesa:
vegações, pelo grandíssimo dano que daí se
a) os escravos indígenas eram de mais fácil
podia seguir. obtenção do que os de origem africana, e
LEITE, Serafim. Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil. 1954. por isso a metrópole optou pelo uso dos pri-
meiros, já que eram mais produtivos e mais
O trecho acima foi extraído de uma carta di- rentáveis.
rigida pelo padre jesuíta Diogo de Gouveia b) os escravos africanos aceitavam melhor o
ao rei de Portugal D. João III, escrita em Pa- trabalho duro dos canaviais do que os indí-
ris, em 17/02/1538. Seu conteúdo mostra: genas, o que justificava o empenho de co-
a) a persistência dos ataques franceses contra merciantes metropolitanos em gastar mais
a América, que Portugal vinha tentando co- para a obtenção, na África, daqueles traba-
lonizar de modo efetivo desde a adoção do lhadores.
sistema de capitanias hereditárias. c) o comércio negreiro só pôde prosperar por-
que alguns mercadores metropolitanos pre-
b) os primórdios da aliança que logo se esta-
ocupavam-se com as condições de vida dos
beleceria entre as coroas de Portugal e da trabalhadores africanos, enquanto que ou-
França e que visava a combater as preten- tros os consideravam uma “mercadoria”.
sões expansionistas da Espanha na América. d) a rentabilidade propiciada pelo emprego da
c) a preocupação dos jesuítas portugueses com mão de obra indígena contribuiu decisiva-
a expansão de jesuítas franceses, que, no mente para que, a partir de certo momento,
Brasil, vinham exercendo grande influência também escravos africanos fossem emprega-
sobre as populações nativas. dos na lavoura, o que resultou em um lucra-
d) o projeto de expansão territorial português tivo comércio de pessoas.
e) o principal motivo da adoção da mão de obra
na Europa, o qual, na época da carta, visava
de origem africana era o fato de que esta
à dominação de territórios franceses tanto precisava ser transportada de outro conti-
na Europa quanto na América. nente, o que implicava a abertura de um
e) a manifestação de um conflito entre a recém- rentável comércio para a metrópole, que se
-criada ordem jesuíta e a coroa portuguesa articulava perfeitamente às estruturas do
em torno do combate à pirataria francesa. sistema de colonização.
65
6. (Fuvest) O tráfico de escravos africanos para c) a cultura indígena, extinta graças ao pro-
o Brasil: cesso colonizador europeu, foi recriada de
a) teve início no final do século XVII, quando modo mitológico no Brasil dos anos 1940.
as primeiras jazidas de ouro foram descober- d) a cultura xinguana, ao contrário de outras
tas nas Minas Gerais. culturas indígenas, não foi afetada pelo pro-
b) foi pouco expressivo no século XVII, ao cesso colonizador europeu.
contrário do que ocorreu nos séculos XVI e e) não há relação direta entre, de um lado, o
XVIII, e foi extinto, de vez, no início do sé- processo colonizador europeu e, de outro, a
culo XIX. mortalidade indígena e a perda de sua iden-
c) teve início na metade do século XVI, e foi tidade cultural.
praticado, de forma regular, até a metade do
século XIX. 9. (Fuvest) É assim extremamente simples a es-
d) foi extinto, quando da independência do trutura social da colônia no primeiro século e
Brasil, a despeito da pressão contrária das meio de colonização. Reduz-se em suma a duas
regiões auríferas. classes: de um lado os proprietários rurais, a
e) dependeu, desde o seu início, diretamente classe abastada dos senhores de engenho e fa-
do bom sucesso das capitanias hereditárias,
zenda; doutro, a massa da população espúria
e, por isso, esteve concentrado nas capita-
nias de Pernambuco e de São Vicente, até o dos trabalhadores do campo, escravos e semili-
século XVIII. vres. Da simplicidade da infraestrutura econô-
mica – a terra, única força produtiva, absorvida
7. (Fuvest) A economia das possessões colo- pela grande exploração agrícola – deriva a da
niais portuguesas na América foi marcada estrutura social: a reduzida classe de proprietá-
por mercadorias que, uma vez exportadas rios e a grande massa, explorada e oprimida. Há
para outras regiões do mundo, podiam al- naturalmente no seio desta massa gradações,
cançar alto valor e garantir, aos envolvidos que assinalamos. Mas, elas não são contudo
em seu comércio, grandes lucros. Além do bastante profundas para se caracterizarem em
açúcar, explorado desde meados do século situações radicalmente distintas.
XVI, e do ouro, extraído regularmente des- PRADO JR., Caio. Evolução política do Brasil. 20. ed.
de fins do XVII, merecem destaque, como São Paulo: Brasiliense, p. 28-29, 1993 [1942].
elementos de exportação presentes nessa
Neste trecho, o autor observa que, na socie-
economia:
a) tabaco, algodão e derivados da pecuária. dade colonial:
b) ferro, sal e tecidos. a) só havia duas classes conhecidas, e que nada
c) escravos indígenas, arroz e diamantes. é sabido sobre indivíduos que porventura fi-
d) animais exóticos, cacau e embarcações. zessem parte de outras.
b) havia muitas classes diferentes, mas só duas
e) drogas do sertão, frutos do mar e cordoaria.
estavam diretamente ligadas a critérios eco-
nômicos.
8. (Fuvest) A colonização, apesar de toda vio- c) todos os membros das classes existentes
lência e disrupção, não excluiu processos de queriam se transformar em proprietários
reconstrução e recriação cultural conduzidos rurais, exceto os pequenos trabalhadores li-
pelos povos indígenas. É um erro comum crer vres, semilivres ou escravos.
que a história da conquista representa, para d) diversas classes radicalmente distintas umas
os índios, uma sucessão linear de perdas em das outras compunham um cenário comple-
vidas, terras e distintividade cultural. A cul- xo, marcado por conflitos sociais.
tura xinguana – que aparecerá para a nação e) a população se organizava em duas classes,
brasileira nos anos 1940 como símbolo de cujas gradações internas não alteravam a
simplicidade da estrutura social.
uma tradição estática, original e intocada –
é, ao inverso, o resultado de uma história
de contatos e mudanças, que tem início no 10. (Fuvest) Se o açúcar do Brasil o tem dado a
século X d.C. e continua até hoje. conhecer a todos os reinos e províncias da Eu-
FAUSTO, Carlos. Os índios antes do Brasil. ropa, o tabaco o tem feito muito afamado em
Rio de Janeiro: Zahar, 2005. todas as quatro partes do mundo, em as quais
hoje tanto se deseja e com tantas diligências e
Com base no trecho acima, é correto afirmar por qualquer via se procura. Há pouco mais de
que: cem anos que esta folha se começou a plantar
a) o processo colonizador europeu não foi vio- e beneficiar na Bahia [...] e, desta sorte, uma
lento como se costuma afirmar, já que ele folha antes desprezada e quase desconhecida
preservou e até mesmo valorizou várias cul- tem dado e dá atualmente grandes cabedais
turas indígenas. aos moradores do Brasil e incríveis emolu-
b) várias culturas indígenas resistiram e sobre- mentos aos Erários dos príncipes.
viveram, mesmo com alterações, ao processo ANTONIL André João. Cultura e opulência do Brasil por
colonizador europeu, como a xinguana. suas drogas e minas. São Paulo: Edusp, 2007 (Adaptado).
66
O texto acima, escrito por um padre italiano c) pela renovação, em 1844, do Tratado de
em 1711, revela que: 1826 com a Inglaterra, que abriu nova rota
a) o ciclo econômico do tabaco, que foi anterior de tráfico de escravos entre Brasil e Moçam-
ao do ouro, sucedeu o da cana-de-açúcar. bique.
b) todo o rendimento do tabaco, a exemplo do d) pelo aumento da demanda por escravos no
que ocorria com outros produtos, era dire- Brasil, em função da expansão cafeeira, a
cionado à metrópole. despeito da promulgação da Lei Aberdeen,
c) não se pode exagerar quanto à lucratividade em 1845.
propiciada pela cana-de-açúcar, já que a do e) pela aplicação da Lei Eusébio de Queirós,
tabaco, desde seu início, era maior. que ampliou a entrada de escravos no Brasil
d) os europeus, naquele ano, já conheciam ple- e tributou o tráfico interno.
namente o potencial econômico de suas co-
lônias americanas. LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER À
e) a economia colonial foi marcada pela simul- QUESTÃO 13.
taneidade de produtos, cuja lucratividade se Tornando da malograda espera do tigre, 1al-
relacionava com sua inserção em mercados cançou o capanga um casal de velhinhos,
2
internacionais. que seguiam diante dele o mesmo caminho,
e conversavam acerca de seus negócios par-
11. (Fuvest) “E o pior é que a maior parte do ticulares. Das poucas palavras que apanhara,
ouro que se tira das minas passa em pó e em percebeu Jão Fera 3que destinavam eles uns
moeda para os reinos estranhos e a menor cinquenta mil-réis, tudo quanto possuíam, à
quantidade é a que fica em Portugal e nas compra de mantimentos, a fim de fazer um
cidades do Brasil...” moquirão*, com que pretendiam abrir uma
ANTONIL, João. Cultura e opulência do Brasil boa roça.
por suas drogas e minas. 1711. — Mas chegará, homem? Perguntou a velha.
— Há de se espichar bem, mulher!
Esta frase indica que as riquezas minerais
Uma voz os interrompeu:
da colônia:
— Por este preço dou eu conta da roça!
a) produziram ruptura nas relações entre Brasil
— Ah! É nhô Jão!
e Portugal.
Conheciam os velhinhos o capanga, a quem
b) foram utilizadas, em grande parte, para o
tinham por homem de palavra, e de fazer
cumprimento do Tratado de Methuen entre
o que prometia. Aceitaram sem mais hesita-
Portugal e Inglaterra.
ção; e foram mostrar o lugar que estava des-
c) prestaram-se, exclusivamente, aos interesses
tinado para o roçado.
mercantilistas da França, da Inglaterra e da Acompanhou-os Jão Fera; porém, 4mal seus
Alemanha. olhos descobriram entre os utensílios a en-
d) foram desviadas, majoritariamente, para a xada, a qual ele esquecera um momento no
Europa por meio do contrabando na região afã de ganhar a soma precisa, que sem mais
do rio da Prata. deu costas ao par de velhinhos e foi-se dei-
e) possibilitaram os acordos com a Holanda xando-os embasbacados.
que asseguraram a importação de escravos ALENCAR, José de. Til.
africanos. *moquirão = mutirão (mobilização coletiva
para auxílio mútuo, de caráter gratuito)
12. (Fuvest) Examine a seguinte tabela.
Ano N° de escravos que entraram no Brasil 13. (Fuvest) Considerada no contexto histórico-
1845 19.453 -social figurado no romance Til, a brusca rea-
ção de Jão Fera, narrada no final do excerto,
1845 50.325
explica-se:
1847 56.172
a) pela ambição ou ganância que, no período, ca-
1848 60.000 racterizava os homens livres não proprietários.
Dados extraídos de: COSTA, Emília Viotti da. b) por sua condição de membro da Guarda Nacio-
Da senzala à colônia. São Paulo: Unesp, 1998. nal, que lhe interditava o trabalho na lavoura.
A tabela apresenta dados que podem ser ex- c) pela indolência atribuída ao indígena, da
plicados: qual era herdeiro o “bugre”.
d) pelo estigma que a escravidão fazia recair
a) pela lei de 1831, que reduziu os impostos
sobre o trabalho braçal.
sobre os escravos importados da África para
e) pela ojeriza ao labor agrícola, inerente a sua
o Brasil.
condição de homem letrado.
b) pelo descontentamento dos grandes proprie-
tários de terras em meio ao auge da campa-
nha abolicionista no Brasil.
67
LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER À a) denúncia política das guerras entre as popu-
QUESTÃO 14. lações indígenas brasileiras.
V – O samba b) idealização romântica num contexto de
construção da nacionalidade brasileira.
À direita do terreiro, adumbra-se* na escu- c) crítica republicana à versão da história do
ridão um maciço de construções, ao qual às Brasil difundida pela monarquia.
vezes recortam no azul do céu os trêmulos vis- d) defesa da evangelização dos índios realizada
lumbres das labaredas fustigadas pelo vento. pelas ordens religiosas no Brasil.
(...) e) concepção de inferioridade civilizacional dos
É aí o quartel ou quadrado da fazenda, nome nativos brasileiros em relação aos indígenas
que tem um grande pátio cercado de senzalas, da América Espanhola.
às vezes com alpendrada corrida em volta, e
um ou dois portões que o fecham como praça 16. (Fuvest) — Não entra a polícia! Não deixa
d’armas. entrar! Aguenta! Aguenta!
Em torno da fogueira, já esbarrondada pelo
— Não entra! Não entra! Repercutiu a mul-
chão, que ela cobriu de brasido e cinzas, dan-
çam os pretos o samba com um frenesi que tidão em coro.
toca o delírio. Não se descreve, nem se imagi- E todo o cortiço ferveu que nem uma panela
na esse desesperado saracoteio, no qual todo ao fogo.
o corpo estremece, pula, sacode, gira, bambo- — Aguenta! Aguenta!
leia, como se quisesse desgrudar-se. AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. 1890, parte X.
Tudo salta, até os crioulinhos que esperneiam
no cangote das mães, ou se enrolam nas saias O fragmento acima mostra a resistência dos
das raparigas. Os mais taludos viram camba- moradores de um cortiço à entrada de poli-
lhotas e pincham à guisa de sapos em roda ciais no local. O romance de Aluísio Azevedo:
do terreiro. Um desses corta jaca no espinhaço a) representa as transformações urbanas do Rio
do pai, negro fornido, que não sabendo mais de Janeiro no período posterior à abolição
como desconjuntar-se, atirou consigo ao chão da escravidão e o difícil convívio entre ex-
e começou de rabanar como um peixe em seco. -escravos, imigrantes e poder público.
(...) b) defende a monarquia recém-derrubada e de-
ALENCAR, José de, Til. monstra a dificuldade da República brasileira
*adumbra-se = delineia-se, esboça-se de manter a tranquilidade e a harmonia so-
cial após as lutas pela consolidação do novo
14. (Fuvest) Considerada no contexto histórico a regime.
que se refere Til, a desenvoltura com que os c) denuncia a falta de policiamento na então
escravos, no excerto, se entregam à dança é capital brasileira e atribui os problemas so-
representativa do fato de que: ciais existentes ao desprezo da elite paulista
a) a escravidão, no Brasil, tal como ocorreu na cafeicultora em relação ao Rio de Janeiro.
América do Norte e no Caribe, foi branda. d) valoriza as lutas sociais que se travavam
b) se permitia a eles, em ocasiões especiais e sob nos morros e na periferia da então capital
vigilância, que festejassem a seu modo. federal e as considera um exemplo para os
c) teve início nas fazendas de café o sincretismo demais setores explorados da população bra-
das culturas negra e branca, que viria a carac- sileira.
terizar a cultura brasileira.
e) apresenta a imigração como a principal ori-
d) o narrador entendia que o samba de terreiro
gem dos males sociais por que o país passa-
era, em realidade, um ritual umbandista dis-
va, pois os novos empregados assalariados
farçado.
tiraram o trabalho dos escravos e os margi-
e) foi a generalização, entre eles, do alcoolismo,
que tornou antieconômica a exploração da nalizaram.
mão de obra escrava nos cafezais paulistas. 17. (Fuvest) Considerando-se o intervalo entre
o contexto em que transcorre o enredo da
15. (Fuvest) obra Memórias de um sargento de milícias,
de Manuel Antônio de Almeida, e a época de
sua publicação, é correto afirmar que a esse
período corresponde o processo de:
a) reforma e crise do Império Português na
América.
b) triunfo de uma consciência nativista e na-
cionalista na colônia.
c) Independência do Brasil e formação de seu
Estado nacional.
d) consolidação do Estado nacional e de crise
do regime monárquico brasileiro.
Em seu contexto de origem, o quadro acima e) Proclamação da República e instauração da
corresponde a uma: Primeira República.
68
18. (Fuvest) Na Belle Époque brasileira, que di- infrutíferas por questões conjunturais. A pri-
fusamente coincidiu com a transição para o meira vez em que isso ocorreu foi, em 1925,
regime republicano, surgiram aquelas per- no município portuário paulista de Santos,
guntas cruciais, envoltas no oxigênio mental onde os comunistas locais, apresentando-se
da época, muitas das quais, contudo, nos in- pela legenda da Coligação Operária, tiveram
comodam até hoje: como construir uma nação um resultado pífio. No entanto, como todos
se não tínhamos uma população definida ou os atos pioneiros, essa participação deixou
um tipo definido? Frente àquele amálgama uma importante herança: a presença na cena
de passado e futuro, alimentado e realimen- política brasileira dos trabalhadores e suas
tado pela República, quem era o brasileiro? reivindicações. Estas, em particular, expres-
(...) Inúmeras tentativas de respostas a todas savam um acúmulo de anos de lutas do mo-
estas questões mobilizaram os intelectuais vimento operário brasileiro.
brasileiros durante várias décadas. KAREPOVS, Dainis. A classe operária vai ao
SALIBA, Elias Thomé. Raízes do riso. Parlamento. São Paulo: Alameda, 2006, p. 169.
São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
A partir do texto acima, pode-se afirmar cor-
Entre as tentativas de responder, durante a retamente que:
Belle Époque brasileira, às dúvidas mencio- a) as eleições de representantes parlamentares
nadas no texto, é correto incluir: advindos de grupos comunistas e anarquis-
a) as explicações positivistas e evolucionistas tas foram frequentes, desde a Proclamação
sobre o impacto da mistura de raças na for- da República, e provocaram, inclusive, a
mação do caráter nacional brasileiro. chamada Revolução de 1930.
b) os projetos de valorização dos vínculos entre b) comunistas, anarquistas e outros grupos de
o caráter nacional brasileiro e os produtos representantes de trabalhadores eram for-
da indústria cultural norte-americana. malmente proibidos de participar de eleições
c) o reconhecimento e a celebração da origem no Brasil desde a proclamação da República,
africana da maioria dos brasileiros e a rejei- cenário que só se modificaria com a Consti-
ção das tradições europeias. tuição de 1988.
d) a percepção de que o país estava plenamente c) as primeiras décadas do século XX represen-
inserido na modernidade e havia assumido a tam um período de grande diversidade polí-
condição de potência mundial. tico-partidária no Brasil, o que favoreceu a
e) o desejo de retornar ao período anterior à emergência de variados grupos de esquerda,
chegada dos europeus e de recuperar pa- cuja excessiva divisão impediu-os de obter
drões culturais e cotidianos indígenas. resultados eleitorais expressivos.
d) as experiências parlamentares envolvendo
19. (Fuvest) No “Manifesto Antropófago”, lan- operários e camponeses, no Brasil da década
çado em São Paulo, em 1928, lê-se: “Quere- de 1920, resultaram em sua presença domi-
mos a Revolução Caraíba (...). A unificação nante no cenário político nacional, após o
de todas as revoltas eficazes na direção do colapso do primeiro regime encabeçado por
homem (...). Sem nós, a Europa não teria se- Getúlio Vargas.
quer a sua pobre declaração dos direitos do e) as primeiras participações eleitorais de can-
homem.” didatos trabalhadores ganharam importância
Essas passagens expressam a: histórica, uma vez que a política partidária
a) defesa de concepções artísticas do impres- brasileira da chamada Primeira República era
sionismo. dominada por grupos oriundos de grandes
b) crítica aos princípios da Revolução Francesa. elites econômicas.
c) valorização da cultura nacional.
d) adesão à ideologia socialista. 21. (Fuvest) Paralelamente à abertura da Transa-
e) afinidade com a cultura norte-americana. mazônica processa-se o trabalho da coloniza-
ção, realizado pelo Incra (Instituto Nacional
20. (Fuvest) Durante os primeiros tempos de sua de Colonização e Reforma Agrária). As peque-
existência, o PCB prosseguiu em seu processo nas agrovilas se sucedem de vinte em vinte
de diferenciação ideológica com o anarquis- quilômetros à margem da estrada, e nos cem
mo, de onde provinha parte significativa de hectares que cada colono recebeu são plan-
sua liderança e de sua militância. Nesse cur- tados milho, feijão e arroz. Já no próximo
so, foi necessário, no que se refere à questão mês começará a plantação de cana-de-açúcar,
parlamentar, também proceder a uma homo- cujas primeiras mudas, vindas dos canaviais
geneização de sua própria militância. Houve de Sertãozinho, em São Paulo, acabaram de
algumas tentativas de participação em elei- ser distribuídas. Jovens agrônomos, recém-
ções e de formulação de propostas a serem -saídos da universidade, orientam os colo-
apresentadas à sociedade que se revelaram nos... No meio da selva começam a surgir as
69
agrovilas. Vindos de diferentes regiões do c) ampliação das tarifas alfandegárias de im-
país, os colonos povoam as margens da Tran- portação, protegendo a indústria nacional.
samazônica e espalham pelo chão virgem o d) implementação da reforma agrária sem pa-
verde disciplinado das culturas pioneiras. Os gamento de indenização aos proprietários.
pastos da região são excelentes. e) continuidade do comércio internacional vol-
Revista Manchete, 15 de abril de 1972. tado prioritariamente aos mercados africa-
nos e asiáticos.
Segundo o texto, é correto afirmar que a
Transamazônica, cuja construção se iniciou 24. (Fuvest) A população indígena brasileira au-
no regime militar (1964-1985), represen- mentou 150% na década de 1990, passando
tou, inclusive: de 294 mil pessoas para 734 mil, de acordo
a) um projeto para eliminar o controle nacional com uma pesquisa divulgada pelo Instituto
e estatal dos recursos naturais da Amazônia, Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
facilitando o avanço de interesses britânicos O crescimento médio anual foi de 10,8%,
na região. quase seis vezes maior do que o da popula-
b) um esforço de ampliar as áreas de ocupação ção brasileira em geral.
na Amazônia e de construir a ideia de que Fonte: <http://webradiobrasilindigena.
se vivia um período de avanço, integração e wordpress.com>. Acesso em: 21 nov. 2007.
crescimento nacional.
c) uma superação das dificuldades de comuni- A notícia acima apresenta:
cação e deslocamento entre o Sul e o Norte a) dado pouco relevante, já que a maioria das po-
do país, facilitando a migração e permitindo pulações indígenas do Brasil encontra-se em
plena integração entre os oceanos Atlântico fase de extinção, não subsistindo, inclusive,
e Pacífico. mais nenhuma população originária dos tem-
d) uma tentativa de reaquecer a economia da pos da colonização portuguesa da América.
borracha, com a criação de rotas de escoa- b) discrepância em relação a uma forte tendên-
mento rápido da produção em direção aos cia histórica observada no Brasil, desde o
portos do Sudeste. século XVI, mas que não é uniforme e abso-
e) um projeto de utilização dessa estrada para luta, já que nas últimas décadas não apenas
delimitar as fronteiras entre os estados da tais populações indígenas têm crescido, mas
região. também o próprio número de indivíduos que
se autodenominam indígenas.
22. (Fuvest) O Movimento dos Trabalhadores c) um consenso em torno do reconhecimento
Rurais sem Terra (MST) foi criado em 1984, da importância dos indígenas para o conjun-
inserido em um contexto de: to da população brasileira, que se revela na
a) abertura política democrática no Brasil e de valorização histórica e cultural que tais ele-
crescente insatisfação com as políticas agrá- mentos sempre mereceram das instituições
rias nacionais então vigentes. nacionais.
b) fortalecimento da ditadura militar brasileira d) resultado de políticas públicas que provoca-
e de aumento da imigração estrangeira para ram o fim dos conflitos entre os habitantes
o país. de reservas indígenas e demais agentes so-
c) declínio da oposição armada à ditadura mili- ciais ao seu redor, como proprietários rurais
tar brasileira e de aumento da migração das e pequenos trabalhadores.
cidades para o campo. e) natural continuidade da tendência obser-
d) aumento da dívida externa brasileira e de vada desde a criação das primeiras políticas
disseminação da pequena propriedade fun- governamentais de proteção às populações
diária em todo o país. indígenas, no começo do século XIX, que
e) crescimento de demanda externa por permitiram a reversão do anterior quadro de
commodities brasileiras e de grandes pro- extermínio observado até aquele momento.
gressos na distribuição de terra, no Brasil, a
pequenos agricultores.
GABARITO
23. (Fuvest) A partir da redemocratização do
Brasil (1985), é possível observar mudan- 1. B 2. E 3. C 4. A 5. E
ças econômicas significativas no país. Entre
elas, a: 6. C 7. A 8. B 9. E 10. E
a) exclusão de produtos agrícolas do rol das 11. B 12. D 13. D 14. B 15. B
principais exportações brasileiras.
b) privatização de empresas estatais em diver- 16. A 17. C 18. A 19. C 20. E
sos setores como os de comunicação e de mi- 21. B 22. A 23. B 24. B
neração.
70
C H CIÊNCIAS HUMANAS
e suas tecnologias
FILOSOFIA
FILOSOFIA
73
desenham os contornos dos países se colo-
cam na planície para considerar a natureza GABARITO
dos montes, e para considerar a das planí-
cies ascendem aos montes, assim também, 1. E 2. E 3. A 4. A
para conhecer bem a natureza dos povos, é
necessário ser príncipe, e para conhecer a
dos príncipes é necessário ser do povo.
Tradução de Lívio Xavier, adaptada.
74
PRÁTICA DOS 3. (Fuvest)“Depois que a Bíblia foi traduzida para
o inglês, todo homem, ou melhor, todo rapaz e
75
6. (Fuvest). “Em verdade é maravilhoso refle- litoral mediterrânico da França. No interior
tir sobre a grandeza que Atenas alcançou no desta elipse de uns 2500 km de comprimen-
espaço de cem anos depois de se livrar da to, encontravam se centenas e centenas de
tirania... Mas acima de tudo é ainda mais comunidades que amiúde diferiam na sua
maravilhoso observar a grandeza a que Roma estrutura política e que afirmaram sempre a
chegou depois de se livrar de seus reis.” sua soberania. Nem então nem em nenhuma
(Maquiavel, Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio). outra altura, no mundo antigo, houve uma
nação, um território nacional único regido
Nessa afirmação, o autor
por uma lei soberana, que se tenha chamado
a) critica a liberdade política e a participação
Grécia (ou um sinônimo de Grécia).
dos cidadãos no governo.
M. I. Finley. O Mundo de Ulisses. Lisboa:
b) celebra a democracia ateniense e a República Editoral Presença, 1972. (adaptado)
romana.
c) condena as aristocracias ateniense e roma- Com base no texto, pode-se apontar corre-
na. tamente
d) expressa uma concepção populista sobre a a) A desorganização política da Grécia antiga,
antiguidade clássica. que sucumbiu rapidamente ante as investi-
e) defende a pólis grega e o Império romano. das militares de povos mais unidos e mais
bem preparados para a guerra, como os egíp-
7. Em uma significativa passagem da tragédia cios e macedônios.
b) A necessidade de profunda centralização
Macbeth, de Shakespeare, seu personagem
política, como a ocorrida entre os romanos
principal declara: “Ouso tudo o que é pró-
e cartaginenses, para que um povo pudesse
prio de um homem; quem ousa fazer mais expandir seu território e difundir sua produ-
do que isso não o é”. De acordo com muitos ção cultural.
intérpretes, essa postura revela, com extra- c) A carência, entre quase todos os povos da
ordinária clareza, toda a audácia da experi- Antiguidade, de pensadores políticos, ca-
ência renascentista. Com relação à cultura pazes de formular estratégias adequadas de
humanista, é correto afirmar que estruturação e unificação do poder político.
a) o mecenato de príncipes, de instituições e d) A inadequação do uso de conceitos moder-
de famílias ricas e poderosas evitou os cons- nos, como nação ou Estado nacional, no es-
trangimentos, prisão e tortura de artistas e tudo sobre a Grécia antiga, que vivia sob ou-
de cientistas. tras formas de organização social e política.
b) a presença majoritária de temáticas religio- e) A valorização, na Grécia antiga, dos princí-
sas nas artes plásticas demonstrava as difi- pios do patriotismo e do nacionalismo, como
culdades de assimilar as conquistas científi- forma de consolidar política e economica-
cas produzidas naquele momento. mente o Estado nacional
c) a observação da natureza, os experimentos
e a pesquisa empírica contribuíram para o 9. (Fuvest)Trasímaco estava impaciente porque
rompimento de alguns dos dogmas funda- Sócrates e os seus amigos presumiam que a
mentais da Igreja. justiça era algo real e importante. Trasíma-
d) a reflexão dedutiva e o cálculo matemático co negava isso. Em seu entender, as pessoas
limitaram-se à pesquisa teórica e somen- acreditavam no certo e no errado apenas por
te seriam aplicados na chamada revolução terem sido ensinadas a obedecer às regras da
científica do século XVII. sua sociedade. No entanto, essas regras não
e) a avidez de conhecimento e de poder favore- passavam de invenções humanas.
ceu a renovação das universidades e a valori- RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradva, 2009.
zação dos saberes transmitidos pela cultura
letrada. O sofista Trasímaco, personagem imortaliza-
do no diálogo A República, de Platão, susten-
8. (Fuvest)Em certos aspectos, os gregos da An- tava que a correlação entre justiça e ética é
tiguidade foram sempre um povo disperso. resultado de
Penetraram em pequenos grupos no mundo a) determinações biológicas impregnadas na
mediterrânico e, mesmo quando se instala- natureza humana.
ram e acabaram por dominá-lo, permanece- b) verdades objetivas com fundamento anterior
ram desunidos na sua organização política. aos interesses sociais.
