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R.P.A.

- FUVEST
Revisão Programada Anual

L C C H C NM T
LINGUAGENS CIÊNCIAS CIÊNCIAS DA MATEMÁTICA
E CÓDIGOS HUMANAS NATUREZA
CARO ALUNO

Desde 2010, o Hexag Medicina é referência em preparação pré-vestibular de candidatos à carreira de


Medicina. Você está recebendo o livro Fuvest (questões objetivas) - R.P.A. (Revisão Programada Anual). Este mate-
rial tem o objetivo de verificar se você apreendeu os conteúdos estudados, oferecendo-lhe uma seleção de questões
ideais para exercitar sua memória.
Aproveite para aprimorar seus conhecimentos.

Bons estudos!

Herlan Fellini
SUMÁRIO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
GRAMÁTICA 7
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 17
LITERATURA 25
INGLÊS 35
REDAÇÃO 41

CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS


HISTÓRIA GERAL 51
HISTÓRIA DO BRASIL 61
FILOSOFIA 73
SOCIOLOGIA 81
GEOGRAFIA 1 89
GEOGRAFIA 2 103

CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS


BIOLOGIA 1 115
BIOLOGIA 2 123
BIOLOGIA 3 131
FÍSICA 1 141
FÍSICA 2 149
FÍSICA 3 159
QUÍMICA 1 171
QUÍMICA 2 181
QUÍMICA 3 191

MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS


MATEMÁTICA 1 203
MATEMÁTICA 2 209
MATEMÁTICA 3 217
L C LINGUAGENS, CÓDIGOS
e suas tecnologias
ENTRE LETRAS
Fuvest - Gramática, Literatura,
e Interpretação de Texto

Fuvest - Inglês
GRAMÁTICA

Prescrição: Para a resolução dos exercícios de Gramática da FUVEST são necessários conhecimentos
variados sobre morfologia (verbos, pronomes e conjunções) e sintaxe do período simples e composto
(sujeito, transitividade em período simples e regência).

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Fuvest 2019) Sim, estou me associando à TEXTO PARA A QUESTÃO A SEGUIR.
campanha nacional contra os verbos que
acabam em “ilizar”. Se nada for feito, daqui Mito, na acepção aqui empregada, não
a pouco eles serão mais numerosos do que os significa mentira, falsidade ou mistificação.
terminados simplesmente em “ar”. Todos os Tomo de empréstimo a formulação de
dias os maus tradutores de livros de marketing Hans Blumenberg do mito político como
e administração disponibilizam mais e um processo contínuo de trabalho de uma
mais termos infelizes, que imediatamente narrativa que responde a uma necessidade
são operacionalizados pela mídia, prática de uma sociedade em determinado
1
reinicializando palavras que já existiam período. Narrativa simbólica que é, o mito
e eram perfeitamente claras e eufônicas. político coloca em suspenso o problema
da verdade. Seu discurso não pretende ter
A doença está tão disseminada que muitos validade factual, mas também não pode
verbos honestos, com currículo de ótimos ser percebido como mentira (do contrário,
serviços prestados, estão a ponto decair não seria mito). O mito político confere um
em desgraça entre pessoas de ouvidos sentido às 1circunstâncias que envolvem os
sensíveis. Depois que você fica alérgico indivíduos: ao 2fazê-los ver sua condição
a disponibilizar, como você vai admitir, presente como parte de uma história em
digamos, 2”viabilizar”? É triste demorar curso, ajuda a compreender e suportar o
tanto tempo para a gente se dar conta de mundo 3em 4que vivem.
que 3”desincompatibilizar” sempre foi um ENGELKE, Antonio. O anjo redentor.
palavrão. Piauí, ago. 2018, ed. 143, p. 24.

FREIRE, Ricardo. Complicabilizando. Época, ago. 2003.


2. (Fuvest 2019) Sobre o sujeito da oração “em
Com base no texto, é correto afirmar: que vivem” (ref. 3), é correto afirmar:
a) A “campanha nacional” a que se refere a) Expressa indeterminação, cabendo ao leitor
o autor tem por objetivo banir da língua deduzir a quem se refere a ação verbal.
portuguesa os verbos terminados em “ilizar”. b) Está oculto e visa evitar a repetição da
b) O autor considera o emprego de verbos como palavra “circunstâncias” (ref. 1).
“reinicializando” (ref. 1) e “viabilizar” (ref. c) É uma função sintática preenchida pelo
2) uma verdadeira “doença”. pronome “que” (ref. 4).
c) A maioria dos verbos terminados em “(i) d) É indeterminado, tendo em vista que não é
lizar”, presentes no texto, foi incorporada à possível identificar a quem se refere a ação
língua por influência estrangeira. verbal.
d) O autor, no final do primeiro parágrafo, aca- e) Está oculto e seu referente é o mesmo do
ba usando involuntariamente os verbos que pronome “os” em “fazê-los” (ref. 2).
ele condena.
e) Os prefixos “des” e “in”, que entram na TEXTO PARA A QUESTÃO A SEGUIR.
formação do verbo “desincompatibilizar”
(ref. 3), têm sentido oposto, por isso o autor O rumor crescia, condensando-se; o zunzum
o considera um “palavrão”. de todos os dias acentuava-se; já se não des-
tacavam vozes dispersas, 1mas um só ruído
compacto que enchia todo o cortiço. Come-
çavam a fazer compras na venda; ensarilha-
vam-se* discussões e rezingas**; 2ouviam-
-se gargalhadas e pragas; já se não falava,

7
gritava-se. Sentia-se naquela fermentação 4. (Fuvest 2015) Considerada no contexto,
sanguínea, naquela gula viçosa de plantas a palavra sublinhada no trecho “mal seus
rasteiras que mergulham os pés vigorosos olhos descobriram entre os utensílios a en-
na lama preta e nutriente da vida, 3o prazer xada” (ref. 4) expressa ideia de
animal de existir, a triunfante satisfação de a) tempo.
respirar sobre a terra. b) qualidade.
Da porta da venda que dava para o cortiço iam c) intensidade.
e vinham como formigas; fazendo compras. d) modo.
Duas janelas do Miranda abriram-se. e) negação.
Apareceu numa a Isaura, que se dispunha a
começar a limpeza da casa. LEIA O TEXTO PARA RESPONDER A QUESTÃO
– Nhá Dunga! 4gritou ela para baixo, a A SEGUIR.
sacudir um pano de mesa; se você tem cuscuz
de milho hoje, 5bata na porta, ouviu? O OPERÁRIO NO MAR
Aluísio Azevedo, O cortiço.
Na rua passa um operário. Como vai firme!
* ensarilhar-se: emaranhar-se. Não tem blusa. No conto, no drama, no
** rezinga: resmungo. discurso político, a dor do operário está na
sua blusa azul, de pano grosso, nas mãos
3. (Fuvest 2018) Constitui marca do registro grossas, nos pés enormes, nos desconfortos
informal da língua o trecho enormes. Esse é um homem comum,
a) “mas um só ruído compacto” (ref. 1). apenas mais escuro que os outros, e com
b) “ouviam-se gargalhadas” (ref. 2). uma significação estranha no corpo, que
c) “o prazer animal de existir” (ref. 3). carrega desígnios e segredos. Para onde vai
ele, pisando assim tão firme? Não sei. A
d) “gritou ela para baixo” (ref. 4).
fábrica ficou lá atrás. Adiante é só o campo,
e) “bata na porta” (ref. 5).
com algumas árvores, o grande anúncio de
gasolina americana e os fios, os fios, os fios.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO.
O operário não lhe sobra tempo de perceber
que eles levam e trazem mensagens, que
Tornando da malograda espera do tigre,
1
contam da Rússia, do Araguaia, dos Estados
alcançou o capanga um casal de velhinhos, Unidos. Não ouve, na Câmara dos Deputados,
2
que seguiam diante dele o mesmo caminho, o líder oposicionista vociferando. Caminha
e conversavam acerca de seus negócios no campo e apenas repara que ali corre água,
particulares. Das poucas palavras que que mais adiante faz calor. Para onde vai o
apanhara, percebeu Jão Fera 3que destinavam operário? Teria vergonha de chamá-lo meu
eles uns cinquenta mil-réis, tudo quanto irmão. Ele sabe que não é, nunca foi meu
possuíam, à compra de mantimentos, a fim irmão, que não nos entenderemos nunca. E
de fazer um moquirão*, com que pretendiam me despreza... Ou talvez seja eu próprio que
abrir uma boa roça. me despreze a seus olhos. Tenho vergonha
- Mas chegará, homem? perguntou a velha. e vontade de encará-lo: uma fascinação
- Há de se espichar bem, mulher! quase me obriga a pular a janela, a cair em
Uma voz os interrompeu: frente dele, sustar-lhe a marcha, pelo menos
- Por este preço dou eu conta da roça! implorar-lhe que suste a marcha. Agora
- Ah! É nhô Jão! está caminhando no mar. Eu pensava que
Conheciam os velhinhos o capanga, a quem isso fosse privilégio de alguns santos e de
tinham por homem de palavra, e de fazer o navios. Mas não há nenhuma santidade no
que prometia. Aceitaram sem mais hesitação; operário, e não vejo rodas nem hélices no
e foram mostrar o lugar que estava destinado seu corpo, aparentemente banal. Sinto que
para o roçado. o mar se acovardou e deixou-o passar. Onde
Acompanhou-os Jão Fera; porém, 4mal seus estão nossos exércitos que não impediram
olhos descobriram entre os utensílios a en- o milagre? Mas agora vejo que o operário
xada, a qual ele esquecera um momento no está cansado e que se molhou, não muito,
afã de ganhar a soma precisa, que sem mais mas se molhou, e peixes escorrem de suas
deu costas ao par de velhinhos e foi-se dei- mãos. Vejo-o que se volta e me dirige um
xando-os embasbacados. sorriso úmido. A palidez e confusão do seu
rosto são a própria tarde que se decompõe.
ALENCAR, José de. Til.
Daqui a um minuto será noite e estaremos
* moquirão = mutirão (mobilização coletiva irremediavelmente separados pelas
para auxílio mútuo, de caráter gratuito). circunstâncias atmosféricas, eu em terra

8
firme, ele no meio do mar. Único e precário emprega o objeto indireto pleonástico:
agente de ligação entre nós, seu sorriso cada o pronome pessoal do caso oblíquo
vez mais frio atravessa as grandes massas “lhe” tem como referente “ao operário”.
líquidas, choca-se contra as formações A alternativa [C] está correta segundo a
salinas, as fortalezas da costa, as medusas, norma-padrão, pois o verbo “chamar”, no
atravessa tudo e vem beijar-me o rosto, sentido de “nomear” pode apresentar tanto
trazer-me uma esperança de compreensão. a transitividade direta quanto a indireta.
Sim, quem sabe se um dia o compreenderei? A alternativa [D] também segue a norma-
ANDRADE, Carlos Drummond de. Sentimento do mundo. padrão, pois o verbo no infinitivo aceita a
próclise, caso seja precedido de preposição.
5. (Fuvest 2015) Dentre estas propostas de A alternativa [E] não segue a norma-padrão,
substituição para diferentes trechos do pois, apesar de o verbo estar conjugado
texto, a única que NÃO está correta do ponto no futuro (o que obrigaria o emprego da
de vista da norma-padrão é: mesóclise), há ocorrência de partícula
a) “Para onde vai ele, (...)?” = Aonde vai ele, atrativa (“um dia”: locução adverbial).
(...)?
b) “O operário não lhe sobra tempo de perce-
ber” = Ao operário não lhe sobra tempo de GABARITO
perceber.
c) “Teria vergonha de chamá-lo meu irmão” = 1. C 2. E 3. E 4. A 5. E
Teria vergonha de chamá-lo de meu irmão.
d) “Tenho vergonha e vontade de encará-lo” =
Tenho vergonha e vontade de o encarar.
e) “quem sabe se um dia o compreenderei” =
quem sabe um dia compreenderei-o.

RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA


1. A afirmação de que “maus tradutores
de livros de marketing e administração
disponibilizam mais e mais termos infelizes”
permite concluir que o autor considera que a
incorporação de verbos terminados em “izar”
à língua portuguesa decorre de influência
estrangeira. Assim, é correta a opção [C].
2. A oração “em que vivem” apresenta sujeito
oculto, elíptico ou desinencial. Remete ao
termo “indivíduos”, referido também no
pronome oblíquo “os” da expressão verbal
“fazê-los”. Assim, é correta a opção [E].
3. A opção [E] apresenta frase que denota
registro informal da língua, pois o verbo
“bater” deve ser acompanhado da preposição
“a” para expressar ação de golpear a porta.
Assim, a frase deveria ser substituída por
bata à porta para atender às exigências da
gramática normativa.
4. O advérbio “mal” na oração expressa ideia
de tempo, como é possível verificar com a
substituição de tal vocábulo pela locução
“assim que”, preservando-se o sentido:
“assim que seus olhos descobriram entre os
utensílios a enxada”.
5. A alternativa [A] está correta
segundo a norma-padrão, pois o verbo
“ir” exige preposição “a” ou “para”;
a substituição, portanto, é válida.
A alternativa [B] está correta segundo a
norma-padrão, uma vez que a substituição

9
PRÁTICA DOS 1. (Fuvest 2013) Considere as seguintes subs-
tituições propostas para diferentes trechos

CONHECIMENTOS - E.O. do texto:


I. “o número a que chegasse” (ref. 11) = o
número a que alcançasse.
LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER À II. “Lembro o orgulho” (ref. 12) = Recordo-
QUESTÃO 1. -me do orgulho.
III.“coisas que deixamos de fazer” (ref. 13)
Vivendo e... = coisas que nos descartamos.
IV. “não há mais bondes” (ref. 14) = não
Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. existe mais bondes.
Duvido que se hoje pegasse uma bola de A correção gramatical está preservada apenas
gude conseguisse equilibrá-la na dobra do no que foi proposto em
dedo indicador sobre a unha do polegar, a) I.
quanto mais jogá-la com a 1precisão que b) II.
tinha quando era garoto. (...) c) III.
Juntando-se as duas mãos de um d) II e IV.
determinado jeito, com os polegares para e) I, III e IV.
dentro, e assoprando pelo buraquinho,
tirava-se um silvo bonito que inclusive LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER À
variava de tom conforme o posicionamento QUESTÃO 2.
das mãos. Hoje não sei mais que jeito é
esse. Eu sabia a 2fórmula de fazer cola V – O samba
caseira. Algo envolvendo farinha e água e
3
muita confusão na cozinha, de onde éramos À direita do terreiro, adumbra-se* na
expulsos sob ameaças. Hoje não sei mais. escuridão um maciço de construções, ao qual
A gente começava a contar depois de ver às vezes recortam no azul do céu os trêmulos
um relâmpago e 11o número a que chegasse vislumbres das labaredas fustigadas pelo
quando ouvia a trovoada, multiplicado vento.
por outro número, dava a 4distância exata (...)
do relâmpago. Não me lembro mais dos É aí o quartel ou quadrado da fazenda,
números. (...) nome que tem um grande pátio cercado de
12
Lembro o orgulho com que consegui, pela senzalas, às vezes com alpendrada corrida
primeira vez, cuspir corretamente pelo em volta, e um ou dois portões que o fecham
espaço adequado entre os dentes de cima como praça d’armas.
e a ponta da língua de modo que o cuspe Em torno da fogueira, já esbarrondada pelo
ganhasse distância e pudesse ser mirado. chão, que ela cobriu de brasido e cinzas,
Com prática, conseguia-se controlar a dançam os pretos o samba com um frenesi
5
trajetória elíptica da cusparada com uma que toca o delírio. Não se descreve, nem se
6mínima margem de erro. Era 7puro instinto. imagina esse desesperado saracoteio, no qual
Hoje o mesmo feito requereria 8complicados todo o corpo estremece, pula, sacode, gira,
cálculos de balística, e eu provavelmente só bamboleia, como se quisesse desgrudar-se.
acertaria a frente da minha camisa. Outra Tudo salta, até os crioulinhos que esperneiam
9habilidade perdida. no cangote das mães, ou se enrolam nas
Na verdade, deve-se revisar aquela antiga saias das raparigas. Os mais taludos viram
frase. É vivendo e .................... . Não cambalhotas e pincham à guisa de sapos em
falo daquelas 13coisas que deixamos de roda do terreiro. Um desses corta jaca no
espinhaço do pai, negro fornido, que não
fazer porque não temos mais as condições
sabendo mais como desconjuntar-se, atirou
físicas e a coragem de antigamente, como
consigo ao chão e começou de rabanar como
subir em bonde andando – mesmo porque
14 um peixe em seco. (...)
não há mais bondes andando. Falo da
José de Alencar, Til.
sabedoria desperdiçada, das 10artes que nos
abandonaram. Algumas até úteis. Quem (*) “adumbra-se” = delineia-se, esboça-se.
nunca desejou ainda ter o cuspe certeiro
de garoto para acertar em algum alvo 2. (Fuvest 2013) Na composição do texto,
contemporâneo, bem no olho, e depois sair foram usados, reiteradamente,
correndo? Eu já. I. sujeitos pospostos;
Luís F. Veríssimo, Comédias para se ler na escola. II. termos que intensificam a ideia de movi-
mento;
III.verbos no presente histórico.

10
Está correto o que se indica em livrar da ameaça castelhana e do poder da
a) I, apenas. nobreza, representado pela Rainha Leonor
b) II, apenas. Teles, cingira o Mestre de Avis com a coroa
c) III, apenas. lusitana. Era ela, portanto, quem devia
d) I e II, apenas. merecer do novo rei o melhor das suas
e) I, II e III. atenções. Esgotadas as possibilidades do
reino com as pródigas dádivas reais, restou
Texto para a próxima questão. apenas o recurso da expansão externa para
contentar os insaciáveis companheiros de D.
Leia o seguinte trecho de uma entrevista João I.
concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Caio Prado Júnior, Evolução política do Brasil. Adaptado.
Federal, Joaquim Barbosa:
Entrevistador: - O protagonismo do STF dos 4. (Fuvest 2012) No contexto, o verbo “enche”
últimos tempos tem usurpado as funções do indica
Congresso? a) habitualidade no passado.
Entrevistado: - Temos uma Constituição b) simultaneidade em relação ao termo
muito boa, mas excessivamente detalhista, “ascensão”.
com um número imenso de dispositivos c) ideia de atemporalidade.
e, por isso, suscetível a fomentar d) presente histórico.
interpretações e toda sorte de litígios. e) anterioridade temporal em relação a “reino
Também temos um sistema de jurisdição
lusitano”.
constitucional, talvez único no mundo, com
um rol enorme de agentes e instituições
dotadas da prerrogativa ou de competência RECEITA DE MULHER
para trazer questões ao Supremo. É um leque
considerável de interesses, de visões, que As muito feias que me perdoem
acaba causando a intervenção do STF nas Mas beleza é fundamental. É preciso
mais diversas questões, nas mais diferentes Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
áreas, inclusive dando margem a esse tipo Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de
de acusação. Nossas decisões não deveriam [haute couture*
passar de duzentas, trezentas por ano. Hoje, Em tudo isso (ou então
são analisados cinquenta mil, sessenta mil Que a mulher se socialize elegantemente em
processos. É uma insanidade. azul,
Veja, 15/06/2011. [como na República Popular Chinesa).
Não há meio-termo possível. É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito
3. (Fuvest 2012) No trecho “dotadas da
Tenha-se a impressão de ver uma garça
prerrogativa ou de competência”, a presença
apenas
de artigo antes do primeiro substantivo e a
[pousada e que um rosto
sua ausência antes do segundo fazem que o
Adquira de vez em quando essa cor só
sentido de cada um desses substantivos seja,
encontrável no
respectivamente,
a) figurado e próprio. [terceiro minuto da aurora.
Vinicius de Moraes.
b) abstrato e concreto.
c) específico e genérico. *“haute couture”: alta costura.
d) técnico e comum.
e) lato e estrito.
5. (Fuvest 2012) Tendo em vista o contexto,
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO. o modo verbal predominante no excerto e a
razão desse uso são:
Não era e não podia o pequeno reino lusitano a) indicativo; expressar verdades universais.
ser uma potência colonizadora à feição da b) imperativo; traduzir ordens ou exortações.
antiga Grécia. O surto marítimo que enche c) subjuntivo; indicar vontade ou desejo.
sua história do século XV não resultara do d) indicativo; relacionar ações habituais.
extravasamento de nenhum excesso de e) subjuntivo; sugerir condições hipotéticas.
população, mas fora apenas provocado por
uma burguesia comercial sedenta de lucros, TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO.
e que não encontrava no reduzido território
pátrio satisfação à sua desmedida ambição. Todo o barbeiro é tagarela, e principalmente
A ascensão do fundador da Casa de Avis ao quando tem pouco que fazer; começou
trono português trouxe esta burguesia para portanto a puxar conversa com o freguês. Foi
um primeiro plano. Fora ela quem, para se a sua salvação e fortuna.

11
O navio a que o marujo pertencia viajava Modifica-se ao acaso das situações, das
para a Costa e ocupava-se no comércio de formas de sociabilidade e dos jogos das
negros; era um dos combóis que traziam forças sociais, mas reitera-se continuamente,
fornecimento para o Valongo, e estava modificada, mas persistente.
pronto a largar. Esse é o enigma com o qual se defrontam
— Ó mestre! disse o marujo no meio da uns e outros, intolerantes e tolerantes,
conversa, você também não é sangrador? discriminados e preconceituosos,
— Sim, eu também sangro... segregados e arrogantes, subordinados e
— Pois olhe, você estava bem bom, se dominantes, em todo o mundo. Mais do
quisesse ir conosco... para curar 1a gente a que tudo isso, a questão racial revela, de
bordo; morre-se ali que é uma praga. forma particularmente evidente, nuançada
— 2Homem, eu da cirurgia não entendo e estridente, como funciona a fábrica da
3
muito... sociedade, compreendendo identidade e
— Pois já não disse que sabe também alteridade, diversidade e desigualdade,
sangrar? cooperação e hierarquização, dominação e
— Sim... alienação.
— Então já sabe até demais. Octavio Ianni. Dialética das relações sociais.
Estudos avançados, n. 50, 2004.
No dia seguinte 4saiu o nosso homem pela
barra fora: a 6fortuna tinha-lhe dado o meio, 7. As palavras do texto cujos prefixos traduzem,
cumpria sabê-lo aproveitar; de oficial de respectivamente, ideia de anterioridade e
barbeiro dava um salto mortal a médico de contiguidade são
navio negreiro; restava unicamente saber a) “persistente” e “alteridade”.
fazer render a nova posição. Isso ficou por b) “discriminados” e “hierarquização”.
sua conta. c) “preconceituosos” e “cooperação”.
Por um feliz acaso logo nos primeiros dias d) “subordinados” e “diversidade”.
de viagem adoeceram dois marinheiros; e) “identidade” e “segregados”.
chamou-se o médico; ele fez tudo o que
sabia... sangrou os doentes, e em pouco 8. (Fuvest 2010) Em qual destas frases a
tempo estavam bons, perfeitos. Com isto vírgula foi empregada para marcar a omissão
ganhou imensa reputação, e começou a ser do verbo?
estimado. a) Ter um apartamento no térreo é ter as
Chegaram com feliz viagem ao seu destino; vantagens de uma casa, além de poder
tomaram o seu carregamento de gente, e desfrutar de um jardim.
voltaram para o Rio. Graças à 5lanceta do b) Compre sem susto: a loja é virtual; os
nosso homem, nem um só negro morreu, o direitos, reais.
que muito contribuiu para aumentar-lhe a c) Para quem não conhece o mercado financeiro,
sólida reputação de entendedor do riscado. procuramos usar uma linguagem livre do
Manuel Antônio de Almeida, Memórias economês.
de um sargento de milícias. d) A sensação é de estar perdido: você não vai
encontrar ninguém no Jalapão, mas vai ver
6. (Fuvest 2011) Para expressar um fato que a natureza intocada.
seria consequência certa de outro, pode-se e) Esta é a informação mais importante para a
usar o pretérito imperfeito do indicativo em preservação da água: sabendo usar, não vai
lugar do futuro do pretérito, como ocorre na faltar.
seguinte frase:
9. (Fuvest 2010) A única frase que segue as
a) “era um dos combóis que traziam
normas da língua escrita padrão é:
fornecimento para o Valongo”.
a) A janela propiciava uma vista para cuja
b) “você estava bem bom, se quisesse ir
beleza muito contribuía a mata no alto do
conosco”.
morro.
c) “Pois já não disse que sabe também sangrar?”. b) Em pouco tempo e gratuitamente, prepare-
d) “de oficial de barbeiro dava um salto mortal se para a universidade que você se inscreveu.
a médico de navio negreiro”. c) Apesar do rigor da disciplina, militares
e) “logo nos primeiros dias de viagem se mobilizam no sentido de voltar a cujos
adoeceram dois marinheiros”. postos estavam antes de se licenciarem.
d) Sem pretender passar por herói, aproveito
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO. para contar coisas as quais fui testemunha
nos idos de 1968 e que hoje tanto se fala.
A questão racial parece um desafio do e) Sem muito sacrifício, adotou um modo
presente, mas trata-se de algo que existe de vida a qual o permitia fazer o regime
desde há muito tempo. recomendado pelo médico.

12
TEXTO PARA A QUESTÃO A SEGUIR. rede que vai e vem, sua vontade oscila de um
a outro pensamento. Lá o espera a virgem
Os bens e o sangue loura dos castos afetos; aqui lhe sorri a
virgem morena dos ardentes amores.
VIII Iracema recosta-se langue ao punho da rede;
seus olhos negros e fúlgidos, ternos olhos de
(...) sabiá, buscam o estrangeiro, e lhe entram
Ó filho pobre, e descorçoado*, e finito n’alma. O cristão sorri; a virgem palpita;
ó inapto para as cavalhadas e os trabalhos como o saí, fascinado pela serpente, vai
brutais declinando o lascivo talhe, que se debruça
com a faca, o formão, o couro... Ó tal como enfim sobre o peito do guerreiro.
quiséramos
José de Alencar, Iracema.
para tristeza nossa e consumação das eras,
para o fim de tudo que foi grande!
11. (Fuvest 2017) É correto afirmar que, no
Ó desejado, texto, o narrador
ó poeta de uma poesia que se furta e se a) prioriza a ordem direta da frase, como se
expande pode verificar nos dois primeiros parágrafos
à maneira de um lago de pez** e resíduos do texto.
letais... b) usa o verbo “correr” (2º parágrafo) com a
És nosso fim natural e somos teu adubo, mesma acepção que se verifica na frase
tua explicação e tua mais singela virtude... “Travam das armas os rápidos guerreiros,
Pois carecia que um de nós nos recusasse e correm ao campo” (também extraída do
para melhor servir-nos. Face a face romance Iracema).
te contemplamos, e é teu esse primeiro c) recorre à adjetivação de caráter objetivo
e úmido beijo em nossa boca de barro e de para tornar a cena mais real.
sarro. d) emprega, a partir do segundo parágrafo, o
Carlos Drummond de Andrade, Claro enigma. presente do indicativo, visando dar maior
vivacidade aos fatos narrados, aproximando-
*“descorçoado”: assim como “desacorçoa-
os do leitor.
do”, é uma variante de uso popular da pa-
e) atribui, nos trechos “aqui lhe sorri” e “lhe
lavra “desacoroçoado”, que significa “desa-
entram n’alma”, valor possessivo ao pronome
nimado”.
“lhe”.
** “pez”: piche.
LEIA O TEXTO ABAIXO PARA RESPONDER À
10. (Fuvest 2018) Considere o tipo de relação QUESTÃO.
estabelecida pela preposição “para” nos
seguintes trechos do poema: Omolu espalhara a bexiga na cidade. Era uma
I. “ó inapto para as cavalhadas e os traba- vingança contra a cidade dos ricos. Mas os
lhos brutais”. ricos tinham a vacina, que sabia Omolu de
II. “Ó tal como quiséramos para tristeza nos- vacinas? Era um pobre deus das florestas
sa e consumação das eras”.
d’África. Um deus dos negros pobres. Que
III.“para o fim de tudo que foi grande”.
podia saber de vacinas? Então a bexiga
IV. “para melhor servir-nos”.
desceu e assolou o povo de Omolu. Tudo que
A preposição “para” introduz uma oração
Omolu pôde fazer foi transformar a bexiga
com ideia de finalidade apenas em
a) I. de negra em alastrim, bexiga branca e tola.
b) I e II. Assim mesmo morrera negro, morrera pobre.
c) III. Mas Omolu dizia que não fora o alastrim que
d) III e IV. matara. Fora o 1lazareto. Omolu só queria
e) IV. com o alastrim marcar seus filhinhos negros.
O lazareto é que os matava. Mas as macumbas
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO. pediam que ele levasse a bexiga da cidade,
levasse para os ricos latifundiários do sertão.
Nasceu o dia e expirou. Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de
Já brilha na cabana de Araquém o fogo, terra, mas não sabiam tampouco da vacina.
companheiro da noite. Correm lentas e O Omolu diz que vai pro sertão. E os negros,
silenciosas no azul do céu, as estrelas, filhas os ogãs, as filhas e pais de santo cantam:
da lua, que esperam a volta da mãe ausente. Ele é mesmo nosso pai
Martim se embala docemente; e como a alva e é quem pode nos ajudar...

13
Omolu promete ir. Mas para que seus filhos este couro de anta, estendido no sofá da sala
negros não o esqueçam avisa no seu cântico de visitas;
de despedida: este orgulho, esta cabeça baixa...
Ora, adeus, ó meus filhinhos,
Qu’eu vou e torno a vortá... Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
E numa noite que os atabaques batiam nas Hoje sou funcionário público.
macumbas, numa noite de mistério da Bahia, Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Omolu pulou na máquina da Leste Brasileira Mas como dói!
e foi para o sertão de Juazeiro. A bexiga foi Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo.
com ele.
Jorge Amado, Capitães da Areia. 13. (Fuvest 2016) Na última estrofe, a expressão
1
lazareto: estabelecimento para isolamento que justifica o uso da conjunção sublinhada
sanitário de pessoas atingidas por determi- no verso “Mas como dói!” é:
nadas doenças. a) “Hoje”.
b) “funcionário público”.
c) “apenas”.
12. (Fuvest 2016) Das propostas de substituição
d) “fotografia”.
para os trechos sublinhados nas seguintes
e) “parede”.
frases do texto, a única que faz, de maneira
adequada, a correção de um erro gramatical
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
presente no discurso do narrador é:
a) “Assim mesmo morrera negro, morrera
Como sabemos, o efeito de um livro sobre
pobre.”: havia morrido negro, havia morrido
nós, mesmo no que se refere à simples
pobre.
informação, depende de muita coisa além do
b) “Mas Omolu dizia que não fora o alastrim
que matara.”: Omolu dizia, no entanto, que valor que ele possa ter. Depende do momento
não fora. da vida em que o lemos, do grau do nosso
c) “Eles tinham dinheiro, léguas e léguas de conhecimento, da finalidade que temos pela
terra, mas não sabiam tampouco da vacina.”: frente. Para quem pouco leu e pouco sabe,
mas tão pouco sabiam da vacina. um compêndio de ginásio pode ser a fonte
d) “Mas para que seus filhos negros não o reveladora. Para quem sabe muito, um livro
esqueçam [...].”: não lhe esqueçam. importante não passa de chuva no molhado.
e) “E numa noite que os atabaques batiam nas Além disso, há as afinidades profundas, que
macumbas [...].”: numa noite em que os nos fazem afinar com certo autor (e portanto
atabaques. aproveitá-lo ao máximo) e não com outro,
independente da valia de ambos.
LEIA O POEMA PARA RESPONDER À QUESTÃO. CANDIDO, Antonio. “Dez livros para entender o Brasil”.
Teoria e debate. Ed. 45, 01/07/2000.
Confidência do Itabirano
14. (Fuvest 2015) Constitui recurso estilístico
Alguns anos vivi em Itabira. do texto
Principalmente nasci em Itabira. I. a combinação da variedade culta da lín-
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro. gua escrita, que nele é predominante,
Noventa por cento de ferro nas calçadas. com expressões mais comuns na língua
Oitenta por cento de ferro nas almas. oral;
E esse alheamento do que na vida é II. a repetição de estruturas sintáticas, asso-
porosidade e comunicação. ciada ao emprego de vocabulário corren-
te, com feição didática;
A vontade de amar, que me paralisa o III.o emprego dominante do jargão científi-
trabalho, co, associado à exploração intensiva da
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem intertextualidade.
mulheres e sem horizontes. Está correto apenas o que se indica em
a) I.
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, b) II.
é doce herança itabirana. c) I e II.
d) III.
De Itabira trouxe prendas diversas que ora e) I e III.
te ofereço:
este São Benedito do velho santeiro Alfredo
Duval;
esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil;

14
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO.

Leia esta notícia científica:

Há 1,5 milhão de anos, ancestrais do homem


moderno deixaram pegadas quando atraves-
saram um campo lamacento nas proximida-
des do Ileret, no norte do Quênia. Uma equi-
pe internacional de pesquisadores descobriu
essas marcas recentemente e mostrou que
elas são muito parecidas com as do “Homo
sapiens”: o arco do pé é alongado, os dedos
são curtos, arqueados e alinhados. Também,
o tamanho, a profundidade das pegadas e o
espaçamento entre elas refletem a altura, o
peso e o modo de caminhar atual. Anterior-
mente, houve outras descobertas arqueoló-
gicas, como, por exemplo, as feitas na Tan-
zânia, em 1978, que revelaram pegadas de
3,7 milhões de anos, mas com uma anatomia
semelhante à de macacos. Os pesquisadores
acreditam que as marcas recém-descobertas
pertenceram ao “Homo erectus”.
Revista FAPESP, nº 157, março de 2009. Adaptado.

15. (Fuvest 2010) No trecho “semelhante à de


macacos”, fica subentendida uma palavra já
empregada na mesma frase. Um recurso lin-
guístico desse tipo também está presente no
trecho assinalado em:
a) A água não é somente herança de nossos
predecessores; ela é, sobretudo, um emprés-
timo às futuras gerações.
b) Recorrer à exploração da miséria humana,
infelizmente, está longe de ser um novo in-
grediente no cardápio da tevê aberta à moda
brasileira.
c) Ainda há quem julgue que os recursos que a
natureza oferece à humanidade são, de certo
modo, inesgotáveis.
d) A prática do patrimonialismo acaba nos le-
vando à cultura da tolerância à corrupção.
e) Já está provado que a concentração de po-
luentes em área para não fumantes é muito
superior à recomendada pela OMS.

GABARITO
1. B 2. E 3. C 4. D 5. C
6. B 7. C 8. B 9. A 10. E
11. D 12. E 13. C 14. C 15. E

15
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS

Prescrição: Para a resolução dos exercícios de Interpretação de Textos da FUVEST são necessários
conhecimentos de gêneros textuais (que devem ser mesclados a um bom repertório de arte, de poesia,
de linguagem e história). Além disso, surgem com frequência questões sobre Figuras de Linguagem.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. desprezada e quase desconhecida tem dado
e dá atualmente grandes cabedais aos mora-
dores do Brasil e incríveis emolumentos aos
Erários dos príncipes.
ANTONIL André João. Cultura e opulência do Brasil por
suas drogas e minas. São Paulo: EDUSP, 2007. Adaptado.

O texto acima, escrito por um padre italiano


em 1711, revela que
a) o ciclo econômico do tabaco, que foi anterior
ao do ouro, sucedeu o da cana-de-açúcar.
b) todo o rendimento do tabaco, a exemplo do
que ocorria com outros produtos, era dire-
Esta imagem integra o manuscrito de uma cionado à metrópole.
das mais notáveis obras da cultura medieval. c) não se pode exagerar quanto à lucratividade
A alternativa que melhor caracteriza o propiciada pela cana-de-açúcar, já que a do
documento é: tabaco, desde seu início, era maior.
a) Fábula que enuncia o ideal eclesiástico, d) os europeus, naquele ano, já conheciam ple-
mescla a aventura cavalheiresca, o amor namente o potencial econômico de suas co-
romântico e as aspirações religiosas que lônias americanas.
simbolizaram o espírito das cruzadas. e) a economia colonial foi marcada pela simul-
b) Poema inacabado que narra a viagem de taneidade de produtos, cuja lucratividade se
formação de um cavaleiro e a busca do cálice relacionava com sua inserção em mercados
sagrado; sua composição mistura elementos
internacionais.
pagãos e cristãos.
c) Cordel muito popular, elaborado com base
TEXTO PARA A QUESTÃO A SEGUIR.
nos épicos celtas e lendas bretãs, divulgado
para a conversão de fiéis durante a expansão
Mito, na acepção aqui empregada, não
do Cristianismo pelo Oriente.
significa mentira, falsidade ou mistificação.
d) Peça teatral que serviu para fortalecer o
Tomo de empréstimo a formulação de
espírito nacionalista da Inglaterra, unindo
Hans Blumenberg do mito político como
a figura de um governante invencível a um
um processo contínuo de trabalho de uma
símbolo cristão.
e) Romance que condensa vários textos, narrativa que responde a uma necessidade
empregado pela Igreja para encorajar a prática de uma sociedade em determinado
aristocracia a assumir uma função idealizada período. Narrativa simbólica que é, o mito
na luta contra os inimigos de Deus. político coloca em suspenso o problema
da verdade. Seu discurso não pretende ter
validade factual, mas também não pode
2. (Fuvest 2015) Se o açúcar do Brasil o tem
ser percebido como mentira (do contrário,
dado a conhecer a todos os reinos e provín-
não seria mito). O mito político confere um
cias da Europa, o tabaco o tem feito muito
sentido às 1circunstâncias que envolvem os
afamado em todas as quatro partes do mun-
indivíduos: ao 2fazê-los ver sua condição
do, em as quais hoje tanto se deseja e com
tantas diligências e por qualquer via se pro- presente como parte de uma história em
cura. Há pouco mais de cem anos que esta curso, ajuda a compreender e suportar o
folha se começou a plantar e beneficiar na mundo 3em 4que vivem.
Bahia [...] e, desta sorte, uma folha antes ENGELKE, Antonio. O anjo redentor.
Piauí, ago. 2018, ed. 143, p. 24.

17
3. (Fuvest 2019) De acordo com o texto, o
“mito político” RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
a) prejudica o entendimento do mundo real.
b) necessita da abstração do tempo. 1. A imagem dos cavaleiros e a legenda que
c) depende da verificação da verdade. a acompanha fazem referência às lendas
d) é uma fantasia desvinculada da realidade. arturianas e ao personagem Percival,
e) atende a situações concretas. cavaleiro da Távola Redonda que participa da
busca do cálice sagrado. O santo Graal seria
TEXTO PARA AS QUESTÕES A SEGUIR. o cálice usado por Jesus Cristo na Última
Ceia e o único objeto com capacidade para
O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá devolver a paz ao reino de Artur. Ou seja,
e a jabuticaba, pode falar uma língua com sua composição mistura elementos pagãos e
igual pronúncia e o mesmo espírito do povo cristãos conforme transcrito em [B].
que sorve o figo, a pera, o damasco e a nês- 2. O texto aborda produtos cultivados no Brasil
pera? José de Alencar. Bênção Paterna. do século XVIII, açúcar e tabaco, ambos
Prefácio a Sonhos d’ouro.
comercializados em diversos locais do
A graciosa ará, sua companheira e amiga, mundo, como se verifica em “todos os reinos
brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos e províncias da Europa” e “muito afamado
da árvore e de lá chama a virgem pelo nome, em todas as quatro partes do mundo”. O autor
outras remexe o uru de palha matizada, onde também salienta os lucros gerados pelos
traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios produtos (“cabedal” e “emolumentos”).
do crautá, as agulhas da juçara com que tece 3. O autor recorre ao conceito já formulado
a renda e as tintas de que matiza o algodão. por Hans Blumenberg que definia o “mito
José de Alencar. Iracema. político” como a construção de uma narra-
tiva necessária a um determinado contexto
“ará”: periquito; “uru”: cesto; “crautá”: es- sociopolítico para confirmar a tese de que
pécie de bromélia; “juçara”: tipo de palmei- esse tipo de “personagem” atende a situa-
ra espinhosa. ções “práticas”, ou seja, concretas, como se
4. (Fuvest 2019) Com base nos trechos acima, afirma em [E].
é adequado afirmar: 4. Ao usar a metáfora das frutas, Alencar
a) Para Alencar, a literatura brasileira deveria critica a importação de modelos literários,
ser capaz de representar os valores nacionais distantes do gosto popular e da realidade
com o mesmo espírito do europeu que sorve cultural brasileira. No segundo excerto, o uso
o figo, a pera, o damasco e a nêspera. de termos de origem indígena (“ará”, “uru”,
b) Ao discutir, no primeiro trecho, a importação “crautá”, “juçara”) exemplifica a proposta
de ideias e costumes, Alencar propõe uma de composição de uma literatura baseada
literatura baseada no abrasileiramento da no abrasileiramento da língua portuguesa,
língua portuguesa, como se verifica no como se afirma em [B].
segundo trecho. 5. O trecho “outras remexe o uru de palha
c) O contraste entre os verbos “chupar” e matizada” apresenta elipse do termo
“sorver”, empregados no primeiro trecho, “vezes”, mencionado no segmento anterior,
revela o rebaixamento de linguagem buscado que descreve o movimento da ará nos ramos
pelo escritor em Iracema. da árvore:”. Às vezes sobe aos ramos da árvore
d) Em Iracema, a construção de uma literatura e de lá chama a virgem pelo nome”. Assim, é
exótica, tal como se verifica no segundo correta a opção [D], pois o termo sublinhado
trecho, pautou-se pela recusa de nossos apresenta noção temporal, estabelecendo
elementos naturais. coesão textual com o trecho anterior.
e) Ambos os trechos são representativos da
tendência escapista de nosso romantismo,
na medida em que valorizam os elementos GABARITO
naturais em detrimento da realidade
rotineira. 1. B 2. E 3. E 4. B 5. D
5. (Fuvest 2019) No trecho “outras remexe o
uru de palha matizada”, a palavra sublinha-
da expressa ideia de
a) concessão.
b) finalidade.
c) adição.
d) tempo.
e) consequência.

18
PRÁTICA DOS c) “Desisto / de tudo quanto é misto / e que
odiei ou senti” (v. 6-8).

CONHECIMENTOS - E.O. d) “à deusa que se ri / deste nosso oaristo” (v.


10-11).
e) “mas não sou eu, nem isto” (v. 14).
TEXTO PARA A QUESTÃO A SEGUIR.
2. (Fuvest 2018) Examine o cartum.
Sonetilho do falso Fernando Pessoa

Onde nasci, morri.


Onde morri, existo.
E das peles que visto
muitas há que não vi.

Sem mim como sem ti


posso durar. Desisto O efeito de humor presente no cartum decor-
de tudo quanto é misto re, principalmente, da
e que odiei ou senti. a) semelhança entre a língua de origem e a
local.
Nem Fausto nem Mefisto, b) falha de comunicação causada pelo uso do
à deusa que se ri aparelho eletrônico.
deste nosso oaristo*, c) falta de habilidade da personagem em ope-
rar o localizador geográfico.
eis-me a dizer: assisto d) discrepância entre situar-se geograficamen-
além, nenhum, aqui, te e dominar o idioma local.
mas não sou eu, nem isto. e) incerteza sobre o nome do ponto turístico
onde as personagens se encontram.
Carlos Drummond de Andrade. Claro Enigma.

*conversa íntima entre casais. 3. (Fuvest 2018) Examine esta propaganda.


Ulisses

O mito é o nada que é tudo.


O mesmo sol que abre os céus
É um mito brilhante e mudo
O corpo morto de Deus,
Vivo e desnudo.

Este, que aqui aportou,


Foi por não ser existindo.
Sem existir nos bastou.
Por não ter vindo foi vindo
E nos criou.

Assim a lenda se escorre


A entrar na realidade,
E a fecundá-la decorre. Por ser empregado tanto na linguagem for-
Em baixo, a vida, metade mal quanto na linguagem informal, o termo
De nada, morre. “legal” pode ser lido, no contexto da propa-
Fernando Pessoa. Mensagem. ganda, respectivamente, nos seguintes sen-
tidos:
1. (Fuvest 2019) O oxímoro é uma “figura em a) lícito e bom.
que se combinam palavras de sentido opos- b) aceito e regulado.
to que parecem excluir-se mutuamente, mas c) requintado e excepcional.
que, no contexto, reforçam a expressão” d) viável e interessante.
(HOUAISS, 2001). e) jurídico e autorizado.
No poema “Sonetilho do falso Fernando
Pessoa”, o emprego dessa figura de
linguagem ocorre em:
a) “Onde morri, existo” (v. 2).
b) “E das peles que visto / muitas há que não
vi” (v. 3-4).

19
TEXTO PARA A QUESTÃO A SEGUIR. – Mas, a estória, Primo!... Como é?... Conta
outra vez...
Uma obra de arte é um desafio; não a expli- – 3O senhor já sabe as palavras todas de ca-
camos, ajustamo-nos a ela. Ao interpretá-la, beça... “Foi o moço-bonito que apareceu,
fazemos uso dos nossos próprios objetivos e vestido com roupa de dia-de-domingo 4e com
esforços, dotamo-la de um significado que a viola enfeitada de fitas... E chamou a moça
tem sua origem nos nossos próprios modos p’ra ir se fugir com ele”...
de viver e de pensar. 1Numa palavra, qual- – Espera, Primo, elas estão passando... Vão
quer gênero de arte que, de fato, nos afete, umas atrás das outras... Cada qual mais
torna-se, deste modo, arte moderna. bonita... Mas eu não quero, nenhuma!...
As obras de arte, porém, são como altitudes Quero só ela... Luísa...
inacessíveis. Não nos dirigimos a elas direta- – Prima Luísa...
mente, mas contornamo-las. Cada geração as – Espera um pouco, deixa ver se eu vejo... Me
vê sob um ângulo diferente e sob uma nova ajuda, Primo! Me ajuda a ver...
visão; nem se deve supor que um ponto de – Não é nada, Primo Ribeiro... Deixa disso!
vista mais recente é mais eficiente do que – Não é mesmo não...
um anterior. Cada aspecto surge na sua altu- – Pois então?!
ra própria, que não pode ser antecipada nem – Conta o resto da estória!...
prolongada; e, todavia, o seu significado não – ...“Então, a moça, que não sabia que o
está perdido porque o significado que uma moço-bonito era o capeta, 5ajuntou suas
obra assume para uma geração posterior é roupinhas melhores numa trouxa, e foi com
o resultado de uma série completa de inter- ele na canoa, descendo o rio...”
pretações anteriores. Guimarães Rosa, Sarapalha.

Arnold Hauser, Teorias da arte. Adaptado.


5. (Fuvest 2018) No texto de Sarapalha, cons-
4. (Fuvest 2018) De acordo com o texto, a com- titui exemplo de personificação o seguinte
trecho:
preensão do significado de uma obra de arte
a) “No rio ninguém não anda” (ref. 1).
pressupõe
b) “só a maleita é quem sobe e desce” (ref. 2).
a) o reconhecimento de seu significado
c) “O senhor já sabe as palavras todas de
intrínseco.
cabeça” (ref. 3).
b) a exclusividade do ponto de vista mais
d) “e com a viola enfeitada de fitas” (ref. 4).
recente.
e) “ajuntou suas roupinhas melhores numa
c) a consideração de seu caráter imutável.
trouxa” (ref. 5).
d) o acúmulo de interpretações anteriores.
e) a explicação definitiva de seu sentido. 6. (Fuvest 2017) Examine este cartaz, cuja fi-
nalidade é divulgar uma exposição de obras
TEXTO PARA A QUESTÃO A SEGUIR. de Pablo Picasso.

Sarapalha

– Ô calorão, Primo!... E que dor de cabeça


excomungada!
– É um instantinho e passa... É só ter paci-
ência....
– É... passa... passa... passa... Passam umas
mulheres vestidas de cor de água, sem olhos
na cara, para não terem de olhar a gente...
Só ela é que não passa, Primo Argemiro!... E Nas expressões “Mão erudita” e “Olho
eu já estou cansado de procurar, no meio das selvagem”, que compõem o texto do anúncio,
outras... Não vem!... Foi, rio abaixo, com o os adjetivos “erudita” e “selvagem” sugerem
outro... Foram p’r’os infernos!... que as obras do referido artista conjugam,
– Não foi, Primo Ribeiro. Não foram pelo respectivamente,
rio... Foi trem-de-ferro que levou... a) civilização e barbárie.
– Não foi no rio, eu sei... 1No rio ninguém b) requinte e despojamento.
não anda... 2Só a maleita é quem sobe e des- c) modernidade e primitivismo.
ce, olhando seus mosquitinhos e pondo neles d) liberdade e autoritarismo.
a benção... Mas, na estória... Como é mesmo e) tradição e transgressão.
a estória, Primo? Como é?...
– O senhor bem que sabe, Primo... Tem paci-
ência, que não é bom variar...

20
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO. c) desviar-se da norma-padrão tanto da língua
original quanto da língua de chegada.
A adoção do cardápio indígena introduziu
d) privilegiar a inventividade, ainda que em
nas cozinhas e zonas de serviço das moradas
detrimento das peculiaridades do texto ori-
brasileiras equipamentos desconhecidos no
ginal.
Reino. Instalou nos alpendres roceiros a
prensa de espremer mandioca ralada para e) buscar, na língua de chegada, soluções que
farinha. Nos inventários paulistas é comum correspondam ao texto original.
a menção de tal fato. No inventário de Pedro
EXAMINE ESTE CARTUM PARA RESPONDER
Nunes, por exemplo, efetuado em 1623,
AS QUESTÕES A SEGUIR.
fala-se num sítio nas bandas do Ipiranga
“com seu alpendre e duas camarinhas
no dito alpendre com a prensa no dito
sítio” que deveria comprimir nos tipitis
toda a massa proveniente do mandiocal
também inventariado. Mas a farinha não
exigia somente a prensa – pedia, também,
raladores, cochos de lavagem e forno ou
fogão. Era normal, então, a casa de fazer
farinha, no quintal, ao lado dos telheiros e
próxima à cozinha.
Carlos A. C. Lemos, Cozinhas, etc.

7. (Fuvest 2017) Traduz corretamente uma


relação espacial expressa no texto o que se
encontra em:
a) A prensa é paralela aos tipitis. 9. (Fuvest 2016) No contexto do cartum, a pre-
b) A casa de fazer farinha é adjacente aos sença de numerosos animais de estimação
telheiros. permite que o juízo emitido pela persona-
c) As duas camarinhas são transversais à gem seja considerado
cozinha. a) incoerente.
d) O alpendre é perpendicular às zonas de b) parcial.
serviço. c) anacrônico.
e) O mandiocal e o Ipiranga são equidistantes d) hipotético.
do sítio. e) enigmático.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO. 10. (Fuvest 2016) Para obter o efeito de humor
presente no cartum, o autor se vale, entre
Evidentemente, não se pode esperar que outros, do seguinte recurso:
Dostoiévski seja traduzido por outro a) utilização paródica de um provérbio de uso
Dostoiévski, mas desde que o tradutor corrente.
procure penetrar nas peculiaridades da b) emprego de linguagem formal em circuns-
linguagem primeira, aplique-se com afinco e tâncias informais.
faça com que sua criatividade orientada pelo c) representação inverossímil de um convívio
original permita, paradoxalmente, afastar- pacífico de cães e gatos.
se do texto para ficar mais próximo deste, d) uso do grotesco na caracterização de seres
um passo importante será dado. Deixando de humanos e de animais.
lado a fidelidade mecânica, frase por frase,
e) inversão do sentido de um pensamento bas-
tratando o original como um conjunto de
tante repetido.
blocos a serem transpostos, e transgredindo
sem receio, quando necessário, as normas do TEXTO PARA A(S) QUESTÃO(ÕES) ABAIXO
“escrever bem”, o tradutor poderá trazê-lo
com boa margem de fidelidade para a língua A ARMA DA PROPAGANDA
com a qual está trabalhando.
Boris Schnaiderman, Dostoiévski Prosa Poesia.
O governo Médici não se limitou à repres-
8. (Fuvest 2017) De acordo com o texto, a boa são. Distinguiu claramente entre um setor
tradução precisa significativo, mas minoritário da socieda-
a) evitar a transposição fiel dos conteúdos do de, adversário do regime, e a massa da po-
texto original. pulação que vivia um dia a dia de alguma
b) desconsiderar as características da lingua- esperança nesses anos de prosperidade eco-
gem primeira para poder atingir a língua de nômica. A repressão 1acabou com o primeiro
chegada. setor, enquanto a propaganda encarregou-se

21
de, pelo menos, neutralizar gradualmente o a) “Deve o príncipe fazer-se temer, de maneira
segundo. Para alcançar este último objeti- que, se não se fizer amado, pelo menos evite
vo, o governo contou com o grande avanço o ódio, pois é fácil ser ao mesmo tempo te-
das telecomunicações no país, após 1964. As mido e não odiado”.
facilidades de crédito pessoal permitiram a b) “O mal que se tiver que fazer, deve o prínci-
expansão do número de residências que pos- pe fazê-lo de uma só vez; o bem, deve fazê-
suíam televisão: em 1960, apenas das resi- -lo aos poucos (...)”.
dências urbanas tinham televisão; em 1970, c) “Não se pode deixar ao tempo o encargo de
a porcentagem chegava a Por essa época, resolver todas as coisas, pois o tempo tudo
beneficiada pelo apoio do governo, de quem leva adiante e pode transformar o bem em
se transformou em porta-voz, a TV Globo mal e o mal em bem”.
expandiu-se até se tornar rede nacional e d) “Engana-se quem acredita que novos bene-
2
alcançar praticamente o controle do setor. A fícios podem fazer as grandes personagens
propaganda governamental passou a ter um esquecerem as antigas injúrias (...)”.
canal de expressão como nunca existira na e) “Deve o príncipe, sobretudo, não tocar na
história do país. A promoção do “Brasil gran- propriedade alheia, porque os homens es-
de potência” foi realizada a partir da Asses- quecem mais depressa a morte do pai que a
soria Especial de Relações Públicas (AERP), perda do patrimônio”.
criada no governo Costa e Silva, mas que não
chegou a ter importância nesse governo. Foi PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES, LEIA O
a época do “Ninguém segura este país”, da TEXTO ABAIXO.
marchinha Prá Frente, Brasil, que embalou a
grande vitória brasileira na Copa do Mundo Seria ingenuidade procurar nos provérbios
de 1970. de qualquer povo uma filosofia coerente,
Boris Fausto, História do Brasil. Adaptado.
uma arte de viver. É coisa sabida que a cada
11. (Fuvest 2016) A frase que expressa uma provérbio, por assim dizer, responde outro,
ideia contida no texto é: de sentido oposto. A quem preconiza o
a) A marchinha “Prá Frente, Brasil” também sábio limite das despesas, porque “vintém
contribuiu para o processo de neutralização poupado, vintém ganhado”, replicará o
da grande massa da população. vizinho farrista, com razão igual: “Da vida
b) A repressão no Governo Médici foi dirigida a nada se leva”. (...)
um setor que, além de minoritário, era tam- Mais aconselhável procurarmos nos anexins
bém irrelevante no conjunto da sociedade não a sabedoria de um povo, mas sim o es-
brasileira. pelho de seus costumes peculiares, os sinais
c) O tricampeonato de futebol conquistado pelo de seu ambiente físico e de sua história. As
Brasil em 1970 ajudou a mascarar inúmeras diferenças na expressão de uma sentença
dificuldades econômicas daquele período. observáveis de uma terra para outra podem
d) Uma característica do governo Médici foi ter divertir o curioso e, às vezes, até instruir o
conseguido levar a televisão à maioria dos la- etnógrafo.
res brasileiros. Povo marítimo, o português assinala seme-
e) A TV Globo foi criada para ser um veículo de lhança grande entre pai e filho, lembran-
divulgação das realizações dos governos mili- do que “filho de peixe, peixinho é”. Já os
tares. húngaros, ao formularem a mesma verdade,
não pensavam nem em peixe, nem em mar;
12. (Fuvest 2016) Nos trechos “acabou com o ao olhar para o seu quintal, notaram que a
primeiro setor” (ref. 1) e “alcançar pratica- “maçã não cai longe da árvore”.
mente o controle do setor” (ref. 2), a palavra Paulo Rónai, Como aprendi o português e outras aventuras.
sublinhada refere-se, respectivamente, a
a) aliados; população. 14. (Fuvest 2016) Considere as seguintes afir-
b) adversários; telecomunicações. mações sobre os dois provérbios citados no
c) população; residências urbanas. terceiro parágrafo do texto.
d) maiorias; classe média. I. A origem do primeiro, de acordo com o
e) repressão; facilidades de crédito. autor, está ligada à história do povo que
o usa.
13. (Fuvest 2016) A estratégia de dominação II. Em seu sentido literal, o segundo expres-
empregada pelo governo Médici, tal como sa costumes peculiares dos húngaros.
descrita no texto, assemelha-se, sobretudo, III.A observação das diferenças de expressão
à seguinte recomendação feita ao príncipe – entre esses provérbios pode, segundo o
ou ao governante – por um célebre pensador pensamento do autor, ter interesse etno-
da política: gráfico.

22
Está correto apenas o que se afirma em
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.

15. (Fuvest 2016) No texto, a função argumen-


tativa do provérbio “Da vida nada se leva” é
expressar uma filosofia de vida contrária à
que está presente em “vintém poupado, vin-
tém ganhado”. Também é contrário a esse úl-
timo provérbio o ensinamento expresso em:
a) Mais vale pão hoje do que galinha amanhã.
b) A boa vida é mãe de todos os vícios.
c) De grão em grão a galinha enche o papo.
d) Devagar se vai ao longe.
e) É melhor prevenir do que remediar.

GABARITO
1. A 2. D 3. A 4. D 5. B
6. E 7. B 8. E 9. B 10. E
11. A 12. B 13. B 14. E 15. A

23
LITERATURA

Prescrição: A resolução de questões de Literatura no vestibular da Fuvest exigirá do vestibulando,


prioritariamente, um conhecimento mais específico, relacionado às obras de leitura obrigatória; no
entanto, especialmente na primeira fase desse vestibular, é comum que sejam trabalhadas questões
mais gerais de literatura, envolvendo obras que não estão na lista citada.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. Já desprezei, sou hoje desprezado, tem mas parece que deu certo – parou um
Despojo sou, de quem triunfo hei sido, instante retomando o fôlego perdido e acres-
E agora nos desdéns de aborrecido, centou desanimada e com pudor - pois como
Desconto as ufanias de adorado. o senhor vê eu vinguei... pois é...
— Também no sertão da Paraíba promessa é
O amor me incita a um perpétuo agrado, questão de grande dívida de honra.
O decoro me obriga a um justo olvido: Eles não sabiam como se passeia. Andaram
E não sei, no que emprendo, e no que lido, sob a chuva grossa e pararam diante da vi-
Se triunfe o respeito, se o cuidado. trine de uma loja de ferragem onde estavam
expostos atrás do vidro canos, latas, parafu-
Porém vença o mais forte sentimento, sos grandes e pregos. E Macabéa, com medo
Perca o brio maior autoridade, de que o silêncio já significasse uma ruptura,
Que é menos o ludíbrio, que o tormento. disse ao lançado recém-lançado-namorado:
— Eu gosto tanto de parafuso e prego, e o
Quem quer, só do querer faça vaidade, senhor?
Que quem logra em amor entendimento, Da segunda vez em que se encontraram caía
Não tem outro capricho, que a vontade. uma chuva fininha que ensopava os ossos.
MATOS, Gregório de. Poemas escolhidos de Gregório Sem nem ao menos se darem as mãos cami-
de Matos. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. nhavam na chuva que na cara de Macabéa
Em termos formais e temáticos, as principais parecia lágrimas escorrendo.
(Clarice Lispector, A hora da estrela.)
características barrocas do soneto são, res-
pectivamente,
a) a sintaxe rebuscada e o culto aos contrastes. 2. (Fuvest) Ao dizer: “(...) promessa é questão
b) o rigor métrico e a crítica ao sentimentalismo. de grande dívida de honra”, Olímpico junta,
c) o vocabulário erudito e a reflexão sobre o em uma só afirmação, a obrigação religiosa e
amor. o dever de honra. A personagem de Sagarana
d) as rimas alternadas e o embate entre emoção e que, em suas ações finais, opera uma junção
razão. semelhante é:
a) major Saulo, de “O burrinho pedrês”.
LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER À b) Lalino, de “Traços biográficos de Lalino Sa-
QUESTÃO 2. Lãthiel ou A volta do marido pródigo”.
c) Primo Ribeiro, de “Sarapalha”.
Ele se aproximou e com voz cantante de nor- d) João Mangolô, de “São Marcos”.
destino que a emocionou, perguntou-lhe: e) Augusto Matraga, de “A hora e vez de Au-
— E se me desculpe, senhorinha, posso con- gusto Matraga”.
vidar a passear?
— Sim, respondeu atabalhoadamente com 3. Em várias passagens de Quincas Borba, de
pressa antes que ele mudasse de ideia. Machado de Assis, as personagens interpre-
— E, se me permite, qual é mesmo a sua graça? tam erroneamente alguns fatos ou fazem
— Macabéa. ilações equivocadas a partir de algumas fa-
Maca — o quê? las. Vemos isso, por exemplo, no episódio
— Bea, foi ela obrigada a completar. em que, a partir do relato que ouve de um
— Me desculpe mas até parece doença, do- cocheiro, Rubião se convence de que
ença de pele. a) D. Tonica planeja casar-se com ele a qual-
— Eu também acho esquisito mas minha quer custo.
mãe botou ele por promessa a Nossa Senhora b) Palha pretende desfazer os negócios que tem
da Boa Morte se eu vingasse, até um ano de com ele.
idade eu não era chamada porque não tinha c) Sofia deseja casá-lo com Maria Benedita.
nome, eu preferia continuar a nunca ser cha- d) Sofia e Carlos Maria são amantes.
mada em vez de ter um nome que ninguém e) Maria Benedita e Carlos Maria namoram em
segredo.
25
4. (Fuvest) Atente para as seguintes afirmações relativas ao desfecho do romance A Relíquia, de Eça
de Queirós:
I. O autor revela, por meio de Teodorico, sua descrença num Jesus divinizado, imagem que é subs-
tituída pela ideia de Consciência.
II. Ao ser sincero com Crispim, Teodorico conquista a vida de burguês que sempre almejou.
III.Teodorico dá ouvidos à mensagem de Cristo, arrepende-se de sua hipocrisia beata e abraça a fé
católica.
Está correto o que se afirma apenas em
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) II e III.
e) I e III.