No tempo de Heródoto, e muito antes dele, c) mandamentos divinos inquestionáveis lega-
encontravam se colônias gregas não somen- dos das tradições antigas.
te em toda a extensão da Grécia atual, como d) convenções sociais resultantes de interesses
também no litoral do Mar Negro, nas costas humanos contingentes.
da atual Turquia, na Itália do sul e na Sicília e) sentimentos experimentados diante de de-
oriental, na costa setentrional da África e no terminadas atitudes humanas.
76
GABARITO
1. D 2. C 3. A 4. D 5. A
6. B 7. C 8. D 9. A
77
78
C H CIÊNCIAS HUMANAS
e suas tecnologias
SOCIOLOGIA
SOCIOLOGIA
81
4. No “Manifesto Antropófago”, lançado em São
Paulo, em 1928, lê-se: “Queremos a Revolu- GABARITO
ção Caraíba (...). A unificação de todas as
revoltas eficazes na direção do homem (...). 1. C 2. D 3. E 4. C
Sem nós, a Europa não teria sequer a sua po-
bre declaração dos direitos do homem.”
Essas passagens expressam a
a) defesa de concepções artísticas do impres-
sionismo.
b) crítica aos princípios da Revolução Francesa.
c) valorização da cultura nacional.
d) adesão à ideologia socialista.
e) afinidade com a cultura norte-americana.
82
PRÁTICA DOS 4. As visões sociais de Durkheim enfocam as-
pectos diferentes da realidade social. É in-
83
6. Foi precisamente a divisão da economia b) traduzia um projeto político centralizador
mundial em múltiplas jurisdições políticas, e antidemocrático associado ao retorno de
competindo entre si pelo capital circulante, instituições monárquicas.
que deu aos agentes capitalistas as maiores c) exaltava os valores utilitaristas do moderno
oportunidades de continuar a expandir o va- capitalismo industrial, pois reconhecia a im-
lor de seu capital, nos períodos de estagna- portância da tradição agrária brasileira.
ção material generalizada da economia mun- d) preconizava a defesa do mandonismo políti-
dial. co e da integração de brancos e negros sob a
Giovanni Arrighi, O longo século XX. Dinheiro, forma da democracia racial.
poder e as origens do nosso tempo. Rio de Janeiro/ e) promovia o desenvolvimento de uma cultura
São Paulo: Contraponto/Edunesp, p.237, 1996.
brasileira autêntica pelo retorno a seu pas-
Conforme o texto, uma das características sado e a suas tradições e riquezas locais.
mais marcantes da história da formação e
desenvolvimento do sistema capitalista é a 8. A vida na cidade, diz Simmel, bombardeia a
a) incapacidade de o capitalismo se desenvol- mente com imagens e impressões, sensações
ver em períodos em que os Estados intervêm e atividades. Esse é um “profundo contraste
fortemente na economia de seus países. com o ritmo mais habitual e mais fluente”
b) responsabilidade exclusiva dos agentes capi- da cidade ou aldeia. Nesse contexto, os indi-
talistas privados na recuperação do capita- víduos não podem responder a cada estímulo
lismo, após períodos de crise mundial. ou atividade com que se deparam; como li-
c) dependência que o capitalismo tem da ação dam, então, com tal bombardeio?
dos Estados para a superação de crises eco- (GIDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Penso, 2012, p. 258).
nômicas mundiais.
d) dissolução frequente das divisões políticas Georg Simmel, em seu texto clássico A me-
tradicionais em decorrência da necessidade trópole e a vida mental, menciona profundas
de desenvolvimento do capitalismo. alterações emocionais e sensitivas dos seres
e) ocorrência de oportunidades de desenvolvi- humanos causadas pela cidade grande.
mento financeiro do capital a partir de crises Sobre esse tema é CORRETO afirmar:
políticas generalizadas. a) Simmel destaca que desde o início do pro-
cesso de urbanização, os habitantes de gran-
des cidades desenvolvem ampla afetividade
7. Mas o pecado maior contra a Civilização e o
pelos moradores vizinhos bem como pelos
Progresso, contra o Bom Senso e o Bom Gosto
seus contextos locais de habitação.
e até os Bons Costumes, que estaria sendo
b) De influência marxista, Simmel desenvolve a
cometido pelo grupo de regionalistas a quem
base da sociologia urbana ao tratar a cidade
se deve a ideia ou a organização deste Con-
como a forma predominante e efetiva de re-
gresso, estaria em procurar reanimar não
conversão da relação exploratória plenamen-
só a arte arcaica dos quitutes finos e caros
te capitalista.
em que se esmeraram, nas velhas casas pa-
c) As novas formas de associação e visão de
triarcais, algumas senhoras das mais ilustres
mundo a partir da construção de novos la-
famílias da região, e que está sendo esque-
ços urbanos é algo diagnosticado por Simmel
cida pelos doces dos confeiteiros franceses
logo em seu texto clássico, anunciando os
e italianos, como a arte – popular como a
desdobramentos de reivindicações de direi-
do barro, a do cesto, a da palha de Ouricuri,
tos civis e movimentos sociais que prolifera-
a de piaçava, a dos cachimbos e dos santos
riam ao longo do século XX.
de pau, a das esteiras, a dos ex-votos, a das
d) De orientação weberiana, Simmel identifica
redes, a das rendas e bicos, a dos brinquedos
um processo de suavização da exploração do
de meninos feitos de sabugo de milho, de
trabalho no contexto urbano, por conta das
canudo de mamão, de lata de doce de goia-
novas possibilidades metropolitanas da mo-
ba, de quenga de coco, de cabaça – que é, no
dernidade.
Nordeste, o preparado do doce, do bolo, do
e) O ponto central é a intensificação dos estí-
quitute de tabuleiro, feito por mãos negras
mulos urbanos e o anonimato, que geram,
e pardas com uma perícia que iguala, e às
por um lado uma ampliação da racionalidade
vezes excede, a das sinhás brancas.
e calculabilidade da vida e, por outro a ati-
Freyre. Manifesto regionalista (7a ed.). Recife:
FUNDAJ, Ed. Massangana, 1996. tude blasé, como forma de proteção emocio-
nal.
De acordo com o texto de Gilberto Freyre, o
Manifesto regionalista, publicado em 1926,
a) opunha-se ao cosmopolitismo dos modernis-
tas, especialmente por refutar a alteração
nos hábitos alimentares nordestinos.
84
9. O local e o global determinam-se recipro-
camente, umas vezes de modo congruente
e consequente, outras de modo desigual e
desencontrado. Mesclam-se e tensionam-se
singularidades, particularidades e univer-
salidades. Conforme Anthony Giddens, “A
globalização pode assim ser definida como a
intensificação das relações sociais em escala
mundial, que ligam localidades distantes de
tal maneira que acontecimentos locais são
modelados por eventos ocorrendo a muitas
milhas de distância e vice-versa. Este é um
processo dialético porque tais acontecimen-
tos locais podem se deslocar numa direção
inversa às relações muito distanciadas que
os modelam. A transformação local é, assim,
uma parte da globalização”.
Octávio Ianni, Estudos Avançados. USP.
São Paulo, 1994. Adaptado.
GABARITO
1. D 2. B 3. D 4. E 5. E
6. C 7. D 8. A 9. A
85
C H CIÊNCIAS HUMANAS
e suas tecnologias
GEOGRAFIA
Fuvest - Geografia
Relevo, 8%
Vegetação, 5%
Astronomia, 2%
Espaço geográfico, 4%
Hidrografia, 5%
Clima,5%
Cartografia, 3%
População, 11%
Urbanização, 4%
Globalização, 5%
Comércio exterior e blocos econômicos, 3%
Agropecuária e extrativismo, 7%
Transportes e comunicações, 2%
Fontes de energia, indústria e comércio exterior,5%
Política econômica, 2%
Turismo, lazer ou entretenimento, 1%
Sudeste, nordeste e centro-oeste brasileiro, 6%
Questões ambientais, 5%
Geopolítica, 14%
GEOGRAFIA 1
Com base nos mapas e em seus conhecimentos, é correto afirmar que a produção de leite no Brasil,
no período retratado:
a) cresceu na região Nordeste, devido à substituição das plantações de algodão, na Zona da Mata, pelos
rebanhos leiteiros.
b) avançou em direção aos estados do Norte e do Centro-Oeste, em função da predominância, nessas
regiões, de climas mais secos.
c) consolidou a hegemonia de Minas Gerais, graças à alta produtividade alcançada com o melhoramento
genético dos rebanhos no vale do Jequitinhonha.
d) aumentou, tanto em quantidade produzida quanto em número de estados produtores, graças, em
grande parte, ao crescimento do consumo interno.
e) abarcou todo o território nacional, excetuando-se os Estados recobertos pela floresta Amazônica, de-
vido à presença de unidades de conservação.
2. (Fuvest) À medida que a parcela de ar se eleva na atmosfera, nos limites da troposfera, a tempe-
ratura do ar decai a uma razão de 1Cº a cada 100 metros (Razão Adiabática Seca - RAS) ou 0,6Cº
a cada 100 metros (Razão Adiabática Úmida - RAU).
89
3. (Fuvest) São objetivos do Plano Diretor – SP: promover melhor aproveitamento do solo nas proximi-
dades do sistema estrutural de transporte coletivo com aumento na densidade construtiva, demo-
gráfica, habitacional e de atividades urbanas; incrementar a oferta de comércios, serviços e emprego
em áreas pobres da periferia; ampliar a oferta de habitações de interesse social nas proximidades do
sistema estrutural de transporte coletivo.
Diário Oficial. Cidade de São Paulo, 01/08/2014 (Adaptado).
4. (Fuvest) Considere os mapas do Estado de São Paulo, seus conhecimentos e as afirmativas a seguir.
I. A expansão desse cultivo tem ocorrido, principalmente, com vistas ao aumento da produção de
etanol para o abastecimento dos mercados interno e externo.
II. O cultivo desse produto agrícola tem ocupado porções do Oeste Paulista que, tradicionalmente,
eram ocupadas com pasto.
III. A expansão desse cultivo tem acarretado a diminuição da produção de gêneros alimentícios em
algumas regiões do estado.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II, apenas.
b) II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III, apenas.
e) I, II e III.
5. (Fuvest)
Desde o final da década de 1970, no Brasil, os movimentos sociais urbanos têm reivindicado o cha-
mado Direito à Cidade, em que a moradia é elemento fundamental. Acerca desse tema, considere
os gráficos, seus conhecimentos e as seguintes afirmações:
I. A Região Sudeste responde por mais da metade do PIB nacional, sendo, porém, a região com
maior deficit habitacional. Consequentemente, forte concentração de capital não significa aces-
so à moradia.
II. A Região Nordeste tem o segundo maior deficit habitacional e a terceira maior participação no
PIB nacional. Isso significa que a histórica desigualdade social nessa região foi superada.
III.A Região Norte tem o segundo menor deficit habitacional e a menor participação no PIB nacio-
nal. Isso significa que o deficit habitacional é um problema desvinculado da produção/distri-
buição de riqueza.
90
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
91
4. A retomada da produção de cana de açúcar em larga escala é um reflexo da política governamen-
tal de inserir o Brasil na cena internacional como ator na produção bioenergética sustentável. O
Estado de São Paulo é o maior produtor brasileiro de cana e de álcool combustível e fornece tanto
para o mercado interno como para o exterior e a produção se expande para o oeste do estado em
detrimento, em geral, à produção de alimentos.
5. O modelo econômico brasileiro favorece a concentração de terra e de renda dificultado a maioria da
população, o acesso a terra e à moradia. Não há, portanto, nenhum contracenso no fato da região
Sudeste ter o maior PIB e o maior deficit habitacional significando que a concentração de capital,
se não possibilitar mecanismos distributivos, dificulta o acesso à moradia e outros bens sociais. Na
frase II, persistem as más condições de vida devido ao modelo concentrador de renda e de terra.
Na frase III a distribuição de riqueza é diretamente proporcional ao melhor acesso à moradia.
6.
I. Correta: nos bolsões de pobreza da região Sul, predomina grandes propriedades com criação
extensiva de gado (pampas) e cultivo de grãos (oeste do Paraná e de Santa Catarina).
II. Correta: a região Sudeste apresenta elevada renda per capita, graças à diversidade de suas
atividades econômicas e elevada produção industrial; todavia, microrregiões de pobreza são
evidentes, como o vale do Ribeira, no Estado de São Paulo, e o vale do Jequitinhonha, em Minas
Gerais.
III.Incorreta: os mapas evidenciam a existência de bolsões de pobreza tanto no litoral quanto na
caatinga nordestina. Além disso, a Amazônia, em seu conjunto, não apresenta renda per capita
superior à do Nordeste em geral.
IV. Correta: a renda per capita do Distrito Federal é elevada devido às atividades administrativas
ali concentradas; todavia, as cidades-satélites abrigam população extremamente carente de
renda e com baixa disponibilidade de serviços públicos.
GABARITO
1. D 2. C 3. A 4. E 5. A
6. B
92
PRÁTICA DOS CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Fuvest) Considere as anamorfoses:
As condições da produção agrícola, no Brasil, são bastante heterogêneas, porém alguns aspectos
estão presentes em todas as regiões do País.
Nas anamorfoses acima, estão representadas formas de produção agrícola das diferentes regiões
administrativas. Assinale a alternativa que contém, respectivamente, a produção agrícola repre-
sentada em I e em II.
a) De subsistência e patronal.
b) Familiar e itinerante.
c) Patronal e familiar.
d) Familiar e de subsistência.
e) Itinerante e patronal.
93
5. (Fuvest) Analise a sequência histórica da ocupação de uma área no Brasil.
94
10. (Fuvest)
Considere os exemplos das figuras e analise as frases a seguir, relativas às imagens de satélite e
às fotografias aéreas.
I. Um dos usos das imagens de satélites refere-se à confecção de mapas temáticos de escala pe-
quena, enquanto as fotografias aéreas servem de base à confecção de cartas topográficas de
escala grande.
II. Embora os produtos de sensoriamento remoto estejam, hoje, disseminados pelo mundo, nem
todos eles são disponibilizados para uso civil.
III.Pelo fato de poderem ser obtidas com intervalos regulares de tempo, dentre outras caracte-
rísticas, as imagens de satélite constituem-se em ferramentas de monitoramento ambiental e
instrumental geopolítico valioso.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
Campus Butantã –
Campus Butantã –
Campus
Campus Zona Leste
Ribeirão Preto
a) 1 : 200.000 1 : 2.000.000 Observando a representação cartográfica,
b) 1 : 500.000 1 : 5.000.000 pode-se afirmar que se trata de uma:
a) carta topográfica, indicando que o Japão
c) 1 : 10.000 1 : 200.000
consome mais energia do que produz.
d) 1 : 500.000 1 : 2.000.000 b) anamorfose, indicando que a França produz
e) 1 : 200.000 1 : 5.000.000 mais energia do que consome.
c) anamorfose, indicando que os Estados Unidos
consomem mais energia do que produzem.
d) carta topográfica, indicando que a Alema-
nha produz mais energia do que consome.
e) anamorfose, indicando que os países africanos
consomem mais energia do que produzem.
95
13. (Fuvest) Observe a carta topográfica abaixo, que representa a área adquirida por um produtor rural.
Em parte da área acima representada, onde predominam menores declividades, o produtor rural
pretende desenvolver uma atividade agrícola mecanizada. Em outra parte, com maiores declivida-
des, esse produtor deseja plantar eucalipto.
Considerando os objetivos desse produtor rural, as áreas que apresentam, respectivamente, ca-
racterísticas mais apropriadas a uma atividade mecanizada e ao plantio de eucaliptos estão nos
quadrantes:
a) sudeste e nordeste.
b) nordeste e noroeste.
c) noroeste e sudeste.
d) sudeste e sudoeste.
e) sudoeste e noroeste.
14. (Fuvest) Um viajante saiu de Araripe, no Ce- Com base nesse trajeto e no mapa acima,
ará, percorreu, inicialmente, 1.000 km para pode-se afirmar que, durante seu percurso, o
o sul, depois 1.000 km para o oeste e, por viajante passou pelos Estados do Ceará:
fim, mais 750 km para o sul. a) Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais,
Goiás e Rio de Janeiro, tendo visitado os
ecossistemas da caatinga, mata Atlântica
e pantanal. Encerrou sua viagem a cerca de
250 km da cidade de São Paulo.
b) Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais,
Goiás e Rio de Janeiro, tendo visitado os
ecossistemas da caatinga, mata Atlântica e
cerrado. Encerrou sua viagem a cerca de 750
km da cidade de São Paulo.
c) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e
São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da
caatinga, mata Atlântica e pantanal. Encer-
rou sua viagem a cerca de 250 km da cidade
de São Paulo.
d) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e
São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da
caatinga, mata Atlântica e cerrado. Encerrou
sua viagem a cerca de 750 km da cidade de
São Paulo.
e) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e
São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da
caatinga, mata Atlântica e cerrado. Encerrou
sua viagem a cerca de 250 km da cidade de
São Paulo.
96
15. (Fuvest) Assinale a alternativa que indica o d) metáfora da cidade-metrópole, referindo-se
climograma que corresponde a uma cidade à aridez do concreto e das construções.
localizada aproximadamente a 3° Sul e 60° e) generalização do ambiente rural, indepen-
Oeste. dentemente das características de sua vege-
a) tação.
16. (Fuvest) São Paulo gigante, torrão adorado 18. (Fuvest) O gráfico abaixo exibe a distribui-
Estou abraçado com meu violão ção percentual do consumo de energia mun-
Feito de pinheiro da mata selvagem dial por tipo de fonte.
Que enfeita a paisagem lá do meu sertão
Tonico e Tinoco, “São Paulo Gigante“.
97
a) A queda no consumo de petróleo, após a 19. (Fuvest) Considerando os mapas, assinale a
década de 1970, é devida à acentuada dimi- alternativa correta.
nuição de sua utilização no setor aeroviário
e, também, à sua substituição pela energia
das marés.
b) O aumento relativo do consumo de carvão
mineral, a partir da década de 2000, está re-
lacionado ao fato de China e Índia estarem
entre os grandes produtores e consumidores
de carvão mineral, produto que esses países
utilizam em sua crescente industrialização.
c) A participação da hidreletricidade se man-
teve constante, em todo o período, em fun-
ção da regulamentação ambiental proposta
pela ONU, que proíbe a implantação de no-
O potencial hidrelétrico brasileiro:
vas usinas.
a) está esgotado na bacia do Paraná, localizada
d) O aumento da participação das fontes reno- numa área de média densidade demográfica.
váveis de energia, após a década de 1980, b) está esgotado na bacia do São Francisco, lo-
explica-se pelo crescente aproveitamento calizada numa área de baixa densidade de-
de energia solar, proposto nos planos go- mográfica.
vernamentais, em países desenvolvidos de c) é pouco explorado na bacia Leste, localizada
alta latitude. numa área de baixa densidade demográfica.
e) O aumento do consumo do gás natural, ao d) está esgotado na bacia do Uruguai, localizada
longo de todo o período coberto pelo gráfi- numa área de alta densidade demográfica.
co, é explicado por sua utilização crescente e) é pouco explorado na bacia do Tocantins,
nos meios de transporte, conforme estabele- localizada numa área de baixa densidade de-
cido no Protocolo de Cartagena. mográfica.
Com base no mapa e nas informações acima, considere a seguinte situação: João, que vive na ci-
dade de Pequim, China, recebe uma ligação telefônica, às 9h da manhã de uma segunda-feira, de
Maria, que vive na cidade de Manaus, Brasil. A que horas e em que dia da semana Maria telefonou?
a) 21h do domingo.
b) 17h do domingo.
c) 21h da segunda-feira.
d) 17h da terça-feira.
e) 21h da terça-feira.
98
21. (Fuvest) Quando vim de minha terra, III.O principal polo tecnológico do país é a
se é que vim de minha terra Zona Franca de Manaus, devido à presen-
(não estou morto por lá?), ça de várias incubadoras tecnológicas.
a correnteza do rio IV. Os principais polos tecnológicos do Esta-
me sussurrou vagamente do de São Paulo se localizam na capital,
que eu havia de quedar em São José dos Campos, Campinas e São
lá donde me despedia. Carlos.
(...) Quando vim de minha terra Está correto o que se afirma em:
não vim, perdi-me no espaço a) I e II.
na ilusão de ter saído. b) I e III.
Ai de mim, nunca saí. c) I e IV.
Nesse poema, Carlos Drummond de Andrade: d) II e III.
a) discute a permanente frustração do desejo e) II e IV.
de migrar do campo para a cidade.
b) reflete sobre o sentimento paradoxal do mi- 24. (Fuvest) O rico patrimônio histórico-arqui-
grante em face de sua identidade regional. tetônico da cidade de São Luiz do Paraitin-
c) expõe a tragédia familiar do migrante quan- ga, parcialmente destruído pelas chuvas no
do se desloca do interior para a cidade. início de 2010, associa-se a um fausto vivido
d) aborda o problema das migrações originárias pelo Vale do Paraíba, no passado, entre final
das regiões ribeirinhas para as grandes cidades. do século XIX e início do século XX, propor-
e) comenta as expectativas e esperanças do mi- cionado pela cultura do café.
grante em relação ao lugar de destino. Considere as seguintes afirmações sobre o
Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo.
22. (Fuvest) O Brasil é uma República Federati- I. A pecuária leiteira, que se desenvolveu
va que apresenta muitas desigualdades re- no Vale, a partir da crise do café, é, ainda
gionais. Confrontando-se dois aspectos – a hoje, uma atividade econômica praticada
igualdade jurídica entre os Estados-mem- na região.
bros e as disparidades econômicas entre as II. Essa região abriga as maiores hidrelétri-
regiões – pode-se afirmar que: cas do Estado, responsáveis pelo forneci-
a) o desequilíbrio econômico regional vem sen- mento de energia para a Região Metropo-
do, ao menos parcialmente, atenuado pelo litana de São Paulo.
menor número de representantes do Sudeste III.O relevo de mares de morros marca a pai-
no Congresso Nacional, em comparação aos sagem dessa região, estendendo-se, tam-
do Norte e Nordeste. bém, para outros estados brasileiros.
b) a região Norte é a menos representada no IV. A industrialização dessa região foi favo-
Congresso Nacional, fato notável principal- recida por sua localização, entre as duas
mente no Senado, derivando daí uma si- maiores cidades brasileiras, bem como
tuação de desigualdade perante as demais por sua acessibilidade rodoviária.
regiões. Está correto o que se afirma em:
c) a região Sul goza de ampla maioria de repre- a) I, II e III, apenas.
sentação no Congresso Nacional, o que lhe b) I e IV, apenas.
tem permitido obter vantagens na redistri- c) I, III e IV, apenas.
buição dos repasses federais. d) II e IV, apenas.
d) o princípio da igualdade, garantido pelo nú- e) I, II, III e IV.
mero fixo de senadores por Estado, permite
uma distribuição equilibrada dos repasses 25. (Fuvest 2018) Estuários são ambientes
federais, entre as diferentes regiões do país. aquáticos em que há a transição entre rio
e) os Estados nordestinos, apesar de sua pouca (água doce, com salinidade menor que 0,5 g
representatividade no Congresso, vêm assu- de NaCℓ por Kg de água) e mar (água salga-
mindo liderança na definição das políticas da, com salinidade maior que 30 g de NaCℓ
monetária e cambial no país. por Kg de água). Existem diferentes tipos de
estuários, dos quais três deles são:
23. (Fuvest) Considere as afirmações a seguir 1. Estuário bem misturado: ocorre quando há
sobre os polos tecnológicos no Brasil. grandes variações de maré e fortes corren-
I. Os polos tecnológicos concentram as ati- tes, causando rápida mistura entre as águas.
vidades de pesquisa e desenvolvimento 2. Estuário parcialmente misturado: ocorre
de tecnologias de ponta. quando o mar tem variações moderadas
II. Os polos tecnológicos concentram ativi- de maré e há mistura entre as águas, po-
dades industriais que independem de ou- rém com diferenças entre a região super-
tros setores da economia. ficial e a profunda.
99
3. Estuário do tipo cunha salina: ocorre Representações:
quando o rio desemboca no mar, em que
este tem pouca variação de maré, gerando
grande estratificação.
Medidas de salinidade da água em função
da profundidade foram realizadas em um
ponto equivalente para esses três tipos de
estuários, conforme mostrado no esquema a
seguir, gerando os gráficos I, II e III.
101
31. (Fuvest)
GABARITO
1. C 2. E 3. C 4. E 5. C
6. B 7. E 8. A 9. B 10. E
11. A 12. C 13. C 14. E 15. B
16. E 17. D 18. B 19. E 20. A
21. B 22. A 23. C 24. C 25. E
26. A 27. E 28. D 29. D 30. C
31. D
102
GEOGRAFIA 2
Prescrição: São necessários conhecimentos sobre fatores históricos e geográficos que transfor-
maram o espaço mundial. Também serão abordados temas tais como fluxos migratórios, questões
ambientais, conceitos de população e urbanização, comércio internacional e fontes de energia.
É de vital importância a interpretação de textos, mapas, tabelas e gráficos, que facilitarão a com-
preensão dos exercícios. Além disso, deve-se entender as transformações tecnológicas e seus
impactos nos processos de produção do espaço geográfico.
2. (Fuvest) Há dois lados na divisão internacional do trabalho [DIT]: um em que alguns países espe-
cializam-se em ganhar, e outro em que se especializaram em perder. Nossa comarca do mundo, que
hoje chamamos de América latina, foi precoce: especializou-se em perder desde os remotos tem-
pos em que os europeus do Renascimento se abalançaram pelo mar e fincaram os dentes em sua
garganta. Passaram os séculos, e a América latina aperfeiçoou suas funções. Este já não é o reino
das maravilhas, onde a realidade derrotava a fábula e a imaginação era humilhada pelos troféus
das conquistas, as jazidas de ouro e as montanhas de prata. Mas a região continua trabalhando
como um serviçal. Continua existindo a serviço de necessidades alheias, como fonte e reserva de
petróleo e ferro, cobre e carne, frutas e café, matérias-primas e alimentos, destinados aos países
ricos que ganham, consumindo-os, muito mais do que a América latina ganha produzindo-os.
GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981 (Adaptado).
Sobre a atual Divisão Internacional do Trabalho (DIT), no que diz respeito à mineração na América
latina, é correto afirmar:
a) O México é o país com maior produção de carvão, cuja exportação é controlada por capital canaden-
se. Para tal situação, o padrão de dominação Norte/Sul na DIT, mencionado pelo autor, é praticado
no mesmo continente.
b) A Colômbia ocupa o primeiro lugar na produção mundial de manganês, por meio de empresas privati-
zadas nos dois últimos governos bolivarianos, o que realça sua posição no cenário econômico interna-
cional, rompendo a dominação Norte/Sul.
c) O Chile destaca-se pela extração de cobre, principalmente na sua porção centro-norte, que é, em parte,
explorado por empresas transnacionais, o que reitera o padrão da DIT mencionado pelo autor.
d) A Bolívia destaca-se como um dos maiores produtores de ferro da América latina, e, recentemente, o
controle de sua produção passou a ser feito por conselhos indígenas. Essa autonomia do país permitiu
o rompimento da dominação estadunidense.
e) O Uruguai é o principal produtor mundial de prata, e o controle de sua extração é feito por empresas
transnacionais. Nesse caso, mantém-se o padrão da inserção do país na DIT mencionada pelo autor.