CONSIDERE AS IMAGENS E O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES 5 E 6.

II/SÃO FRANCISCO DE ASSIS*


Senhor, não mereço isto.
Não creio em vós para vos amar.
Trouxestes me a São Francisco
e me fazeis vosso escravo.
Não entrarei, senhor, no templo,
seu frontispício me basta.
Vossas flores e querubins
são matéria de muito amar.
Dai me, senhor, a só beleza
destes ornatos. E não a alma.
Pressente se dor de homem,
paralela à das cinco chagas.
Mas entro e, senhor, me perco
na rósea nave triunfal.
Por que tanto baixar o céu?
por que esta nova cilada?
Senhor, os púlpitos mudos
entretanto me sorriem.
Mais que vossa igreja, esta
sabe a voz de me embalar.
Perdão, senhor, por não amar vos.
Carlos Drummond de Andrade

*O texto faz parte do conjunto de poemas “Estampas de Vila Rica”, que integra a edição crítica de Claro
enigma. São Paulo: Cosac Naify, 2012.

5. (Fuvest) Analise as seguintes afirmações relativas à arquitetura das igrejas, sob a estética do Barroco:
I. Unem-se, no edifício, diferentes artes, para assaltar de uma vez os sentidos, de modo que o
público não possa escapar.
II. O arquiteto procurava surpreender o observador, suscitando nele uma reação forte de maravi-
lhamento.
III.A arquitetura e a ornamentação dos templos deviam encenar, entre outras coisas, a preeminência
da igreja.

26
A experiência que se expressa no poema preza pelo rebuscamento e ornamentação,
de Drummond registra, em boa medida, as no intuito de envolver e encantar o públi-
reações do eu lírico, ao que se encontra re- co. Além disso, a estética sacra revela forte
gistrado em: influência cultural e social da igreja sobre a
a) I, apenas. comunidade da região de Minas Gerais, no
b) II, apenas. contexto do século XVIII.
c) II e III, apenas. 6. Assim como em Claro enigma, a “volta ao
d) I e III, apenas. passado” também aparece no percurso de
e) I,II e III. outros modernistas. Destacam-se as obras
poéticas de Oswald de Andrade e de Mário
6. (Fuvest) Um aspecto do poema em que se de Andrade, respectivamente ligados ao An-
manifesta a persistência de um valor afir- tropofagismo e aos estudos culturais sobre
mado também no Modernismo da década de o Barroco mineiro. No âmbito da pintura,
1920 é o: temos as obras de Tarsila do Amaral, expon-
a) destaque dado às características regionais. do uma estética primitivista, reveladora da
b) uso da variante oral popular da linguagem. vontade de redescobrir o passado e funda-
c) elogio do sincretismo religioso. mentar uma verdadeira ideia de Brasil.
d) interesse pelo passado da arte no Brasil.
e) delineamento do poema em feitio de oração.
GABARITO
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA 1. A 2. E 3. D 4. C 5. E
1. O Barroco foi marcado, sobretudo, pelos con- 6. D
trastes. Como podemos ver no soneto de Gre-
gório de Matos, a imagem poética constrói-se
a partir de uma série de oposições: desprezar
e ser desprezado, triunfo e desdém, vencer e
perder, mais e menos, etc.Além disso, a esté-
tica barroca contava com construções sintáti-
cas bastante rebuscadas, como podemos ver a
partir das inversões e orações intercaladas.
2. No conto “A hora e vez de Augusto Matraga“,
o destino do personagem o direciona para as
obrigações religiosas (no intuito de alcançar
os céus); no entanto, os deveres de honra, de
não admitir certas desforras, é algo que tam-
bém conduz a vida desse personagem.
3.
[A] Incorreta. O cocheiro faz referências a
um casal, que Rubião pensa ser Sofia e Carlos
Maria.
[B] Incorreta. O cocheiro menciona vagamen-
te um casal de amantes.
[C] Incorreta. O cocheiro não menciona casa-
mento, mas sugere que um determinado casal
seja amante.
[D] Correta. O cocheiro faz referências a um
casal, que Rubião pensa ser Sofia e Carlos Ma-
ria.
[E] Incorreta. Rubião associa os comentários
a Sofia e Carlos Maria.
4. A afirmação em III é incorreta, pois Teodorico
não se arrependeu da sua hipocrisia social,
pelo contrário, continuou a fazer negócios
com a venda de falsas relíquias que ele mes-
mo fabricava, até casar, por interesse, com a
irmã de Crispim, dono da empresa onde tinha
começado a trabalhar. Como as demais são
verdadeiras, é correta a opção [C].
5. Como característica do Barroco, no caso o
Barroco mineiro, a arquitetura do período

27
PRÁTICA DOS d) ignorar os perigos que o mundo apresenta,
agindo como se eles não existissem.

CONHECIMENTOS - E.O. e) escolher a inação e a inércia, confiando in-


teiramente seu destino às forças do puro
acaso e da sorte.
LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER
ÀS QUESTÕES 1 E 2. LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER
ÀS QUESTÕES 3 A 5.
Vestindo água, só saído o cimo do pescoço, o
burrinho tinha de se enqueixar para o alto, Sim, que, à parte o sentido prisco, valia o
a salvar também de fora o focinho. Uma pei- ileso gume do vocábulo pouco visto e menos
tada. Outro tacar de patas. Chu-áa! Chu-áa... ainda ouvido, raramente usado, melhor fora
– Ruge o rio, como chuva deitada no chão. se jamais usado. Porque, diante de um gra-
Nenhuma pressa! Outra remada, vagarosa. vatá, selva moldada em jarro jônico, dizer-se
No fim de tudo, tem o pátio, com os cochos, apenas drimirim ou amormeuzinho é justo;
muito milho, na Fazenda; e depois o pasto: e, ao descobrir, no meio da mata, um ange-
sombra, capim e sossego... Nenhuma pressa. lim que atira para cima cinquenta metros de
Aqui, por ora, este poço doido, que barulha tronco e fronde, quem não terá ímpeto de
como um fogo, e faz medo, não é novo: tudo criar um vocativo absurdo e bradálo – Ó co-
é ruim e uma só coisa, no caminho: como lossalidade! – na direção da altura?
os homens e os seus modos, costumeira con- (João Guimarães Rosa. São Marcos. In: Sagarana.)
fusão. É só fechar os olhos. Como sempre.
Outra passada, na massa fria. E ir sem afã, prisco = antigo, relativo a tempos remotos
à voga surda, amigo da água, bem com o es- gravatá = planta da família das bromeliáceas
curo, filho do fundo, poupando forças para
o fim. Nada mais, nada de graça; nem um
3. (Fuvest) Neste excerto, o narrador do conto
arranco, fora de hora. Assim.
“São Marcos“ expõe alguns traços de estilo
João Guimarães Rosa. O burrinho pedrês. In: Sagarana.
que correspondem a características mais ge-
rais dos textos do próprio autor, Guimarães
1. (Fuvest) Quando nos apresentam os homens Rosa. Entre tais características só não se en-
vistos pelos olhos dos animais, as narrati- contra:
vas em que aparecem o burrinho pedrês, do a) o gosto pela palavra rara.
conto homônimo (“Sagarana“), os bois de b) o emprego de neologismos.
“Conversa de bois“ (Sagarana) e a cachorra c) a conjugação de referências eruditas e popu-
Baleia (Vidas secas) produzem um efeito de: lares.
a) indignação, uma vez que cada um desses d) a liberdade na exploração das potencialida-
animais é morto por algozes humanos. des da língua portuguesa.
b) infantilização, uma vez que esses animais pen- e) a busca da concisão e da previsibilidade da
santes são exclusivos da literatura infantil.
linguagem.
c) maravilhamento, na medida em que os res-
pectivos narradores servem-se de sortilégios
e de magia para penetrar na mente desses 4. (Fuvest) Comparando-se as concepções rela-
animais. tivas à natureza presentes no excerto de Gui-
d) estranhamento, pois nos fazem enxergar de marães Rosa com as que se manifestam nos
um ponto de vista inusitado o que antes pa- poemas de Alberto Caeiro, verifica-se que em
recia natural e familiar. Rosa, __________, ao passo que, em Caeiro,
e) inverossimilhança, pois não conseguem dar __________ .
credibilidade a esses animais dotados de in- Mantida a sequência, as lacunas podem
terioridade. ser preenchidas corretamente pelo que
está em:
2. (Fuvest) Em trecho anterior do mesmo con- a) a observação da natureza provoca um desejo
to, o narrador chama Sete-de-Ouros de “sá- de nomeação e até de invenção linguística /
bio“. No excerto, a “sabedoria“ do burrinho o ideal seria o de que os elementos da na-
consiste, principalmente, em: tureza valessem por si mesmos, sem nome
a) procurar adaptar-se o melhor possível às for- nenhum.
ças adversas, que busca utilizar em benefício b) a natureza é pura exterioridade, desprovida
próprio. de alma / ela é um ente animado, dotado de
b) firmar um pacto com as potências mágicas interioridade e personalidade.
que se ocultam atrás das aparências do mun- c) a natureza vale por seus aspectos estéticos e
do natural. simbólicos / ela tem valor prático e utilitá-
c) combater frontalmente e sem concessões as rio, ou seja, é valorizada na medida em que,
atitudes dos homens, que considera confu- transformada pela técnica, serve para suprir
sas e desarrazoadas. as necessidades humanas.

28
d) a relação com a natureza é pessoal e até ín- — Deus me livre e guarde, Primo Ribeiro... O
tima / a natureza apresenta caráter hostil e, senhor ainda vai durar mais do que eu.
mesmo, ameaçador. — Eu só quero saber é se você promete...
e) a natureza é misteriosa e indecifrável / ela — Pois então, se tiver de ser desse jeito de
é portadora de uma mensagem mística que o que Deus não há-de querer, eu prometo.
homem deve decifrar servindo-se dos instru- — Deus lhe ajude, Primo Argemiro.
mentos da Razão. E Primo Ribeiro desvira o corpo e curva ain-
da mais a cara.
5. (Fuvest) Devo registrar aqui uma alegria. É Quem sabe se ele não vai morrer mesmo?
que a moça num aflitivo domingo sem farofa Primo Argemiro tem medo do silêncio.
teve uma inesperada felicidade que era inex- — Primo Ribeiro, o senhor gosta d'aqui?...
plicável: no cais do porto viu um arco-íris. — Que pergunta! Tanto faz... É bom p'ra se
Experimentando o leve êxtase, ambicionou acabar mais ligeiro... O doutor deu prazo de
logo outro: queria ver, como uma vez em Ma- um ano... Você lembra?
ceió, espocarem mudos fogos de artifício. Ela — Lembro! Doutor apessoado, engraçado...
quis mais porque É MESMO UMA VERDADE Vivia atrás dos mosquitos, conhecia as raças
QUE QUANDO SE DÁ A MÃO, ESSA GENTINHA lá deles, de olhos fechados, só pela toada da
QUER TODO O RESTO, O ZÉ-POVINHO SONHA cantiga... Disse que não era das frutas e nem
COM FOME DE TUDO. E QUER MAS SEM DIREI- da água... Que era o mosquito que punha um
TO ALGUM, POIS NÃO É? bichinho amaldiçoado no sangue da gente...
(Clarice Lispector, A hora da estrela.) Ninguém não acreditou... Nem o arraial. Eu
estive lá com ele...
Considerando-se no contexto da obra o tre- — Primo Argemiro o que adianta...
cho destacado, é correto afirmar que, nele, o — ...E então ele ficou bravo, pois não foi?
narrador: Comeu goiaba, comeu melancia da beira do
a) assume momentaneamente as convicções rio, bebeu água do Pará e não teve nada...
elitistas que, no entanto, procura ocultar no — Primo Argemiro...
restante da narrativa. — ...Depois dormiu sem cortinado, com ja-
b) reproduz, em estilo indireto livre, os pensa- nela aberta... Apanhou a intermitente; mas
mentos da própria Macabéa diante dos fogos o povo ficou acreditando...
de artifício. — Escuta! Primo Argemiro... Você está falan-
c) hesita quanto ao modo correto de interpretar do de-carreira, só para não me deixar falar!
a reação de Macabéa frente ao espetáculo. — Mas, então, não fala em morte Primo Ri-
d) adota uma atitude panfletária, criticando beiro!... Eu, por nada que não queria ver o
diretamente as injustiças sociais e cobrando senhor se ir primeiro do que eu...
sua superação. — P'ra ver!... Esta carcaça bem que está
e) retoma uma frase feita, que expressa pre- aguentando... Mas, agora, já estou vendo o
conceito antipopular, desenvolvendo-a na meu descanso, que está chega-não-chega, na
direção da ironia. horinha de chegar...
— Não fala isso Primo!... Olha aqui: não foi
LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER
pena ele ter ido s'embora? Eu tinha fé em
ÀS QUESTÕES 6 E 7.
que acabava com a doença...
— Primo Argemiro! — Melhor ter ido mesmo... Tudo tem de che-
E, com imenso trabalho, ele gira no assento, gar e de ir s'embora outra vez... Agora é a
conseguindo pôr-se de-banda, meio assim. minha cova que está me chamando... Aí é
Primo Argemiro pode mais: transporta uma que eu quero ver! Nenhumas ruindades des-
perna e se escancha no cocho. te mundo não têm poder de segurar a gente
— Que é, Primo Ribeiro? p'ra sempre, Primo Argemiro...
— Lhe pedir uma coisa... Você faz? — Escuta Primo Ribeiro: se alembra de
— Vai dizendo, Primo. quando o doutor deu a despedida p'ra o povo
— Pois então, olha: quando for a minha hora do povoado? Foi de manhã cedo, assim como
você não deixe me levarem p'ra o arraial... agora... O pessoal estava todo sentado nas
Quero ir mais é p'ra o cemitério do povoa- portas das casas, batendo queixo. Ele ajun-
do... Está desdeixado, mas ainda é chão de tou a gente... Estava muito triste... Falou: –
Deus... Você chama o padre, bem em-antes... “Não adianta tomar remédio, porque o mos-
E aquelas coisinhas que estão numa capan- quito torna a picar... Todos têm de se, mudar
ga bordada, enroladas em papel-de-venda e daqui... Mas andem depressa pelo amor de
tudo passado com cadarço, no fundo da ca- Deus!“ – ... – Foi no tempo da eleição de seu
nastra... Se rato não roeu... Você enterra jun- Major Vilhena... Tiroteio com três mortes...
to comigo... Agora eu não quero mexer lá... — Foi seis meses em-antes-de ela ir
Depois tem tempo... Você promete?... s'embora...

29
De branco a mais branco, olhando espantado E assim, pouco a pouco, se foram reforman-
para o outro, Primo Argemiro se perturbou. do todos os seus hábitos singelos de aldeão
Agora está vermelho, muito. português: e Jerônimo abrasileirou-se. (...)
Desde que ela se foi, não falaram mais no E o curioso é que, quanto mais ia ele caindo
seu nome. Nem uma vez. Era como se não nos usos e costumes brasileiros, tanto mais
tivesse existido. E, agora... os seus sentidos se apuravam, 10posto que
João Guimarães Rosa. Sarapalha. In: Sagarana. em detrimento das suas forças físicas. Ti-
nha agora o ouvido menos grosseiro para a
6. (Fuvest) Canta, canta, canarinho, ai, ai, ai...
música, compreendia até as intenções ,poé-
Não cantes fora de hora ai, ai, ai...
ticas dos sertanejos, quando cantam à viola
A barra do dia aí vem, ai, ai, ai...
os seus amores infelizes; seus olhos, dantes
Coitado de quem namora!...
só voltados para a esperança de tornar à ter-
Esta quadrinha é a epígrafe do conto Sarapa- ra, agora, como os olhos de um marujo, que
lha. Ela aponta para o clímax da estória que se habituaram aos largos horizontes de céu
se dá por ocasião: e mar, já se não revoltavam com a turbulenta
a) da eleição de seu major Vilhena: tiroteio luz, selvagem e alegre, do Brasil, e abriam-
com três mortes. -se amplamente defronte 11dos maravilhosos
b) da confissão de Argemiro e sua expulsão da despenhadeiros ilimitados e das cordilheiras
casa de Ribeiro. sem fim, donde, de espaço a espaço, surge um
c) do casamento de Luísa com o boiadeiro e monarca gigante, que o sol veste de ouro e ri-
despedida dos primos. cas pedrarias refulgentes e as nuvens toucam
d) da morte do boiadeiro, que Argemiro mata de alvos turbantes de cambraia, num luxo
em respeito ao primo. oriental de arábicos príncipes voluptuosos.
e) da declaração de Ribeiro e ruptura deste com Aluísio Azevedo, O cortiço.
o boiadeiro.
8. (Fuvest) Considere as seguintes afirmações,
7. (Fuvest) João Guimarães Rosa, em Sagarana,
relacionadas ao excerto de O cortiço:
permite ao leitor observar que:
I. O sol, que, no texto, se associa fortemen-
a) explora o folclórico do sertão.
te ao Brasil e à “pátria”, é um símbolo
b) em episódios muitas vezes palpitantes sur-
que percorre o livro como manifestação
preende a realidade nos mais leves pormeno-
da natureza tropical e, em certas passa-
res e trabalha a linguagem com esmero.
c) limita-se ao quadro do regionalismo brasileiro. gens, representa o princípio masculino
d) é muito sutil na apresentação do cotidiano da fertilidade.
banal do jagunço. II. A visão do Brasil expressa no texto mani-
e) é intimista hermético. festa a ambiguidade do intelectual brasi-
leiro da época em que a obra foi escrita, o
LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER qual acatava e rejeitava a sua terra, dela
ÀS QUESTÕES 8 A 14. se orgulhava e envergonhava, nela con-
Passaram-se semanas. Jerônimo tomava ago- fiava e dela desesperava.
ra, todas as manhãs, uma xícara de café bem III.O narrador aceita a visão exótico-român-
grosso, à moda da Ritinha, e 1tragava dois tica de uma natureza (brasileira) pode-
dedos de parati 2“pra cortar a friagem”. rosa e transformadora, reinterpretando-a
Uma 3transformação, lenta e profunda, em chave naturalista.
operava-se nele, dia a dia, hora a hora, Aplica-se ao texto o que se afirma em:
4
reviscerando-lhe o corpo e 5alando-lhe os a) I, somente.
sentidos, num 6trabalho misterioso e surdo b) II, somente.
de crisálida. A sua energia afrouxava len- c) II e III, somente.
tamente: fazia-se contemplativo e amoro-
d) I e III, somente.
so. A vida americana e a natureza do Brasil
7
patenteavam-lhe agora aspectos imprevis- e) I, II e III.
tos e sedutores que o comoviam; esquecia-
-se dos seus primitivos sonhos de ambição, 9. (Fuvest) Ao comparar Jerônimo com uma
para idealizar felicidades novas, picantes e crisálida, o narrador alude, em linguagem
violentas; 8tornava-se liberal, impreviden- literária, a fenômenos do desenvolvimento
te e franco, mais amigo de gastar que de da borboleta, por meio das seguintes expres-
guardar; adquiria desejos, tomava gosto aos sões do texto:
prazeres, e volvia-se preguiçoso, 9resignan- I. “transformação, lenta e profunda”
do-se, vencido, às imposições do sol e do (ref.3);
calor, muralha de fogo com que o espírito II. “reviscerando” (ref.4);
eternamente revoltado do último tamoio III.“alando” (ref.5);
entrincheirou a pátria contra os conquista-
IV. “trabalho misterioso e surdo” (ref.6).
dores aventureiros.
30
Tais fenômenos estão corretamente indica- 13. (Fuvest) Os costumes a que adere Jerônimo
dos em: em sua transformação, relatada no excerto,
a) I, apenas. têm como referência, na época em que se
b) I e II, apenas. passa a história, o modo de vida:
c) III e IV, apenas. a) dos degredados portugueses enviados ao
d) II, III e IV, apenas. Brasil sem a companhia da família.
e) I, II, III e IV. b) dos escravos domésticos, na região urbana
da corte, durante o Segundo Reinado.
10. (Fuvest) Um traço cultural que decorre da c) das elites produtoras de café, nas fazendas
presença da escravidão no Brasil e que está opulentas do vale do Paraíba fluminense.
implícito nas considerações do narrador do d) dos homens livres pobres, particularmente
excerto é a: em região urbana.
a) desvalorização da mestiçagem brasileira. e) dos negros quilombolas, homiziados em re-
b) promoção da música a emblema da nação. fúgios isolados e anárquicos.
c) desconsideração do valor do trabalho.
d) crença na existência de um caráter nacional 14. (Fuvest) No trecho “dos maravilhosos despe-
brasileiro. nhadeiros ilimitados e das cordilheiras sem
e) tendência ao antilusitanismo. fim, donde, de espaço a espaço, surge um
monarca gigante” (ref.11), o narrador tem
11. (Fuvest) Destes comentários sobre os tre- como referência:
chos sublinhados, o único que está correto é: a) a chapada dos Guimarães, anteriormente co-
a) “tragava dois dedos de parati” (ref.1): ex- berta por vegetação de cerrado.
pressão típica da variedade linguística pre- b) os desfiladeiros de Itaimbezinho, outrora re-
dominante no discurso do narrador. vestidos por exuberante floresta tropical.
b) “pra cortar a friagem” (ref.2): essa expressão c) a chapada Diamantina, então coberta por
está entre aspas, no texto, para indicar que florestas de araucárias.
se trata do uso do discurso indireto livre. d) a serra do Mar, que abrigava originalmente a
c) “patenteavam-lhe agora aspectos imprevis- densa mata Atlântica.
tos” (ref.1): assume o sentido de “registra- e) a serra da Borborema, caracterizada, no pas-
vam oficialmente”. sado, pela vegetação da caatinga.
d) “posto que em detrimento das suas forças fí-
sicas” (ref.10): equivale, quanto ao sentido, 15. (Fuvest) Nesse livro, ousadamente, var-
a “desde que em favor”. riam-se de um golpe o sentimentalismo
e) “tornava-se (...) imprevidente” (ref.8) e superficial, a fictícia unidade da pessoa
“resignando-se (...) às imposições do sol” humana, as frases piegas, o receio de cho-
(ref.9): trata-se do mesmo prefixo, apresen- car preconceitos, a concepção do predomí-
tando, portanto, idêntico sentido. nio do amor sobre todas as outras paixões;
afirmava-se a possibilidade de construir
12. (Fuvest) O papel desempenhado pela perso- um grande livro sem recorrer à natureza,
nagem Ritinha (Rita Baiana), no processo desdenhava-se a cor local; surgiram afinal
sintetizado no excerto, assemelha-se ao da homens e mulheres, e não brasileiros (no
personagem: sentido pitoresco) ou gaúchos, ou nortistas,
a) Iracema, do romance homônimo, na medida e, finalmente, mas não menos importante,
em que ambas simbolizam o poder de sedu- patenteava-se a influência inglesa em lugar
ção da terra brasileira sobre o português que da francesa.
aqui chegava. Lúcia Miguel-Pereira. História da Literatura Brasileira
b) Vidinha, de Memórias de um sargento de – Prosa de ficção – de 1870 a 1920 (Adaptado).
milícias, tendo em vista que uma e outra
constituem fatores decisivos para o desen- O livro a que se refere a autora é:
caminhamento de personagens masculinas a) Memórias de um sargento de milícias.
anteriormente bem orientadas. b) Til.
c) Capitu, de Dom Casmurro, a qual, como a c) Memórias póstumas de Brás Cubas.
baiana, também lança mão de seus encantos d) O cortiço.
femininos para obter ascensão social. e) A cidade e as serras.
d) Joaninha, de A cidade e as serras, pois am-
bas representam a simplicidade natural das
mulheres do campo, em oposição à beleza
artificiosa das mulheres das cidades.
e) Dora, de Capitães da areia, na medida em
que ambas são responsáveis diretas pela re-
generação física e moral de seus respectivos
pares amorosos.

31
OBSERVE A IMAGEM E LEIA O TEXTO A SE- d) representação do juízo do Comissário a res-
GUIR PARA RESPONDER À QUESTÃO 16. peito da manifesta incapacidade que tem
o Comandante Sem-Medo de ultrapassar o
dogmatismo doutrinário.
e) crítica esclarecida à mentalidade animista
– que tende a personificar os elementos da
natureza – e ao tribalismo, ainda muito di-
fundidos entre os guerrilheiros do Movimen-
to Popular de Libertação de Angola (MPLA).

17. (Fuvest) Consideradas no âmbito dos valo-


res que são postos em jogo em Mayombe, as
relações entre a árvore e a floresta, tal como
concebidas e expressas no excerto, ensejam
a valorização de uma conduta que correspon-
de à da personagem:
O Comissário apertou-lhe mais a mão, que-
a) João Romão, de O cortiço, observadas as re-
rendo transmitir-lhe o sopro de vida. Mas a
lações que estabelece com a comunidade dos
vida de Sem-Medo esvaía-se para o solo do
encortiçados.
Mayombe, misturando-se às folhas em de-
b) Jacinto, de A cidade e as serras, tendo em
composição.
vista suas práticas de beneficência junto aos
[…] Mas o Comissário não ouviu o que o Co-
mandante disse. Os lábios já mal se moviam. pobres de Paris.
A amoreira gigante à sua frente. O tronco c) Fabiano, de Vidas secas, na medida em que
destaca-se do sincretismo da mata, mas se eu ele se integrava na comunidade dos sertane-
percorrer com os olhos o tronco para cima, a jos, seus iguais e vizinhos.
folhagem dele mistura-se à folhagem geral d) Pedro Bala, de Capitães da areia, em especial
e é de novo o sincretismo. Só o tronco se ao completar sua trajetória de politização.
destaca, se individualiza. Tal é o Mayombe, e) Augusto Matraga, do conto “A hora e vez de
os gigantes só o são em parte, ao nível do Augusto Matraga”, de Sagarana, na sua fase
tronco, o resto confunde-se na massa. Tal o inicial, quando era o valentão do lugar.
homem. As impressões visuais são menos
nítidas e a mancha verde predominante faz 18. (Fuvest) Mayombe refere-se a uma região
esbater progressivamente a claridade do montanhosa em Angola, dominada por flo-
tronco da amoreira gigante. As manchas ver- resta pluvial densa, rica em árvores de gran-
des são cada vez mais sobrepostas, mas, num de porte, e localizada em área de baixa la-
sobressalto, o tronco da amoreira ainda se titude (4° 40’S). Levando em conta essas
afirma, debatendo-se. Tal é a vida. […] características geográficas e vegetacionais, é
Os olhos de Sem-Medo ficaram abertos, con- correto afirmar que:
templando o tronco já invisível do gigante a) esse tipo de vegetação predomina na maior
que para sempre desaparecera no seu ele- parte do continente africano, circundando
mento verde. áreas de savana e deserto.
Pepetela, Mayombe.
b) se trata da única floresta pluvial sobre áreas
montanhosas, pois esse tipo de floresta não
16. (Fuvest) Considerando-se o excerto no con- ocorre em outras áreas do mundo.
texto de Mayombe, os paralelos que nele são c) a vegetação da região é semelhante à da flo-
estabelecidos entre aspectos da natureza e resta encontrada, no Brasil, na mesma faixa
da vida humana podem ser interpretados latitudinal.
como uma: d) nessa mesma faixa latitudinal, no Brasil, há
a) reflexão relacionada ao próprio Comandante regiões áridas, de altas altitudes, em que
Sem-Medo e a seu dilema característico entre predominam ervas rasteiras.
a valorização do indivíduo e o engajamento e) tais florestas pluviais só ocorrem no hemis-
em um projeto eminentemente coletivo. fério sul, devido ao regime de chuvas e às
b) caracterização flagrante da dificuldade de altas temperatura.
aceder ao plano do raciocínio abstrato, típi-
ca da atitude pragmática do militante revo-
lucionário.
c) figuração da harmonia que reina no mundo
natural, em contraste com as dissensões que
caracterizam as relações humanas, notada-
mente nas zonas urbanizadas.

32
GABARITO
1. D 2. A 3. E 4. A 5. E
6. B 7. B 8. E 9. E 10. C
11. B 12. A 13. D 14. D 15. C
16. A 17. D 18. C

33
INGLÊS

Prescrição: A prova de Língua Inglesa da Fuvest exige que o candidato saiba interpre-
tar textos publicitários, científicos e, sobretudo, jornalísticos, acompanhados ou não de
imagens.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER 2. (Fuvest) Segundo o texto, a bactéria Wolba-
ÀS QUESTÕES 1 E 2. chia, se inoculada nos mosquitos e bloqueia
a transmissão da dengue porque:
a) torna os machos estéreis.
b) interfere no período de acasalamento dos
mosquitos.
About half of the world’s population is at c) impede a multiplicação do vírus nas fêmeas.
risk of contracting dengue, according to the
d) impede a eclosão dos ovos que contêm o vírus.
World Health Organization. The mosquito is
found in tropical and subtropical climates e) diminui a quantidade de ovos depositados
around the world; however, dengue does pelas fêmeas.
not naturally occur in these creatures: the
Leia o texto a seguir para responder às ques-
mosquitoes get dengue from us.
The mechanism of dengue infection is tões 3 a 5.
simple. Female mosquitoes bite humans Working for on-demand startups like Uber
because they need the protein found in our and TaskRabbit is supposed to offer flexible
blood to produce eggs. (Male mosquitoes do hours and higher wages, but many workers
not bite.) If the mosquito bites someone with have found the pay lower and the hours
dengue – and then, after the virus’s roughly less flexible than they expected. Even more
eight – to 12 – day replication period, bites surprising: percent of those chauffeuring
someone else – it passes dengue into its passengers and percent of those making
next victim’s bloodstream.
deliveries said they lack personal auto
There is no vaccine against dengue, but
insurance.
infecting mosquitoes with a natural bacterium
called Wolbachia blocks the insects’ ability Those are among the findings from a
to pass the disease to humans. The microbe survey about the work life of independent
spreads among both male and female contractors for on-demand startups, a
mosquitoes: infected females lay eggs that booming sector of the tech industry, being
harbor the bacterium, and when Wolbachia- released Wednesday.
free females mate with infected males, their “We want to shed light on the industry
eggs simply do not hatch. Researchers are now as a whole,” said Isaac Madan, a Stanford
releasing Wolbachia-infected females into the master’s candidate in bioinformatics who
wild in Australia, Vietnam, Indonesia and worked with two other Stanford students
Brazil. and a recent alumnus on the survey of
Scientific American, June 2015. Adaptado. workers. “People need to understand how
this space will change and evolve and help
1. (Fuvest) De acordo com o texto, a infecção the economy.”
por dengue: On-demand, often called the sharing
a) propaga-se quando mosquitos fêmeas picam economy, refers to companies that let users
seres humanos infectados e retransmitem a summon workers via smartphone apps
doença a outras pessoas. to handle all manner of services: rides,
b) é provocada por mosquitos infectados depois cleaning, chores, deliveries, car parking,
do acasalamento. waiting in lines. Almost uniformly, those
c) desenvolve-se por meio das fêmeas, que workers are independent contractors rather
transmitem o vírus para os machos, num cír- than salaried employees.
culo vicioso que se repete periodicamente. That status is the main point of contention in
d) desenvolve-se no corpo humano após doze a recent rash of lawsuits in which workers are
dias da picada, período de incubação do vírus. filing for employee status. While the survey
e) altera a proteína presente no sangue huma- did not directly ask contractors if they would
no que é procurada pelos mosquitos fêmeas. prefer to be employees, it found that their top

35
workplace desires were to have paid health
insurance, retirement benefits and paid time RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
off for holidays, vacation and sick days – all
perks of full-time workers. Respondents also 1. O texto coloca “Female mosquitoes bite
expressed interest in having more chances for humans because they need the protein found
advancement, education sponsorship, disability in our blood to produce eggs. […]). If the
insurance and human-relations support. mosquito bites someone with dengue – and
Because respondents were recruited rather then, after the virus’s roughly eight – to
than randomly selected, the survey does not 12 – day replication period, bites someone
claim to be representational but a conclusion else – it passes dengue into its next victim’s
one may come to is that flexibility of new bloodstream” (os mosquitos fêmeas picam
jobs comes with a cost. Not all workers are os seres humanos porque eles precisam da
prepared for that! proteína encontrada em nosso sangue para
SFChronicle.com and SFGate.com, May 20, 2015. Adaptado. produzir ovos […]. Se o mosquito pica alguém
com dengue – e então, depois do período de
3. (Fuvest) Segundo o texto, empresas do tipo replicação do vírus de aproximadamente 8
“on-demand”: a 12 dias, pica mais alguém – o mosquito
a) têm pouco contato com seus prestadores de transmite a dengue para a corrente
serviços, o que dificulta o estabelecimento sanguínea da próxima vítima).
de planos de carreira.
2. O texto coloca “There is no vaccine against
b) são intermediárias entre usuários e pres-
tadores de serviços acionados por meio de dengue, but infecting mosquitoes with a
aplicativos. natural bacterium called Wolbachia blocks the
c) remuneram abaixo do mercado seus presta- insects’ ability to pass the disease to humans.
dores de serviços. The microbe spreads among both male and
d) exigem dos prestadores de serviços um nú- female mosquitoes: infected females lay
mero mínimo de horas trabalhadas por dia. eggs that harbor the bacterium, and when
e) estão crescendo em número, mas são critica- Wolbachia-free females mate with infected
das pela qualidade de seus serviços. males, their eggs simply do not hatch” (não
há nenhuma vacina contra a dengue, mas
4. (Fuvest) Outro resultado da mesma pesquisa infectar mosquitos com uma bactéria natural
indica que: chamada Wolbachia bloqueia a habilidade dos
a) grande parte dos trabalhadores em empresas insetos de passarem a doença aos humanos.
“on-demand” não pensa em ter um registro O micróbio se espalha tanto entre mosquitos
formal de trabalho. machos quanto fêmeas: as fêmeas infectadas
b) nem todos os trabalhadores em empresas botam ovos que possuem a bactéria e quando
“on-demand” estão preparados para arcar as fêmeas sem a Wolbachia cruzam com
com o custo de sua flexibilidade no trabalho. machos infectados, seus ovos simplesmente
c) muitos dos entrevistados que prestam servi- não eclodem).
ços nas empresas “on-demand” também têm
um trabalho formal. 3. O texto coloca “On-demand, often called the
d) vários dos entrevistados buscam o trabalho sharing economy, refers to companies that let
“on-demand” por conta do status que ele users summon workers via smartphone apps
proporciona. to handle all manner of services...” (On-
e) as vantagens de um emprego formal são me- demand, em geral chamadas de economia
nores se comparadas com as vantagens en- do compartilhamento, refere-se a empresas
volvidas no trabalho “on-demand”. que permitem que os usuários convoquem
trabalhadores por meio de aplicativos de
5. (Fuvest) Um dos resultados da pesquisa re- smartphones para lidar com vários tipos de
alizada com prestadores de serviços de em- serviços...).
presas do tipo “on-demand” mostra que es- 4. O texto coloca “...flexibility of new jobs comes
ses trabalhadores: with a cost. Not all workers are prepared
a) consideram a flexibilidade do horário de tra- for that!” (...a flexibilidade de novos
balho o ponto alto de sua opção profissional. empregos vem com um custo. Nem todos os
b) pagam seus próprios seguros-saúde e planos
trabalhadores estão prontos pra isso).
de aposentadoria.
c) investem no seu aprimoramento profissional 5. O texto coloca “...it found that their top
para obter melhores ganhos no futuro. workplace desires were to have paid health
d) têm a opção de tirar férias quando desejarem, insurance, retirement benefits and paid time
com o apoio das empresas e dos familiares. off for holidays, vacation and sick days – all
e) desejam ter os mesmos benefícios sociais perks of full-time workers” (ele [o estudo]
que trabalhadores assalariados. descobriu que seus maiores desejos [dos

36
trabalhadores de empresas on-demand]
eram de ter seguro de saúde, benefícios de PRÁTICA DOS
aposentadoria, férias, feriados e licenças
médicas remunerados – todos privilégios de CONHECIMENTOS - E.O.
trabalhadores de tempo integral).
Leia o texto a seguir para responder às ques-
tões 1 a 3.
GABARITO
1. A 2. D 3. B 4. B 5. E

You know the exit is somewhere along this


stretch of highway, but you have never
taken it before and do not want to miss it.
As you carefully scan the side of the road
for the exit sign, numerous distractions
intrude on your visual field: billboards, a
snazzy convertible, a cell phone buzzing on
the dashboard. How does your brain focus on
the task at hand? To answer this question,
neuroscientists generally study the way
the brain strengthens its response to what
you are looking for – jolting itself with an
especially large electrical pulse when you
see it. Another mental trick may be just as
important, according to a study published
in April in the Journal of Neuroscience:
the brain deliberately weakens its reaction
to everything else so that the target seems
more important in comparison. Such
research may eventually help scientists
understand what is happening in the brains
of people with attention problems, such as
attention-deficit/hyperactivity disorder.
And in a world increasingly permeated by
distractions – a major contributor to traffic
accidents – any insights into how the brain
pays attention should get ours.
Scientific American, July 2014. Adaptado

1. (Fuvest) O foco principal do texto são as:


a) várias distrações que se apresentam quando
estamos dirigindo.
b) estratégias que nosso cérebro utiliza para se
concentrar em uma tarefa.
c) informações que nosso campo visual precisa
processar.
d) decisões que tomamos quando queremos
usar um caminho novo.
e) várias tarefas que conseguimos realizar ao
mesmo tempo.

37
2. (Fuvest) De acordo com o texto, a pesquisa d) uma cidade como São Paulo será pequena se
mencionada pode comparada a outras no ano de 2050.
a) colaborar para a compreensão de nossas ati- e) os países em desenvolvimento estão lidando
tudes frente a novas tarefas. melhor com a questão do êxodo rural do que
b) ajudar pessoas que possuem diversos distúr- os países desenvolvidos.
bios mentais, ainda pouco conhecidos.
c) ajudar pessoas que, normalmente, são muito 5. (Fuvest) De acordo com o texto:
distraídas e desorganizadas. a) a população rural crescerá na mesma propor-
d) colaborar para a compreensão do modo como ção que a população urbana nos próximos 20
enxergamos o mundo. anos.
e) colaborar para a compreensão do que ocor- b) a população, nas cidades, chegará a mais de
re no cérebro de pessoas com problemas de 6 bilhões de pessoas até 2050.
atenção. c) a expansão de cidades como São Paulo é um
exemplo do crescimento global.
3. (Fuvest) Segundo estudo publicado no Jour- d) a cidade de São Paulo cresceu seis vezes
nal of Neuroscience, mencionado no texto, mais, na última década, do que o previsto
a) nossa busca pela realização de tarefas diver- por especialistas.
sas aumenta o número de pulsações elétricas e) o crescimento maior da população em cen-
produzidas pelo cérebro. tros urbanos ocorrerá em países desenvolvidos.
b) os neurocientistas estão estudando como,
sem grande esforço, conseguimos focalizar Leia o texto a seguir para responder às ques-
uma coisa de cada vez. tões 6 e 7.
c) as pulsações elétricas produzidas pelo cére-
bro são intensas e constantes.
d) nosso cérebro reduz sua reação a estímulos
que são menos relevantes para a tarefa a ser
realizada, mantendo o foco.
e) o tipo de resposta que nosso cérebro fornece
frente a novas tarefas ainda é uma questão a
ser respondida pelos pesquisadores.

Leia o texto a seguir para responder às ques-


tões 4 e 5.
Between now and 2050 the number of people
living in cities will grow from 3.9 billion to
6.3 billion. The proportion of urban dwellers
will swell from 54% to 67% of the world’s
population, according to the UN. In other
A wave of anger is sweeping
words, for the next 36 years the world’s cities
the cities of the world.
will expand by the equivalent of six São Paulos
every year. This growth will largely occur in
The protests have many different origins.
developing countries. But most governments
In Brazil people rose up against bus fares,
there are ignoring the problem, says William in Turkey against a building project.
Cobbett of the Cities Alliance, an NGO that Indonesians have rejected higher fuel
supports initiatives such as the one launched prices. In the euro zone they march against
by New York University to help cities make austerity, and the Arab spring has become
long-term preparations for their growth. a perma-protest against pretty much
“Whether we want it or not, urbanisation is everything.
inevitable,” say specialists. “The real question Yet just as in 1848, 1968 and 1989, when
is: how can we improve its quality?” people also found a collective voice, the
The Economist, June 21st 2014. Adaptado. demonstrators have much in common. In
one country after another, protesters have
4. (Fuvest) Segundo William Cobbett: risen up with bewildering speed. They tend
to be ordinary, middle-class people, not
a) várias ONGs estão trabalhando para minimi-
lobbies with lists of demands. Their mix of
zar os problemas enfrentados nas cidades. revelry and rage condemns the corruption,
b) as maiores migrações para as cidades tive- inefficiency and arrogance of the folk in
ram início há 36 anos. charge.
c) a maioria dos governantes de países em de- Nobody can know how 2013 will change the
senvolvimento não está dando atenção à ex- world – if at all. In 1989 the Soviet empire
plosão demográfica nas cidades. teetered and fell. But Marx’s belief that 1848

38
was the first wave of a proletarian revolution “One year of schooling gives you about 10
was confounded by decades of flourishing percent lower mortality rates, whereas with
capitalism and 1968 did more to change a 10 percent increase in GDP, your mortality
sex than politics. Even now, though, the rate would go down only by 1 to 2 percent.”
inchoate significance of 2013 is discernible. Discover, May 31, 2013. Adaptado.
And for politicians who want to peddle the
same old stuff, news is not good.
8. (Fuvest) No texto, ao se comparar o México
The Economist, June 29, 2013. Adaptado.
aos Estados Unidos, afirma-se que, no México:
a) o produto interno bruto é equivalente a 50%
6. (Fuvest) Segundo o texto, os protestos de do produto interno bruto dos Estados Uni-
2013, em diversos lugares do mundo: dos.
a) vêm perdendo força por falhas de organiza- b) os índices de mortalidade adulta vêm cres-
ção. cendo, nos últimos anos.
b) questionam a atuação dos lobbies nas rei- c) as mulheres representam 50% da população-
vindicações das diversas classes sociais. escolarizada.
c) condenam a corrupção e outros comporta- d) as políticas educacionais são insuficientes e
mentos inadequados da classe política. estão defasadas.
d) resultam de motivações econômicas preci- e) as taxas de mortalidade feminina adulta são
sas. pouco superiores às norte-americanas.
e) têm poucos aspectos em comum.
9. (Fuvest) O argumento central do texto é o de
7. (Fuvest) Ao comparar os protestos de 2013 que níveis mais altos de escolaridade estão
com movimentos políticos passados, afirma- diretamente relacionados a:
-se, no texto, que: a) índices mais baixos de mortalidade.
a) nem sempre esses movimentos expressam b) crescimento econômico acentuado.
anseios coletivos. c) mais empregos para as mulheres.
b) as crenças de Marx se confirmaram, mesmo d) menores taxas de natalidade.
após 1848. e) melhorias nos serviços de saúde.
c) as revoltas de 1968 causaram grandes mu-
danças políticas. 10. (Fuvest) De acordo com o texto, “about 10
d) não se sabe se os protestos de 2013 mudarão percent lower mortality rates” é resultado de :
o mundo. a) “10 percent increase in GDP”.
e) mudanças de costumes foram as principais b) “child mortality reductions”.
consequências de movimentos passados. c) “equivalent per capita GDP”.
d) “economic growth”.
Leia o texto a seguir para responder às ques- e) “one year of schooling”.
tões 8 a 10.

GABARITO
To live the longest and healthiest life
possible, get smarter. Institute for Health
Metrics and Evaluation (IHME) data show
that past a certain threshold, health and 1. B 2. E 3. D 4. C 5. B
wealth are just weakly correlated. However,
overall health is closely tied to how many 6. C 7. D 8. E 9. A 10. E
years people spend in school. Mexico, for
instance, has a fifth the per capita gross
domestic product (GDP) of the United States,
but, for women, more than 50 percent of the
latter’s schooling.
In line with the trend, Mexico’s female
adult mortality rate is only narrowly higher.
Vietnam and Yemen have roughly equivalent
per capita GDP. Yet Vietnamese women
average 6.3 more years in school and are half
as likely to die between the ages of 15 and
60. “Economic growth is also significantly
associated with child mortality reductions,
but the magnitude of the association
is much smaller than that of increased
education,” comments Emmanuela Gakidou,
IHME’s director of education and training.

39
REDAÇÃO

Fuvest

METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DA REDAÇÃO


A redação deverá ser, obrigatoriamente, uma dissertação de caráter argumentativo, na qual se espera que o candidato,
visando sustentar um ponto de vista sobre o tema, demonstre capacidade de mobilizar conhecimentos e opiniões;
argumentar de forma coerente e pertinente; articular eficientemente as partes do texto e expressar-se de modo claro,
correto e adequado. Os textos elaborados pelos candidatos serão avaliados quanto a três aspectos ou quesitos:

Critérios de correção

1. Desenvolvimento do tema e organização do texto dissertativo-argumentativo


Verifica-se inicialmente se o texto configura-se como uma dissertação argumentativa e se atende ao tema propos-
to. Pressupõe-se, então, que o candidato demonstre habilidade de compreender a proposta de redação e, quando
esta contiver uma coletânea, que se revele capaz de ler e de relacionar adequadamente as ideias e informações
dos textos que a integram. No que diz respeito ao desenvolvimento do tema, verifica-se, além da pertinência das
informações e da efetiva progressão temática, a capacidade crítico-argumentativa que a redação venha a revelar.
A paráfrase de elementos que compõem a proposta de redação não é um recurso recomendável para o desenvolvi-
mento adequado do tema. Não se recomenda, também, que o texto produzido se configure como uma dissertação
meramente expositiva, isto é, que se limite a expor dados ou informações relativos ao tema, sem que se explicite
um ponto de vista devidamente sustentado por uma argumentação consistente.

2. Coerência dos argumentos e articulação das partes do texto

Avaliam-se, conjuntamente, a coerência dos argumentos e das opiniões e a coesão textual, ou seja, a correta
articulação das palavras, frases e parágrafos. A coerência reflete a capacidade do candidato de relacionar os
argumentos e organizá-los de forma a deles extrair conclusões apropriadas e, também, sua habilidade para o
planejamento e a construção significativa do texto. Devem-se evitar contradições entre frases ou parágrafos,
falta de encadeamento das ideias, circularidade ou quebra da progressão argumentativa, uso de argumentação
baseada apenas no senso comum e falta de conclusão ou conclusões que não decorram do que foi previamen-
te exposto. Quanto à coesão, serão verificados, entre outros, o estabelecimento de relações semânticas entre
partes do texto e o uso adequado de conectivos.

3. Correção gramatical e adequação vocabular


Avaliam-se o domínio da norma-padrão escrita da língua portuguesa e a clareza na expressão das ideias. Serão
examinados aspectos gramaticais como ortografia, morfologia, sintaxe e pontuação, e o emprego adequado e
expressivo do vocabulário. Espera-se que o candidato revele competência para expor com precisão e concisão
os argumentos selecionados para a defesa do ponto de vista adotado, evitando o uso de clichês ou frases fei-
tas. Avalia-se, também, a seleção adequada do vocabulário, tendo em vista as peculiaridades do tipo de texto
exigido.

41
Pontuação dos critérios
ƒ Para cada um dos três aspectos, cada avaliador atribuirá, independentemente, pontuação de 1 a 5.
ƒ Quando os pontos atribuídos pelos dois avaliadores a um determinado aspecto divergirem em 1 ponto, valerá
a média das duas notas. Se a discrepância entre os dois avaliadores exceder 1 ponto em qualquer dos três
aspectos, a redação será objeto de terceira avaliação por banca designada para esse fim. Caberá a essa banca
decidir qual das duas notas é a mais adequada ou se cabe atribuir uma terceira nota, diversa das que foram
atribuídas. Neste caso, prevalecerá a terceira nota.
ƒ Os pontos atribuídos a cada aspecto serão multiplicados por 4, 3 e 3, respectivamente, obtendo-se, assim, uma
nota ponderada para a redação, que variará entre 10 e 50 pontos.
ƒ Além das redações em branco, receberão nota zero textos que desenvolverem tema diverso do que foi solicita-
do, ou que não atenderem à modalidade discursiva indicada. Serão passíveis de receber nota zero também os
textos com extensão claramente abaixo do limite estabelecido nas instruções da prova ou que apresentarem
elementos verbais ou visuais não relacionados com o tema da redação.
ƒ Caso a redação receba nota zero de um dos avaliadores e nota diferente de zero de outro avaliador, ela será
objeto de uma terceira avaliação, seguindo os mesmos critérios estabelecidos para os casos de discrepância
submetidos a terceira avaliação.

FIQUE LIGADO - Os últimos temas foram:


ƒ 2019 – De que maneira o passado contribui para a compreensão do presente?
ƒ 2018 – Devem existir limites para a arte?
ƒ 2017 – O homem saiu de sua menoridade?
ƒ 2016 – As utopias: indispensáveis, inúteis ou nocivas?
ƒ 2015 – “Camarotização” da sociedade brasileira: a segregação das classes sociais e a democracia

PROPOSTA 1
Texto I

Consideramo-nos seres tão solitários, uns tentando desesperadamente se comunicar e confrontar com os outros,
quando devíamos estar todos conectados, compartilhando e se ajudando mutuamente. Triste é precisar esperar a
adversidade para nos darmos conta do quão importante é esse engajamento.
http://lounge.obviousmag.org/vanilla_sky/2014/12/em-busca-da-coletividade-perdida.html#ixzz64EBmk3fM

Texto II

O conjunto das crenças e dos sentimentos comuns à média dos membros de uma mesma sociedade forma um sis-
tema determinado que tem sua vida própria; poderemos chamá-lo: a consciência coletiva ou comum. Sem dúvida,
ela não tem por substrato um órgão único; é, por definição, difusa em toda extensão da sociedade; mas não deixa
de ter caracteres específicos que fazem dela uma realidade distinta. Com efeito, é independente das condições
particulares em que os indivíduos estão colocados; eles passam, ela permanece. É a mesma no norte e no sul, nas
grandes e pequenas cidades, nas diferentes profissões. Da mesma forma, não muda a cada geração, mas, ao con-
trário, liga umas às outras as gerações sucessivas. Portanto, é completamente diversa das consciências particulares,
se bem que se realize somente entre indivíduos.
Émile Durkheim. A consciência coletiva.

42
Texto III

Parte do trabalho da política — seja nos partidos ou movimentos sociais — está em nos mostrar como nossos
problemas individuais têm origem em questões sistêmicas e como eles podem ser confrontados de forma coletiva
se nos organizamos em torno dessas identidades. Assim, a dívida deixa de ser uma fonte de vergonha e passa a
ser uma injustiça contra a qual os devedores podem se organizar. As lutas que envolvem o cuidado das crianças
não são exclusivas ou de culpa individual para os que são pais, mas um problema social compartilhado que temos
a responsabilidade de enfrentar em conjunto.

Os inventores do neoliberalismo perceberam bem esse processo de criação da identidade. Ao caracterizar as pes-
soas como egoístas, maximizadoras racionais da utilidade, eles as encorajaram ativamente a se tornarem aquilo.
Esse não é um efeito colateral da política neoliberal, mas uma parte central de sua intenção. Como Michael Sandel
apontou em 2012, em seu livro “O que o dinheiro não compra: Os limites morais dos mercados”, o neoliberalismo
comprime os valores divergentes que anteriormente governavam as esferas da vida não mercantis, como a ética do
serviço público no setor público, ou o atendimento mútuo nas comunidades locais.
https://outraspalavras.net

Texto IV

O fenômeno dos coletivos é um traço regressivo no embate com a solidão do homem moderno. É uma tentativa,
canhestra e primitiva, de “voltar ao útero materno” para ver se o ruído insuportável da realidade disforme do mun-
do se dissolve porque grito palavras de ordem ou faço coisas pelas quais eu mesmo não sou responsabilizado, mas
sim o “coletivo”, essa “pessoa” indiferenciada que não existe.
(Luiz Felipe Pondé. “Sapiens x abelhas”. Folha de S.Paulo, 23.05.2016. Adaptado.)

Texto V

Estou sentada nos ombros de um homem


Ele está afundando sob o fardo (peso)
Eu faria qualquer coisa para ajudá-lo
Exceto descer de suas costas

Obra: “A sobrevivência dos mais gordos” De Jens Galschiot. http://www.aidoh.dk/new-struct/About-Jens-Galschiot/CV-GB-PT.pdf

DE QUE FORMA O SENTIDO DE COLETIVIDADE ESTÁ PRESENTE NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA?

43
PROPOSTA 2
Texto I

Segundo René Mucchielli, o conformismo é a atitude social que consiste em se submeter às opiniões, regras,
normas, modelos que representam a mentalidade coletiva ou osistema de valores do grupo ao qual se adere a
torná-los seus. Esse processo, amplamente estudado em psicologia social, corresponde mudanças de opinião, de
comportamento ou mesmo de percepção de um indivíduo ou grupo minoritário, em situações influência ou pressão
social exercida por parte de outros indivíduos ou por um grupo dominante.
http://causacaopsi.blogspot.com/2014/05/conformismo-quandoa-conformidade-se-da.html

Texto II

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando
uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e
torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o
trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que
fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangra-
mentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que
aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.
Marina Colasanti, In: “Eu sei, mas não devia”

Texto III

Na primeira noite eles se aproximam


e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada. (…)
Eduardo Alves da Costa. No Caminho, com Maiakóvski.

44
Texto IV

O hábito torna suportáveis até as coisas assustadoras.


Esopo

Texto V
Não importa contradição
O que importa é televisão
Dizem que não há nada que você não se acostume
Cala a boca e aumenta o volume então.
MELLO, B.; BRITTO, S. A melhor banda de todos os tempos da última semana. São Paulo: Abril Music, 2001 (fragmento).

Texto VI
Olhem desconfiados e perguntem
Se é necessário, a começar do mais comum.
E, por favor, não achem natural
O que acontece e torna a acontecer:
Não se deve dizer que nada é natural
Numa época de confusão e sangue
desordem ordenada, arbítrio de propósito
humanidade desumanizada
para que imutável não se considere
nada!
Berltold Brecht. A exceção e a regra.

O COSTUME COMO REGRA: QUAIS OS EFEITOS DO CONFORMISMO NA SOCIEDADE ATUAL?

45
RASCUNHO 1
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RASCUNHO 2
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RASCUNHO 3
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C H CIÊNCIAS HUMANAS
e suas tecnologias
HISTÓRIA
Fuvest - História Geral
Mundo contemporâneo, 27%
Mundo moderno, 21%
Antiguidade clássica, 12%
Idade media, 7%
Atualidades, 5%
Antiguidade oriental, 2%
Pre-história, 2%
América Colonial, 5%
América Independete,2%
Problemas sociais, 5%
História da arte, 5%
Conhecimentos gerais, 5%
História da ciência, 2%

Fuvest - História do Brasil


Sistema colonial, 34%
Segundo Reinado, 18%
República Oligárquia, 15%
Primeiro Reinado, 9%
Nova Repúplica, 9%
Período Militar, 9%
Período Regencial, 6%
HISTÓRIA GERAL

Prescrição: Para resolver os exercícios apresentados, são necessários conhecimen-


tos em: Grécia e Roma antigas; Baixa Idade Média; expansão marítima; absolutismo,
revoluções europeias; escravismo colonial e formação dos Estados Unidos; as grandes
guerras mundiais; os movimentos de descolonização e de contestação cultural
pós-1945.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Fuvest) Há cerca de 2000 anos, os sítios superficiais e sem cerâmica dos caçadores antigos foram
substituídos por conjuntos que evidenciam uma forte mudança na tecnologia e nos hábitos. Ao
mesmo tempo que aparecem a cerâmica chamada itararé (no Paraná) ou taquara (no Rio Grande
do Sul) e o consumo de vegetais cultivados, encontram-se novas estruturas de habitações.
PROUS, André. O Brasil antes dos brasileiros. A pré-história do nosso país. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 49 (Adaptado).

O texto associa o desenvolvimento da agricultura com o da cerâmica entre os habitantes do atual


território do Brasil, há 2000 anos. Isso se deve ao fato de que a agricultura:
a) favoreceu a ampliação das trocas comerciais com povos andinos, que dominavam as técnicas de pro-
dução de cerâmica e as transmitiram aos povos guarani.
b) possibilitou que os povos que a praticavam se tornassem sedentários e pudessem armazenar alimen-
tos, criando a necessidade de fabricação de recipientes para guardá-los.
c) proliferou, sobretudo, entre os povos dos sambaquis, que conciliaram a produção de objetos de cerâ-
mica com a utilização de conchas e ossos na elaboração de armas e ferramentas.
d) difundiu-se, originalmente, na ilha de Fernando de Noronha, região de caça e coleta restritas, o que
forçava as populações locais a desenvolver o cultivo de alimentos.
e) era praticada, prioritariamente, por grupos que viviam nas áreas litorâneas e que estavam, portanto,
mais sujeitos a influências culturais de povos residentes fora da América.

2. (Fuvest) Examine estas imagens produzidas no antigo Egito:

As imagens revelam:
a) o caráter familiar do cultivo agrícola no Oriente Próximo, dada a escassez de mão de obra e a proibição,
no antigo Egito, do trabalho compulsório.
b) a inexistência de qualquer conhecimento tecnológico que permitisse o aprimoramento da produção de
alimentos, o que provocava longas temporadas de fome.
c) o prevalecimento da agricultura como única atividade econômica, dada a impossibilidade de caça ou
pesca nas regiões ocupadas pelo antigo Egito.
d) a dificuldade de acesso à água em todo o Egito, o que limitava as atividades de plantio e inviabilizava
a criação de gado de maior porte.
e) a importância das atividades agrícolas no antigo Egito, que ocupavam os trabalhadores durante apro-
ximadamente metade do ano.

51
3. (Fuvest) Em certos aspectos, os gregos da An- 5. (Fuvest) O desenvolvimento de teorias cien-
tiguidade foram sempre um povo disperso. tíficas, geralmente, tem forte relação com
Penetraram em pequenos grupos no mundo contextos políticos, econômicos, sociais e
mediterrânico e, mesmo quando se instala- culturais mais amplos. A evolução dos con-
ram e acabaram por dominá-lo, permanece- ceitos básicos da termodinâmica ocorre,
ram desunidos na sua organização política. principalmente, no contexto:
No tempo de Heródoto, e muito antes dele, a) da Idade Média.
encontravam-se colônias gregas não somen- b) das grandes navegações.
te em toda a extensão da Grécia atual, como c) da Revolução Industrial.
d) do período entre as duas grandes guerras
também no litoral do mar Negro, nas costas
mundiais.
da atual Turquia, na Itália do sul e na Sicília
e) da Segunda Guerra Mundial.
oriental, na costa setentrional da África e no
litoral mediterrânico da França. No interior
desta elipse de uns 2500 km de comprimen- 6. (Fuvest) No século XIX, o surgimento do
to, encontravam-se centenas e centenas de transporte ferroviário provocou profundas
comunidades que amiúde diferiam na sua modificações em diversas partes do mundo,
estrutura política e que afirmaram sempre a possibilitando maior e melhor circulação de
pessoas e mercadorias entre grandes distân-
sua soberania. Nem então nem em nenhuma
cias. Dentre tais modificações, as ferrovias:
outra altura, no mundo antigo, houve uma
a) facilitaram a integração entre os Estados
nação, um território nacional único regido nacionais latino-americanos, ampliaram a
por uma lei soberana, que se tenha chamado venda do café brasileiro para os países vizi-
Grécia (ou um sinônimo de Grécia). nhos e estimularam a constituição de amplo
FINLEY, M.I. O mundo de Ulisses. Lisboa: mercado regional.
Presença, 1972 (Adaptado). b) permitiram que a cidade de Manchester se
conectasse diretamente com os portos do sul
Com base no texto, pode-se apontar corre- da Inglaterra e, dessa forma, provocaram o
tamente: surgimento do sistema de fábrica.
a) a desorganização política da Grécia antiga, c) facilitaram a integração comercial do ocidente
que sucumbiu rapidamente ante as investi- com o extremo oriente, substituíram o trans-
das militares de povos mais unidos e mais porte de mercadorias pelo mar Mediterrâneo e
bem preparados para a guerra, como os egíp- despertaram o sonho de integração mundial.
cios e macedônios. d) permitiram uma ligação mais rápida e ágil,
b) a necessidade de profunda centralização po- nos Estados Unidos, entre a costa leste e a
lítica, como a ocorrida entre os romanos e costa oeste, chegando até a Califórnia, palco
cartagineses, para que um povo pudesse ex- da famosa corrida do ouro.
pandir seu território e difundir sua produção e) permitiram a chegada dos europeus ao cen-
cultural. tro da África, reforçaram a crença no poder
c) a carência, entre quase todos os povos da transformador da tecnologia e demonstraram
antiguidade, de pensadores políticos, capa- a capacidade humana de se impor à natureza.
zes de formular estratégias adequadas de
estruturação e unificação do poder político.
d) a inadequação do uso de conceitos moder-
nos, como nação ou Estado nacional, no es- RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
tudo sobre a Grécia antiga, que vivia sob ou-
tras formas de organização social e política. 1. A resposta cabe a todos os povos no perío-
e) a valorização, na Grécia antiga, dos princí- do Neolítico, entendido não por sua data-
pios do patriotismo e do nacionalismo, como ção, mas pelas mudanças na forma de or-
forma de consolidar política e economica- ganização humana. Nesse período, grupos
mente o Estado nacional. humanos aprenderam a domesticar plantas
e animais, o que foi determinante para a se-
4. (Fuvest) “A instituição das corveias variava dentarização. Muitos denominam esse pro-
de acordo com os domínios senhoriais, e, no cesso de revolução agrícola e de revolução
interior de cada um, de acordo com o estatu- urbana, respectivamente. A produção de ce-
to jurídico dos camponeses, ou de seus man- râmica permitiu o armazenamento de parte
sos [parcelas de terra].” da produção agrícola, ainda voltada para o
BLOCH, Marc. Os caracteres originais da França rural. 1952. consumo das próprias comunidades.
Esta frase sobre o feudalismo trata: 2. A agricultura – marca básica da passagem do
a) da vassalagem. Paleolítico para o Neolítico – foi a base das
b) do colonato. primeiras civilizações antigas, como o Egito.
c) do comitatus. Parte central da economia egípcia, a agricul-
d) da servidão. tura movimentava todos os segmentos so-
e) da guilda. ciais egípcios, como mostram as imagens.

52
3. A Grécia antiga nunca chegou a ser uma na-
ção ou um império (termo muito usado na PRÁTICA DOS
antiguidade). A Grécia era o que chamamos
de organização em cidades-Estado. Sendo CONHECIMENTOS - E.O.
assim, cada povo grego, em cada cidade-Es-
tado, vivia à sua maneira, de modo descen- 1. (Fuvest) Os impérios do mundo antigo ti-
tralizado ou disperso, como classifica o autor nham ampla abrangência territorial e estru-
do texto que acompanha a questão. turas politicamente complexas, o que impli-
cava custos crescentes de administração. No
4. Na época do feudalismo, a corveia era o tra-
caso do Império Romano da antiguidade, são
balho gratuito que os servos e camponeses
exemplos desses custos:
deviam prestar ao seu senhor feudal ou ao
a) as expropriações de terras dos patrícios e a
Estado, três ou mais dias por semana, carac-
geração de empregos para os plebeus.
terizando-se como um dos tributos previstos
b) os investimentos na melhoria dos serviços
no contrato de enfeudação.
de assistência e da previdência social.
5. Os conceitos básicos da termodinâmica foram c) as reduções de impostos, que tinham a fina-
alavancados a partir de 1698 com a invenção lidade de evitar revoltas provinciais e rebeli-
da primeira térmica, uma bomba-d’água que ões populares.
funcionava com vapor, criada por Thomas d) os gastos cotidianos das famílias pobres com
Severy, para retirar água das minas de car- alimentação, moradia, educação e saúde.
vão, na Inglaterra. A partir daí, essa máqui- e) as despesas militares, a realização de obras
na foi sendo cada vez mais aprimorada com públicas e a manutenção de estradas.
a contribuição de vários engenheiros, inven-
tores e construtores de instrumentos, como 2. (Fuvest) O aparecimento da pólis constitui,
James Watt. Por volta de 1760, a máquina
na história do pensamento grego, um acon-
térmica já era um sucesso, tendo importante
tecimento decisivo. Certamente, no plano
contribuição na revolução industrial.
intelectual como no domínio das institui-
A primeira revolução industrial revolucio-
ções, só no fim alcançará todas as suas con-
nou a maneira como se produziam as mer-
sequências; a pólis conhecerá etapas múl-
cadorias, em especial com a criação de ma-
tiplas e formas variadas. Entretanto, desde
quinários movidos a vapor. Na Inglaterra da
seu advento, que se pode situar entre os sé-
década de 1770, o mercado de tecidos, os
culos VIII e VII a.C., marca um começo, uma
transportes (como trens e navios) e as comu-
verdadeira invenção; por ela, a vida social e
nicações funcionavam a partir da máquina a
as relações entre os homens tomam uma for-
vapor. Logo, a termodinâmica está relaciona-
da à revolução industrial. ma nova, cuja originalidade será plenamente
sentida pelos gregos.
6. No século XIX, o transporte ferroviário se VERNANT, Jean-Pierre. As origens do pensamento
desenvolveu na Europa e na América, inclu- grego. Rio de Janeiro: Difel, 1981 (Adaptado).
sive no Brasil. Em nosso país, esteve ligado à
exportação de café para a Europa, escoando o De acordo com o texto, na antiguidade, uma
produto do interior para os portos de Santos das transformações provocadas pelo surgi-
e Rio de Janeiro. Na Inglaterra, as ferrovias mento da pólis foi:
são posteriores ao surgimento do “sistema a) o declínio da oralidade, pois, em seu terri-
de fábrica”, necessárias para escoar a produ- tório, toda estratégia de comunicação era
ção em expansão. As ferrovias foram funda- baseada na escrita e no uso de imagens.
mentais nos EUA, pois foi no século XIX que b) o isolamento progressivo de seus membros,
as terras no sul, até a Califórnia no extremo que preferiam o convívio familiar às relações
oeste, pertencentes ao México, foram con- travadas nos espaços públicos.
quistadas e tiveram sua exploração iniciada. c) a manutenção de instituições políticas arcai-
cas, que reproduziam, nela, o poder absolu-
to de origem divina do monarca.
GABARITO d) a diversidade linguística e religiosa, pois sua
difusa organização social dificultava a cons-
trução de identidades culturais.
1. B 2. E 3. D 4. D 5. C e) a constituição de espaços de expressão e
6. D discussão, que ampliavam a divulgação das
ações e ideias de seus membros.

53
3. (Fuvest) César não saíra de sua província 6. (Fuvest) A cidade é [desde o ano 1000] o
para fazer mal algum, mas para se defender principal lugar das trocas econômicas que
dos agravos dos inimigos, para restabelecer recorrem sempre mais a um meio de troca
em seus poderes os tribunos da plebe que ti- essencial: a moeda. [...] Centro econômico,
nham sido, naquela ocasião, expulsos da Ci- a cidade é também um centro de poder. Ao
dade, para devolver a liberdade a si e ao povo lado do e, às vezes, contra o poder tradicio-
romano oprimido pela facção minoritária. nal do bispo e do senhor, frequentemente
CÉSAR, Caio Júlio. A guerra civil. São Paulo: confundidos numa única pessoa, um grupo
Estação Liberdade, 1999, p. 67. de homens novos, os cidadãos ou burgueses,
O texto, do século I a.C., retrata o cenário conquista “liberdades”, privilégios cada vez
romano de: mais amplos.
a) implantação da monarquia, quando a aristo- LE GOFF, Jacques. São Francisco de Assis.
Rio de Janeiro: Record, 2010 (Adaptado).
cracia perseguia seus opositores e os forçava
ao ostracismo, para sufocar revoltas oligár- O texto trata de um período em que:
quicas e populares.
a) os fundamentos do sistema feudal coexis-
b) transição da república ao império, período
tiam com novas formas de organização polí-
de reformulações provocadas pela expansão
mediterrânica e pelo aumento da insatisfa- tica e econômica, que produziam alterações
ção da plebe. na hierarquia social e nas relações de poder.
c) consolidação da república, marcado pela b) o excesso de metais nobres na Europa provo-
participação política de pequenos proprietá- cava abundância de moedas, que circulavam
rios rurais e pela implementação de amplo apenas pelas mãos dos grandes banqueiros e
programa de reforma agrária. dos comerciantes internacionais.
d) passagem da monarquia à república, período c) o anseio popular por liberdade e igualdade
de consolidação oligárquica, que provocou a social mobilizava e unificava os trabalhado-
ampliação do poder e da influência política res urbanos e rurais e envolvia ativa partici-
dos militares. pação de membros do baixo clero.
e) decadência do império, então sujeito a inva- d) a Igreja romana, que se opunha ao acúmulo
sões estrangeiras e à fragmentação política
de bens materiais, enfrentava forte oposição
gerada pelas rebeliões populares e pela ação
da burguesia ascendente e dos grandes pro-
dos bárbaros.
prietários de terras.
4. (Fuvest) A escravidão na Roma antiga: e) as principais características do feudalismo,
a) permaneceu praticamente inalterada ao lon- sobretudo a valorização da terra, haviam
go dos séculos, mas foi abolida com a intro- sido completamente superadas e substitu-
dução do cristianismo. ídas pela busca incessante do lucro e pela
b) previa a possibilidade de alforria do escravo valorização do livre comércio.
apenas no caso da morte de seu proprietário.
c) era restrita ao meio rural e associada ao tra-
7. (Fuvest) Assim como o camponês, o merca-
balho braçal, não ocorrendo em áreas urba-
dor está a princípio submetido, na sua ativi-
nas, nem atingindo funções intelectuais ou
administrativas. dade profissional, ao tempo meteorológico,
d) pressupunha que os escravos eram humanos ao ciclo das estações, à imprevisibilidade
e, por isso, era proibida toda forma de casti- das intempéries e dos cataclismos naturais.
go físico. Como, durante muito tempo, não houve nes-
e) variou ao longo do tempo, mas era determi- se domínio senão necessidade de submissão
nada por três critérios: nascimento, guerra e à ordem da natureza e de Deus, o mercador
direito civil. só teve como meio de ação as preces e as prá-
ticas supersticiosas. Mas, quando se organiza
5. (Fuvest) A palavra “feudalismo” carrega uma rede comercial, o tempo se torna ob-
consigo vários sentidos. Dentre eles, podem- jeto de medida. A duração de uma viagem
-se apontar aqueles ligados a: por mar ou por terra, ou de um lugar para
a) sociedades marcadas por dependências outro, o problema dos preços que, no curso
mútuas e assimétricas entre senhores e de uma mesma operação comercial, mais
vassalos. ainda quando o circuito se complica, sobem
b) relações de parentesco determinadas pelo ou descem tudo isso se impõe cada vez mais
local de nascimento, sobretudo quando ur- à sua atenção. Mudança também importan-
bano. te: o mercador descobre o preço do tempo
c) regimes inteiramente dominados pela fé re- no mesmo momento em que ele explora o
ligiosa, seja ela cristã ou muçulmana. espaço, pois para ele a duração essencial é
d) altas concentrações fundiárias e capitalistas. aquela de um trajeto.
e) formas de economias de subsistência pré- LE GOFF, Jacques. Para uma outra Idade Média.
-agrícolas. Petrópolis: Vozes, 2013 (Adaptado).

54
O texto associa a mudança da percepção do 9. (Fuvest) Quando Bernal Díaz avistou pela pri-
tempo pelos mercadores medievais ao: meira vez a capital asteca, ficou sem pala-
a) respeito estrito aos princípios do livre comér- vras. Anos mais tarde, as palavras viriam:
cio, que determinavam a obediência às regras ele escreveu um alentado relato de suas ex-
internacionais de circulação de mercadorias. periências como membro da expedição es-
b) crescimento das relações mercantis, que pas- panhola liderada por Hernán Cortés rumo
saram a envolver territórios mais amplos e ao Império Asteca. Naquela tarde de no-
distâncias mais longas.
vembro de 1519, porém, quando Díaz e seus
c) aumento da navegação oceânica, que permi-
companheiros de conquista emergiram do
tiu o estabelecimento de relações comerciais
regulares com a América. desfiladeiro e depararam-se pela primeira
d) avanço das superstições na Europa ocidental, vez com o Vale do México lá embaixo, viram
que se difundiram a partir de contatos com um cenário que, anos depois, assim descre-
povos do leste desse continente e da Ásia. veram: “vislumbramos tamanhas maravi-
e) aparecimento dos relógios, que foram inven- lhas que não sabíamos o que dizer, nem se
tados para calcular a duração das viagens ul- o que se nos apresentava diante dos olhos
tramarinas. era real”.
RESTALL, Matthew. Sete mitos da conquista espanhola. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p. 15-16 (Adaptado).
8. (Fuvest) Deve-se notar que a ênfase dada à
faceta cruzadística da expansão portuguesa O texto mostra um aspecto importante da con-
não implica, de modo algum, que os inte- quista da América pelos espanhóis, a saber:
resses comerciais estivessem dela ausentes a) a superioridade cultural dos nativos ameri-
– como tampouco o haviam estado das cru- canos em relação aos europeus.
zadas do Levante, em boa parte manejadas b) o caráter amistoso do primeiro encontro e da
e financiadas pela burguesia das repúblicas posterior convivência entre conquistadores
marítimas da Itália. Tão mesclados andavam e conquistados.
os desejos de dilatar o território cristão com c) a surpresa dos conquistadores diante de ma-
as aspirações por lucro mercantil que, na sua nifestações culturais dos nativos americanos.
d) o reconhecimento, pelos nativos, da impor-
oração de obediência ao pontífice romano, D.
tância dos contatos culturais e comerciais
João II não hesitava em mencionar entre os com os europeus.
serviços prestados por Portugal à cristandade e) a rápida desaparição das culturas nativas da
o trato do ouro da Mina, “comércio tão santo, América espanhola.
tão seguro e tão ativo” que o nome do Salva-
dor, “nunca antes nem de ouvir dizer conhe-
10. (Fuvest) “O senhor acredita, então”, insis-
cido”, ressoava agora nas plagas africanas...
tiu o inquisidor, “que não se saiba qual a
THOMAZ, Luiz Felipe. “D. Manuel, a Índia e
melhor lei?” Menocchio respondeu: “Senhor,
o Brasil”. Revista de História (USP), 161, 2º
semestre de 2009, p. 16-17 (Adaptado). eu penso que cada um acha que sua fé seja
a melhor, mas não se sabe qual é a melhor;
Com base na afirmação do autor, pode-se di- mas, porque meu avô, meu pai e os meus são
zer que a expansão portuguesa dos séculos cristãos, eu quero continuar cristão e acredi-
XV e XVI foi um empreendimento: tar que essa seja a melhor fé”.
a) puramente religioso, bem diferente das cru- GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes.
zadas dos séculos anteriores, já que essas São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 113.
eram, na realidade, grandes empresas comer-
ciais financiadas pela burguesia italiana. O texto apresenta o diálogo de um inquisi-
b) ao mesmo tempo religioso e comercial, já que dor com um homem (Menocchio) processa-
era comum, à época, a concepção de que a do, em 1599, pelo Santo Ofício. A posição
expansão da cristandade servia à expansão de Menocchio indica:
econômica e vice-versa. a) uma percepção da variedade de crenças, pas-
c) por meio do qual os desejos por expansão ter- síveis de serem consideradas, pela Igreja ca-
ritorial portuguesa, dilatação da fé cristã e tólica, como heréticas.
conquista de novos mercados para a econo- b) uma crítica à incapacidade da Igreja católi-
mia europeia mostrar-se-iam incompatíveis. ca de combater e eliminar suas dissidências
d) militar, assim como as cruzadas dos séculos internas.
anteriores, e no qual objetivos econômicos e c) um interesse de conhecer outras religiões e
religiosos surgiriam como complemento ape- formas de culto, atitude estimulada, à épo-
nas ocasional. ca, pela Igreja católica.
e) que visava, exclusivamente, lucrar com o co- d) um apoio às iniciativas reformistas dos pro-
mércio intercontinental, a despeito de, ofi- testantes, que defendiam a completa liber-
cialmente, autoridades políticas e religiosas dade de opção religiosa.
afirmarem que seu único objetivo era a ex- e) uma perspectiva ateísta, baseada na sua ex-
pansão da fé cristã. periência familiar.

55
11. (Fuvest) O texto é parte de uma carta enviada por
Graco Babeuf à sua mulher, no início da Re-
volução Francesa de 1789. O autor:
a) discorda dos propósitos revolucionários e
defende a continuidade do antigo regime,
seus métodos e costumes políticos.
b) apoia incondicionalmente as ações dos re-
volucionários por acreditar que não havia
outra maneira de transformar o país.
c) defende a criação de um poder judiciário,
que atue junto ao rei.
d) caracteriza a violência revolucionária como
uma reação aos castigos e à repressão antes
existentes na França.
A imagem pode ser corretamente lida como e) aceita os meios de tortura empregados pelos
uma: revolucionários e os considera uma novidade
a) defesa do mercantilismo e do protecionismo na história francesa.
comercial ingleses, ameaçados pela cobiça
de outros impérios, sobretudo o francês. 14. (Fuvest) Maldito, maldito criador! Por que eu
b) crítica à monarquia inglesa, vista, no contex- vivo? Por que não extingui, naquele instan-
to da expansão revolucionária francesa, como te, a centelha de vida que você tão desuma-
opressora da própria sociedade inglesa. namente me concedeu? Não sei! O desespero
c) alegoria das pretensões francesas sobre a In- ainda não se apoderara de mim. Meus sen-
glaterra, já que Napoleão Bonaparte era fre- timentos eram de raiva e vingança. Quando
quentemente considerado, pela burguesia, a noite caiu, deixei meu abrigo e vagueei
um líder revolucionário ateu. pelos bosques. (...) Oh! Que noite miserável
d) apologia da monarquia e da igreja inglesas, passei eu! Sentia um inferno devorar-me, e
contrárias à laicização da política e dos cos- desejava despedaçar as árvores, devastar e
tumes típicos da Europa da época. assolar tudo o que me cercava, para depois
e) propaganda de setores comerciais ingleses, sentar-me e contemplar satisfeito a destrui-
defensores dos monopólios comerciais e con- ção. Declarei uma guerra sem quartel à espé-
trários ao livre-cambismo que, à época, ga- cie humana e, acima de tudo, contra aquele
nhava força no país. que me havia criado e me lançara a esta in-
suportável desgraça!
12. (Fuvest) As chamadas “revoluções inglesas”,
SHELLEY, Mary. Frankenstein. 2. ed. Porto Alegre: LPM, 1985.
transcorridas entre 1640 e 1688, tiveram
como resultados imediatos: O trecho acima, extraído de uma obra lite-
a) a proclamação dos Direitos do Homem e do rária publicada pela primeira vez em 1818,
Cidadão e o fim dos monopólios comerciais. pode ser lido corretamente como uma:
b) o surgimento da monarquia absoluta e as a) apologia à guerra imperialista, incorporando
guerras contra a França napoleônica. o desenvolvimento tecnológico do período.
c) o reconhecimento do catolicismo como reli- b) crítica à condição humana em uma socie-
gião oficial e o fortalecimento da ingerência dade industrializada e de grandes avanços
papal nas questões locais. científicos.
d) o fim do anglicanismo e o início das demar- c) defesa do clericalismo em meio à crescente
cações das terras comuns. laicização do mundo ocidental.
e) o fortalecimento do Parlamento e o aumen- d) recusa do evolucionismo, bastante em voga
to, no governo, da influência dos grupos li- no período.
gados às atividades comerciais. e) adesão a ideias e formulações humanistas de
igualdade social.
13. (Fuvest) Oh! Aquela alegria me deu náuseas.
15. (Fuvest) A ideia de ocupação do continen-
Sentia-me ao mesmo tempo satisfeito e des-
te pelo povo americano teve também raízes
contente. E eu disse: tanto melhor e tanto
populares, no senso comum e também em
pior. Eu entendia que o povo comum esta-
fundamentos religiosos. O sonho de esten-
va tomando a justiça em suas mãos. Aprovo
der o princípio da “união” até o Pacífico foi
essa justiça, mas poderia não ser cruel? Cas-
chamado de “Destino Manifesto”.
tigos de todos os tipos, arrastamentos e es-
NARO, Nancy Priscilla S. A formação dos Estados
quartejamentos, tortura, a roda, o cavalete, Unidos. São Paulo: Atual, 1986, p. 19.
a fogueira, verdugos proliferando por toda
parte trouxeram tanto prejuízo aos nossos A concepção de “Destino Manifesto”, cunha-
costumes! Nossos senhores colherão o que da nos Estados Unidos da década de 1840:
semearam. a) difundiu a ideia de que os norte-americanos
eram um povo eleito e contribuiu para jus-
BABEUF, Graco, citado por DARNTON, R. O beijo de
tificar o desbravamento de fronteiras e a ex-
Lamourette. Mídia, cultura e revolução. São Paulo:
Companhia das Letras, 1990, p. 31 (Adaptado). pansão em direção ao Oeste.

56
b) tinha origem na doutrina judaica e enfati- guerras, o que causou um generalizado
zava que os homens deviam temer a Deus e abandono dos recursos necessários ao con-
respeitar a todos os semelhantes, indepen- trole de doenças como o tifo.
dentemente de sua etnia ou posição social. c) as epidemias, nas duas guerras mundiais, não
c) baseava-se no princípio do multiculturalis- afetaram os combatentes dos países ricos, já
mo e impediu a propagação de projetos ou que estes, ao contrário dos combatentes dos
ideologias racistas no Sul e no Norte dos Es- países pobres, encontravam-se imunizados
tados Unidos. contra doenças causadas por vírus.
d) derivou de princípios calvinistas e rejei- d) a ameaça constante de epidemia de tifo re-
tava a valorização do individualismo e do sultava da precariedade das condições de hi-
aventureirismo nas campanhas militares de giene e saneamento decorrentes do enfren-
conquista territorial, privilegiando as ações tamento de populações humanas submetidas
coordenadas pelo Estado. a uma escala de destruição incomum promo-
e) defendia a necessidade de se preservar a na- vida pelas duas guerras mundiais.
tureza e impediu o prosseguimento das guer- e) o tifo, principalmente na Primeira Guerra
ras contra indígenas, na conquista do Centro Mundial, foi utilizado como arma letal con-
e do Oeste do território norte-americano. tra exércitos inimigos no leste europeu, que
eram propositadamente contaminados com
16. (Fuvest) A exploração da mão de obra es- o vírus da doença.
crava, o tráfico negreiro e o imperialismo
criaram conflitivas e duradouras relações de 18. (Fuvest) O que acontece quando a gente se
aproximação entre os continentes africano vê duplicado na televisão? (...). Aprendemos
e europeu. Muitos países da África, mesmo não só durante os anos de formação mas
depois de terem se tornado independentes, também na prática a lidar com nós mesmos
continuaram usando a língua dos coloniza- com esse “eu” duplo. E, mais tarde, (...) em
dores. O português, por exemplo, é língua 1974, ainda detido para averiguação na pe-
oficial de: nitenciária de Colônia-Ossendorf, quando
a) Camarões, Angola e África do Sul. me foi atendida, sem problemas, a solici-
b) Serra Leoa, Nigéria e África do Sul. tação de um aparelho de televisão na cela,
c) Angola, Moçambique e Cabo Verde.
apenas durante o período da Copa do Mundo,
d) Cabo Verde, Serra Leoa e Sudão.
os acontecimentos na tela me dividiram em
e) Camarões, Congo e Zimbábue.
vários sentidos. Não quando os poloneses jo-
17. (Fuvest) Quando a guerra mundial de 1914- garam uma partida fantástica sob uma chu-
-1918 se iniciou, a ciência médica tinha va torrencial, não quando a partida contra a
feito progressos tão grandes que se espera- Austrália foi vitoriosa e houve um empate
va uma conflagração sem a interferência de contra o Chile, aconteceu quando a Alema-
grandes epidemias. Isso sucedeu na frente nha jogou contra a Alemanha. Torcer para
ocidental, mas à leste o tifo precisou de ape- quem? Eu ou eu torci para quem? Para que
nas três meses para aparecer e se estabele- lado vibrar? Qual Alemanha venceu?
cer como o principal estrategista na região GRASS, Gunter. Meu século. Rio de Janeiro:
(...). No momento em que a Segunda Guerra Record, 2000, p. 237 (Adaptado).
Mundial está acontecendo, em territórios em
que o tifo é endêmico, o espectro de uma O trecho acima, extraído de uma obra literá-
grande epidemia constitui ameaça constan- ria, alude a um acontecimento diretamente
te. Enquanto estas linhas estão sendo escri- relacionado:
tas (primavera de 1942) já foram recebidas a) à política nazista de fomento aos esportes
notificações de surtos locais, e pequenos, considerados “arianos” na Alemanha.
mas a doença parece continuar sob controle b) ao aumento da criminalidade na Alemanha,
e muito provavelmente permanecerá assim com o fim da Segunda Guerra Mundial.
por algum tempo. c) à Guerra Fria e à divisão política da Ale-
SIGERIST, Henry E. Civilização e doença. manha em duas partes, a “ocidental” e a
São Paulo: Hucitec, 2010, p. 130-132.
“oriental”.
O correto entendimento do texto acima per- d) ao recente aumento da população de imi-
mite afirmar que: grantes na Alemanha e reforço de sentimen-
a) o tifo, quando a humanidade enfrentou as tos xenófobos.
duas grandes guerras mundiais do século XX, e) ao caráter despolitizado dos esportes em um
era uma ameaça porque ainda não tinha se contexto de capitalismo globalizado.
desenvolvido a biologia microscópica, que
anos depois permitiria identificar a existên-
cia da doença.
b) parte significativa da pesquisa biológica
foi abandonada em prol do atendimento de
demandas militares advindas dessas duas

57
19. (Fuvest) Examine a seguinte imagem, que Entre os exemplos do alongamento dos confli-
foi inspirada pela situação da Índia de 1946. tos internos nos países africanos em função
de “interesses extracontinentais”, a que se
refere o texto, pode-se citar a participação:
a) da Holanda e da Itália na guerra civil do Zai-
re, na década de 1960, motivada pelo con-
trole sobre a mineração de cobre na região.
b) dos Estados Unidos na implantação do
apartheid na África do Sul, na década de
1970, devido às tensões decorrentes do mo-
vimento pelos direitos civis.
c) da França no apoio à luta de independên-
cia na Argélia e no Marrocos, na década de
1950, motivada pelo interesse em controlar
as reservas de gás natural desses países.
d) da China na luta pela estabilização política
no Sudão e na Etiópia, na década de 1960,
motivada pelas necessidades do governo Mao
Tsé-Tung em obter fornecedores de petróleo.
e) da União Soviética e Cuba nas guerras civis
de Angola e Moçambique, na década de 1970,
motivada pelas rivalidades e interesses geo-
políticos característicos da Guerra Fria.

21. (Fuvest) Somos produto de 500 anos de luta:


primeiro, contra a escravidão, na guerra de
independência contra a Espanha, encabe-
çada pelos insurgentes; depois, para evi-
tar sermos absorvidos pelo expansionismo
A leitura correta da imagem permite con-
norte-americano; em seguida, para promul-
cluir que ela constitui uma crítica: gar nossa constituição e expulsar o Império
a) à passividade da ONU e dos países do cha- Francês de nosso solo; depois, a ditadura
mado Terceiro Mundo diante do avanço do porfirista nos negou a aplicação justa das
fundamentalismo hindu no sudeste asiático. leis de reforma e o povo se rebelou criando
b) à oficialização da religião muçulmana na Ín- seus próprios líderes; assim surgiram Villa
dia, diante da qual seria preferível sua ma- e Zapata, homens pobres como nós, a quem
nutenção como Estado cristão. se negou a preparação mais elementar, para
c) ao colonialismo britânico, metaforicamente assim utilizar-nos como bucha de canhão
representado por animais ferozes prontos a e saquear as riquezas de nossa pátria, sem
destruir a liberdade do povo hindu. importar que estejamos morrendo de fome
d) aos políticos que, distanciados da realidade e enfermidades curáveis, sem importar que
da maioria da população, não seriam capa- não tenhamos nada, absolutamente nada,
zes de enfrentar os maiores desafios que se nem um teto digno, nem terra, nem tra-
impunham à união do país. balho, nem saúde, nem alimentação, nem
e) à desesperança do povo hindu, que deve- educação, sem ter direito a eleger livre e de-
ria, não obstante as dificuldades pelas quais mocraticamente nossas autoridades, sem in-
passara durante anos de dominação britâni- dependência dos estrangeiros, sem paz nem
ca, ser mais otimista. justiça para nós e nossos filhos.
“Primeira declaração da Selva Lacandona” (janeiro
de 1994). In: DI FELICE, Massimo; MUÑOZ, Cristoval
20. (Fuvest) Fosse com militares ou civis, a Áfri- (Orgs.). A revolução invencível. Subcomandante Marcos
ca esteve por vários anos entregue a dita- e Exército Zapatista de Libertação Nacional. Cartas e
comunicados. São Paulo: Boitempo, 1998 (Adaptado).
dores. Em alguns países, vigorava uma es-
pécie de semidemocracia, com uma oposição O documento, divulgado no início de 1994
consentida e controlada, um regime que era, pelo Exército Zapatista de Libertação Nacio-
em última análise, um governo autoritário. nal, refere-se, entre outros processos histó-
A única saída para os insatisfeitos e também ricos, à:
para aqueles que tinham ambições de poder a) luta de independência contra a Espanha, no
passou a ser a luta armada. Alguns países início do século XIX, que erradicou o traba-
foram castigados por ferozes guerras civis, lho livre indígena e fundou a primeira repú-
que, em certos casos, foram alongadas por blica na América.
interesses extracontinentais. b) colonização francesa do território mexicano,
COSTA E SILVA, Alberto da. A África explicada aos entre os séculos XVI e XIX, que implantou o
meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 139. trabalho escravo indígena na mineração.

58
c) reforma liberal, na metade do século XX, Essa campanha representou a:
quando a Igreja católica passou a controlar a) luta dos sul-africanos contra o regime do
quase todo o território mexicano. apartheid então vigente.
d) guerra entre Estados Unidos e México, em b) conciliação entre os segregacionistas e os
meados do século XIX, em que o México per- partidários da democracia racial.
deu quase metade de seu território. c) proposta de ampliação da luta antiapartheid
e) ditadura militar, no final do século XIX, que
no continente africano.
devolveu às comunidades indígenas do Mé-
xico as terras expropriadas e rompeu com o d) contemporização diante dos atos de violên-
capitalismo internacional. cia contra os direitos humanos.
e) superação dos preconceitos raciais por parte
dos africânderes.
22. (Fuvest)
24. (Fuvest) O processo de expansão das carac-
terísticas multilaterais do sistema ociden-
tal nas diversas áreas do mundo conheceu
crescente impasse a partir do início do novo
século. A sustentabilidade de um sistema
substancialmente unipolar mostrou-se cada
vez mais crítica, precisamente em face das
transformações estruturais, ligadas, antes
de mais nada, ao crescimento econômico da
Ásia, que pareciam complementar e susten-
A fotografia acima, tirada em Beijing, China, tar a ordem mundial do pós-Guerra Fria. A
em 1989, pode ser identificada, corretamen- ameaça do fundamentalismo islâmico e do
te, como: terrorismo internacional dividiu o Ocidente.
a) reveladora do sucateamento do exército chi-
O papel de pilar dos Estados Unidos oscilou
nês, sinal mais visível da crise econômica
que então se abateu sobre aquela potência entre um unilateralismo imperial, tendendo
comunista. a renegar as próprias características da he-
b) emblema do conflito cultural entre Ocidente gemonia, e um novo multilateralismo, ainda
e Oriente, que resultou na recuperação de a ser pensado e definido.
valores religiosos ancestrais na China. PONS, Silvio. A revolução global: história
c) demonstração da incapacidade do Partido do comunismo internacional (1917-1991).
Comunista Chinês de impor sua política pela Rio de Janeiro: Contraponto, 2014.
força, já que o levante daquele ano derrubou
o regime. O texto propõe uma interpretação do cenário
d) montagem jornalística, logo desmascarada internacional no princípio do século XXI e
pela revelação de que o homem que nela afirma a necessidade de se:
aparece é chinês, enquanto os tanques são a) valorizar a liderança norte-americana sobre
soviéticos. o Ocidente, pois apenas os Estados Unidos
e) símbolo do confronto entre liberdade de ex- dispõem de recursos financeiros e militares
pressão e autoritarismo político, ainda hoje para assegurar a nova ordem mundial.
marcante naquele país. b) reconhecer a falência do modelo comunista,
hegemônico durante a Guerra Fria, e aceitar
23. (Fuvest) Cartaz de 1994 da campanha de Nel- a vitória do capitalismo e da lógica multila-
son Mandela à presidência da África do Sul. teral que se constituiu a partir do final do
século XX.
c) combater o terrorismo islâmico, pois ele re-
presenta a principal ameaça à estabilidade
e à harmonia econômica e política entre os
Estados nacionais.
d) reavaliar o sentido da chamada globaliza-
ção, pois a hegemonia política e financeira
norte-americana tem enfrentado impasses e
resistências.
e) identificar o crescimento vertiginoso da Chi-
na e reconhecer o atual predomínio econô-
mico e financeiro dos países do Oriente na
nova ordem mundial.

59
GABARITO
1. E 2. E 3. D 4. E 5. A

6. A 7. B 8. B 9. C 10. A

11. B 12. E 13. D 14. B 15. A

16. C 17. D 18. C 19. D 20. E

21. D 22. E 23. A 24. D

60
HISTÓRIA DO BRASIL

Prescrição: Para resolver as questões a seguir, é necessário conhecimentos em: economia, so-
ciedade e política nos períodos colonial e imperial; principais características da Primeira República
(1889-1930), da ditadura civil-militar (1964-1985) e da construção da Nova República até os dias
atuais.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Fuvest) Após o Tratado de Tordesilhas 2. (Fuvest) Examine o gráfico.
(1494), por meio do qual Portugal e Espanha
dividiram as terras emersas com uma linha
imaginária, verifica-se um “descobrimento
gradual” do atual território brasileiro.
Tendo em vista o processo da formação terri-
torial do País, considere as ocorrências e as
representações abaixo:
OCORRÊNCIAS:
I. Tratado de Madrid (1750);
II. Tratado de Petrópolis (1903);
III.Constituição da República Federativa do
Brasil (1988)/consolidação da atual divi-
são dos Estados.
REPRESENTAÇÕES:
O gráfico fornece elementos para afirmar:
a) A despeito de uma ligeira elevação, o tráfico
negreiro em direção ao Brasil era pouco sig-
nificativo nas primeiras décadas do século
XIX, pois a mão de obra livre já estava em
franca expansão no país.
b) As grandes turbulências mundiais de finais
do século XVIII e de começos do XIX pre-
judicaram a economia do Brasil, fortemente
dependente do trabalho escravo, mas inca-
paz de obter fornecimento regular e estável
dessa mão de obra.
c) Não obstante pressões britânicas contra o
tráfico negreiro em direção ao Brasil, ele se
manteve alto, contribuindo para que a or-
dem nacional surgida com a Independência
fosse escravista.
d) Desde o final do século XVIII, criaram-se as
condições para que a economia e a socie-
dade do Império do Brasil deixassem de ser
escravistas, pois o tráfico negreiro estava
estagnado.
Associe a ocorrência com sua correta repre- e) Rapidamente, o Brasil aderiu à agenda an-
sentação: tiescravista britânica formulada no final do
I II III século XVIII, firmando tratados de diminui-
a) A C E ção e extinção do tráfico negreiro e acatando
b) B C E as imposições favoráveis ao trabalho livre.
c) C B E
d) A B D
e) C A D

61
3. (Fuvest) Observe a tabela: b) ausência de autonomia dos eleitores e sua fi-
delidade forçada a alguns políticos, as quais li-
IMIGRAÇÃO: BRASIL, mitavam o direito de escolha e demonstravam
1881-1930 (EM MILHARES)
a fragilidade das instituições republicanas.
Ano Chegadas c) restrição provocada pelo voto censitário,
1881-1885 133,4 que limitava o direito de participação polí-
1886-1890 391,6 tica àqueles que possuíam um certo número
1891-1895 659,7
de animais.
d) facilidade de acesso à informação e propa-
1896-1900 470,3
ganda política, permitindo, aos eleitores, a
1901-1905 279,7 rápida identificação dos candidatos que de-
1906-1910 391,6 fendiam a soberania nacional frente às ame-
1911-1915 611,4 aças estrangeiras.
1916-1920 186,4
e) ampliação do direito de voto trazida pela
República, que passou a incluir os analfabe-
1921-1925 368,6
tos e facilitou sua manipulação por políticos
1926-1930 453,6 inescrupulosos.
Total 3.964,3
BETHELL, Leslie (Ed.). The Cambridge History 5. (Fuvest) No início de 1969, a situação po-
of Latin America. vol. IV (Adaptado). lítica se modifica. A repressão endurece e
Os dados apresentados na tabela se expli- leva à retração do movimento de massas. As
cam, dentre outros fatores: primeiras greves, de Osasco e Contagem, têm
seus dirigentes perseguidos e são suspensas.
a) pela industrialização significativa em esta-
O movimento estudantil reflui. A oposição
dos do Nordeste do Brasil, sobretudo aquela
liberal está amordaçada pela censura à im-
ligada a bens de consumo.
prensa e pela cassação de mandatos.
b) pela forte demanda por força de trabalho
CARVALHO, Apolônio de. Vale a pena sonhar.
criada pela expansão cafeeira nos Estados do Rio de Janeiro: Rocco, 1997, p. 202.
Sudeste do Brasil.
c) pela democracia racial brasileira, a favorecer O testemunho, dado por um participante da
a convivência pacífica entre culturas que, resistência à ditadura militar brasileira, sin-
nos seus continentes de origem, poderiam tetiza o panorama político dos últimos anos
até mesmo ser rivais. da década de 1960, marcados:
d) pelos expurgos em massa promovidos em pa- a) pela adesão total dos grupos oposicionistas
íses que viviam sob regimes fascistas, como à luta armada e pela subordinação dos sin-
Itália, Alemanha e Japão. dicatos e centrais operárias aos partidos de
e) pela supervalorização do trabalho assalaria- extrema esquerda.
do nas cidades, já que no campo prevalecia a b) pelo bipartidarismo implantado por meio do
mão de obra de origem escrava, mais barata. Ato Institucional n° 2, que eliminou toda
forma de oposição institucional ao regime
4. (Fuvest) militar.
c) pela desmobilização do movimento estu-
dantil, que foi bastante combativo nos anos
imediatamente posteriores ao golpe de 64,
mas depois passou a defender o regime.
d) pelo apoio da maioria das organizações da
sociedade civil ao governo militar, empenha-
das em combater a subversão e afastar, do
Brasil, o perigo comunista.
e) pela decretação do Ato Institucional n° 5,
que limitou drasticamente a liberdade de ex-
pressão e instituiu medidas que ampliaram a
repressão aos opositores do regime.

A charge satiriza uma prática eleitoral pre- 6. (Fuvest) O presidente do Senado, José Sar-
sente no Brasil da chamada “Primeira Repú- ney (PMDB-AP), disse nesta segunda-feira
blica”. Tal prática revelava a: [30/5] que o impeachment do ex-presidente
a) ignorância, por parte dos eleitores, dos ru- Fernando Collor de Mello foi apenas um “aci-
mos políticos do país, tornando esses eleito- dente” na história do Brasil. Sarney mini-
res adeptos de ideologias políticas nazifas- mizou o episódio em que Collor, que atual-
cistas. mente é senador, teve seus direitos políticos

62
cassados pelo Congresso Nacional. “Eu não 3. O crescimento da imigração no Brasil se deve
posso censurar os historiadores que foram a dois fatores básicos, a saber: 1) o crescimento
encarregados de fazer a história. Mas acho do ciclo cafeeiro no Brasil; e 2) a abolição da
que talvez esse episódio seja apenas um aci- escravatura, em 1888, que exigiu a substitui-
dente que não devia ter acontecido na histó- ção da mão de obra escrava pela livre.
ria do Brasil”, disse o presidente do Senado.
4. A imagem retrata a prática do voto de ca-
Correio Braziliense, 30/05/2011.
bresto: os poderosos coronéis utilizavam de
Sobre o “episódio” mencionado na notícia táticas de coação para manipular as eleições,
acima, pode-se dizer acertadamente que foi obrigando seu “rebanho” a votar em candi-
um acontecimento: datos por eles (coronéis) escolhidos.
a) de grande impacto na história recente do 5. Poucos grupos políticos, mesmo de esquerda,
Brasil e teve efeitos negativos na trajetória fizeram a opção pela luta armada, que teve
política de Fernando Collor, o que faz com pequena expressão no país, principalmente
que seus atuais aliados se empenhem em se comparada com outras nações da América
desmerecer este episódio, tentando diminuir latina. O bipartidarismo permitiu a existên-
a importância que realmente teve. cia de um partido de oposição.
b) nebuloso e pouco estudado pelos historiado- O movimento estudantil foi desmobilizado,
res, que, em sua maioria, trataram de cen- mas nunca apoiou o regime militar.
surá-lo, impedindo uma justa e equilibrada O endurecimento do regime iniciou-se em
compreensão dos fatos que o envolvem. dezembro de 1968 com a decretação do Ato
c) acidental, na medida em que o impeachment Institucional n° 5 (AI-5), que centralizou
de Fernando Collor foi considerado ilegal ainda mais o poder a abriu caminho para
pelo Supremo Tribunal Federal, o que, aliás, uma política de maior repressão à socieda-
possibilitou seu posterior retorno à cena po- de civil.
lítica nacional, agora como senador.
6. O impeachment de Collor é considerado mui-
d) menor na história política recente do Bra-
to significativo na história recente do país.
sil, o que permite tomar a censura em torno
Em 1992, em meio a denúncias de corrupção,
dele, promovida oficialmente pelo Senado
eclodiu um grande movimento social que
Federal, como um episódio ainda menos sig-
envolveu segmentos diferentes, nos quais se
nificativo.
destacaram os estudantes, que pintaram os
e) indesejado pela imensa maioria dos brasilei- rostos de preto nas grandes manifestações
ros, o que provocou uma onda de comoção de rua em apoio à Comissão Parlamentar de
popular e permitiu o retorno triunfal de Fer- Inquérito (CPI) e à condenação do presiden-
nando Collor à cena política, sendo candida- te. Apeado do poder, Collor teve seus direitos
to conduzido por mais duas vezes ao segun- políticos cassados por oito anos e, dessa for-
do turno das eleições presidenciais. ma, foi forçado a deixar a vida política. Seu
retorno deu-se com a eleição para o senado,

RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA em 2006, e, filiado ao PTB, levou-o a apro-


ximar do governo Lula e dos demais aliados
deste, como o ex-presidente José Sarney.
1. Trata-se da formação do território brasileiro
e da divisão política do país ao longo do tem-
po. O Tratado de Madri ([I]/mapa A) corres- GABARITO
ponde à ampliação do território para áreas
a oeste do antigo Tratado de Tordesilhas. O
1. A 2. C 3. B 4. B 5. E
Tratado de Petrópolis ([II]/mapa C) refere-
-se à incorporação do Acre ao território bra- 6. A
sileiro. A Constituição de 1988 ([III]/mapa
E) determinou a atual divisão política do país
com a criação do Estado de Tocantins a partir
do norte de Goiás, transformou os territórios
de Roraima e Amapá em Estados e incorporou
Fernando de Noronha a Pernambuco.
2. A despeito da pressão inglesa para que ocor-
resse o fim do tráfico negreiro para o Brasil,
o mesmo se manteve em alta entre 1810 e
1830, o que contribuiu para a formação es-
cravista da nossa sociedade.

63
PRÁTICA DOS Em escritos anteriores ao século XVI, há re-
ferência apenas a cenouras de cor roxa, ama-
CONHECIMENTOS - E.O. rela ou vermelha. É possível que as cenouras
de cor laranja sejam originárias dos Países
Baixos, e que tenham sido desenvolvidas,
1. (Fuvest) Observe o mapa abaixo.
inicialmente, à época do príncipe de Orange
(1533-1584).
No Brasil, são comuns apenas as cenouras
laranja, cuja cor se deve à presença do pig-
mento betacaroteno, representado a seguir.

Com base no descrito acima, e considerando


corretas as hipóteses ali aventadas, é possível
afirmar que as cenouras de coloração laranja:
a) podem ter sido levadas à Europa pela Com-
panhia das Índias Ocidentais e contêm um
pigmento que é um polifenol insaturado.
b) podem ter sido levadas à Europa por rotas
comerciais norte-africanas e contêm um pig-
mento cuja molécula possui apenas duplas
ligações cis.
c) podem ter sido levadas à Europa pelos chine-
ses e contêm um pigmento natural que é um
poliéster saturado.
Com base no mapa e em seus conhecimentos,
d) podem ter sido trazidas ao Brasil pelos pri-
assinale a alternativa correta.
a) O rio São Francisco foi caminho natural para meiros degredados e contêm um pigmento
a expansão da cana-de-açúcar e do algodão que é um polímero natural cujo monômero é
da Zona da Mata, na Bahia, até a capitania o etileno.
de São Paulo e Minas de Ouro. e) podem ter sido trazidas a Pernambuco du-
b) A ocupação territorial de parte significativa rante a invasão holandesa e contêm um
dessa região foi marcada por duas caracterís- pigmento natural, que é um hidrocarboneto
ticas geomorfológicas: a serra do Espinhaço insaturado.
e o vale do rio São Francisco.
c) Essa região caracterizava-se, nesse período,
por paisagens onde predominavam as minas 3. (Fuvest) Não há trabalho, nem gênero de
e os currais, mas no século XIX a mineração vida no mundo mais parecido à cruz e à
sobrepujou as outras atividades econômicas paixão de Cristo, que o vosso em um destes
dessas capitanias. engenhos [...]. A paixão de Cristo parte foi
d) O caminho pelo rio São Francisco foi esta- de noite sem dormir, parte foi de dia sem
belecido pelas bandeiras paulistas para pe- descansar, e tais são as vossas noites e os
netração na região aurífera da chapada dos
vossos dias. Cristo despido, e vós despidos;
Parecis e posterior pagamento do “quinto”
na sede da capitania, em Salvador. Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em
e) As bandeiras que partiam da capitania da tudo maltratado, e vós maltratados em tudo.
Bahia de Todos os Santos para a capitania Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os
de São Paulo e Minas de Ouro propiciaram nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a
o surgimento de localidades com economia vossa imitação, que, se for acompanhada de
baseada na agricultura monocultora de ex- paciência, também terá merecimento e mar-
portação. tírio[...]. De todos os mistérios da vida, mor-
te e ressurreição de Cristo, os que pertencem
2. (Fuvest) Admite-se que as cenouras sejam ori- por condição aos pretos, e como por herança,
ginárias da região do atual Afeganistão, tendo são os mais dolorosos.
sido levadas para outras partes do mundo por VIEIRA, padre Antônio. “Sermão décimo quarto”.
viajantes ou invasores. Com base em relatos In: INÁCIO, I.; LUCCA, T. (Orgs.). Documentos do
escritos, pode-se dizer que as cenouras devem Brasil colonial. São Paulo: Ática, 1993, p. 73-75.
ter sido levadas à Europa no século XII e, às
Américas, no início do século XVII.

64
A partir da leitura do texto escrito pelo pa- 5. (Fuvest) Os indígenas foram também utiliza-
dre jesuíta Antônio Vieira em 1633, pode-se dos em determinados momentos, e sobretudo
afirmar, corretamente, que, nas terras portu- na fase inicial [da colonização do Brasil]; nem
guesas da América: se podia colocar problema nenhum de maior
a) a Igreja católica defendia os escravos dos ou melhor “aptidão” ao trabalho escravo (...).
excessos cometidos pelos seus senhores e os O que talvez tenha importado é a rarefação
incitava a se revoltar. demográfica dos aborígines, e as dificuldades
b) as formas de escravidão nos engenhos eram de seu apresamento, transporte etc. Mas na
“preferência” pelo africano revela-se, mais
mais brandas do que em outros setores eco-
uma vez, a engrenagem do sistema mercan-
nômicos, pois ali vigorava uma ética religio-
tilista de colonização; esta se processa num
sa inspirada na Bíblia. sistema de relações tendentes a promover a
c) a Igreja católica apoiava, com a maioria de acumulação primitiva de capitais na metró-
seus membros, a escravidão dos africanos, pole; ora, o tráfico negreiro, isto é, o abaste-
tratando, portanto, de justificá-la com base cimento das colônias com escravos, abria um
na Bíblia. novo e importante setor do comércio colonial,
d) clérigos, como padre Vieira, se mostravam in- enquanto o apresamento dos indígenas era
decisos quanto às atitudes que deveriam tomar um negócio interno da colônia. Assim, os ga-
em relação à escravidão negra, pois a própria nhos comerciais resultantes da preação dos
Igreja se mantinha neutra na questão. aborígines mantinham-se na colônia, com
e) havia formas de discriminação religiosa que se os colonos empenhados nesse “gênero de
sobrepunham às formas de discriminação ra- vida”; a acumulação gerada no comércio de
cial, sendo estas, assim, pouco significativas. africanos, entretanto, fluía para a metrópole;
realizavam-na os mercadores metropolitanos,
engajados no abastecimento dessa “merca-
4. (Fuvest) Eu por vezes tenho dito a V. A.
doria”. Esse talvez seja o segredo da melhor
aquilo que me parecia acerca dos negócios “adaptação” do negro à lavoura... escravista.
da França, e isto por ver por conjecturas e Paradoxalmente, é a partir do tráfico negreiro
aparências grandes aquilo que podia suce- que se pode entender a escravidão africana
der dos pontos mais aparentes, que consigo colonial, e não o contrário.
traziam muito prejuízo ao estado e aumento NºVAIS, Fernando A. Portugal e Brasil na
dos senhorios de V. A. E tudo se encerrava crise do antigo sistema colonial. São Paulo:
em vós, Senhor, trabalhardes com modos ho- Hucitec, 1979, p. 105 (Adaptado).
nestos de fazer que esta gente não houvesse
Nesse trecho, o autor afirma que, na América
de entrar nem possuir coisa de vossas na-
portuguesa:
vegações, pelo grandíssimo dano que daí se
a) os escravos indígenas eram de mais fácil
podia seguir. obtenção do que os de origem africana, e
LEITE, Serafim. Cartas dos primeiros jesuítas do Brasil. 1954. por isso a metrópole optou pelo uso dos pri-
meiros, já que eram mais produtivos e mais
O trecho acima foi extraído de uma carta di- rentáveis.
rigida pelo padre jesuíta Diogo de Gouveia b) os escravos africanos aceitavam melhor o
ao rei de Portugal D. João III, escrita em Pa- trabalho duro dos canaviais do que os indí-
ris, em 17/02/1538. Seu conteúdo mostra: genas, o que justificava o empenho de co-
a) a persistência dos ataques franceses contra merciantes metropolitanos em gastar mais
a América, que Portugal vinha tentando co- para a obtenção, na África, daqueles traba-
lonizar de modo efetivo desde a adoção do lhadores.
sistema de capitanias hereditárias. c) o comércio negreiro só pôde prosperar por-
que alguns mercadores metropolitanos pre-
b) os primórdios da aliança que logo se esta-
ocupavam-se com as condições de vida dos
beleceria entre as coroas de Portugal e da trabalhadores africanos, enquanto que ou-
França e que visava a combater as preten- tros os consideravam uma “mercadoria”.
sões expansionistas da Espanha na América. d) a rentabilidade propiciada pelo emprego da
c) a preocupação dos jesuítas portugueses com mão de obra indígena contribuiu decisiva-
a expansão de jesuítas franceses, que, no mente para que, a partir de certo momento,
Brasil, vinham exercendo grande influência também escravos africanos fossem emprega-
sobre as populações nativas. dos na lavoura, o que resultou em um lucra-
d) o projeto de expansão territorial português tivo comércio de pessoas.
e) o principal motivo da adoção da mão de obra
na Europa, o qual, na época da carta, visava
de origem africana era o fato de que esta
à dominação de territórios franceses tanto precisava ser transportada de outro conti-
na Europa quanto na América. nente, o que implicava a abertura de um
e) a manifestação de um conflito entre a recém- rentável comércio para a metrópole, que se
-criada ordem jesuíta e a coroa portuguesa articulava perfeitamente às estruturas do
em torno do combate à pirataria francesa. sistema de colonização.

65
6. (Fuvest) O tráfico de escravos africanos para c) a cultura indígena, extinta graças ao pro-
o Brasil: cesso colonizador europeu, foi recriada de
a) teve início no final do século XVII, quando modo mitológico no Brasil dos anos 1940.
as primeiras jazidas de ouro foram descober- d) a cultura xinguana, ao contrário de outras
tas nas Minas Gerais. culturas indígenas, não foi afetada pelo pro-
b) foi pouco expressivo no século XVII, ao cesso colonizador europeu.
contrário do que ocorreu nos séculos XVI e e) não há relação direta entre, de um lado, o
XVIII, e foi extinto, de vez, no início do sé- processo colonizador europeu e, de outro, a
culo XIX. mortalidade indígena e a perda de sua iden-
c) teve início na metade do século XVI, e foi tidade cultural.
praticado, de forma regular, até a metade do
século XIX. 9. (Fuvest) É assim extremamente simples a es-
d) foi extinto, quando da independência do trutura social da colônia no primeiro século e
Brasil, a despeito da pressão contrária das meio de colonização. Reduz-se em suma a duas
regiões auríferas. classes: de um lado os proprietários rurais, a
e) dependeu, desde o seu início, diretamente classe abastada dos senhores de engenho e fa-
do bom sucesso das capitanias hereditárias,
zenda; doutro, a massa da população espúria
e, por isso, esteve concentrado nas capita-
nias de Pernambuco e de São Vicente, até o dos trabalhadores do campo, escravos e semili-
século XVIII. vres. Da simplicidade da infraestrutura econô-
mica – a terra, única força produtiva, absorvida
7. (Fuvest) A economia das possessões colo- pela grande exploração agrícola – deriva a da
niais portuguesas na América foi marcada estrutura social: a reduzida classe de proprietá-
por mercadorias que, uma vez exportadas rios e a grande massa, explorada e oprimida. Há
para outras regiões do mundo, podiam al- naturalmente no seio desta massa gradações,
cançar alto valor e garantir, aos envolvidos que assinalamos. Mas, elas não são contudo
em seu comércio, grandes lucros. Além do bastante profundas para se caracterizarem em
açúcar, explorado desde meados do século situações radicalmente distintas.
XVI, e do ouro, extraído regularmente des- PRADO JR., Caio. Evolução política do Brasil. 20. ed.
de fins do XVII, merecem destaque, como São Paulo: Brasiliense, p. 28-29, 1993 [1942].
elementos de exportação presentes nessa
Neste trecho, o autor observa que, na socie-
economia:
a) tabaco, algodão e derivados da pecuária. dade colonial:
b) ferro, sal e tecidos. a) só havia duas classes conhecidas, e que nada
c) escravos indígenas, arroz e diamantes. é sabido sobre indivíduos que porventura fi-
d) animais exóticos, cacau e embarcações. zessem parte de outras.
b) havia muitas classes diferentes, mas só duas
e) drogas do sertão, frutos do mar e cordoaria.
estavam diretamente ligadas a critérios eco-
nômicos.
8. (Fuvest) A colonização, apesar de toda vio- c) todos os membros das classes existentes
lência e disrupção, não excluiu processos de queriam se transformar em proprietários
reconstrução e recriação cultural conduzidos rurais, exceto os pequenos trabalhadores li-
pelos povos indígenas. É um erro comum crer vres, semilivres ou escravos.
que a história da conquista representa, para d) diversas classes radicalmente distintas umas
os índios, uma sucessão linear de perdas em das outras compunham um cenário comple-
vidas, terras e distintividade cultural. A cul- xo, marcado por conflitos sociais.
tura xinguana – que aparecerá para a nação e) a população se organizava em duas classes,
brasileira nos anos 1940 como símbolo de cujas gradações internas não alteravam a
simplicidade da estrutura social.
uma tradição estática, original e intocada –
é, ao inverso, o resultado de uma história
de contatos e mudanças, que tem início no 10. (Fuvest) Se o açúcar do Brasil o tem dado a
século X d.C. e continua até hoje. conhecer a todos os reinos e províncias da Eu-
FAUSTO, Carlos. Os índios antes do Brasil. ropa, o tabaco o tem feito muito afamado em
Rio de Janeiro: Zahar, 2005. todas as quatro partes do mundo, em as quais
hoje tanto se deseja e com tantas diligências e
Com base no trecho acima, é correto afirmar por qualquer via se procura. Há pouco mais de
que: cem anos que esta folha se começou a plantar
a) o processo colonizador europeu não foi vio- e beneficiar na Bahia [...] e, desta sorte, uma
lento como se costuma afirmar, já que ele folha antes desprezada e quase desconhecida
preservou e até mesmo valorizou várias cul- tem dado e dá atualmente grandes cabedais
turas indígenas. aos moradores do Brasil e incríveis emolu-
b) várias culturas indígenas resistiram e sobre- mentos aos Erários dos príncipes.
viveram, mesmo com alterações, ao processo ANTONIL André João. Cultura e opulência do Brasil por
colonizador europeu, como a xinguana. suas drogas e minas. São Paulo: Edusp, 2007 (Adaptado).

66
O texto acima, escrito por um padre italiano c) pela renovação, em 1844, do Tratado de
em 1711, revela que: 1826 com a Inglaterra, que abriu nova rota
a) o ciclo econômico do tabaco, que foi anterior de tráfico de escravos entre Brasil e Moçam-
ao do ouro, sucedeu o da cana-de-açúcar. bique.
b) todo o rendimento do tabaco, a exemplo do d) pelo aumento da demanda por escravos no
que ocorria com outros produtos, era dire- Brasil, em função da expansão cafeeira, a
cionado à metrópole. despeito da promulgação da Lei Aberdeen,
c) não se pode exagerar quanto à lucratividade em 1845.
propiciada pela cana-de-açúcar, já que a do e) pela aplicação da Lei Eusébio de Queirós,
tabaco, desde seu início, era maior. que ampliou a entrada de escravos no Brasil
d) os europeus, naquele ano, já conheciam ple- e tributou o tráfico interno.
namente o potencial econômico de suas co-
lônias americanas. LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER À
e) a economia colonial foi marcada pela simul- QUESTÃO 13.
taneidade de produtos, cuja lucratividade se Tornando da malograda espera do tigre, 1al-
relacionava com sua inserção em mercados cançou o capanga um casal de velhinhos,
2
internacionais. que seguiam diante dele o mesmo caminho,
e conversavam acerca de seus negócios par-
11. (Fuvest) “E o pior é que a maior parte do ticulares. Das poucas palavras que apanhara,
ouro que se tira das minas passa em pó e em percebeu Jão Fera 3que destinavam eles uns
moeda para os reinos estranhos e a menor cinquenta mil-réis, tudo quanto possuíam, à
quantidade é a que fica em Portugal e nas compra de mantimentos, a fim de fazer um
cidades do Brasil...” moquirão*, com que pretendiam abrir uma
ANTONIL, João. Cultura e opulência do Brasil boa roça.
por suas drogas e minas. 1711. — Mas chegará, homem? Perguntou a velha.
— Há de se espichar bem, mulher!
Esta frase indica que as riquezas minerais
Uma voz os interrompeu:
da colônia:
— Por este preço dou eu conta da roça!
a) produziram ruptura nas relações entre Brasil
— Ah! É nhô Jão!
e Portugal.
Conheciam os velhinhos o capanga, a quem
b) foram utilizadas, em grande parte, para o
tinham por homem de palavra, e de fazer
cumprimento do Tratado de Methuen entre
o que prometia. Aceitaram sem mais hesita-
Portugal e Inglaterra.
ção; e foram mostrar o lugar que estava des-
c) prestaram-se, exclusivamente, aos interesses
tinado para o roçado.
mercantilistas da França, da Inglaterra e da Acompanhou-os Jão Fera; porém, 4mal seus
Alemanha. olhos descobriram entre os utensílios a en-
d) foram desviadas, majoritariamente, para a xada, a qual ele esquecera um momento no
Europa por meio do contrabando na região afã de ganhar a soma precisa, que sem mais
do rio da Prata. deu costas ao par de velhinhos e foi-se dei-
e) possibilitaram os acordos com a Holanda xando-os embasbacados.
que asseguraram a importação de escravos ALENCAR, José de. Til.
africanos. *moquirão = mutirão (mobilização coletiva
para auxílio mútuo, de caráter gratuito)
12. (Fuvest) Examine a seguinte tabela.
Ano N° de escravos que entraram no Brasil 13. (Fuvest) Considerada no contexto histórico-
1845 19.453 -social figurado no romance Til, a brusca rea-
ção de Jão Fera, narrada no final do excerto,
1845 50.325
explica-se:
1847 56.172
a) pela ambição ou ganância que, no período, ca-
1848 60.000 racterizava os homens livres não proprietários.
Dados extraídos de: COSTA, Emília Viotti da. b) por sua condição de membro da Guarda Nacio-
Da senzala à colônia. São Paulo: Unesp, 1998. nal, que lhe interditava o trabalho na lavoura.
A tabela apresenta dados que podem ser ex- c) pela indolência atribuída ao indígena, da
plicados: qual era herdeiro o “bugre”.
d) pelo estigma que a escravidão fazia recair
a) pela lei de 1831, que reduziu os impostos
sobre o trabalho braçal.
sobre os escravos importados da África para
e) pela ojeriza ao labor agrícola, inerente a sua
o Brasil.
condição de homem letrado.
b) pelo descontentamento dos grandes proprie-
tários de terras em meio ao auge da campa-
nha abolicionista no Brasil.