103
3. (Fuvest) No planeta Terra, há processos es- 4. Segundo a Organização das Nações Unidas
cultores, tais como a ação do gelo, o intem- para a Alimentação e a Agricultura (FAO),
perismo e a ação do vento. A atuação de tais anualmente, 1,3 bilhão de toneladas de ali-
processos pode ser representada em gráficos mentos (30% da produção total no planeta)
elaborados segundo variações médias de é perdido em dois processos: o desperdício
temperatura e precipitação anual. Conside- que se relaciona ao descarte de alimentos
re as características do deserto do Saara, da em bom estado e a perda ao longo da cadeia
Antártida e de uma floresta tropical e iden- produtiva. O desperdício representa 46%
tifique o gráfico em que estão corretamente e é muito maior nas regiões mais ricas. As
localizados. perdas relativas ao circuito de produção re-
a) presentam 54% do total e são maiores nos
países em desenvolvimento.
https://nacoesunidas.org/fao_30de_toda_a_
comida_produzida_no_mundo_vaiparar_no_lixo.
Adaptado.Percentual de pessoas em estado
de insegurança alimentar grave*
Local 2017
África 29,8%
b) América Latina 9,8%
Ásia 6,9%
América Setentrional e Europa 1,4%
Mundo 10,2%
FAO. El estado de la seguridad alimentaria y la
nutrición en el mundo. 2018. Adaptado.
104
5. (Fuvest) A tabela mostra o número total de refugiados no mundo em 2017, segundo relatório do
Alto Comissariado das Nações Unidas Para Refugiados (UNHCR ou ACNUR em português).
Refugiados do Mundo*
Principais países de Quantidade de pessoas Principais países que Quantidade de pessoas
origem dos refugiados (em milhões) abrigam refugiados (em milhões)
Síria 6,3 Turquia 3,5
Afeganistão 2,6 Paquistão 1,4
Sudão do Sul 2,4 Uganda 1,4
Myanmar 1,2 Líbano 0,9
Somália 0,9 República Islâmica do Irã 0,9
Sudão 0,7 Alemanha 0,9
*Nestes dados não estão computados os palestinos.UNHCR - GLOBAL TRENDS, 2017. Adaptado.
Neste texto, escrito no final do século XX, o autor refere-se a um processo que persiste no século
atual. A partir desse texto, pode-se inferir que esse processo leva à
a) padronização da vida cotidiana.
b) melhor distribuição de renda no planeta.
c) intensificação do convívio e das relações afetivas presenciais.
d) maior troca de saberes entre gerações.
e) retração do ambientalismo como reação à sociedade de consumo.
105
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA a longa distância. No caso dos sírios, grande
parte localiza-se em campos de refugiados
na Turquia e muitos migraram para a União
1. A erosão é o desgaste da superfície com remo- Europeia, principalmente a Alemanha. No
ção de partículas minerais (areia, silte e argi- caso da etnia muçulmana rohingya de Mian-
la) e matéria orgânica. Atinge principalmente mar, o deslocamento dá-se em direção a paí-
o solo e rochas que estão expostas. Os agentes ses como Bangladesh, Tailândia e Indonésia.
exógenos são responsáveis por vários tipos No caso dos afegãos, muitos foram para o
de erosão conforme as condições climáticas e Paquistão e Irã.
hidrológicas: pluvial (água da chuva), fluvial 6. O processo de globalização constitui a fase
(água de rios), abrasão (marinha), glacial (ge- recente de expansão do capitalismo no es-
leiras) e eólica (vento). Ao longo do tempo, paço mundial, sendo caracterizado pela ace-
podem aparecer feições erosivas como o sulco leração dos fluxos de mercadorias, capital,
(pequena dimensão), a ravina (média dimen- pessoas e informações. O processo é possí-
são) e a voçoroca (grande dimensão). vel graças à modernização integrada dos
2. A grande produção e exportação de cobre transportes, telecomunicações e informáti-
no Chile comprova a citação de Galeano, de ca. Entretanto, a globalização está a serviço
que a América latina posterga sua função de dos interesses das empresas, inclusive das
fornecedor de matéria-prima para a econo- transnacionais que induzem a padronização
mia mundial. Estão incorretas as alternati- do consumo e do comportamento em escala
vas: [A] e [B], porque o México e a Colômbia global, fator que pode enfraquecer as parti-
se destacam na produção de petróleo; [D], cularidades culturais regionais e locais.
porque a Bolívia se destaca na produção de
GABARITO
carvão mineral, petróleo e manganês; e [E],
porque a economia do Uruguai está assenta-
da na produção agropecuária.
3. O gráfico mostra a relação entre paisagens 1. C 2. C 3. A 4. E 5. E
naturais ou biomas com os tipos climáticos
6. A
nos seus elementos básicos, a temperatura e
a pluviosidade. O gráfico destaca três impor-
tantes paisagens naturais, a Antártida (clima
polar com baixa temperatura e baixa plu-
viosidade), o Deserto do Saara (clima árido
com alta temperatura e baixa pluviosidade)
e o bioma de Floresta Tropical (clima tropical
com alta temperatura e alta pluviosidade).
4. A insegurança alimentar grave é definida
quando falta alimento em quantidade,
qualidade e regularidade para as famílias,
inclusive as crianças. Os maiores porcentuais
de pessoas que sofrem com o drama da
fome crônica ocorrem na África, na América
Latina e na Ásia, isto é, as regiões do
mundo que concentram a maioria dos países
subdesenvolvidos e emergentes. No mundo
se produz o suficiente de alimentos para
toda a população global, todavia a fome
persiste. Entre as causas da fome no mundo:
disparidade socioeconômica entre os países,
a desigualdade social no interior dos países,
a insuficiência de renda das famílias em
situação de pobreza extrema, o desperdício
de alimentos e a prioridade para a exportação
de alimentos na economia globalizada.
5. Os refugiados são aqueles que deixam seus
países devido a perseguição política em regi-
mes autoritários, guerras civis, divergências
religiosas e conflitos étnicos. Em sua maio-
ria costumam se deslocar para nações vizi-
nhas. Em alguns casos, os deslocamentos são
106
PRÁTICA DOS As lacunas devem ser preenchidas, respecti-
vamente, por:
107
5. (Fuvest) No mapa a seguir, destacam-se três país limita-se, ao sul, com a Índia e, ao
regiões europeias onde: norte, com a China;
III.necessidades da Índia e, principalmen-
te, da China, as quais, com o aumento da
população e da urbanização, demandam
suprimento de água para abastecimento
público, tendo em vista que o Nepal pos-
sui inúmeros mananciais.
Está correto o que se indica em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
a) ocorrem movimentos separatistas.
b) estão localizados os mais importantes portos 7. (Fuvest) Analise o mapa e assinale a alterna-
europeus. tiva que completa corretamente a frase.
c) são registrados os menores IDH da União Eu-
ropeia.
d) foram suspensos pela OMC os subsídios agrí-
colas.
e) ocorre o maior fluxo de imigrantes da África
setentrional e da Ásia de Sudeste.
108
b) I – Cadeia orogênica do Quaternário, com b) necessidade de proteção às embaixadas e
formação ligada à ação vulcânica outras legações diplomáticas norte-america-
II – Área de sedimentação do Paleozoico, nas em países com trajetória comunista.
com depósitos eólicos c) meio de transporte para o envio de equipa-
c) I – Cadeia orogênica do Terciário, com for- mentos militares ao Irã, com a finalidade de
mação ligada à ação vulcânica desmonte das atividades nucleares.
II – Área de sedimentação do Pré-cambriano, d) um dos pilares da sua estratégia de comba-
com depósitos fluviais te ao terrorismo, principalmente em regiões
d) I – Cadeia orogênica do Quaternário, com com importante atuação tribal/terrorista.
formação ligada à ação vulcânica e) reforço para a megaoperação de espionagem,
II – Área de sedimentação do Cenozoico, executada em 2013, que culminou com o
com depósitos fluviais asilo de Snowden na Rússia.
e) I – Cadeia orogênica do Arqueozoico, com
formação ligada à tectônica de placas 11. (Fuvest) “Mais da metade do gênero huma-
II – Área de sedimentação do Paleozoico, no jamais discou um número de telefone. Há
com depósitos eólicos mais linhas telefônicas em Manhattan do
que em toda a África, ao sul do Saara.”
9. (Fuvest) Do ponto de vista tectônico, núcle- (Mbeki, vice-presidente da África do Sul, 1995.)
os rochosos mais antigos, em áreas conti-
nentais mais interiorizadas, tendem a ser os “Nos EUA, os brancos representam 88,6% dos
mais estáveis, ou seja, menos sujeitos a aba- utilizadores da Internet e os negros, 1,3 %,
los sísmicos e deformações. Em termos geo- embora correspondam a 12% da população.”
morfológicos, a maior estabilidade tectônica (Adaptado de: Douzet, 1997.)
dessas áreas faz com que elas apresentem
Considerando-se o texto anterior, assinale a
uma forte tendência à ocorrência, ao longo
alternativa correta.
do tempo geológico, de um processo de:
a) O nível de vida das populações e o grau de de-
a) aplainamento das formas de relevo, decor-
senvolvimento tecnológico dos países expli-
rente do intemperismo e da erosão.
cam a desigual distribuição da rede internet.
b) formação de depressões absolutas, gerada
b) A cibercultura é universal e constitui um
por acomodação de blocos rochosos.
instrumento de massificação e construção de
c) formação de cânions, decorrente de intensa
uma identidade cultural global.
erosão eólica.
c) Os fluxos de informação telefônica não devem
d) produção de desníveis topográficos acentu- ser confundidos com as infovias que têm uma
ados, resultante da contínua sedimentação distribuição mais igualitária no mundo.
dos rios. d) Os custos da conexão virtual são mais eleva-
e) geração de relevo serrano, associada a fato- dos nos países ricos do que nos países pobres,
res climáticos ligados à glaciação. o que explica a sua desigual distribuição.
e) O centro mundial de fornecimento de servi-
10. (Fuvest) Observe o mapa da distribuição dos ços da rede Internet são os Estados Unidos
drones (veículos aéreos não tripulados) nor- devido à grande quantidade de telefones
te-americanos na África e no Oriente Médio. disponíveis.
109
III.Diferenças étnicas, culturais, políticas 14. (Fuvest)
ou religiosas, com raízes históricas, têm
resultado em preconceito, desrespeito e
segregação, gerando tensões que reper-
cutem em conflitos existentes entre dife-
rentes nações.
O envolvimento global em conflitos regio-
nais é, corretamente, explicado em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III. Analise as pirâmides etárias do Brasil, con-
13. (Fuvest) O cartograma apresenta a localização siderando os itens a seguir sobre a estrutura
de alguns dos maiores deltas mundiais. Estu- populacional brasileira.
dos recentes consideram os deltas como áreas I. O aumento significativo, na faixa de 15-
de interesse global para monitoramento. 19 anos, nesse período, foi decorrente do
milagre econômico brasileiro.
II. A base mais estreita da pirâmide de 2000,
quando comparada com a de 1960, indica
uma redução na taxa de natalidade.
III.O alargamento do topo da pirâmide de
2000 indica um decréscimo da expectati-
va de vida da população brasileira.
IV. Nos últimos 40 anos, há evidências de
que o país passa por processo de transi-
ção demográfica.
Estão corretas todas as afirmações da alter-
nativa:
a) I e II.
b) I e III.
Fonte: Simielli, 2001.
c) II e III.
Tal interesse relaciona-se à sua: d) II e IV.
I. característica deposicional que permite e) III e IV.
o estudo de modificações das respectivas
bacias hidrográficas. 15. (Fuvest) As previsões catastrofistas dos
II. fragilidade natural, devido à localização “neomalthusianos” sobre o crescimento de-
em zonas com pluviosidade insuficiente mográfico e sua pressão sobre os recursos
para a fixação de vegetação. naturais não se confirmaram, notadamente,
III.degradação, promovida pelo seu uso agrí- porque:
cola e por represamentos à montante. a) o processo de globalização permitiu o acesso
Está correto o que se afirma em: voluntário e universal a meios contracepti-
a) I apenas. vos eficazes, impactando, sobretudo, os paí-
b) II apenas. ses em desenvolvimento.
c) III apenas. b) a nova onda de “revolução verde”, propicia-
d) I e III apenas. da pela introdução dos transgênicos, afastou
e) I, II e III. a ameaça de fome epidêmica nos países mais
pobres.
c) as ações governamentais e a urbanização
implicaram forte queda nas taxas de nata-
lidade, exceto em países muçulmanos e da
África subsaariana, entre outros.
d) o estilo de vida consumista, maior respon-
sável pela degradação dos recursos naturais,
vem sendo superado desde a Conferência
Rio-92.
e) os fluxos migratórios de países pobres para
aqueles ricos que têm crescimento vegetati-
vo negativo compensaram a pressão sobre os
recursos naturais.
110
16. (Fuvest) Sobre o modelo de industrialização implementado em países do sudeste asiático, como
Coreia do Sul e Taiwan, e o adotado em países da América latina, como a Argentina, o Brasil e o
México, pode-se afirmar que:
a) nos países do sudeste asiático, a participação de capital estrangeiro impediu o desenvolvimento de
tecnologia local, ao passo que, nos países latino-americanos, ela promoveu esse desenvolvimento.
b) nos dois casos, não houve participação do Estado na criação de infraestrutura necessária à industria-
lização.
c) nos países do sudeste asiático, a organização dos trabalhadores, em sindicatos livres, encareceu o
produto final, ao passo que, nos países latino-americanos, a ausência dessa organização tornou os
produtos mais competitivos.
d) nos dois casos, houve importante participação de capital japonês, responsável pelo desenvolvimento
tecnológico nessas regiões.
e) nos países do sudeste asiático, a produção industrial visou à exportação, ao passo que, nos países
latino-americanos, a produção objetivou o mercado interno.
17. (Fuvest)
Com base nesses gráficos sobre 15 cidades, pode-se concluir que, no ano de 1995:
a) as três cidades com o menor número de habitantes, por hectare, são aquelas que mais consomem ga-
solina no transporte particular de passageiros.
b) nas três cidades da América do Sul, vale a regra: maior população, por hectare, acarreta maior consu-
mo de gasolina no transporte particular de passageiros.
c) as cidades mais populosas, por hectare, são aquelas que mais consomem gasolina no transporte parti-
cular de passageiros.
d) nas três cidades da América do Norte, vale a regra: maior população, por hectare, acarreta maior con-
sumo de gasolina no transporte particular de passageiros.
e) as três cidades da Ásia mais populosas, por hectare, estão entre as quatro com menor consumo de
gasolina no transporte particular de passageiros.
GABARITO
1. E 2. E 3. C 4. E 5. C
6. C 7. D 8. A 9. A 10. D
11. A 12. D 13. D 14. D 15. C
16. E 17. A
111
C N CIÊNCIAS DA NATUREZA
e suas tecnologias
BIOLOGIA
Fuvest - Biologia
Citologia, 22%
Ecologia, 18%
Fisiologia animal e humana, 18%
Reino vegetal, fungos e monera, 18%
Genética, 17%
Reino animal e protoctistas, 7%
BIOLOGIA 1
Prescrição: São necessários conhecimentos sobre os seres vivos e o ambiente que os rodeia, assim
como a interação entre os indivíduos e indivíduos e o meio. Em adicional, compreender as caracterís-
ticas e classificação dos vegetais.
115
c) disponibilidade de combustíveis renováveis
e, consequentemente, menor queima de PRÁTICA DOS
combustíveis fósseis, que liberam CFC (clo-
rofluorcarbono). CONHECIMENTOS - E.O.
d) absorção de CFC, gás responsável pela des-
truição da camada de ozônio. 1. (Fuvest) A cobra-coral (Erythrolamprus
e) sombreamento do solo, com resfriamento da aesculapii) tem hábito diurno, alimenta-se
superfície terrestre. de outras cobras e é terrícola, ou seja, caça
e se abriga no chão. A jararaca (Bothrops
jararaca) tem hábito noturno, alimenta-se
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA de mamíferos e é terrícola. Ambas ocorrem
no Brasil, na floresta pluvial costeira.
1. As bactérias fotossintetizantes e as quimios- Essas serpentes:
sintetizantes são autótrofas e, logo, produ- a) disputam o mesmo nicho ecológico.
toras. As bactérias saprofágicas são decom- b) constituem uma população.
positoras e as parasitas, consumidoras. c) compartilham o mesmo habitat.
d) realizam competição intraespecífica.
2. Para estudar a divisão meiótica em samam- e) são comensais.
baia, o pesquisador necessitará observar os
soros, que são os lugares onde as células di-
videm-se por meiose e produzem os esporos 2. (Fuvest) Num determinado lago, a quan-
haploides. tidade dos organismos do fitoplâncton é
controlada por um crustáceo do gênero
3. O ápice do caule possui meristema primário, o Artemia, presente no zooplâncton. Graças a
qual é indiferenciado sem função específica. esse equilíbrio, a água permanece transpa-
4. A seiva bruta transporta sais minerais e rente. Depois de um ano muito chuvoso, a sa-
água. A água é um reagem da fotossíntese. linidade do lago diminuiu, o que permitiu o
crescimento do número de insetos do gênero
5. O tico-tico se alimenta do fubá (produtor),
Trichocorixa, predadores de Artemia. A
tornando-se consumidor primário, e da mi-
transparência da água do lago diminuiu.
nhoca, tornando-se consumidor secundário.
Considere as afirmações:
6. Para realizar a fotossíntese, os vegetais rea- I. A predação provocou o aumento da popu-
lizam o sequestro do carbono atmosférico. lação dos produtores.
II. A predação provocou a diminuição da po-
pulação dos consumidores secundários.
GABARITO III.A predação provocou a diminuição da po-
pulação dos consumidores primários.
Está correto o que se afirma apenas em:
1. E 2. C 3. A 4. B 5. B
a) I.
6. B b) II.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.
116
Analise as seguintes afirmativas: a) dos frutos e depois das flores.
I. Houve eventos de extinção que reduziram b) das flores e depois dos frutos.
em mais de 50% o número de espécies c) das sementes e depois das flores.
existentes. d) das sementes e antes dos frutos.
II. A diminuição na atividade fotossintética e) das flores e antes dos frutos.
foi a causa das grandes extinções.
III.A extinção dos grandes répteis aquáti- 6. (Fuvest) No morango, os frutos verdadeiros são
cos no final do Cretáceo, há cerca de 65 as estruturas escuras e rígidas que se encon-
milhões de anos, foi, percentualmente, o tram sobre a parte vermelha e suculenta. Cada
maior evento de extinção ocorrido. uma dessas estruturas resulta, diretamente:
De acordo com o gráfico, está correto apenas a) da fecundação do óvulo pelo núcleo esper-
o que se afirma em: mático do grão de pólen.
a) I. b) do desenvolvimento do ovário, que contém a
b) II. semente com o embrião.
c) III. c) da fecundação de várias flores de uma mes-
d) I e II. ma inflorescência.
e) II e III. d) da dupla fecundação, que é exclusiva das
angiospermas.
4. (Fuvest) Em 1910, cerca de 50 indivíduos e) do desenvolvimento do endosperma que nu-
de uma espécie de mamíferos foram intro- trirá o embrião.
duzidos numa determinada região. O gráfico
abaixo mostra quantos indivíduos dessa po- 7. (Fuvest) Uma das consequências do “efeito
pulação foram registrados a cada ano, desde estufa” é o aquecimento dos oceanos. Esse
1910 até 1950. aumento de temperatura provoca:
a) menor dissolução de CO2 nas águas oceâni-
cas, o que leva ao consumo de menor quan-
tidade desse gás pelo fitoplâncton, contri-
buindo, assim, para o aumento do efeito
estufa global.
b) menor dissolução de O2 nas águas oceânicas,
o que leva ao consumo de maior quantidade
de CO2 pelo fitoplâncton, contribuindo, as-
sim, para a redução do efeito estufa global.
c) menor dissolução de CO2 e O2 nas águas
oceânicas, o que leva ao consumo de maior
quantidade de O2 pelo fitoplâncton, con-
tribuindo, assim, para a redução do efeito
estufa global.
d) maior dissolução de CO2 nas águas oceâni-
Esse gráfico mostra que: cas, o que leva ao consumo de maior quan-
a) desde 1910 até 1940, a taxa de natali- tidade desse gás pelo fitoplâncton, con-
dade superou a de mortalidade em todos tribuindo, assim, para a redução do efeito
os anos. estufa global.
b) a partir de 1938, a queda do número de in- e) maior dissolução de O2 nas águas oceânicas,
divíduos foi devida à emigração. o que leva à liberação de maior quantidade
c) no período de 1920 a 1930, o número de de CO2 pelo fitoplâncton, contribuindo, as-
nascimentos mais o de imigrantes foi equi- sim, para o aumento do efeito estufa global.
valente ao número de mortes mais o de emi-
grantes. 8. (Fuvest) Há anos, a Amazônia brasileira tem
d) no período de 1935 a 1940, o número de sofrido danos ambientais, provocados por
nascimentos mais o de imigrantes superou o atividades como queimadas e implantação
número de mortes mais o de emigrantes. de áreas de pecuária para o gado bovino.
e) no período de 1910 a 1950, o número de Considere os possíveis danos ambientais re-
nascimentos mais o de imigrantes superou o sultantes dessas atividades:
número de mortes mais o de emigrantes. I. Aumento da concentração de dióxido de
carbono (CO2) atmosférico, como conse-
5. (Fuvest) Na evolução dos vegetais, o grão de quência da queima da vegetação.
pólen surgiu em plantas que correspondem, II. Aumento do processo de laterização, de-
atualmente, ao grupo dos pinheiros. Isso vido à perda de ferro (Fe) e alumínio
significa que o grão de pólen surgiu antes: (Aℓ) no horizonte A do solo.
117
III.Aumento da concentração de metano e países que venham a ser responsabilizados
(CH4) atmosférico, liberado pela digestão por novos danos ambientais.
animal. d) A presença de petróleo na superfície da
IV. Diminuição da fertilidade dos solos pela água, por dificultar a passagem da luz, di-
liberação de cátions Na+, K+, Ca2+ e Mg2+, minui a taxa de fotossíntese realizada pelo
anteriormente absorvidos pelas raízes zooplâncton, o que, no entanto, não afeta a
das plantas. cadeia alimentar.
Está correto o que se afirma em: e) Os dispersantes aumentam a quantidade de
a) I e III, apenas. petróleo que se mistura com a água, porém
b) I, II e III, apenas. não o removem do mar.
c) II e IV, apenas.
d) III e IV, apenas. 11. (Fuvest) A passagem do modo de vida caça-
e) I, II, III e IV. dor-coletor para um modo de vida mais se-
dentário aconteceu há cerca de 12 mil anos
9. (Fuvest) As afirmações abaixo se referem a e foi causada pela domesticação de animais
características do ciclo de vida de grupos de e de plantas. Com base nessa informação, é
plantas terrestres: musgos, samambaias, pi- correto afirmar que:
nheiros e plantas com flores. a) no início da domesticação, a espécie humana
I. O grupo evolutivamente mais antigo pos- descobriu como induzir mutações nas plan-
sui fase haploide mais duradoura do que tas para obter sementes com características
fase diploide. desejáveis.
II. Todos os grupos com fase diploide mais b) a produção de excedentes agrícolas permitiu
duradoura do que fase haploide apresen- a paulatina regressão do trabalho, ou seja,
tam raiz, caule e folha verdadeiros. a diminuição das intervenções humanas no
III. Os grupos que possuem fase haploide e meio natural com fins produtivos.
diploide de igual duração apresentam, c) a grande concentração de plantas cultivadas
também, rizoides, filoides e cauloides (ou em um único lugar aumentou a quantidade
seja, raiz, folha e caule não verdadeiros). de alimentos, o que prejudicou o processo de
Está correto apenas o que se afirma em: sedentarização das populações.
a) I. d) no processo de domesticação, sementes com
b) II. características desejáveis pelos seres huma-
c) III. nos foram escolhidas para serem plantadas,
d) I e II. num processo de seleção artificial.
e) II e III. e) a chamada Revolução Neolítica permitiu o
desenvolvimento da agricultura e do pasto-
10. (Fuvest) O acidente ocorrido em abril de reio, garantindo a eliminação progressiva de
2010, em uma plataforma de petróleo no relações sociais escravistas.
golfo do México, colocou em risco o delicado
equilíbrio do ecossistema da região. 12. (Fuvest) Os resultados de uma pesquisa re-
Além da tentativa de contenção, com bar- alizada na USP revelam que a araucária, o
reiras físicas, de parte do óleo derramado, pinheiro brasileiro, produz substâncias an-
foram utilizados dispersantes químicos. Dis- tioxidantes e fotoprotetoras. Uma das auto-
persantes são compostos que contêm, em ras do estudo considera que, possivelmen-
uma mesma molécula, grupos compatíveis te, essa característica esteja relacionada ao
com óleo (lipofílicos) e com água (hidrofí- ambiente com intensa radiação UV em que
licos). a espécie surgiu há cerca de 200 milhões de
Levando em conta as informações acima e anos. Com base na teoria sintética da evolu-
com base em seus conhecimentos, indique a ção, é correto afirmar que:
afirmação correta. a) essas substâncias surgiram para evitar que
a) O uso de dispersantes é uma forma de elimi- as plantas sofressem a ação danosa da radia-
nar a poluição a que os organismos maríti- ção UV.
mos estão expostos. b) a radiação UV provocou mutações nas folhas
b) Acidentes como o mencionado podem gerar da araucária, que passaram a produzir tais
novos depósitos de petróleo, visto que a for- substâncias.
mação desse recurso depende da concentra- c) a radiação UV atuou como fator de seleção,
ção de compostos de carbono em ambientes de maneira que plantas sem tais substâncias
continentais. eram mais suscetíveis à morte.
c) Entidades internacionais conseguiram, após d) a exposição constante à radiação UV indu-
o acidente, a aprovação de sanções econômi- ziu os indivíduos de araucária a produzirem
cas a serem aplicadas pela ONU às empresas substâncias de defesa contra tal radiação.
118
e) a araucária é um exemplo típico da finali-
dade da evolução, que é a produção de in-
divíduos mais fortes e adaptados a qualquer
ambiente.
119
18. (Fuvest) As estruturas presentes em uma cé- c) converter o CO2 da atmosfera em matéria or-
lula vegetal, porém ausentes em uma bacté- gânica, utilizando a energia da luz solar.
ria, são: d) reter o CO2 da atmosfera na forma de com-
a) cloroplastos, lisossomos, núcleo e membrana postos inorgânicos, a partir de reações de
plasmática. oxidação em condições anaeróbicas.
b) vacúolos, cromossomos, lisossomos e ribos- e) transferir o CO2 atmosférico para as molécu-
somos. las de ATP, fonte de energia para o metabo-
c) complexo golgiense, membrana plasmática, lismo vegetal.
mitocôndrias e núcleo.
d) cloroplastos, mitocôndrias, núcleo e retículo 21. (Fuvest) “Para compor um tratado sobre pas-
endoplasmático. sarinhos é preciso por primeiro que haja um
e) cloroplastos, complexo golgiense, mitocôn- rio com árvores e palmeiras nas margens.
drias e ribossomos. E dentro dos quintais das casas que haja pelo
menos goiabeiras. E que haja por perto bre-
19. (Fuvest) As bactérias diferem quanto à fonte jos e iguarias de brejos.
primária de energia para seus processos me- É preciso que haja insetos para os passari-
tabólicos. Por exemplo: nhos.
I. Chlorobium sp. utiliza energia luminosa. Insetos de pau sobretudo que são os mais
II. Beggiatoa sp. utiliza energia gerada pela palatáveis.
oxidação de compostos inorgânicos. A presença de libélulas seria uma boa.