67
LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER À a) denúncia política das guerras entre as popu-
QUESTÃO 14. lações indígenas brasileiras.
V – O samba b) idealização romântica num contexto de
construção da nacionalidade brasileira.
À direita do terreiro, adumbra-se* na escu- c) crítica republicana à versão da história do
ridão um maciço de construções, ao qual às Brasil difundida pela monarquia.
vezes recortam no azul do céu os trêmulos vis- d) defesa da evangelização dos índios realizada
lumbres das labaredas fustigadas pelo vento. pelas ordens religiosas no Brasil.
(...) e) concepção de inferioridade civilizacional dos
É aí o quartel ou quadrado da fazenda, nome nativos brasileiros em relação aos indígenas
que tem um grande pátio cercado de senzalas, da América Espanhola.
às vezes com alpendrada corrida em volta, e
um ou dois portões que o fecham como praça 16. (Fuvest) — Não entra a polícia! Não deixa
d’armas. entrar! Aguenta! Aguenta!
Em torno da fogueira, já esbarrondada pelo
— Não entra! Não entra! Repercutiu a mul-
chão, que ela cobriu de brasido e cinzas, dan-
çam os pretos o samba com um frenesi que tidão em coro.
toca o delírio. Não se descreve, nem se imagi- E todo o cortiço ferveu que nem uma panela
na esse desesperado saracoteio, no qual todo ao fogo.
o corpo estremece, pula, sacode, gira, bambo- — Aguenta! Aguenta!
leia, como se quisesse desgrudar-se. AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. 1890, parte X.
Tudo salta, até os crioulinhos que esperneiam
no cangote das mães, ou se enrolam nas saias O fragmento acima mostra a resistência dos
das raparigas. Os mais taludos viram camba- moradores de um cortiço à entrada de poli-
lhotas e pincham à guisa de sapos em roda ciais no local. O romance de Aluísio Azevedo:
do terreiro. Um desses corta jaca no espinhaço a) representa as transformações urbanas do Rio
do pai, negro fornido, que não sabendo mais de Janeiro no período posterior à abolição
como desconjuntar-se, atirou consigo ao chão da escravidão e o difícil convívio entre ex-
e começou de rabanar como um peixe em seco. -escravos, imigrantes e poder público.
(...) b) defende a monarquia recém-derrubada e de-
ALENCAR, José de, Til. monstra a dificuldade da República brasileira
*adumbra-se = delineia-se, esboça-se de manter a tranquilidade e a harmonia so-
cial após as lutas pela consolidação do novo
14. (Fuvest) Considerada no contexto histórico a regime.
que se refere Til, a desenvoltura com que os c) denuncia a falta de policiamento na então
escravos, no excerto, se entregam à dança é capital brasileira e atribui os problemas so-
representativa do fato de que: ciais existentes ao desprezo da elite paulista
a) a escravidão, no Brasil, tal como ocorreu na cafeicultora em relação ao Rio de Janeiro.
América do Norte e no Caribe, foi branda. d) valoriza as lutas sociais que se travavam
b) se permitia a eles, em ocasiões especiais e sob nos morros e na periferia da então capital
vigilância, que festejassem a seu modo. federal e as considera um exemplo para os
c) teve início nas fazendas de café o sincretismo demais setores explorados da população bra-
das culturas negra e branca, que viria a carac- sileira.
terizar a cultura brasileira.
e) apresenta a imigração como a principal ori-
d) o narrador entendia que o samba de terreiro
gem dos males sociais por que o país passa-
era, em realidade, um ritual umbandista dis-
va, pois os novos empregados assalariados
farçado.
tiraram o trabalho dos escravos e os margi-
e) foi a generalização, entre eles, do alcoolismo,
que tornou antieconômica a exploração da nalizaram.
mão de obra escrava nos cafezais paulistas. 17. (Fuvest) Considerando-se o intervalo entre
o contexto em que transcorre o enredo da
15. (Fuvest) obra Memórias de um sargento de milícias,
de Manuel Antônio de Almeida, e a época de
sua publicação, é correto afirmar que a esse
período corresponde o processo de:
a) reforma e crise do Império Português na
América.
b) triunfo de uma consciência nativista e na-
cionalista na colônia.
c) Independência do Brasil e formação de seu
Estado nacional.
d) consolidação do Estado nacional e de crise
do regime monárquico brasileiro.
Em seu contexto de origem, o quadro acima e) Proclamação da República e instauração da
corresponde a uma: Primeira República.

68
18. (Fuvest) Na Belle Époque brasileira, que di- infrutíferas por questões conjunturais. A pri-
fusamente coincidiu com a transição para o meira vez em que isso ocorreu foi, em 1925,
regime republicano, surgiram aquelas per- no município portuário paulista de Santos,
guntas cruciais, envoltas no oxigênio mental onde os comunistas locais, apresentando-se
da época, muitas das quais, contudo, nos in- pela legenda da Coligação Operária, tiveram
comodam até hoje: como construir uma nação um resultado pífio. No entanto, como todos
se não tínhamos uma população definida ou os atos pioneiros, essa participação deixou
um tipo definido? Frente àquele amálgama uma importante herança: a presença na cena
de passado e futuro, alimentado e realimen- política brasileira dos trabalhadores e suas
tado pela República, quem era o brasileiro? reivindicações. Estas, em particular, expres-
(...) Inúmeras tentativas de respostas a todas savam um acúmulo de anos de lutas do mo-
estas questões mobilizaram os intelectuais vimento operário brasileiro.
brasileiros durante várias décadas. KAREPOVS, Dainis. A classe operária vai ao
SALIBA, Elias Thomé. Raízes do riso. Parlamento. São Paulo: Alameda, 2006, p. 169.
São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
A partir do texto acima, pode-se afirmar cor-
Entre as tentativas de responder, durante a retamente que:
Belle Époque brasileira, às dúvidas mencio- a) as eleições de representantes parlamentares
nadas no texto, é correto incluir: advindos de grupos comunistas e anarquis-
a) as explicações positivistas e evolucionistas tas foram frequentes, desde a Proclamação
sobre o impacto da mistura de raças na for- da República, e provocaram, inclusive, a
mação do caráter nacional brasileiro. chamada Revolução de 1930.
b) os projetos de valorização dos vínculos entre b) comunistas, anarquistas e outros grupos de
o caráter nacional brasileiro e os produtos representantes de trabalhadores eram for-
da indústria cultural norte-americana. malmente proibidos de participar de eleições
c) o reconhecimento e a celebração da origem no Brasil desde a proclamação da República,
africana da maioria dos brasileiros e a rejei- cenário que só se modificaria com a Consti-
ção das tradições europeias. tuição de 1988.
d) a percepção de que o país estava plenamente c) as primeiras décadas do século XX represen-
inserido na modernidade e havia assumido a tam um período de grande diversidade polí-
condição de potência mundial. tico-partidária no Brasil, o que favoreceu a
e) o desejo de retornar ao período anterior à emergência de variados grupos de esquerda,
chegada dos europeus e de recuperar pa- cuja excessiva divisão impediu-os de obter
drões culturais e cotidianos indígenas. resultados eleitorais expressivos.
d) as experiências parlamentares envolvendo
19. (Fuvest) No “Manifesto Antropófago”, lan- operários e camponeses, no Brasil da década
çado em São Paulo, em 1928, lê-se: “Quere- de 1920, resultaram em sua presença domi-
mos a Revolução Caraíba (...). A unificação nante no cenário político nacional, após o
de todas as revoltas eficazes na direção do colapso do primeiro regime encabeçado por
homem (...). Sem nós, a Europa não teria se- Getúlio Vargas.
quer a sua pobre declaração dos direitos do e) as primeiras participações eleitorais de can-
homem.” didatos trabalhadores ganharam importância
Essas passagens expressam a: histórica, uma vez que a política partidária
a) defesa de concepções artísticas do impres- brasileira da chamada Primeira República era
sionismo. dominada por grupos oriundos de grandes
b) crítica aos princípios da Revolução Francesa. elites econômicas.
c) valorização da cultura nacional.
d) adesão à ideologia socialista. 21. (Fuvest) Paralelamente à abertura da Transa-
e) afinidade com a cultura norte-americana. mazônica processa-se o trabalho da coloniza-
ção, realizado pelo Incra (Instituto Nacional
20. (Fuvest) Durante os primeiros tempos de sua de Colonização e Reforma Agrária). As peque-
existência, o PCB prosseguiu em seu processo nas agrovilas se sucedem de vinte em vinte
de diferenciação ideológica com o anarquis- quilômetros à margem da estrada, e nos cem
mo, de onde provinha parte significativa de hectares que cada colono recebeu são plan-
sua liderança e de sua militância. Nesse cur- tados milho, feijão e arroz. Já no próximo
so, foi necessário, no que se refere à questão mês começará a plantação de cana-de-açúcar,
parlamentar, também proceder a uma homo- cujas primeiras mudas, vindas dos canaviais
geneização de sua própria militância. Houve de Sertãozinho, em São Paulo, acabaram de
algumas tentativas de participação em elei- ser distribuídas. Jovens agrônomos, recém-
ções e de formulação de propostas a serem -saídos da universidade, orientam os colo-
apresentadas à sociedade que se revelaram nos... No meio da selva começam a surgir as

69
agrovilas. Vindos de diferentes regiões do c) ampliação das tarifas alfandegárias de im-
país, os colonos povoam as margens da Tran- portação, protegendo a indústria nacional.
samazônica e espalham pelo chão virgem o d) implementação da reforma agrária sem pa-
verde disciplinado das culturas pioneiras. Os gamento de indenização aos proprietários.
pastos da região são excelentes. e) continuidade do comércio internacional vol-
Revista Manchete, 15 de abril de 1972. tado prioritariamente aos mercados africa-
nos e asiáticos.
Segundo o texto, é correto afirmar que a
Transamazônica, cuja construção se iniciou 24. (Fuvest) A população indígena brasileira au-
no regime militar (1964-1985), represen- mentou 150% na década de 1990, passando
tou, inclusive: de 294 mil pessoas para 734 mil, de acordo
a) um projeto para eliminar o controle nacional com uma pesquisa divulgada pelo Instituto
e estatal dos recursos naturais da Amazônia, Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
facilitando o avanço de interesses britânicos O crescimento médio anual foi de 10,8%,
na região. quase seis vezes maior do que o da popula-
b) um esforço de ampliar as áreas de ocupação ção brasileira em geral.
na Amazônia e de construir a ideia de que Fonte: <http://webradiobrasilindigena.
se vivia um período de avanço, integração e wordpress.com>. Acesso em: 21 nov. 2007.
crescimento nacional.
c) uma superação das dificuldades de comuni- A notícia acima apresenta:
cação e deslocamento entre o Sul e o Norte a) dado pouco relevante, já que a maioria das po-
do país, facilitando a migração e permitindo pulações indígenas do Brasil encontra-se em
plena integração entre os oceanos Atlântico fase de extinção, não subsistindo, inclusive,
e Pacífico. mais nenhuma população originária dos tem-
d) uma tentativa de reaquecer a economia da pos da colonização portuguesa da América.
borracha, com a criação de rotas de escoa- b) discrepância em relação a uma forte tendên-
mento rápido da produção em direção aos cia histórica observada no Brasil, desde o
portos do Sudeste. século XVI, mas que não é uniforme e abso-
e) um projeto de utilização dessa estrada para luta, já que nas últimas décadas não apenas
delimitar as fronteiras entre os estados da tais populações indígenas têm crescido, mas
região. também o próprio número de indivíduos que
se autodenominam indígenas.
22. (Fuvest) O Movimento dos Trabalhadores c) um consenso em torno do reconhecimento
Rurais sem Terra (MST) foi criado em 1984, da importância dos indígenas para o conjun-
inserido em um contexto de: to da população brasileira, que se revela na
a) abertura política democrática no Brasil e de valorização histórica e cultural que tais ele-
crescente insatisfação com as políticas agrá- mentos sempre mereceram das instituições
rias nacionais então vigentes. nacionais.
b) fortalecimento da ditadura militar brasileira d) resultado de políticas públicas que provoca-
e de aumento da imigração estrangeira para ram o fim dos conflitos entre os habitantes
o país. de reservas indígenas e demais agentes so-
c) declínio da oposição armada à ditadura mili- ciais ao seu redor, como proprietários rurais
tar brasileira e de aumento da migração das e pequenos trabalhadores.
cidades para o campo. e) natural continuidade da tendência obser-
d) aumento da dívida externa brasileira e de vada desde a criação das primeiras políticas
disseminação da pequena propriedade fun- governamentais de proteção às populações
diária em todo o país. indígenas, no começo do século XIX, que
e) crescimento de demanda externa por permitiram a reversão do anterior quadro de
commodities brasileiras e de grandes pro- extermínio observado até aquele momento.
gressos na distribuição de terra, no Brasil, a
pequenos agricultores.
GABARITO
23. (Fuvest) A partir da redemocratização do
Brasil (1985), é possível observar mudan- 1. B 2. E 3. C 4. A 5. E
ças econômicas significativas no país. Entre
elas, a: 6. C 7. A 8. B 9. E 10. E
a) exclusão de produtos agrícolas do rol das 11. B 12. D 13. D 14. B 15. B
principais exportações brasileiras.
b) privatização de empresas estatais em diver- 16. A 17. C 18. A 19. C 20. E
sos setores como os de comunicação e de mi- 21. B 22. A 23. B 24. B
neração.

70
C H CIÊNCIAS HUMANAS
e suas tecnologias
FILOSOFIA
FILOSOFIA

Prescrição: As questões de Filosofia na prova da Fuvest tendem a ser interdisciplinares


às disciplinas de História, Geografia e Literatura. Nesse sentido, as questões selecionadas
exigirão que o aluno identifique as correntes filosóficas, relacionando-as ao contexto
político, social, cultural e econômico de cada período e região tratada. O aluno que
conseguir relacionar os autores e os seus pensamentos terá mais facilidade para anular
distratores.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Fuvest) Nicolau Maquiavel, em 1513, na c) apoiava uma política para o Estado, subme-
Itália renascentista, escreveu: tida aos princípios da escolha dos dirigentes
Um príncipe não pode observar todas as coi- da nação, por meio do voto universal.
sas a que são obrigados os homens conside- d) acreditava, como os demais filósofos do Ilu-
rados bons, sendo frequentemente forçado, minismo, na revolução armada como único
para manter o governo, a agir contra a ca- meio para a deposição de monarcas absolu-
ridade, a fé, a humanidade, a religião. (...) tistas.
O príncipe não precisa possuir todas as qua- e) defendia, como a maioria dos filósofos ilu-
lidades (ser piedoso, fiel, humano, íntegro ministas, os princípios do liberalismo políti-
e religioso), bastando que aparente possuí- co que se contrapunham aos regimes abso-
-las. Um príncipe, se possível, não deve se lutistas.
afastar do bem, mas deve saber entrar para
o mal, se a isso estiver obrigado. 3. (Fuvest) Em relação à ética e à justiça na
(Adaptado de Nicolau Maquiavel. O Príncipe. ) vida política da Grécia Clássica, é correto
afirmar:
Indique qual das afirmações está claramente
a) tratava-se de virtudes que se traduziam na
expressa no texto:
a) os homens considerados bons são os únicos observância da lei, dos costumes e das con-
aptos a governar. venções instituídas pela pólis.
b) o príncipe deve observar os preceitos da mo- b) foram prerrogativas democráticas que não
ral cristã medieval. estavam limitadas aos cidadãos e que tam-
c) fidelidade, humanidade, integridade e reli- bém foram estendidas aos comerciantes e
giosidade são qualidades indispensáveis ao estrangeiros.
governante. c) eram princípios fundamentais da política
d) o príncipe deve sempre fazer o mal, para externa, mas suspensos temporariamente
manter o governo. após a declaração formal de guerra.
e) a aparência de ter qualidade é mais útil ao d) foram introduzidas pelos legisladores para
governante do que possuí-las. reduzir o poder assentado em bases religio-
sas e para estabelecer critérios racionais de
2. (Fuvest)”A autoridade do príncipe é limitada distribuição.
pelas leis da natureza e do Estado... O prínci- e) Adquiriram importância somente no período
pe não pode, portanto, dispor de seu poder e helenístico, quando houve uma significativa
de seus súditos sem o consentimento da na- incorporação de elementos da cultura roma-
ção e independentemente da escolha estabe- na.
lecida no contrato de submissão...”Diderot,
artigo “ Autoridade política”, Enciclopédia. 4. (Fuvest) No início do século XVI, Maquiavel
1751 escreveu O Príncipe – uma célebre análise
Tendo por base esse texto da Enciclopédia, é do poder político, apresentada sob a forma
correto afirmar que o autor: de lições, dirigidas ao príncipe Lorenzo de
a) pressupunha, como os demais iluministas, Médicis. Assim justificou Maquiavel o cará-
que os direitos de cidadania política eram ter professoral do texto:
iguais para todos os grupos sociais e étnicos. Não quero que se repute presunção o fato
b) propunha o princípio político que estabele- de um homem de baixo e ínfimo estado dis-
cia leis para legitimar o poder republicano e correr e regular sobre o governo dos prín-
democrático. cipes; pois assim como os [cartógrafos] que

73
desenham os contornos dos países se colo-
cam na planície para considerar a natureza GABARITO
dos montes, e para considerar a das planí-
cies ascendem aos montes, assim também, 1. E 2. E 3. A 4. A
para conhecer bem a natureza dos povos, é
necessário ser príncipe, e para conhecer a
dos príncipes é necessário ser do povo.
Tradução de Lívio Xavier, adaptada.

Está redigido com clareza, coerência e corre-


ção o seguinte comentário sobre o texto:
a) Temendo ser qualificado de presunçoso,
Maquiavel achou por bem defrontar sua
autoridade intelectual, tipo um cartógrafo
habilitado a desenhar os contrastes de uma
região.
b) Maquiavel, embora identificando-se como
um homem de baixo estado, não deixou de
justificar sua autoridade diante do príncipe,
em cujos ensinamentos lhe poderiam ser de
grande valia.
c) Manifestando uma compreensão dialética
das relações de poder, Maquiavel não hesita
em ministrar ao príncipe, já ao justificar o
livro, uma objetiva lição de política.
d) Maquiavel parece advertir aos poderosos de
que não se menospreze as lições de quem
sabe tanto analisar quanto ensinar o com-
portamento de quem mantenha relações de
poder.
e) Maquiavel, apesar de jamais ter sido um go-
vernante em seu livro tão perspicaz, soube
se investir nesta função, e assim justificar-
-se diante de um príncipe autêntico.

RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA


1. Para Maquiavel, o governante precisa ter vir-
tú, ou seja, qualidades que asseguram o seu
poder. Dessa forma, aparentar ter qualidade,
em determinados casos, é demonstrar ter um
tipo de qualidade.
2. O pensamento Iluminista se opunha comple-
tamente as ações do regime absolutista, com
uma liberdade maior de expressão e econô-
mica.
3. A valorização de princípios como ética e jus-
tiça está relacionada à organização jurídica e
social da pólis. Sendo considerados virtudes,
esses conceitos estavam assentados tanto
nas diferentes organizações governamentais
quanto em convenções relacionadas à socia-
bilidade das pólis gregas.
4. Buscando analisar as formas de governo, Ma-
quiavel, sem demonstrar uma autovaloriza-
ção, faz uma comparação de seu trabalho o
dos geógrafos.

74
PRÁTICA DOS 3. (Fuvest)“Depois que a Bíblia foi traduzida para
o inglês, todo homem, ou melhor, todo rapaz e

CONHECIMENTOS - E.O. toda rapariga, capaz de ler o inglês, convence-


ram-se de que falavam com Deus onipotente e
que entendiam o que Ele dizia”. Esse comentá-
1. (Fuvest) A Declaração dos Direitos do Ho- rio de Thomas Hobbes (1588-1679):
mem e do Cidadão, votada pela Assembleia a) ironiza uma das consequências da Reforma,
Nacional Constituinte francesa, em 26 de que levou ao livre exame da Bíblia e à alfa-
agosto de 1789, visava betização dos fiéis.
a) romper com a Declaração de Independência b) alude à atitude do papado, o qual, por causa
dos Estados Unidos, por esta não ter negado da Reforma, instou os leigos a que não dei-
a escravidão. xassem de ler a Bíblia.
b) recuperar os ideais cristãos de liberdade e c) elogia a decisão dos reis Carlos I e Jaime I,
igualdade, surgidos na época medieval e es- ao permitir que seus súditos escolhessem
quecidos na moderna. entre as várias igrejas.
c) estimular todos os povos a se revoltarem d) ressalta o papel positivo da liberdade reli-
contra seus governos, para acabar com a de- giosa para o fortalecimento do absolutismo
sigualdade social. monárquico.
d) assinalar os princípios que, inspirados no e) critica a diminuição da religiosidade, resul-
Iluminismo, iriam fundar a nova constitui- tante do incentivo à leitura da Bíblia pelas
ção francesa. igrejas protestantes.
e) pôr em prática o princípio: a todos, segundo
suas necessidades, a cada um, de acordo com
4. (Fuvest)) “É praticamente impossível trei-
sua capacidade.
nar todos os súditos de um [Estado] nas ar-
tes da guerra e ao mesmo tempo mantê-los
2. (Fuvest)”Mesmo se o alvo perseguido não obedientes às leis e aos magistrados.” (Jean
tivesse sido alcançado, mesmo se a consti- Bodin, teórico do absolutismo, em 1578).
tuição por fim fracassasse, ou se voltasse Essa afirmação revela que a razão principal
progressivamente ao Antigo Regime... tal de as monarquias europeias recorrerem ao
acontecimento é por demais imenso, por de- recrutamento de mercenários estrangeiros,
mais identificado aos interesses da humani- em grande escala, devia-se à necessidade de:
dade, tem demasiada influência sobre todas
a) conseguir mais soldados provenientes da
as partes do mundo para que os povos, em
burguesia, a classe que apoiava o rei.
outras circunstâncias, dele não se lembrem
b) completar as fileiras dos exércitos com sol-
e não sejam levados a recomeçar a experiên-
dados profissionais mais eficientes.
cia.”
c) desarmar a nobreza e impedir que esta lide-
(Kant, O CONFLITO DAS FACULDADES, 1798).
rasse as demais classes contra o rei.
O texto trata: d) manter desarmados camponeses e trabalha-
a) do iluminismo e do avanço irreversível do dores urbanos e evitar revoltas.
conhecimento filosófico; revelando-se falso e) desarmar a burguesia e controlar a luta de
nos seus prognósticos sobre o futuro políti- classes entre esta e a nobreza.
co- constitucional.
b) do retorno do Antigo Regime, na Europa, 5. (Fuvest). Para Santo Tomás, filosofia e teolo-
depois do fracasso da Revolução francesa, gia são ciências distintas porque:
revelando-se incapaz de vislumbrar o futuro a) A filosofia se funda no exercício da razão hu-
da história. mana e a teologia na revelação divina.
c) da Revolução Francesa, dos seus desdobra- b) A filosofia é uma ciência complementar à te-
mentos políticos e constitucionais, revelan- ologia. c) A filosofia nos traz a compreensão
do a clarividência do autor sobre sua impor- da verdade que será comprovada pela teolo-
tância e seu futuro. gia.
d) da Revolução inglesa, do impacto que cau- d) A revelação é critério de verdade, por isso
sou no mundo, com seus princípios liberais não se pode filosofar.
e constitucionais, revelando-se profético so- e) A teologia é a mãe de todas as ciências e a
bre seu futuro. filosofia serve apenas para explicar pontos
e) do despotismo ilustrado, dos seus princípios de menor importância.
filosóficos e constitucionais e de seu impac-
to na política europeia, revelando caráter
premonitório.

75
6. (Fuvest). “Em verdade é maravilhoso refle- litoral mediterrânico da França. No interior
tir sobre a grandeza que Atenas alcançou no desta elipse de uns 2500 km de comprimen-
espaço de cem anos depois de se livrar da to, encontravam se centenas e centenas de
tirania... Mas acima de tudo é ainda mais comunidades que amiúde diferiam na sua
maravilhoso observar a grandeza a que Roma estrutura política e que afirmaram sempre a
chegou depois de se livrar de seus reis.” sua soberania. Nem então nem em nenhuma
(Maquiavel, Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio). outra altura, no mundo antigo, houve uma
nação, um território nacional único regido
Nessa afirmação, o autor
por uma lei soberana, que se tenha chamado
a) critica a liberdade política e a participação
Grécia (ou um sinônimo de Grécia).
dos cidadãos no governo.
M. I. Finley. O Mundo de Ulisses. Lisboa:
b) celebra a democracia ateniense e a República Editoral Presença, 1972. (adaptado)
romana.
c) condena as aristocracias ateniense e roma- Com base no texto, pode-se apontar corre-
na. tamente
d) expressa uma concepção populista sobre a a) A desorganização política da Grécia antiga,
antiguidade clássica. que sucumbiu rapidamente ante as investi-
e) defende a pólis grega e o Império romano. das militares de povos mais unidos e mais
bem preparados para a guerra, como os egíp-
7. Em uma significativa passagem da tragédia cios e macedônios.
b) A necessidade de profunda centralização
Macbeth, de Shakespeare, seu personagem
política, como a ocorrida entre os romanos
principal declara: “Ouso tudo o que é pró-
e cartaginenses, para que um povo pudesse
prio de um homem; quem ousa fazer mais expandir seu território e difundir sua produ-
do que isso não o é”. De acordo com muitos ção cultural.
intérpretes, essa postura revela, com extra- c) A carência, entre quase todos os povos da
ordinária clareza, toda a audácia da experi- Antiguidade, de pensadores políticos, ca-
ência renascentista. Com relação à cultura pazes de formular estratégias adequadas de
humanista, é correto afirmar que estruturação e unificação do poder político.
a) o mecenato de príncipes, de instituições e d) A inadequação do uso de conceitos moder-
de famílias ricas e poderosas evitou os cons- nos, como nação ou Estado nacional, no es-
trangimentos, prisão e tortura de artistas e tudo sobre a Grécia antiga, que vivia sob ou-
de cientistas. tras formas de organização social e política.
b) a presença majoritária de temáticas religio- e) A valorização, na Grécia antiga, dos princí-
sas nas artes plásticas demonstrava as difi- pios do patriotismo e do nacionalismo, como
culdades de assimilar as conquistas científi- forma de consolidar política e economica-
cas produzidas naquele momento. mente o Estado nacional
c) a observação da natureza, os experimentos
e a pesquisa empírica contribuíram para o 9. (Fuvest)Trasímaco estava impaciente porque
rompimento de alguns dos dogmas funda- Sócrates e os seus amigos presumiam que a
mentais da Igreja. justiça era algo real e importante. Trasíma-
d) a reflexão dedutiva e o cálculo matemático co negava isso. Em seu entender, as pessoas
limitaram-se à pesquisa teórica e somen- acreditavam no certo e no errado apenas por
te seriam aplicados na chamada revolução terem sido ensinadas a obedecer às regras da
científica do século XVII. sua sociedade. No entanto, essas regras não
e) a avidez de conhecimento e de poder favore- passavam de invenções humanas.
ceu a renovação das universidades e a valori- RACHELS, J. Problemas da filosofia. Lisboa: Gradva, 2009.
zação dos saberes transmitidos pela cultura
letrada. O sofista Trasímaco, personagem imortaliza-
do no diálogo A República, de Platão, susten-
8. (Fuvest)Em certos aspectos, os gregos da An- tava que a correlação entre justiça e ética é
tiguidade foram sempre um povo disperso. resultado de
Penetraram em pequenos grupos no mundo a) determinações biológicas impregnadas na
mediterrânico e, mesmo quando se instala- natureza humana.
ram e acabaram por dominá-lo, permanece- b) verdades objetivas com fundamento anterior
ram desunidos na sua organização política. aos interesses sociais.
No tempo de Heródoto, e muito antes dele, c) mandamentos divinos inquestionáveis lega-
encontravam se colônias gregas não somen- dos das tradições antigas.
te em toda a extensão da Grécia atual, como d) convenções sociais resultantes de interesses
também no litoral do Mar Negro, nas costas humanos contingentes.
da atual Turquia, na Itália do sul e na Sicília e) sentimentos experimentados diante de de-
oriental, na costa setentrional da África e no terminadas atitudes humanas.

76
GABARITO
1. D 2. C 3. A 4. D 5. A
6. B 7. C 8. D 9. A

77
78
C H CIÊNCIAS HUMANAS
e suas tecnologias
SOCIOLOGIA
SOCIOLOGIA

Prescrição: A Fuvest trata a Sociologia de maneira transversal às disciplinas de História,


Geografia e, até mesmo, Literatura. Por conta disso, as questões a seguir apresentam
um caráter interdisciplinar, sendo importante reconhecer as correntes do pensamento
sociológico dentro dos contextos políticos e econômicos estabelecidos. O estudante que
estiver a par de questões atuais terá uma grande vantagem, pois pensamentos contem-
porâneos podem ser exigidos.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. Foi precisamente a divisão da economia a proibição do uso de tais vestimentas nos
mundial em múltiplas jurisdições políticas, serviços públicos — hospitais, transportes,
competindo entre si pelo capital circulante, escolas públicas e outras instalações do go-
que deu aos agentes capitalistas as maio- verno.
res oportunidades de continuar a expandir Folha Online, 26/1/2010. http://www1.folha.uol.com.br/
o valor de seu capital, nos períodos de es- folha/mundo/ult94u684757.shtml. Acessado em 10/6/2010.
tagnação material generalizada da economia
mundial. Giovanni Arrighi, O longo século
XX. Dinheiro, poder e as origens do nosso Com base nos textos acima e em seus conheci-
tempo. mentos, assinale a afirmação correta sobre
o assunto.
Rio de Janeiro/São Paulo: Contraponto/
Edunesp, p. 237, 1996. a) O governo francês proibiu as práticas rituais
islâmicas em todo o território nacional.
Conforme o texto, uma das características b) Apesar da obrigatoriedade de o uso da burca
mais marcantes da história da formação e se originar de preocupações morais, o presi-
desenvolvimento do sistema capitalista é a dente francês a considera um traje religioso.
a) incapacidade de o capitalismo se desenvol- c) A maioria dos Estados nacionais do Ociden-
ver em períodos em que os Estados intervêm te, inclusive a França, optou pela adoção de
fortemente na economia de seus países. políticas de repressão à diversidade religio-
b) responsabilidade exclusiva dos agentes capi- sa.
talistas privados na recuperação do capita- d) As tensões políticas e culturais na França
lismo, após períodos de crise mundial. cresceram nas últimas décadas com o au-
c) dependência que o capitalismo tem da ação mento do fluxo imigratório de populações
dos Estados para a superação de crises eco- islâmicas.
nômicas mundiais. e) A intolerância religiosa dos franceses, fruto
d) dissolução frequente das divisões políticas da Revolução de 1789, impede a aceitação do
tradicionais em decorrência da necessidade islamismo e do judaísmo na França.
de desenvolvimento do capitalismo.
e) ocorrência de oportunidades de desenvolvi- 3. No Ocidente, o período entre 1848 e 1875 “é
mento financeiro do capital a partir de crises primariamente o do maciço avanço da eco-
políticas generalizadas. nomia do capitalismo industrial, em escala
mundial, da ordem social que o representa,
2. A burca não é um símbolo religioso, é um sím- das ideias e credos que pareciam legitimá-lo
bolo da subjugação, da subjugação das mu- e ratificá-lo”.
lheres. Quero dizer solenemente que não E. J. Hobsbawm. A era do capital 1848-1875.
será bem-recebida em nosso território.
Nicolas Sarkozy, presidente da França, 22/6/2009, A “ordem social” e as “ideias e credos” a que
Estadão.com.br, 22/6/2009. http://www.estadao.com.br/ se refere o autor caracterizam-se, respecti-
noticias/internacional,burcas-nao-temlugar-na-franca- vamente, como
diz-sarkozy,391152,0.htm – Acessado em 10/6/2010. a) aristocrática e conservadoras.
b) socialista e anarquistas.
Deputados que integram a Comissão Par-
c) popular e democráticas.
lamentar encarregada de analisar o uso da
d) tradicional e positivistas.
burca na França propuseram a proibição de
e) burguesa e liberais.
todos os tipos de véus islâmicos integrais
nos serviços públicos. (…) A resolução prevê

81
4. No “Manifesto Antropófago”, lançado em São
Paulo, em 1928, lê-se: “Queremos a Revolu- GABARITO
ção Caraíba (...). A unificação de todas as
revoltas eficazes na direção do homem (...). 1. C 2. D 3. E 4. C
Sem nós, a Europa não teria sequer a sua po-
bre declaração dos direitos do homem.”
Essas passagens expressam a
a) defesa de concepções artísticas do impres-
sionismo.
b) crítica aos princípios da Revolução Francesa.
c) valorização da cultura nacional.
d) adesão à ideologia socialista.
e) afinidade com a cultura norte-americana.

RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA


1. O texto afirma que o sistema capitalista sem-
pre se beneficiou da existência de ”múlti-
plas jurisdições políticas” (de muitos esta-
dos nacionais), uma vez que estas competem
na busca do capital circulante que está nas
mãos de “agentes capitalistas” (proprie-
tários deste capital). Em seguida, o texto
observa que, em momentos de estagnação
(crise), a circulação do capital entre es-
sas múltiplas jurisdições torna possível aos
agentes capitalistas a obtenção de lucros.
2. O aumento do fluxo imigratório de popula-
ções islâmicas para a França tem provocado
maiores tensões políticas e culturais envol-
vendo essa comunidade. De acordo com os
textos apresentados, os problemas decorrem
não de um fator religioso em si. Mas das di-
ferentes maneiras de interpretar o papel da
mulher na sociedade.
3. O texto remonta à segunda metade do século
XIX, quando ocorreu a II Revolução Indus-
trial, refletindo a ascensão da burguesia ao
poder em diversas nações, com um projeto
político e econômico apoiado nas ideais libe-
rais, de origem iluminista; portanto um libe-
ralismo que reduzia a intervenção do Estado
na economia e que se baseava no critério
censitário para definição de cidadania.
4. Expressão da cultura modernista que se di-
fundia no país, em especial nos centros ur-
banos, o nacionalismo brasileiro se apegava
aos elementos sociais típicos do país, em es-
pecial o indígena e condenava a importação
da cultura europeia, sendo que muitas vezes
adquiria um tom xenófobo. Em 1928 levam
ao extremo essas ideais com o Manifesto An-
tropófago, que propõe “devorar” influências
estrangeiras para impor o caráter brasileiro
à arte e à literatura.

82
PRÁTICA DOS 4. As visões sociais de Durkheim enfocam as-
pectos diferentes da realidade social. É in-

CONHECIMENTOS - E.O. teiramente correto dizer que a sociedade é


um fato objetivo, que nos coage e até nos
cria. No entanto, também é correto dizer:
1. Nunca, na história contemporânea mundial, a) A sociedade é apenas definida pelas tradi-
como nesta virada de século e de milênio, ções, visto que o indivíduo é subordinado
a propriedade privada dos meios de produ- inteiramente ao social.
ção em geral e da terra em particular foi tão b) A sociedade não apresenta grande função
forte e os ideais coletivos tão enfraquecidos. na existência humana, visto que o homem
Essa situação pode ser atribuída: é muito mais um projeto biológico, do que
a) à vigência cada vez mais ampla dos Direitos social.
Humanos e do multiculturalismo étnico. c) A sociedade vive por conta própria e não de-
b) às exigências da divisão internacional do pende do reconhecimento do indivíduo.
trabalho e ao avanço da democracia social. d) O homem por ser social, não depende de
c) à imposição da política econômica keynesia- uma individualidade para viver, visto que o
na e à adoção da terceira via ou política do ser coletivo anula totalmente o ser indiví-
possível. duo.
d) à vitória do capitalismo na guerra fria sobre e) A sociedade nos define, mas é por sua vez
o chamado socialismo real e à crise das uto- definida por nós.
pias.
e) à força cada vez maior das religiões e das 5. É assim extremamente simples a estrutura
Igrejas, favoráveis, por princípio, ao indivi- social da colônia no primeiro século e meio
dualismo. de colonização. Reduz-se em suma a duas
classes: de um lado os proprietários rurais,
2. “Com efeito, a política científica evidencia a classe abastada dos senhores de engenho e
que a separação entre o poder espiritual e o fazenda; doutro, a massa da população espú-
poder temporal é a condição indispensável ria dos trabalhadores do campo, escravos e
de toda Ordem e de todo Progresso na socie- semilivres. Da simplicidade da infraestrutu-
dade moderna.” ra econômica – a terra, única força produti-
Miguel Lemos, Rio de Janeiro, 1890 va, absorvida pela grande exploração agríco-
la – deriva a da estrutura social: a reduzida
As afirmações apresentadas no texto corres-
classe de proprietários e a grande massa,
pondem às ideias
explorada e oprimida. Há naturalmente no
a) evolucionistas
seio desta massa gradações, que assinala-
b) positivistas
mos. Mas, elas não são contudo bastante pro-
c) católicas
fundas para se caracterizarem em situações
d) românticas
radicalmente distintas.
e) republicanas
Caio Prado Jr., Evolução política do Brasil. 20ª ed.
São Paulo: Brasiliense, p.28-29, 1993 [1942].
3. Sobre a política indigenista do governo bra-
sileiro no século XX, é possível afirmar que Neste trecho, o autor observa que, na socie-
ela: dade colonial,
a) concedeu emancipação jurídica aos indíge- a) só havia duas classes conhecidas, e que nada
nas, equiparando-os durante todo o período é sabido sobre indivíduos que porventura fi-
aos cidadãos brancos. zessem parte de outras.
b) criou vários serviços de proteção ao silvíco- b) havia muitas classes diferentes, mas só duas
la, permitindo que fossem dirigidos pelos estavam diretamente ligadas a critérios eco-
próprios grupos indígenas. nômicos.
c) enviou expedições oficiais para contato com c) todos os membros das classes existentes
grupos indígenas, comandadas por membros queriam se transformar em proprietários
da Igreja Católica. rurais, exceto os pequenos trabalhadores li-
d) preocupou-se com a demarcação de terras vres, semilivres ou escravos.
indígenas, sem conseguir protegê-las de in- d) diversas classes radicalmente distintas umas
vasores brancos. das outras compunham um cenário comple-
e) copiou a política dos Estados Unidos, já que xo, marcado por conflitos sociais.
a situação dos indígenas, nos dois países, e) a população se organizava em duas clas-
tem sido muito semelhante. ses, cujas gradações internas não alte-
ravam a simplicidade da estrutura social.

83
6. Foi precisamente a divisão da economia b) traduzia um projeto político centralizador
mundial em múltiplas jurisdições políticas, e antidemocrático associado ao retorno de
competindo entre si pelo capital circulante, instituições monárquicas.
que deu aos agentes capitalistas as maiores c) exaltava os valores utilitaristas do moderno
oportunidades de continuar a expandir o va- capitalismo industrial, pois reconhecia a im-
lor de seu capital, nos períodos de estagna- portância da tradição agrária brasileira.
ção material generalizada da economia mun- d) preconizava a defesa do mandonismo políti-
dial. co e da integração de brancos e negros sob a
Giovanni Arrighi, O longo século XX. Dinheiro, forma da democracia racial.
poder e as origens do nosso tempo. Rio de Janeiro/ e) promovia o desenvolvimento de uma cultura
São Paulo: Contraponto/Edunesp, p.237, 1996.
brasileira autêntica pelo retorno a seu pas-
Conforme o texto, uma das características sado e a suas tradições e riquezas locais.
mais marcantes da história da formação e
desenvolvimento do sistema capitalista é a 8. A vida na cidade, diz Simmel, bombardeia a
a) incapacidade de o capitalismo se desenvol- mente com imagens e impressões, sensações
ver em períodos em que os Estados intervêm e atividades. Esse é um “profundo contraste
fortemente na economia de seus países. com o ritmo mais habitual e mais fluente”
b) responsabilidade exclusiva dos agentes capi- da cidade ou aldeia. Nesse contexto, os indi-
talistas privados na recuperação do capita- víduos não podem responder a cada estímulo
lismo, após períodos de crise mundial. ou atividade com que se deparam; como li-
c) dependência que o capitalismo tem da ação dam, então, com tal bombardeio?
dos Estados para a superação de crises eco- (GIDENS, A. Sociologia. Porto Alegre: Penso, 2012, p. 258).
nômicas mundiais.
d) dissolução frequente das divisões políticas Georg Simmel, em seu texto clássico A me-
tradicionais em decorrência da necessidade trópole e a vida mental, menciona profundas
de desenvolvimento do capitalismo. alterações emocionais e sensitivas dos seres
e) ocorrência de oportunidades de desenvolvi- humanos causadas pela cidade grande.
mento financeiro do capital a partir de crises Sobre esse tema é CORRETO afirmar:
políticas generalizadas. a) Simmel destaca que desde o início do pro-
cesso de urbanização, os habitantes de gran-
des cidades desenvolvem ampla afetividade
7. Mas o pecado maior contra a Civilização e o
pelos moradores vizinhos bem como pelos
Progresso, contra o Bom Senso e o Bom Gosto
seus contextos locais de habitação.
e até os Bons Costumes, que estaria sendo
b) De influência marxista, Simmel desenvolve a
cometido pelo grupo de regionalistas a quem
base da sociologia urbana ao tratar a cidade
se deve a ideia ou a organização deste Con-
como a forma predominante e efetiva de re-
gresso, estaria em procurar reanimar não
conversão da relação exploratória plenamen-
só a arte arcaica dos quitutes finos e caros
te capitalista.
em que se esmeraram, nas velhas casas pa-
c) As novas formas de associação e visão de
triarcais, algumas senhoras das mais ilustres
mundo a partir da construção de novos la-
famílias da região, e que está sendo esque-
ços urbanos é algo diagnosticado por Simmel
cida pelos doces dos confeiteiros franceses
logo em seu texto clássico, anunciando os
e italianos, como a arte – popular como a
desdobramentos de reivindicações de direi-
do barro, a do cesto, a da palha de Ouricuri,
tos civis e movimentos sociais que prolifera-
a de piaçava, a dos cachimbos e dos santos
riam ao longo do século XX.
de pau, a das esteiras, a dos ex-votos, a das
d) De orientação weberiana, Simmel identifica
redes, a das rendas e bicos, a dos brinquedos
um processo de suavização da exploração do
de meninos feitos de sabugo de milho, de
trabalho no contexto urbano, por conta das
canudo de mamão, de lata de doce de goia-
novas possibilidades metropolitanas da mo-
ba, de quenga de coco, de cabaça – que é, no
dernidade.
Nordeste, o preparado do doce, do bolo, do
e) O ponto central é a intensificação dos estí-
quitute de tabuleiro, feito por mãos negras
mulos urbanos e o anonimato, que geram,
e pardas com uma perícia que iguala, e às
por um lado uma ampliação da racionalidade
vezes excede, a das sinhás brancas.
e calculabilidade da vida e, por outro a ati-
Freyre. Manifesto regionalista (7a ed.). Recife:
FUNDAJ, Ed. Massangana, 1996. tude blasé, como forma de proteção emocio-
nal.
De acordo com o texto de Gilberto Freyre, o
Manifesto regionalista, publicado em 1926,
a) opunha-se ao cosmopolitismo dos modernis-
tas, especialmente por refutar a alteração
nos hábitos alimentares nordestinos.

84
9. O local e o global determinam-se recipro-
camente, umas vezes de modo congruente
e consequente, outras de modo desigual e
desencontrado. Mesclam-se e tensionam-se
singularidades, particularidades e univer-
salidades. Conforme Anthony Giddens, “A
globalização pode assim ser definida como a
intensificação das relações sociais em escala
mundial, que ligam localidades distantes de
tal maneira que acontecimentos locais são
modelados por eventos ocorrendo a muitas
milhas de distância e vice-versa. Este é um
processo dialético porque tais acontecimen-
tos locais podem se deslocar numa direção
inversa às relações muito distanciadas que
os modelam. A transformação local é, assim,
uma parte da globalização”.
Octávio Ianni, Estudos Avançados. USP.
São Paulo, 1994. Adaptado.

Neste texto, escrito no final do século XX, o


autor refere-se a um processo que persiste
no século atual. A partir desse texto, pode se
inferir que esse processo leva à
a) padronização da vida cotidiana
a) melhor distribuição de renda do planeta.
c) intensificação do convívio e das relações afe-
tivas presenciais.
d) maior troca de saberes entre gerações.
e) retratação do ambientalismo como reação à
sociedade de consumo.

GABARITO
1. D 2. B 3. D 4. E 5. E
6. C 7. D 8. A 9. A

85
C H CIÊNCIAS HUMANAS
e suas tecnologias
GEOGRAFIA
Fuvest - Geografia
Relevo, 8%
Vegetação, 5%
Astronomia, 2%
Espaço geográfico, 4%
Hidrografia, 5%
Clima,5%
Cartografia, 3%
População, 11%
Urbanização, 4%
Globalização, 5%
Comércio exterior e blocos econômicos, 3%
Agropecuária e extrativismo, 7%
Transportes e comunicações, 2%
Fontes de energia, indústria e comércio exterior,5%
Política econômica, 2%
Turismo, lazer ou entretenimento, 1%
Sudeste, nordeste e centro-oeste brasileiro, 6%
Questões ambientais, 5%
Geopolítica, 14%
GEOGRAFIA 1

Prescrição: É necessária a compreensão de conceitos básicos sobre cartografia do território


brasileiro, além de conhecimentos sobre fatores climáticos e geomorfológicos do Brasil. É
também de fundamental importância interpretar modelos esquemáticos e gráficos para a
compreensão de fatores socioeconômicos na produção do espaço geográfico, nas diferentes
regiões do Brasil.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Fuvest) Considere os mapas sobre a produção de leite no Brasil.

Com base nos mapas e em seus conhecimentos, é correto afirmar que a produção de leite no Brasil,
no período retratado:
a) cresceu na região Nordeste, devido à substituição das plantações de algodão, na Zona da Mata, pelos
rebanhos leiteiros.
b) avançou em direção aos estados do Norte e do Centro-Oeste, em função da predominância, nessas
regiões, de climas mais secos.
c) consolidou a hegemonia de Minas Gerais, graças à alta produtividade alcançada com o melhoramento
genético dos rebanhos no vale do Jequitinhonha.
d) aumentou, tanto em quantidade produzida quanto em número de estados produtores, graças, em
grande parte, ao crescimento do consumo interno.
e) abarcou todo o território nacional, excetuando-se os Estados recobertos pela floresta Amazônica, de-
vido à presença de unidades de conservação.

2. (Fuvest) À medida que a parcela de ar se eleva na atmosfera, nos limites da troposfera, a tempe-
ratura do ar decai a uma razão de 1Cº a cada 100 metros (Razão Adiabática Seca - RAS) ou 0,6Cº
a cada 100 metros (Razão Adiabática Úmida - RAU).

Considerando os conceitos e a ilustração, é correto afirmar que as temperaturas do ar, em graus


Celsius, T1 e T2 são, respectivamente,
Note e adote:
- Utilize RAS ou RAU de acordo com a presença ou não de ar saturado.
- Tar temperatura do ar.
a) 8,0 e 26,0 b) 12,8 e 28,0 c) 12,0 e 26,0 d) 12 e 20,4 e) 11,6 e 20,4

89
3. (Fuvest) São objetivos do Plano Diretor – SP: promover melhor aproveitamento do solo nas proximi-
dades do sistema estrutural de transporte coletivo com aumento na densidade construtiva, demo-
gráfica, habitacional e de atividades urbanas; incrementar a oferta de comércios, serviços e emprego
em áreas pobres da periferia; ampliar a oferta de habitações de interesse social nas proximidades do
sistema estrutural de transporte coletivo.
Diário Oficial. Cidade de São Paulo, 01/08/2014 (Adaptado).

É correto afirmar que tais medidas visam a:


a) estimular a aproximação espacial entre moradia, emprego e serviços na cidade.
b) inibir a verticalização em áreas próximas a vias de circulação e nas periferias.
c) reduzir a densidade demográfica em áreas próximas ao sistema estrutural de transporte coletivo.
d) coibir a distribuição espacial do setor terciário em áreas pobres da periferia.
e) restringir a concentração espacial de habitações de interesse social a áreas periféricas da cidade.

4. (Fuvest) Considere os mapas do Estado de São Paulo, seus conhecimentos e as afirmativas a seguir.

I. A expansão desse cultivo tem ocorrido, principalmente, com vistas ao aumento da produção de
etanol para o abastecimento dos mercados interno e externo.
II. O cultivo desse produto agrícola tem ocupado porções do Oeste Paulista que, tradicionalmente,
eram ocupadas com pasto.
III. A expansão desse cultivo tem acarretado a diminuição da produção de gêneros alimentícios em
algumas regiões do estado.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II, apenas.
b) II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III, apenas.
e) I, II e III.

5. (Fuvest)

Desde o final da década de 1970, no Brasil, os movimentos sociais urbanos têm reivindicado o cha-
mado Direito à Cidade, em que a moradia é elemento fundamental. Acerca desse tema, considere
os gráficos, seus conhecimentos e as seguintes afirmações:
I. A Região Sudeste responde por mais da metade do PIB nacional, sendo, porém, a região com
maior deficit habitacional. Consequentemente, forte concentração de capital não significa aces-
so à moradia.
II. A Região Nordeste tem o segundo maior deficit habitacional e a terceira maior participação no
PIB nacional. Isso significa que a histórica desigualdade social nessa região foi superada.
III.A Região Norte tem o segundo menor deficit habitacional e a menor participação no PIB nacio-
nal. Isso significa que o deficit habitacional é um problema desvinculado da produção/distri-
buição de riqueza.

90
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

6. (Fuvest) Observe os mapas do Brasil.

Considere as afirmativas relacionadas aos mapas.


I. Alta concentração fundiária e pouca diversificação da atividade econômica são características
de um bolsão de pobreza existente no extremo sul do Brasil.
II. A despeito de seus excelentes indicadores econômicos bem como de seu elevado grau de indus-
trialização, a região Sudeste abriga bolsões de pobreza.
III.A biodiversidade da floresta assegura alta renda per capita aos habitantes da Amazônia, en-
quanto moradores da caatinga nordestina padecem em bolsões de pobreza.
IV. Embora Brasília detenha alguns dos melhores indicadores socioeconômicos do país, o próprio
Distrito Federal e arredores abrigam um bolsão de pobreza.
Está correto o que se afirma em:
a) I, II e III, apenas.
b) I, II e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA


1. Os mapas indicam o aumento da produção de leite, em nível territorial e em valores absolutos.
Estão incorretas as alternativas: [A], porque a produção de leite não substituiu a produção algo-
doeira no Nordeste; [B], porque os climas das regiões não são mais secos; [C], porque a produção
em Minas Gerais não é feita no vale do Jequitinhonha; e [E], porque a produção atingiu Estados
recobertos pela floresta, como o Pará e Rondônia.
2. Considerando que a temperatura atmosférica é Tar = 20ºC na altitude de 200m ao elevar 200m em
altitude, atingindo 400m o ar não é saturado, ou seja, a razão de redução de temperatura é RAS e
vale 2ºC. Desse modo, a temperatura do ar em 400m é 18ºC. Ao elevar de 400m até 1400m de alti-
tude, ocorre uma variação de 1000m com ar saturado, e ocorre uma redução em RAU de 6ºC com a
temperatura diminuindo até T1 = 12 ºC. O ar, ao decair até o nível do mar (encosta de sotavento),
sofre uma diminuição de 1400m de altitude em RAS e a temperatura do ar aumenta de 14ºC a
partir de T1 = 12 ºC isto é, 26 ºC
3. O objetivo do Plano Diretor de São Paulo é amenizar o problema da mobilidade na cidade, con-
centrando os equipamentos urbanos próximos aos serviços necessários à população, ampliando
seu acesso a eles. Estão incorretas as alternativas: [B], porque tais medidas demandaram maior
verticalização; [C], porque tais medidas irão ampliar a densidade demográfica nas áreas próximas
ao transporte coletivo; [D], porque tais medidas irão ampliar a distribuição do setor terciário na
periferia, revitalizando as regiões; e [E], porque tais medidas irão ampliar a oferta de serviços nas
áreas periféricas.

91
4. A retomada da produção de cana de açúcar em larga escala é um reflexo da política governamen-
tal de inserir o Brasil na cena internacional como ator na produção bioenergética sustentável. O
Estado de São Paulo é o maior produtor brasileiro de cana e de álcool combustível e fornece tanto
para o mercado interno como para o exterior e a produção se expande para o oeste do estado em
detrimento, em geral, à produção de alimentos.
5. O modelo econômico brasileiro favorece a concentração de terra e de renda dificultado a maioria da
população, o acesso a terra e à moradia. Não há, portanto, nenhum contracenso no fato da região
Sudeste ter o maior PIB e o maior deficit habitacional significando que a concentração de capital,
se não possibilitar mecanismos distributivos, dificulta o acesso à moradia e outros bens sociais. Na
frase II, persistem as más condições de vida devido ao modelo concentrador de renda e de terra.
Na frase III a distribuição de riqueza é diretamente proporcional ao melhor acesso à moradia.
6.
I. Correta: nos bolsões de pobreza da região Sul, predomina grandes propriedades com criação
extensiva de gado (pampas) e cultivo de grãos (oeste do Paraná e de Santa Catarina).
II. Correta: a região Sudeste apresenta elevada renda per capita, graças à diversidade de suas
atividades econômicas e elevada produção industrial; todavia, microrregiões de pobreza são
evidentes, como o vale do Ribeira, no Estado de São Paulo, e o vale do Jequitinhonha, em Minas
Gerais.
III.Incorreta: os mapas evidenciam a existência de bolsões de pobreza tanto no litoral quanto na
caatinga nordestina. Além disso, a Amazônia, em seu conjunto, não apresenta renda per capita
superior à do Nordeste em geral.
IV. Correta: a renda per capita do Distrito Federal é elevada devido às atividades administrativas
ali concentradas; todavia, as cidades-satélites abrigam população extremamente carente de
renda e com baixa disponibilidade de serviços públicos.

GABARITO
1. D 2. C 3. A 4. E 5. A
6. B

92
PRÁTICA DOS CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Fuvest) Considere as anamorfoses:

As condições da produção agrícola, no Brasil, são bastante heterogêneas, porém alguns aspectos
estão presentes em todas as regiões do País.
Nas anamorfoses acima, estão representadas formas de produção agrícola das diferentes regiões
administrativas. Assinale a alternativa que contém, respectivamente, a produção agrícola repre-
sentada em I e em II.
a) De subsistência e patronal.
b) Familiar e itinerante.
c) Patronal e familiar.
d) Familiar e de subsistência.
e) Itinerante e patronal.

2. (Fuvest) A propósito da agricultura brasilei- Está correto o que se afirma em:


ra, pode-se afirmar que: a) apenas I.
a) a escravidão por dívida consiste numa situa- b) I e II.
ção de servidão do trabalhador, característi- c) I, III e IV.
ca da parceria. d) II, III e IV.
b) o Estatuto do Trabalhador Rural dos anos e) apenas IV.
sessenta substituiu a antiga Legislação dos
Trabalhadores Rurais.
4. (Fuvest) Nas últimas décadas, têm aumenta-
c) a empresa agropecuária capitalista ca-
racteriza-se pela presença do trabalhador do os estudos relativos à função das florestas
agregado. tropicais nos balanços físicos e químicos, em
d) a denominação “boia-fria” é dada ao tra- diversas escalas. Focalizando especialmente
balhador temporário que vive nos lati- o papel da floresta Amazônica, examine as
fúndios. associações a seguir.
e) a unidade familiar de subsistência tanto
pode contratar força de trabalho quanto Papel da floresta
Estudo Balanço
Amazônica
vender trabalho familiar.
Global do
I Sumidouro
carbono
3. (Fuvest) No Brasil, a atuação de empresas
Fonte significativa de
transnacionais no setor agroindustrial apre- Hidrológico
II umidade para
senta: regional
precipitação regional
I. investimentos no plantio e na aquisição Atenuadora de processos Geomor-
de terras. III
erosivos e sedimentares fológico
II. participação na produção vinícola que in-
tegra a base alimentar da população bra- Está correto o que se associa em:
sileira. a) I apenas.
III.investimentos no beneficiamento de pro- b) II apenas.
dutos agrícolas. c) I e III apenas.
IV. associação e fusão com empresas de capi- d) II e III apenas.
tal nacional do setor. e) I, II e III.

93
5. (Fuvest) Analise a sequência histórica da ocupação de uma área no Brasil.

Início do século XX Meados do século XX Final do século XX


ƒ agricultura para autossus- ƒ agricultura para autossustento ƒ agricultura para autossus-
tento ƒ pecuária extensiva tento
ƒ pecuária extensiva ƒ emigração ƒ produção agrícola moderna
Trata-se:
a) de Rondônia que, na atualidade, observa entrada de capital para fruticultura e pecuária extensiva.
b) de Rondônia, que apresentou emigração em meados do século XX, devido à decadência do extrativismo
da borracha.
c) do médio vale do rio São Francisco que, na atualidade, recebe capital e tecnologia para a fruticultura
visando a mercados externos e internos.
d) do médio vale do rio São Francisco onde, hoje, a agricultura para autossustento depende dos projetos
de irrigação.
e) do pampa gaúcho que, até o final do século XX, mantinha suas atividades agrícolas ligadas à viticultura.

6. (Fuvest) A partir da década de 80 do sécu- 8. (Fuvest) Quanto à formação do território


lo XX, programas agrícolas promoveram o brasileiro, podemos afirmar que:
desenvolvimento da região Centro-Oeste do a) a mineração, no século XVIII, foi importante
Brasil. Isso foi realizado com grande aplica- na integração do território, devido às rela-
ção de capital e utilização de técnicas agríco- ções com o Sul, provedor de charque e mu-
las avançadas. las, e com o Rio de Janeiro, por onde escoa-
Podemos afirmar que a substituição das for- va o ouro.
mações do cerrado pela agricultura mecani- b) a pecuária no rio São Francisco, desenvolvi-
zada, entre outras características: da a partir das numerosas vilas da Zona da
a) foi favorecida pela grande fertilidade de suas Mata, foi um elemento importante na inte-
terras planas, próprias dos chapadões. gração do território nacional.
b) aumentou a tendência natural de processos c) a economia baseada, no século XVI, na ex-
erosivos por interferências antrópicas, como ploração das drogas do sertão integrou a
a compactação do solo. porção Centro-Oeste à região Sul.
c) desnudou extensas áreas de mares de mor- d) a economia açucareira do Nordeste brasi-
ros, provocando assoreamento de rios, como leiro, baseada no binômio plantation e es-
o Araguaia. cravidão, foi a responsável pela incorpora-
d) gerou poucos impactos ambientais, tendo ção, ao Brasil, de territórios pertencentes
em vista a substituição de uma cobertura à Espanha.
vegetal por outra. e) a extração do pau-brasil, promovida pelos
e) eliminou as queimadas naturais e antrópicas paulistas, por meio das entradas e bandei-
na região com o uso de irrigação por goteja- ras, foi importante na expansão das frontei-
mento. ras do território brasileiro.