III.Mycobacterium sp. utiliza energia gerada O azul é importante na vida dos passarinhos
pela degradação de compostos orgânicos porque os passarinhos precisam antes de ser
componentes do organismo hospedeiro. belos ser eternos.
Com base nessas informações, indique a al- Eternos que nem uma fuga de Bach.”
ternativa que relaciona corretamente essas “De passarinhos”. Manoel de Barros
bactérias com seu papel nas cadeias alimen-
tares de que participam. No texto, o conjunto de elementos, descri-
to de forma poética em relação aos passa-
Chlorobium sp. Beggiatoa sp. Mycobacterium sp.
rinhos, pode ser associado, sob o ponto de
a) Consumidor Produtor Consumidor vista biológico, ao conceito de:
b) Consumidor Decompositor Consumidor a) bioma.
b) nicho ecológico.
c) Produtor Consumidor Decompositor
c) competição.
d) Produtor Decompositor Consumidor d) protocooperação.
e) Produtor Produtor Consumidor e) sucessão ecológica.
20. (Fuvest) As crescentes emissões de dióxido 22. (Fuvest) A observação de faunas dos conti-
de carbono (CO2), metano (CH4), óxido ni- nentes do hemisfério Sul revela profundas
troso (N2O), entre outros, têm causado sérios diferenças. Na América do Sul, existem pre-
problemas ambientais, como, por exemplo, guiças, antas, capivaras, tamanduás e onças;
a intensificação do efeito estufa. Estima-se na África, há leões, girafas, camelos, zebras
que, dos 6,7 bilhões de toneladas de carbo- e hipopótamos; na Austrália, cangurus, or-
no emitidas anualmente pelas atividades nitorrincos e equidnas e, na Antártida, os
humanas, cerca de 3,3 bilhões acumulam-se pinguins. Entretanto, descobriram-se es-
na atmosfera, sendo os oceanos responsáveis pécies fósseis idênticas nessas regiões. As-
pela absorção de 1,5 bilhão de toneladas, en- sim, fósseis da gimnosperma ‘Glossopteris’
quanto quase 2 bilhões de toneladas são se- foram encontrados ao longo das costas li-
questradas pelas formações vegetais. torâneas da África, América do Sul, Austrá-
Assim, entre as ações que contribuem para a lia e Antártida, e ainda fósseis dos répteis
redução do CO2 da atmosfera, estão a preser- ‘Cynognathus’ e ‘Lystrosaurus’ foram desco-
vação de matas nativas, a implantação de re- bertos na América do Sul, África e Antártida.
florestamentos e de sistemas agroflorestais e Para explicar esses fatos, formularam-se as
a recuperação de áreas de matas degradadas. seguintes hipóteses:
O papel da vegetação, no sequestro de carbo- I. A presença de fósseis idênticos, nos vá-
no da atmosfera, é: rios continentes, prova que todas as for-
a) diminuir a respiração celular dos vegetais mas de vida foram criadas simultanea-
devido à grande disponibilidade de O2 nas mente nas diversas regiões da Terra e se
florestas tropicais. diferenciaram mais tarde.
b) fixar o CO2 da atmosfera por meio de bacté- II. As faunas e floras atuais são resultado da
rias decompositoras do solo e absorver o car- seleção natural em ambientes diversos,
bono livre por meio das raízes das plantas. isolados geograficamente.
120
III.Os continentes, há milhões de anos, eram
unidos, separando-se posteriormente. GABARITO
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas. 1. C 2. D 3. A 4. D 5. E
b) II, apenas.
c) I e III, apenas. 6. B 7. A 8. A 9. D 10. E
d) II e III, apenas. 11. D 12. C 13. A 14. E 15. E
e) I, II e III.
16. B 17. A 18. D 19. E 20. C
23. (Fuvest) Existe um produto que, aplicado 21. B 22. D 23. B 24. D
nas folhas das plantas, promove o fecha-
mento dos estômatos, diminuindo a perda
de água.
Como consequência imediata do fechamento
dos estômatos:
I. o transporte de seiva bruta é prejudicado.
II. a planta deixa de absorver a luz.
III.a entrada de ar atmosférico e a saída de
CO2 são prejudicadas.
IV. a planta deixa de respirar e de fazer fo-
tossíntese.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) III e IV.
24. (Fuvest)
121
BIOLOGIA 2
3. (Fuvest) Num exercício prático, um estudante analisou um animal vertebrado para descobrir a que
grupo pertencia, usando a seguinte chave de classificação:
123
O estudante concluiu que o animal pertencia 6. (Fuvest) O ornitorrinco e a equidna são ma-
ao grupo VI. míferos primitivos que botam ovos, no in-
Esse animal pode ser: terior dos quais ocorre o desenvolvimento
a) um gambá. embrionário. Sobre esses animais, é correto
b) uma cobra. afirmar que:
c) um tubarão. a) diferentemente dos mamíferos placentários,
d) uma sardinha. eles apresentam autofecundação.
e) um sapo. b) diferentemente dos mamíferos placentários,
eles não produzem leite para a alimentação
dos filhotes.
4. (Fuvest) Foram feitas medidas diárias das c) diferentemente dos mamíferos placentários,
taxas dos hormônios: luteinizante (LH), fo- seus embriões realizam trocas gasosas dire-
lículo estimulante (FSH), estrógeno e pro- tamente com o ar.
gesterona, no sangue de uma mulher adulta, d) à semelhança dos mamíferos placentários,
jovem, durante vinte e oito dias consecutivos. seus embriões alimentam-se exclusivamente
Os resultados estão mostrados no gráfico. de vitelo acumulado no ovo.
e) à semelhança dos mamíferos placentários,
seus embriões livram-se dos excretas nitro-
genados através da placenta.
124
PRÁTICA DOS Qual é a probabilidade de que ambos os ar-
trópodes escolhidos para a pesquisa de Fran-
125
6. (Fuvest) Considere a árvore filogenética a 8. (Fuvest) A figura representa uma hipótese
seguir. das relações evolutivas entre alguns grupos
animais.
126
O quadro a seguir traz uma relação de mamí- 11. (Fuvest) Ao noticiar o desenvolvimento de
feros e o resultado da pesagem de indivíduos mecanismos de prevenção contra a esquis-
adultos. tossomose, um texto jornalístico trouxe a se-
guinte informação:
Animal Massa corporal (g) Proteína do parasita da doença “ensina” or-
Cuíca 30 ganismo a se defender dele.
Folha de S.Paulo, 06/08/2010.
Sagui 276
Gambá 1.420 Traduzindo a notícia em termos biológicos, é
Bugio 5.180 correto afirmar que uma proteína, presente:
Capivara 37.300 a) no platelminto causador da doença, ao ser
introduzida no ser humano, estimula res-
Fauna silvestre – Secretaria Municipal do posta imunológica que, depois, permite o
Verde e do Meio Ambiente, SP, 2007.
reconhecimento do parasita no caso de uma
Considerando esse conjunto de informações, infecção.
analise as afirmações seguintes: b) no platelminto causador da doença, serve
I. No intervalo de um minuto, a cuíca tem de modelo para a produção de cópias de si
mesma no corpo do hospedeiro que, então,
mais batimentos cardíacos do que a capi-
passa a produzir defesa imunológica contra
vara.
esse parasita.
II. A frequência cardíaca do gambá é maior
c) no molusco causador da doença, estimula
do que a do bugio e menor do que a do a produção de anticorpos no ser humano,
sagui. imunizando-o contra uma possível infecção
III.Animais com coração maior têm frequên- pelo parasita.
cia cardíaca maior. d) no molusco causador da doença, atua como
Está correto apenas o que se afirma em: anticorpo, no ser humano, favorecendo a
a) I. resposta imunológica contra o parasita.
b) II. e) no nematelminto causador da doença, pode
c) III. ser utilizada na produção de uma vacina ca-
d) I e II. paz de imunizar o ser humano contra infec-
e) II e III. ções por esses organismos.
10. (Fuvest) Ao longo da evolução dos vertebra- 12. (Fuvest) Considere os filos de animais viven-
dos, a: tes e as seguintes características relaciona-
a) digestão tornou-se cada vez mais complexa. das à conquista do ambiente terrestre.
A tomada do alimento pela boca e sua pas- I. Transporte de gases feito exclusivamente
sagem pelo estômago e intestino são carac- pelo sistema respiratório, independente
terísticas apenas do grupo mais recente. do sistema circulatório.
b) circulação apresentou poucas mudanças. O II. Respiração cutânea e pulmonar no mes-
número de câmaras cardíacas aumentou, o mo indivíduo.
que não influenciou a circulação pulmonar e III.Ovos com casca calcárea resistente e po-
a sistêmica, que são completamente separa- rosa.
das em todos os grupos. A sequência que reproduz corretamente a
c) respiração, no nível celular, manteve-se se- ordem evolutiva de surgimento de tais ca-
melhante em todos os grupos. Houve mu- racterísticas é:
dança, porém, nos órgãos responsáveis pelas a) I, II e III.
trocas gasosas, que diferem entre grupos. b) II, I e III.
c) II, III e I.
d) excreção sofreu muitas alterações, devido a
d) III, I e II.
mudanças no sistema excretor. Porém, in-
e) III, II e I.
dependentemente do ambiente em que vi-
vem, os animais excretam ureia, amônia e
ácido úrico. 13. (Fuvest) A figura abaixo representa, em cor-
e) reprodução sofreu algumas mudanças rela- te longitudinal, o coração de um sapo.
cionadas com a conquista do ambiente ter-
restre. Assim, todos os vertebrados, com ex-
ceção dos peixes, independem da água para
se reproduzir.
127
Comparando o coração de um sapo com o coração humano, pode-se afirmar que:
a) não há diferenças significativas entre os dois quanto à estrutura das câmaras.
b) enquanto no sapo o sangue chega pelos átrios cardíacos, no coração humano o sangue chega pelos
ventrículos.
c) ao contrário do que ocorre no sapo, no coração humano o sangue chega sempre pelo átrio direito.
d) ao contrário do que ocorre no sapo, nas câmaras do coração humano por onde passa sangue arterial
não passa sangue venoso.
e) nos dois casos, o sangue venoso chega ao coração por dois vasos, um que se abre no átrio direito e o
outro, no átrio esquerdo.
14. (Fuvest) A Gripe A, causada pelo vírus Influenza A (H1N1), tem sido relacionada com a gripe espa-
nhola, pandemia ocorrida entre 1918 e 1919. No genoma do vírus Influenza A, há dois genes que
codificam proteínas de superfície, chamadas de hemaglutinina (H) e neuraminidase (N), das quais
existem, respectivamente, 16 e 9 tipos.
Com base nessas informações, analise as afirmações:
I. O número de combinações de proteínas de superfície do vírus Influenza A é 25, o que dificulta
a produção de medicamentos antivirais específicos.
II. Tanto na época atual quanto na da gripe espanhola, as viagens transoceânicas contribuíram
para a disseminação do vírus pelo mundo.
III.O sistema imunológico do indivíduo reconhece segmentos das proteínas de superfície do vírus
para combatê-lo.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II apenas.
b) I e II, somente.
c) I e III, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.
15. (Fuvest) Um determinado animal adulto é desprovido de crânio e apêndices articulares. Apresenta
corpo alongado e cilíndrico. Esse animal pode pertencer ao grupo dos:
a) répteis ou nematelmintos.
b) platelmintos ou anelídeos.
c) moluscos ou platelmintos.
d) anelídeos ou nematelmintos.
e) anelídeos ou artrópodes.
128
17. (Fuvest) O fígado humano é uma glândula Tubo 1 Tubo 2 Tubo 3 Tubo 4
que participa de processos de digestão e ab-
Extrato Extrato Extrato Extrato
sorção de nutrientes, ao: enzimá- enzimá- enzimá- enzimá-
a) produzir diversas enzimas hidrolíticas que tico do tico do tico do tico do
atuam na digestão de carboidratos. estômago estômago pâncreas pâncreas
b) produzir secreção rica em enzimas que dige- pH = 2 pH = 8 pH = 2 pH = 8
rem as gorduras.
c) produzir a insulina e o glucagon, regulado- Decorrido certo tempo, o conteúdo dos tubos
res dos níveis de glicose no sangue. foi testado para a presença de dissacaríde-
d) produzir secreção rica em sais que facilita a os, peptídeos, ácidos graxos e glicerol. Esses
digestão e a absorção de gorduras. quatro tipos de nutrientes devem estar:
e) absorver excretas nitrogenadas do sangue e a) presentes no tubo 1.
transformá-las em nutrientes proteicos. b) presentes no tubo 2.
c) presentes no tubo 3.
18. (Fuvest) O esquema a seguir representa uma d) presentes no tubo 4.
das hipóteses para explicar as relações evo- e) ausentes dos quatro tubos.
lutivas entre grupos de animais. A partir
do ancestral comum, cada número indica o 20. (Fuvest) Em algumas doenças humanas, o
aparecimento de determinada característi- funcionamento dos rins fica comprometido.
ca. Assim, os ramos anteriores a um número São consequências diretas do mau funciona-
correspondem a animais que não possuem mento dos rins:
tal característica e os ramos posteriores, a a) acúmulo de produtos nitrogenados tóxicos
animais que a possuem. no sangue e elevação da pressão arterial.
b) redução do nível de insulina e acúmulo de
produtos nitrogenados tóxicos no sangue.
c) não produção de bile e enzimas hidrolíticas
importantes na digestão das gorduras.
d) redução do nível de hormônio antidiurético
e elevação do nível de glicose no sangue.
e) redução do nível de aldosterona, que regula
a pressão osmótica do sangue.
129
22. (Fuvest) Qual das alternativas relaciona cor-
retamente cada um dos animais designados GABARITO
pelas letras de A a D com as características
indicadas pelos números de I a IV? 1. E 2. C 3. B 4. B 5. C
A. água-viva (celenterado)
B. lombriga (nematelminto) 6. B 7. D 8. B 9. D 10. C
C. mosquito (inseto) 11. A 12. A 13. D 14. D 15. D
D. sapo (anfíbio)
I. presença de pseudoceloma 16. B 17. D 18. E 19. D 20. A
II. sistema circulatório fechado
21. A 22. E 23. E 24. A
III.sistema respiratório traqueal
IV. sistema digestório incompleto
a) A-I; B-IV; C-II; D-III.
b) A-I; B-II; C-III; D-IV.
c) A-II; B-I; C-III; D-IV.
d) A-IV; B-III; C-I; D-II.
e) A-IV; B-I; C-III; D-II.
24. (Fuvest)
130
BIOLOGIA 3
Prescrição: São necessários conhecimentos sobre as organelas e suas funções, citogenética e bioquí-
mica básicas, como carboidratos, proteínas, lipídeos e ácidos nucleicos. Compreender como ocorre a
passagem das características de geração para geração e como são calculadas as probabilidades dentro
da genética.
2. (Fuvest) O código genético é o conjunto de todas as trincas possíveis de bases nitrogenadas (có-
dons). A sequência de códons do RNA mensageiro determina a sequência de aminoácidos da pro-
teína.
É correto afirmar que o código genético:
a) varia entre os tecidos do corpo de um indivíduo.
b) é o mesmo em todas as células de um indivíduo, mas varia de indivíduo para indivíduo.
c) é o mesmo nos indivíduos de uma mesma espécie, mas varia de espécie para espécie.
d) permite distinguir procariotos de eucariotos.
e) é praticamente o mesmo em todas as formas de vida.
Animais Bactérias
4. (Fuvest) As mitocôndrias são consideradas as “casas de força” das células vivas. Tal analogia
refere-se ao fato de as mitocôndrias:
a) estocarem moléculas de ATP produzidas na digestão dos alimentos.
b) produzirem ATP com utilização de energia liberada na oxidação de moléculas orgânicas.
c) consumirem moléculas de ATP na síntese de glicogênio ou de amido a partir de glicose.
d) serem capazes de absorver energia luminosa utilizada na síntese de ATP.
e) produzirem ATP a partir da energia liberada na síntese de amido ou de glicogênio.
131
5. (Fuvest) Os adubos inorgânicos industriali-
zados, conhecidos pela sigla NPK, contêm RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
sais de três elementos químicos: nitrogê-
nio, fósforo e potássio. Qual das alternati- 1. Macho dourado tem que ser: _ _ e e.
vas indica as principais razões pelas quais Fêmea marrom tem que ser: b b E _.
esses elementos são indispensáveis à vida Prole
de uma planta? Preto: B _ E _
a) Nitrogênio: é constituinte de ácidos nuclei- Marrom: b b E _
cos e proteínas; fósforo: é constituinte de Dourado: _ _ e e
ácidos nucleicos e proteínas; potássio: é Como tiveram um filhote preto, o “B” tem
constituinte de ácidos nucleicos, glicídios que estar presentes no macho, já que a fê-
mea é marrom e, portanto, “bb“.
e proteínas.
Como tiveram um filhote marrom “bb”, um
b) Nitrogênio: atua no equilíbrio osmótico
“b” veio da fêmea e o outro “b” veio do ma-
e na permeabilidade celular; fósforo: é
cho. Sendo assim, o genótipo do macho é
constituinte de ácidos nucleicos; potássio:
“Bbee“.
atua no equilíbrio osmótico e na permea-
bilidade celular. 2. O código genético é universal; sendo assim,
c) Nitrogênio: é constituinte de ácidos nuclei- a mesma trinca de bases que codifica um
cos e proteínas; fósforo: é constituinte de determinado aminoácido em um indivíduo
ácidos nucleicos; potássio: atua no equilí- (ex.: formiga) também codifica o mesmo
brio osmótico e na permeabilidade celular. aminoácido em outro (ex.: ser humano).
A trinca “UUU” codifica fenilalanina no ver-
d) Nitrogênio: é constituinte de ácidos nuclei- me, na bactéria, nos seres humanos e outros.
cos, glicídios e proteínas; fósforo: atua no 3. A síntese de RNA corresponde ao processo
equilíbrio osmótico e na permeabilidade ce- de transcrição. Nos animais, esse processo
lular; potássio: é constituinte de proteínas. ocorre no núcleo, já que esses indivíduos são
e) Nitrogênio: é constituinte de glicídios; fós- eucariotos e possuem membrana nuclear. Na
foro: é constituinte de ácidos nucleicos e bactéria, a transcrição ocorre no citoplasma,
proteínas; potássio: atua no equilíbrio os- pois se trata de um ser procarioto, sem nú-
mótico e na permeabilidade celular. cleo definido.
A síntese proteica corresponde ao proces-
6. (Fuvest) Em artigo publicado no suplemen- so de tradução. Nos animais, esse processo
to Mais! do jornal Folha de São Paulo, de ocorre no citoplasma, em uma organela de-
6 de agosto de 2000, José Reis relata que nominada ribossomo. Do mesmo modo, ocor-
pesquisadores canadenses demonstraram re nas bactérias.
que a alga unicelular ‘Cryptomonas’ resul- 4. É nas mitocôndrias que ocorre a produção de
ta da fusão de dois organismos, um dos energia ATP, a partir da oxidação da matéria
quais englobou o outro ao longo da evolu- orgânica.
ção. Isso não é novidade no mundo vivo.
Como relata José Reis: “[...] É hoje cor- 5. Nitrogênio é constituinte de ácidos nuclei-
rente em Biologia, após haver sido muito cos e proteínas; fósforo é constituinte de
contestada inicialmente, a noção de que ácidos nucleicos; potássio atua no equilíbrio
certas organelas [...] são remanescentes osmótico e na permeabilidade celular.
de células que em tempos idos foram in- 6. Mitocôndria e cloroplasto podem ter sido
geridas por célula mais desenvolvida. Dá- originados do processo de simbiose entre
-se a esta o nome de hospedeira e o de procariotos primitivos (teoria da endossim-
endossimbiontes às organelas que outrora biose).
teriam sido livres”.
São exemplos de endossimbiontes em células
animais e em células de plantas, respectiva- GABARITO
mente:
a) aparelho de Golgi e centríolos.
1. E 2. E 3. C 4. B 5. C
b) centríolos e vacúolos.
c) lisossomos e cloroplastos. 6. E
d) mitocôndrias e vacúolos.
e) mitocôndrias e cloroplastos.
132
PRÁTICA DOS CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Fuvest) Louis Pasteur realizou experimentos pioneiros em microbiologia. Para tornar estéril um
meio de cultura, o qual poderia estar contaminado com agentes causadores de doenças, Pasteur
mergulhava o recipiente que o continha em um banho de água aquecida à ebulição e à qual adicio-
nava cloreto de sódio.
Com a adição de cloreto de sódio, a temperatura de ebulição da água do banho, com relação à da
água pura, era __________. O aquecimento do meio de cultura provocava __________.
As lacunas podem ser corretamente preenchidas, respectivamente, por:
a) maior – desnaturação das proteínas das bactérias presentes
b) menor – rompimento da membrana celular das bactérias presentes
c) a mesma – desnaturação das proteínas das bactérias
d) maior – rompimento da membrana celular dos vírus
e) menor – alterações no DNA dos vírus e das bactérias
2. (Fuvest)
No heredograma acima, a menina II-1 tem uma doença determinada pela homozigose quanto a um
alelo mutante de gene localizado num autossomo.
A probabilidade de que seu irmão II-2, clinicamente normal, possua esse alelo mutante é:
a) 0.
b) 1/4.
c) 1/3.
d) 1/2.
e) 2/3.
3. (Fuvest) No esquema abaixo, está representada uma via metabólica; o produto de cada reação quí-
mica, catalisada por uma enzima específica, é o substrato para a reação seguinte.
Num indivíduo que possua alelos mutantes que levem à perda de função do gene:
a) A ocorrem falta do substrato 1 e acúmulo do substrato 2.
b) C não há síntese dos substratos 2 e 3.
c) A não há síntese do produto final.
d) A o fornecimento do substrato 2 não pode restabelecer a síntese do produto final.
e) B o fornecimento do substrato 2 pode restabelecer a síntese do produto final.
133
4. (Fuvest) Nas figuras a seguir, estão esque- 7. (Fuvest) Certa planta apresenta variabili-
matizadas células animais imersas em so- dade no formato e na espessura das folhas:
luções salinas de concentrações diferentes. há indivíduos que possuem folhas largas
O sentido das setas indica o movimento de e carnosas, e outros, folhas largas e finas;
água para dentro ou para fora das células, existem também indivíduos que têm folhas
e a espessura das setas indica o volume re- estreitas e carnosas, e outros com folhas es-
lativo de água que atravessa a membrana treitas e finas. Essas características são de-
celular. terminadas geneticamente. As variantes dos
genes responsáveis pela variabilidade dessas
características da folha originaram-se por:
a) seleção natural.
b) mutação.
c) recombinação genética.
d) adaptação.
e) isolamento geográfico.
A ordem correta das figuras, de acordo com a 8. (Fuvest) As briófitas, no reino vegetal, e os
concentração crescente das soluções em que anfíbios, entre os vertebrados, são conside-
as células estão imersas, é: rados os primeiros grupos a conquistar o am-
a) I, II e III. biente terrestre. Comparando-os, é correto
b) II, III e I. afirmar que:
c) III, I e II. a) nos anfíbios e nas briófitas, o sistema vascu-
d) II, I e III. lar é pouco desenvolvido; isso faz com que,
e) III, II e I. nos anfíbios, a temperatura não seja contro-
lada internamente.
b) nos anfíbios, o produto imediato da meiose
5. (Fuvest) Na gametogênese humana:
são os gametas; nas briófitas, a meiose origi-
a) espermatócitos e ovócitos secundários, for-
na um indivíduo haploide que posteriormen-
mados no final da primeira divisão meiótica,
te produz os gametas.
têm quantidade de DNA igual à de esperma-
c) nos anfíbios e nas briófitas, a fecundação
togônias e ovogônias, respectivamente.
ocorre em meio seco; o desenvolvimento dos
b) espermátides haploides, formadas ao final
embriões se dá na água.
da segunda divisão meiótica, sofrem divisão
d) nos anfíbios, a fecundação origina um in-
mitótica no processo de amadurecimento
divíduo diploide e, nas briófitas, um indi-
para originar espermatozoides.
víduo haploide; nos dois casos, o indivíduo
c) espermatogônias e ovogônias dividem-se por
formado passa por metamorfoses até tor-
mitose e originam, respectivamente, esper- nar-se adulto.
matócitos e ovócitos primários, que entram e) nos anfíbios e nas briófitas, a absorção de
em divisão meiótica, a partir da puberdade. água se dá pela epiderme; o transporte de
d) ovogônias dividem-se por mitose e originam água é feito por difusão, célula a célula, às
ovócitos primários, que entram em meiose, demais partes do corpo.
logo após o nascimento.
e) espermatócitos e ovócitos primários origi-
9. (Fuvest) Para que a célula possa transportar
nam o mesmo número de gametas, no final
para seu interior o colesterol da circulação
da segunda divisão meiótica.
sanguínea, é necessária a presença de uma
determinada proteína em sua membrana.
6. (Fuvest) No processo de síntese de certa pro- Existem mutações no gene responsável pela
teína, os RNA transportadores responsáveis síntese dessa proteína que impedem a sua
pela adição dos aminoácidos serina, aspara- produção. Quando um homem ou uma mu-
gina e glutamina a um segmento da cadeia lher possui uma dessas mutações, mesmo
polipeptídica tinham os anticódons UCA, tendo também um alelo normal, apresenta
UUA e GUC, respectivamente. hipercolesterolemia, ou seja, aumento do ní-
No gene que codifica essa proteína, a se- vel de colesterol no sangue.
quência de bases correspondente a esses A hipercolesterolemia devida a essa muta-
aminoácidos é: ção tem, portanto, herança:
a) UCAUUAGUC. a) autossômica dominante.
b) AGTAATCCAG. b) autossômica recessiva.
c) AGUAAUCAG. c) ligada ao X dominante.
d) TCATTAGTC. d) ligada ao X recessiva.
e) TGTTTTCTG. e) autossômica codominante.
134
10. (Fuvest) A figura a seguir representa uma 12. (Fuvest) A forma do lobo da orelha, solto ou
célula de uma planta jovem. preso, é determinada geneticamente por um
par de alelos.
135
No processo de multiplicação celular para repa- 17. (Fuvest) Um camundongo recebeu uma inje-
ração de tecidos, os eventos relacionados à dis- ção de proteína A e, quatro semanas depois,
tribuição equitativa do material genético entre outra injeção de igual dose da proteína A,
as células resultantes estão indicados em: juntamente com uma dose da proteína B. No
a) I e III, apenas. gráfico abaixo, as curvas X, Y e Z mostram
b) II e IV, apenas. as concentrações de anticorpos contra essas
c) II e III, apenas. proteínas, medidas no plasma sanguíneo,
d) I e IV, apenas. durante oito semanas.
e) I, II, III e IV.
137
GABARITO
1. A 2. E 3. C 4. C 5. A
6. D 7. B 8. B 9. A 10. D
11. E 12. B 13. A 14. B 15. E
16. D 17. A 18. B 19. D 20. B
21. A 22. C 23. C 24. D
138
C N CIÊNCIAS DA NATUREZA
e suas tecnologias
FÍSICA
Fuvest - Física
Trabalho e energia, 13%
Impulso e quantidade de movimento, 11%
Dinâmica, 13%
Hidrostática, 5%
Gravitação, 4%
Eletrodinâmica, 11%
Eletrostática, 5%
Magnetismo, 4%
Óptica, 11%
Calorimetria e dilatação, 5%
Gases e termodinâmica, 5%
Ondulatória, 13%
FÍSICA 1
4. (Fuvest)
141
velocidade vA = vB/2, na mesma direção de
vB. Considere estas afirmações de algumas RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
pessoas que comentaram a situação:
I. A descrição do choque não está correta, 1. Calculando o tempo de queda e considerando
pois é incompatível com a lei da conser- o movimento na vertical, temos:
vação da quantidade de movimento. at2
S = So + vot + ___
lI. A energia mecânica dissipada na defor- 2
mação dos veículos foi igual a 1/2 mAvA2. 10t2
H = 0 + 0 ·t + ____
III.A quantidade de movimento dissipada no 2
choque foi igual a 1/2 mBvB. Como H = D, temos D = 5t2.
Está correto apenas o que se afirma em: Considerando o movimento na horizontal:
a) I. D o 10 = ___
v = __ 5t2 t = 2s
b) II. t t
c) III. Logo:
d) I e III. D = 5 · 22 o D = 20 m
e) II e III.
2. Calculando o trabalho da força F:
5. (Fuvest) Para vencer o atrito e deslocar um Pot = F · v o BBB
W = F · v
't
grande contêiner C, na direção indicada, é W = F · v · 't
necessária uma força F = 500 N. I (V)
Na tentativa de movê-lo, blocos de massa m =
15 kg são pendurados em um fio, que é esti- A velocidade do caixote é constante; logo, a
cado entre o contêiner e o ponto P na parede, força resultante é nula. Sendo assim, a força
como na figura. Para movimentar o contêiner, F tem mesmo módulo que a componente Px
é preciso pendurar no fio, no mínimo: da força peso:
Obs.: sen45° = cos45° ≈ 0,7; tan45° = 1 F = Px oF = m · g · sen(30°)
mg
F = ___
2
Utilizando o item anterior, temos:
mgv't
W = ______
2
II (V)
a) 1 bloco.
b) 2 blocos. A velocidade é constante; logo, a energia ci-
c) 3 blocos. nética do bloco permanece constante. A va-
d) 4 blocos. riação da energia potencial corresponde ao
e) 5 blocos. trabalho da força F.
III(V)
6. (Fuvest) Um recipiente, contendo determi-
nado volume de um líquido, é pesado em 3. No ponto de compressão máxima, a veloci-
uma balança (situação 1). Para testes de dade é nula. Adotando esse ponto como re-
qualidade, duas esferas de mesmo diâme- ferencial de altura, nele, a energia potencial
tro e densidades diferentes, sustentadas por gravitacional também é nula. Assim, apli-
fios, são sucessivamente colocadas no líqui- cando a conservação da energia mecânica.
do da situação 1. Uma delas é mais densa
que o líquido (situação 2) e a outra menos EMo = EMf
densa que o líquido (situação 3). Os valo- (k · d2)
m · g · (h + d) = ________
res indicados pela balança, nessas três pesa- 2
gens, são tais que: 2mg (h + d)
k = ___________
d2
4. Considerando a conservação da quantidade
de movimento para o choque:
Q0 = Q o mA · 0 + mB · vB = mA · vA + mB · 0
m m
Como mB = ___A; temos: ___A vB = mAvA
2 2
v
vA = __B
a) P1 = P2 = P3. 2
b) P2 > P3 > P1.
c) P2 = P3 > P1. Logo a descrição do choque está correta.
d) P3 > P2 > P1. I(F)
e) P3 > P2 = P1.
142
Calculando a energia cinética inicial:
mB · VB2
mv2 o E = ________
EC = ____
2 Co 2
m
ECo = ___A · 2 · (2vA)2
2
ECo = mAvA2
Calculando a energia cinética final:
mAvA2 –mAvA2
'EM = _____ – mAvA2 o 'EM = _______
2 2
Logo a energia dissipada é:
mAvA2
ED = _____
2
II(V)
A quantidade de movimento do sistema é
conservada; logo, a quantidade de movimen-
to dissipada é nula.
III(F)
5. Considerando as forças que atuam no ponto
de união dos fios, temos:
T
tg45° = __1
T2
Onde T1 tem que ser no mínimo 500 N e T2
tem mesmo módulo que o peso do corpo pen-
durado, logo:
500 o n · m · g = 500
1 = ____
T2
n · 15 · 10 = 500
n = 3,33...
Logo, são necessários no mínimo 4 blocos.
6. Na situação, a balança indica a soma do peso
do líquido mais o peso do recipiente.
Nas situações 2 e 3, a balança indica a soma
do peso líquido mais o peso do recipiente
mais a reação do empuxo.
O empuxo é maior na situação 2; logo:
P2 > P3 > P1
GABARITO
1. A 2. E 3. A 4. B 5. D
6. B
143
1 mg(h – h ) + __
1 mv2.
PRÁTICA DOS a) __
2 0 4
b) mg(h – h0) + 1 mv2.
1
__ __
CONHECIMENTOS - E.O. 2
1
__
2
c) mg(h – h0) + 2mv2.
2
1. (Fuvest) A escolha do local para instalação 1 mv2.
d) mgh + __
de parques eólicos depende, dentre outros 2
1 mv2.
e) mg(h – h0) + __
fatores, da velocidade média dos ventos que 2
sopram na região. Examine este mapa das
diferentes velocidades médias de ventos no 3. (Fuvest) Um objeto homogêneo colocado em
Brasil e, em seguida, o gráfico da potência um recipiente com água tem 32% de seu
fornecida por um aerogerador em função da volume submerso; já em um recipiente com
velocidade do vento. óleo, tem 40% de seu volume submerso. A
densidade desse óleo, em g/cm3, é:
Note e adote: densidade da água = 1 g/cm3.
a) 0,32.
b) 0,40.
c) 0,64.
d) 0,80.
e) 1,25.
( )
h .
b) gT __
RT
( )
RT – h 2
c) gT ______
RT
.
144
6. (Fuvest) A notícia “Satélite brasileiro cai 9. (Fuvest)
na Terra após lançamento falhar”, veicu-
lada pelo jornal O Estado de S.Paulo de
10/12/2013, relata que o satélite CBERS-3,
desenvolvido em parceria entre Brasil e
China, foi lançado no espaço a uma altitu-
de de 720 km (menor do que a planejada)
e com uma velocidade abaixo da necessária Maria e Luísa, ambas de massa M, patinam
para colocá-lo em órbita em torno da Ter- no gelo. Luísa vai ao encontro de Maria com
ra. Para que o satélite pudesse ser colocado velocidade de módulo V. Maria, parada na
em órbita circular na altitude de 720 km pista, segura uma bola de massa m e, num
o módulo de sua velocidade (com direção certo instante, joga a bola para Luísa. A bola
tangente à órbita) deveria ser de, aproxi- tem velocidade de módulo v, na mesma dire-
madamente: ção de V. Depois que Luísa agarra a bola, as
Note e adote: velocidades de Maria e Luísa, em relação ao
solo, são, respectivamente:
raio da Terra = 6 · 103 km
a) 0; v – V.
massa da Terra = 6 · 1024 kg
b) –v; v+ V/2.
constante da gravitação universal c) –mv/M; MV/m.
G = 6,7 · 10–11 m3/(s2kg) d) –mv/M; (mv – MV)/(M + m).
a) 61 km/s. e) (MV/2 – mX)/M; (mv – MV/2)/(M + m).
b) 25 km/s.
c) 11 km/s. 10. (Fuvest) Uma pequena bola de borracha ma-
d) 7,7 km/s. ciça é solta do repouso de uma altura de 1 m
e) 3,3 km/s. em relação a um piso liso e sólido. A colisão
da bola com o piso tem coeficiente de res-
7. (Fuvest) No sistema cardiovascular de um tituição H = 0,8. A altura máxima atingida
ser humano, o coração funciona como uma pela bola, depois da sua terceira colisão com
o piso, é:
bomba, com potência média de 10 W, res-
Note e adote: H= V2f/V2i, em que Vf e Vi são,
ponsável pela circulação sanguínea. Se uma
respectivamente, os módulos das velocida-
pessoa fizer uma dieta alimentar de 2500 des da bola logo após e imediatamente antes
kcal diárias, a porcentagem dessa energia da colisão com o piso.
utilizada para manter sua circulação sanguí- Aceleração da gravidade g = 10 m/s2.
nea será, aproximadamente, igual a: a) 0,80 m.
Note e adote: 1 cal = 4 J b) 0,76 m.
a) 1%. c) 0,64 m.
b) 4%. d) 0,51 m.
c) 9%. e) 0,20 m.
d) 20%.
e) 25%. 11. (Fuvest) Um móbile pendurado no teto tem
três elefantezinhos presos um ao outro por
fios, como mostra a figura. As massas dos
8. (Fuvest) Em uma competição de salto em
elefantes de cima, do meio e de baixo são,
distância, um atleta de 70 kg tem, ime- respectivamente, 20 g, 30 g e 70 g. Os va-
diatamente antes do salto, uma velocidade lores de tensão, em newtons, nos fios supe-
na direção horizontal de módulo 10 m/s. rior, médio e inferior são, respectivamente,
Ao saltar, o atleta usa seus músculos para iguais a:
empurrar o chão na direção vertical, pro- Note e adote: desconsidere as massas dos fios.
duzindo uma energia de 500 J, sendo 70% Aceleração da gravidade g = 10 m/s2.
desse valor na forma de energia cinética.
Imediatamente após se separar do chão, o
módulo da velocidade do atleta é mais pró-
ximo de:
a) 10,0 m/s.
b) 10,5 m/s.
c) 12,2 m/s.
d) 13,2 m/s.
e) 13,8 m/s.
145
a) 1,2; 1,0; 0,7. durante esse período, uma bola de futebol
b) 1,2; 0,5; 0,2. que se encontrava solta sobre uma poltrona
c) 0,7; 0,3; 0,2. desocupada:
d) 0,2; 0,5; 1,2. a) permanecerá sobre a poltrona, sem alteração
e) 0,2; 0,3; 0,7. de sua posição inicial.
b) flutuará no espaço interior do avião, sem
12. (Fuvest) Uma menina, segurando uma bola aceleração em relação ao mesmo, durante o
de tênis, corre com velocidade constante, de intervalo de tempo Δt.
módulo igual a 10,8 km/h, em trajetória re- c) será acelerada para cima, em relação ao
tilínea, numa quadra plana e horizontal. avião, sem poder se chocar com o teto, inde-
Num certo instante, a menina, com o braço pendentemente do intervalo de tempo Δt.
esticado horizontalmente ao lado do corpo, d) será acelerada para cima, em relação ao
sem alterar o seu estado de movimento, sol- avião, podendo se chocar com o teto, de-
ta a bola, que leva 0,5 s para atingir o solo. pendendo do intervalo de tempo Δt.
As distâncias Sm e Sb percorridas, respectiva- e) será pressionada contra a poltrona durante o
mente, pela menina e pela bola, na direção intervalo de tempo Δt.
horizontal, entre o instante em que a meni-
na soltou a bola (t = 0 s) e o instante t = 0,5 s, 15. (Fuvest) Um caminhão, parado em um se-
valem: máforo, teve sua traseira atingida por um
Note e adote: desconsiderar efeitos dissipa- carro. Logo após o choque, ambos foram lan-
tivos. çados juntos para frente (colisão inelásti-
a) Sm = 1,25 m e Sb = 0 m. ca), com uma velocidade estimada em 5 m/s
b) Sm = 1,25 m e Sb = 1,50 m. (18 km/h), na mesma direção em que o carro
c) Sm = 1,50 m e Sb = 0 m. vinha. Sabendo-se que a massa do caminhão
d) Sm = 1,50 m e Sb = 1,25 m. era cerca de três vezes a massa do carro, foi
e) Sm = 1,50 m e Sb = 1,50 m. possível concluir que o carro, no momento
da colisão, trafegava a uma velocidade apro-
13. (Fuvest) Usando um sistema formado por ximada de:
uma corda e uma roldana, um homem levan- a) 72 km/h.
ta uma caixa de massa m, aplicando na cor- b) 60 km/h.
da uma força F que forma um ângulo £ com c) 54 km/h.
a direção vertical, como mostra a figura. O d) 36 km/h.
trabalho realizado pela resultante das forças e) 18 km/h.
que atuam na caixa – peso e força da corda –,
quando o centro de massa da caixa é elevado, 16. (Fuvest) Em um terminal de cargas, uma
com velocidade constante v, desde a altura ya esteira rolante é utilizada para transportar
até a altura yb, é: caixas iguais, de massa M = 80 kg, com cen-
tros igualmente espaçados de 1 m. Quando a
velocidade da esteira é 1,5 m/s, a potência
dos motores para mantê-la em movimento
é P0. Em um trecho de seu percurso, é ne-
cessário planejar uma inclinação para que a
esteira eleve a carga a uma altura de 5 m,
como indicado. Para acrescentar essa rampa
e manter a velocidade da esteira, os motores
devem passar a fornecer uma potência adi-
cional aproximada de:
a) nulo.
b) F(yb – ya).
c) mg(yb – ya).
d) Fcos(£)(yb – ya).
e) mg(yb – ya) + mv2/2.
147
ao escorregar, é aproximadamente igual a:
a) 0,1 T.
b) 0,2 T.
c) 0,6 T.
d) 0,9 T.
e) 1,0 T.
a) E2 = E1.
GABARITO
b) E2 = 0,8 E1.
c) E2 = 0,4 E1.
d) E2 = 0,2 E1.
e) E2 = 0. 1. B 2. E 3. D 4. D 5. A
148
FÍSICA 2
149
4. (Fuvest) Uma pessoa idosa que tem hiper- 6. (Fuvest) Considerando o fenômeno de res-
metropia e presbiopia foi a um oculista que sonância, o ouvido humano deveria ser mais
lhe receitou dois pares de óculos, um para sensível a ondas sonoras com comprimentos
que enxergasse bem os objetos distantes e de onda cerca de quatro vezes o comprimen-
outro para que pudesse ler um livro a uma to do canal auditivo externo, que mede, em
distância confortável de sua vista. média, 2,5 cm. Segundo esse modelo, no ar,
Hipermetropia: a imagem de um objeto onde a velocidade de propagação do som é
distante se forma atrás da retina. 340 m/s, o ouvido humano seria mais sensí-
Presbiopia: o cristalino perde, por enve- vel a sons com frequências em torno de:
lhecimento, a capacidade de acomodação a) 34 Hz.
e objetos próximos não são vistos com b) 1.320 Hz.
nitidez. c) 1.700 Hz.
Dioptria: a convergência de uma lente, d) 3.400Hz.
medida em dioptrias, é o inverso da dis- e) 6.800 Hz.
tância focal (em metros) da lente.
Considerando que receitas fornecidas por
oculistas utilizam o sinal mais (+) para len-
tes convergentes e menos (–) para divergen-
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
tes, a receita do oculista para um dos olhos
1. Considerando que é uma transformação iso-
dessa pessoa idosa poderia ser:
térmica e que o cilindro é utilizável até a
a) para longe: –1,5 dioptrias; para perto: +4,5
pressão interna atingir o mesmo valor que a
dioptrias.
pressão externa, temos:
b) para longe: –1,5 dioptrias; para perto: –4,5
P0V0 = P1V1 o 200 · 9 = 1 · V1
dioptrias.
V1 = 1800 litros
c) para longe: +4,5 dioptrias; para perto: +1,5
Para descobrir o tempo, basta utilizar a va-
dioptrias.
zão dada:
d) para longe: +1,5 dioptrias; para perto: –4,5
dioptrias. 'V o 40 = _____
Z = ___ 1800 o't = 45 min
't 't
e) para longe: +1,5 dioptrias; para perto: +4,5
dioptrias. 2. Primeiramente, devemos calcular a potência
do aquecedor:
Q mc'T
5. (Fuvest) O som de um apito é analisado com Pot = ___ o Pot = _____
't 't
o uso de um medidor que, em sua tela, vi-
sualiza o padrão apresentado na figura a Pot = m · 1 · 90/5
seguir. O gráfico representa a variação da Pot = 18 m cal/min
pressão que a onda sonora exerce sobre o Agora, podemos calcular o tempo necessário
medidor, em função do tempo, em μs (1 μs para tornar a massa de água líquida em vapor:
= 10–6 s). Analisando a tabela de intervalos Q = m · L o Pot · 't = m · L
de frequências audíveis, por diferentes se- m·L
't = ______
res vivos, conclui-se que esse apito pode ser Pot
ouvido apenas por: (m · 540)
't = __________
18 · m
Seres vivos Intervalos de frequência 't = 30 min
cachorro 15 Hz – 45.000 Hz
3. Pela propriedade de simetria aplicada aos
ser humano 20 Hz – 20.000 Hz
dois espelhos, é possível realizar a construção
sapo 50 Hz – 10.000 Hz da imagem. Considere o esquema a seguir:
gato 60 Hz – 65.000 Hz
morcego 1.000 Hz – 120.000 Hz
150
4. Para um olho hipermetrope, não presbíope,
para visão de um objeto distante, os múscu-
los ciliares aumentam a vergência do crista-
lino, de modo a acomodar a imagem sobre a
retina. Se o olho hipermetrope passa a ser
também presbíope, o cristalino perde sua
elasticidade; e a lente corretiva, para aco-
modar a imagem de um objeto distante na
retina, deve ser convergente, com uma certa
vergência V1, substituindo a ação dos múscu-
los ciliares.
Para visão de objetos próximos, a distância
focal do sistema formado pelo olho e pela len-
te corretiva deverá ser ainda menor que para
objetos distantes, o que significa que a lente
corretiva a ser usada continua sendo conver-
gente e com vergência V2, tal que V2 > V1.
5. De acordo com o gráfico, podemos concluir
que o período é igual ao dobro do intervalo
de tempo dado; logo:
T = 2 · 10 · 10–6 S o T = 2 · 10–5 S
A partir do período, é possível calcular a fre-
quência:
1 o f = __
f = __ 1 · 10–5
T 2
f = 5 · 104 Hz o f = 50000 Hz
O valor de frequência se encontra nos inter-
valos de frequências audíveis para gatos e
morcegos.
6. De acordo com enunciado, é possível calcular
o comprimento de onda:
O= 4L o O = 4 · 2,5
O = 10 cm o O = 0,1 m
Pela equação fundamental, podemos calcular
a frequência:
v = Of o 340 = 0,1 · f
f = 3.400 Hz
GABARITO
1. C 2. E 3. A 4. E 5. D
6. D
151
PRÁTICA DOS
sen(60°) = cos(30°) = 0,87
sen(70°) = cos(20°) = 0,94
CONHECIMENTOS - E.O. a)
b)
£ = 20°.
£ = 30°.
c) £ = 45°.
1. (Fuvest) Uma garrafa tem um cilindro afixa- d) £ = 60°.
do em sua boca, no qual um êmbolo pode se
e) £ = 70°.
movimentar sem atrito, mantendo constante
a massa de ar dentro da garrafa, como ilus-
tra a figura. Inicialmente, o sistema está em 3. (Fuvest) Certa quantidade de gás sofre três
equilíbrio à temperatura de 27 °C. O volume transformações sucessivas, A oB, B o C e
de ar na garrafa é igual a 600 cm3 e o êmbolo C oA, conforme o diagrama p – V apresen-
tem uma área transversal igual a 3 cm2. Na tado na figura abaixo.
condição de equilíbrio, com a pressão atmos-
férica constante, para cada 1 °C de aumento
da temperatura do sistema, o êmbolo subirá
aproximadamente:
2. (Fuvest) Uma moeda está no centro do fun- 4. (Fuvest) Luz solar incide verticalmente so-
do de uma caixa-d’água cilíndrica de 0,87 m bre o espelho esférico convexo visto na figu-
de altura e base circular com 1,0 m de di- ra abaixo.
âmetro, totalmente preenchida com água,
como esquematizado na figura.
152
5. (Fuvest) 7. (Fuvest) O resultado do exame de audiome-
tria de uma pessoa é mostrado nas figuras
abaixo. Os gráficos representam o nível de in-
tensidade sonora mínima I, em decibéis (dB),
audível por suas orelhas direita e esquerda,
em função da frequência f do som, em kHz.
A comparação desse resultado com o de exa-
mes anteriores mostrou que, com o passar
dos anos, ela teve perda auditiva. Com base
nessas informações, foram feitas as seguintes
afirmações sobre a audição dessa pessoa:
A figura acima mostra parte do teclado de um
I. Ela ouve sons de frequência de 6 kHz e
piano. Os valores das frequências das notas
intensidade de 20 dB com a orelha direi-
sucessivas, incluindo os sustenidos, repre-
ta, mas não com a esquerda.
sentados pelo símbolo #, obedecem a uma
II. Um sussurro de 15 dB e frequência de
progressão geométrica crescente da esquerda
0,25 kHz é ouvido por ambas as orelhas.
para a direita; a razão entre as frequências de
III.A diminuição de sua sensibilidade au-
duas notas Dó consecutivas vale 2; a frequên-
cia da nota Lá do teclado da figura é 440 Hz. ditiva, com o passar do tempo, pode ser
O comprimento de onda, no ar, da nota Sol atribuída a degenerações dos ossos mar-
indicada na figura é próximo de: telo, bigorna e estribo, da orelha externa,
Note e adote: onde ocorre a conversão do som em im-
21/12 = 1,059 pulsos elétricos.
(1,059)2 = 1,12
velocidade do som no ar = 340 m/s
a) 0,56 m.
b) 0,86 m.
c) 1,06 m.
d) 1,12 m.
e) 1,45 m.
153
Em seguida, sr. Rubinato reclama: — Não de alumínio, inicialmente à temperatura de
consigo mais ouvir o Lá do violino, que antes 25 °C, for aquecida a 225 °C, o deslocamen-
soava bastante forte! Dentre as alternativas to da extremidade superior do ponteiro será,
abaixo para a distância l, a única compatível aproximadamente, de:
com a reclamação do sr. Rubinato é: Note e adote: coeficiente de dilatação linear
Note e adote: do alumínio = 2 · 10–5 °C–1.
O mesmo sinal elétrico do amplificador é a) 1 mm.
ligado aos dois alto-falantes, cujos cones b) 3 mm.
se movimentam em fase. c) 6 mm.
A frequência da nota Lá é 440 Hz. d) 12 mm.
A velocidade do som no ar é 330 m/s. e) 30 mm.
A distância entre as orelhas do sr. Rubi-
nato deve ser ignorada. 11. (Fuvest) Um objeto decorativo consiste de
a) 38 cm. um bloco de vidro transparente, de índice de
b) 44 cm. refração igual a 1,4, com a forma de um pa-
c) 60 cm. ralelepípedo, que tem, em seu interior, uma
d) 75 cm. bolha, aproximadamente esférica, preenchi-
e) 150 cm. da com um líquido, também transparente, de
índice de refração n. A figura a seguir mos-
9. (Fuvest) Uma flauta andina, ou flauta de Pã, tra um perfil do objeto.
é constituída por uma série de tubos de ma-
deira, de comprimentos diferentes, atados
uns aos outros por fios vegetais. As extremi-
dades inferiores dos tubos são fechadas. A
frequência fundamental de ressonância em
tubos desse tipo corresponde ao comprimen-
to de onda igual a 4 vezes o comprimento
do tubo. Em uma dessas flautas, os compri-
mentos dos tubos correspondentes, respecti-
vamente, às notas Mi (660 Hz) e Lá (220 Hz)
são, aproximadamente:
Note e adote: a velocidade do som no ar é
igual a 330 m/s. Nessas condições, quando a luz visível inci-
a) 6,6 cm e 2,2 cm. de perpendicularmente em uma das faces do
b) 22 cm e 5,4 cm. bloco e atravessa a bolha, o objeto se com-
c) 12 cm e 37 cm. porta, aproximadamente, como:
a) uma lente divergente, somente se n > 1,4.
d) 50 cm e 1,5 m.
b) uma lente convergente, somente se n > 1,4.
e) 50 cm e 16 cm.
c) uma lente convergente, para qualquer valor
de n.
10. (Fuvest) d) uma lente divergente, para qualquer valor
de n.
e) se a bolha não existisse, para qualquer valor
de n.
154
Considere as afirmações a seguir: Consultando a tabela acima, que fornece os
I. O excerto de Leonardo da Vinci é um valores típicos de frequência f para diferen-
exemplo do Humanismo renascentista tes regiões do espectro eletromagnético, e
que valoriza o racionalismo como instru- analisando o gráfico de E em função do tem-
mento de investigação dos fenômenos po, é possível classificar essa radiação como:
naturais e a aplicação da perspectiva em a) infravermelha.
suas representações pictóricas. b) visível.
II. Num olho humano com visão perfeita, o c) ultravioleta.
cristalino focaliza exatamente sobre a re- d) raio X.
tina um feixe de luz vindo de um objeto. e) raio J .
Quando o cristalino está em sua forma
14. (Fuvest) Em um freezer, muitas vezes, é
mais alongada, é possível focalizar o fei- difícil repetir a abertura da porta, pouco
xe de luz vindo de um objeto distante. tempo após ter sido fechado, devido à dimi-
Quando o cristalino encontra-se em sua nuição da pressão interna. Essa diminuição
forma mais arredondada, é possível a fo- ocorre porque o ar que entra, à temperatu-
calização de objetos cada vez mais próxi- ra ambiente, é rapidamente resfriado até
mos do olho, até uma distância mínima. a temperatura de operação, em torno de
III.Um dos problemas de visão humana é a –18 °C. Considerando um freezer doméstico,
miopia. No olho míope, a imagem de um de 280 L, bem vedado, em um ambiente a
objeto distante forma-se depois da re- 27 °C e pressão atmosférica P0, a pressão in-
tina. Para corrigir tal defeito, utiliza-se terna poderia atingir o valor mínimo de:
uma lente divergente. Considere que todo o ar no interior do fre-
Está correto o que se afirma em: ezer, no instante em que a porta é fechada,
a) I, apenas. está à temperatura do ambiente.
b) I e II, apenas. a) 35% de P0.
c) I e III, apenas. b) 50% de P0.
d) II e III, apenas. c) 67% de P0.
e) I, II e III. d) 85% de P0.
e) 95% de P0.
13. (Fuvest) Em um ponto fixo do espaço, o cam-
15. (Fuvest) Dois sistemas ópticos, D1 e D2, são
po elétrico de uma radiação eletromagnéti-
utilizados para analisar uma lâmina de teci-
ca tem sempre a mesma direção e oscila no do biológico a partir de direções diferentes.
tempo, como mostra o gráfico abaixo, que Em uma análise, a luz fluorescente, emitida
representa sua projeção E nessa direção fixa; por um indicador incorporado a uma peque-
E é positivo ou negativo conforme o sentido na estrutura, presente no tecido, é captada,
do campo. simultaneamente, pelos dois sistemas, ao
longo das direções tracejadas. Levando-se
em conta o desvio da luz pela refração, den-
tre as posições indicadas, aquela que poderia
corresponder à localização real dessa estru-
tura no tecido é:
155
16. (Fuvest) Um sistema de duas lentes, sendo a)
uma convergente e outra divergente, ambas
com distâncias focais iguais a 8 cm, é monta-
do para projetar círculos luminosos sobre um
anteparo. O diâmetro desses círculos pode ser
alterado, variando-se a posição das lentes. b)
Em uma dessas montagens, um feixe de luz,
inicialmente de raios paralelos e 4 cm de
diâmetro, incide sobre a lente convergente,
separada da divergente por 8 cm, atingin-
do finalmente o anteparo, 8 cm adiante da c)
divergente. Nessa montagem específica, o
círculo luminoso formado no anteparo é me-
lhor representado por:
d)
e)
a)
e)
a)
e)
156
19. (Fuvest) Um grande aquário, com paredes 21. (Fuvest) Um estudo de sons emitidos por
laterais de vidro, permite visualizar, na su- instrumentos musicais foi realizado, usan-
perfície da água, uma onda que se propaga. do um microfone ligado a um computador.
A figura representa o perfil de tal onda no O gráfico a seguir, reproduzido da tela do
instante T0. Durante sua passagem, uma boia, monitor, registra o movimento do ar captado
em dada posição, oscila para cima e para bai- pelo microfone, em função do tempo, medi-
xo e seu deslocamento vertical (y), em função do em milissegundos, quando se toca uma
do tempo, está representado no gráfico. nota musical em um violino.
Nota dó ré mi fá sol lá si
Frequência (Hz) 262 294 330 349 388 440 494
157
a) 1.020 Hz.
b) 1.040 Hz.
c) 1.060 Hz.
d) 1.080 Hz.
e) 1.100 Hz.
GABARITO
1. A 2. C 3. E 4. B 5. B
6. A 7. B 8. A 9. C 10. C
11. B 12. B 13. C 14. D 15. C
16. C 17. C 18. E 19. A 20. A
21. C 22. B 23. C 24. A
158
FÍSICA 3
3. (Fuvest)
c)
d)
159
4. (Fuvest) Um circuito é formado de duas lâm- metades, fazem-se quatro experiências, re-
padas L1 e L2, uma fonte de 6 V e uma re- presentadas nas figuras I, II, III e IV, em que
sistência R, conforme desenhado na figura. as metades são colocadas, uma de cada vez,
As lâmpadas estão acesas e funcionando em nas proximidades do ímã fixo.
seus valores nominais (L1 = 0,6 W e 3 V e
L2 = 0,3 W e 3 V).