7. (Fuvest) O conhecimento tradicional próprio 9. (Fuvest) Pode-se caracterizar parte da com-


de comunidades locais desperta a atenção de plexidade socioeconômica do Brasil pela:
empresas transnacionais no Brasil, devido: a) elevada dívida externa, usada para finan-
ciar o alto índice de desenvolvimento hu-
a) ao reconhecimento do papel dessas comuni-
mano do país.
dades na conservação de recursos naturais
b) elevada concentração de terras que são uti-
pelos organismos internacionais que pagam
lizadas como reserva de valor e para agro-
quantias elevadas por isso.
negócios.
b) ao relacionamento dessas comunidades com
c) exportação de produtos tecnológicos, prin-
grupos paramilitares de Estados vizinhos, fa-
cipal componente da balança comercial
cilitando assim a expansão dos investimentos.
brasileira.
c) à possibilidade de essas comunidades serem
d) concentração da renda no eixo Sul-Sudes-
inseridas no mercado de consumo, a partir
te, em virtude da presença de imigrantes
da descrição do seu gênero de vida.
europeus.
d) à posição estratégica das comunidades, junto
e) queda da produção agrícola para expor-
aos grandes corpos-d’água e ao litoral, contri- tação, devido ao protecionismo de países
buindo para o combate ao contrabando. centrais.
e) à aceleração da pesquisa que tal conhecimen-
to propicia, facilitando a bioprospecção de
espécies que ocorrem em território brasileiro.

94
10. (Fuvest)

Considere os exemplos das figuras e analise as frases a seguir, relativas às imagens de satélite e
às fotografias aéreas.
I. Um dos usos das imagens de satélites refere-se à confecção de mapas temáticos de escala pe-
quena, enquanto as fotografias aéreas servem de base à confecção de cartas topográficas de
escala grande.
II. Embora os produtos de sensoriamento remoto estejam, hoje, disseminados pelo mundo, nem
todos eles são disponibilizados para uso civil.
III.Pelo fato de poderem ser obtidas com intervalos regulares de tempo, dentre outras caracte-
rísticas, as imagens de satélite constituem-se em ferramentas de monitoramento ambiental e
instrumental geopolítico valioso.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.

11. (Fuvest) O campus da USP Butantã dista, 12. (Fuvest)


aproximadamente, 23 km do campus da USP
Zona Leste e 290 km do campus da USP Ri-
beirão Preto, em linha reta. Para representar
essas distâncias em mapas, com dimensões
de uma página de aproximadamente 25 × 18
cm, as escalas que mostrarão mais detalhes
serão, respectivamente:

Campus Butantã –
Campus Butantã –
Campus
Campus Zona Leste
Ribeirão Preto
a) 1 : 200.000 1 : 2.000.000 Observando a representação cartográfica,
b) 1 : 500.000 1 : 5.000.000 pode-se afirmar que se trata de uma:
a) carta topográfica, indicando que o Japão
c) 1 : 10.000 1 : 200.000
consome mais energia do que produz.
d) 1 : 500.000 1 : 2.000.000 b) anamorfose, indicando que a França produz
e) 1 : 200.000 1 : 5.000.000 mais energia do que consome.
c) anamorfose, indicando que os Estados Unidos
consomem mais energia do que produzem.
d) carta topográfica, indicando que a Alema-
nha produz mais energia do que consome.
e) anamorfose, indicando que os países africanos
consomem mais energia do que produzem.

95
13. (Fuvest) Observe a carta topográfica abaixo, que representa a área adquirida por um produtor rural.

Em parte da área acima representada, onde predominam menores declividades, o produtor rural
pretende desenvolver uma atividade agrícola mecanizada. Em outra parte, com maiores declivida-
des, esse produtor deseja plantar eucalipto.
Considerando os objetivos desse produtor rural, as áreas que apresentam, respectivamente, ca-
racterísticas mais apropriadas a uma atividade mecanizada e ao plantio de eucaliptos estão nos
quadrantes:
a) sudeste e nordeste.
b) nordeste e noroeste.
c) noroeste e sudeste.
d) sudeste e sudoeste.
e) sudoeste e noroeste.

14. (Fuvest) Um viajante saiu de Araripe, no Ce- Com base nesse trajeto e no mapa acima,
ará, percorreu, inicialmente, 1.000 km para pode-se afirmar que, durante seu percurso, o
o sul, depois 1.000 km para o oeste e, por viajante passou pelos Estados do Ceará:
fim, mais 750 km para o sul. a) Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais,
Goiás e Rio de Janeiro, tendo visitado os
ecossistemas da caatinga, mata Atlântica
e pantanal. Encerrou sua viagem a cerca de
250 km da cidade de São Paulo.
b) Rio Grande do Norte, Bahia, Minas Gerais,
Goiás e Rio de Janeiro, tendo visitado os
ecossistemas da caatinga, mata Atlântica e
cerrado. Encerrou sua viagem a cerca de 750
km da cidade de São Paulo.
c) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e
São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da
caatinga, mata Atlântica e pantanal. Encer-
rou sua viagem a cerca de 250 km da cidade
de São Paulo.
d) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e
São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da
caatinga, mata Atlântica e cerrado. Encerrou
sua viagem a cerca de 750 km da cidade de
São Paulo.
e) Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Goiás e
São Paulo, tendo visitado os ecossistemas da
caatinga, mata Atlântica e cerrado. Encerrou
sua viagem a cerca de 250 km da cidade de
São Paulo.

96
15. (Fuvest) Assinale a alternativa que indica o d) metáfora da cidade-metrópole, referindo-se
climograma que corresponde a uma cidade à aridez do concreto e das construções.
localizada aproximadamente a 3° Sul e 60° e) generalização do ambiente rural, indepen-
Oeste. dentemente das características de sua vege-
a) tação.

17. (Fuvest) Grandes lagos artificiais de barra-


gens, como o Nasser, no rio Nilo, o Three
Gorges, na China, e o de Itaipu, no Brasil,
resultantes do represamento de rios, estão
b) entre as obras de engenharia espalhadas
pelo mundo, com importantes efeitos socio-
ambientais.
Acerca dos efeitos socioambientais de gran-
des lagos de barragens, considere as afirma-
ções abaixo.
I. Enquanto no passado, grandes lagos de
c) barragem restringiam-se a áreas de pla-
nície, atualmente, graças a progressos
tecnológicos, situam-se, invariavelmente,
em regiões planálticas, com significativos
desníveis topográficos.
II. A abertura das comportas que represam
as águas dos lagos de barragens impede a
d) ocorrência de processos de sedimentação,
assim como provoca grandes enchentes a
montante.
III. Frequentes desalojamentos de pessoas para
a implantação de lagos de barragens leva-
ram ao surgimento, no Brasil, do Movimen-
e) to dos Atingidos por Barragens – MAB.
IV. Por se constituírem como extensos e,
muitas vezes, profundos reservatórios de
água, grandes lagos de barragens provo-
cam alterações microclimáticas nas suas
proximidades.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II, apenas.
b) I, II e III, apenas.
c) II, III e IV, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.

16. (Fuvest) São Paulo gigante, torrão adorado 18. (Fuvest) O gráfico abaixo exibe a distribui-
Estou abraçado com meu violão ção percentual do consumo de energia mun-
Feito de pinheiro da mata selvagem dial por tipo de fonte.
Que enfeita a paisagem lá do meu sertão
Tonico e Tinoco, “São Paulo Gigante“.

Nos versos da canção dos paulistas Tonico e


Tinoco, o termo “sertão” deve ser compreen-
dido como:
a) descritivo da paisagem e da vegetação típi-
cas do sertão existente na região Nordeste
do país.
b) contraposição ao litoral, na concepção dada
pelos caiçaras, que identificam o sertão com
a presença dos pinheiros.
c) analogia à paisagem predominante no Cen- Com base no gráfico e em seus conhecimen-
tro-Oeste brasileiro, tal como foi encontrada tos, identifique, na escala mundial, a afirma-
pelos bandeirantes no século XVII. ção correta.

97
a) A queda no consumo de petróleo, após a 19. (Fuvest) Considerando os mapas, assinale a
década de 1970, é devida à acentuada dimi- alternativa correta.
nuição de sua utilização no setor aeroviário
e, também, à sua substituição pela energia
das marés.
b) O aumento relativo do consumo de carvão
mineral, a partir da década de 2000, está re-
lacionado ao fato de China e Índia estarem
entre os grandes produtores e consumidores
de carvão mineral, produto que esses países
utilizam em sua crescente industrialização.
c) A participação da hidreletricidade se man-
teve constante, em todo o período, em fun-
ção da regulamentação ambiental proposta
pela ONU, que proíbe a implantação de no-
O potencial hidrelétrico brasileiro:
vas usinas.
a) está esgotado na bacia do Paraná, localizada
d) O aumento da participação das fontes reno- numa área de média densidade demográfica.
váveis de energia, após a década de 1980, b) está esgotado na bacia do São Francisco, lo-
explica-se pelo crescente aproveitamento calizada numa área de baixa densidade de-
de energia solar, proposto nos planos go- mográfica.
vernamentais, em países desenvolvidos de c) é pouco explorado na bacia Leste, localizada
alta latitude. numa área de baixa densidade demográfica.
e) O aumento do consumo do gás natural, ao d) está esgotado na bacia do Uruguai, localizada
longo de todo o período coberto pelo gráfi- numa área de alta densidade demográfica.
co, é explicado por sua utilização crescente e) é pouco explorado na bacia do Tocantins,
nos meios de transporte, conforme estabele- localizada numa área de baixa densidade de-
cido no Protocolo de Cartagena. mográfica.

20. (Fuvest) Leia o texto e observe o mapa.


Em 1884, durante um congresso internacional, em Washington, EUA, estabeleceu-se um padrão
mundial de tempo. A partir de então, ficou convencionado que o tempo padrão teórico, nos diver-
sos países do mundo, seria definido por meridianos espaçados a cada 15°, tendo como origem o
meridiano de Greenwich, Inglaterra (Reino Unido).

Com base no mapa e nas informações acima, considere a seguinte situação: João, que vive na ci-
dade de Pequim, China, recebe uma ligação telefônica, às 9h da manhã de uma segunda-feira, de
Maria, que vive na cidade de Manaus, Brasil. A que horas e em que dia da semana Maria telefonou?
a) 21h do domingo.
b) 17h do domingo.
c) 21h da segunda-feira.
d) 17h da terça-feira.
e) 21h da terça-feira.

98
21. (Fuvest) Quando vim de minha terra, III.O principal polo tecnológico do país é a
se é que vim de minha terra Zona Franca de Manaus, devido à presen-
(não estou morto por lá?), ça de várias incubadoras tecnológicas.
a correnteza do rio IV. Os principais polos tecnológicos do Esta-
me sussurrou vagamente do de São Paulo se localizam na capital,
que eu havia de quedar em São José dos Campos, Campinas e São
lá donde me despedia. Carlos.
(...) Quando vim de minha terra Está correto o que se afirma em:
não vim, perdi-me no espaço a) I e II.
na ilusão de ter saído. b) I e III.
Ai de mim, nunca saí. c) I e IV.
Nesse poema, Carlos Drummond de Andrade: d) II e III.
a) discute a permanente frustração do desejo e) II e IV.
de migrar do campo para a cidade.
b) reflete sobre o sentimento paradoxal do mi- 24. (Fuvest) O rico patrimônio histórico-arqui-
grante em face de sua identidade regional. tetônico da cidade de São Luiz do Paraitin-
c) expõe a tragédia familiar do migrante quan- ga, parcialmente destruído pelas chuvas no
do se desloca do interior para a cidade. início de 2010, associa-se a um fausto vivido
d) aborda o problema das migrações originárias pelo Vale do Paraíba, no passado, entre final
das regiões ribeirinhas para as grandes cidades. do século XIX e início do século XX, propor-
e) comenta as expectativas e esperanças do mi- cionado pela cultura do café.
grante em relação ao lugar de destino. Considere as seguintes afirmações sobre o
Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo.
22. (Fuvest) O Brasil é uma República Federati- I. A pecuária leiteira, que se desenvolveu
va que apresenta muitas desigualdades re- no Vale, a partir da crise do café, é, ainda
gionais. Confrontando-se dois aspectos – a hoje, uma atividade econômica praticada
igualdade jurídica entre os Estados-mem- na região.
bros e as disparidades econômicas entre as II. Essa região abriga as maiores hidrelétri-
regiões – pode-se afirmar que: cas do Estado, responsáveis pelo forneci-
a) o desequilíbrio econômico regional vem sen- mento de energia para a Região Metropo-
do, ao menos parcialmente, atenuado pelo litana de São Paulo.
menor número de representantes do Sudeste III.O relevo de mares de morros marca a pai-
no Congresso Nacional, em comparação aos sagem dessa região, estendendo-se, tam-
do Norte e Nordeste. bém, para outros estados brasileiros.
b) a região Norte é a menos representada no IV. A industrialização dessa região foi favo-
Congresso Nacional, fato notável principal- recida por sua localização, entre as duas
mente no Senado, derivando daí uma si- maiores cidades brasileiras, bem como
tuação de desigualdade perante as demais por sua acessibilidade rodoviária.
regiões. Está correto o que se afirma em:
c) a região Sul goza de ampla maioria de repre- a) I, II e III, apenas.
sentação no Congresso Nacional, o que lhe b) I e IV, apenas.
tem permitido obter vantagens na redistri- c) I, III e IV, apenas.
buição dos repasses federais. d) II e IV, apenas.
d) o princípio da igualdade, garantido pelo nú- e) I, II, III e IV.
mero fixo de senadores por Estado, permite
uma distribuição equilibrada dos repasses 25. (Fuvest 2018) Estuários são ambientes
federais, entre as diferentes regiões do país. aquáticos em que há a transição entre rio
e) os Estados nordestinos, apesar de sua pouca (água doce, com salinidade menor que 0,5 g
representatividade no Congresso, vêm assu- de NaCℓ por Kg de água) e mar (água salga-
mindo liderança na definição das políticas da, com salinidade maior que 30 g de NaCℓ
monetária e cambial no país. por Kg de água). Existem diferentes tipos de
estuários, dos quais três deles são:
23. (Fuvest) Considere as afirmações a seguir 1. Estuário bem misturado: ocorre quando há
sobre os polos tecnológicos no Brasil. grandes variações de maré e fortes corren-
I. Os polos tecnológicos concentram as ati- tes, causando rápida mistura entre as águas.
vidades de pesquisa e desenvolvimento 2. Estuário parcialmente misturado: ocorre
de tecnologias de ponta. quando o mar tem variações moderadas
II. Os polos tecnológicos concentram ativi- de maré e há mistura entre as águas, po-
dades industriais que independem de ou- rém com diferenças entre a região super-
tros setores da economia. ficial e a profunda.

99
3. Estuário do tipo cunha salina: ocorre Representações:
quando o rio desemboca no mar, em que
este tem pouca variação de maré, gerando
grande estratificação.
Medidas de salinidade da água em função
da profundidade foram realizadas em um
ponto equivalente para esses três tipos de
estuários, conforme mostrado no esquema a
seguir, gerando os gráficos I, II e III.

Associe a ocorrência com sua correta repre-


sentação:
I II III
a) A C E
b) B C E
c) C B E
d) A B D
e) C A D

A alternativa que relaciona corretamente o


27. (Fuvest) A metrópole se transforma num
gráfico com a respectiva descrição do tipo de
ritmo intenso. A mudança mais evidente re-
estuário é:
fere-se ao deslocamento de indústrias da ci-
1 2 3 dade de São Paulo [para outras cidades pau-
a) I II III listas ou outros estados], uma tendência que
presenciamos no processo produtivo – como
b) II I III
condição de competitividade – que obriga as
c) II III I empresas a se modernizarem.
d) III I II CARLOS, A.F.A. São Paulo: do capital industrial
ao capital financeiro. 2004 (Adaptado).
e) III II I
Com base no texto acima e em seus conheci-
26. (Fuvest) Após o Tratado de Tordesilhas mentos, considere as afirmações.
(1494), por meio do qual Portugal e Espanha I. Um dos fatores que explica o desloca-
dividiram as terras emersas com uma linha mento de indústrias da capital paulista
imaginária, verifica-se um “descobrimento é o seu trânsito congestionado, que au-
gradual” do atual território brasileiro. menta o tempo e os custos da circulação
Tendo em vista o processo da formação terri- de mercadorias.
torial do País, considere as ocorrências e as II. O deslocamento de indústrias da capital
representações abaixo: paulista tem acarretado transformações no
Ocorrências: mercado de trabalho, como a diminuição
I. Tratado de Madrid (1750); relativa do emprego industrial na cidade.
II. Tratado de Petrópolis (1903); III.O deslocamento de indústrias da cidade
III.Constituição da República Federativa do de São Paulo decorre, entre outros fato-
Brasil (1988)/consolidação da atual divi- res, do alto grau de organização e da for-
são dos Estados. te atuação dos sindicatos de trabalhado-
res nessa cidade.
100
Está correto o que se afirma em: c) a área I apresenta, como maior problema, o
a) I, apenas. desinteresse das populações indígenas em
b) I e II, apenas. preservar sua integridade cultural.
c) I e III, apenas. d) a área II tem como problemas a existência de
d) II e III, apenas. pequenas áreas demarcadas, além da intensa
e) I, II e III. exposição ao processo de aculturação.
e) a área I está com seu processo de demarca-
28. (Fuvest) Ainda no começo do século XX, Eu- ção de terras interrompido devido às solici-
clides da Cunha, em pequeno estudo, dis- tações de fazendeiros e garimpeiros.
corria sobre os meios de sujeição dos tra-
balhadores nos seringais da Amazônia, no 30. (Fuvest)
chamado regime de peonagem, a escravidão
por dívida. Algo próximo do que foi cons-
tatado em São Paulo nestes dias [agosto de
2011] envolvendo duas oficinas terceiriza-
das de produção de vestuário.
José de Souza Martins, 2011 (Adaptado).

No texto acima, o autor faz menção à presen-


ça de regime de trabalho análogo à escravi-
dão, na indústria de bens:
a) de consumo não duráveis, com a contratação
de imigrantes asiáticos, destacando-se core-
anos e chineses.
b) de consumo duráveis, com a superexplora-
ção, por meio de empresas de pequeno por-
te, de imigrantes chilenos e bolivianos. Os gráficos revelam:
c) intermediários, com a contratação prioritá- a) pequena quantidade de propriedades, com
ria de imigrantes asiáticos, destacando-se até 100 ha, ocupando a maior parcela da
coreanos e chineses. área, o que significa uma distribuição desi-
d) de consumo não duráveis, com a superex- gual da terra.
ploração, principalmente, de imigrantes bo- b) grande quantidade de propriedades, com
livianos e peruanos. mais de 1000 ha, correspondendo à maior
e) de produção, com a contratação majoritária, parcela da área ocupada, o que significa uma
por meio de empresas de médio porte, de distribuição equitativa da terra.
imigrantes peruanos e colombianos. c) grande quantidade de propriedades, com até
100 ha, correspondendo às menores parcelas
29. (Fuvest) Observe o mapa. da área ocupada, o que significa uma distri-
buição desigual da terra.
d) pequena quantidade de propriedades, de
100 a 1000 ha, ocupando a maior parcela da
área, o que significa uma distribuição equi-
tativa da terra.
e) pequena quantidade de propriedades, com
mais de 1000 ha, correspondendo à menor
parcela da área ocupada, o que significa uma
distribuição desigual da terra.

Adaptado de: SIMIELLI, 2001.

Quanto às atuais dificuldades de efetivação


dos direitos indígenas, é correto afirmar que:
a) as áreas I e II apresentam o mesmo proble-
ma: ausência de legislação para demarcação
de terras.
b) a área II tem como maior problema a inexis-
tência de terras demarcadas devido à supre-
macia das atividades agropecuárias.

101
31. (Fuvest)

Em algumas cidades, pode-se observar no


horizonte, em certos dias, a olho nu, uma
camada de cor marrom. Essa condição afe-
ta a saúde, principalmente, de crianças e de
idosos, provocando, entre outras, doenças
respiratórias e cardiovasculares.
Adaptado de: <http://tempoagora.uol.com.
br/noticias>. Acesso em: 20 jun. 2009.

As figuras e o texto acima referem-se a um


processo de formação de um fenômeno cli-
mático que ocorre, por exemplo, na cidade
de São Paulo. Trata-se de:
a) ilha de calor, caracterizada pelo aumento de
temperaturas na periferia da cidade.
b) zona de convergência intertropical, que pro-
voca o aumento da pressão atmosférica na
área urbana.
c) chuva convectiva, caracterizada pela forma-
ção de nuvens de poluentes que provocam
danos ambientais.
d) inversão térmica, que provoca concentração
de poluentes na baixa camada da atmosfera.
e) ventos alíseos de sudeste, que provocam o
súbito aumento da umidade relativa do ar.

GABARITO
1. C 2. E 3. C 4. E 5. C
6. B 7. E 8. A 9. B 10. E
11. A 12. C 13. C 14. E 15. B
16. E 17. D 18. B 19. E 20. A
21. B 22. A 23. C 24. C 25. E
26. A 27. E 28. D 29. D 30. C
31. D

102
GEOGRAFIA 2

Prescrição: São necessários conhecimentos sobre fatores históricos e geográficos que transfor-
maram o espaço mundial. Também serão abordados temas tais como fluxos migratórios, questões
ambientais, conceitos de população e urbanização, comércio internacional e fontes de energia.
É de vital importância a interpretação de textos, mapas, tabelas e gráficos, que facilitarão a com-
preensão dos exercícios. Além disso, deve-se entender as transformações tecnológicas e seus
impactos nos processos de produção do espaço geográfico.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Fuvest)O conceito de erosão apresenta definições mais amplas ou mais restritas. A mais abran-
gente envolve os processos de denudação da superfície terrestre de forma geral, incluindo desde
os processos de intemperismo de todos os tipos até os de transporte e deposição de material. Outro
conceito, mais restrito, envolve apenas o deslocamento do material intemperizado, seja solo ou
rocha, por agentes de transporte como a água corrente, o vento, o gelo ou a gravidade, produzindo
formas erosivas características.
R. Fairbridge. The Encyclopedia of Geomorphology, 1968. Adaptado.

Exemplo de processo ao qual se aplica o conceito mais restrito de erosão é


a) a formação de rochas.
b) a oxidação de rochas.
c) a formação de sulcos no solo.
d) a formação de concreções no solo.
e) o vulcanismo da crosta.

2. (Fuvest) Há dois lados na divisão internacional do trabalho [DIT]: um em que alguns países espe-
cializam-se em ganhar, e outro em que se especializaram em perder. Nossa comarca do mundo, que
hoje chamamos de América latina, foi precoce: especializou-se em perder desde os remotos tem-
pos em que os europeus do Renascimento se abalançaram pelo mar e fincaram os dentes em sua
garganta. Passaram os séculos, e a América latina aperfeiçoou suas funções. Este já não é o reino
das maravilhas, onde a realidade derrotava a fábula e a imaginação era humilhada pelos troféus
das conquistas, as jazidas de ouro e as montanhas de prata. Mas a região continua trabalhando
como um serviçal. Continua existindo a serviço de necessidades alheias, como fonte e reserva de
petróleo e ferro, cobre e carne, frutas e café, matérias-primas e alimentos, destinados aos países
ricos que ganham, consumindo-os, muito mais do que a América latina ganha produzindo-os.
GALEANO, Eduardo. As veias abertas da América latina. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981 (Adaptado).

Sobre a atual Divisão Internacional do Trabalho (DIT), no que diz respeito à mineração na América
latina, é correto afirmar:
a) O México é o país com maior produção de carvão, cuja exportação é controlada por capital canaden-
se. Para tal situação, o padrão de dominação Norte/Sul na DIT, mencionado pelo autor, é praticado
no mesmo continente.
b) A Colômbia ocupa o primeiro lugar na produção mundial de manganês, por meio de empresas privati-
zadas nos dois últimos governos bolivarianos, o que realça sua posição no cenário econômico interna-
cional, rompendo a dominação Norte/Sul.
c) O Chile destaca-se pela extração de cobre, principalmente na sua porção centro-norte, que é, em parte,
explorado por empresas transnacionais, o que reitera o padrão da DIT mencionado pelo autor.
d) A Bolívia destaca-se como um dos maiores produtores de ferro da América latina, e, recentemente, o
controle de sua produção passou a ser feito por conselhos indígenas. Essa autonomia do país permitiu
o rompimento da dominação estadunidense.
e) O Uruguai é o principal produtor mundial de prata, e o controle de sua extração é feito por empresas
transnacionais. Nesse caso, mantém-se o padrão da inserção do país na DIT mencionada pelo autor.

103
3. (Fuvest) No planeta Terra, há processos es- 4. Segundo a Organização das Nações Unidas
cultores, tais como a ação do gelo, o intem- para a Alimentação e a Agricultura (FAO),
perismo e a ação do vento. A atuação de tais anualmente, 1,3 bilhão de toneladas de ali-
processos pode ser representada em gráficos mentos (30% da produção total no planeta)
elaborados segundo variações médias de é perdido em dois processos: o desperdício
temperatura e precipitação anual. Conside- que se relaciona ao descarte de alimentos
re as características do deserto do Saara, da em bom estado e a perda ao longo da cadeia
Antártida e de uma floresta tropical e iden- produtiva. O desperdício representa 46%
tifique o gráfico em que estão corretamente e é muito maior nas regiões mais ricas. As
localizados. perdas relativas ao circuito de produção re-
a) presentam 54% do total e são maiores nos
países em desenvolvimento.
https://nacoesunidas.org/fao_30de_toda_a_
comida_produzida_no_mundo_vaiparar_no_lixo.
Adaptado.Percentual de pessoas em estado
de insegurança alimentar grave*

Local 2017
África 29,8%
b) América Latina 9,8%
Ásia 6,9%
América Setentrional e Europa 1,4%
Mundo 10,2%
FAO. El estado de la seguridad alimentaria y la
nutrición en el mundo. 2018. Adaptado.

*pessoa que está sem alimento e/ou que fi-


cou um dia todo sem comer várias vezes ao
c)
ano.
Com base nas informações da FAO e em seus
conhecimentos, indique a afirmação correta.
a) A produção de alimentos vem decaindo mun-
dialmente devido aos problemas na logística
de produção, o que tem provocado aumento
da insegurança alimentar.
b) Nos continentes mais desenvolvidos, a perda
d) de alimentos devido ao sistema de transpor-
te e armazenamento é a principal causa da
inexistência da insegurança alimentar.
c) O fato de parte significativa da população
africana estar em estado de insegurança
alimentar ocorre devido ao desperdício das
monoculturas de cereais.
d) O controle rigoroso do desperdício explica
o baixo percentual de pessoas em situação
e) de insegurança alimentar na América Seten-
trional e na Europa.
e) Os dois diferentes processos que causam a
enorme perda de alimentos no mundo refle-
tem as desigualdades econômicas e sociais
existentes entre os continentes

104
5. (Fuvest) A tabela mostra o número total de refugiados no mundo em 2017, segundo relatório do
Alto Comissariado das Nações Unidas Para Refugiados (UNHCR ou ACNUR em português).
Refugiados do Mundo*
Principais países de Quantidade de pessoas Principais países que Quantidade de pessoas
origem dos refugiados (em milhões) abrigam refugiados (em milhões)
Síria 6,3 Turquia 3,5
Afeganistão 2,6 Paquistão 1,4
Sudão do Sul 2,4 Uganda 1,4
Myanmar 1,2 Líbano 0,9
Somália 0,9 República Islâmica do Irã 0,9
Sudão 0,7 Alemanha 0,9
*Nestes dados não estão computados os palestinos.UNHCR - GLOBAL TRENDS, 2017. Adaptado.

Sobre os refugiados e sua distribuição no mundo, é correto afirmar:


a) Os provenientes do Sudão do Sul e da Somália são acolhidos na Turquia, onde encontram oferta de
empregos nas atividades comerciais, tradição econômica do país, desde o século XVII.
b) A maioria provém da África, devido aos processos de desertificação, e tem como destino o Oriente
Médio e a Europa.
c) O Irã recebe majoritariamente refugiados de países da África Subsaariana, dentre os quais se destacam
o Sudão e o Sudão do Sul.
d) Os de origem síria são a maior população nesta condição, e estão sendo acolhidos em vários países
do Extremo Oriente e da África, os quais apoiam o governo sírio na guerra civil que ocorre nesse país
desde 2011.
e) São majoritariamente provenientes do Oriente Médio, África e Ásia, deslocam-se, forçadamente, devido
a longas guerras, em grande parte para países e/ou regiões fronteiriços.

6. (Fuvest) O local e o global determinam-se reciprocamente, umas vezes de modo congruente e


consequente, outras de modo desigual e desencontrado. Mesclam-se e tensionam-se singularida-
des, particularidades e universalidades. Conforme Anthony Giddens, “A globalização pode assim
ser definida como a intensificação das relações sociais em escala mundial, que ligam localidades
distantes de tal maneira que acontecimentos locais são modelados por eventos ocorrendo a muitas
milhas de distância e vice-versa. Este é um processo dialético porque tais acontecimentos locais
podem se deslocar numa direção inversa às relações muito distanciadas que os modelam. A trans-
formação local é, assim, uma parte da globalização”.
Octávio Ianni, Estudos Avançados. USP. São Paulo, 1994. Adaptado.

Neste texto, escrito no final do século XX, o autor refere-se a um processo que persiste no século
atual. A partir desse texto, pode-se inferir que esse processo leva à
a) padronização da vida cotidiana.
b) melhor distribuição de renda no planeta.
c) intensificação do convívio e das relações afetivas presenciais.
d) maior troca de saberes entre gerações.
e) retração do ambientalismo como reação à sociedade de consumo.

105
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA a longa distância. No caso dos sírios, grande
parte localiza-se em campos de refugiados
na Turquia e muitos migraram para a União
1. A erosão é o desgaste da superfície com remo- Europeia, principalmente a Alemanha. No
ção de partículas minerais (areia, silte e argi- caso da etnia muçulmana rohingya de Mian-
la) e matéria orgânica. Atinge principalmente mar, o deslocamento dá-se em direção a paí-
o solo e rochas que estão expostas. Os agentes ses como Bangladesh, Tailândia e Indonésia.
exógenos são responsáveis por vários tipos No caso dos afegãos, muitos foram para o
de erosão conforme as condições climáticas e Paquistão e Irã.
hidrológicas: pluvial (água da chuva), fluvial 6. O processo de globalização constitui a fase
(água de rios), abrasão (marinha), glacial (ge- recente de expansão do capitalismo no es-
leiras) e eólica (vento). Ao longo do tempo, paço mundial, sendo caracterizado pela ace-
podem aparecer feições erosivas como o sulco leração dos fluxos de mercadorias, capital,
(pequena dimensão), a ravina (média dimen- pessoas e informações. O processo é possí-
são) e a voçoroca (grande dimensão). vel graças à modernização integrada dos
2. A grande produção e exportação de cobre transportes, telecomunicações e informáti-
no Chile comprova a citação de Galeano, de ca. Entretanto, a globalização está a serviço
que a América latina posterga sua função de dos interesses das empresas, inclusive das
fornecedor de matéria-prima para a econo- transnacionais que induzem a padronização
mia mundial. Estão incorretas as alternati- do consumo e do comportamento em escala
vas: [A] e [B], porque o México e a Colômbia global, fator que pode enfraquecer as parti-
se destacam na produção de petróleo; [D], cularidades culturais regionais e locais.
porque a Bolívia se destaca na produção de

GABARITO
carvão mineral, petróleo e manganês; e [E],
porque a economia do Uruguai está assenta-
da na produção agropecuária.
3. O gráfico mostra a relação entre paisagens 1. C 2. C 3. A 4. E 5. E
naturais ou biomas com os tipos climáticos
6. A
nos seus elementos básicos, a temperatura e
a pluviosidade. O gráfico destaca três impor-
tantes paisagens naturais, a Antártida (clima
polar com baixa temperatura e baixa plu-
viosidade), o Deserto do Saara (clima árido
com alta temperatura e baixa pluviosidade)
e o bioma de Floresta Tropical (clima tropical
com alta temperatura e alta pluviosidade).
4. A insegurança alimentar grave é definida
quando falta alimento em quantidade,
qualidade e regularidade para as famílias,
inclusive as crianças. Os maiores porcentuais
de pessoas que sofrem com o drama da
fome crônica ocorrem na África, na América
Latina e na Ásia, isto é, as regiões do
mundo que concentram a maioria dos países
subdesenvolvidos e emergentes. No mundo
se produz o suficiente de alimentos para
toda a população global, todavia a fome
persiste. Entre as causas da fome no mundo:
disparidade socioeconômica entre os países,
a desigualdade social no interior dos países,
a insuficiência de renda das famílias em
situação de pobreza extrema, o desperdício
de alimentos e a prioridade para a exportação
de alimentos na economia globalizada.
5. Os refugiados são aqueles que deixam seus
países devido a perseguição política em regi-
mes autoritários, guerras civis, divergências
religiosas e conflitos étnicos. Em sua maio-
ria costumam se deslocar para nações vizi-
nhas. Em alguns casos, os deslocamentos são

106
PRÁTICA DOS As lacunas devem ser preenchidas, respecti-
vamente, por:

CONHECIMENTOS - E.O. a) o G7 – o GATT


b) o G7 – a OMC
c) a OMC – o GATT
1. (Fuvest) O aumento da dívida externa na d) o GATT – o Bird
América latina, evidenciado no gráfico, ocor- e) a OMC – o Bird
reu, principalmente, devido:
4. (Fuvest) Observe os gráficos.

a) à ampliação das trocas comerciais entre paí-


ses.
b) ao desequilíbrio comercial em relação aos
países ricos.
c) ao importante incremento do capital espe-
culativo.
d) à queda do PIB e à valorização das
commodities. Com base nos gráficos e em seus conheci-
e) ao aumento das taxas de juros externos. mentos, assinale a alternativa correta.
a) O comércio bilateral entre China e África
2. (Fuvest) Devido ao processo de mundializa- cresceu timidamente no período e envolveu,
ção da economia, podemos afirmar que as principalmente, bens de capital africanos e
empresas transnacionais: bens de consumo chineses.
a) investem apenas em países que praticam b) As exportações chinesas para a África res-
baixas taxas de juros, aproveitando facilida- tringem-se a bens de consumo e produtos
des na obtenção de crédito. primários destinados a atender ao pequeno
b) investem apenas em países que oferecem e estagnado mercado consumidor africano.
um mercado consumidor expressivo, já que c) A implantação de grandes obras de engenha-
a produção destina-se ao mercado interno. ria, com destaque para rodovias transconti-
c) dispõem de grande mobilidade territorial, sendo nentais, ferrovias e hidrovias, associa-se ao
que seus investimentos restringem-se a países investimento chinês no setor da construção
que integram blocos econômicos comerciais. civil na África.
d) investem em países aliados aos Estados Uni- d) O agronegócio foi o principal investimento
da China na África em função do exponen-
dos, por determinação do Conselho de Segu-
cial crescimento da população chinesa e de
rança da ONU.
sua grande demanda por alimentos.
e) dispõem de grande mobilidade territorial,
e) O investimento chinês no setor minerador,
sendo que seus investimentos migram para
na África, associa-se ao crescimento indus-
países que oferecem vantagens fiscais.
trial da China e sua consequente demanda
por petróleo e outros minérios.
3. (Fuvest) Uma das inquietações fundamen-
tais da atualidade, dentro do processo de
globalização, consiste em se indagar sobre
o que irá prevalecer no comércio internacio-
nal: multilateralismo ou regionalismo? Para
gerenciar o comércio internacional e fortale-
cer o multilateralismo, foi criado, em 1995,
__________, com sede em Genebra (Suíça),
substituindo __________, de 1947.
Adaptado de: Sene e Moreira, 1998.

107
5. (Fuvest) No mapa a seguir, destacam-se três país limita-se, ao sul, com a Índia e, ao
regiões europeias onde: norte, com a China;
III.necessidades da Índia e, principalmen-
te, da China, as quais, com o aumento da
população e da urbanização, demandam
suprimento de água para abastecimento
público, tendo em vista que o Nepal pos-
sui inúmeros mananciais.
Está correto o que se indica em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
a) ocorrem movimentos separatistas.
b) estão localizados os mais importantes portos 7. (Fuvest) Analise o mapa e assinale a alterna-
europeus. tiva que completa corretamente a frase.
c) são registrados os menores IDH da União Eu-
ropeia.
d) foram suspensos pela OMC os subsídios agrí-
colas.
e) ocorre o maior fluxo de imigrantes da África
setentrional e da Ásia de Sudeste.

6. (Fuvest) Observe o mapa abaixo e leia o tex-


to a seguir.

O estratégico reservatório de água subter-


rânea, denominado aquífero Guarani, ocor-
re em áreas de __________, e se estende
__________.
a) terrenos cristalinos – pelo Brasil, Argentina,
Uruguai e Paraguai
b) dobramentos antigos – pelos países do Cone
Sul
c) planícies – pelos países do Cone Sul
d) sedimentação – pelo Brasil, Argentina, Uru-
O terremoto ocorrido em abril de 2015, no guai e Paraguai
Nepal, matou por volta de 9000 pessoas e e) terrenos arqueados – pelo Brasil, Argentina
expôs um governo sem recursos para lidar e Uruguai
com eventos geológicos catastróficos de tal
magnitude (7,8 na escala Richter). Índia e 8. (Fuvest) As legendas corretas para as fotos
China dispuseram-se a ajudar de diferentes abaixo são:
maneiras, fornecendo desde militares e mé-
dicos até equipes de engenharia, e também
por meio de aportes financeiros.
Considere os seguintes motivos, além da-
queles de razão humanitária, para esse
apoio ao Nepal:
I. interesse no grande potencial hidrológico
para a geração de energia, pois a cadeia
do Himalaia, no Nepal, representa divisor
de águas das bacias hidrográficas dos rios
Ganges e Brahmaputra, caracterizando
densa rede de drenagem;
II. interesse desses países em controlar o a) I – Cadeia orogênica do Terciário, com for-
fluxo de mercadorias agrícolas produzi- mação ligada à tectônica de placas
das no Nepal, através do sistema hidro- II – Área de sedimentação do Cenozoico,
viário Ganges-Brahmaputra, já que esse com depósitos fluviais

108
b) I – Cadeia orogênica do Quaternário, com b) necessidade de proteção às embaixadas e
formação ligada à ação vulcânica outras legações diplomáticas norte-america-
II – Área de sedimentação do Paleozoico, nas em países com trajetória comunista.
com depósitos eólicos c) meio de transporte para o envio de equipa-
c) I – Cadeia orogênica do Terciário, com for- mentos militares ao Irã, com a finalidade de
mação ligada à ação vulcânica desmonte das atividades nucleares.
II – Área de sedimentação do Pré-cambriano, d) um dos pilares da sua estratégia de comba-
com depósitos fluviais te ao terrorismo, principalmente em regiões
d) I – Cadeia orogênica do Quaternário, com com importante atuação tribal/terrorista.
formação ligada à ação vulcânica e) reforço para a megaoperação de espionagem,
II – Área de sedimentação do Cenozoico, executada em 2013, que culminou com o
com depósitos fluviais asilo de Snowden na Rússia.
e) I – Cadeia orogênica do Arqueozoico, com
formação ligada à tectônica de placas 11. (Fuvest) “Mais da metade do gênero huma-
II – Área de sedimentação do Paleozoico, no jamais discou um número de telefone. Há
com depósitos eólicos mais linhas telefônicas em Manhattan do
que em toda a África, ao sul do Saara.”
9. (Fuvest) Do ponto de vista tectônico, núcle- (Mbeki, vice-presidente da África do Sul, 1995.)
os rochosos mais antigos, em áreas conti-
nentais mais interiorizadas, tendem a ser os “Nos EUA, os brancos representam 88,6% dos
mais estáveis, ou seja, menos sujeitos a aba- utilizadores da Internet e os negros, 1,3 %,
los sísmicos e deformações. Em termos geo- embora correspondam a 12% da população.”
morfológicos, a maior estabilidade tectônica (Adaptado de: Douzet, 1997.)
dessas áreas faz com que elas apresentem
Considerando-se o texto anterior, assinale a
uma forte tendência à ocorrência, ao longo
alternativa correta.
do tempo geológico, de um processo de:
a) O nível de vida das populações e o grau de de-
a) aplainamento das formas de relevo, decor-
senvolvimento tecnológico dos países expli-
rente do intemperismo e da erosão.
cam a desigual distribuição da rede internet.
b) formação de depressões absolutas, gerada
b) A cibercultura é universal e constitui um
por acomodação de blocos rochosos.
instrumento de massificação e construção de
c) formação de cânions, decorrente de intensa
uma identidade cultural global.
erosão eólica.
c) Os fluxos de informação telefônica não devem
d) produção de desníveis topográficos acentu- ser confundidos com as infovias que têm uma
ados, resultante da contínua sedimentação distribuição mais igualitária no mundo.
dos rios. d) Os custos da conexão virtual são mais eleva-
e) geração de relevo serrano, associada a fato- dos nos países ricos do que nos países pobres,
res climáticos ligados à glaciação. o que explica a sua desigual distribuição.
e) O centro mundial de fornecimento de servi-
10. (Fuvest) Observe o mapa da distribuição dos ços da rede Internet são os Estados Unidos
drones (veículos aéreos não tripulados) nor- devido à grande quantidade de telefones
te-americanos na África e no Oriente Médio. disponíveis.

12. (Fuvest) O mundo tem vivido inúmeros con-


flitos regionais de repercussão global que,
por um lado, envolvem intervenções de tro-
pas de diferentes países e, por outro lado,
resultam em discussões na Organização das
Nações Unidas.
Considere as seguintes afirmações:
I. Povos primitivos precisam ser tutelados
pela diplomacia internacional ou repri-
midos por forças de nações desenvolvi-
das, para que conflitos locais ou regionais
não perturbem o equilíbrio mundial.
Em suas declarações, o governo norte-ame- II. Razões estratégicas, de localização ge-
ricano justifica o uso dos drones, principal- ográfica, de orientação política ou de
mente, como: concentração de recursos naturais, fazem
a) proteção militar a países com importantes com que certas regiões ou países sejam
laços econômicos com os EUA, principalmen- alvo de interesses, preocupações e inter-
te na área de minerais raros. venções internacionais.

109
III.Diferenças étnicas, culturais, políticas 14. (Fuvest)
ou religiosas, com raízes históricas, têm
resultado em preconceito, desrespeito e
segregação, gerando tensões que reper-
cutem em conflitos existentes entre dife-
rentes nações.
O envolvimento global em conflitos regio-
nais é, corretamente, explicado em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III. Analise as pirâmides etárias do Brasil, con-
13. (Fuvest) O cartograma apresenta a localização siderando os itens a seguir sobre a estrutura
de alguns dos maiores deltas mundiais. Estu- populacional brasileira.
dos recentes consideram os deltas como áreas I. O aumento significativo, na faixa de 15-
de interesse global para monitoramento. 19 anos, nesse período, foi decorrente do
milagre econômico brasileiro.
II. A base mais estreita da pirâmide de 2000,
quando comparada com a de 1960, indica
uma redução na taxa de natalidade.
III.O alargamento do topo da pirâmide de
2000 indica um decréscimo da expectati-
va de vida da população brasileira.
IV. Nos últimos 40 anos, há evidências de
que o país passa por processo de transi-
ção demográfica.
Estão corretas todas as afirmações da alter-
nativa:
a) I e II.
b) I e III.
Fonte: Simielli, 2001.
c) II e III.
Tal interesse relaciona-se à sua: d) II e IV.
I. característica deposicional que permite e) III e IV.
o estudo de modificações das respectivas
bacias hidrográficas. 15. (Fuvest) As previsões catastrofistas dos
II. fragilidade natural, devido à localização “neomalthusianos” sobre o crescimento de-
em zonas com pluviosidade insuficiente mográfico e sua pressão sobre os recursos
para a fixação de vegetação. naturais não se confirmaram, notadamente,
III.degradação, promovida pelo seu uso agrí- porque:
cola e por represamentos à montante. a) o processo de globalização permitiu o acesso
Está correto o que se afirma em: voluntário e universal a meios contracepti-
a) I apenas. vos eficazes, impactando, sobretudo, os paí-
b) II apenas. ses em desenvolvimento.
c) III apenas. b) a nova onda de “revolução verde”, propicia-
d) I e III apenas. da pela introdução dos transgênicos, afastou
e) I, II e III. a ameaça de fome epidêmica nos países mais
pobres.
c) as ações governamentais e a urbanização
implicaram forte queda nas taxas de nata-
lidade, exceto em países muçulmanos e da
África subsaariana, entre outros.
d) o estilo de vida consumista, maior respon-
sável pela degradação dos recursos naturais,
vem sendo superado desde a Conferência
Rio-92.
e) os fluxos migratórios de países pobres para
aqueles ricos que têm crescimento vegetati-
vo negativo compensaram a pressão sobre os
recursos naturais.

110
16. (Fuvest) Sobre o modelo de industrialização implementado em países do sudeste asiático, como
Coreia do Sul e Taiwan, e o adotado em países da América latina, como a Argentina, o Brasil e o
México, pode-se afirmar que:
a) nos países do sudeste asiático, a participação de capital estrangeiro impediu o desenvolvimento de
tecnologia local, ao passo que, nos países latino-americanos, ela promoveu esse desenvolvimento.
b) nos dois casos, não houve participação do Estado na criação de infraestrutura necessária à industria-
lização.
c) nos países do sudeste asiático, a organização dos trabalhadores, em sindicatos livres, encareceu o
produto final, ao passo que, nos países latino-americanos, a ausência dessa organização tornou os
produtos mais competitivos.
d) nos dois casos, houve importante participação de capital japonês, responsável pelo desenvolvimento
tecnológico nessas regiões.
e) nos países do sudeste asiático, a produção industrial visou à exportação, ao passo que, nos países
latino-americanos, a produção objetivou o mercado interno.

17. (Fuvest)

Com base nesses gráficos sobre 15 cidades, pode-se concluir que, no ano de 1995:
a) as três cidades com o menor número de habitantes, por hectare, são aquelas que mais consomem ga-
solina no transporte particular de passageiros.
b) nas três cidades da América do Sul, vale a regra: maior população, por hectare, acarreta maior consu-
mo de gasolina no transporte particular de passageiros.
c) as cidades mais populosas, por hectare, são aquelas que mais consomem gasolina no transporte parti-
cular de passageiros.
d) nas três cidades da América do Norte, vale a regra: maior população, por hectare, acarreta maior con-
sumo de gasolina no transporte particular de passageiros.
e) as três cidades da Ásia mais populosas, por hectare, estão entre as quatro com menor consumo de
gasolina no transporte particular de passageiros.

GABARITO
1. E 2. E 3. C 4. E 5. C
6. C 7. D 8. A 9. A 10. D
11. A 12. D 13. D 14. D 15. C
16. E 17. A

111
C N CIÊNCIAS DA NATUREZA
e suas tecnologias
BIOLOGIA
Fuvest - Biologia
Citologia, 22%
Ecologia, 18%
Fisiologia animal e humana, 18%
Reino vegetal, fungos e monera, 18%
Genética, 17%
Reino animal e protoctistas, 7%
BIOLOGIA 1

Prescrição: São necessários conhecimentos sobre os seres vivos e o ambiente que os rodeia, assim
como a interação entre os indivíduos e indivíduos e o meio. Em adicional, compreender as caracterís-
ticas e classificação dos vegetais.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Fuvest) O modo de nutrição das bactérias 4. (Fuvest) A contribuição da seiva bruta para
é muito diversificado: existem bactérias fo- a realização da fotossíntese nas plantas vas-
tossintetizantes, que obtêm energia da luz; culares é a de fornecer:
bactérias quimiossintetizantes, que obtêm a) glicídios como fonte de carbono.
energia de reações químicas inorgânicas; b) água como fonte de hidrogênio.
bactérias saprofágicas, que se alimentam de c) ATP como fonte de energia.
matéria orgânica morta; bactérias parasitas, d) vitaminas como coenzimas.
e) sais minerais para captação de oxigênio.
que se alimentam de hospedeiros vivos.
Indique a alternativa que relaciona correta-
5. (Fuvest) “O tico-tico tá comendo meu fubá/
mente cada um dos tipos de bactéria men-
Se o tico-tico pensa/ em se alimentar/ que
cionados com sua posição na teia alimentar.
vá comer/ umas minhocas no pomar (...)/
Fotossin- Quimiossinte Botei alpiste para ver se ele comia/ Botei um
Sapofrágica Parasita
tetizante tizante
gato, um espantalho e um alçapão (...)”
a) Decompositor Produtor Consumidor Decompositor Zequinha de Abreu, “Tico-tico no Fubá”.
b) Consumidor Consumidor Decompositor Consumidor
No contexto da música, na teia alimentar da
c) Produtor Consumidor Decompositor Decompositor
qual fazem parte tico-tico, fubá, minhoca,
d) Produtor Decompositor Consumidor Consumidor alpiste e gato:
e) Produtor Produtor Decompositor Consumidor a) a minhoca aparece como produtor e o tico-
-tico como consumidor primário.
b) o fubá aparece como produtor e o tico-tico
2. (Fuvest) Um pesquisador que deseje estu- como consumidor primário e secundário.
dar a divisão meiótica em samambaia deve c) o fubá aparece como produtor e o gato como
utilizar em suas preparações microscópicas consumidor primário.
células de: d) o tico-tico e o gato aparecem como consumi-
a) embrião recém-formado. dores primários.
b) rizoma da samambaia. e) o alpiste aparece como produtor, o gato
como consumidor primário e a minhoca
c) soros da samambaia.
como decompositor.
d) rizoides do prótalo.
e) estruturas reprodutivas do prótalo.
6. (Fuvest) A recente descoberta de uma vasta
região de mar descongelado no Polo Norte é
3. (Fuvest) Enquanto a clonagem de animais é um um exemplo dos efeitos do aquecimento glo-
evento relativamente recente no mundo cientí- bal pelo qual passa o planeta. Alarmados com
fico, a clonagem de plantas vem ocorrendo já há a situação, alguns países industrializados
algumas décadas com relativo sucesso. Células elaboraram uma carta de intenções em que
são retiradas de uma planta-mãe e, posterior- se comprometem a promover amplos reflo-
mente, são cultivadas em meio de cultura, dando restamentos, como uma estratégia para re-
origem a uma planta inteira, com genoma idên- duzir o efeito estufa e conter o aquecimento
tico ao da planta-mãe. Para que o processo tenha global. Tal estratégia baseia-se na hipótese
maior chance de êxito, deve-se retirar as células: de que o aumento das áreas de floresta pro-
a) do ápice do caule. moverá maior:
b) da zona de pelos absorventes da raiz. a) liberação de gás oxigênio, com aumento da
c) do parênquima dos cotilédones. camada de ozônio e redução da radiação ul-
d) do tecido condutor em estrutura primária. travioleta.
b) retenção do carbono na matéria orgânica das
e) da parede interna do ovário.
árvores, com diminuição do gás carbônico
atmosférico responsável pelo efeito estufa.

115
c) disponibilidade de combustíveis renováveis
e, consequentemente, menor queima de PRÁTICA DOS
combustíveis fósseis, que liberam CFC (clo-
rofluorcarbono). CONHECIMENTOS - E.O.
d) absorção de CFC, gás responsável pela des-
truição da camada de ozônio. 1. (Fuvest) A cobra-coral (Erythrolamprus
e) sombreamento do solo, com resfriamento da aesculapii) tem hábito diurno, alimenta-se
superfície terrestre. de outras cobras e é terrícola, ou seja, caça
e se abriga no chão. A jararaca (Bothrops
jararaca) tem hábito noturno, alimenta-se
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA de mamíferos e é terrícola. Ambas ocorrem
no Brasil, na floresta pluvial costeira.
1. As bactérias fotossintetizantes e as quimios- Essas serpentes:
sintetizantes são autótrofas e, logo, produ- a) disputam o mesmo nicho ecológico.
toras. As bactérias saprofágicas são decom- b) constituem uma população.
positoras e as parasitas, consumidoras. c) compartilham o mesmo habitat.
d) realizam competição intraespecífica.
2. Para estudar a divisão meiótica em samam- e) são comensais.
baia, o pesquisador necessitará observar os
soros, que são os lugares onde as células di-
videm-se por meiose e produzem os esporos 2. (Fuvest) Num determinado lago, a quan-
haploides. tidade dos organismos do fitoplâncton é
controlada por um crustáceo do gênero
3. O ápice do caule possui meristema primário, o Artemia, presente no zooplâncton. Graças a
qual é indiferenciado sem função específica. esse equilíbrio, a água permanece transpa-
4. A seiva bruta transporta sais minerais e rente. Depois de um ano muito chuvoso, a sa-
água. A água é um reagem da fotossíntese. linidade do lago diminuiu, o que permitiu o
crescimento do número de insetos do gênero
5. O tico-tico se alimenta do fubá (produtor),
Trichocorixa, predadores de Artemia. A
tornando-se consumidor primário, e da mi-
transparência da água do lago diminuiu.
nhoca, tornando-se consumidor secundário.
Considere as afirmações:
6. Para realizar a fotossíntese, os vegetais rea- I. A predação provocou o aumento da popu-
lizam o sequestro do carbono atmosférico. lação dos produtores.
II. A predação provocou a diminuição da po-
pulação dos consumidores secundários.
GABARITO III.A predação provocou a diminuição da po-
pulação dos consumidores primários.
Está correto o que se afirma apenas em:
1. E 2. C 3. A 4. B 5. B
a) I.
6. B b) II.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.

3. (Fuvest) O gráfico mostra uma estimativa do


número de espécies marinhas e dos níveis de
oxigênio atmosférico, desde 550 milhões de
anos atrás até os dias de hoje.

116
Analise as seguintes afirmativas: a) dos frutos e depois das flores.
I. Houve eventos de extinção que reduziram b) das flores e depois dos frutos.
em mais de 50% o número de espécies c) das sementes e depois das flores.
existentes. d) das sementes e antes dos frutos.
II. A diminuição na atividade fotossintética e) das flores e antes dos frutos.
foi a causa das grandes extinções.
III.A extinção dos grandes répteis aquáti- 6. (Fuvest) No morango, os frutos verdadeiros são
cos no final do Cretáceo, há cerca de 65 as estruturas escuras e rígidas que se encon-
milhões de anos, foi, percentualmente, o tram sobre a parte vermelha e suculenta. Cada
maior evento de extinção ocorrido. uma dessas estruturas resulta, diretamente:
De acordo com o gráfico, está correto apenas a) da fecundação do óvulo pelo núcleo esper-
o que se afirma em: mático do grão de pólen.
a) I. b) do desenvolvimento do ovário, que contém a
b) II. semente com o embrião.
c) III. c) da fecundação de várias flores de uma mes-
d) I e II. ma inflorescência.
e) II e III. d) da dupla fecundação, que é exclusiva das
angiospermas.
4. (Fuvest) Em 1910, cerca de 50 indivíduos e) do desenvolvimento do endosperma que nu-
de uma espécie de mamíferos foram intro- trirá o embrião.
duzidos numa determinada região. O gráfico
abaixo mostra quantos indivíduos dessa po- 7. (Fuvest) Uma das consequências do “efeito
pulação foram registrados a cada ano, desde estufa” é o aquecimento dos oceanos. Esse
1910 até 1950. aumento de temperatura provoca:
a) menor dissolução de CO2 nas águas oceâni-
cas, o que leva ao consumo de menor quan-
tidade desse gás pelo fitoplâncton, contri-
buindo, assim, para o aumento do efeito
estufa global.
b) menor dissolução de O2 nas águas oceânicas,
o que leva ao consumo de maior quantidade
de CO2 pelo fitoplâncton, contribuindo, as-
sim, para a redução do efeito estufa global.
c) menor dissolução de CO2 e O2 nas águas
oceânicas, o que leva ao consumo de maior
quantidade de O2 pelo fitoplâncton, con-
tribuindo, assim, para a redução do efeito
estufa global.
d) maior dissolução de CO2 nas águas oceâni-
Esse gráfico mostra que: cas, o que leva ao consumo de maior quan-
a) desde 1910 até 1940, a taxa de natali- tidade desse gás pelo fitoplâncton, con-
dade superou a de mortalidade em todos tribuindo, assim, para a redução do efeito
os anos. estufa global.
b) a partir de 1938, a queda do número de in- e) maior dissolução de O2 nas águas oceânicas,
divíduos foi devida à emigração. o que leva à liberação de maior quantidade
c) no período de 1920 a 1930, o número de de CO2 pelo fitoplâncton, contribuindo, as-
nascimentos mais o de imigrantes foi equi- sim, para o aumento do efeito estufa global.
valente ao número de mortes mais o de emi-
grantes. 8. (Fuvest) Há anos, a Amazônia brasileira tem
d) no período de 1935 a 1940, o número de sofrido danos ambientais, provocados por
nascimentos mais o de imigrantes superou o atividades como queimadas e implantação
número de mortes mais o de emigrantes. de áreas de pecuária para o gado bovino.
e) no período de 1910 a 1950, o número de Considere os possíveis danos ambientais re-
nascimentos mais o de imigrantes superou o sultantes dessas atividades:
número de mortes mais o de emigrantes. I. Aumento da concentração de dióxido de
carbono (CO2) atmosférico, como conse-
5. (Fuvest) Na evolução dos vegetais, o grão de quência da queima da vegetação.
pólen surgiu em plantas que correspondem, II. Aumento do processo de laterização, de-
atualmente, ao grupo dos pinheiros. Isso vido à perda de ferro (Fe) e alumínio
significa que o grão de pólen surgiu antes: (Aℓ) no horizonte A do solo.

117
III.Aumento da concentração de metano e países que venham a ser responsabilizados
(CH4) atmosférico, liberado pela digestão por novos danos ambientais.
animal. d) A presença de petróleo na superfície da
IV. Diminuição da fertilidade dos solos pela água, por dificultar a passagem da luz, di-
liberação de cátions Na+, K+, Ca2+ e Mg2+, minui a taxa de fotossíntese realizada pelo
anteriormente absorvidos pelas raízes zooplâncton, o que, no entanto, não afeta a
das plantas. cadeia alimentar.
Está correto o que se afirma em: e) Os dispersantes aumentam a quantidade de
a) I e III, apenas. petróleo que se mistura com a água, porém
b) I, II e III, apenas. não o removem do mar.
c) II e IV, apenas.
d) III e IV, apenas. 11. (Fuvest) A passagem do modo de vida caça-
e) I, II, III e IV. dor-coletor para um modo de vida mais se-
dentário aconteceu há cerca de 12 mil anos
9. (Fuvest) As afirmações abaixo se referem a e foi causada pela domesticação de animais
características do ciclo de vida de grupos de e de plantas. Com base nessa informação, é
plantas terrestres: musgos, samambaias, pi- correto afirmar que:
nheiros e plantas com flores. a) no início da domesticação, a espécie humana
I. O grupo evolutivamente mais antigo pos- descobriu como induzir mutações nas plan-
sui fase haploide mais duradoura do que tas para obter sementes com características
fase diploide. desejáveis.
II. Todos os grupos com fase diploide mais b) a produção de excedentes agrícolas permitiu
duradoura do que fase haploide apresen- a paulatina regressão do trabalho, ou seja,
tam raiz, caule e folha verdadeiros. a diminuição das intervenções humanas no
III. Os grupos que possuem fase haploide e meio natural com fins produtivos.
diploide de igual duração apresentam, c) a grande concentração de plantas cultivadas
também, rizoides, filoides e cauloides (ou em um único lugar aumentou a quantidade
seja, raiz, folha e caule não verdadeiros). de alimentos, o que prejudicou o processo de
Está correto apenas o que se afirma em: sedentarização das populações.
a) I. d) no processo de domesticação, sementes com
b) II. características desejáveis pelos seres huma-
c) III. nos foram escolhidas para serem plantadas,
d) I e II. num processo de seleção artificial.
e) II e III. e) a chamada Revolução Neolítica permitiu o
desenvolvimento da agricultura e do pasto-
10. (Fuvest) O acidente ocorrido em abril de reio, garantindo a eliminação progressiva de
2010, em uma plataforma de petróleo no relações sociais escravistas.
golfo do México, colocou em risco o delicado
equilíbrio do ecossistema da região. 12. (Fuvest) Os resultados de uma pesquisa re-
Além da tentativa de contenção, com bar- alizada na USP revelam que a araucária, o
reiras físicas, de parte do óleo derramado, pinheiro brasileiro, produz substâncias an-
foram utilizados dispersantes químicos. Dis- tioxidantes e fotoprotetoras. Uma das auto-
persantes são compostos que contêm, em ras do estudo considera que, possivelmen-
uma mesma molécula, grupos compatíveis te, essa característica esteja relacionada ao
com óleo (lipofílicos) e com água (hidrofí- ambiente com intensa radiação UV em que
licos). a espécie surgiu há cerca de 200 milhões de
Levando em conta as informações acima e anos. Com base na teoria sintética da evolu-
com base em seus conhecimentos, indique a ção, é correto afirmar que:
afirmação correta. a) essas substâncias surgiram para evitar que
a) O uso de dispersantes é uma forma de elimi- as plantas sofressem a ação danosa da radia-
nar a poluição a que os organismos maríti- ção UV.
mos estão expostos. b) a radiação UV provocou mutações nas folhas
b) Acidentes como o mencionado podem gerar da araucária, que passaram a produzir tais
novos depósitos de petróleo, visto que a for- substâncias.
mação desse recurso depende da concentra- c) a radiação UV atuou como fator de seleção,
ção de compostos de carbono em ambientes de maneira que plantas sem tais substâncias
continentais. eram mais suscetíveis à morte.
c) Entidades internacionais conseguiram, após d) a exposição constante à radiação UV indu-
o acidente, a aprovação de sanções econômi- ziu os indivíduos de araucária a produzirem
cas a serem aplicadas pela ONU às empresas substâncias de defesa contra tal radiação.