160
tem mais elétrons que prótons. A figura ilus- Projetando-se esses vetores nas direções
tra a situação. AA’ e CC’, verificamos que as componen-
tes em CC’ se equilibram. Portanto, o vetor
campo magnético resultante possui a dire-
ção AA’, direção esta assumida pela agulha
da bússola.
6. O ímã de polaridade desconhecida tem como
polo norte T e como polo sul A.
Ao repartir o ímã, a parte marcada como A
Sendo n o número de elétrons a mais, temos: passa a ter como polo norte o lado da quebra,
F = P o µqµ · E = m · g e a parte marcada como T passa a ter como
m·g polo sul o lado da quebra. Logo:
n · e · E = m · g o n = ______
e·E Exp. 1: polo sul × polo sul = repulsão
–15
3,2 · 10 · 10 Exp. 2: polo sul × polo norte = atração
n = ____________________ = 100
1,6 · 10–19 · 2 · 103 Exp. 3: polo sul × polo sul = repulsão
3. Com a chave B fechada e A aberta, os resisto- Exp. 4: polo sul × polo norte = atração
res estarão associados em paralelo. Sob ten-
são elétrica de 110 V, logo:
U2 o P(110) = _____
P = ___ 1102 GABARITO
R R
__
2 · 110 2 2 1. C 2. B 3. B 4. D 5. A
P(100) = ________
R
Com a chave A fechada e B aberta, os resis- 6. A
tores estarão associados em série. Sob tensão
elétrica de 220 V, logo:
U2 o P(220) = _____
P = ___ 2202
R 2R
Calculando a razão entre as potências, te-
mos:
2202
_____
P(220) 2R
_______ = ________ P(220) = P(110)
P(110) ________
2 · 1102
R
Logo, P(220) = P(110)
4. A partir dos dados nominais, é possível cal-
cular a corrente em cada lâmpada:
P = U · i o 0,6 = 3 · i1 i1 = 0,2 A
P = U · i o 0,3 = 3 · i2 i2 = 0,1 A
A resistência R está ligada à mesma ddp que
L2 e a sua corrente é a diferença entre i1 e
i2; logo:
i = 0,1 A e U = 3 V
U = R · i o 3 = R · 0,1R = 30 Ω
5. Assumindo que as direções BB’ e DD’ são
perpendiculares entre si e aplicando-se a re-
gra da mão direita, podemos indicar o vetor
campo magnético criado por cada uma das
correntes no ponto do plano equidistante
destas através da figura a seguir.
161
PRÁTICA DOS Note e adote:
A resistência interna do voltímetro é
162
a) V1 = V2/4. 8. (Fuvest) O filamento de uma lâmpada incan-
b) V1 = V2/2. descente, submetido a uma tensão U, é per-
c) V1 = V2. corrido por uma corrente de intensidade i. O
d) V1 = 2V2. gráfico abaixo mostra a relação entre i e U.
e) V1 = 4V2.
7. (Fuvest) Energia elétrica gerada em Itaipu 10. (Fuvest) Em uma experiência, um longo fio
é transmitida da subestação de Foz do Igua- de cobre foi enrolado, formando dois con-
çu (Paraná) a Tijuco Preto (São Paulo), em juntos de espiras, E1 e E2, ligados entre si e
alta tensão de 750 kV, por linhas de 900 km mantidos muito distantes um do outro. Em
de comprimento. Se a mesma potência fos- um dos conjuntos, E2, foi colocada uma bús-
se transmitida por meio das mesmas linhas, sola, com a agulha pontando para o Norte, na
mas em 30 kV, que é a tensão utilizada em direção perpendicular ao eixo das espiras.
redes urbanas, a perda de energia por efeito A experiência consistiu em investigar pos-
Joule seria, aproximadamente: síveis efeitos sobre essa bússola, causados
a) 27.000 vezes maior. por um ímã, que é movimentado ao longo do
b) 625 vezes maior. eixo do conjunto de espiras E1.
c) 30 vezes maior. Foram analisadas três situações:
d) 25 vezes maior. I. Enquanto o ímã é empurrado para o cen-
e) a mesma. tro do conjunto das espiras E1.
163
II. Quando o ímã é mantido parado no cen- 12. (Fuvest) Na cozinha de uma casa, ligada à
tro do conjunto das espiras E1. rede elétrica de 110 V, há duas tomadas A e B.
III. Enquanto o ímã é puxado, do centro das es- Deseja-se utilizar, simultaneamente, um for-
piras E1, retornando à sua posição inicial. no de micro-ondas e um ferro de passar, com
Um possível resultado a ser observado, as características indicadas. Para que isso
seja possível, é necessário que o disjuntor (D)
quanto à posição da agulha da bússola, nas
dessa instalação elétrica, seja de, no mínimo:
três situações dessa experiência, poderia ser
representado por:
O eixo do conjunto de espiras E2 tem direção
leste-oeste.
b)
a) 0,5 Ω.
b) 4,5 Ω.
c) 9,0 Ω.
d) 12 Ω.
e) 15 Ω.
164
c) 15. (Fuvest) Três grandes placas P1, P2 e P3, com,
respectivamente, cargas +Q, –Q e +2Q, geram
campos elétricos uniformes em certas regi-
ões do espaço. A figura 1 a seguir mostra
intensidade, direção e sentido dos campos
criados pelas respectivas placas P1, P2 e P3,
quando vistas de perfil. Colocando-se as pla-
cas próximas, separadas pela distância D in-
d) dicada, o campo elétrico resultante, gerado
pelas três placas em conjunto, é representa-
do por:
Nota: onde não há indicação, o campo elé-
trico é nulo.
e)
a)
b)
165
a) zero. 18. (Fuvest) Um feixe de elétrons, todos com
1 F.
b) __( )
2 1
mesma velocidade, penetra em uma região
do espaço onde há um campo elétrico unifor-
3 F.
c) __( )
4 1
me entre duas placas condutoras, planas e
paralelas, uma delas carregada positivamen-
d) F1.
te e a outra, negativamente. Durante todo o
e) 2F1.
percurso, na região entre as placas, os elé-
17. (Fuvest) Dois anéis circulares iguais, A e B, trons têm trajetória retilínea, perpendicular
construídos com fio condutor, estão frente ao campo elétrico.
a frente. O anel A está ligado a um gerador, Ignorando efeitos gravitacionais, esse movi-
que pode lhe fornecer uma corrente variá- mento é possível se entre as placas houver,
vel. Quando a corrente i que percorre A varia além do campo elétrico, também um campo
como no Gráfico I, uma corrente é induzida magnético, com intensidade adequada e:
em B e surge, entre os anéis, uma força repul- a) perpendicular ao campo elétrico e à trajetó-
siva (representada como positiva), indicada ria dos elétrons.
no Gráfico II. b) paralelo e de sentido oposto ao do campo
Considere agora a situação em que o gerador elétrico.
fornece ao anel A uma corrente como indica- c) paralelo e de mesmo sentido que o do campo
da no Gráfico III. Nesse caso, a força entre os elétrico.
anéis pode ser representada por: d) paralelo e de sentido oposto ao da velocida-
de dos elétrons.
e) paralelo e de mesmo sentido que o da velo-
cidade dos elétrons.
e)
166
a)
b)
167
compactas que fornecem iluminação equiva-
lente (mesma quantidade de lumens). Ad-
mitindo que as lâmpadas ficam acesas, em
média 6 horas por dia e que o preço da ener-
gia elétrica é de R$ 0,20 por kW · h, a eco-
nomia mensal na conta de energia elétrica
dessa residência será de, aproximadamente:
a) R$ 12,00.
b) R$ 20,00.
c) R$ 27,00.
d) R$ 36,00.
e) R$ 144,00.
GABARITO
1. C 2. A 3. D 4. D 5. D
6. C 7. B 8. C 9. E 10. A
11. E 12. D 13. A 14. D 15. E
16. E 17. C 18. A 19. E 20. A
21. A 22. B 23. E 24. C
168
C N CIÊNCIAS DA NATUREZA
e suas tecnologias
QUÍMICA
Fuvest - Química
Geral, 36%
Físico - química, 35%
Orgânica, 19%
Atomística, 10%
QUÍMICA 1
Dado: soluções aquosas contendo o indicador fenolftaleína são incolores em pH menor do que 8,5
e têm coloração rosa em pH igual a ou maior do que 8,5.
As soluções aquosas contidas nos frascos 1, 2, 3 e 4 são, respectivamente, de:
a) HCℓ, NaOH, KCℓ e sacarose.
b) KCℓ, NaOH, HCℓ e sacarose.
c) HCℓ, sacarose, NaOH e KCℓ.
d) KCℓ, sacarose, HCℓ e NaOH.
e) NaOH, HCℓ, sacarose e KCℓ.
2. (Fuvest) A adição de um soluto à água altera a temperatura de ebulição desse solvente. Para quanti-
ficar essa variação em função da concentração e da natureza do soluto, foram feitos experimentos,
cujos resultados são apresentados abaixo. Analisando a tabela, observa-se que a variação de tempe-
ratura de ebulição é função da concentração de moléculas ou íons de soluto dispersos na solução.
Temperatura de
Volume de água (L) Soluto Quantidade de matéria de soluto (mol)
ebulição (°C)
1 – – 100,00
1 NaCℓ 0,5 100,50
1 NaCℓ 1,0 101,00
1 sacarose 0,5 100,25
1 CaCℓ2 0,5 100,75
Dois novos experimentos foram realizados, adicionando-se 1,0 mol de Na2SO4 a 1 L de água (ex-
perimento A) e 1,0 mol de glicose a 0,5 L de água (experimento B). Considere que os resultados
desses novos experimentos tenham sido consistentes com os experimentos descritos na tabela.
Assim sendo, as temperaturas de ebulição da água, em °C, nas soluções dos experimentos A e B,
foram, respectivamente, de:
a) 100,25 e 100,25.
b) 100,75 e 100,25.
c) 100,75 e 100,50.
d) 101,50 e 101,00.
e) 101,50 e 100,50.
171
3. (Fuvest) Considere os seguintes compostos ocorrem em meio alcalino. A troca de elé-
isoméricos: trons se dá na superfície de um material
poroso. Um esquema dessas pilhas, com o
CH3CH2CH2CH2OH CH3CH2OCH2CH3 material poroso representado na cor cinza,
e
butanol éter etílico é apresentado a seguir.
Certas propriedades de cada uma dessas
substâncias dependem das interações en-
tre as moléculas que a compõem (como, por
exemplo, as ligações de hidrogênio). Assim,
pode-se concluir que:
a) a uma mesma pressão, o éter dietílico sólido
funde a uma temperatura mais alta do que o
butanol sólido.
b) a uma mesma temperatura, a viscosidade do
éter dietílico líquido é maior do que a do
butanol líquido.
c) a uma mesma pressão, o butanol líquido en- Escrevendo as equações das semirreações
tra em ebulição a uma temperatura mais alta que ocorrem nessas pilhas de combustível,
do que o éter dietílico líquido. verifica-se que, nesse esquema, as setas com
d) a uma mesma pressão, massas iguais de bu- as letras a e b indicam, respectivamente, o
tanol e éter dietílico liberam, na combustão, sentido de movimento dos:
a mesma quantidade de calor. a) íons OH– e dos elétrons.
e) nas mesmas condições, o processo de eva- b) elétrons e dos íons OH–.
poração do butanol líquido é mais rápido do c) íons K+ e dos elétrons.
que o do éter dietílico líquido. d) elétrons e dos íons K+.
e) elétrons e dos íons H+.
4. (Fuvest) Para identificar quatro soluções
aquosas, A, B, C e D, que podem ser soluções
de hidróxido de sódio, sulfato de potássio,
ácido sulfúrico e cloreto de bário, não neces-
sariamente nessa ordem, foram efetuados
três ensaios, descritos a seguir, com as res-
pectivas observações.
I. A adição de algumas gotas de fenolftale-
ína a amostras de cada solução fez com
que apenas a amostra de B se tornasse
rosada.
II. A solução rosada, obtida no ensaio I, tor-
nou-se incolor pela adição de amostra de A.
III.Amostras de A e C produziram precipita-
dos brancos quando misturadas, em sepa-
rado, com amostras de D.
Com base nessas observações e sabendo que
sulfatos de metais alcalino-terrosos são pou-
co solúveis em água, pode-se concluir que
A, B, C e D são, respectivamente, soluções
aquosas de:
a) H2SO4, NaOH, BaCℓ2 e K2SO4.
b) BaCℓ2, NaOH, K2SO4 e H2SO4.
c) NaOH, H2SO4, K2SO4 e BaCℓ2.
d) K2SO4, H2SO4, BaCℓ2 e NaOH.
e) H2SO4, NaOH, K2SO4 e BaCℓ2.
172
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
1. O frasco 2 é o único que apresenta pH igual ou maior do que 8,5 (rosa), logo contém uma base forte
(NaOH).
No frasco 4 não ocorre condução de eletricidade, conclui-se que a solução é formada por moléculas,
ou seja, sacarose.
No frasco 3 ocorre reação com Mg(OH)2, conclui-se que apresenta um ácido, ou seja, HCℓ.
No frasco 1 ocorre condução de eletricidade, não ocorre reação com hidróxido de magnésio e a
hidrólise é neutra, ou seja, a solução é de cloreto de potássio (KCℓ).
Quantidade de Temperatura de
Volume de água (L) Soluto
matéria de soluto (mol) ebulição (°C)
1 CaCℓ2 0,5 100,75
Quantidade de Temperatura de
Volume de água (L) Soluto
matéria de soluto (mol) ebulição (°C)
1 NaCℓ 1,0 101,00
173
3. uma mesma pressão, o butanol líquido entra
em ebulição a uma temperatura mais alta do
que o éter dietílico líquido, pois o butanol
faz ponte de hidrogênio, que é uma ligação
mais intensa do que o dipolo permanente
presente no éter dietílico.
H3C – CH2 – CH2
: OH
..
4.
I. A adição de algumas gotas de fenolftale-
ína a amostras de cada solução fez com
que apenas a amostra de B (NaOH; base
forte) se tornasse rosada.
II. A solução rosada (básica), obtida no en-
saio I, tornou-se incolor pela adição de
amostra de A (H2SO4 – solução ácida); te-
mos uma neutralização.
III.Amostras de A e C produziram precipita-
dos brancos quando misturadas, em sepa-
rado, com amostras de D.
H2SO4(aq) (A) + BaCℓ2 (D) o BaSO4 p+ 2HCℓ(aq)
K2SO4(aq) (C) + BaCℓ2 (D) o BaSO4 p + 2KCℓ(aq)
GABARITO
1. B 2. D 3. C 4. E 5. B
174
PRÁTICA DOS CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Fuvest) Observa-se que uma solução aquosa saturada de HCℓ libera uma substância gasosa. Uma
estudante de química procurou representar, por meio de uma figura, os tipos de partículas que
predominam nas fases aquosa e gasosa desse sistema – sem representar as partículas de água. A
figura com a representação mais adequada seria:
a) b) c)
d) e)
2. (Fuvest) O gráfico abaixo retrata as emissões totais de gás carbônico, em bilhões de toneladas, por
ano, nos Estados Unidos da América (EUA) e na China, no período de 1800 a 2000.
175
3. (Fuvest) Uma estudante de química realizou quatro experimentos, que consistiram em misturar
soluções aquosas de sais inorgânicos e observar os resultados. As observações foram anotadas em
uma tabela:
A partir desses experimentos, conclui-se que são pouco solúveis em água somente os compostos:
a) Ba(IO3)2 e Mg(CℓO3)2.
b) PbCrO4 e Mg(CℓO3)2.
c) Pb(IO3)2 e CaCrO4.
d) Ba(IO3)2, Pb(IO3)2 e PbCrO4.
e) Pb(IO3)2, PbCrO4 e CaCrO4.
176
7. (Fuvest) A figura mostra modelos de algu- 9. (Fuvest) Três metais foram acrescentados a
mas moléculas com ligações covalentes entre soluções aquosas de nitratos metálicos, de
seus átomos. mesma concentração, conforme indicado na
tabela. O cruzamento de uma linha com uma
coluna representa um experimento. Um re-
tângulo escurecido indica que o experimento
não foi realizado; o sinal (–) indica que não
A B C D
ocorreu reação e o sinal (+) indica que houve
dissolução do metal acrescentado e precipita-
Analise a polaridade dessas moléculas, sa-
ção do metal que estava na forma de nitrato.
bendo que tal propriedade depende da:
Cada um dos metais citados, mergulhado na
diferença de eletronegatividade entre os
solução aquosa de concentração 0,1 mol/L de
átomos que estão diretamente ligados.
seu nitrato, é um eletrodo, representado por
(Nas moléculas apresentadas, átomos de Me µ Me2+, onde Me indica o metal e Me2+, o
elementos diferentes têm eletronegativi- cátion de seu nitrato. A associação de dois des-
dades diferentes.) ses eletrodos constitui uma pilha. A pilha com
forma geométrica das moléculas. maior diferença de potencial elétrico e pola-
(Observação: eletronegatividade é a capaci- ridade correta de seus eletrodos, determinada
dade de um átomo para atrair os elétrons da com um voltímetro, é a representada por:
ligação covalente.)
Dentre essas moléculas, pode-se afirmar que Cd Co Pb
são polares apenas: Cd(NO3)2 – –
a) A e B. Co(NO3)2 + –
b) A e C.
Pb(NO3)2 + +
c) A, C e D.
d) B, C e D. – +
a) Cd | Cd2+ || Pb2+ | Pb
e) C e D. – +
b) Pb | Pb2+ || Cd2+ | Cd
– + Obs.:
8. (Fuvest) O cientista e escritor Oliver Sacks, c) Cd | Cd2+ || Co2+ | Co || ponte salina
em seu livro Tio Tungstênio, nos conta a se- – +
+ polo positivo
guinte passagem de sua infância: d) Co | Co2+ || Pb2+ | Pb
– + – polo negativo
“Ler sobre [Humphry] Davy e seus experi-
e) Pb | Pb2+ || Co2+ | Co
mentos estimulou-me a fazer diversos ou-
tros experimentos eletroquímicos... Devolvi
10. (Fuvest) Alguns alimentos são enriquecidos
o brilho às colheres de prata de minha mãe
pela adição de vitaminas, que podem ser so-
colocando-as em um prato de alumínio com
lúveis em gordura ou em água. As vitaminas
uma solução morna de bicarbonato de sódio
solúveis em gordura possuem uma estrutura
[NaHCO3]“. molecular com poucos átomos de oxigênio,
Pode-se compreender o experimento descri- semelhante à de um hidrocarboneto de lon-
to, sabendo-se que: ga cadeia, predominando o caráter apolar. Já
objetos de prata, quando expostos ao ar, as vitaminas solúveis em água têm estrutura
enegrecem devido à formação de Ag2O e com alta proporção de átomos eletronegati-
Ag2S (compostos iônicos). vos, como o oxigênio e o nitrogênio, que pro-
as espécies químicas Na+, Aℓ3+ e Ag+ têm, movem forte interação com a água. A seguir
nessa ordem, tendência crescente para estão representadas quatro vitaminas:
receber elétrons.
Assim sendo, a reação de oxirredução, res-
ponsável pela devolução do brilho às colhe-
res, pode ser representada por:
a) 3Ag+ + Aℓ0 o 3Ag0 + Aℓ3+
b) Aℓ3+ + 3Ag0 o Aℓ0 + 3Ag+
c) Ag0 + Na+ o Ag+ + Na0
d) Aℓ0 + 3Na+ o Aℓ3+ + 3Na0
e) 3Na0 + Aℓ3+ o 3Na+ + Aℓ0
177
Dentre elas, é adequado adicionar, respecti- 14. (Fuvest) Deseja-se distinguir, de maneira
vamente, a sucos de frutas puros e a marga- simples, as substâncias de cada um dos pares
rinas, as seguintes: a seguir, utilizando-se os testes sugeridos do
a) I e IV. lado direito da tabela:
b) II e III. Par de substâncias Teste
c) III e IV.
I) nitrato de sódio e
d) III e I. X) dissolução em água
bicarbonato de sódio
e) IV e II.
II) cloreto de Y) pH de suas
sódio e glicose soluções aquosas
11. (Fuvest) Um químico leu a seguinte instru-
III) naftaleno e Z) condutibilidade elétrica
ção num procedimento descrito no seu guia
sacarose de suas soluções aquosas
de laboratório: “dissolva 5,0 g do cloreto em
100 mL de água, à temperatura ambiente...“ As substâncias dos pares I, II e III podem ser
Dentre as substâncias abaixo, qual pode ser distinguidas, utilizando-se, respectivamen-
a mencionada no texto? te, os testes:
a) Cℓ2 a) X, Y e Z.
b) CCℓ4 b) X, Z e y.
c) NaCℓO c) Z, X e y.
d) NH4Cℓ d) Y, X e Z.
e) AgCℓ e) Y, Z e X.
12. (Fuvest) Numa mesma temperatura, foram 15. (Fuvest) Um relógio de parede funciona nor-
medidas as pressões de vapor dos três siste- malmente, por algum tempo, se substituir-
mas a seguir. mos a pilha original por dois terminais me-
tálicos mergulhados em uma solução aquosa
x 100 g de benzeno ácida (suco de laranja), conforme esquema-
5,00 g de naftaleno dissolvidos em 100 g de tizado adiante.
y benzeno
(massa molar do naftaleno = 128 g/mol)
5,00 g de naftaceno dissolvidos em 100 g de
z benzeno
magnésio cobre
(massa molar do naftaceno = 228 g/mol) (-) (+)
Os resultados, para esses três sistemas, fo-
ram: 105,0; 106,4 e 108,2 mmHg, não ne- suco de bolhas de
laranja H2 gasoso
cessariamente nessa ordem. Tais valores são,
respectivamente, as pressões de vapor dos
Durante o funcionamento do relógio:
sistemas:
I. o pH do suco de laranja aumenta.
a) x =105,0; y = 106,4; z = 108,2.
II. a massa do magnésio diminui.
b) y =105,0; x = 106,4; z = 108,2.
III.a massa do cobre permanece constante.
c) y =105,0; z = 106,4; x = 108,2.
Dessas afirmações:
d) x =105,0; z = 106,4; y = 108,2.
a) apenas a I é correta.
e) z =105,0; y = 106,4; x = 108,2.
b) apenas a II é correta.
c) apenas a III é correta.
13. (Fuvest) As espécies Fe2+ e Fe3+, provenientes
d) apenas a II e a III são corretas.
de isótopos distintos do ferro, diferem entre
e) a I, a II e a III são corretas.
si, quanto ao número:
a) atômico e ao número de oxidação. 16. (Fuvest) Têm-se amostra de 3 gases inco-
b) atômico e ao raio iônico. lores X, Y e Z que devem ser H2, He e SO2,
c) de prótons e ao número de elétrons. não necessariamente nesta ordem. Para
d) de elétrons e ao número de nêutrons. identificá-los, determinaram-se algumas de
e) de prótons e ao número de nêutrons. suas propriedades, as quais estão na tabela
a seguir:
Propriedade X Y Z
Solubilidade em água alta baixa baixa
Reação com oxi-
gênio na presença ocorre ocorre não ocorre
de catalisador
Reação com solução
ocorre não ocorre não ocorre
aquosa de uma base
178
Com base nessas propriedades, conclui-se 20. (Fuvest) Soluções aquosas de ácido clorídri-
que X, Y e Z são respectivamente: co, HCℓ(aq), e de ácido acético, H3CCOOH(aq),
a) H2, He e SO2. ambas de concentração 0,10 mol/L, apresen-
b) H2, SO2 e He. tam valores de pH iguais a 1,0 e 2,9, respec-
c) He, SO2 e H2. tivamente.
d) SO2 He e H2. Em experimentos separados, volumes iguais
e) SO2, H2 e He. de cada uma dessas soluções foram titula-
dos com uma solução aquosa de hidróxido de
17. (Fuvest) A criação de camarão em cativeiro sódio, NaOH(aq) de concentração adequada.
exige, entre outros cuidados, que a água a ser Nessas titulações, a solução de NaOH foi adi-
utilizada apresente pH próximo de 6. Para cionada lentamente ao recipiente contendo
tornar a água, com pH igual a 8,0 adequado à a solução ácida, até reação completa. Sejam
criação de camarão, um criador poderia: V1 o volume da solução de NaOH para reação
a) adicionar água de cal. completa com a solução de HCℓ e V2 o volu-
b) adicionar carbonato de sódio sólido. me da solução de NaOH para reação completa
c) adicionar solução aquosa de amônia. com a solução de H3CCOOH. A relação entre
d) borbulhar, por certo tempo, gás carbônico. V1 e V2 é:
e) borbulhar, por certo tempo, oxigênio. a) V1 = 10–3,9 V2.
b) V1 = (1,0/2,9) V2.
18. (Fuvest) Há exatos 100 anos, J.J. Thomson c) V1 = V2.
determinou, pela primeira vez, a relação en- d) V1 = 2,9 V2.
tre a massa e a carga do elétron, o que pode e) V1 = 101,9 V2.
ser considerado como a descoberta do elé-
tron. É reconhecida como uma contribuição
de Thomson ao modelo atômico: GABARITO
a) o átomo ser indivisível.
b) a existência de partículas subatômicas. 1. C 2. D 3. D 4. E 5. B
c) os elétrons ocuparem níveis discretos de
energia. 6. A 7. E 8. A 9. A 10. E
d) os elétrons girarem em órbitas circulares ao 11. D 12. C 13. D 14. E 15. E
redor do núcleo.
e) o átomo possuir um núcleo com carga posi- 16. E 17. D 18. B 19. D 20. C
tiva e uma eletrosfera.
179
QUÍMICA 2
NO2
NO2
isômeros orto meta para
2. (Fuvest) O cheiro agradável das frutas deve-se, principalmente, à presença de ésteres. Esses éste-
res podem ser sintetizados no laboratório, pela reação entre um álcool e um ácido carboxílico,
gerando essências artificiais, utilizadas em sorvetes e bolos. A seguir estão as fórmulas estrutu-
rais de alguns ésteres e a indicação de suas respectivas fontes.
O CH3 O
CH3 C C
OCH2CH2CHCH3 OCH3
banana kiwi
O O
CH3CH2CH2C CH3 C
OCH3 OCH2(CH2)6CH3
maçã laranja
O
CH3CH2CH2C morango
OCH2(CH2)3CH3
181
3. (Fuvest) Do acarajé para a picape, o óleo de fritura em Ilhéus segue uma rota ecologicamente
correta. [...] o óleo [...] passa pelo processo de transesterificação, quando triglicérides fazem uma
troca com o álcool. O resultado é o éster metílico de ácidos graxos, vulgo biodiesel.
O Estado de S.Paulo, 10 ago. 2002.
O álcool, destacado no texto acima, a fórmula do produto biodiesel (em que R é uma cadeia car-
bônica) e o outro produto da transesterificação, não mencionado no texto, são, respectivamente:
a) metanol, ROC2H5 e etanol.
b) etanol, RCOOC2H5 e metanol.
c) etanol, ROCH3 e metanol.
d) metanol, RCOOCH3 e 1,2,3-propanotriol.
e) etanol, ROC2H5 e 1,2,3-propanotriol.
182
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA 4. Dos polímeros apresentados, o que apresenta
maior polarização é o poli(acrilato de sódio).
Como a água é uma substância polar, esse
1. A nitração do paradibromobenzeno produz polímero é o que atrairá a água com maior
apenas um composto mononitrado, de acor- intensidade, permitindo a sua absorção em
do com a equação química simplificada: grande quantidade.
Br Br Br 5.
NO2 O2N I. Correto, pois a oxidação de aldeídos for-
HNO3 ma ácidos carboxílicos.
OU OU
II. Correto, pois a reação entre um álcool e
um ácido gera um éster e a essa reação é
Br Br Br dada o nome de esterificação.
III. Correto, pois a oxidação de álcoois gera
Br Br aldeídos.