118
e) a araucária é um exemplo típico da finali-
dade da evolução, que é a produção de in-
divíduos mais fortes e adaptados a qualquer
ambiente.

13. (Fuvest) O conhecimento sobre a origem da


variabilidade entre os indivíduos, sobre os
mecanismos de herança dessa variabilidade
e sobre o comportamento dos genes nas po-
pulações foi incorporado à teoria da evolu- De acordo com o gráfico:
ção biológica por seleção natural de Charles a) a capacidade limite do ambiente cresceu até
o dia 6.
Darwin.
b) a capacidade limite do ambiente foi alcança-
Diante disso, considere as seguintes afirma-
da somente após o dia 20.
tivas:
c) a taxa de mortalidade superou a de natali-
I. A seleção natural leva ao aumento da fre- dade até o ponto em que a capacidade limite
quência populacional das mutações vanta- do ambiente foi alcançada.
josas num dado ambiente; caso o ambien- d) a capacidade limite do ambiente aumentou
te mude, essas mesmas mutações podem com o aumento da população.
tornar seus portadores menos adaptados e) o tamanho da população ficou próximo da
e, assim, diminuir de frequência. capacidade limite do ambiente entre os dias
II. A seleção natural é um processo que di- 8 e 20.
reciona a adaptação dos indivíduos ao
ambiente, atuando sobre a variabilidade 16. (Fuvest) A relação entre produção, consumo
populacional gerada de modo casual. e armazenagem de substâncias, na folha e
III.A mutação é a causa primária da variabi- na raiz subterrânea de uma angiosperma,
lidade entre os indivíduos, dando origem encontra-se corretamente descrita em:
a material genético novo e ocorrendo sem a) Folha: glicose é produzida, mas não é consu-
objetivo adaptativo. mida; raiz subterrânea: glicose é armazena-
Está correto o que se afirma em: da, mas não é consumida.
b) Folha: glicose é produzida e consumida;
a) I, II e III.
raiz subterrânea: glicose é consumida e ar-
b) I e III, apenas.
mazenada.
c) I e II, apenas.
c) Folha: água é consumida, mas não é armaze-
d) I, apenas. nada; raiz subterrânea: água é armazenada,
e) III, apenas. mas não é consumida.
d) Folha: água é consumida e glicose é produzi-
14. (Fuvest) Uma pessoa, ao encontrar uma se- da; raiz subterrânea: glicose é armazenada,
mente, pode afirmar, com certeza, que den- mas não é consumida.
tro dela há o embrião de uma planta, a qual, e) Folha: glicose é produzida, mas não é consu-
na fase adulta: mida; raiz subterrânea: água é consumida e
a) forma flores, frutos e sementes. armazenada.
b) forma sementes, mas não produz flores e
frutos. 17. (Fuvest) Ao longo da evolução das plantas,
c) vive exclusivamente em ambiente terrestre. os gametas:
d) necessita de água para o deslocamento dos a) tornaram-se cada vez mais isolados do meio
gametas na fecundação. externo e, assim, protegidos.
e) tem tecidos especializados para condução de b) tornaram-se cada vez mais expostos ao
meio externo, o que favorece o sucesso da
água e de seiva elaborada.
fecundação.
c) mantiveram-se morfologicamente iguais em
15. (Fuvest) A partir da contagem de indivíduos todos os grupos.
de uma população experimental de protozo- d) permaneceram dependentes de água, para
ários, durante determinado tempo, obtive- transporte e fecundação, em todos os
ram-se os pontos e a curva média registra- grupos.
dos no gráfico a seguir. Tal gráfico permite e) apareceram no mesmo grupo no qual tam-
avaliar a capacidade limite do ambiente, ou bém surgiram os tecidos vasculares como
seja, sua carga biótica máxima. novidade evolutiva.

119
18. (Fuvest) As estruturas presentes em uma cé- c) converter o CO2 da atmosfera em matéria or-
lula vegetal, porém ausentes em uma bacté- gânica, utilizando a energia da luz solar.
ria, são: d) reter o CO2 da atmosfera na forma de com-
a) cloroplastos, lisossomos, núcleo e membrana postos inorgânicos, a partir de reações de
plasmática. oxidação em condições anaeróbicas.
b) vacúolos, cromossomos, lisossomos e ribos- e) transferir o CO2 atmosférico para as molécu-
somos. las de ATP, fonte de energia para o metabo-
c) complexo golgiense, membrana plasmática, lismo vegetal.
mitocôndrias e núcleo.
d) cloroplastos, mitocôndrias, núcleo e retículo 21. (Fuvest) “Para compor um tratado sobre pas-
endoplasmático. sarinhos é preciso por primeiro que haja um
e) cloroplastos, complexo golgiense, mitocôn- rio com árvores e palmeiras nas margens.
drias e ribossomos. E dentro dos quintais das casas que haja pelo
menos goiabeiras. E que haja por perto bre-
19. (Fuvest) As bactérias diferem quanto à fonte jos e iguarias de brejos.
primária de energia para seus processos me- É preciso que haja insetos para os passari-
tabólicos. Por exemplo: nhos.
I. Chlorobium sp. utiliza energia luminosa. Insetos de pau sobretudo que são os mais
II. Beggiatoa sp. utiliza energia gerada pela palatáveis.
oxidação de compostos inorgânicos. A presença de libélulas seria uma boa.
III.Mycobacterium sp. utiliza energia gerada O azul é importante na vida dos passarinhos
pela degradação de compostos orgânicos porque os passarinhos precisam antes de ser
componentes do organismo hospedeiro. belos ser eternos.
Com base nessas informações, indique a al- Eternos que nem uma fuga de Bach.”
ternativa que relaciona corretamente essas “De passarinhos”. Manoel de Barros
bactérias com seu papel nas cadeias alimen-
tares de que participam. No texto, o conjunto de elementos, descri-
to de forma poética em relação aos passa-
Chlorobium sp. Beggiatoa sp. Mycobacterium sp.
rinhos, pode ser associado, sob o ponto de
a) Consumidor Produtor Consumidor vista biológico, ao conceito de:
b) Consumidor Decompositor Consumidor a) bioma.
b) nicho ecológico.
c) Produtor Consumidor Decompositor
c) competição.
d) Produtor Decompositor Consumidor d) protocooperação.
e) Produtor Produtor Consumidor e) sucessão ecológica.

20. (Fuvest) As crescentes emissões de dióxido 22. (Fuvest) A observação de faunas dos conti-
de carbono (CO2), metano (CH4), óxido ni- nentes do hemisfério Sul revela profundas
troso (N2O), entre outros, têm causado sérios diferenças. Na América do Sul, existem pre-
problemas ambientais, como, por exemplo, guiças, antas, capivaras, tamanduás e onças;
a intensificação do efeito estufa. Estima-se na África, há leões, girafas, camelos, zebras
que, dos 6,7 bilhões de toneladas de carbo- e hipopótamos; na Austrália, cangurus, or-
no emitidas anualmente pelas atividades nitorrincos e equidnas e, na Antártida, os
humanas, cerca de 3,3 bilhões acumulam-se pinguins. Entretanto, descobriram-se es-
na atmosfera, sendo os oceanos responsáveis pécies fósseis idênticas nessas regiões. As-
pela absorção de 1,5 bilhão de toneladas, en- sim, fósseis da gimnosperma ‘Glossopteris’
quanto quase 2 bilhões de toneladas são se- foram encontrados ao longo das costas li-
questradas pelas formações vegetais. torâneas da África, América do Sul, Austrá-
Assim, entre as ações que contribuem para a lia e Antártida, e ainda fósseis dos répteis
redução do CO2 da atmosfera, estão a preser- ‘Cynognathus’ e ‘Lystrosaurus’ foram desco-
vação de matas nativas, a implantação de re- bertos na América do Sul, África e Antártida.
florestamentos e de sistemas agroflorestais e Para explicar esses fatos, formularam-se as
a recuperação de áreas de matas degradadas. seguintes hipóteses:
O papel da vegetação, no sequestro de carbo- I. A presença de fósseis idênticos, nos vá-
no da atmosfera, é: rios continentes, prova que todas as for-
a) diminuir a respiração celular dos vegetais mas de vida foram criadas simultanea-
devido à grande disponibilidade de O2 nas mente nas diversas regiões da Terra e se
florestas tropicais. diferenciaram mais tarde.
b) fixar o CO2 da atmosfera por meio de bacté- II. As faunas e floras atuais são resultado da
rias decompositoras do solo e absorver o car- seleção natural em ambientes diversos,
bono livre por meio das raízes das plantas. isolados geograficamente.

120
III.Os continentes, há milhões de anos, eram
unidos, separando-se posteriormente. GABARITO
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas. 1. C 2. D 3. A 4. D 5. E
b) II, apenas.
c) I e III, apenas. 6. B 7. A 8. A 9. D 10. E
d) II e III, apenas. 11. D 12. C 13. A 14. E 15. E
e) I, II e III.
16. B 17. A 18. D 19. E 20. C
23. (Fuvest) Existe um produto que, aplicado 21. B 22. D 23. B 24. D
nas folhas das plantas, promove o fecha-
mento dos estômatos, diminuindo a perda
de água.
Como consequência imediata do fechamento
dos estômatos:
I. o transporte de seiva bruta é prejudicado.
II. a planta deixa de absorver a luz.
III.a entrada de ar atmosférico e a saída de
CO2 são prejudicadas.
IV. a planta deixa de respirar e de fazer fo-
tossíntese.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) I e II.
b) I e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) III e IV.

24. (Fuvest)

O pinhão mostrado na foto, coletado


de um pinheiro-do-paraná (Araucaria
angustifolia), é:
a) um fruto – estrutura multicelular resultante
do desenvolvimento do ovário.
b) um fruto – estrutura unicelular resultante
do desenvolvimento do óvulo.
c) uma semente – estrutura unicelular resul-
tante do desenvolvimento do ovário.
d) uma semente – estrutura multicelular resul-
tante do desenvolvimento do óvulo.
e) uma semente – estrutura unicelular resul-
tante do desenvolvimento do óvulo.

121
BIOLOGIA 2

Prescrição: São necessários conhecimentos sobre a classificação dos seres vivos e


suas características fisiológicas e anatômicas, além de compreender as fisiologias
animal e humana.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Fuvest) No início do desenvolvimento, todo embrião humano tem estruturas que podem se diferen-
ciar tanto no sistema reprodutor masculino quanto no feminino. Um gene do cromossomo Y, denomi-
nado SRY (sigla de sexdetermining region Y), induz à formação dos testículos. Hormônios produzidos
pelos testículos atuam no embrião, induzindo a diferenciação das outras estruturas do sistema re-
produtor masculino e, portanto, o fenótipo masculino. Suponha que um óvulo tenha sido fecundado
por um espermatozoide portador de um cromossomo Y com uma mutação que inativa completamente
o gene SRY. Com base nas informações contidas no parágrafo anterior, pode-se prever que o zigoto:
a) será inviável e não se desenvolverá em um novo indivíduo.
b) será desenvolvido em um indivíduo cromossômica (XY) e fenotipicamente do sexo masculino, normal
e fértil.
c) será desenvolvido em um indivíduo cromossômica (XY) e fenotipicamente do sexo masculino, mas sem
testículos.
d) será desenvolvido em um indivíduo cromossomicamente do sexo masculino (XY), mas com fenótipo
feminino.
e) será desenvolvido em um indivíduo cromossômica (XX) e fenotipicamente do sexo feminino.

2. (Fuvest) Durante a gestação, os filhotes de mamíferos placentários retiram alimento do corpo


materno. Qual das alternativas indica o caminho percorrido por um aminoácido resultante da di-
gestão de proteínas do alimento, desde o organismo materno até as células do feto?
a) Estômago materno o circulação sanguínea materna o placenta o líquido amniótico o circulação
sanguínea fetal o células fetais
b) Estômago materno o circulação sanguínea materna o placenta o cordão umbilical o estômago
fetalcirculação sanguínea fetal o células fetais
c) Intestino materno o circulação sanguínea materna o placenta o líquido amniótico o circulação
sanguínea fetalcélulas fetais.
d) Intestino materno o circulação sanguínea materna o placenta o circulação sanguínea fetal o cé-
lulas fetais.
e) Intestino materno o estômago fetal o circulação sanguínea fetal o células fetais.

3. (Fuvest) Num exercício prático, um estudante analisou um animal vertebrado para descobrir a que
grupo pertencia, usando a seguinte chave de classificação:

123
O estudante concluiu que o animal pertencia 6. (Fuvest) O ornitorrinco e a equidna são ma-
ao grupo VI. míferos primitivos que botam ovos, no in-
Esse animal pode ser: terior dos quais ocorre o desenvolvimento
a) um gambá. embrionário. Sobre esses animais, é correto
b) uma cobra. afirmar que:
c) um tubarão. a) diferentemente dos mamíferos placentários,
d) uma sardinha. eles apresentam autofecundação.
e) um sapo. b) diferentemente dos mamíferos placentários,
eles não produzem leite para a alimentação
dos filhotes.
4. (Fuvest) Foram feitas medidas diárias das c) diferentemente dos mamíferos placentários,
taxas dos hormônios: luteinizante (LH), fo- seus embriões realizam trocas gasosas dire-
lículo estimulante (FSH), estrógeno e pro- tamente com o ar.
gesterona, no sangue de uma mulher adulta, d) à semelhança dos mamíferos placentários,
jovem, durante vinte e oito dias consecutivos. seus embriões alimentam-se exclusivamente
Os resultados estão mostrados no gráfico. de vitelo acumulado no ovo.
e) à semelhança dos mamíferos placentários,
seus embriões livram-se dos excretas nitro-
genados através da placenta.

RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA


1. O indivíduo pode se desenvolver mesmo sem
o cromossomo Y, como na síndrome de Tur-
ner (X0). O indivíduo só pode ser XY, já que
é a fusão de um óvulo (X) com um esperma-
tozoide (Y). A ausência da expressão do gene
SRY leva a não formação do testículo e, con-
sequentemente, a não produção de testoste-
rona, que é responsável pelas características
secundárias masculinas e, assim, o fenótipo
desse indivíduo será feminino.
Os períodos mais prováveis de ocorrência da
menstruação e da ovulação, respectivamen- 2. [A] está incorreta, pois o alimento não passa
te, são: pelo líquido amniótico.
a) A e C. [B] está incorreta, pois não passa pelo es-
b) A e E. tômago fetal e precisa ser digerido antes de
c) C e A. ser absorvido.
d) E e C. [C] está incorreta, pois o alimento não passa
e) E e A. pelo líquido amniótico.
[E] está incorreta, pois não passa pelo estô-
mago fetal.
5. (Fuvest) De acordo com a Organização Mun- 3. A cobra tem ausência de pelos, de penas, de
dial da Saúde (OMS), a dengue voltará com nadadeiras pares e presença de mandíbula e
ímpeto. “A Ásia e a América latina serão du- de escamas córneas.
ramente castigadas este ano [...]”, diz José 4. Período da ovulação: altos níveis de LH, FSH
Esparza, coordenador de vacinas da OMS. e estrógeno. Período menstrual: baixa de to-
New Scientist, n. 2354, 3 ago. 2002. dos os hormônios.
O motivo dessa previsão está no fato de: 5. A dengue é uma doença causada por um ví-
a) o vírus causador da doença ter se tornado rus. Sendo assim, não pode ser tratado com
resistente aos antibióticos. antibiótico. A transmissão ocorre por meio
b) o uso intenso de vacinas ter selecionado for- de um vetor, que é o mosquito Aedes aegypti.
mas virais resistentes aos anticorpos. 6. Os monotremados são mamíferos que põem
c) o contágio se dar de pessoa a pessoa por ovos, possuem pelos e glândulas mamárias,
meio de bactérias resistentes a antibióticos. além de serem endotérmicos.
d) a população de mosquitos transmissores de-
verá aumentar.
e) a promiscuidade sexual favorecer a disper-
GABARITO
são dos vírus.
1. D 2. D 3. B 4. E 5. D
6. C

124
PRÁTICA DOS Qual é a probabilidade de que ambos os ar-
trópodes escolhidos para a pesquisa de Fran-

CONHECIMENTOS - E.O. cisco não sejam insetos?


19
a) _____
144
1. (Fuvest) Uma dieta de emagrecimento atribui 14
b) ___
a cada alimento um certo número de pon- 33
tos, que equivale ao valor calórico do ali- 7
c) ___
22
mento ao ser ingerido. Assim, por exemplo,
5
d) ___
as combinações abaixo somam, cada uma, 22
85 pontos: 15
e) ____
ƒ 4 colheres de arroz + 2 colheres de azeite 144
+ 1 fatia de queijo branco.
ƒ 1 colher de arroz + 1 bife + 2 fatias de 3. (Fuvest) Num ambiente iluminado, ao foca-
queijo branco. lizar um objeto distante, o olho humano se
ƒ 4 colheres de arroz + 1 colher de azeite ajusta a essa situação. Se a pessoa passa, em
+ 2 fatias de queijo branco. seguida, para um ambiente de penumbra, ao
ƒ 4 colheres de arroz + 1 bife. focalizar um objeto próximo, a íris:
Note e adote: a) aumenta, diminuindo a abertura da pupila,
e os músculos ciliares se contraem, aumen-
1 colher 1 colher tando o poder refrativo do cristalino.
1 bife
de arroz de azeite b) diminui, aumentando a abertura da pupila,
e os músculos ciliares se contraem, aumen-
Massa de
20 5 100 tando o poder refrativo do cristalino.
alimento (g)
c) diminui, aumentando a abertura da pupila,
% de umidade + e os músculos ciliares se relaxam, aumen-
macronutriente tando o poder refrativo do cristalino.
75 0 60
minoritário + d) aumenta, diminuindo a abertura da pupila,
micronutrientes e os músculos ciliares se relaxam, diminuin-
% de macro- do o poder refrativo do cristalino.
nutriente 25 100 40 e) diminui, aumentando a abertura da pupila,
majoritário e os músculos ciliares se relaxam, diminuin-
São macronutrientes as proteínas, os do o poder refrativo do cristalino.
carboidratos e os lipídeos.
4. (Fuvest) Tatuzinhos-de-jardim, escorpiões,
Com base nas informações fornecidas, e na siris, centopeias e borboletas são todos ar-
composição nutricional dos alimentos, con- trópodes. Compartilham, portanto, as se-
sidere as seguintes afirmações: guintes características:
I. A pontuação de um bife de 100 g é 45. a) simetria bilateral, respiração traqueal e ex-
II. O macronutriente presente em maior creção por túbulos de Malpighi.
quantidade no arroz é o carboidrato. b) simetria bilateral, esqueleto corporal exter-
III.Para uma mesma massa de lipídeo de ori- no e apêndices articulados.
gem vegetal e de carboidrato, a razão c) presença de cefalotórax, sistema digestório
incompleto e circulação aberta.
número de pontos do lipídeo
______________________________ d) corpo não segmentado, apêndices articula-
é de 1,5.
número de pontos do carboidrato dos e respiração traqueal.
e) corpo não segmentado, esqueleto corporal
É correto o que se afirma em:
externo e excreção por túbulos de Malpighi.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
5. (Fuvest) Existem vírus que:
c) I e II, apenas.
a) se reproduzem independentemente de
d) II e III, apenas.
células.
e) I, II e III.
b) têm genoma constituído de DNA e RNA.
c) sintetizam DNA a partir de RNA.
2. (Fuvest) Francisco deve elaborar uma pes- d) realizam respiração aeróbica no interior da
quisa sobre dois artrópodes distintos. Eles cápsula proteica.
serão selecionados, ao acaso, da seguinte e) possuem citoplasma, que não contém orga-
relação: aranha, besouro, barata, lagosta, ca- nelas.
marão, formiga, ácaro, caranguejo, abelha,
carrapato, escorpião e gafanhoto.

125
6. (Fuvest) Considere a árvore filogenética a 8. (Fuvest) A figura representa uma hipótese
seguir. das relações evolutivas entre alguns grupos
animais.

Essa árvore representa a simplificação de


uma das hipóteses para as relações evoluti-
vas entre os grupos a que pertencem os ani- De acordo com essa hipótese, a classifica-
mais exemplificados. Os retângulos corres- ção dos animais em vertebrados e inverte-
pondem a uma ou mais características que brados:
são compartilhadas pelos grupos representa- a) está justificada, pois há um ancestral comum
dos acima de cada um deles na árvore e que para todos os vertebrados e outro diferente
não estão presentes nos grupos abaixo deles. para todos os invertebrados.
A presença de notocorda, de tubo nervoso b) não está justificada, pois separa um grupo
dorsal, de vértebras e de ovo amniótico cor-
que reúne vários filos de outro que é apenas
responde, respectivamente, aos retângulos:
parte de um filo.
a) 1, 2, 3 e 4.
c) está justificada, pois a denominação de ver-
b) 1, 1, 2 e 5.
tebrado pode ser considerada como sinônima
c) 1, 1, 3 e 6.
de Cordado.
d) 1, 2, 2 e 7.
d) não está justificada, pois, evolutivamente,
e) 2, 2, 2 e 5.
os vertebrados estão igualmente distantes
de todos os invertebrados.
7. (Fuvest) Na história evolutiva dos metazoá- e) está justificada, pois separa um grupo que
rios, o processo digestivo: possui muitos filos com poucos represen-
a) é intracelular, com hidrólise enzimática de tantes de outro com poucos filos e muitos
moléculas de grande tamanho, a partir dos representantes.
equinodermas.
b) é extracelular, já nos poríferos, passando a
9. (Fuvest) Nos mamíferos, o tamanho do co-
completamente intracelular, a partir dos ar-
ração é proporcional ao tamanho do corpo
trópodes.
e corresponde a aproximadamente 0,6% da
c) é completamente extracelular nos vertebra-
massa corporal.
dos, o que os distingue dos demais grupos
O gráfico abaixo mostra a relação entre a fre-
de animais.
d) passa de completamente intracelular a com- quência cardíaca e a massa corporal de vá-
pletamente extracelular, a partir dos nema- rios mamíferos.
telmintos.
e) passa de completamente extracelular a com-
pletamente intracelular, a partir dos anelídeos.

126
O quadro a seguir traz uma relação de mamí- 11. (Fuvest) Ao noticiar o desenvolvimento de
feros e o resultado da pesagem de indivíduos mecanismos de prevenção contra a esquis-
adultos. tossomose, um texto jornalístico trouxe a se-
guinte informação:
Animal Massa corporal (g) Proteína do parasita da doença “ensina” or-
Cuíca 30 ganismo a se defender dele.
Folha de S.Paulo, 06/08/2010.
Sagui 276
Gambá 1.420 Traduzindo a notícia em termos biológicos, é
Bugio 5.180 correto afirmar que uma proteína, presente:
Capivara 37.300 a) no platelminto causador da doença, ao ser
introduzida no ser humano, estimula res-
Fauna silvestre – Secretaria Municipal do posta imunológica que, depois, permite o
Verde e do Meio Ambiente, SP, 2007.
reconhecimento do parasita no caso de uma
Considerando esse conjunto de informações, infecção.
analise as afirmações seguintes: b) no platelminto causador da doença, serve
I. No intervalo de um minuto, a cuíca tem de modelo para a produção de cópias de si
mesma no corpo do hospedeiro que, então,
mais batimentos cardíacos do que a capi-
passa a produzir defesa imunológica contra
vara.
esse parasita.
II. A frequência cardíaca do gambá é maior
c) no molusco causador da doença, estimula
do que a do bugio e menor do que a do a produção de anticorpos no ser humano,
sagui. imunizando-o contra uma possível infecção
III.Animais com coração maior têm frequên- pelo parasita.
cia cardíaca maior. d) no molusco causador da doença, atua como
Está correto apenas o que se afirma em: anticorpo, no ser humano, favorecendo a
a) I. resposta imunológica contra o parasita.
b) II. e) no nematelminto causador da doença, pode
c) III. ser utilizada na produção de uma vacina ca-
d) I e II. paz de imunizar o ser humano contra infec-
e) II e III. ções por esses organismos.

10. (Fuvest) Ao longo da evolução dos vertebra- 12. (Fuvest) Considere os filos de animais viven-
dos, a: tes e as seguintes características relaciona-
a) digestão tornou-se cada vez mais complexa. das à conquista do ambiente terrestre.
A tomada do alimento pela boca e sua pas- I. Transporte de gases feito exclusivamente
sagem pelo estômago e intestino são carac- pelo sistema respiratório, independente
terísticas apenas do grupo mais recente. do sistema circulatório.
b) circulação apresentou poucas mudanças. O II. Respiração cutânea e pulmonar no mes-
número de câmaras cardíacas aumentou, o mo indivíduo.
que não influenciou a circulação pulmonar e III.Ovos com casca calcárea resistente e po-
a sistêmica, que são completamente separa- rosa.
das em todos os grupos. A sequência que reproduz corretamente a
c) respiração, no nível celular, manteve-se se- ordem evolutiva de surgimento de tais ca-
melhante em todos os grupos. Houve mu- racterísticas é:
dança, porém, nos órgãos responsáveis pelas a) I, II e III.
trocas gasosas, que diferem entre grupos. b) II, I e III.
c) II, III e I.
d) excreção sofreu muitas alterações, devido a
d) III, I e II.
mudanças no sistema excretor. Porém, in-
e) III, II e I.
dependentemente do ambiente em que vi-
vem, os animais excretam ureia, amônia e
ácido úrico. 13. (Fuvest) A figura abaixo representa, em cor-
e) reprodução sofreu algumas mudanças rela- te longitudinal, o coração de um sapo.
cionadas com a conquista do ambiente ter-
restre. Assim, todos os vertebrados, com ex-
ceção dos peixes, independem da água para
se reproduzir.

127
Comparando o coração de um sapo com o coração humano, pode-se afirmar que:
a) não há diferenças significativas entre os dois quanto à estrutura das câmaras.
b) enquanto no sapo o sangue chega pelos átrios cardíacos, no coração humano o sangue chega pelos
ventrículos.
c) ao contrário do que ocorre no sapo, no coração humano o sangue chega sempre pelo átrio direito.
d) ao contrário do que ocorre no sapo, nas câmaras do coração humano por onde passa sangue arterial
não passa sangue venoso.
e) nos dois casos, o sangue venoso chega ao coração por dois vasos, um que se abre no átrio direito e o
outro, no átrio esquerdo.

14. (Fuvest) A Gripe A, causada pelo vírus Influenza A (H1N1), tem sido relacionada com a gripe espa-
nhola, pandemia ocorrida entre 1918 e 1919. No genoma do vírus Influenza A, há dois genes que
codificam proteínas de superfície, chamadas de hemaglutinina (H) e neuraminidase (N), das quais
existem, respectivamente, 16 e 9 tipos.
Com base nessas informações, analise as afirmações:
I. O número de combinações de proteínas de superfície do vírus Influenza A é 25, o que dificulta
a produção de medicamentos antivirais específicos.
II. Tanto na época atual quanto na da gripe espanhola, as viagens transoceânicas contribuíram
para a disseminação do vírus pelo mundo.
III.O sistema imunológico do indivíduo reconhece segmentos das proteínas de superfície do vírus
para combatê-lo.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II apenas.
b) I e II, somente.
c) I e III, somente.
d) II e III, somente.
e) I, II e III.

15. (Fuvest) Um determinado animal adulto é desprovido de crânio e apêndices articulares. Apresenta
corpo alongado e cilíndrico. Esse animal pode pertencer ao grupo dos:
a) répteis ou nematelmintos.
b) platelmintos ou anelídeos.
c) moluscos ou platelmintos.
d) anelídeos ou nematelmintos.
e) anelídeos ou artrópodes.

16. (Fuvest) Observe a gravura e considere as afirmações.

I. Pentágonos regulares congruentes podem substituir os hexágonos da gravura de modo a reco-


brir todo o plano sem sobreposição.
II. Pelo menos um dos animais representados passa pelo processo de metamorfose na natureza.
III.A sequência de espécies animais representadas da esquerda para a direita do leitor corresponde
à do processo evolutivo na biosfera.
Está correto o que se afirma somente em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.

128
17. (Fuvest) O fígado humano é uma glândula Tubo 1 Tubo 2 Tubo 3 Tubo 4
que participa de processos de digestão e ab-
Extrato Extrato Extrato Extrato
sorção de nutrientes, ao: enzimá- enzimá- enzimá- enzimá-
a) produzir diversas enzimas hidrolíticas que tico do tico do tico do tico do
atuam na digestão de carboidratos. estômago estômago pâncreas pâncreas
b) produzir secreção rica em enzimas que dige- pH = 2 pH = 8 pH = 2 pH = 8
rem as gorduras.
c) produzir a insulina e o glucagon, regulado- Decorrido certo tempo, o conteúdo dos tubos
res dos níveis de glicose no sangue. foi testado para a presença de dissacaríde-
d) produzir secreção rica em sais que facilita a os, peptídeos, ácidos graxos e glicerol. Esses
digestão e a absorção de gorduras. quatro tipos de nutrientes devem estar:
e) absorver excretas nitrogenadas do sangue e a) presentes no tubo 1.
transformá-las em nutrientes proteicos. b) presentes no tubo 2.
c) presentes no tubo 3.
18. (Fuvest) O esquema a seguir representa uma d) presentes no tubo 4.
das hipóteses para explicar as relações evo- e) ausentes dos quatro tubos.
lutivas entre grupos de animais. A partir
do ancestral comum, cada número indica o 20. (Fuvest) Em algumas doenças humanas, o
aparecimento de determinada característi- funcionamento dos rins fica comprometido.
ca. Assim, os ramos anteriores a um número São consequências diretas do mau funciona-
correspondem a animais que não possuem mento dos rins:
tal característica e os ramos posteriores, a a) acúmulo de produtos nitrogenados tóxicos
animais que a possuem. no sangue e elevação da pressão arterial.
b) redução do nível de insulina e acúmulo de
produtos nitrogenados tóxicos no sangue.
c) não produção de bile e enzimas hidrolíticas
importantes na digestão das gorduras.
d) redução do nível de hormônio antidiurético
e elevação do nível de glicose no sangue.
e) redução do nível de aldosterona, que regula
a pressão osmótica do sangue.

21. (Fuvest) O gráfico a seguir mostra a varia-


ção na pressão sanguínea e na velocidade do
sangue em diferentes vasos do sistema cir-
culatório humano.

As características “cavidade corporal” e


“exoesqueleto de quitina” correspondem,
respectivamente, aos números:
a) 1 e 6.
b) 2 e 4.
c) 2 e 5. Qual das alternativas correlaciona correta-
d) 3 e 4. mente as regiões I, II e III do gráfico com o
e) 3 e 5. tipo de vaso sanguíneo?

19. (Fuvest) Enzimas digestivas produzidas no I II III


estômago e no pâncreas foram isoladas dos a) artéria capilar veia
respectivos sucos e usadas no preparo de
um experimento, conforme mostra o quadro b) artéria veia capilar
a seguir. c) artéria veia artéria

Tubo 1 Tubo 2 Tubo 3 Tubo 4 d) veia capilar artéria


Arroz, Arroz, Arroz, Arroz,
clara de clara de clara de clara de e) veia artéria capilar
ovo, óleo ovo, óleo ovo, óleo ovo, óleo
de milho de milho de milho de milho
e água e água e água e água

129
22. (Fuvest) Qual das alternativas relaciona cor-
retamente cada um dos animais designados GABARITO
pelas letras de A a D com as características
indicadas pelos números de I a IV? 1. E 2. C 3. B 4. B 5. C
A. água-viva (celenterado)
B. lombriga (nematelminto) 6. B 7. D 8. B 9. D 10. C
C. mosquito (inseto) 11. A 12. A 13. D 14. D 15. D
D. sapo (anfíbio)
I. presença de pseudoceloma 16. B 17. D 18. E 19. D 20. A
II. sistema circulatório fechado
21. A 22. E 23. E 24. A
III.sistema respiratório traqueal
IV. sistema digestório incompleto
a) A-I; B-IV; C-II; D-III.
b) A-I; B-II; C-III; D-IV.
c) A-II; B-I; C-III; D-IV.
d) A-IV; B-III; C-I; D-II.
e) A-IV; B-I; C-III; D-II.

23. (Fuvest) A ingestão de alimentos gorduro-


sos estimula a contração da vesícula biliar. A
bile, liberada no:
a) estômago, contém enzimas que digerem lipí-
dios.
b) estômago, contém ácidos que facilitam a di-
gestão dos lipídios.
c) fígado, contém enzimas que facilitam a di-
gestão dos lipídios.
d) duodeno, contém enzimas que digerem lipí-
dios.
e) duodeno, contém ácidos que facilitam a di-
gestão dos lipídios.

24. (Fuvest)

O gráfico mostra os níveis de glicose no san-


gue de duas pessoas (A e B), nas cinco ho-
ras seguintes, após elas terem ingerido tipos
e quantidades semelhantes de alimento. A
pessoa A é portadora de um distúrbio hor-
monal que se manifesta, em geral, após os
40 anos de idade. A pessoa B é saudável.
Qual das alternativas indica o hormônio alte-
rado e a glândula produtora desse hormônio?
a) Insulina e pâncreas.
b) Insulina e fígado.
c) Insulina e hipófise.
d) Glucagon e fígado.
e) Glucagon e suprarrenal.

130
BIOLOGIA 3

Prescrição: São necessários conhecimentos sobre as organelas e suas funções, citogenética e bioquí-
mica básicas, como carboidratos, proteínas, lipídeos e ácidos nucleicos. Compreender como ocorre a
passagem das características de geração para geração e como são calculadas as probabilidades dentro
da genética.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Fuvest) Em cães labradores, dois genes, cada um com dois alelos (B/b e E/e), condicionam as
três pelagens típicas da raça: preta, marrom e dourada. A pelagem dourada é condicionada
pela presença do alelo recessivo e em homozigose no genótipo. Os cães portadores de pelo
menos um alelo dominante E serão pretos, se tiverem pelo menos um alelo dominante B; ou
marrons, se forem homozigóticos bb. O cruzamento de um macho dourado com uma fêmea
marrom produziu descendentes pretos, marrons e dourados. O genótipo do macho é:
a) EeBB.
b) EeBb.
c) eebb.
d) eeBB.
e) eeBb.

2. (Fuvest) O código genético é o conjunto de todas as trincas possíveis de bases nitrogenadas (có-
dons). A sequência de códons do RNA mensageiro determina a sequência de aminoácidos da pro-
teína.
É correto afirmar que o código genético:
a) varia entre os tecidos do corpo de um indivíduo.
b) é o mesmo em todas as células de um indivíduo, mas varia de indivíduo para indivíduo.
c) é o mesmo nos indivíduos de uma mesma espécie, mas varia de espécie para espécie.
d) permite distinguir procariotos de eucariotos.
e) é praticamente o mesmo em todas as formas de vida.

3. (Fuvest) Assinale a alternativa que, no quadro a seguir, indica os compartimentos celulares em


que ocorrem a síntese de RNA e a síntese de proteínas, em animais e em bactérias.

Animais Bactérias

Síntese de RNA Síntese de proteínas Síntese de RNA Síntese de proteínas

a) núcleo citoplasma núcleo citoplasma


b) núcleo núcleo citoplasma citoplasma
c) núcleo citoplasma citoplasma citoplasma
d) citoplasma núcleo citoplasma núcleo
e) citoplasma citoplasma citoplasma citoplasma

4. (Fuvest) As mitocôndrias são consideradas as “casas de força” das células vivas. Tal analogia
refere-se ao fato de as mitocôndrias:
a) estocarem moléculas de ATP produzidas na digestão dos alimentos.
b) produzirem ATP com utilização de energia liberada na oxidação de moléculas orgânicas.
c) consumirem moléculas de ATP na síntese de glicogênio ou de amido a partir de glicose.
d) serem capazes de absorver energia luminosa utilizada na síntese de ATP.
e) produzirem ATP a partir da energia liberada na síntese de amido ou de glicogênio.

131
5. (Fuvest) Os adubos inorgânicos industriali-
zados, conhecidos pela sigla NPK, contêm RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
sais de três elementos químicos: nitrogê-
nio, fósforo e potássio. Qual das alternati- 1. Macho dourado tem que ser: _ _ e e.
vas indica as principais razões pelas quais Fêmea marrom tem que ser: b b E _.
esses elementos são indispensáveis à vida Prole
de uma planta? Preto: B _ E _
a) Nitrogênio: é constituinte de ácidos nuclei- Marrom: b b E _
cos e proteínas; fósforo: é constituinte de Dourado: _ _ e e
ácidos nucleicos e proteínas; potássio: é Como tiveram um filhote preto, o “B” tem
constituinte de ácidos nucleicos, glicídios que estar presentes no macho, já que a fê-
mea é marrom e, portanto, “bb“.
e proteínas.
Como tiveram um filhote marrom “bb”, um
b) Nitrogênio: atua no equilíbrio osmótico
“b” veio da fêmea e o outro “b” veio do ma-
e na permeabilidade celular; fósforo: é
cho. Sendo assim, o genótipo do macho é
constituinte de ácidos nucleicos; potássio:
“Bbee“.
atua no equilíbrio osmótico e na permea-
bilidade celular. 2. O código genético é universal; sendo assim,
c) Nitrogênio: é constituinte de ácidos nuclei- a mesma trinca de bases que codifica um
cos e proteínas; fósforo: é constituinte de determinado aminoácido em um indivíduo
ácidos nucleicos; potássio: atua no equilí- (ex.: formiga) também codifica o mesmo
brio osmótico e na permeabilidade celular. aminoácido em outro (ex.: ser humano).
A trinca “UUU” codifica fenilalanina no ver-
d) Nitrogênio: é constituinte de ácidos nuclei- me, na bactéria, nos seres humanos e outros.
cos, glicídios e proteínas; fósforo: atua no 3. A síntese de RNA corresponde ao processo
equilíbrio osmótico e na permeabilidade ce- de transcrição. Nos animais, esse processo
lular; potássio: é constituinte de proteínas. ocorre no núcleo, já que esses indivíduos são
e) Nitrogênio: é constituinte de glicídios; fós- eucariotos e possuem membrana nuclear. Na
foro: é constituinte de ácidos nucleicos e bactéria, a transcrição ocorre no citoplasma,
proteínas; potássio: atua no equilíbrio os- pois se trata de um ser procarioto, sem nú-
mótico e na permeabilidade celular. cleo definido.
A síntese proteica corresponde ao proces-
6. (Fuvest) Em artigo publicado no suplemen- so de tradução. Nos animais, esse processo
to Mais! do jornal Folha de São Paulo, de ocorre no citoplasma, em uma organela de-
6 de agosto de 2000, José Reis relata que nominada ribossomo. Do mesmo modo, ocor-
pesquisadores canadenses demonstraram re nas bactérias.
que a alga unicelular ‘Cryptomonas’ resul- 4. É nas mitocôndrias que ocorre a produção de
ta da fusão de dois organismos, um dos energia ATP, a partir da oxidação da matéria
quais englobou o outro ao longo da evolu- orgânica.
ção. Isso não é novidade no mundo vivo.
Como relata José Reis: “[...] É hoje cor- 5. Nitrogênio é constituinte de ácidos nuclei-
rente em Biologia, após haver sido muito cos e proteínas; fósforo é constituinte de
contestada inicialmente, a noção de que ácidos nucleicos; potássio atua no equilíbrio
certas organelas [...] são remanescentes osmótico e na permeabilidade celular.
de células que em tempos idos foram in- 6. Mitocôndria e cloroplasto podem ter sido
geridas por célula mais desenvolvida. Dá- originados do processo de simbiose entre
-se a esta o nome de hospedeira e o de procariotos primitivos (teoria da endossim-
endossimbiontes às organelas que outrora biose).
teriam sido livres”.
São exemplos de endossimbiontes em células
animais e em células de plantas, respectiva- GABARITO
mente:
a) aparelho de Golgi e centríolos.
1. E 2. E 3. C 4. B 5. C
b) centríolos e vacúolos.
c) lisossomos e cloroplastos. 6. E
d) mitocôndrias e vacúolos.
e) mitocôndrias e cloroplastos.

132
PRÁTICA DOS CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Fuvest) Louis Pasteur realizou experimentos pioneiros em microbiologia. Para tornar estéril um
meio de cultura, o qual poderia estar contaminado com agentes causadores de doenças, Pasteur
mergulhava o recipiente que o continha em um banho de água aquecida à ebulição e à qual adicio-
nava cloreto de sódio.
Com a adição de cloreto de sódio, a temperatura de ebulição da água do banho, com relação à da
água pura, era __________. O aquecimento do meio de cultura provocava __________.
As lacunas podem ser corretamente preenchidas, respectivamente, por:
a) maior – desnaturação das proteínas das bactérias presentes
b) menor – rompimento da membrana celular das bactérias presentes
c) a mesma – desnaturação das proteínas das bactérias
d) maior – rompimento da membrana celular dos vírus
e) menor – alterações no DNA dos vírus e das bactérias

2. (Fuvest)

No heredograma acima, a menina II-1 tem uma doença determinada pela homozigose quanto a um
alelo mutante de gene localizado num autossomo.
A probabilidade de que seu irmão II-2, clinicamente normal, possua esse alelo mutante é:
a) 0.
b) 1/4.
c) 1/3.
d) 1/2.
e) 2/3.

3. (Fuvest) No esquema abaixo, está representada uma via metabólica; o produto de cada reação quí-
mica, catalisada por uma enzima específica, é o substrato para a reação seguinte.

Num indivíduo que possua alelos mutantes que levem à perda de função do gene:
a) A ocorrem falta do substrato 1 e acúmulo do substrato 2.
b) C não há síntese dos substratos 2 e 3.
c) A não há síntese do produto final.
d) A o fornecimento do substrato 2 não pode restabelecer a síntese do produto final.
e) B o fornecimento do substrato 2 pode restabelecer a síntese do produto final.

133
4. (Fuvest) Nas figuras a seguir, estão esque- 7. (Fuvest) Certa planta apresenta variabili-
matizadas células animais imersas em so- dade no formato e na espessura das folhas:
luções salinas de concentrações diferentes. há indivíduos que possuem folhas largas
O sentido das setas indica o movimento de e carnosas, e outros, folhas largas e finas;
água para dentro ou para fora das células, existem também indivíduos que têm folhas
e a espessura das setas indica o volume re- estreitas e carnosas, e outros com folhas es-
lativo de água que atravessa a membrana treitas e finas. Essas características são de-
celular. terminadas geneticamente. As variantes dos
genes responsáveis pela variabilidade dessas
características da folha originaram-se por:
a) seleção natural.
b) mutação.
c) recombinação genética.
d) adaptação.
e) isolamento geográfico.

A ordem correta das figuras, de acordo com a 8. (Fuvest) As briófitas, no reino vegetal, e os
concentração crescente das soluções em que anfíbios, entre os vertebrados, são conside-
as células estão imersas, é: rados os primeiros grupos a conquistar o am-
a) I, II e III. biente terrestre. Comparando-os, é correto
b) II, III e I. afirmar que:
c) III, I e II. a) nos anfíbios e nas briófitas, o sistema vascu-
d) II, I e III. lar é pouco desenvolvido; isso faz com que,
e) III, II e I. nos anfíbios, a temperatura não seja contro-
lada internamente.
b) nos anfíbios, o produto imediato da meiose
5. (Fuvest) Na gametogênese humana:
são os gametas; nas briófitas, a meiose origi-
a) espermatócitos e ovócitos secundários, for-
na um indivíduo haploide que posteriormen-
mados no final da primeira divisão meiótica,
te produz os gametas.
têm quantidade de DNA igual à de esperma-
c) nos anfíbios e nas briófitas, a fecundação
togônias e ovogônias, respectivamente.
ocorre em meio seco; o desenvolvimento dos
b) espermátides haploides, formadas ao final
embriões se dá na água.
da segunda divisão meiótica, sofrem divisão
d) nos anfíbios, a fecundação origina um in-
mitótica no processo de amadurecimento
divíduo diploide e, nas briófitas, um indi-
para originar espermatozoides.
víduo haploide; nos dois casos, o indivíduo
c) espermatogônias e ovogônias dividem-se por
formado passa por metamorfoses até tor-
mitose e originam, respectivamente, esper- nar-se adulto.
matócitos e ovócitos primários, que entram e) nos anfíbios e nas briófitas, a absorção de
em divisão meiótica, a partir da puberdade. água se dá pela epiderme; o transporte de
d) ovogônias dividem-se por mitose e originam água é feito por difusão, célula a célula, às
ovócitos primários, que entram em meiose, demais partes do corpo.
logo após o nascimento.
e) espermatócitos e ovócitos primários origi-
9. (Fuvest) Para que a célula possa transportar
nam o mesmo número de gametas, no final
para seu interior o colesterol da circulação
da segunda divisão meiótica.
sanguínea, é necessária a presença de uma
determinada proteína em sua membrana.
6. (Fuvest) No processo de síntese de certa pro- Existem mutações no gene responsável pela
teína, os RNA transportadores responsáveis síntese dessa proteína que impedem a sua
pela adição dos aminoácidos serina, aspara- produção. Quando um homem ou uma mu-
gina e glutamina a um segmento da cadeia lher possui uma dessas mutações, mesmo
polipeptídica tinham os anticódons UCA, tendo também um alelo normal, apresenta
UUA e GUC, respectivamente. hipercolesterolemia, ou seja, aumento do ní-
No gene que codifica essa proteína, a se- vel de colesterol no sangue.
quência de bases correspondente a esses A hipercolesterolemia devida a essa muta-
aminoácidos é: ção tem, portanto, herança:
a) UCAUUAGUC. a) autossômica dominante.
b) AGTAATCCAG. b) autossômica recessiva.
c) AGUAAUCAG. c) ligada ao X dominante.
d) TCATTAGTC. d) ligada ao X recessiva.
e) TGTTTTCTG. e) autossômica codominante.

134
10. (Fuvest) A figura a seguir representa uma 12. (Fuvest) A forma do lobo da orelha, solto ou
célula de uma planta jovem. preso, é determinada geneticamente por um
par de alelos.

Considere duas situações:


1) A célula mergulhada numa solução hiper-
tônica.
2) A célula mergulhada numa solução hipo-
tônica.
Dentre as figuras numeradas de I a III, quais
O heredograma mostra que a característica
representam o aspecto da célula, respectiva-
lobo da orelha solto não pode ter herança:
mente, nas situações 1 e 2?
a) autossômica recessiva, porque o casal I-1 e
I-2 tem um filho e uma filha com lobos das
orelhas soltos.
b) autossômica recessiva, porque o casal II-4 e
II-5 tem uma filha e dois filhos com lobos
das orelhas presos.
c) autossômica dominante, porque o casal II-4
a) I e II e II-5 tem uma filha e dois filhos com lobos
b) I e III das orelhas presos.
c) II e I d) ligada ao X recessiva, porque o casal II-1 e
d) III e I II-2 tem uma filha com lobo da orelha preso.
e) III e II e) ligada ao X dominante, porque o casal II-4
e II-5 tem dois filhos homens com lobos das
11. (Fuvest) Na figura abaixo, está representado orelhas presos.
o ciclo celular. Na fase S, ocorre síntese de
DNA; na fase M, ocorre a mitose e, dela, re- 13. (Fuvest) O retículo endoplasmático e o com-
sultam novas células, indicadas no esquema plexo de Golgi são organelas celulares cujas
pelas letras C. funções estão relacionadas. O complexo de
Golgi:
a) recebe proteínas sintetizadas no retículo en-
doplasmático.
b) envia proteínas nele sintetizadas para o re-
tículo endoplasmático.
c) recebe polissacarídeos sintetizados no retí-
culo endoplasmático.
d) envia polissacarídeos nele sintetizados para
o retículo endoplasmático.
e) recebe monossacarídeos sintetizados no retí-
culo endoplasmático e para ele envia polis-
sacarídeos.

14. (Fuvest) Considere os eventos abaixo, que


podem ocorrer na mitose ou na meiose:
I. Emparelhamento dos cromossomos ho-
Considerando que, em G1, existe um par de mólogos duplicados.
alelos Bb, quantos representantes de cada II. Alinhamento dos cromossomos no plano
alelo existirão ao final de S e de G2 e em equatorial da célula.
cada C? III.Permutação de segmentos entre cromos-
a) 4, 4 e 4. somos homólogos.
b) 4, 4 e 2. IV. Divisão dos centrômeros resultando na
c) 4, 2 e 1. separação das cromátides irmãs.
d) 2, 2 e 2.
e) 2, 2 e 1.

135
No processo de multiplicação celular para repa- 17. (Fuvest) Um camundongo recebeu uma inje-
ração de tecidos, os eventos relacionados à dis- ção de proteína A e, quatro semanas depois,
tribuição equitativa do material genético entre outra injeção de igual dose da proteína A,
as células resultantes estão indicados em: juntamente com uma dose da proteína B. No
a) I e III, apenas. gráfico abaixo, as curvas X, Y e Z mostram
b) II e IV, apenas. as concentrações de anticorpos contra essas
c) II e III, apenas. proteínas, medidas no plasma sanguíneo,
d) I e IV, apenas. durante oito semanas.
e) I, II, III e IV.

15. (Fuvest) Em tomates, a característica planta


alta é dominante em relação à característica
planta anã e a cor vermelha do fruto é do-
minante em relação à cor amarela. Um agri-
cultor cruzou duas linhagens puras: planta
alta/fruto vermelho × planta anã/fruto ama-
relo. Interessado em obter uma linhagem de
plantas anãs com frutos vermelhos, deixou
que os descendentes dessas plantas cruzas-
sem entre si, obtendo 320 novas plantas. O
número esperado de plantas com o fenóti-
po desejado pelo agricultor e as plantas que
ele deve utilizar nos próximos cruzamentos,
para que os descendentes apresentem sem-
pre as características desejadas (plantas
anãs com frutos vermelhos), estão correta- As curvas:
mente indicados em: a) X e Z representam as concentrações de anti-
a) 16; plantas homozigóticas em relação às corpos contra a proteína A, produzidos pelos
duas características. linfócitos, respectivamente, nas respostas
b) 48; plantas homozigóticas em relação às imunológicas primária e secundária.
duas características. b) X e Y representam as concentrações de anti-
c) 48; plantas heterozigóticas em relação às corpos contra a proteína A, produzidos pelos
duas características. linfócitos, respectivamente, nas respostas
d) 60; plantas heterozigóticas em relação às imunológicas primária e secundária.
duas características. c) X e Z representam as concentrações de anti-
e) 60; plantas homozigóticas em relação às corpos contra a proteína A, produzidos pelos
duas características. macrófagos, respectivamente, nas respostas
imunológicas primária e secundária.
16. (Fuvest) Uma mutação, responsável por uma
d) Y e Z representam as concentrações de anti-
doença sanguínea, foi identificada numa
corpos contra a proteína B, produzidos pelos
família. Abaixo estão representadas sequên-
linfócitos, respectivamente, nas respostas
cias de bases nitrogenadas, normal e mutan-
imunológicas primária e secundária.
te; nelas estão destacados o sítio de início da
tradução e a base alterada. e) Y e Z representam as concentrações de anti-
corpos contra a proteína B, produzidos pelos
macrófagos, respectivamente, nas respostas
imunológicas primária e secundária.

18. (Fuvest) A figura abaixo representa uma cé-


lula diploide e as células resultantes de sua
divisão.

O ácido nucleico representado acima e o nú-


mero de aminoácidos codificados pela se-
quência de bases, entre o sítio de início da
tradução e a mutação, estão corretamente
indicados em:
a) DNA; 8.
b) DNA; 24.
c) DNA; 12.
d) RNA; 8.
e) RNA; 24.
136
Nesse processo: O termo “código genético” refere-se:
a) houve um único período de síntese de DNA, a) ao conjunto de trincas de bases nitrogena-
seguido de uma única divisão celular. das, cada trinca correspondendo a um deter-
b) houve um único período de síntese de DNA, minado aminoácido.
seguido de duas divisões celulares. b) ao conjunto de todos os genes dos cromos-
c) houve dois períodos de síntese de DNA, se- somos de uma célula, capazes de sintetizar
guidos de duas divisões celulares. diferentes proteínas.
d) não pode ter ocorrido permutação cromossô- c) ao conjunto de proteínas sintetizadas a par-
mica. tir de uma sequência específica de RNA.
e) a quantidade de DNA das células filhas per- d) a todo o genoma de um organismo, formado
maneceu igual à da célula mãe. pelo DNA de suas células somáticas e repro-
dutivas.
19. (Fuvest) No heredograma abaixo, o símbo- e) à síntese de RNA a partir de uma das cadeias
lo representa um homem afetado por uma do DNA, que serve de modelo.
doença genética rara, causada por mutação
num gene localizado no cromossomo X. Os 22. (Fuvest) Um argumento correto que pode ser
demais indivíduos são clinicamente nor- usado para apoiar a ideia de que os vírus são
mais. seres vivos é o de que eles:
a) não dependem do hospedeiro para a repro-
dução.
b) possuem número de genes semelhante ao
dos organismos multicelulares.
c) utilizam o mesmo código genético das ou-
tras formas de vida.
d) sintetizam carboidratos e lipídios, indepen-
dentemente do hospedeiro.
As probabilidades de os indivíduos 7, 12 e e) sintetizam suas proteínas independente-
13 serem portadores do alelo mutante são, mente do hospedeiro.
respectivamente:
a) 0,5; 0,25 e 0,25.
23. (Fuvest) Com relação à gametogênese huma-
b) 0,5; 0,25 e 0.
na, a quantidade de DNA:
c) 1; 0,5 e 0,5.
I. do óvulo é a metade da presente na ovo-
d) 1; 0,5 e 0.
e) 0; 0 e 0. gônia.
II. da ovogônia equivale à presente na es-
permatogônia.
20. (Fuvest) Numa espécie de planta, a cor das
III.da espermatogônia é a metade da presen-
flores é determinada por um par de alelos.
te no zigoto.
Plantas de flores vermelhas cruzadas com
IV. do segundo corpúsculo polar é a mesma
plantas de flores brancas produzem plantas
presente no zigoto.
de flores cor-de-rosa.
V. da espermatogônia é o dobro da presente
Do cruzamento entre plantas de flores cor-
na espermátide.
-de-rosa, resultam plantas com flores:
São afirmativas corretas apenas:
a) das três cores, em igual proporção.
b) das três cores, prevalecendo as cor-de-rosa. a) I e II.
c) das três cores, prevalecendo as vermelhas. b) IV e V.
d) somente cor-de-rosa. c) I, II e V.
e) somente vermelhas e brancas, em igual pro- d) II, III e IV.
porção. e) III, IV e V.

21. (Fuvest) Há uma impressionante conti- 24. (Fuvest) Os carboidratos, os lipídios e as


nuidade entre os seres vivos (...). Talvez o proteínas constituem material estrutural e
exemplo mais marcante seja o da conserva- de reserva dos seres vivos. Qual desses com-
ção do código genético (...) em praticamente ponentes orgânicos é mais abundante no
todos os seres vivos. Um código genético de corpo de uma planta e de um animal?
tal maneira “universal” é evidência de que a) Proteínas em plantas e animais.
todos os seres vivos são aparentados e her- b) Carboidratos em plantas e animais.
daram os mecanismos de leitura do RNA de c) Lipídios em plantas e animais.
um ancestral comum. d) Carboidratos nas plantas e proteínas nos
Morgante & Meyer. Darwin e a Biologia, animais.
o Biólogo 10:12–20, 2009. e) Proteínas nas plantas e lipídios nos animais.

137
GABARITO
1. A 2. E 3. C 4. C 5. A
6. D 7. B 8. B 9. A 10. D
11. E 12. B 13. A 14. B 15. E
16. D 17. A 18. B 19. D 20. B
21. A 22. C 23. C 24. D

138
C N CIÊNCIAS DA NATUREZA
e suas tecnologias
FÍSICA
Fuvest - Física
Trabalho e energia, 13%
Impulso e quantidade de movimento, 11%
Dinâmica, 13%
Hidrostática, 5%
Gravitação, 4%
Eletrodinâmica, 11%
Eletrostática, 5%
Magnetismo, 4%
Óptica, 11%
Calorimetria e dilatação, 5%
Gases e termodinâmica, 5%
Ondulatória, 13%
FÍSICA 1

Prescrição: É necessário compreender e equacionar as leis que descrevem os fenô-


menos físicos de cinemática, dinâmica, energia mecânica, impulso e quantidade de
movimento, gravitação e hidrostática.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Fuvest) Um motociclista de motocross mo- Está correto apenas o que se afirma em:
ve-se com velocidade v = 10 m/s, sobre uma a) III.
superfície plana, até atingir uma rampa (em b) I e II.
A), inclinada de 45° com a horizontal, como c) I e III.
indicado na figura. d) II e III.
e) I, II e III.

3. (Fuvest) No desenvolvimento do sistema


amortecedor de queda de um elevador de
massa m o engenheiro projetista impõe que
a mola deve se contrair de um valor máximo
d, quando o elevador cai, a partir do repou-
so, de uma altura h como ilustrado na figura
abaixo. Para que a exigência do projetista
A trajetória do motociclista deverá atingir seja satisfeita, a mola a ser empregada deve
novamente a rampa a uma distância hori- ter constante elástica dada por:
zontal D (D = H), do ponto A, aproximada-
mente igual a:
a) 20 m.
b) 15 m.
c) 10 m.
d) 7,5 m.
e) 5 m.

2. (Fuvest) Uma pessoa puxa um caixote, com


uma força F, ao longo de uma rampa inclina-
Note e adote: forças dissipativas devem ser
da de 30° com a horizontal, conforme a figu-
ignoradas.
ra, sendo desprezível o atrito entre o caixote
A aceleração local da gravidade é:
e a rampa.
a) 2 m g (h + d)/d2.
b) 2 m g (h – d)/d2.
c) 2 m g h/d2.
d) m g h/d.
e) m g/d.

4. (Fuvest)

O caixote, de massa m, desloca-se com ve-


locidade v constante, durante um certo in-
tervalo de tempo Δt. Considere as seguintes
afirmações: Uma caminhonete A, parada em uma rua
I. O trabalho realizado pela força F é igual a plana, foi atingida por um carro B, com mas-
F · v · 't. sa mB = mA/2, que vinha com velocidade vB.
II. O trabalho realizado pela força F é igual a Como os veículos ficaram amassados, pode-
m · g · v · 't/2. -se concluir que o choque não foi totalmen-
III.A energia potencial gravitacional varia te elástico. Consta no boletim de ocorrência
de m · g · v · 't/2. que, no momento da batida, o carro B parou
enquanto a caminhonete A adquiriu uma

141
velocidade vA = vB/2, na mesma direção de
vB. Considere estas afirmações de algumas RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
pessoas que comentaram a situação:
I. A descrição do choque não está correta, 1. Calculando o tempo de queda e considerando
pois é incompatível com a lei da conser- o movimento na vertical, temos:
vação da quantidade de movimento. at2
S = So + vot + ___
lI. A energia mecânica dissipada na defor- 2
mação dos veículos foi igual a 1/2 mAvA2. 10t2
H = 0 + 0 ·t + ____
III.A quantidade de movimento dissipada no 2
choque foi igual a 1/2 mBvB. Como H = D, temos D = 5t2.
Está correto apenas o que se afirma em: Considerando o movimento na horizontal:
a) I. D o 10 = ___
v = __ 5t2 Ÿ t = 2s
b) II. t t
c) III. Logo:
d) I e III. D = 5 · 22 o D = 20 m
e) II e III.
2. Calculando o trabalho da força F:
5. (Fuvest) Para vencer o atrito e deslocar um Pot = F · v o BBB
W = F · v
't
grande contêiner C, na direção indicada, é W = F · v · 't
necessária uma força F = 500 N. I (V)
Na tentativa de movê-lo, blocos de massa m =
15 kg são pendurados em um fio, que é esti- A velocidade do caixote é constante; logo, a
cado entre o contêiner e o ponto P na parede, força resultante é nula. Sendo assim, a força
como na figura. Para movimentar o contêiner, F tem mesmo módulo que a componente Px
é preciso pendurar no fio, no mínimo: da força peso:
Obs.: sen45° = cos45° ≈ 0,7; tan45° = 1 F = Px oF = m · g · sen(30°)
mg
F = ___
2
Utilizando o item anterior, temos:
mgv't
W = ______
2
II (V)
a) 1 bloco.
b) 2 blocos. A velocidade é constante; logo, a energia ci-
c) 3 blocos. nética do bloco permanece constante. A va-
d) 4 blocos. riação da energia potencial corresponde ao
e) 5 blocos. trabalho da força F.
III(V)
6. (Fuvest) Um recipiente, contendo determi-
nado volume de um líquido, é pesado em 3. No ponto de compressão máxima, a veloci-
uma balança (situação 1). Para testes de dade é nula. Adotando esse ponto como re-
qualidade, duas esferas de mesmo diâme- ferencial de altura, nele, a energia potencial
tro e densidades diferentes, sustentadas por gravitacional também é nula. Assim, apli-
fios, são sucessivamente colocadas no líqui- cando a conservação da energia mecânica.
do da situação 1. Uma delas é mais densa
que o líquido (situação 2) e a outra menos EMo = EMf
densa que o líquido (situação 3). Os valo- (k · d2)
m · g · (h + d) = ________Ÿ
res indicados pela balança, nessas três pesa- 2
gens, são tais que: 2mg (h + d)
Ÿ k = ___________
d2
4. Considerando a conservação da quantidade
de movimento para o choque:
Q0 = Q o mA · 0 + mB · vB = mA · vA + mB · 0
m m
Como mB = ___A; temos: ___A vB = mAvA
2 2
v
vA = __B
a) P1 = P2 = P3. 2
b) P2 > P3 > P1.
c) P2 = P3 > P1. Logo a descrição do choque está correta.
d) P3 > P2 > P1. I(F)
e) P3 > P2 = P1.
142
Calculando a energia cinética inicial:
mB · VB2
mv2 o E = ________
EC = ____
2 Co 2
m
ECo = ___A · 2 · (2vA)2
2
ECo = mAvA2
Calculando a energia cinética final:
mAvA2 –mAvA2
'EM = _____ – mAvA2 o 'EM = _______
2 2
Logo a energia dissipada é:
mAvA2
ED = _____
2
II(V)
A quantidade de movimento do sistema é
conservada; logo, a quantidade de movimen-
to dissipada é nula.
III(F)
5. Considerando as forças que atuam no ponto
de união dos fios, temos:
T
tg45° = __1
T2
Onde T1 tem que ser no mínimo 500 N e T2
tem mesmo módulo que o peso do corpo pen-
durado, logo:
500 o n · m · g = 500
1 = ____
T2
n · 15 · 10 = 500
n = 3,33...
Logo, são necessários no mínimo 4 blocos.
6. Na situação, a balança indica a soma do peso
do líquido mais o peso do recipiente.
Nas situações 2 e 3, a balança indica a soma
do peso líquido mais o peso do recipiente
mais a reação do empuxo.
O empuxo é maior na situação 2; logo:
P2 > P3 > P1

GABARITO
1. A 2. E 3. A 4. B 5. D
6. B

143
1 mg(h – h ) + __
1 mv2.
PRÁTICA DOS a) __
2 0 4
b) mg(h – h0) + 1 mv2.
1
__ __
CONHECIMENTOS - E.O. 2
1
__
2
c) mg(h – h0) + 2mv2.
2
1. (Fuvest) A escolha do local para instalação 1 mv2.
d) mgh + __
de parques eólicos depende, dentre outros 2
1 mv2.
e) mg(h – h0) + __
fatores, da velocidade média dos ventos que 2
sopram na região. Examine este mapa das
diferentes velocidades médias de ventos no 3. (Fuvest) Um objeto homogêneo colocado em
Brasil e, em seguida, o gráfico da potência um recipiente com água tem 32% de seu
fornecida por um aerogerador em função da volume submerso; já em um recipiente com
velocidade do vento. óleo, tem 40% de seu volume submerso. A
densidade desse óleo, em g/cm3, é:
Note e adote: densidade da água = 1 g/cm3.
a) 0,32.
b) 0,40.
c) 0,64.
d) 0,80.
e) 1,25.

4. (Fuvest) A Estação Espacial Internacional


orbita a Terra em uma altitude h. A acelera-
ção da gravidade terrestre dentro dessa es-
paçonave é:
Note e adote:
ƒ gT é a aceleração da gravidade na super-
fície da Terra.
ƒ RT é o raio da Terra.
a) nula.

( )
h .
b) gT __
RT

( )
RT – h 2
c) gT ______
RT
.

De acordo com as informações fornecidas, esse


aerogerador poderia produzir, em um ano, 8,8
( )
RT 2
d) gT ______
RT + h
.

GWh de energia, se fosse instalado no:


Note e adote:
ƒ 1 GW = 109 W
( )
RT – h 2
e) gT ______
RT + h
.

ƒ 1 ano = 8800 horas 5. (Fuvest) Um trabalhador de massa m está


a) noroeste do Pará. em pé, em repouso, sobre uma plataforma de
b) nordeste do Amapá. massa M. O conjunto se move, sem atrito, so-
c) sudoeste do Rio Grande do Norte. bre trilhos horizontais e retilíneos, com ve-
d) sudeste do Tocantins. locidade de módulo constante v. Num certo
e) leste da Bahia. instante, o trabalhador começa a caminhar
sobre a plataforma e permanece com velo-
2. (Fuvest) Uma bola de massa m é solta do alto cidade de módulo v em relação a ela, e com
de um edifício. Quando está passando pela sentido oposto ao do movimento dela em re-
posição y = h o módulo de sua velocidade é v. lação aos trilhos. Nessa situação, o módulo
Sabendo-se que o solo, origem para a escala da velocidade da plataforma em relação aos
de energia potencial, tem coordenada y = h0 trilhos é:
tal que h > h0 > 0, a energia mecânica da bola a) (2m + M) v/(m + M).
em y = (h – h0)/2 é igual a: b) (2m + M) v/M.
Note e adote: c) (2m +M) v/M.
ƒ Desconsidere a resistência do ar. d) (M – m) v/M.
ƒ g é a aceleração da gravidade. e) (m + M) v/(M – m).

144
6. (Fuvest) A notícia “Satélite brasileiro cai 9. (Fuvest)
na Terra após lançamento falhar”, veicu-
lada pelo jornal O Estado de S.Paulo de
10/12/2013, relata que o satélite CBERS-3,
desenvolvido em parceria entre Brasil e
China, foi lançado no espaço a uma altitu-
de de 720 km (menor do que a planejada)
e com uma velocidade abaixo da necessária Maria e Luísa, ambas de massa M, patinam
para colocá-lo em órbita em torno da Ter- no gelo. Luísa vai ao encontro de Maria com
ra. Para que o satélite pudesse ser colocado velocidade de módulo V. Maria, parada na
em órbita circular na altitude de 720 km pista, segura uma bola de massa m e, num
o módulo de sua velocidade (com direção certo instante, joga a bola para Luísa. A bola
tangente à órbita) deveria ser de, aproxi- tem velocidade de módulo v, na mesma dire-
madamente: ção de V. Depois que Luísa agarra a bola, as
Note e adote: velocidades de Maria e Luísa, em relação ao
solo, são, respectivamente:
ƒ raio da Terra = 6 · 103 km
a) 0; v – V.
ƒ massa da Terra = 6 · 1024 kg
b) –v; v+ V/2.
ƒ constante da gravitação universal c) –mv/M; MV/m.
G = 6,7 · 10–11 m3/(s2kg) d) –mv/M; (mv – MV)/(M + m).
a) 61 km/s. e) (MV/2 – mX)/M; (mv – MV/2)/(M + m).
b) 25 km/s.
c) 11 km/s. 10. (Fuvest) Uma pequena bola de borracha ma-
d) 7,7 km/s. ciça é solta do repouso de uma altura de 1 m
e) 3,3 km/s. em relação a um piso liso e sólido. A colisão
da bola com o piso tem coeficiente de res-
7. (Fuvest) No sistema cardiovascular de um tituição H = 0,8. A altura máxima atingida
ser humano, o coração funciona como uma pela bola, depois da sua terceira colisão com
o piso, é:
bomba, com potência média de 10 W, res-
Note e adote: H= V2f/V2i, em que Vf e Vi são,
ponsável pela circulação sanguínea. Se uma
respectivamente, os módulos das velocida-
pessoa fizer uma dieta alimentar de 2500 des da bola logo após e imediatamente antes
kcal diárias, a porcentagem dessa energia da colisão com o piso.
utilizada para manter sua circulação sanguí- Aceleração da gravidade g = 10 m/s2.
nea será, aproximadamente, igual a: a) 0,80 m.
Note e adote: 1 cal = 4 J b) 0,76 m.
a) 1%. c) 0,64 m.
b) 4%. d) 0,51 m.
c) 9%. e) 0,20 m.
d) 20%.
e) 25%. 11. (Fuvest) Um móbile pendurado no teto tem
três elefantezinhos presos um ao outro por
fios, como mostra a figura. As massas dos
8. (Fuvest) Em uma competição de salto em
elefantes de cima, do meio e de baixo são,
distância, um atleta de 70 kg tem, ime- respectivamente, 20 g, 30 g e 70 g. Os va-
diatamente antes do salto, uma velocidade lores de tensão, em newtons, nos fios supe-
na direção horizontal de módulo 10 m/s. rior, médio e inferior são, respectivamente,
Ao saltar, o atleta usa seus músculos para iguais a:
empurrar o chão na direção vertical, pro- Note e adote: desconsidere as massas dos fios.
duzindo uma energia de 500 J, sendo 70% Aceleração da gravidade g = 10 m/s2.
desse valor na forma de energia cinética.
Imediatamente após se separar do chão, o
módulo da velocidade do atleta é mais pró-
ximo de:
a) 10,0 m/s.
b) 10,5 m/s.
c) 12,2 m/s.
d) 13,2 m/s.
e) 13,8 m/s.

145
a) 1,2; 1,0; 0,7. durante esse período, uma bola de futebol
b) 1,2; 0,5; 0,2. que se encontrava solta sobre uma poltrona
c) 0,7; 0,3; 0,2. desocupada:
d) 0,2; 0,5; 1,2. a) permanecerá sobre a poltrona, sem alteração
e) 0,2; 0,3; 0,7. de sua posição inicial.
b) flutuará no espaço interior do avião, sem
12. (Fuvest) Uma menina, segurando uma bola aceleração em relação ao mesmo, durante o
de tênis, corre com velocidade constante, de intervalo de tempo Δt.
módulo igual a 10,8 km/h, em trajetória re- c) será acelerada para cima, em relação ao
tilínea, numa quadra plana e horizontal. avião, sem poder se chocar com o teto, inde-
Num certo instante, a menina, com o braço pendentemente do intervalo de tempo Δt.
esticado horizontalmente ao lado do corpo, d) será acelerada para cima, em relação ao
sem alterar o seu estado de movimento, sol- avião, podendo se chocar com o teto, de-
ta a bola, que leva 0,5 s para atingir o solo. pendendo do intervalo de tempo Δt.
As distâncias Sm e Sb percorridas, respectiva- e) será pressionada contra a poltrona durante o
mente, pela menina e pela bola, na direção intervalo de tempo Δt.
horizontal, entre o instante em que a meni-
na soltou a bola (t = 0 s) e o instante t = 0,5 s, 15. (Fuvest) Um caminhão, parado em um se-
valem: máforo, teve sua traseira atingida por um
Note e adote: desconsiderar efeitos dissipa- carro. Logo após o choque, ambos foram lan-
tivos. çados juntos para frente (colisão inelásti-
a) Sm = 1,25 m e Sb = 0 m. ca), com uma velocidade estimada em 5 m/s
b) Sm = 1,25 m e Sb = 1,50 m. (18 km/h), na mesma direção em que o carro
c) Sm = 1,50 m e Sb = 0 m. vinha. Sabendo-se que a massa do caminhão
d) Sm = 1,50 m e Sb = 1,25 m. era cerca de três vezes a massa do carro, foi
e) Sm = 1,50 m e Sb = 1,50 m. possível concluir que o carro, no momento
da colisão, trafegava a uma velocidade apro-
13. (Fuvest) Usando um sistema formado por ximada de:
uma corda e uma roldana, um homem levan- a) 72 km/h.
ta uma caixa de massa m, aplicando na cor- b) 60 km/h.
da uma força F que forma um ângulo £ com c) 54 km/h.
a direção vertical, como mostra a figura. O d) 36 km/h.
trabalho realizado pela resultante das forças e) 18 km/h.
que atuam na caixa – peso e força da corda –,
quando o centro de massa da caixa é elevado, 16. (Fuvest) Em um terminal de cargas, uma
com velocidade constante v, desde a altura ya esteira rolante é utilizada para transportar
até a altura yb, é: caixas iguais, de massa M = 80 kg, com cen-
tros igualmente espaçados de 1 m. Quando a
velocidade da esteira é 1,5 m/s, a potência
dos motores para mantê-la em movimento
é P0. Em um trecho de seu percurso, é ne-
cessário planejar uma inclinação para que a
esteira eleve a carga a uma altura de 5 m,
como indicado. Para acrescentar essa rampa
e manter a velocidade da esteira, os motores
devem passar a fornecer uma potência adi-
cional aproximada de:
a) nulo.
b) F(yb – ya).
c) mg(yb – ya).
d) Fcos(£)(yb – ya).
e) mg(yb – ya) + mv2/2.

14. (Fuvest) Um avião, com velocidade cons-


tante e horizontal, voando em meio a uma
tempestade, repentinamente perde altitude,
sendo tragado para baixo e permanecendo a) 1200 W.
com aceleração constante vertical de módulo b) 2600 W.
a > g, em relação ao solo, durante um in- c) 3000 W.
tervalo de tempo 't. Pode-se afirmar que, d) 4000 W.
e) 6000 W.
146
17. (Fuvest) Um automóvel e um ônibus trafe- a) 40 m.
gam em uma estrada plana, mantendo velo- b) 60 m.
cidades constantes em torno de 100 km/h e c) 80 m.
75 km/h respectivamente. Os dois veículos d) 90 m.
passam lado a lado em um posto de pedágio. e) 100 m.
Quarenta minutos (2/3 de hora) depois, nes-
sa mesma estrada, o motorista do ônibus vê 20. (Fuvest)
o automóvel ultrapassá-lo. Ele supõe, então,
que o automóvel deve ter realizado, nesse
período, uma parada com duração aproxima-
da de:
a) 4 minutos.
b) 7 minutos.
c) 10 minutos.
d) 15 minutos.
O mostrador de uma balança, quando um ob-
e) 25 minutos.
jeto é colocado sobre ela, indica 100 N, como
esquematizado em A. Se tal balança estiver
18. (Fuvest) Uma esfera de massa m0 está pen- desnivelada, como se observa em B, seu mos-
durada por um fio, ligado em sua outra ex- trador deverá indicar, para esse mesmo obje-
tremidade a um caixote, de massa M = 3 m0, to, o valor de:
sobre uma mesa horizontal. Quando o fio en- a) 125 N.
tre eles permanece não esticado e a esfera é b) 120 N.
largada, após percorrer uma distância H0, ela c) 100 N.
atingirá uma velocidade V0, sem que o cai- d) 80 N.
xote se mova. Na situação em que o fio en- e) 75 N.
tre eles estiver esticado, a esfera, puxando
o caixote, após percorrer a mesma distância 21. (Fuvest) Nos manuais de automóveis, a
H0, atingirá uma velocidade V igual a: caracterização dos motores é feita em CV
(cavalo-vapor). Essa unidade, proposta no
tempo das primeiras máquinas a vapor, cor-
respondia à capacidade de um cavalo típico,
que conseguia erguer, na vertical, com au-
xílio de uma roldana, um bloco de 75 kg, à
velocidade de 1 m/s. Para subir uma ladei-
ra, inclinada como na figura, um carro de
1000 kg, mantendo uma velocidade constan-
te de 15 m/s (54 km/h), desenvolve uma po-
tência útil que, em CV, é, aproximadamente,
de:
1V.
a) __
4 0
1
b) __ V0.
3
1V.
c) __
2 0
d) 2V0.
e) 3V0. a) 20 CV.
b) 40 CV.
19. (Fuvest) A velocidade máxima permitida em c) 50 CV.
uma autoestrada é de 110 km/h (aproxima- d) 100 CV.
damente 30 m/s) e um carro, nessa veloci- e) 150 CV.
dade, leva 6 s para parar completamente.
Diante de um posto rodoviário, os veícu- 22. (Fuvest) Dois discos, A e B, de mesma mas-
los devem trafegar no máximo a 36 km/h sa M, deslocam-se com velocidades VA = V0 e
(10 m/s). Assim, para que carros em velo- VB = 2V0, como na figura, vindo a chocar-se
cidade máxima consigam obedecer o limite um contra o outro. Após o choque, que não é
permitido, ao passar em frente do posto, a elástico, o disco B permanece parado. Sendo
placa referente à redução de velocidade de- E1 a energia cinética total inicial (E1 = 5 ·
verá ser colocada antes do posto, a uma dis- (1/2 MV02)), a energia cinética total E2, após
tância, pelo menos, de: o choque, é:

147
ao escorregar, é aproximadamente igual a:
a) 0,1 T.
b) 0,2 T.
c) 0,6 T.
d) 0,9 T.
e) 1,0 T.
a) E2 = E1.

GABARITO
b) E2 = 0,8 E1.
c) E2 = 0,4 E1.
d) E2 = 0,2 E1.
e) E2 = 0. 1. B 2. E 3. D 4. D 5. A

23. (Fuvest) 6. D 7. C 8. B 9. D 10. D

11. A 12. E 13. A 14. D 15. A

16. E 17. C 18. C 19. C 20. D

21. A 22. D 23. E 24. C

É conhecido o processo utilizado por po-


vos primitivos para fazer fogo. Um jovem,
tentando imitar parcialmente tal processo,
mantém entre suas mãos um lápis de for-
ma cilíndrica e com raio igual a 0,40 cm de
tal forma que, quando movimenta a mão es-
querda para a frente e a direita para trás,
em direção horizontal, imprime ao lápis um
rápido movimento de rotação. O lápis gira,
mantendo seu eixo fixo na direção vertical,
como mostra a figura acima. Realizando di-
versos deslocamentos sucessivos e medindo
o tempo necessário para executá-los, o jo-
vem conclui que pode deslocar a ponta dos
dedos de sua mão direita de uma distância
L = 15 cm, com velocidade constante, em
aproximadamente 0,30 s. Podemos afirmar
que, enquanto gira num sentido, o número
de rotações por segundo executadas pelo lá-
pis é aproximadamente igual a:
a) 5.
b) 8.
c) 10.
d) 12.
e) 20.

24. (Fuvest) Uma criança estava no chão. Foi


então levantada por sua mãe que a colocou
em um escorregador a uma altura de 2,0 m
em relação ao solo. Partindo do repouso,
a criança deslizou e chegou novamente ao
chão com velocidade igual a 4 m/s. Sendo T
o trabalho realizado pela mãe ao suspender
o filho, e sendo a aceleração da gravidade
g = 10 m/s2, a energia dissipada por atrito,

148
FÍSICA 2

Prescrição: É necessário ter conhecimento sobre as leis e equações que descrevem


fenômenos térmicos, ópticos e ondulatórios.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Fuvest) Em algumas situações de resgate, 3. (Fuvest) Em uma exposição, organizada em
bombeiros utilizam cilindros de ar compri- dois andares, foi feita uma montagem com
mido para garantir condições normais de dois espelhos planos E1 e E2, dispostos a 45°
respiração em ambientes com gases tóxicos. entre os andares, como na figura 1. Uma vi-
Esses cilindros, cujas características estão sitante, quando no andar superior, no ponto
indicadas e seguir, alimentam máscaras que A, fotografa um quadro (Q), obtendo a foto
se acoplam ao nariz. Quando acionados, os 1, tal como vista no visor (fig. 1).
cilindros fornecem para a respiração, a cada Essa visitante, ao descer as escadas, foto-
minuto, cerca de 40 litros de ar, a pressão grafa, no ponto B, o mesmo quadro através
atmosférica e temperatura ambiente. Nesse dos espelhos. A nova foto, tal como vista no
caso, a duração do ar de um desses cilindros visor, é:
seria de aproximadamente:
Cilindro para respiração:
ƒ Gás – ar comprimido
ƒ Volume – 9 litros
ƒ Pressão interna – 200 atm
ƒ Pressão atmosférica local = 1 atm
A temperatura durante todo o processo per-
manece constante.
a) 20 minutos. a)
b) 30 minutos.
c) 45 minutos.
d) 60 minutos.
e) 90 minutos.

2. (Fuvest) Um aquecedor elétrico é mergulha- b)


do em um recipiente com água a 10 °C e,
cinco minutos depois, a água começa a fer-
ver a 100 °C. Se o aquecedor não for desli-
gado, toda a água irá evaporar e o aquecedor
será danificado. Considerando o momento c)
em que a água começa a ferver, a evaporação
de toda a água ocorrerá em um intervalo de
aproximadamente:
ƒ Calor específico da água = 1,0 cal/(g °C)
ƒ Calor de vaporização da água = 540 cal/g
d)
Desconsidere perdas de calor para o reci-
piente, para o ambiente e para o próprio
aquecedor.
a) 5 minutos.
b) 10 minutos.
c) 12 minutos. e)
d) 15 minutos.
e) 30 minutos.

149
4. (Fuvest) Uma pessoa idosa que tem hiper- 6. (Fuvest) Considerando o fenômeno de res-
metropia e presbiopia foi a um oculista que sonância, o ouvido humano deveria ser mais
lhe receitou dois pares de óculos, um para sensível a ondas sonoras com comprimentos
que enxergasse bem os objetos distantes e de onda cerca de quatro vezes o comprimen-
outro para que pudesse ler um livro a uma to do canal auditivo externo, que mede, em
distância confortável de sua vista. média, 2,5 cm. Segundo esse modelo, no ar,
ƒ Hipermetropia: a imagem de um objeto onde a velocidade de propagação do som é
distante se forma atrás da retina. 340 m/s, o ouvido humano seria mais sensí-
ƒ Presbiopia: o cristalino perde, por enve- vel a sons com frequências em torno de:
lhecimento, a capacidade de acomodação a) 34 Hz.
e objetos próximos não são vistos com b) 1.320 Hz.
nitidez. c) 1.700 Hz.
ƒ Dioptria: a convergência de uma lente, d) 3.400Hz.
medida em dioptrias, é o inverso da dis- e) 6.800 Hz.
tância focal (em metros) da lente.
Considerando que receitas fornecidas por
oculistas utilizam o sinal mais (+) para len-
tes convergentes e menos (–) para divergen-
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
tes, a receita do oculista para um dos olhos
1. Considerando que é uma transformação iso-
dessa pessoa idosa poderia ser:
térmica e que o cilindro é utilizável até a
a) para longe: –1,5 dioptrias; para perto: +4,5
pressão interna atingir o mesmo valor que a
dioptrias.
pressão externa, temos:
b) para longe: –1,5 dioptrias; para perto: –4,5
P0V0 = P1V1 o 200 · 9 = 1 · V1
dioptrias.
V1 = 1800 litros
c) para longe: +4,5 dioptrias; para perto: +1,5
Para descobrir o tempo, basta utilizar a va-
dioptrias.
zão dada:
d) para longe: +1,5 dioptrias; para perto: –4,5
dioptrias. 'V o 40 = _____
Z = ___ 1800 o't = 45 min
't 't
e) para longe: +1,5 dioptrias; para perto: +4,5
dioptrias. 2. Primeiramente, devemos calcular a potência
do aquecedor:
Q mc'T
5. (Fuvest) O som de um apito é analisado com Pot = ___ o Pot = _____
't 't
o uso de um medidor que, em sua tela, vi-
sualiza o padrão apresentado na figura a Pot = m · 1 · 90/5
seguir. O gráfico representa a variação da Pot = 18 m cal/min
pressão que a onda sonora exerce sobre o Agora, podemos calcular o tempo necessário
medidor, em função do tempo, em μs (1 μs para tornar a massa de água líquida em vapor:
= 10–6 s). Analisando a tabela de intervalos Q = m · L o Pot · 't = m · L
de frequências audíveis, por diferentes se- m·L
't = ______
res vivos, conclui-se que esse apito pode ser Pot
ouvido apenas por: (m · 540)
't = __________
18 · m
Seres vivos Intervalos de frequência 't = 30 min
cachorro 15 Hz – 45.000 Hz
3. Pela propriedade de simetria aplicada aos
ser humano 20 Hz – 20.000 Hz
dois espelhos, é possível realizar a construção
sapo 50 Hz – 10.000 Hz da imagem. Considere o esquema a seguir:
gato 60 Hz – 65.000 Hz
morcego 1.000 Hz – 120.000 Hz

a) seres humanos e cachorros.


b) seres humanos e sapos.
c) sapos, gatos e morcegos.
d) gatos e morcegos.
e) morcegos.

150
4. Para um olho hipermetrope, não presbíope,
para visão de um objeto distante, os múscu-
los ciliares aumentam a vergência do crista-
lino, de modo a acomodar a imagem sobre a
retina. Se o olho hipermetrope passa a ser
também presbíope, o cristalino perde sua
elasticidade; e a lente corretiva, para aco-
modar a imagem de um objeto distante na
retina, deve ser convergente, com uma certa
vergência V1, substituindo a ação dos múscu-
los ciliares.
Para visão de objetos próximos, a distância
focal do sistema formado pelo olho e pela len-
te corretiva deverá ser ainda menor que para
objetos distantes, o que significa que a lente
corretiva a ser usada continua sendo conver-
gente e com vergência V2, tal que V2 > V1.
5. De acordo com o gráfico, podemos concluir
que o período é igual ao dobro do intervalo
de tempo dado; logo:
T = 2 · 10 · 10–6 S o T = 2 · 10–5 S
A partir do período, é possível calcular a fre-
quência:
1 o f = __
f = __ 1 · 10–5
T 2
f = 5 · 104 Hz o f = 50000 Hz
O valor de frequência se encontra nos inter-
valos de frequências audíveis para gatos e
morcegos.
6. De acordo com enunciado, é possível calcular
o comprimento de onda:
O= 4L o O = 4 · 2,5
O = 10 cm o O = 0,1 m
Pela equação fundamental, podemos calcular
a frequência:
v = Of o 340 = 0,1 · f
f = 3.400 Hz

GABARITO
1. C 2. E 3. A 4. E 5. D
6. D

151
PRÁTICA DOS ƒ
ƒ
sen(60°) = cos(30°) = 0,87
sen(70°) = cos(20°) = 0,94
CONHECIMENTOS - E.O. a)
b)
£ = 20°.
£ = 30°.
c) £ = 45°.
1. (Fuvest) Uma garrafa tem um cilindro afixa- d) £ = 60°.
do em sua boca, no qual um êmbolo pode se
e) £ = 70°.
movimentar sem atrito, mantendo constante
a massa de ar dentro da garrafa, como ilus-
tra a figura. Inicialmente, o sistema está em 3. (Fuvest) Certa quantidade de gás sofre três
equilíbrio à temperatura de 27 °C. O volume transformações sucessivas, A oB, B o C e
de ar na garrafa é igual a 600 cm3 e o êmbolo C oA, conforme o diagrama p – V apresen-
tem uma área transversal igual a 3 cm2. Na tado na figura abaixo.
condição de equilíbrio, com a pressão atmos-
férica constante, para cada 1 °C de aumento
da temperatura do sistema, o êmbolo subirá
aproximadamente:

A respeito dessas transformações, afirmou-


-se o seguinte:
I. O trabalho total realizado no ciclo ABCA é
nulo.
II. A energia interna do gás no estado C é
maior que no estado A.
III.Durante a transformação A o B, o gás re-
Note e adote: cebe calor e realiza trabalho.
ƒ 0 °C = 273 K Está correto o que se afirma em:
ƒ Considere o ar da garrafa como um gás ideal. a) I.
a) 0,7 cm.
b) II.
b) 1,4 cm.
c) III.
c) 2,1 cm.
d) I e II.
d) 3,0 cm.
e) 6,0 cm. e) II e III.

2. (Fuvest) Uma moeda está no centro do fun- 4. (Fuvest) Luz solar incide verticalmente so-
do de uma caixa-d’água cilíndrica de 0,87 m bre o espelho esférico convexo visto na figu-
de altura e base circular com 1,0 m de di- ra abaixo.
âmetro, totalmente preenchida com água,
como esquematizado na figura.

Se um feixe de luz laser incidir em uma di-


reção que passa pela borda da caixa, fazendo Os raios refletidos nos pontos A, B e C do
um ângulo £ com a vertical, ele só poderá espelho têm, respectivamente, ângulos de
iluminar a moeda se: reflexão £A, £B e £C tais que:
Note e adote: índice de refração da água = 1,4 a) £A > £B > £C.
ƒ n1sen(£1) = n2sen(£2) b) £A > £C > £B.
ƒ sen(20°) = cos(70°) = 0,35 c) £A < £C < £B.
ƒ sen(30°) = cos(45°) = 0,50 d) £A < £B < £C.
ƒ sen(45°) = cos(45°) = 0,70 e) £A = £B = £C.

152
5. (Fuvest) 7. (Fuvest) O resultado do exame de audiome-
tria de uma pessoa é mostrado nas figuras
abaixo. Os gráficos representam o nível de in-
tensidade sonora mínima I, em decibéis (dB),
audível por suas orelhas direita e esquerda,
em função da frequência f do som, em kHz.
A comparação desse resultado com o de exa-
mes anteriores mostrou que, com o passar
dos anos, ela teve perda auditiva. Com base
nessas informações, foram feitas as seguintes
afirmações sobre a audição dessa pessoa:
A figura acima mostra parte do teclado de um
I. Ela ouve sons de frequência de 6 kHz e
piano. Os valores das frequências das notas
intensidade de 20 dB com a orelha direi-
sucessivas, incluindo os sustenidos, repre-
ta, mas não com a esquerda.
sentados pelo símbolo #, obedecem a uma
II. Um sussurro de 15 dB e frequência de
progressão geométrica crescente da esquerda
0,25 kHz é ouvido por ambas as orelhas.
para a direita; a razão entre as frequências de
III.A diminuição de sua sensibilidade au-
duas notas Dó consecutivas vale 2; a frequên-
cia da nota Lá do teclado da figura é 440 Hz. ditiva, com o passar do tempo, pode ser
O comprimento de onda, no ar, da nota Sol atribuída a degenerações dos ossos mar-
indicada na figura é próximo de: telo, bigorna e estribo, da orelha externa,
Note e adote: onde ocorre a conversão do som em im-
ƒ 21/12 = 1,059 pulsos elétricos.
ƒ (1,059)2 = 1,12
ƒ velocidade do som no ar = 340 m/s
a) 0,56 m.
b) 0,86 m.
c) 1,06 m.
d) 1,12 m.
e) 1,45 m.

6. (Fuvest) Um prisma triangular desvia um


feixe de luz verde de um ângulo £A, em re-
lação à direção de incidência, como ilustra a
figura A, abaixo.

É correto apenas o que se afirma em:


a) I.
b) II.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.

8. (Fuvest) O sr. Rubinato, um músico aposenta-


do, gosta de ouvir seus velhos discos sentado
em uma poltrona. Está ouvindo um conheci-
do solo de violino quando sua esposa Matilde
afasta a caixa acústica da direita (Cd) de uma
Se uma placa plana, do mesmo material do distância l, como visto na figura abaixo.
prisma, for colocada entre a fonte de luz e o
prisma, nas posições mostradas nas figuras
B e C, a luz, ao sair do prisma, será desvia-
da, respectivamente, de ângulos £B e £C, em
relação à direção de incidência indicada pela
seta. Os desvios angulares serão tais que:
a) £A = £B = £C.
b) £A > £B > £C.
c) £A < £B < £C.
d) £A = £B > £C.
e) £A = £B < £C.

153
Em seguida, sr. Rubinato reclama: — Não de alumínio, inicialmente à temperatura de
consigo mais ouvir o Lá do violino, que antes 25 °C, for aquecida a 225 °C, o deslocamen-
soava bastante forte! Dentre as alternativas to da extremidade superior do ponteiro será,
abaixo para a distância l, a única compatível aproximadamente, de:
com a reclamação do sr. Rubinato é: Note e adote: coeficiente de dilatação linear
Note e adote: do alumínio = 2 · 10–5 °C–1.
ƒ O mesmo sinal elétrico do amplificador é a) 1 mm.
ligado aos dois alto-falantes, cujos cones b) 3 mm.
se movimentam em fase. c) 6 mm.
ƒ A frequência da nota Lá é 440 Hz. d) 12 mm.
ƒ A velocidade do som no ar é 330 m/s. e) 30 mm.
ƒ A distância entre as orelhas do sr. Rubi-
nato deve ser ignorada. 11. (Fuvest) Um objeto decorativo consiste de
a) 38 cm. um bloco de vidro transparente, de índice de
b) 44 cm. refração igual a 1,4, com a forma de um pa-
c) 60 cm. ralelepípedo, que tem, em seu interior, uma
d) 75 cm. bolha, aproximadamente esférica, preenchi-
e) 150 cm. da com um líquido, também transparente, de
índice de refração n. A figura a seguir mos-
9. (Fuvest) Uma flauta andina, ou flauta de Pã, tra um perfil do objeto.
é constituída por uma série de tubos de ma-
deira, de comprimentos diferentes, atados
uns aos outros por fios vegetais. As extremi-
dades inferiores dos tubos são fechadas. A
frequência fundamental de ressonância em
tubos desse tipo corresponde ao comprimen-
to de onda igual a 4 vezes o comprimento
do tubo. Em uma dessas flautas, os compri-
mentos dos tubos correspondentes, respecti-
vamente, às notas Mi (660 Hz) e Lá (220 Hz)
são, aproximadamente:
Note e adote: a velocidade do som no ar é
igual a 330 m/s. Nessas condições, quando a luz visível inci-
a) 6,6 cm e 2,2 cm. de perpendicularmente em uma das faces do
b) 22 cm e 5,4 cm. bloco e atravessa a bolha, o objeto se com-
c) 12 cm e 37 cm. porta, aproximadamente, como:
a) uma lente divergente, somente se n > 1,4.
d) 50 cm e 1,5 m.
b) uma lente convergente, somente se n > 1,4.
e) 50 cm e 16 cm.
c) uma lente convergente, para qualquer valor
de n.
10. (Fuvest) d) uma lente divergente, para qualquer valor
de n.
e) se a bolha não existisse, para qualquer valor
de n.

12. (Fuvest) O olho é o senhor da astronomia,


autor da cosmografia, conselheiro e corretor
de todas as artes humanas (...). É o príncipe
Para ilustrar a dilatação dos corpos, um gru- das matemáticas; suas disciplinas são inti-
mamente certas; determinou as altitudes
po de estudantes apresenta, em uma feira
e dimensões das estrelas; descobriu os ele-
de ciências, o instrumento esquematizado
mentos e seus níveis; permitiu o anúncio de
na figura acima. Nessa montagem, uma bar-
acontecimentos futuros, graças ao curso dos
ra de alumínio com 30 cm de comprimen-
astros; engendrou a arquitetura, a perspecti-
to está apoiada sobre dois suportes, tendo
va, a divina pintura (...). O engenho humano
uma extremidade presa ao ponto inferior
lhe deve a descoberta do fogo, que oferece ao
do ponteiro indicador e a outra encosta-
olhar o que as trevas haviam roubado.
da num anteparo fixo. O ponteiro pode gi-
Leonardo da Vinci, Tratado da pintura.
rar livremente em torno do ponto O, sendo
que o comprimento de sua parte superior
é 10 cm e, o da inferior, 2 cm. Se a barra

154
Considere as afirmações a seguir: Consultando a tabela acima, que fornece os
I. O excerto de Leonardo da Vinci é um valores típicos de frequência f para diferen-
exemplo do Humanismo renascentista tes regiões do espectro eletromagnético, e
que valoriza o racionalismo como instru- analisando o gráfico de E em função do tem-
mento de investigação dos fenômenos po, é possível classificar essa radiação como:
naturais e a aplicação da perspectiva em a) infravermelha.
suas representações pictóricas. b) visível.
II. Num olho humano com visão perfeita, o c) ultravioleta.
cristalino focaliza exatamente sobre a re- d) raio X.
tina um feixe de luz vindo de um objeto. e) raio J .
Quando o cristalino está em sua forma
14. (Fuvest) Em um freezer, muitas vezes, é
mais alongada, é possível focalizar o fei- difícil repetir a abertura da porta, pouco
xe de luz vindo de um objeto distante. tempo após ter sido fechado, devido à dimi-
Quando o cristalino encontra-se em sua nuição da pressão interna. Essa diminuição
forma mais arredondada, é possível a fo- ocorre porque o ar que entra, à temperatu-
calização de objetos cada vez mais próxi- ra ambiente, é rapidamente resfriado até
mos do olho, até uma distância mínima. a temperatura de operação, em torno de
III.Um dos problemas de visão humana é a –18 °C. Considerando um freezer doméstico,
miopia. No olho míope, a imagem de um de 280 L, bem vedado, em um ambiente a
objeto distante forma-se depois da re- 27 °C e pressão atmosférica P0, a pressão in-
tina. Para corrigir tal defeito, utiliza-se terna poderia atingir o valor mínimo de:
uma lente divergente. Considere que todo o ar no interior do fre-
Está correto o que se afirma em: ezer, no instante em que a porta é fechada,
a) I, apenas. está à temperatura do ambiente.
b) I e II, apenas. a) 35% de P0.
c) I e III, apenas. b) 50% de P0.
d) II e III, apenas. c) 67% de P0.
e) I, II e III. d) 85% de P0.
e) 95% de P0.
13. (Fuvest) Em um ponto fixo do espaço, o cam-
15. (Fuvest) Dois sistemas ópticos, D1 e D2, são
po elétrico de uma radiação eletromagnéti-
utilizados para analisar uma lâmina de teci-
ca tem sempre a mesma direção e oscila no do biológico a partir de direções diferentes.
tempo, como mostra o gráfico abaixo, que Em uma análise, a luz fluorescente, emitida
representa sua projeção E nessa direção fixa; por um indicador incorporado a uma peque-
E é positivo ou negativo conforme o sentido na estrutura, presente no tecido, é captada,
do campo. simultaneamente, pelos dois sistemas, ao
longo das direções tracejadas. Levando-se
em conta o desvio da luz pela refração, den-
tre as posições indicadas, aquela que poderia
corresponder à localização real dessa estru-
tura no tecido é:

Radiação eletromagnética Frequência f (Hz)


rádio AM 106
TV (VHF) 108
micro-onda 1010
Suponha que o tecido biológico seja transpa-
infravermelha 1012 rente à luz e tenha índice de refração uni-
visível 1014 forme, semelhante ao da água.
ultravioleta 1016 a) A.
raio X 1018 b) B.
c) C.
raio J 1020
d) D.
e) E.

155
16. (Fuvest) Um sistema de duas lentes, sendo a)
uma convergente e outra divergente, ambas
com distâncias focais iguais a 8 cm, é monta-
do para projetar círculos luminosos sobre um
anteparo. O diâmetro desses círculos pode ser
alterado, variando-se a posição das lentes. b)
Em uma dessas montagens, um feixe de luz,
inicialmente de raios paralelos e 4 cm de
diâmetro, incide sobre a lente convergente,
separada da divergente por 8 cm, atingin-
do finalmente o anteparo, 8 cm adiante da c)
divergente. Nessa montagem específica, o
círculo luminoso formado no anteparo é me-
lhor representado por:

d)

e)

a)

18. (Fuvest) Duas hastes, A e B, movendo-se ver-


ticalmente, produzem ondas em fase, que se
b) propagam na superfície da água, com mesma
frequência f e período T, conforme a figura 1.
No ponto P, ponto médio do segmento AB,
uma boia sente o efeito das duas ondas e se
c) movimenta para cima e para baixo.
O gráfico que poderia representar o desloca-
mento vertical y da boia, em relação ao nível
médio da água, em função do tempo t, é:
d)

e)

a)

17. (Fuvest) A janela de uma casa age como se b)


fosse um espelho e reflete a luz do Sol nela
incidente, atingindo, às vezes, a casa vizi-
nha. Para a hora do dia em que a luz do Sol c)
incide na direção indicada na figura, o es-
quema que melhor representa a posição da
janela capaz de refletir o raio de luz na dire-
ção de P é: d)

e)

156
19. (Fuvest) Um grande aquário, com paredes 21. (Fuvest) Um estudo de sons emitidos por
laterais de vidro, permite visualizar, na su- instrumentos musicais foi realizado, usan-
perfície da água, uma onda que se propaga. do um microfone ligado a um computador.
A figura representa o perfil de tal onda no O gráfico a seguir, reproduzido da tela do
instante T0. Durante sua passagem, uma boia, monitor, registra o movimento do ar captado
em dada posição, oscila para cima e para bai- pelo microfone, em função do tempo, medi-
xo e seu deslocamento vertical (y), em função do em milissegundos, quando se toca uma
do tempo, está representado no gráfico. nota musical em um violino.

Nota dó ré mi fá sol lá si
Frequência (Hz) 262 294 330 349 388 440 494

Consultando a tabela acima, pode-se con-


cluir que o som produzido pelo violino era
Com essas informações, é possível concluir o da nota:
que a onda se propaga com uma velocidade, Dado: 1 ms = 10–3 s
aproximadamente, de: a) dó.
a) 2,0 m/s. b) mi.
b) 2,5 m/s. c) sol.
c) 5,0 m/s. d) lá.
d) 10 m/s. e) si.
e) 20 m/s.
22. (Fuvest) Um extintor de incêndio cilíndrico,
20. (Fuvest) Em um recipiente termicamente contendo CO2, possui um medidor de pressão
isolado e mantido a pressão constante, são interna que, inicialmente, indica 200 atm.
colocados 138 g de etanol líquido. A seguir, Com o tempo, parte do gás escapa, o extin-
o etanol é aquecido e sua temperatura T é tor perde pressão e precisa ser recarregado.
Quando a pressão interna for igual a 160
medida como função da quantidade de calor
atm, a porcentagem da massa inicial de gás
Q a ele transferida. A partir do gráfico de
que terá escapado corresponderá a:
T × Q, apresentado na figura abaixo, pode- Obs.: Considere que a temperatura perma-
-se determinar o calor específico molar para nece constante e o CO2, nessas condições,
o estado líquido e o calor latente molar de comporta-se como um gás perfeito.
vaporização do etanol como sendo, respecti- 1 atm = 105 N/m2
vamente, próximos de: a) 10%.
b) 20%.
c) 40%.
d) 60%.
e) 75%.

23. (Fuvest) Um alto-falante fixo emite um


som cuja frequência F, expressa em Hz,
varia em função do tempo t na forma
F(t) = 1000 + 200 t. Num determinado mo-
mento, o alto-falante está emitindo um som
com uma frequência F1 = 1080 Hz. Nesse
mesmo instante, uma pessoa P, parada a
uma distância D = 34 m do alto-falante, está
ouvindo um som com uma frequência F2,
aproximadamente, igual a:
Dados: fórmula do etanol = C2H5OH; massas mo-
lares = C(12g/mol), H(1g/mol), O(16g/mol).
a) 0,12 kJ/(mol °C) e 36 kJ/mol.
b) 0,12 kJ/(mol °C) e 48 kJ/mol.
c) 0,21 kJ/(mol °C) e 36 kJ/mol.
d) 0,21 kJ/(mol °C) e 48 kJ/mol.
e) 0,35 kJ/(mol °C) e 110 kJ/mol.

157
a) 1.020 Hz.
b) 1.040 Hz.
c) 1.060 Hz.
d) 1.080 Hz.
e) 1.100 Hz.

24. (Fuvest) Dois recipientes iguais, A e B, con-


têm, respectivamente, 2,0 litros e 1,0 litro
de água à temperatura de 20 °C. Utilizando
um aquecedor elétrico, de potência constan-
te, e mantendo-o ligado durante 80 s, aque-
ce-se água do recipiente A até a temperatura
de 60 °C. A seguir, transfere-se 1,0 litro de
água de A para B, que passa a conter 2,0 li-
tros de água à temperatura T. Essa mesma
situação final, para o recipiente B, poderia
ser alcançada colocando-se 2,0 litros de água
a 20 °C em B e, a seguir, ligando-se o mesmo
aquecedor elétrico em B, mantendo-o ligado
durante um tempo aproximado de:
a) 40 s.
b) 60 s.
c) 80 s.
d) 100 s.
e) 120 s.

GABARITO
1. A 2. C 3. E 4. B 5. B
6. A 7. B 8. A 9. C 10. C
11. B 12. B 13. C 14. D 15. C
16. C 17. C 18. E 19. A 20. A
21. C 22. B 23. C 24. A

158
FÍSICA 3

Prescrição: É necessário ter conhecimento sobre as leis e equações que descrevem


fenômenos eletrostáticos, eletrodinâmicos e eletromagnéticos, interpretar e com-
preender representações de circuitos e situações que envolvam fenômenos elétricos e
magnéticos.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Fuvest) Três pequenos esferas carregadas mesma direção e sentido da aceleração local
com cargas de mesmo módulo, sendo A posi- da gravidade. Observou-se que, com campo
tiva e B e C negativas, estão presas nos vérti- elétrico de módulo igual a 2 · 103 V/m, uma
ces de um triângulo equilátero. No instante das esferas, de massa 3,2 · 10–15 kg, perma-
em que elas são soltas, simultaneamente, a necia com velocidade constante no interior
direção e o sentido de suas acelerações serão da câmara. Essa esfera tem:
melhor representados pelo esquema: Note e adote:
a) ƒ carga do elétron = –1,6 · 10–19 C
ƒ carga do próton = +1,6 · 10–19 C
ƒ aceleração local da gravidade = 10 m/s2
a) o mesmo número de elétrons e de prótons.
b) 100 elétrons a mais que prótons.
c) 100 elétrons a menos que prótons.
b) d) 2000 elétrons a mais que prótons.
e) 2000 elétrons a menos que prótons.

3. (Fuvest)

c)

d)

Um aquecedor elétrico é formado por duas


resistências elétricas R iguais. Nesse apare-
lho, é possível escolher entre operar em re-
des de 110 V (chaves B fechadas e chave A
aberta) ou redes de 220 V (chave A fechada
e) e chaves B abertas). Chamando as potências
dissipadas por esse aquecedor de P(220) e
P(110), quando operando, respectivamente,
em 220 V e 110 V, verifica-se que as potên-
cias dissipadas, são tais que:
1 P(110).
a) P(220) = __
2
2. (Fuvest) Em uma aula de laboratório de Fí- b) P(220) = P(110).
sica, para estudar propriedades de cargas 3 P(110).
c) P(220) = __
2
elétricas, foi realizado um experimento em
que pequenas esferas eletrizadas são injeta- d) P(220) = 2P(110).
das na parte superior de uma câmara, em vá- e) P(220) = 4P(110).
cuo, onde há um campo elétrico uniforme na

159
4. (Fuvest) Um circuito é formado de duas lâm- metades, fazem-se quatro experiências, re-
padas L1 e L2, uma fonte de 6 V e uma re- presentadas nas figuras I, II, III e IV, em que
sistência R, conforme desenhado na figura. as metades são colocadas, uma de cada vez,
As lâmpadas estão acesas e funcionando em nas proximidades do ímã fixo.
seus valores nominais (L1 = 0,6 W e 3 V e
L2 = 0,3 W e 3 V).

Indicando por “nada” a ausência de atração


ou repulsão da parte testada, os resultados das
O valor da resistência R é: quatro experiências são, respectivamente:
a) 15 Ω. a) I-repulsão; II-atração; III-repulsão; IV-atração.
b) 20 Ω. b) I-repulsão; II-repulsão; III-repulsão; IV-re-
c) 25 Ω. pulsão.
d) 30 Ω. c) I-repulsão; II-repulsão; III-atração; IV-atração.
e) 45 Ω. d) I-repulsão; II-nada; III-nada; IV-atração.
e) I-atração; II-nada; III-nada; IV-repulsão.
5. (Fuvest)

RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA


1. A figura 1 mostra as forças eletrostáticas
trocadas entre as esferas e a resultante em
cada uma delas. A figura 2 mostra apenas a
resultante em cada esfera.

Três fios verticais e muito longos atravessam


uma superfície plana e horizontal, nos vérti-
ces de um triângulo isósceles, como na figura
acima desenhada no plano. Por dois deles (D’
e B’), passa uma mesma corrente que sai do
plano do papel e pelo terceiro (X), uma cor-
rente que entra nesse plano. Desprezando-se
os efeitos do campo magnético terrestre, a
direção da agulha de uma bússola, colocada
equidistante deles, seria melhor representa-
da pela reta:
a) AA’.
b) BB’.
c) CC’.
d) DD’.
e) perpendicular ao plano do papel.

6. (Fuvest) Um ímã, em forma de barra, de po- 2. Como a velocidade é constante, a resultante


laridade N (norte) e S (sul), é fixado numa das forças que agem sobre essa esfera é nula.
mesa horizontal. Um outro ímã semelhante, Isso significa que o peso e a força elétrica
de polaridade desconhecida, indicada por A têm mesma intensidade e sentidos opostos.
e T, quando colocado na posição mostrada na Assim, a força elétrica tem sentido oposto
figura 1, é repelido para a direita. Quebra- ao do campo elétrico, indicando que a carga
-se esse ímã ao meio e, utilizando as duas dessa esfera é negativa. Portanto, a esfera

160
tem mais elétrons que prótons. A figura ilus- Projetando-se esses vetores nas direções
tra a situação. AA’ e CC’, verificamos que as componen-
tes em CC’ se equilibram. Portanto, o vetor
campo magnético resultante possui a dire-
ção AA’, direção esta assumida pela agulha
da bússola.
6. O ímã de polaridade desconhecida tem como
polo norte T e como polo sul A.
Ao repartir o ímã, a parte marcada como A
Sendo n o número de elétrons a mais, temos: passa a ter como polo norte o lado da quebra,
F = P o µqµ · E = m · g e a parte marcada como T passa a ter como
m·g polo sul o lado da quebra. Logo:
n · e · E = m · g o n = ______
e·E ƒ Exp. 1: polo sul × polo sul = repulsão
–15
3,2 · 10 · 10 ƒ Exp. 2: polo sul × polo norte = atração
n = ____________________ = 100
1,6 · 10–19 · 2 · 103 ƒ Exp. 3: polo sul × polo sul = repulsão
3. Com a chave B fechada e A aberta, os resisto- ƒ Exp. 4: polo sul × polo norte = atração
res estarão associados em paralelo. Sob ten-
são elétrica de 110 V, logo:
U2 o P(110) = _____
P = ___ 1102 GABARITO
R R
__
2 · 110 2 2 1. C 2. B 3. B 4. D 5. A
P(100) = ________
R
Com a chave A fechada e B aberta, os resis- 6. A
tores estarão associados em série. Sob tensão
elétrica de 220 V, logo:
U2 o P(220) = _____
P = ___ 2202
R 2R
Calculando a razão entre as potências, te-
mos:
2202
_____
P(220) 2R
_______ = ________ Ÿ P(220) = P(110)
P(110) ________
2 · 1102
R
Logo, P(220) = P(110)
4. A partir dos dados nominais, é possível cal-
cular a corrente em cada lâmpada:
P = U · i o 0,6 = 3 · i1 Ÿ i1 = 0,2 A
P = U · i o 0,3 = 3 · i2Ÿ i2 = 0,1 A
A resistência R está ligada à mesma ddp que
L2 e a sua corrente é a diferença entre i1 e
i2; logo:
i = 0,1 A e U = 3 V
U = R · i o 3 = R · 0,1R = 30 Ω
5. Assumindo que as direções BB’ e DD’ são
perpendiculares entre si e aplicando-se a re-
gra da mão direita, podemos indicar o vetor
campo magnético criado por cada uma das
correntes no ponto do plano equidistante
destas através da figura a seguir.

161
PRÁTICA DOS Note e adote:
ƒ A resistência interna do voltímetro é

CONHECIMENTOS - E.O. muito maior que a dos resistores (voltí-


metro ideal).
ƒ As resistências dos fios de ligação devem
1. (Fuvest) Os centros de quatro esferas idên- ser ignoradas.
ticas, I, II, III e IV, com distribuições unifor- a) 4 W.
mes de carga, formam um quadrado. Um fei- b) 6 W.
xe de elétrons penetra na região delimitada c) 12 W.
por esse quadrado, pelo ponto equidistante d) 18 W.
dos centros das esferas III e IV, com velo- e) 24 W.
cidade inicial v na direção perpendicular à
reta que une os centros de III e IV, conforme 3. (Fuvest) Dispõe-se de várias lâmpadas in-
representado na figura. candescentes de diferentes potências, proje-
tadas para serem utilizadas em 110 V de ten-
são. Elas foram acopladas, como nas figuras
I, II e III abaixo, e ligadas em 220 V.

A trajetória dos elétrons será retilínea, na


direção de v, e eles serão acelerados com ve-
locidade crescente dentro da região plana
delimitada pelo quadrado, se as esferas I, II,
III e IV estiverem, respectivamente, eletriza-
das com cargas:
Note e adote: Q é um número positivo.
a) +Q, –Q, –Q, +Q.
b) +2Q, –Q, +Q –2Q. Em quais desses circuitos, as lâmpadas fun-
c) +Q, +Q, –Q, –Q. cionarão como se estivessem individualmen-
d) –Q, –Q, +Q, +Q. te ligadas a uma fonte de tensão de 110 V?
e) +Q, +2Q, –2Q, –Q. a) Somente em I.
b) Somente em II.
2. (Fuvest) O arranjo experimental represen- c) Somente em III.
tado na figura é formado por uma fonte de d) Em I e III.
tensão F, um amperímetro A, um voltímetro, e) Em II e III.
três resistores, R1, R2 e R3, de resistências
iguais, e fios de ligação. 4. (Fuvest) Dois fios metálicos, F1 e F2, cilín-
dricos, do mesmo material de resistividade
de seções transversais de áreas, respectiva-
mente, A1 e A2 = 2A1, têm comprimento L e
são emendados, como ilustra a figura abaixo.
O sistema formado pelos fios é conectado a
uma bateria de tensão V.

Quando o amperímetro mede uma corrente Nessas condições, a diferença de potencial


de 2 A, e o voltímetro, uma tensão de 6 V, a V1, entre as extremidades de F1, e V2, entre
potência dissipada em R2 é igual a: as de F2, são tais que:

162
a) V1 = V2/4. 8. (Fuvest) O filamento de uma lâmpada incan-
b) V1 = V2/2. descente, submetido a uma tensão U, é per-
c) V1 = V2. corrido por uma corrente de intensidade i. O
d) V1 = 2V2. gráfico abaixo mostra a relação entre i e U.
e) V1 = 4V2.

5. (Fuvest) A energia potencial elétrica U de


duas partículas em função da distância r que
as separa está representada no gráfico da fi-
gura abaixo.

As seguintes afirmações se referem a essa


lâmpada.
I. A resistência do filamento é a mesma
para qualquer valor da tensão aplicada.
II. A resistência do filamento diminui com o
aumento da corrente.
III. A potência dissipada no filamento aumen-
Uma das partículas está fixa em uma posi- ta com o aumento da tensão aplicada.
ção, enquanto a outra se move apenas devi- Dentre essas afirmações, somente:
do à força elétrica de interação entre elas. a) I está correta.
Quando a distância entre as partículas varia b) II está correta.
de ri = 3 · 10–10 m a rf = 9 · 10–10 m, a energia c) III está correta.
cinética da partícula em movimento: d) I e III estão corretas.
a) diminui 1 · 10–18 J. e) II e III estão corretas.
b) aumenta 1 · 10–18 J.
c) diminui 2· 10–18 J. 9. (Fuvest) Na maior parte das residências que
d) aumenta 2 · 10–18 J. dispõem de sistemas de TV a cabo, o aparelho
e) não se altera. que decodifica o sinal permanece ligado sem
interrupção, operando com uma potência apro-
6. (Fuvest) Um raio proveniente de uma nuvem ximada de 6 W, mesmo quando a TV não está
transportou para o solo uma carga de 10 C sob ligada. O consumo de energia do decodificador,
uma diferença de potencial de 100 milhões durante um mês (30 dias), seria equivalente
de volts. A energia liberada por esse raio é: ao de uma lâmpada de 60 W que permanecesse
Note e adote: 1 J = 3 · 10–7 kWh ligada, sem interrupção, durante:
a) 30 MWh. a) 6 horas.
b) 3 MWh. b) 10 horas.
c) 300 kWh. c) 36 horas.
d) 30 kWh. d) 60 horas.
e) 3 kWh. e) 72 horas.

7. (Fuvest) Energia elétrica gerada em Itaipu 10. (Fuvest) Em uma experiência, um longo fio
é transmitida da subestação de Foz do Igua- de cobre foi enrolado, formando dois con-
çu (Paraná) a Tijuco Preto (São Paulo), em juntos de espiras, E1 e E2, ligados entre si e
alta tensão de 750 kV, por linhas de 900 km mantidos muito distantes um do outro. Em
de comprimento. Se a mesma potência fos- um dos conjuntos, E2, foi colocada uma bús-
se transmitida por meio das mesmas linhas, sola, com a agulha pontando para o Norte, na
mas em 30 kV, que é a tensão utilizada em direção perpendicular ao eixo das espiras.
redes urbanas, a perda de energia por efeito A experiência consistiu em investigar pos-
Joule seria, aproximadamente: síveis efeitos sobre essa bússola, causados
a) 27.000 vezes maior. por um ímã, que é movimentado ao longo do
b) 625 vezes maior. eixo do conjunto de espiras E1.
c) 30 vezes maior. Foram analisadas três situações:
d) 25 vezes maior. I. Enquanto o ímã é empurrado para o cen-
e) a mesma. tro do conjunto das espiras E1.

163
II. Quando o ímã é mantido parado no cen- 12. (Fuvest) Na cozinha de uma casa, ligada à
tro do conjunto das espiras E1. rede elétrica de 110 V, há duas tomadas A e B.
III. Enquanto o ímã é puxado, do centro das es- Deseja-se utilizar, simultaneamente, um for-
piras E1, retornando à sua posição inicial. no de micro-ondas e um ferro de passar, com
Um possível resultado a ser observado, as características indicadas. Para que isso
seja possível, é necessário que o disjuntor (D)
quanto à posição da agulha da bússola, nas
dessa instalação elétrica, seja de, no mínimo:
três situações dessa experiência, poderia ser
representado por:
O eixo do conjunto de espiras E2 tem direção
leste-oeste.

ƒ Ferro de passar: tensão = 110 V; potência


= 1400 W;
ƒ Micro-ondas: tensão = 110 V; potência =
a) 920 W;
ƒ Disjuntor ou fusível: dispositivo que in-
terrompe o circuito quando a corrente ul-
trapassa o limite especificado.
a) 10 A.
b) 15 A.
b) c) 20 A.
d) 25 A.
e) 30 A.

c) 13. (Fuvest) Uma bússola é colocada sobre uma


mesa horizontal, próxima a dois fios com-
pridos, F1 e F2, percorridos por correntes de
mesma intensidade. Os fios estão dispostos
d) perpendicularmente à mesa e a atravessam.
Quando a bússola é colocada em P, sua agu-
lha aponta na direção indicada. Em seguida,
a bússola é colocada na posição 1 e depois
e) na posição 2, ambas equidistantes dos fios.
Nessas posições, a agulha da bússola indica-
rá, respectivamente, as direções:

11. (Fuvest) Uma estudante quer utilizar uma


lâmpada (dessas de lanterna de pilhas) e
dispõe de uma bateria de 12 V. A especifica-
ção da lâmpada indica que a tensão de ope-
ração é 4,5 V e a potência elétrica utilizada
durante a operação é de 2,25 W. Para que a
lâmpada possa ser ligada à bateria de 12 V,
será preciso colocar uma resistência elétrica, a)
em série, de aproximadamente:

b)

a) 0,5 Ω.
b) 4,5 Ω.
c) 9,0 Ω.
d) 12 Ω.
e) 15 Ω.

164
c) 15. (Fuvest) Três grandes placas P1, P2 e P3, com,
respectivamente, cargas +Q, –Q e +2Q, geram
campos elétricos uniformes em certas regi-
ões do espaço. A figura 1 a seguir mostra
intensidade, direção e sentido dos campos
criados pelas respectivas placas P1, P2 e P3,
quando vistas de perfil. Colocando-se as pla-
cas próximas, separadas pela distância D in-
d) dicada, o campo elétrico resultante, gerado
pelas três placas em conjunto, é representa-
do por:
Nota: onde não há indicação, o campo elé-
trico é nulo.

e)

a)

b)

14. (Fuvest) Sobre uma mesa plana e horizontal,


é colocado um ímã em forma de barra, repre-
sentado na figura, visto de cima, juntamente c)
com algumas linhas de seu campo magnéti-
co. Uma pequena bússola é deslocada, len-
tamente, sobre a mesa, a partir do ponto P,
realizando uma volta circular completa em d)
torno do ímã.
Ao final desse movimento, a agulha da bús-
sola terá completado, em torno de seu pró-
prio eixo, um número de voltas igual a:
e)

16. (Fuvest) Pequenas esferas, carregadas com


cargas elétricas negativas de mesmo módu-
lo Q, estão dispostas sobre um anel isolante
e circular, como indicado na figura I. Nessa
configuração, a intensidade da força elétrica
que age sobre uma carga de prova negativa,
Obs.: nessas condições, desconsidere o cam- colocada no centro do anel (ponto P), é F1. Se
po magnético da Terra. forem acrescentadas sobre o anel três outras
1 de volta.
a) __ cargas de mesmo módulo Q, mas positivas,
4 como na figura II, a intensidade da força elé-
1 de volta.
b) __
2 trica no ponto P passará a ser:
c) 1 volta completa.
d) 2 voltas completas.
e) 4 voltas completas.