OU GABARITO
NO2 O2N
Br Br 1. A 2. C 3. D 4. B 5. E
glicerídio
(gordura)
H2C − OH
O
o HC − OH + 3R − C
O − CH3
H2C − OH éster metílico
1, 2, 3 - propanotriol
183
PRÁTICA DOS CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Fuvest) No processo tradicional, o etanol é produzido a partir do caldo da cana-de-açúcar por
fermentação promovida por leveduras naturais, e o bagaço de cana é desprezado. Atualmente, le-
veduras geneticamente modificadas podem ser utilizadas em novos processos de fermentação para
a produção de biocombustíveis. Por exemplo, no processo A, o bagaço de cana, após hidrólise da
celulose e da hemicelulose, também pode ser transformado em etanol. No processo B, o caldo de
cana, rico em sacarose, é transformado em farneseno que, após hidrogenação das ligações duplas,
se transforma no “diesel de cana”. Esses três processos de produção de biocombustíveis podem ser
representados por:
6. (Fuvest) Em 2009, o mundo enfrentou uma epidemia, causada pelo vírus A(H1N1), que ficou
conhecida como gripe suína. A descoberta do mecanismo de ação desse vírus permitiu o desen-
volvimento de dois medicamentos para combater a infecção, por ele causada, e que continuam
necessários, apesar de já existir e estar sendo aplicada a vacina contra esse vírus. As fórmulas
estruturais dos princípios ativos desses medicamentos são:
Examinando-se as fórmulas desses compostos, verifica-se que dois dos grupos funcionais que estão
presentes no oseltamivir estão presentes também no zanamivir.
Esses grupos são característicos de:
a) amidas e éteres.
b) ésteres e alcoóis.
c) ácidos carboxílicos e éteres.
d) ésteres e ácidos carboxílicos.
e) amidas e alcoóis.
185
7. (Fuvest) O isótopo 14 do carbono emite radiação ©, sendo que 1 g de carbono de um vegetal vivo
apresenta cerca de 900 decaimentos por hora – valor que permanece constante, pois as plantas
absorvem continuamente novos átomos de 14C da atmosfera enquanto estão vivas. Uma ferramenta
de madeira, recolhida num sítio arqueológico, apresentava 225 decaimentos por hora por grama
de carbono. Assim sendo, essa ferramenta deve datar, aproximadamente, de:
Dado: tempo de meia-vida do 14C = 5700 anos.
a) 19100 a.C.
b) 17100 a.C.
c) 9400 a.C.
d) 7400 a.C.
e) 3700 a.C.
Analisando a fórmula estrutural dos ésteres apresentados, pode-se dizer que, dentre eles, os que
têm cheiro de:
a) maçã e abacaxi são isômeros.
b) banana e pepino são preparados com alcoóis secundários.
c) pepino e maçã são heptanoatos.
d) pepino e pera são ésteres do mesmo ácido carboxílico.
e) pera e banana possuem, cada qual, um carbono assimétrico.
9. (Fuvest) Uma espécie de besouro, cujo nome científico é Anthonomus grandis, destrói plantações
de algodão, do qual se alimenta. Seu organismo transforma alguns componentes do algodão em
uma mistura de quatro compostos, A, B, C e D, cuja função é atrair outros besouros da mesma es-
pécie:
186
10. (Fuvest) O polímero PET pode ser preparado a partir do tereftalato de metila e etanodiol. Esse
polímero pode ser reciclado por meio da reação representada por:
O O
—C C —O — CH 2 — CH 2 — O — + 2n X
n HO — CH 2 — CH 2 — OH + n CH 3O — C C — O CH3
O O
etanodiol tereftalato de
metila,
em que o composto X é:
a) eteno.
b) metanol.
c) etanol.
d) ácido metanoico.
e) ácido tereftálico.
11. (Fuvest) A contaminação por benzeno, clorobenzeno, trimetilbenzeno e outras substâncias utiliza-
das na indústria como solventes pode causar efeitos que vão da enxaqueca à leucemia. Conhecidos
como compostos orgânicos voláteis, eles têm alto potencial nocivo e cancerígeno e, em determina-
dos casos, efeito tóxico cumulativo.
O Estado de S.Paulo, 17 de agosto de 2001.
12. (Fuvest) O glicerol é um subproduto do biodiesel, preparado pela transesterificação de óleos vege-
tais. Recentemente, foi desenvolvido um processo para aproveitar esse subproduto:
V.
Figura 2
as que representam as transformações quí-
micas citadas são:
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) I, III e V.
d) II, III e V.
e) III, IV e V.
a)
14. (Fuvest) A tuberculose voltou a ser um pro-
blema de saúde em todo o mundo, devido ao
aparecimento de bacilos que sofreram muta-
ção genética (mutantes) e que se revelaram b)
resistentes à maioria dos medicamentos uti-
lizados no tratamento da doença. Atualmen-
te, há doentes infectados por bacilos mutan- c)
tes e por bacilos não mutantes.
Algumas substâncias (A, B e C) inibem o
crescimento das culturas de bacilos não mu-
d)
tantes. Tais bacilos possuem uma enzima
que transforma B em A e outra que transfor-
ma C em A. Acredita-se que A seja a substân-
cia responsável pela inibição do crescimento e)
das culturas.
188
16. (Fuvest) O isótopo radioativo Cu-64 sofre 19. (Fuvest) Dois hidrocarbonetos insaturados,
decaimento E, conforme representado: que são isômeros, foram submetidos, separa-
64
damente, à hidrogenação catalítica. Cada um
29Cuo 64 0
30Zn+ 1b deles reagiu com H2 na proporção, em mol,
Observação: 64 de 1:1, obtendo-se em cada caso, um hidro-
29Cu
64 = número de massa ; 29 = número atômico carboneto de fórmula C4H10. Os hidrocarbo-
A partir de amostra de 20,0 mg de Cu-64, netos que foram hidrogenados poderiam ser:
observa-se que, após 39 horas, formaram-se a) 1-butino e 1-buteno.
17,5 mg de Zn-64. Sendo assim, o tempo ne- b) 1,3-butadieno e ciclobutano.
cessário para que metade da massa inicial de c) 2-buteno e 2-metilpropeno.
Cu-64 sofra decaimento © é cerca de: d) 2-butino e 1-buteno.
a) 6 horas. e) 2-buteno e 2-metilpropano.
b) 13 horas.
c) 19 horas. 20. (Fuvest) A ardência provocada pela pimen-
d) 26 horas. ta dedo-de-moça é resultado da interação da
e) 52 horas. substância capsaicina com receptores loca-
lizados na língua, desencadeando impulsos
nervosos que se propagam até o cérebro, o
17. (Fuvest) Um centro de pesquisa nuclear
qual interpreta esses impulsos na forma de
possui um cíclotron que produz radioisóto-
sensação de ardência. Esse tipo de pimenta
pos para exames de tomografia. Um deles, o
tem, entre outros efeitos, o de estimular a
flúor-18 (18F), com meia-vida de aproxima-
sudorese no organismo humano.
damente 1h30min, é separado em doses, de
acordo com o intervalo de tempo entre sua
preparação e o início previsto para o exame.
Se o frasco com a dose adequada para o exame
de um paciente A, a ser realizado 2 horas de-
pois da preparação, contém NA átomos de 18F,
o frasco destinado ao exame de um paciente
B, a ser realizado 5 horas depois da prepara-
ção, deve conter NB átomos de 18F, com: Considere as seguintes afirmações:
(A meia vida de um elemento radioativo é o I. Nas sinapses, a propagação dos impulsos
intervalo de tempo após o qual metade dos nervosos, desencadeados pelo consumo
átomos inicialmente presentes sofreram de- dessa pimenta, se dá pela ação de neuro-
sintegração.) transmissores.
a) NB = 2NA. II. Ao consumir essa pimenta, uma pessoa
b) NB = 3NA. pode sentir mais calor pois, para evapo-
c) NB = 4NA. rar, o suor libera calor para o corpo.
d) NB = 6NA. III.A hidrólise ácida da ligação amídica da
e) NB = 8NA. capsaicina produz um aminoácido que é
transportado até o cérebro, provocando a
18. (Fuvest) Utilizando um pulso de laser*, diri- sensação de ardência.
gido contra um anteparo de ouro, cientistas É correto apenas o que se afirma em:
britânicos conseguiram gerar radiação gama a) I.
suficientemente energética para, atuando b) II.
sobre um certo número de núcleos de iodo- c) I e II.
129, transmutá-los em iodo-128, por libera- d) II e III.
e) I e III.
ção de nêutrons. A partir de 38,7 g de iodo-
129, cada pulso produziu cerca de 3 milhões
de núcleos de iodo-128. Para que todos os
núcleos de iodo-129 dessa amostra pudes- GABARITO
sem ser transmutados, seriam necessários x
pulsos, em que x é: 1. B 2. C 3. D 4. D 5. D
Note e adote:
6. A 7. C 8. D 9. E 10. B
Constante de Avogadro = 6,0 · 1023 mol–1
*laser = fonte de luz intensa. 11. D 12. D 13. C 14. B 15. C
a) 1 · 103.
b) 2 · 104. 16. B 17. C 18. D 19. C 20. A
c) 3 · 1012.
d) 6 · 1016.
e) 9 · 1018.
189
QUÍMICA 3
Note e adote:
Massa molar (g/mol): H = 1,0; He = 4,0; C = 12
Massa molar média do ar = 29 g/mol
Conclui-se que as bexigas A, B e C foram preenchidas, respectivamente, com:
a) hidrogênio, hélio e metano.
b) hélio, metano e hidrogênio.
c) metano, hidrogênio e hélio.
d) hélio, hidrogênio e metano.
e) metano, hélio e hidrogênio.
2. (Fuvest) Um dirigível experimental usa hélio como fluido ascensional e octano (C8H18) como com-
bustível em seu motor, para propulsão. Suponha que, no motor, ocorra a combustão completa do
octano:
25 O o8CO + 9H O
C8H18(g) + ___
2 2(g) 2(g) 2 (g)
Para compensar a perda de massa do dirigível à medida que o combustível é queimado, parte da
água contida nos gases de exaustão do motor é condensada e armazenada como lastro. O restante
do vapor de água e o gás carbônico são liberados para a atmosfera.
Qual é a porcentagem aproximada da massa de vapor de água formado que deve ser retida para que
a massa de combustível queimado seja compensada?
Note e adote: Massa molar (g/mol): H2O = 18; O2 = 32; CO2 = 44; C8H18 = 114.
a) 11%
b) 16%
c) 39%
d) 50%
e) 70%
191
3. (Fuvest) Sabe-se que os metais ferro (Fe0), magnésio (Mg0) e estanho (Sn0) reagem com soluções de
ácidos minerais, liberando gás hidrogênio e formando íons divalentes em solução.
Foram feitos três experimentos em que três amostras metálicas de mesma massa reagiram, se-
parada e completamente, com uma solução aquosa de ácido clorídrico (HCℓ(aq)) de concentração,
0,1 mol/L. Os resultados obtidos foram:
Volume da solução de HCℓ(aq)
Massa da amostra Composição da amostra
Experimento (0,1 mol/L) gasto na
metálica (g) metálica
reação completa
1 5,6 Fe0 puro V1
2 5,6 Fe0 contendo Mg0 como impureza V2
0 0
3 5,6 Fe contendo Sn como impureza V3
Note e adote:
Massa molar (g/mol): Mg = 24; Fe = 56; Sn = 119
Colocando-se os valores de V1, V2 e V3 em ordem decrescente, obtém-se:
a) V2 > V3 > V1.
b) V3 > V1 > V2.
c) V1 > V3 > V2.
d) V2 > V1 > V3.
e) V1 > V2 > V3.
4. (Fuvest) Pode-se calcular a entalpia molar de que temperatura aproximada deve começar a
vaporização do etanol a partir das entalpias cristalizar o K2Cr2O7?
das reações de combustão representadas por: 100
162
Ng
ção da temperatura (t). Uma mistura cons- massa de
água formada
tituída de 30 g de K2Cr2O7 e 50 g de água, a
Massa a ser retida 114 g
uma temperatura inicial de 90 °C, foi dei-
xada esfriar lentamente e com agitação. A 114 g
0,7037 70,37037 % | 70 %
162 g
192
3. As três amostras metálicas de mesma mas- 2 · 28 · m + 119 · 5,6 – 119 · m
sa reagiram, separada e completamente, ( __________________________________
Sn
119 · 28
V3 = ____________________________________
) Sn
V3
193
PRÁTICA DOS CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Fuvest) A tabela abaixo apresenta informações sobre cinco gases contidos em recipientes separa-
dos e selados.
Qual recipiente contém a mesma quantidade de átomos que um recipiente selado de 22,4 L, con-
tendo H2, mantido a 2 atm e 273 K?
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5
2. (Fuvest) Uma estudante de Química realizou o seguinte experimento: pesou um tubo de ensaio
vazio, colocou nele um pouco de NaHCO3(s) e pesou novamente. Em seguida, adicionou ao tubo de
ensaio excesso de solução aquosa de HCℓ, o que provocou a reação química representada por:
Após a reação ter-se completado, a estudante aqueceu o sistema cuidadosamente, até que restas-
se apenas um sólido seco no tubo de ensaio. Deixou o sistema resfriar até a temperatura ambien-
te e o pesou novamente. A estudante anotou os resultados desse experimento em seu caderno,
juntamente com dados obtidos consultando um manual de Química:
3. (Fuvest) Ao abastecer um automóvel com gasolina, é possível sentir o odor do combustível a certa
distância da bomba. Isso significa que, no ar, existem moléculas dos componentes da gasolina, que
são percebidas pelo olfato. Mesmo havendo, no ar, moléculas de combustível e de oxigênio, não há
combustão nesse caso. Três explicações diferentes foram propostas para isso:
I. As moléculas dos componentes da gasolina e as do oxigênio estão em equilíbrio químico e, por
isso, não reagem.
II. À temperatura ambiente, as moléculas dos componentes da gasolina e as do oxigênio não têm
energia suficiente para iniciar a combustão.
III.As moléculas dos componentes da gasolina e as do oxigênio encontram-se tão separadas que
não há colisão entre elas.
194
Dentre as explicações, está correto apenas o Assim sendo, o calor envolvido na reação que
que se propõe em: ocorre no organismo do besouro é:
a) I. a) –558 kJ ∙ mol–1.
b) II. b) –204 kJ ∙ mol–1.
c) III. c) +177 kJ ∙ mol–1.
d) I e II. d) +558 kJ ∙ mol–1.
e) II e III. e) +585 kJ ∙ mol–1.
4. (Fuvest) Amônia e gás carbônico podem 6. (Fuvest) A gruta do Lago Azul (MS), uma
reagir formando ureia e água. O gráfico caverna composta por um lago e várias sa-
abaixo mostra as massas de ureia e de las, em que se encontram espeleotemas de
água que são produzidas em função da origem carbonática (estalactites e estalag-
massa de amônia, considerando as rea- mites), é uma importante atração turística.
ções completas. O número de visitantes, entretanto, é con-
A partir dos dados do gráfico e dispondo- trolado, não ultrapassando 300 por dia. Um
-se de 270 de amônia, a massa aproximada, estudante, ao tentar explicar tal restrição,
em gramas, de gás carbônico minimamente levantou as seguintes hipóteses:
necessária para reação completa com essa I. Os detritos deixados indevidamente pelos
quantidade de amônia é: visitantes se decompõem, liberando me-
tano, que pode oxidar os espeleotemas.
II. O aumento da concentração de gás car-
bônico que é liberado na respiração dos
visitantes, e que interage com a água do
ambiente, pode provocar a dissolução
progressiva dos espeleotemas.
III.A concentração de oxigênio no ar diminui
nos períodos de visita, e essa diminuição
seria compensada pela liberação de O2 pe-
los espeleotemas.
O controle do número de visitantes, do ponto
de vista da Química, é explicado por:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
a) 120. c) III, apenas.
b) 270. d) I e III, apenas.
c) 350. e) I, II e III.
d) 630.
e) 700.
7. (Fuvest) Sob condições adequadas, selênio
(Se) e estanho (Sn) podem reagir, como re-
5. (Fuvest) O “besouro-bombardeiro” espan- presentado pela equação
ta seus predadores, expelindo uma solução
quente. Quando ameaçado, em seu organis- 2Se + Sn o SnSe2
mo ocorre a mistura de soluções aquosas de Em um experimento, deseja-se que haja re-
hidroquinona, peróxido de hidrogênio e en- ação completa, isto é, que os dois reagentes
zimas, que promovem uma reação exotérmi- sejam totalmente consumidos. Sabendo-se
ca, representada por: que a massa molar do selênio (Se) é 2/3 da
enzimas massa molar do estanho (Sn), a razão en-
C6H4(OH)2(aq) + H2O2(aq) o C6H4O2(aq) + 2H2O(ℓ) tre a massa de selênio e a massa de estanho
hidroquinona (mSe : mSn), na reação, deve ser de:
O calor envolvido nessa transformação pode a) 2 : 1.
ser calculado, considerando-se os processos: b) 3 : 2.
c) 4 : 3.
C6H4(OH)2(aq) o C6H4O2(aq) + H2(g) d) 2 : 3.
ΔH0 = +177 KJ · mol–1 e) 1 : 2.
195
8. (Fuvest) A partir de considerações teóricas, 9. (Fuvest) Um botânico observou que uma
foi feita uma estimativa do poder calorífico mesma espécie de planta podia gerar flores
(isto é, da quantidade de calor liberada na azuis ou rosadas. Decidiu então estudar se
combustão completa de 1 kg de combustível) a natureza do solo poderia influenciar a cor
de grande número de hidrocarbonetos. Dessa das flores. Para isso, fez alguns experimen-
maneira, foi obtido o seguinte gráfico de va- tos e anotou as seguintes observações:
lores teóricos: I. Transplantada para um solo cujo pH era
5,6, uma planta com flores rosadas pas-
sou a gerar flores azuis.
II. Ao adicionar um pouco de nitrato de só-
dio ao solo, em que estava a planta com
flores azuis, a cor das flores permaneceu
a mesma.
III.Ao adicionar calcário moído (CaCO3) ao
solo, em que estava a planta com flores
azuis, ela passou a gerar flores rosadas.
Considerando essas observações, o botânico
pôde concluir que:
a) em um solo mais ácido do que aquele de pH
5,6, as flores da planta seriam azuis.
b) a adição de solução diluída de NaCℓ ao solo,
de pH 5,6, faria a planta gerar flores rosadas.
c) a adição de solução diluída de NaHCO3 ao
Note e adote: Massa molar(g/mol): C = 12; solo, em que está a planta com flores rosa-
H = 1. das, faria com que ela gerasse flores azuis.
Com base no gráfico, um hidrocarboneto que d) em um solo de pH 5,0, a planta com flores
libera 10.700 kcal/kg em sua combustão azuis geraria flores rosadas.
completa pode ser representado pela fórmula: e) a adição de solução diluída de Aℓ(NO3)3 ao
a) CH4. solo, em que está uma planta com flores
b) C2H4. azuis, faria com que ela gerasse flores ro-
c) C4H10. sadas.
d) C5H8.
e) C6H6.
10. (Fuvest) Quando certos metais são colocados em contato com soluções ácidas, pode haver formação
de gás hidrogênio. Abaixo, segue uma tabela elaborada por uma estudante de Química, contendo
resultados de experimentos que ela realizou em diferentes condições.
Reagentes
Tempo para libe-
Experimento Solução de HCℓ de Observações
Metal rar 30 mL de H2
concentração 0,2 mol/L
1 200 mL 1,0 g de Zn (raspas) 30 s liberação de H2 e calor
2 200 mL 1,0 g de Cu (fio) não liberou H2 sem alterações
3 200 mL 1,0 g de Zn (pó) 18 s liberação de H2 e calor
liberação de H2 e
1,0 g de Zn (raspas)
4 200 mL 8s calor; massa de Cu
+ 1,0 g de Cu (fio)
não se alterou
196
11. (Fuvest) A uma determinada temperatura,
as substâncias HI, H2 e I2 estão no estado ga-
soso. A essa temperatura, o equilíbrio entre
as três substâncias foi estudado, em reci-
pientes fechados, partindo-se de uma mis-
tura equimolar de H2 e I2 (experimento A) ou
somente de HI (experimento B).
197
d) Mesmo se o sistema não for agitado, a con- a) Manter as amostras à mesma temperatura
centração de I2 na água tenderá a aumentar em todos os experimentos.
e a de I2, no CCℓ4, tenderá a diminuir, até b) Manter iguais os tempos necessários para com-
que se atinja um estado de equilíbrio. pletar as transformações.
e) Quer o sistema seja agitado ou não, ele já se c) Usar a mesma massa de catalisador em todos
encontra em equilíbrio e não haverá mudan- os experimentos.
ça nas concentrações de I2 nas duas fases. d) Aumentar a concentração dos reagentes A e B.
e) Diminuir a concentração do reagente B.
14. (Fuvest) Considere 4 frascos, cada um con-
tendo diferentes substâncias, a saber: 16. (Fuvest) O biogás pode substituir a gasolina
Frasco 1: 100 mL de H2O(ℓ) na geração de energia. Sabe-se que 60% em
Frasco 2: 100 mL de solução aquosa de volume, do biogás são constituídos de meta-
ácido acético de concentração 0,5 mol/L no, cuja combustão completa libera cerca de
Frasco 3: 100 mL de solução aquosa de 900 kJ/mol.
KOH de concentração 1,0 mol/L Uma usina produtora gera 2.000 litros de
biogás por dia. Para produzir a mesma quan-
Frasco 4: 100 mL de solução aquosa de
tidade de energia liberada pela queima de
HNO3 de concentração 1,2 mol/L
todo o metano contido nesse volume de bio-
A cada um desses frascos, adicionaram- gás, será necessária a seguinte quantidade
-se, em experimentos distintos, 100 mL de aproximada (em litros) de gasolina:
uma solução aquosa de HCℓ de concentração Note e adote:
1,0 mol/L. Medindo-se o pH do líquido con- Volume molar nas condições de produção
tido em cada frasco, antes e depois da adição de biogás: 24 L/mol;
de HCℓ(aq), pôde-se observar aumento do va- Energia liberada na combustão completa
lor do pH somente: da gasolina: 4,5 · 104 kJ/L.
a) nas soluções dos frascos 1, 2 e 4. a) 0,7.
b) nas soluções dos frascos 1 e 3. b) 1,0.
c) nas soluções dos frascos 2 e 4. c) 1,7.
d) na solução do frasco 3. d) 3,3.
e) na solução do frasco 4. e) 4,5.
15. (Fuvest) Um estudante desejava estudar, 17. (Fuvest) Em três balanças aferidas, A, B e
experimentalmente, o efeito da temperatu- C, foram colocados três béqueres de mesma
ra sobre a velocidade de uma transformação massa, um em cada balança. Nos três béque-
química. Essa transformação pode ser repre- res, foram colocados volumes iguais da mes-
sentada por: ma solução aquosa de ácido sulfúrico. Foram
separadas três amostras, de massas idênticas,
catalisador dos metais magnésio, ouro e zinco, tal que,
A + B o P
havendo reação com o ácido, o metal fosse o
Após uma série de quatro experimentos, o reagente limitante. Em cada um dos béque-
estudante representou os dados obtidos em res, foi colocada uma dessas amostras, fican-
uma tabela: do cada béquer com um metal diferente. De-
pois de algum tempo, não se observando mais
Número do experimento nenhuma transformação nos béqueres, foram
1 2 3 4 feitas as leituras de massa nas balanças, ob-
tendo-se os seguintes resultados finais:
temperatura (°C) 15 20 30 10
balança A: 327,92 g
massa de catalisa- 1 2 3 4
dor (mg) balança B: 327,61 g
balança C: 327,10 g
concentração ini- 0,1 0,1 0,1 0,1
cial de A (mol/L) Note e adote: Massa molar (g/mol):
concentração ini- 0,2 0,2 0,2 0,2
Mg = 24,3; Au = 197,0; Zn = 65,4
cial de B (mol/L) As massas lidas nas balanças permitem con-
cluir que os metais magnésio, ouro e zinco
tempo decorrido até
que a transforma- foram colocados, respectivamente, nos bé-
47 15 4 18 queres das balanças:
ção se completasse
(em segundos) a) A, B e C.
b) A, C e B.
Que modificação deveria ser feita no proce- c) B, A e C.
dimento para obter resultados experimen- d) B, C e A.
tais mais adequados ao objetivo proposto? e) C, A e B.
198
18. (Fuvest) Dispõe-se de 2 litros de uma solu- A constante de equilíbrio, nos estados I e II,
ção aquosa de soda cáustica que apresenta tem, respectivamente, os valores:
pH 9. O volume de água, em litros, que deve a) 0,080 e 0,25.
ser adicionado a esses 2 litros para que a so- b) 4,0 e 4,0.
lução resultante apresente pH 8 é: c) 6,6 e 4,0.
a) 2. d) 4,0 e 12.
b) 6. e) 6,6 e 6,6.
c) 10.
d) 14. 21. (Fuvest) Uma enfermeira precisa preparar
e) 18. 0,50 L de soro que contenha 1,5 · 10–2 mol
de KCℓ e 1,8 · 10–2 mol de NaCℓ, dissolvidos
19. (Fuvest) Considere uma solução aquosa di-
em uma solução aquosa de glicose. Ela tem
luída de ácido acético (HA), que é um ácido
fraco, mantida a 25 °C. A alternativa que à sua disposição soluções aquosas de KCℓ
mostra corretamente a comparação entre as e NaCℓ de concentrações, respectivamente,
concentrações, em mol/L, das espécies quí- 0,15 g/mL e 0,60 · 10–2 g/mL. Para isso, terá
micas presentes na solução é: que utilizar x mL da solução de KCℓ e y mL
da solução de NaCℓ e completar o volume, até
Note e adote (a 25 °C): 0,50 L, com a solução aquosa de glicose. Os
Constante de ionização do HA: valores de x e y devem ser, respectivamente:
Ka = 1,8 · 10–5
Note e adote: Massa molar (g/mol):
Produto iônico da água: Kw = 1,0 · 10–14
KCℓ = 75; NaCℓ = 59
Constantes de equilíbrio com concentra-
a) 2,5 e 0,60 ∙ 102.
ções em mol/L
b) 7,5 e 1,2 ∙ 102.
a) [OH–] < [A–] = [H+] < [HA].
c) 7,5 e 1,8 ∙ 102.
b) [OH–] < [HA] < [A–] < [H+].
d) 15 e 1,2 ∙ 102.
c) [OH–] = [H+] < [HA] < [A–].
e) 15 e 1,8 ∙ 102.
d) [A–] < [OH–] < [H+] < [HA].
e) [A–] < [H+] = [OH–] < [HA].
22. (Fuvest) O vírus da febre aftosa não sobre-
vive em pH<6 ou pH>9, condições essas que
20. (Fuvest) Certas quantidades de água comum
provocam a reação de hidrólise das ligações
(H2O) e de água deuterada (D2O) – água que
peptídicas de sua camada proteica. Para evi-
contém átomos de deutério em lugar de
tar a proliferação dessa febre, pessoas que
átomos de hidrogênio – foram misturadas.
deixam zonas infectadas mergulham, por ins-
Ocorreu a troca de átomos de hidrogênio e
tantes, as solas de seus sapatos em uma so-
de deutério, formando-se moléculas de HDO
lução aquosa de desinfetante, que pode ser o
e estabelecendo-se o equilíbrio (estado I)
carbonato de sódio. Neste caso, considere que
H2O + D2O o 2HDO a velocidade da reação de hidrólise aumenta
As quantidades, em mol, de cada composto com o aumento da concentração de íons hi-
no estado I estão indicadas pelos patamares, droxila (OH–). Em uma zona afetada, foi uti-
à esquerda, no diagrama. lizada uma solução aquosa de carbonato de
Depois de certo tempo, mantendo-se a tem- sódio, mantida à temperatura ambiente, mas
peratura constante, acrescentou-se mais que se mostrou pouco eficiente. Para tornar
água deuterada, de modo que a quantidade este procedimento mais eficaz, bastaria:
de D2O no novo estado de equilíbrio (estado a) utilizar a mesma solução, porém a uma tem-
II), fosse o triplo daquela antes da adição. peratura mais baixa.
As quantidades, em mol, de cada composto b) preparar uma nova solução utilizando água
envolvido no estado II estão indicadas pelos dura (rica em íons Ca2+).
patamares, à direita, no diagrama. c) preparar uma nova solução mais concentrada.
d) adicionar água destilada à mesma solução.
e) utilizar a mesma solução, porém com menor
tempo de contato.
199
e de concentrações de nitrato e de oxigênio
dissolvidos na água, para amostras coletadas GABARITO
durante o dia, em dois diferentes pontos
(A e B) e em duas épocas do ano (maio e no- 1. C 2. D 3. B 4. C 5. B
vembro), na represa Billings, em São Paulo. 6. B 7. C 8. B 9. A 10. D
Concentração Concentração 11. E 12. D 13. C 14. E 15. C
pH de nitrato de oxigênio
(mg/L) (mg/L) 16. B 17. E 18. E 19. A 20. B
Ponto A
9,8 0,14 6,5 21. C 22. C 23. D 24. C
(novembro)
Ponto B
9,1 0,15 5,8
(novembro)
Ponto A
7,3 7,71 5,6
(maio)
Ponto B
7,4 3,95 5,7
(maio)
200
M T MATEMÁTICA
e suas tecnologias
MATEMÁTICA
Fuvest - Matemática
Trigonometria, 22%
Geometria plana, 17%
Geometria espacial, 17%
Grandezas proporcionais, 10%
Geometria analítica, 10%
Probabilidades, 10%
Funções, 8%
Sistemas lineares, 6%
MATEMÁTICA 1
5.
I. Falsa. Tem-se que an + 1 = (n + 2)2. Logo,
Sejam A o ponto de lançamento do projétil e como a razão
a função quadrática f: [–1 0, 20] o R, dada an+1 ________
(n + 3)2 1 2
na forma canônica por f(x) = a · (x – m)2 + k,
____
an =
(n + 2)2 (
= 1 + _____
n+2 )
com a, m, k 7 R e a ≠0. É imediato que m = 0 não é constante, segue que an não é uma
e k = 200. Logo, sabendo que f(20) = 0, vem progressão geométrica.
0 = a ∙ 202 + 200 à a = – __1.
2 II. Falsa. De fato, a razão
Portanto, temos f(x) = 200 – __ x2 e, des- bn+1 _____(n+1)2
____ = 2 n2 = 2n + 2n + 1 – n = 22n + 1
2 2
2 bn 2
se modo, segue que o resultado pedido é
não é constante. Daí, podemos concluir
(–10)2
f(–10) = 200 – ______ = 150 m. que bn não é uma progressão geométrica.
2
2
2. Como 2x – 9 > 0 para todo x real, vem: III. Verdadeira. A diferença entre quaisquer
2
dois termos consecutivos da sequência cn é
(x 3)2x 9 log | x 2 x 1| 0 (x 3)log | x 2 x 1| 0 cn+1 – cn = (n + 1)2 + 4(n + 1) + 4 – (n2 + 4n + 4)
x3 0 = n2 + 2n + 1 + 4n + 4 + 4 – n2 – 4n – 4
ou
= 2n + 5.
| x 2 x 1| 1
Desse modo, cn é uma progressão aritmé-
x 3
tica de primeiro termo 7 e razão igual a 2.
ou
x 2 x 1 1 ou x 2 x 1 1
IV. Verdadeira. De (II), temos dn = 22n + 1, que
x 3 é uma progressão geométrica de primeiro
ou termo 8 e razão igual a 4.
(x 1 ou x 2) ou (x 0 ou x 1)
2
Para 2x – 9 nós temos uma assíntota horizontal
2
para 2x – 9 = 0, assim não há valor real
GABARITO
definido de x.
Portanto, a equação dada possui cinco raízes 1. D 2. E 3. A 4. E 5. E
reais distintas.
3. p(x) = x2 (x – 1)(x2 – 4)
p(x) = x2 (x – 1)(x + 2)(x – 2)
p(x – 2) = (x – 2)2(x – 2 – 1)(x – 2 + 2)(x – 2 – 2)
p(x – 2) = x(x – 2)2(x – 3)(x – 4)
Logo, 0, 3 e 4 são raízes simples e 2 é raiz
dupla do polinômio p(x – 2). Portanto, o
gráfico de p(x – 2) é semelhante ao da al-
ternativa [A], já que para todo x < 0, im-
plica p(x – 2) < 0 e para todo x > 4 implica
p(x – 2) > 0.
204
PRÁTICA DOS d) Quaisquer que sejam os números reais a e
b não nulos tais que a < b é verdadeiro que
205
9. (Fuvest) A soma dos valores de m, Suponha também que:
para os quais x = 1 é raiz da equação I. a altura mínima do fio ao solo seja igual a 2;
x2 + (1 + 5m – 3m2)x + (m2 + 1) = 0, é igual a: II. a altura do fio sobre um ponto no solo
a) 5/2. d de uma das colunas seja igual
que dista __
b) 3/2. 4
h.
a __
c) 0. 2
d) –3/2.
e) –5/2. Se h = 3 __
8( )
d , então d vale:
206
1 a e __
1 a. 1 ou x ≥ 10
c) – __
2 2 {
d) x 7 R; x d __
3 }
d) – __ 1 a.
1 e __ 10
1 < x < ___
a 2
1 1.
{
e) x 7 R; __
9 3 }
e) – a e __
__
a
22. (Fuvest) Sabe-se sobre a progressão __geomé-
——
18. (Fuvest) No segmento AC, toma-se um ponto trica a1, a2, a3,... que a1 > 0 e a6 = –9√ 3 . Além
BC . Então, o valor
AB = 2 ___ disso, a progressão geométrica a1, a5, a9,...
B de forma que ___
AC AB tem razão igual a 9.
BC é:
de ___
AB Nessas condições, o produto a2a7 vale:
__
1. a) –27√ 3 .
a) __ __
2__ b) –3√ 3 .
__
√
b) 3 – 1.
______ c) –√ 3 .
__
__2 d) 3√ 3 .
c) √5 – 1. __
__ e) 27√ 3 .
√5 – 1
______
d) .
__2
√5 – 1 23. (Fuvest) Uma substância radioativa sofre
e) ______ .
3 desintegração ao longo do tempo, de acordo
com a relação m(t) = ca–kt, em que a é um
19. (Fuvest) Os pontos (0, 0) e (2, 1) estão no
número real positivo, t é dado em anos, m(t)
gráfico de uma função quadrática f. O mí-
é a massa da substância em gramas e c e k
nimo de f é assumido no ponto de abscissa
1 . Logo, o valor de f(1) é: são constantes positivas. Sabe-se que m0 gra-
x = –__
4 mas dessa substância foram reduzidos a 20%
1
a) ___. em 10 anos. A que porcentagem de m0 ficará
10 reduzida a massa da substância, em 20 anos?
2.
b) ___ a) 10%
10
3. b) 5%
c) ___ c) 4%
10
4.
d) ___ d) 3%
10 e) 2%
5.
e) ___
10
24. (Fuvest) Seja f(x) = a + 2bx + c, em que a, b
20. (Fuvest) Tendo em vista as aproximações e c são números reais. A imagem de f é a
log102 ≈ 0,30, log103 ≈ 0,48, então o maior semirreta ]–1, Ü[ e o gráfico de f intercep-
número inteiro n, satisfazendo 10n ≤12418, é ta os eixos coordenados nos pontos (1, 0) e
igual a: (0, –3/4). Então, o produto abc vale:
a) 424. a) 4
b) 437. b) 2
c) 443. c) 0
d) 451. d) –2
e) 460. e) –4
21. (Fuvest) Seja f uma função a valo-
res reais, com domínio D y R, tal que 25. (Fuvest) Seja x > 0 tal que a sequência
f(x) = log10(log1/3(x2 – x + 1)), para todo x 7D. a1 = log2x, a2 = log4(4x), a3 = log8(8x) forme,
nessa ordem, uma progressão aritmética.
Então, a1 + a2 + a3 é igual a:
13.
a) ___
2
b) 15
___.
2
17 .
c) ___
2
19 .
d) ___
2
O conjunto que pode ser o domínio D é: 21
e) ___.
2
a) {x 7 R; 0 < x < 1}
b) {x 7 R; x d 0 ou x ≥ 1}
1 < x < 10
{
c) x 7 R; __
3 }
207
26. (Fuvest) Os números ™1, ™2, ™3 formam uma
progressão aritmética de razão r, de tal modo
que ™1 + 3, ™2 – 3, ™3 – 3 estejam em progres-
são geométrica. Dado ainda que ™1 > 0 e ™2 = 2,
conclui-se que r é igual a:
__
a) 3 + √3__.
√3
b) 3 + ___ .
2__
√3
c) 3 + ___ .
4__
√3
d) 3 – ___ .
2
__
e) 3 – √3 .
GABARITO
1. C 2. C 3. E 4. B 5. E
6. D 7. C 8. A 9. A 10. A
11. E 12. A 13. B 14. A 15. C
16. C 17. E 18. B 19. C 20. D
21. A 22. A 23. C 24. A 25. B
26. E
208
MATEMÁTICA 2
5.
b) √__ nutriente minoritário 75 0 60
3__ + micronutrientes
3.
c) √__ % de macronutrien-
7__ te majoritário
25 100 40
7.
d) √__
3 São macronutrientes as proteínas, os
__
carboidratos e os lipídeos.
e) √ 5 .
__
7
209
Com base nas informações fornecidas, e na 49
a) ____
144
composição nutricional dos alimentos, con-
14
b) ___
sidere as seguintes afirmações: 33
I. A pontuação de um bife de 100 g é 45. 7
c) ___
II. O macronutriente presente em maior 22
quantidade no arroz é o carboidrato. 5
d) ___
22
III.Para uma mesma massa de lipídeo de
15
e) ____
origem vegetal e de carboidrato, a ra- 144
número de pontos do lipídeo
zão ______________________________ é
número de pontos do carboidrato 7. (Fuvest) Maria deve criar uma senha de 4 dí-
1,5. gitos para sua conta bancária. Nessa senha, so-
É correto o que se afirma em: mente os algarismos 1, 2, 3, 4 e 5 podem ser
a) I, apenas. usados e um mesmo algarismo pode aparecer
b) II, apenas. mais de uma vez. Contudo, supersticiosa, Ma-
c) I e II, apenas. ria não quer que sua senha contenha o número
d) II e III, apenas. 13, isto é, o algarismo 1 seguido imediatamen-
e) I, II e III. te pelo algarismo 3. De quantas maneiras dis-
tintas Maria pode escolher sua senha?
5. (Fuvest) De 1869 até hoje, ocorreram as se- a) 551
guintes mudanças de moeda no Brasil: (1) b) 552
em 1942, foi criado o cruzeiro, cada cruzei- c) 553
ro valendo mil réis; (2) em 1967, foi criado d) 554
o cruzeiro novo, cada cruzeiro novo valen- e) 555
do mil cruzeiros; em 1970, o cruzeiro novo
voltou a se chamar apenas cruzeiro; (3) em 8. (Fuvest) Em um experimento probabilístico,
1986, foi criado o cruzado, cada cruzado va- Joana retirará aleatoriamente duas bolas de
lendo mil cruzeiros; (4) em 1989, foi criado uma caixa contendo bolas azuis e bolas ver-
o cruzado novo, cada um valendo mil cruza- melhas. Ao montar-se o experimento, colo-
dos; em 1990, o cruzado novo passou a se cam-se seis bolas azuis na caixa.
chamar novamente cruzeiro; (5) em 1993, Quantas bolas vermelhas devem ser acres-
foi criado o cruzeiro real, cada um valendo centadas para que a probabilidade de Joana
mil cruzeiros; (6) em 1994, foi criado o real, obter duas azuis seja 1/3?
a) 2
cada um valendo 2.750 cruzeiros reais.
b) 4
Quando morreu, em 1869, Brás Cubas pos-
c) 6
suía 300 contos.
d) 8
Se esse valor tivesse ficado até hoje em uma
e) 10
conta bancária, sem receber juros e sem pa-
gar taxas, e se, a cada mudança de moeda, o
depósito tivesse sido normalmente conver- 9. (Fuvest) Em uma classe com 14 alunos, 8 são
mulheres e 6 são homens. A média das notas
tido para a nova moeda, o saldo hipotético
das mulheres no final do semestre ficou 1
dessa conta seria, aproximadamente, de um
ponto acima da média da classe. A soma das
décimo de:
notas dos homens foi metade da soma das
Dados: Um conto equivalia a um milhão de
notas das mulheres. Então, a média das no-
réis.
tas dos homens ficou mais próxima de:
1 bilhão = 109 e 1 trilhão = 1012.
a) 4,3.
a) real.
b) 4,5.
b) milésimo de real.
c) 4,7.
c) milionésimo de real. d) 4,9.
d) bilionésimo de real. e) 5,1.
e) trilionésimo de real.
210
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA Tem-se que:
2z
x w 2z 4x w °x
1. Considere a figura. ® ® 3 .
¯4x 2y z 4x y 2z °¯ y z
211
§6· 6!
¨ ¸
1 ©2¹ 1 2! 4!
3 §n 6· 3 (n 6)!
¨ ¸ 2! (n 4)!
© 2 ¹
n2 11n 60 0
n 4.
GABARITO
1. A 2. B 3. B 4. E 5. D
6. C 7. A 8. B 9. C
212
__
3√ 5 .
PRÁTICA DOS a) ____
40__
√5
7
____
CONHECIMENTOS - E.O. b)
40__
9√ 5 .
.
c) ____
40 __
1. (Fuvest) O triângulo AOB é isósceles, com
—— —— 11 √5
_____
OA = OB, e ABCD é um quadrado. Sendo £ a d)
40__
.
medida do ângulo AÔB, pode-se garantir que 13√ 5 .
a área do quadrado é maior do que a área do e) _____
40
triângulo se:
Dados os valores aproximados: 5. (Fuvest) Sabe-se que x = 1 é raiz da equação
3 sen© = 0,
tg14° j 0,2493, tg15° j 0,2679 (cos2™) x2 – (4cos™ sen©) x + __
2 ( )
tg20° j 0,3640, tg28° j 0,5317 sendo ™ e © os ângulos agudos indicados no
a) 14° < £ < 28°. triângulo retângulo da figura a seguir.
b) 15° < £ < 60°.
c) 20° < £ < 90°.
d) 25° < £ < 120°.
e) 30° < £ < 150°.
{ }
3. (Fuvest) Sejam x e y números reais posi- ax - y = 1
tivos tais que x + y = π/2. Sabendo-se que 6. (Fuvest) No sistema linear y + z = 1 , nas
x+z=m
sen(y – x) = 1/3, o valor de tg2y – tg2x é variáveis x, y e z, a e m são constantes reais.
igual a: É correto afirmar:
3.
a) __ a) No caso em que a = 1, o sistema tem solução
2 se, e somente se, m = 2.
5.
b) __ b) O sistema tem solução, quaisquer que sejam
4 os valores de a e de m.
1.
c) __
2 c) No caso em que m = 2 o sistema tem solução
1. se, e somente se, a = 1.
d) __
4 d) O sistema só tem solução se a = m = 1.
1.
e) __ e) O sistema não tem solução, quaisquer que
8 sejam os valores de a e de m.
213
8. (Fuvest) Considere a matriz A = [ a –a 1 2aa ++11] aproximado da razão entre as distâncias da
Terra à Lua, dL e da Terra ao Sol, dS.
em que a é um número real. Sabendo que
A admite inversa A–1 cuja primeira coluna é
[ ]
2a – 1 , a soma dos elementos da diagonal
–1
principal de A–1 é igual a:
a) 5.
b) 6.
c) 7.
d) 8.
e) 9. É possível estimar a medida do ângulo ™ re-
lativo ao vértice da Terra, nessas duas fases,
a partir da observação de que o tempo t1, de-
9. (Fuvest) Em uma festa com n pessoas, em
corrido de uma lua quarto crescente a uma
um dado instante, 31 mulheres se retiraram
lua quarto minguante, é um pouco maior do
e restaram convidados na razão de 2 homens que o tempo t2, decorrido de uma lua quarto
para cada mulher. Um pouco mais tarde, 55 minguante a uma lua quarto crescente. Su-
homens se retiraram e restaram, a seguir, pondo que a Lua descreva em torno da Terra
convidados na razão de 3 mulheres para cada um movimento circular uniforme, tomando t1
homem. O número n de pessoas presentes = 14,9 dias e t2 = 14,8 dias, conclui-se que a
inicialmente na festa era igual a: razão dL/dS seria aproximadamente dada por:
a) 100.
a) cos77,7°.
b) 105.
b) cos80,7°.
c) 115.
c) cos83,7°.
d) 130.
d) cos86,7°.
e) 135. e) cos89,7°.
10. (Fuvest) Uma geladeira é vendida em n par- 13. (Fuvest) De um baralho de 28 cartas, sete de
celas iguais, sem juros. Caso se queira ad- cada naipe, Luís recebe cinco cartas: duas de
quirir o produto, pagando-se 3 ou 5 parcelas ouros, uma de espadas, uma de copas e uma
a menos, ainda sem juros, o valor de cada de paus. Ele mantém consigo as duas cartas de
parcela deve ser acrescido de R$ 60,00 ou de ouros e troca as demais por três cartas escolhi-
R$ 125,00, respectivamente. Com base nes- das ao acaso dentre as 23 cartas que tinham
sas informações, conclui-se que o valor de n ficado no baralho. A probabilidade de, ao final,
é igual a: Luís conseguir cinco cartas de ouros é:
a) 13. 1 .
a) ____
b) 14. 130
c) 15. 1 .
b) ____
d) 16. 420
e) 17. 10
c) _____
1771
25 .
d) _____
11. (Fuvest) Um veículo viaja entre dois povoa- 7117
dos da serra da Mantiqueira, percorrendo a 52 .
e) _____
primeira terça parte do trajeto à velocidade 8117
média de 60 km/h, a terça parte seguinte a
40 km/h e o restante do percurso a 20 km/h. 14. (Fuvest) Examine o gráfico.
O valor que melhor aproxima a velocidade
média do veículo nessa viagem, em km/h, é:
a) 32,5.
b) 35.
c) 37,5.
d) 40.
e) 42,5.
214
Com base nos dados do gráfico, pode-se afir- ao ano. Apesar do rendimento mais baixo, a
mar corretamente que a idade: caderneta de poupança oferece algumas van-
a) mediana das mães das crianças nascidas em tagens e ele precisa decidir como irá dividir
2009 foi maior que 27 anos. o seu dinheiro entre as duas aplicações. Para
b) mediana das mães das crianças nascidas em garantir, após um ano, um rendimento to-
2009 foi menor que 23 anos. tal de pelo menos R$ 72.000,00, a parte da
c) mediana das mães das crianças nascidas em quantia a ser aplicada na poupança deve ser
1999 foi maior que 25 anos. de, no máximo:
d) média das mães das crianças nascidas em a) R$ 200.000,00.
2004 foi maior que 22 anos. b) R$ 175.000,00.
e) média das mães das crianças nascidas em c) R$ 150.000,00.
1999 foi menor que 21 anos. d) R$ 125.000,00.
e) R$ 100.000,00.
15. (Fuvest) Na cidade de São Paulo, as tari-
fas de transporte urbano podem ser pagas 18. (Fuvest) Cada uma das cinco listas dadas é a
usando o bilhete único. A tarifa é de R$ relação de notas obtidas por seis alunos de
3,00 para uma viagem simples (ônibus ou uma turma em uma certa prova.
metrô/trem) e de R$ 4,65 para uma viagem Assinale a única lista na qual a média das
de integração (ônibus e metrô/trem). Um notas é maior do que a mediana.
usuário vai recarregar seu bilhete único, a) 5, 5, 7, 8, 9, 10
que está com um saldo de R$ 12,50. O me- b) 4, 5, 6, 7, 8, 8
nor valor de recarga para o qual seria pos- c) 4, 5, 6, 7, 8, 9
sível zerar o saldo do bilhete após algumas d) 5, 5, 5, 7, 7, 9
utilizações é: e) 5, 5, 10, 10, 10, 10
a) R$ 0,85.
b) R$ 1,15. 19. (Fuvest) Vinte times de futebol disputam a
c) R$ 1,45. Série A do Campeonato Brasileiro, sendo seis
d) R$ 2,50. deles paulistas. Cada time joga duas vezes
e) R$ 2,80. contra cada um dos seus adversários. A por-
centagem de jogos nos quais os dois oponen-
16. (Fuvest) O gamão é um jogo de tabuleiro tes são paulistas é:
muito antigo, para dois oponentes, que com- a) menor que 7%.
bina a sorte, em lances de dados, com estra- b) maior que 7%, mas menor que 10%.
tégia, no movimento das peças. Pelas regras c) maior que 10%, mas menor que 13%.
adotadas, atualmente, no Brasil, o número d) maior que 13%, mas menor que 16%.
total de casas que as peças de um jogador e) maior que 16%.
podem avançar, numa dada jogada, é de-
terminado pelo resultado do lançamento de
20. (Fuvest) A tabela informa a extensão terri-
dois dados. Esse número é igual à soma dos
torial e a população de cada uma das regiões
valores obtidos nos dois dados, se esses va-
do Brasil, segundo o IBGE.
lores forem diferentes entre si; e é igual ao
dobro da soma, se os valores obtidos nos dois Extensão População
Região
dados forem iguais. Supondo que os dados territorial (km2) (habitantes)
não sejam viciados, a probabilidade de um Centro-Oeste 1.606.371 14.058.094
jogador poder fazer suas peças andarem pelo
Nordeste 1.554.257 53.081.950
menos oito casas em uma jogada é:
Norte 3.853.327 15.864.454
1.
a) __
3 Sudeste 924.511 80.364.410
b) 5 .
___ Sul 576.409 27.386.891
12 IBGE: Sinopse do Censo Demográfico
c) 17 .
___ 2010 e Brasil em números, 2011.
36
d) 1.
__ Sabendo que a extensão territorial do Brasil
2 é de, aproximadamente, 8,5 milhões de km2,
19 .
e) ___
36 é correto afirmar que a:
a) densidade demográfica da região Sudeste é
17. (Fuvest) Um apostador ganhou um prêmio de, aproximadamente, 87 habitantes por km2.
de R$ 1.000.000,00, na loteria e decidiu in- b) região Norte corresponde a cerca de 30% do
vestir parte do valor em caderneta de pou- território nacional.
pança, que rende 6% ao ano, e o restante em c) região Sul é a que tem a maior densidade
um fundo de investimentos, que rende 7,5% demográfica.
215
d) região Centro-Oeste corresponde a cerca de
40% do território nacional.
e) densidade demográfica da região Nordeste é
de, aproximadamente, 20 habitantes por km2.
GABARITO
1. E 2. B 3. A 4. D 5. D
6. A 7. B 8. A 9. D 10. A
11. A 12. E 13. C 14. D 15. B
16. C 17. A 18. D 19. B 20. A
21. E 22. C
216
MATEMÁTICA 3
217
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA 4. Seja Q o ponto pertencente a reta de inter-
seção dos planos ™ e © e O o ponto que per-
1. Considere a figura. tence a reta perpendicular ao plano © e que
passa por P.
Pelo triângulo retângulo
__
formado:
√ __
PO 1 5
___ = tg£ Æ ___ = ___ Æ OQ = √ 5
OQ OQ 5
Logo: __ __
PQ2 = OP2 + OQ2 Æ PQ2 = 12 + √ 5 2 Æ PQ = √6
5. Considere a figura, em que M é o ponto mé-
dio de BD.
Resolvendo, temos
3 e que cos™ = __
cos© = – __ 3 (™ + © = 180°)
4 4
Aplicando novamente o teorema dos cosse-
nos no triângulo ADM, temos:
1 2 + (1)2 – 2 ∙ __
1 ∙ 1 cos™
(AD)2 = __
2 ( ) 2
1 2 + (1)2 – 2 ∙ __ 3
1 ∙ 1 ∙ __
(AD)2 = __
2 ( )
________ __ 2 4 ( )
√2
3 = ___
1 + 1 - __
AD = __
4√ 4 2
218
PRÁTICA DOS 3. (Fuvest) Três das arestas de um cubo, com
um vértice em comum, são também arestas
219
7. (Fuvest) Uma das piscinas do Centro de Prá-
ticas Esportivas da USP tem o formato de três
hexágonos regulares congruentes, justapos-
tos, de modo que cada par de hexágonos tem
um lado em comum, conforme representado
na figura abaixo. A distância entre lados pa-
ralelos de cada hexágono é de 25 metros.
a) 100 km2.
b) 108 km2.
c) 210 km2.
d) 240 km2.
e) 444 km2.
220
__
a) √3 . semântico da palavra por ele formada quan-
__
b) √2__. to na simetria de suas formas geométricas.
√3 Por exemplo, as áreas do triângulo ABF e do
c) ___ . retângulo BCJI são iguais.
2__
√2 c) O poema ZEN pode ser considerado concreto
d) ___ . por apresentar proporções geométricas em
2__
√2 sua composição. O perímetro do triângulo
e) ___ .
4 ABF, por exemplo, é igual ao perímetro do
retângulo BCGF.
15. (Fuvest) A esfera H, de centro O e raio r > 0,
d) O concretismo poético pode utilizar propor-
é tangente ao plano ™. O plano © é paralelo a ções geométricas em suas composições. No
™ e contém O. Nessas condições, o volume da poema ZEN, por exemplo, a razão entre os
pirâmide que tem como base um hexágono perímetros do trapézio ADGF e do retângulo
regular inscrito na intersecção de H com © e, ADHE é menor que 7/10.
como vértice, um ponto em ™, é igual a: e) Augusto dos Anjos e Manuel Bandeira são
__ representantes do concretismo poético, que
√ 3 r3
a) ____ . utiliza proporções geométricas em suas com-
4__
posições. No poema ZEN, por exemplo, a ra-
5√ 3 r3.
b) _____
16 zão entre as áreas do triângulo DHG e do
__
3 √ 3 r3.
_____ retângulo ADHE é 1/6.
c)
8__
18. (Fuvest) Na figura, o triângulo ABC é equi-
7√ 3 r3.
d) _____
16 látero de lado 1, e ACDE, AFGB e BHIC são
__
√ 3 r3
____ quadrados. A área do polígono DEFGHI vale:
e) .
2
16. (Fuvest) No plano cartesiano, os pontos
(0, 3) e (–1, 0) pertencem à circunferência
C. Uma outra circunferência, de centro em
(–1/2, 4) é tangente a C no ponto (0, 3).
Então,
__
o raio de C vale:
√ 5
a) ___.
8__
√5
___
b) .
4__ __
√5 a) 1 + √__
3.
c) ___ .
2 __ b) 2 + √__
3.
3√ 5 .
d) ____ c) 3 + √ 3__.
4
__ d) 3 + 2√__
3.
e) √5 . √
e) 3 + 3 3.
17. (Fuvest) Poema ZEN, Pedro Xisto, 1966.
19. (Fuvest) No plano cartesiano, um círculo de
centro P = (a, b) tangencia as retas de equa-
ções y = x e x = 0. Se P pertence à parábola
de equação y = x2 e a > 0 a ordenada b do
ponto P é__igual a:
a) 2 + 2√__
2.
Diagrama referente ao poema ZEN.
b) 3 + 2√__
2.
c) 4 + 2√__
2.
d) 5 + 2√__
2.
e) 6 + 2√ 2 .
221
21. (Fuvest) No plano cartesiano x0y, a reta de
equação x + y = 2 é tangente à circunferência GABARITO
C no ponto (0, 2).
Além disso, o ponto (1, 0) pertence a C. En- 1. E 2. B 3. C 4. C 5. D
tão, o raio de C é igual a:
__ 6. C 7. A 8. A 9. D 10. E
3 √2
____
a) .
2__ 11. D 12. C 13. E 14. A 15. E
5√ 2 .
b) ____
2__ 16. E 17. B 18. C 19. B 20. D
7 √2
____
c) . 21. B 22. A 23. B
2__
9√ 2 .
d) ____
2 __
11 √2
_____
e) .
2
63 .
a) ___
25
b) 12.
___
5
c) 58
___.
25
56.
d) ___
25
e) 11.
___
5
D2 .
a) __
8
D2 .
b) __
4
D2 .
c) __
2
3D2.
d) ___
4
e) D2.
222