165
a) zero. 18. (Fuvest) Um feixe de elétrons, todos com
1 F.
b) __( )
2 1
mesma velocidade, penetra em uma região
do espaço onde há um campo elétrico unifor-
3 F.
c) __( )
4 1
me entre duas placas condutoras, planas e
paralelas, uma delas carregada positivamen-
d) F1.
te e a outra, negativamente. Durante todo o
e) 2F1.
percurso, na região entre as placas, os elé-
17. (Fuvest) Dois anéis circulares iguais, A e B, trons têm trajetória retilínea, perpendicular
construídos com fio condutor, estão frente ao campo elétrico.
a frente. O anel A está ligado a um gerador, Ignorando efeitos gravitacionais, esse movi-
que pode lhe fornecer uma corrente variá- mento é possível se entre as placas houver,
vel. Quando a corrente i que percorre A varia além do campo elétrico, também um campo
como no Gráfico I, uma corrente é induzida magnético, com intensidade adequada e:
em B e surge, entre os anéis, uma força repul- a) perpendicular ao campo elétrico e à trajetó-
siva (representada como positiva), indicada ria dos elétrons.
no Gráfico II. b) paralelo e de sentido oposto ao do campo
Considere agora a situação em que o gerador elétrico.
fornece ao anel A uma corrente como indica- c) paralelo e de mesmo sentido que o do campo
da no Gráfico III. Nesse caso, a força entre os elétrico.
anéis pode ser representada por: d) paralelo e de sentido oposto ao da velocida-
de dos elétrons.
e) paralelo e de mesmo sentido que o da velo-
cidade dos elétrons.

19. (Fuvest) Usando todo o calor produzido pela


combustão direta de gasolina, é possível,
com 1,0 litro de tal produto, aquecer 200 li-
tros de água de 10 °C a 45 °C. Esse mesmo
aquecimento pode ser obtido por um gera-
dor de eletricidade, que consome 1,0 litro
de gasolina por hora e fornece 110 V a um
resistor de 11 Ω, imerso na água, durante
a) um certo intervalo de tempo. Todo o calor
liberado pelo resistor é transferido à água.
Nessas condições, o aquecimento da água ob-
tido através do gerador, quando comparado
ao obtido diretamente a partir da combus-
tão, consome uma quantidade de gasolina,
aproximadamente:
b) a) 7 vezes menor.
b) 4 vezes menor.
c) igual.
d) 4 vezes maior.
e) 7 vezes maior.

c) 20. (Fuvest) Quatro ímãs iguais em forma de bar-


ra, com as polaridades indicadas, estão apoia-
dos sobre uma mesa horizontal, como na fi-
gura, vistos de cima. Uma pequena bússola é
também colocada na mesa, no ponto central
P, equidistante dos ímãs, indicando a direção
d) e o sentido do campo magnético dos ímãs em
P. Não levando em conta o efeito do campo
magnético terrestre, a figura que melhor re-
presenta a orientação da agulha da bússola é:

e)

166
a)

b)

O campo elétrico em P, no plano que contém


o centro das duas esferas, possui, nas duas
situações indicadas:
c)
a) mesma direção e intensidade.
b) direções diferentes e mesma intensidade.
c) mesma direção e maior intensidade em I.
d) direções diferentes e maior intensidade em I.
d) e) direções diferentes e maior intensidade em II.

23. (Fuvest) Um ímã é colocado próximo a um


arranjo, composto por um fio longo enrolado
em um carretel e ligado a uma pequena lâm-
e) pada, conforme a figura.

21. (Fuvest) Um anel de alumínio, suspenso por


um fio isolante, oscila entre os polos de um
ímã, mantendo-se, inicialmente, no plano
perpendicular ao eixo N–S e equidistante
das faces polares. O anel oscila, entrando e
saindo da região entre os polos, com uma
certa amplitude. Nessas condições, sem levar
O ímã é movimentado para a direita e para
em conta a resistência do ar e outras formas
a esquerda, de tal forma que a posição x de
de atrito mecânico, pode-se afirmar que,
seu ponto médio descreve o movimento indi-
com o passar do tempo:
cado pelo gráfico, entre –x0 e +x0.
Durante o movimento do ímã, a lâmpada
apresenta luminosidade variável, acendendo
e apagando. Observa-se que a luminosidade
da lâmpada:
a) é máxima quando o ímã está mais próximo
do carretel (x = +x0).
b) é máxima quando o ímã está mais distante
do carretel (x = –x0).
c) independe da velocidade do ímã e aumenta à
a) a amplitude de oscilação do anel diminui. medida que ele se aproxima do carretel.
b) a amplitude de oscilação do anel aumenta. d) independe da velocidade do ímã e aumenta à
c) a amplitude de oscilação do anel permanece medida que ele se afasta do carretel.
constante. e) depende da velocidade do ímã e é máxima
d) o anel é atraído pelo polo Norte do ímã e lá quando seu ponto médio passa próximo a
permanece. x = 0.
e) o anel é atraído pelo polo Sul do ímã e lá
permanece.
24. (Fuvest) As lâmpadas fluorescentes ilumi-
22. (Fuvest) Duas pequenas esferas, com cargas nam muito mais que as lâmpadas incandes-
elétricas iguais, ligadas por uma barra iso- centes de mesma potência. Nas lâmpadas
lante, são inicialmente colocadas como des- fluorescentes compactas, a eficiência lumi-
crito na situação I. Em seguida, aproxima-se nosa, medida em lumens por watt (ℓm/W),
uma das esferas de P, reduzindo-se à meta- é da ordem de 60 ℓm/W e, nas lâmpadas in-
de sua distância até esse ponto, ao mesmo candescentes da ordem de 15 ℓm/W. Em uma
tempo em que se duplica a distância entre a residência, 10 lâmpadas incandescentes de
outra esfera e P, como na situação II. 100 W são substituídas por fluorescentes

167
compactas que fornecem iluminação equiva-
lente (mesma quantidade de lumens). Ad-
mitindo que as lâmpadas ficam acesas, em
média 6 horas por dia e que o preço da ener-
gia elétrica é de R$ 0,20 por kW · h, a eco-
nomia mensal na conta de energia elétrica
dessa residência será de, aproximadamente:
a) R$ 12,00.
b) R$ 20,00.
c) R$ 27,00.
d) R$ 36,00.
e) R$ 144,00.

GABARITO
1. C 2. A 3. D 4. D 5. D
6. C 7. B 8. C 9. E 10. A
11. E 12. D 13. A 14. D 15. E
16. E 17. C 18. A 19. E 20. A
21. A 22. B 23. E 24. C

168
C N CIÊNCIAS DA NATUREZA
e suas tecnologias
QUÍMICA
Fuvest - Química
Geral, 36%
Físico - química, 35%
Orgânica, 19%
Atomística, 10%
QUÍMICA 1

Prescrição: É necessário ter domínio na área de conhecimento da química geral


e, principalmente, da atomística, em que serão abordados temas tais como fun-
ções inorgânicas, forças intermoleculares, geometrias moleculares, polaridade das
moléculas e suas interações com outros materiais no cotidiano.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Fuvest) Em um laboratório químico, um estudante encontrou quatro frascos (1, 2, 3 e 4) contendo
soluções aquosas incolores de sacarose, KCℓ, HCℓ e NaOH, não necessariamente nessa ordem. Para
identificar essas soluções, fez alguns experimentos simples, cujos resultados são apresentados na
tabela a seguir:

Cor da solução após a


Frasco Condutibilidade elétrica Reação com Mg(OH)2
adição de fenolftaleína
1 incolor conduz não
2 rosa conduz não
3 incolor conduz sim
4 incolor não conduz não

Dado: soluções aquosas contendo o indicador fenolftaleína são incolores em pH menor do que 8,5
e têm coloração rosa em pH igual a ou maior do que 8,5.
As soluções aquosas contidas nos frascos 1, 2, 3 e 4 são, respectivamente, de:
a) HCℓ, NaOH, KCℓ e sacarose.
b) KCℓ, NaOH, HCℓ e sacarose.
c) HCℓ, sacarose, NaOH e KCℓ.
d) KCℓ, sacarose, HCℓ e NaOH.
e) NaOH, HCℓ, sacarose e KCℓ.

2. (Fuvest) A adição de um soluto à água altera a temperatura de ebulição desse solvente. Para quanti-
ficar essa variação em função da concentração e da natureza do soluto, foram feitos experimentos,
cujos resultados são apresentados abaixo. Analisando a tabela, observa-se que a variação de tempe-
ratura de ebulição é função da concentração de moléculas ou íons de soluto dispersos na solução.

Temperatura de
Volume de água (L) Soluto Quantidade de matéria de soluto (mol)
ebulição (°C)
1 – – 100,00
1 NaCℓ 0,5 100,50
1 NaCℓ 1,0 101,00
1 sacarose 0,5 100,25
1 CaCℓ2 0,5 100,75

Dois novos experimentos foram realizados, adicionando-se 1,0 mol de Na2SO4 a 1 L de água (ex-
perimento A) e 1,0 mol de glicose a 0,5 L de água (experimento B). Considere que os resultados
desses novos experimentos tenham sido consistentes com os experimentos descritos na tabela.
Assim sendo, as temperaturas de ebulição da água, em °C, nas soluções dos experimentos A e B,
foram, respectivamente, de:
a) 100,25 e 100,25.
b) 100,75 e 100,25.
c) 100,75 e 100,50.
d) 101,50 e 101,00.
e) 101,50 e 100,50.

171
3. (Fuvest) Considere os seguintes compostos ocorrem em meio alcalino. A troca de elé-
isoméricos: trons se dá na superfície de um material
poroso. Um esquema dessas pilhas, com o
CH3CH2CH2CH2OH CH3CH2OCH2CH3 material poroso representado na cor cinza,
e
butanol éter etílico é apresentado a seguir.
Certas propriedades de cada uma dessas
substâncias dependem das interações en-
tre as moléculas que a compõem (como, por
exemplo, as ligações de hidrogênio). Assim,
pode-se concluir que:
a) a uma mesma pressão, o éter dietílico sólido
funde a uma temperatura mais alta do que o
butanol sólido.
b) a uma mesma temperatura, a viscosidade do
éter dietílico líquido é maior do que a do
butanol líquido.
c) a uma mesma pressão, o butanol líquido en- Escrevendo as equações das semirreações
tra em ebulição a uma temperatura mais alta que ocorrem nessas pilhas de combustível,
do que o éter dietílico líquido. verifica-se que, nesse esquema, as setas com
d) a uma mesma pressão, massas iguais de bu- as letras a e b indicam, respectivamente, o
tanol e éter dietílico liberam, na combustão, sentido de movimento dos:
a mesma quantidade de calor. a) íons OH– e dos elétrons.
e) nas mesmas condições, o processo de eva- b) elétrons e dos íons OH–.
poração do butanol líquido é mais rápido do c) íons K+ e dos elétrons.
que o do éter dietílico líquido. d) elétrons e dos íons K+.
e) elétrons e dos íons H+.
4. (Fuvest) Para identificar quatro soluções
aquosas, A, B, C e D, que podem ser soluções
de hidróxido de sódio, sulfato de potássio,
ácido sulfúrico e cloreto de bário, não neces-
sariamente nessa ordem, foram efetuados
três ensaios, descritos a seguir, com as res-
pectivas observações.
I. A adição de algumas gotas de fenolftale-
ína a amostras de cada solução fez com
que apenas a amostra de B se tornasse
rosada.
II. A solução rosada, obtida no ensaio I, tor-
nou-se incolor pela adição de amostra de A.
III.Amostras de A e C produziram precipita-
dos brancos quando misturadas, em sepa-
rado, com amostras de D.
Com base nessas observações e sabendo que
sulfatos de metais alcalino-terrosos são pou-
co solúveis em água, pode-se concluir que
A, B, C e D são, respectivamente, soluções
aquosas de:
a) H2SO4, NaOH, BaCℓ2 e K2SO4.
b) BaCℓ2, NaOH, K2SO4 e H2SO4.
c) NaOH, H2SO4, K2SO4 e BaCℓ2.
d) K2SO4, H2SO4, BaCℓ2 e NaOH.
e) H2SO4, NaOH, K2SO4 e BaCℓ2.

5. (Fuvest) As naves espaciais utilizam pilhas


de combustível, alimentadas por oxigênio e
hidrogênio, as quais, além de fornecerem
a energia necessária para a operação das
naves, produzem água, utilizada pelos tri-
pulantes. Essas pilhas usam, como eletróli-
to, o KOH(aq), de modo que todas as reações

172
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
1. O frasco 2 é o único que apresenta pH igual ou maior do que 8,5 (rosa), logo contém uma base forte
(NaOH).
No frasco 4 não ocorre condução de eletricidade, conclui-se que a solução é formada por moléculas,
ou seja, sacarose.
No frasco 3 ocorre reação com Mg(OH)2, conclui-se que apresenta um ácido, ou seja, HCℓ.
No frasco 1 ocorre condução de eletricidade, não ocorre reação com hidróxido de magnésio e a
hidrólise é neutra, ou seja, a solução é de cloreto de potássio (KCℓ).

Cor da solução após a


Frasco Condutibilidade elétrica Reação com Mg(OH)2
adição de fenolftaleína
1 (KCℓ) incolor conduz não
2 (NaOH) rosa conduz não
3 (HCℓ) incolor conduz sim
4 (sacarose) incolor não conduz não

2. Adição de 1,0 mol de Na2SO4 a 1 L de água (experimento A):


1 Na2SO4 o 2 Na+ + SO 42-
(3 mols de partículas)

A partir da tabela percebe-se que:

Quantidade de Temperatura de
Volume de água (L) Soluto
matéria de soluto (mol) ebulição (°C)
1 CaCℓ2 0,5 100,75

0,5 CaCℓ2 o 0,5 Ca2+ + 1Cℓ–


1,5 mol de partículas

1,5 mol de partículas ____ 0,75 °C


3 mol de partículas _____ 't
't = 1,50 °C
Conclusão: no experimento A ocorre uma elevação de 1,50 °C na temperatura de ebulição.
Temperatura de ebulição da solução = 101,50 °C (100 °C + 1,50 °C)
Adição de 1,0 mol de glicose a 0,5 L de água (experimento B)
1 mol glicose e (C6H12O6) _____ 0,5 L de água
nglicose _____ 1 L de água

nglicose = 2 mol de partículas de glicose

A partir da tabela percebe-se que:

Quantidade de Temperatura de
Volume de água (L) Soluto
matéria de soluto (mol) ebulição (°C)
1 NaCℓ 1,0 101,00

1 NaCℓ o 1 Na+ + 1 Cℓ–


2 mols de partículas

Conclusão: no experimento B ocorre uma elevação de 1,00 °C na temperatura de ebulição.


Temperatura de ebulição da solução = 101,00 °C (100 °C + 1,00 °C)

173
3. uma mesma pressão, o butanol líquido entra
em ebulição a uma temperatura mais alta do
que o éter dietílico líquido, pois o butanol
faz ponte de hidrogênio, que é uma ligação
mais intensa do que o dipolo permanente
presente no éter dietílico.
H3C – CH2 – CH2

: OH
..

(pares de elétrons disponíveis


para as pontes)

4.
I. A adição de algumas gotas de fenolftale-
ína a amostras de cada solução fez com
que apenas a amostra de B (NaOH; base
forte) se tornasse rosada.
II. A solução rosada (básica), obtida no en-
saio I, tornou-se incolor pela adição de
amostra de A (H2SO4 – solução ácida); te-
mos uma neutralização.
III.Amostras de A e C produziram precipita-
dos brancos quando misturadas, em sepa-
rado, com amostras de D.
H2SO4(aq) (A) + BaCℓ2 (D) o BaSO4 p+ 2HCℓ(aq)
K2SO4(aq) (C) + BaCℓ2 (D) o BaSO4 p + 2KCℓ(aq)

5. Temos uma pilha de hidrogênio:


2H2(g) + O2(g) o 2H2O(g)
0 ________________ +1
A reação de oxidação pode ser representada
por:
2H2 o 4e– + 4H+ (oxidação/ânodo)
Acrescentando-se OH– (eletrólito) ao ânodo,
teremos:
2H2 + 4OH– o 4e– + 4H+ + 4OH– (oxidação/
ânodo)
Ou seja,
2H2 + 4OH– o 4e– + 4H2O (oxidação/ânodo)
O sentido dos elétrons é representado por a.
O sentido dos íons OH– é representado por b.

GABARITO
1. B 2. D 3. C 4. E 5. B

174
PRÁTICA DOS CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Fuvest) Observa-se que uma solução aquosa saturada de HCℓ libera uma substância gasosa. Uma
estudante de química procurou representar, por meio de uma figura, os tipos de partículas que
predominam nas fases aquosa e gasosa desse sistema – sem representar as partículas de água. A
figura com a representação mais adequada seria:

a) b) c)

d) e)

2. (Fuvest) O gráfico abaixo retrata as emissões totais de gás carbônico, em bilhões de toneladas, por
ano, nos Estados Unidos da América (EUA) e na China, no período de 1800 a 2000.

Analise as afirmações a seguir:


I. Nos EUA, o aumento da emissão de gás carbônico está vinculado ao desenvolvimento econômico
do país, iniciado com a Revolução Industrial. No caso da China, tal aumento está associado à ins-
talação maciça de empresas estrangeiras no país, ocorrida logo após a Segunda Guerra Mundial.
II. A queima de combustíveis fósseis e seus derivados, utilizada para gerar energia e movimentar
máquinas, contribui para a emissão de gás carbônico. Por exemplo, a combustão de 1 litro de
gasolina, que contém aproximadamente 700 g de octano (C8H18, massa molar = 114 g/mol),
produz cerca de 2,2 kg de gás carbônico (CO2, massa molar = 44 g/mol).
III. A diferença entre as massas de gás carbônico emitidas pelos EUA e pela China, no período
de 1900 a 2000, em bilhões de toneladas, é dada pela área da região compreendida entre as
duas curvas e duas retas verticais, passando pelos pontos correspondentes aos anos de 1900
e de 2000.
Está correto o que se afirma em:
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

175
3. (Fuvest) Uma estudante de química realizou quatro experimentos, que consistiram em misturar
soluções aquosas de sais inorgânicos e observar os resultados. As observações foram anotadas em
uma tabela:

Solutos contidos inicialmente nas


Experimento Observações
soluções que foram misturadas
1 Ba(CℓO3)2 Mg(IO3)2 formação de precipitado branco
2 Mg(IO3)2 Pb(CℓO3)2 formação de precipitado branco
3 MgCrO4 Pb(CℓO3)2 formação de precipitado amarelo
4 MgCrO4 Ca(CℓO3)2 nenhuma transformação observada

A partir desses experimentos, conclui-se que são pouco solúveis em água somente os compostos:
a) Ba(IO3)2 e Mg(CℓO3)2.
b) PbCrO4 e Mg(CℓO3)2.
c) Pb(IO3)2 e CaCrO4.
d) Ba(IO3)2, Pb(IO3)2 e PbCrO4.
e) Pb(IO3)2, PbCrO4 e CaCrO4.

4. (Fuvest) As figuras a seguir representam, de 5. (Fuvest) A pólvora é o explosivo mais anti-


maneira simplificada, as soluções aquosas de go conhecido pela humanidade. Consiste na
três ácidos, HA, HB e HC, de mesmas con- mistura de nitrato de potássio, enxofre e
centrações. As moléculas de água não estão carvão. Na explosão, ocorre uma reação de
representadas. oxirredução, formando-se sulfato de potás-
sio, dióxido de carbono e nitrogênio mole-
cular. Nessa transformação, o elemento que
sofre maior variação de número de oxidação
é o:
a) carbono.
b) enxofre.
c) nitrogênio.
d) oxigênio.
Considerando essas representações, foram e) potássio.
feitas as seguintes afirmações sobre os áci-
dos: 6. (Fuvest) A figura abaixo traz um modelo da
I. HB é um ácido mais forte do que HA e HC. estrutura microscópica de determinada subs-
II. Uma solução aquosa de HA deve apresen- tância no estado sólido, estendendo-se pelas
tar maior condutibilidade elétrica do que três dimensões do espaço. Nesse modelo, cada
uma solução aquosa de mesma concentra- esfera representa um átomo e cada bastão,
ção de HC. uma ligação química entre dois átomos.
III.Uma solução aquosa de HC deve apresen-
tar pH maior do que uma solução aquosa
de mesma concentração de HB.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.

A substância representada por esse modelo


tridimensional pode ser:
a) sílica, (SiO2)n.
b) diamante, C.
c) cloreto de sódio, NaCℓ.
d) zinco metálico, Zn.
e) celulose, (C6H10O5)n.

176
7. (Fuvest) A figura mostra modelos de algu- 9. (Fuvest) Três metais foram acrescentados a
mas moléculas com ligações covalentes entre soluções aquosas de nitratos metálicos, de
seus átomos. mesma concentração, conforme indicado na
tabela. O cruzamento de uma linha com uma
coluna representa um experimento. Um re-
tângulo escurecido indica que o experimento
não foi realizado; o sinal (–) indica que não
A B C D
ocorreu reação e o sinal (+) indica que houve
dissolução do metal acrescentado e precipita-
Analise a polaridade dessas moléculas, sa-
ção do metal que estava na forma de nitrato.
bendo que tal propriedade depende da:
Cada um dos metais citados, mergulhado na
ƒ diferença de eletronegatividade entre os
solução aquosa de concentração 0,1 mol/L de
átomos que estão diretamente ligados.
seu nitrato, é um eletrodo, representado por
(Nas moléculas apresentadas, átomos de Me µ Me2+, onde Me indica o metal e Me2+, o
elementos diferentes têm eletronegativi- cátion de seu nitrato. A associação de dois des-
dades diferentes.) ses eletrodos constitui uma pilha. A pilha com
ƒ forma geométrica das moléculas. maior diferença de potencial elétrico e pola-
(Observação: eletronegatividade é a capaci- ridade correta de seus eletrodos, determinada
dade de um átomo para atrair os elétrons da com um voltímetro, é a representada por:
ligação covalente.)
Dentre essas moléculas, pode-se afirmar que Cd Co Pb
são polares apenas: Cd(NO3)2 – –
a) A e B. Co(NO3)2 + –
b) A e C.
Pb(NO3)2 + +
c) A, C e D.
d) B, C e D. – +
a) Cd | Cd2+ || Pb2+ | Pb
e) C e D. – +
b) Pb | Pb2+ || Cd2+ | Cd
– + Obs.:
8. (Fuvest) O cientista e escritor Oliver Sacks, c) Cd | Cd2+ || Co2+ | Co || ponte salina
em seu livro Tio Tungstênio, nos conta a se- – +
+ polo positivo
guinte passagem de sua infância: d) Co | Co2+ || Pb2+ | Pb
– + – polo negativo
“Ler sobre [Humphry] Davy e seus experi-
e) Pb | Pb2+ || Co2+ | Co
mentos estimulou-me a fazer diversos ou-
tros experimentos eletroquímicos... Devolvi
10. (Fuvest) Alguns alimentos são enriquecidos
o brilho às colheres de prata de minha mãe
pela adição de vitaminas, que podem ser so-
colocando-as em um prato de alumínio com
lúveis em gordura ou em água. As vitaminas
uma solução morna de bicarbonato de sódio
solúveis em gordura possuem uma estrutura
[NaHCO3]“. molecular com poucos átomos de oxigênio,
Pode-se compreender o experimento descri- semelhante à de um hidrocarboneto de lon-
to, sabendo-se que: ga cadeia, predominando o caráter apolar. Já
ƒ objetos de prata, quando expostos ao ar, as vitaminas solúveis em água têm estrutura
enegrecem devido à formação de Ag2O e com alta proporção de átomos eletronegati-
Ag2S (compostos iônicos). vos, como o oxigênio e o nitrogênio, que pro-
ƒ as espécies químicas Na+, Aℓ3+ e Ag+ têm, movem forte interação com a água. A seguir
nessa ordem, tendência crescente para estão representadas quatro vitaminas:
receber elétrons.
Assim sendo, a reação de oxirredução, res-
ponsável pela devolução do brilho às colhe-
res, pode ser representada por:
a) 3Ag+ + Aℓ0 o 3Ag0 + Aℓ3+
b) Aℓ3+ + 3Ag0 o Aℓ0 + 3Ag+
c) Ag0 + Na+ o Ag+ + Na0
d) Aℓ0 + 3Na+ o Aℓ3+ + 3Na0
e) 3Na0 + Aℓ3+ o 3Na+ + Aℓ0

177
Dentre elas, é adequado adicionar, respecti- 14. (Fuvest) Deseja-se distinguir, de maneira
vamente, a sucos de frutas puros e a marga- simples, as substâncias de cada um dos pares
rinas, as seguintes: a seguir, utilizando-se os testes sugeridos do
a) I e IV. lado direito da tabela:
b) II e III. Par de substâncias Teste
c) III e IV.
I) nitrato de sódio e
d) III e I. X) dissolução em água
bicarbonato de sódio
e) IV e II.
II) cloreto de Y) pH de suas
sódio e glicose soluções aquosas
11. (Fuvest) Um químico leu a seguinte instru-
III) naftaleno e Z) condutibilidade elétrica
ção num procedimento descrito no seu guia
sacarose de suas soluções aquosas
de laboratório: “dissolva 5,0 g do cloreto em
100 mL de água, à temperatura ambiente...“ As substâncias dos pares I, II e III podem ser
Dentre as substâncias abaixo, qual pode ser distinguidas, utilizando-se, respectivamen-
a mencionada no texto? te, os testes:
a) Cℓ2 a) X, Y e Z.
b) CCℓ4 b) X, Z e y.
c) NaCℓO c) Z, X e y.
d) NH4Cℓ d) Y, X e Z.
e) AgCℓ e) Y, Z e X.

12. (Fuvest) Numa mesma temperatura, foram 15. (Fuvest) Um relógio de parede funciona nor-
medidas as pressões de vapor dos três siste- malmente, por algum tempo, se substituir-
mas a seguir. mos a pilha original por dois terminais me-
tálicos mergulhados em uma solução aquosa
x 100 g de benzeno ácida (suco de laranja), conforme esquema-
5,00 g de naftaleno dissolvidos em 100 g de tizado adiante.
y benzeno
(massa molar do naftaleno = 128 g/mol)
5,00 g de naftaceno dissolvidos em 100 g de
z benzeno
magnésio cobre
(massa molar do naftaceno = 228 g/mol) (-) (+)
Os resultados, para esses três sistemas, fo-
ram: 105,0; 106,4 e 108,2 mmHg, não ne- suco de bolhas de
laranja H2 gasoso
cessariamente nessa ordem. Tais valores são,
respectivamente, as pressões de vapor dos
Durante o funcionamento do relógio:
sistemas:
I. o pH do suco de laranja aumenta.
a) x =105,0; y = 106,4; z = 108,2.
II. a massa do magnésio diminui.
b) y =105,0; x = 106,4; z = 108,2.
III.a massa do cobre permanece constante.
c) y =105,0; z = 106,4; x = 108,2.
Dessas afirmações:
d) x =105,0; z = 106,4; y = 108,2.
a) apenas a I é correta.
e) z =105,0; y = 106,4; x = 108,2.
b) apenas a II é correta.
c) apenas a III é correta.
13. (Fuvest) As espécies Fe2+ e Fe3+, provenientes
d) apenas a II e a III são corretas.
de isótopos distintos do ferro, diferem entre
e) a I, a II e a III são corretas.
si, quanto ao número:
a) atômico e ao número de oxidação. 16. (Fuvest) Têm-se amostra de 3 gases inco-
b) atômico e ao raio iônico. lores X, Y e Z que devem ser H2, He e SO2,
c) de prótons e ao número de elétrons. não necessariamente nesta ordem. Para
d) de elétrons e ao número de nêutrons. identificá-los, determinaram-se algumas de
e) de prótons e ao número de nêutrons. suas propriedades, as quais estão na tabela
a seguir:
Propriedade X Y Z
Solubilidade em água alta baixa baixa
Reação com oxi-
gênio na presença ocorre ocorre não ocorre
de catalisador
Reação com solução
ocorre não ocorre não ocorre
aquosa de uma base

178
Com base nessas propriedades, conclui-se 20. (Fuvest) Soluções aquosas de ácido clorídri-
que X, Y e Z são respectivamente: co, HCℓ(aq), e de ácido acético, H3CCOOH(aq),
a) H2, He e SO2. ambas de concentração 0,10 mol/L, apresen-
b) H2, SO2 e He. tam valores de pH iguais a 1,0 e 2,9, respec-
c) He, SO2 e H2. tivamente.
d) SO2 He e H2. Em experimentos separados, volumes iguais
e) SO2, H2 e He. de cada uma dessas soluções foram titula-
dos com uma solução aquosa de hidróxido de
17. (Fuvest) A criação de camarão em cativeiro sódio, NaOH(aq) de concentração adequada.
exige, entre outros cuidados, que a água a ser Nessas titulações, a solução de NaOH foi adi-
utilizada apresente pH próximo de 6. Para cionada lentamente ao recipiente contendo
tornar a água, com pH igual a 8,0 adequado à a solução ácida, até reação completa. Sejam
criação de camarão, um criador poderia: V1 o volume da solução de NaOH para reação
a) adicionar água de cal. completa com a solução de HCℓ e V2 o volu-
b) adicionar carbonato de sódio sólido. me da solução de NaOH para reação completa
c) adicionar solução aquosa de amônia. com a solução de H3CCOOH. A relação entre
d) borbulhar, por certo tempo, gás carbônico. V1 e V2 é:
e) borbulhar, por certo tempo, oxigênio. a) V1 = 10–3,9 V2.
b) V1 = (1,0/2,9) V2.
18. (Fuvest) Há exatos 100 anos, J.J. Thomson c) V1 = V2.
determinou, pela primeira vez, a relação en- d) V1 = 2,9 V2.
tre a massa e a carga do elétron, o que pode e) V1 = 101,9 V2.
ser considerado como a descoberta do elé-
tron. É reconhecida como uma contribuição
de Thomson ao modelo atômico: GABARITO
a) o átomo ser indivisível.
b) a existência de partículas subatômicas. 1. C 2. D 3. D 4. E 5. B
c) os elétrons ocuparem níveis discretos de
energia. 6. A 7. E 8. A 9. A 10. E
d) os elétrons girarem em órbitas circulares ao 11. D 12. C 13. D 14. E 15. E
redor do núcleo.
e) o átomo possuir um núcleo com carga posi- 16. E 17. D 18. B 19. D 20. C
tiva e uma eletrosfera.

19. (Fuvest) Os pratos A e B de uma balança fo-


ram equilibrados com um pedaço de papel
em cada prato e efetuou-se a combustão
apenas do material contido no prato A. Esse
procedimento foi repetido com palha de aço
em lugar de papel. Após cada combustão ob-
servou-se:
A B

com papel com palha de aço


a) A e B no mesmo nível A e B no mesmo nível
b) A abaixo de B A abaixo de B
c) A acima de B A acima de B
d) A acima de B A abaixo de B
e) A abaixo de B A e B no mesmo nível

179
QUÍMICA 2

Prescrição: São necessários conhecimentos em química orgânica, reações


orgânicas, isomeria e radioatividade.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Fuvest) Quando se efetua a reação de nitração do bromobenzeno, são produzidos três compostos
isoméricos mononitrados:
Br Br Br Br
NO2

NO2
NO2
isômeros orto meta para

Efetuando-se a nitração do para-dibromobenzeno, em reação análoga, o número de compostos


mononitrados sintetizados é igual a:
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.

2. (Fuvest) O cheiro agradável das frutas deve-se, principalmente, à presença de ésteres. Esses éste-
res podem ser sintetizados no laboratório, pela reação entre um álcool e um ácido carboxílico,
gerando essências artificiais, utilizadas em sorvetes e bolos. A seguir estão as fórmulas estrutu-
rais de alguns ésteres e a indicação de suas respectivas fontes.
O CH3 O
CH3 C C
OCH2CH2CHCH3 OCH3
banana kiwi

O O
CH3CH2CH2C CH3 C
OCH3 OCH2(CH2)6CH3
maçã laranja
O
CH3CH2CH2C morango
OCH2(CH2)3CH3

A essência, sintetizada a partir do ácido butanoico e do metanol, terá cheiro de:


a) banana.
b) kiwi.
c) maçã.
d) laranja.
e) morango.

181
3. (Fuvest) Do acarajé para a picape, o óleo de fritura em Ilhéus segue uma rota ecologicamente
correta. [...] o óleo [...] passa pelo processo de transesterificação, quando triglicérides fazem uma
troca com o álcool. O resultado é o éster metílico de ácidos graxos, vulgo biodiesel.
O Estado de S.Paulo, 10 ago. 2002.

O álcool, destacado no texto acima, a fórmula do produto biodiesel (em que R é uma cadeia car-
bônica) e o outro produto da transesterificação, não mencionado no texto, são, respectivamente:
a) metanol, ROC2H5 e etanol.
b) etanol, RCOOC2H5 e metanol.
c) etanol, ROCH3 e metanol.
d) metanol, RCOOCH3 e 1,2,3-propanotriol.
e) etanol, ROC2H5 e 1,2,3-propanotriol.

4. (Fuvest) Constituindo fraldas descartáveis, há um polímero capaz de absorver grande quantidade


de água por um fenômeno de osmose, em que a membrana semipermeável é o próprio polímero.
Dentre as estruturas:

aquela que corresponde ao polímero adequado para essa finalidade é a do:


a) polietileno.
b) poli(acrilato de sódio).
c) poli(metacrilato de metila).
d) poli(cloreto de vinila).
e) politetrafluoroetileno.

5. (Fuvest) O Ministério da Agricultura estabeleceu um novo padrão de qualidade e identidade da


cachaça brasileira, definindo limites para determinadas substâncias formadas na sua fabricação.
Algumas dessas substâncias são ésteres, aldeídos e ácidos carboxílicos voláteis, conforme o cader-
no “Agrícola“ de 8 de junho de 2005, do jornal O Estado de S.Paulo. Nesse processo de fabricação,
pode ter ocorrido a formação de:
I. ácido carboxílico pela oxidação de aldeído.
II. éster pela reação de álcool com ácido carboxílico.
III.aldeído pela oxidação de álcool.
É correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

182
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA 4. Dos polímeros apresentados, o que apresenta
maior polarização é o poli(acrilato de sódio).
Como a água é uma substância polar, esse
1. A nitração do paradibromobenzeno produz polímero é o que atrairá a água com maior
apenas um composto mononitrado, de acor- intensidade, permitindo a sua absorção em
do com a equação química simplificada: grande quantidade.
Br Br Br 5.
NO2 O2N I. Correto, pois a oxidação de aldeídos for-
HNO3 ma ácidos carboxílicos.
OU OU
II. Correto, pois a reação entre um álcool e
um ácido gera um éster e a essa reação é
Br Br Br dada o nome de esterificação.
III. Correto, pois a oxidação de álcoois gera
Br Br aldeídos.

OU GABARITO
NO2 O2N
Br Br 1. A 2. C 3. D 4. B 5. E

As quatro fórmulas são equivalentes.


2.
O
H3C − C − C − C + HO − CH3 o
H2 H2
OH
O
H3C − C − C − C + H2O
H2 H2 O − CH3

3. De acordo com o enunciado da questão, te-


mos a seguinte equação química:
O
H2C − O − C − R
O
HC − O − C − R + 3CH 3OH o
O metanol
H2C − O − C − R

glicerídio
(gordura)

H2C − OH
O
o HC − OH + 3R − C
O − CH3
H2C − OH éster metílico
1, 2, 3 - propanotriol

183
PRÁTICA DOS CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Fuvest) No processo tradicional, o etanol é produzido a partir do caldo da cana-de-açúcar por
fermentação promovida por leveduras naturais, e o bagaço de cana é desprezado. Atualmente, le-
veduras geneticamente modificadas podem ser utilizadas em novos processos de fermentação para
a produção de biocombustíveis. Por exemplo, no processo A, o bagaço de cana, após hidrólise da
celulose e da hemicelulose, também pode ser transformado em etanol. No processo B, o caldo de
cana, rico em sacarose, é transformado em farneseno que, após hidrogenação das ligações duplas,
se transforma no “diesel de cana”. Esses três processos de produção de biocombustíveis podem ser
representados por:

Com base no descrito acima, é correto afirmar:


a) No processo A, a sacarose é transformada em celulose por micro-organismos transgênicos.
b) O processo A, usado em conjunto com o processo tradicional, permite maior produção de etanol por
hectare cultivado.
c) O produto da hidrogenação do farneseno não deveria ser chamado de “diesel”, pois não é um hidro-
carboneto.
d) A combustão do etanol produzido por micro-organismos transgênicos não é poluente, pois não produz
dióxido de carbono.
e) O processo B é vantajoso em relação ao processo A, pois a sacarose é matéria-prima com menor valor
econômico do que o bagaço de cana.

2. (Fuvest) O craqueamento catalítico é um processo utilizado na indústria petroquímica para con-


verter algumas frações do petróleo que são mais pesadas (isto é, constituídas por compostos de
massa molar elevada) em frações mais leves, como a gasolina e o GLP, por exemplo. Nesse processo,
algumas ligações químicas nas moléculas de grande massa molecular são rompidas, sendo geradas
moléculas menores.
A respeito desse processo, foram feitas as seguintes afirmações:
I. O craqueamento é importante economicamente, pois converte frações mais pesadas de petróleo
em compostos de grande demanda.
II. O craqueamento libera grande quantidade de energia, proveniente da ruptura de ligações quí-
micas nas moléculas de grande massa molecular.
III.A presença de catalisador permite que as transformações químicas envolvidas no craqueamento
ocorram mais rapidamente.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
184
3. (Fuvest) As fórmulas estruturais de alguns Se a mesma amostra fosse analisada, nova-
componentes de óleos essenciais, responsá- mente, no dia 6 de maio de 2011, o valor ob-
veis pelo aroma de certas ervas e flores, são: tido para a concentração de iodo-131 seria,
aproximadamente, em Bq/cm3:
Note e adote: meia-vida de um material
radioativo é o intervalo de tempo em que
metade dos núcleos radioativos existentes
em uma amostra desse material decaem. A
meia-vida do iodo-131 é de 8 dias.
a) 100 mil.
b) 50 mil.
c) 25 mil.
Dentre esses compostos, são isômeros: d) 12,5 mil.
a) anetol e linalol. e) 6,2 mil.
b) eugenol e linalol.
c) citronelal e eugenol.
5. (Fuvest) Um sólido branco apresenta as se-
d) linalol e citronelal.
guintes propriedades:
e) eugenol e anetol.
I. É solúvel em água.
II. Sua solução aquosa é condutora de cor-
4. (Fuvest) A seguinte notícia foi veiculada rente elétrica.
por estadao.com.br/internacional, na terça- III.Quando puro, o sólido não conduz corren-
-feira, 5 de abril de 2011: te elétrica.
Tóquio – A empresa Tepco informou, nesta IV. Quando fundido, o líquido puro resultan-
terça-feira, que, na água do mar, nas pro- te não conduz corrente elétrica.
ximidades da usina nuclear de Fukushima, Considerando essas informações, o sólido em
foi detectado nível de iodo radioativo cinco questão pode ser:
milhões de vezes superior ao limite legal, a) sulfato de potássio.
enquanto o césio-137 apresentou índice 1,1 b) hidróxido de bário.
milhão de vezes maior. Uma amostra recolhi- c) platina.
da no início de segunda-feira, em uma área d) ácido cis-butenodioico.
marinha próxima ao reator 2 de Fukushima, e) polietileno.
revelou uma concentração de iodo-131 de
200 mil becquerels por centímetro cúbico.

6. (Fuvest) Em 2009, o mundo enfrentou uma epidemia, causada pelo vírus A(H1N1), que ficou
conhecida como gripe suína. A descoberta do mecanismo de ação desse vírus permitiu o desen-
volvimento de dois medicamentos para combater a infecção, por ele causada, e que continuam
necessários, apesar de já existir e estar sendo aplicada a vacina contra esse vírus. As fórmulas
estruturais dos princípios ativos desses medicamentos são:

Examinando-se as fórmulas desses compostos, verifica-se que dois dos grupos funcionais que estão
presentes no oseltamivir estão presentes também no zanamivir.
Esses grupos são característicos de:
a) amidas e éteres.
b) ésteres e alcoóis.
c) ácidos carboxílicos e éteres.
d) ésteres e ácidos carboxílicos.
e) amidas e alcoóis.

185
7. (Fuvest) O isótopo 14 do carbono emite radiação ©, sendo que 1 g de carbono de um vegetal vivo
apresenta cerca de 900 decaimentos por hora – valor que permanece constante, pois as plantas
absorvem continuamente novos átomos de 14C da atmosfera enquanto estão vivas. Uma ferramenta
de madeira, recolhida num sítio arqueológico, apresentava 225 decaimentos por hora por grama
de carbono. Assim sendo, essa ferramenta deve datar, aproximadamente, de:
Dado: tempo de meia-vida do 14C = 5700 anos.
a) 19100 a.C.
b) 17100 a.C.
c) 9400 a.C.
d) 7400 a.C.
e) 3700 a.C.

8. (Fuvest) Em um experimento, alunos associaram os odores de alguns ésteres a aromas caracterís-


ticos de alimentos, como, por exemplo:

Analisando a fórmula estrutural dos ésteres apresentados, pode-se dizer que, dentre eles, os que
têm cheiro de:
a) maçã e abacaxi são isômeros.
b) banana e pepino são preparados com alcoóis secundários.
c) pepino e maçã são heptanoatos.
d) pepino e pera são ésteres do mesmo ácido carboxílico.
e) pera e banana possuem, cada qual, um carbono assimétrico.

9. (Fuvest) Uma espécie de besouro, cujo nome científico é Anthonomus grandis, destrói plantações
de algodão, do qual se alimenta. Seu organismo transforma alguns componentes do algodão em
uma mistura de quatro compostos, A, B, C e D, cuja função é atrair outros besouros da mesma es-
pécie:

Considere as seguintes afirmações sobre esses compostos:


I. Dois são alcoóis isoméricos e os outros dois são aldeídos isoméricos.
II. A quantidade de água produzida na combustão total de um mol de B é igual àquela produzida
na combustão total de um mol de D.
III.Apenas as moléculas do composto A contêm átomos de carbono assimétricos.
É correto somente o que se afirma em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.

186
10. (Fuvest) O polímero PET pode ser preparado a partir do tereftalato de metila e etanodiol. Esse
polímero pode ser reciclado por meio da reação representada por:
O O
—C C —O — CH 2 — CH 2 — O — + 2n X

n HO — CH 2 — CH 2 — OH + n CH 3O — C C — O CH3
O O
etanodiol tereftalato de
metila,

em que o composto X é:
a) eteno.
b) metanol.
c) etanol.
d) ácido metanoico.
e) ácido tereftálico.

11. (Fuvest) A contaminação por benzeno, clorobenzeno, trimetilbenzeno e outras substâncias utiliza-
das na indústria como solventes pode causar efeitos que vão da enxaqueca à leucemia. Conhecidos
como compostos orgânicos voláteis, eles têm alto potencial nocivo e cancerígeno e, em determina-
dos casos, efeito tóxico cumulativo.
O Estado de S.Paulo, 17 de agosto de 2001.

Pela leitura do texto, é possível afirmar que:


I. certos compostos aromáticos podem provocar leucemia.
II. existe um composto orgânico volátil com nove átomos de carbono.
III.solventes industriais não incluem compostos orgânicos halogenados.
Está correto apenas o que se afirma em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.

12. (Fuvest) O glicerol é um subproduto do biodiesel, preparado pela transesterificação de óleos vege-
tais. Recentemente, foi desenvolvido um processo para aproveitar esse subproduto:

Tal processo pode ser considerado adequado ao desenvolvimento sustentável porque:


I. permite gerar metanol, que pode ser reciclado na produção de biodiesel.
II. pode gerar gasolina a partir de uma fonte renovável, em substituição ao petróleo, não re-
novável.
III.tem impacto social, pois gera gás de síntese, não tóxico, que alimenta fogões domésticos.
É verdadeiro apenas o que se afirma em:
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) I e III.
187
13. (Fuvest) O seguinte fragmento (adapta-
do) do livro Estação Carandiru, de Drauzio
Varella, refere-se à produção clandestina de
bebida no presídio:
O líquido é transferido para uma lata grande
com um furo na parte superior, no qual é
introduzida uma mangueirinha conectada a
uma serpentina de cobre. A lata vai para o
fogareiro até levantar fervura. O vapor sobe
pela mangueira e passa pela serpentina, que
Ezequiel esfria constantemente com uma ca-
neca de água fria. Na saída da serpentina,
emborcada numa garrafa, gota a gota, pinga
a maria-louca (aguardente). Cinco quilos de
milho ou arroz e dez de açúcar permitem a O crescimento das culturas de bacilos mu-
obtenção de nove litros da bebida. tantes é inibido por A ou C, mas não por B.
Assim sendo, dentre as enzimas citadas, a
Na produção da maria-louca, o amido do mi- que está ausente em tais bacilos deve ser a
lho ou do arroz é transformado em glicose. que transforma:
A sacarose do açúcar é transformada em gli- a) ésteres em ácidos carboxílicos.
cose e frutose, que dão origem a dióxido de b) amidas em ácidos carboxílicos.
carbono e etanol. c) ésteres em amidas.
d) amidas em cetonas.
Note e adote: C6H12O6 = glicose ou frutose
e) cetonas em ésteres.
Dentre as equações químicas,

I. 15. (Fuvest) Aldeídos podem reagir com alcoóis,


conforme representado na figura 1. Este tipo
de reação ocorre na formação da glicose cí-
II. clica, representada pela figura 2. Dentre os
seguintes compostos, aquele que, ao reagir
III. como indicado, porém de forma intramole-
cular, conduz à forma cíclica da glicose é:
IV. Figura 1

V.
Figura 2
as que representam as transformações quí-
micas citadas são:
a) I, II e III.
b) II, III e IV.
c) I, III e V.
d) II, III e V.
e) III, IV e V.
a)
14. (Fuvest) A tuberculose voltou a ser um pro-
blema de saúde em todo o mundo, devido ao
aparecimento de bacilos que sofreram muta-
ção genética (mutantes) e que se revelaram b)
resistentes à maioria dos medicamentos uti-
lizados no tratamento da doença. Atualmen-
te, há doentes infectados por bacilos mutan- c)
tes e por bacilos não mutantes.
Algumas substâncias (A, B e C) inibem o
crescimento das culturas de bacilos não mu-
d)
tantes. Tais bacilos possuem uma enzima
que transforma B em A e outra que transfor-
ma C em A. Acredita-se que A seja a substân-
cia responsável pela inibição do crescimento e)
das culturas.

188
16. (Fuvest) O isótopo radioativo Cu-64 sofre 19. (Fuvest) Dois hidrocarbonetos insaturados,
decaimento E, conforme representado: que são isômeros, foram submetidos, separa-
64
damente, à hidrogenação catalítica. Cada um
29Cuo 64 0
30Zn+ 1b deles reagiu com H2 na proporção, em mol,
Observação: 64 de 1:1, obtendo-se em cada caso, um hidro-
29Cu
64 = número de massa ; 29 = número atômico carboneto de fórmula C4H10. Os hidrocarbo-
A partir de amostra de 20,0 mg de Cu-64, netos que foram hidrogenados poderiam ser:
observa-se que, após 39 horas, formaram-se a) 1-butino e 1-buteno.
17,5 mg de Zn-64. Sendo assim, o tempo ne- b) 1,3-butadieno e ciclobutano.
cessário para que metade da massa inicial de c) 2-buteno e 2-metilpropeno.
Cu-64 sofra decaimento © é cerca de: d) 2-butino e 1-buteno.
a) 6 horas. e) 2-buteno e 2-metilpropano.
b) 13 horas.
c) 19 horas. 20. (Fuvest) A ardência provocada pela pimen-
d) 26 horas. ta dedo-de-moça é resultado da interação da
e) 52 horas. substância capsaicina com receptores loca-
lizados na língua, desencadeando impulsos
nervosos que se propagam até o cérebro, o
17. (Fuvest) Um centro de pesquisa nuclear
qual interpreta esses impulsos na forma de
possui um cíclotron que produz radioisóto-
sensação de ardência. Esse tipo de pimenta
pos para exames de tomografia. Um deles, o
tem, entre outros efeitos, o de estimular a
flúor-18 (18F), com meia-vida de aproxima-
sudorese no organismo humano.
damente 1h30min, é separado em doses, de
acordo com o intervalo de tempo entre sua
preparação e o início previsto para o exame.
Se o frasco com a dose adequada para o exame
de um paciente A, a ser realizado 2 horas de-
pois da preparação, contém NA átomos de 18F,
o frasco destinado ao exame de um paciente
B, a ser realizado 5 horas depois da prepara-
ção, deve conter NB átomos de 18F, com: Considere as seguintes afirmações:
(A meia vida de um elemento radioativo é o I. Nas sinapses, a propagação dos impulsos
intervalo de tempo após o qual metade dos nervosos, desencadeados pelo consumo
átomos inicialmente presentes sofreram de- dessa pimenta, se dá pela ação de neuro-
sintegração.) transmissores.
a) NB = 2NA. II. Ao consumir essa pimenta, uma pessoa
b) NB = 3NA. pode sentir mais calor pois, para evapo-
c) NB = 4NA. rar, o suor libera calor para o corpo.
d) NB = 6NA. III.A hidrólise ácida da ligação amídica da
e) NB = 8NA. capsaicina produz um aminoácido que é
transportado até o cérebro, provocando a
18. (Fuvest) Utilizando um pulso de laser*, diri- sensação de ardência.
gido contra um anteparo de ouro, cientistas É correto apenas o que se afirma em:
britânicos conseguiram gerar radiação gama a) I.
suficientemente energética para, atuando b) II.
sobre um certo número de núcleos de iodo- c) I e II.
129, transmutá-los em iodo-128, por libera- d) II e III.
e) I e III.
ção de nêutrons. A partir de 38,7 g de iodo-
129, cada pulso produziu cerca de 3 milhões
de núcleos de iodo-128. Para que todos os
núcleos de iodo-129 dessa amostra pudes- GABARITO
sem ser transmutados, seriam necessários x
pulsos, em que x é: 1. B 2. C 3. D 4. D 5. D
Note e adote:
6. A 7. C 8. D 9. E 10. B
Constante de Avogadro = 6,0 · 1023 mol–1
*laser = fonte de luz intensa. 11. D 12. D 13. C 14. B 15. C
a) 1 · 103.
b) 2 · 104. 16. B 17. C 18. D 19. C 20. A
c) 3 · 1012.
d) 6 · 1016.
e) 9 · 1018.

189
QUÍMICA 3

Prescrição: É necessário ter domínio na área da química geral, principalmente em


estequiometria e físico-química. Serão abordadas questões de equilíbrios iônicos, des-
locamento de equilíbrio, constante de solubilidade, termoquímica, entre outros.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Fuvest) A velocidade com que um gás atravessa uma membrana é inversamente proporcional à
raiz quadrada de sua massa molar. Três bexigas idênticas, feitas com membrana permeável a
gases, expostas ao ar e inicialmente vazias, foram preenchidas, cada uma, com um gás diferente.
Os gases utilizados foram hélio, hidrogênio e metano, não necessariamente nesta ordem. As be-
xigas foram amarradas, com cordões idênticos, a um suporte. Decorrido algum tempo, observou-
-se que as bexigas estavam como na figura.

Note e adote:
Massa molar (g/mol): H = 1,0; He = 4,0; C = 12
Massa molar média do ar = 29 g/mol
Conclui-se que as bexigas A, B e C foram preenchidas, respectivamente, com:
a) hidrogênio, hélio e metano.
b) hélio, metano e hidrogênio.
c) metano, hidrogênio e hélio.
d) hélio, hidrogênio e metano.
e) metano, hélio e hidrogênio.

2. (Fuvest) Um dirigível experimental usa hélio como fluido ascensional e octano (C8H18) como com-
bustível em seu motor, para propulsão. Suponha que, no motor, ocorra a combustão completa do
octano:

25 O o8CO + 9H O
C8H18(g) + ___
2 2(g) 2(g) 2 (g)

Para compensar a perda de massa do dirigível à medida que o combustível é queimado, parte da
água contida nos gases de exaustão do motor é condensada e armazenada como lastro. O restante
do vapor de água e o gás carbônico são liberados para a atmosfera.
Qual é a porcentagem aproximada da massa de vapor de água formado que deve ser retida para que
a massa de combustível queimado seja compensada?
Note e adote: Massa molar (g/mol): H2O = 18; O2 = 32; CO2 = 44; C8H18 = 114.
a) 11%
b) 16%
c) 39%
d) 50%
e) 70%

191
3. (Fuvest) Sabe-se que os metais ferro (Fe0), magnésio (Mg0) e estanho (Sn0) reagem com soluções de
ácidos minerais, liberando gás hidrogênio e formando íons divalentes em solução.
Foram feitos três experimentos em que três amostras metálicas de mesma massa reagiram, se-
parada e completamente, com uma solução aquosa de ácido clorídrico (HCℓ(aq)) de concentração,
0,1 mol/L. Os resultados obtidos foram:
Volume da solução de HCℓ(aq)
Massa da amostra Composição da amostra
Experimento (0,1 mol/L) gasto na
metálica (g) metálica
reação completa
1 5,6 Fe0 puro V1
2 5,6 Fe0 contendo Mg0 como impureza V2
0 0
3 5,6 Fe contendo Sn como impureza V3
Note e adote:
Massa molar (g/mol): Mg = 24; Fe = 56; Sn = 119
Colocando-se os valores de V1, V2 e V3 em ordem decrescente, obtém-se:
a) V2 > V3 > V1.
b) V3 > V1 > V2.
c) V1 > V3 > V2.
d) V2 > V1 > V3.
e) V1 > V2 > V3.

4. (Fuvest) Pode-se calcular a entalpia molar de que temperatura aproximada deve começar a
vaporização do etanol a partir das entalpias cristalizar o K2Cr2O7?
das reações de combustão representadas por: 100

C2H5OH(ℓ) + 3O2(g) o 2CO2(g) + 3H2O(ℓ) DH1


C2H5OH(g) + 3O2(g) o 2CO2(g) + 3H2O(g) DH2 80
S (g K 2Cr2O7 / 100g H 2O)

Para isso, basta que se conheça, também, a 60


entalpia molar de:
a) vaporização da água.
40
b) sublimação do dióxido de carbono.
c) formação da água líquida.
20
d) formação do etanol líquido.
e) formação do dióxido de carbono gasoso.
0
0 20 40 60 80 100
t(ºC)
5. (Fuvest) Preparam-se duas soluções satu-
radas, uma de oxalato de prata (Ag2C2O4) e a) 25 °C.
outra de tiocianato de prata (AgSCN). Esses b) 45 °C.
dois sais têm, aproximadamente, o mesmo c) 60 °C.
produto de solubilidade (da ordem de 10–12). d) 70 °C.
Na primeira, a concentração de íons prata é e) 80 °C.
[Ag+]1 e, na segunda, [Ag+]2; as concentra-
ções de oxalato e tiocianato são, respectiva- RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA
mente, [C2O42–] e [SCN–].
Nesse caso, é correto afirmar que 1. Como a velocidade de difusão gasosa é in-
a) [Ag+]1 = [Ag+]2 e [C2O42–] < [SCN–]. versamente proporcional à raiz quadrada da
b) [Ag+]1 > [Ag+]2 e [C2O42–] > [SCN–]. massa molar do gás, temos VH2 > VHe > VCH4.
Como a membrana da bexiga é permeável, a
c) [Ag+]1 > [Ag+]2 e [C2O42–] = [SCN–]. quantidade de H2 que vai escapar, decorrido
d) [Ag+]1 < [Ag+]2 e [C2O42–] < [SCN–]. um certo tempo, é maior que de He e de CH4.
e) [Ag+]1 = [Ag+]2 e [C2O42–] > [SCN–]. 2.
25
C8H18(g)  O2(g) o 8 CO2(g)  9 H2O(g)
2
6. (Fuvest) O gráfico adiante mostra a solubili- 114 g 9 u 18 g
dade (S) de K2Cr2O7 sólido em água, em fun- 

162
Ng
ção da temperatura (t). Uma mistura cons- massa de
água formada
tituída de 30 g de K2Cr2O7 e 50 g de água, a
Massa a ser retida 114 g
uma temperatura inicial de 90 °C, foi dei-
xada esfriar lentamente e com agitação. A 114 g
0,7037 70,37037 % | 70 %
162 g
192
3. As três amostras metálicas de mesma mas- 2 · 28 · m + 119 · 5,6 – 119 · m
sa reagiram, separada e completamente, ( __________________________________
Sn
119 · 28
V3 = ____________________________________
) Sn

com uma solução aquosa de ácido clorídrico 0,1


(HCℓ(aq)) de concentração 0,1 mol/L. Então:
–63 · m + 666,4
Experimento 1: ( _________________
Sn
3.332 ) –63 · m + 666,4
= __________________ = _________________ Sn
Fe(s) + 2HCℓ(aq) o H2(g) + FeCℓ2(aq) 0,1 333,2
56 g ____ 2 mol V3 = (2 – 63 · mSn) L
5,6 g ____ 0,2 mol Teremos:
[HCℓ] = nHCℓ/V1 V2 > V1 e V3 < V1 ou V1 > V3
0,1 = 0,2/V1 ŸV1 = 2L Conclusão final: V2 > V1 > V3
Experimento 2:
4. Vaporização é a mudança de estado líqui-
mamostra = mFe + mMg Ÿ mFe = (5,6 – mMg) g
do para gasoso; então precisamos conhecer
Mg(s) + 2HCℓ(aq) o H2(g) + MgCℓ2(aq) a equação que transforma C2H5OH(ℓ) para
24 g ____ 2 mol C2H5OH(g).
mMg g _____ n(I)HCℓ O primeiro passo é inverter a equação de bai-
mMg 1 · mMg xo, para o etanol gasoso ficar nos produtos.
n(I)HCℓ = 2 · ____ mol = _______ mol Fazendo isso, pode-se “cortar“ as moléculas
24 12
de O2 e CO2 das duas reações, pois estão em
Fe(s) + 2HCℓ(aq) o H2(g) + FeCℓ2(aq) lados opostos e têm o mesmo estado físico.
56 g ____ 2 mol Portanto:
(5,6 – mMg) g ____ nHCℓ C2H5OH(ℓ) + 3O2(g) o 2CO2(g) + 3H2O(ℓ) (entalpia 1)
2 · (5,6 – mMg) 5,6 – mMg 2CO2(g) + 3H2O(g) o C2H5OH (g) + 3O2(g) (entalpia 2)
n(II)HCℓ = ______________ = _________mol
56 28 5. Cálculo da concentração molar dos íons das
n(I)HCℓ + n(II)HCℓ soluções saturadas:
[HCℓ] = _____________
V2 Ag2C2O4(s) U2Ag+(aq) + C2O42-(aq)
1 · mMg 5,6 – mMg
0,1 =
( _______ + _________
12 28
____________________
) Kps1 = [Ag+]21 · [C2O2-4] = 4x3
4x3 = 10–12 Ÿ x #6,3 · 10–5
V2
Logo:
( 28 · mMg + 12 · 5,6 – 12 · mMg ) [Ag+]1# 1,26 · 10–4 mol/L e [C2O42–] #6,3 · 10–5 mol/L
______________________________
12 · 28
V2 =______________________________ = AgSCN(s) U Ag+(aq) + SNC-(aq)
0,1
Kps2 = [Ag+]2 · [SCN–] = y2
16 · mMg + 67,2
(_______________
336
________________
) 16 · mMg + 67,2
= _______________
y2 = 10–12 Ÿ y = 1,0 · 10–6
Desse modo, [Ag+]2 = 1,0 · 10–6 mol/L e
0,1 33,6
[SCN–] = 1,0 · 10–6 mol/L.
V2 = (2 + 16 · mMg) L Portanto, [Ag+]1 > [Ag+]2 e [C2O42–] > [SCN–].
Conclusão: V2 > V1 6. Cálculo da quantidade de sal dissolvida em
Experimento 3: 100 g de H2O:
mamostra = mFe + mSn Ÿ mFe = (5,6 – mSn) g 30 g K2Cr2O7____________ 50 g de H2O
x g ____________ 100 g de H2O
Sn(s) + 2HCℓ(aq) o H2(g) + SnCℓ2(aq) x = 60 g de K2Cr2O7
24 g ____ 2 mol Observa-se que 60 g de K2Cr2O7 saturam 100 g
mSn g ____ n(III)HCℓ de H2O a 70ºC (solução saturada sem corpo
2 · mSn 2 · mSn de fundo), portanto, a cristalização do sal
n(III)HCℓ = _______ mol = _______ mol começa aproximadamente a 70ºC.
119 119
Fe(s) + 2HCℓ(aq) o H2(g) + FeCℓ2(aq)
56 g ___________________ 2 mol GABARITO
(5,6 – mSn) g ___ nHCℓ
2 · (5,6 – mMg) 5,6 – mSn 1. E 2. E 3. D 4. A 5. B
n(IV)HCℓ = ______________ = _________ mol
56 28 6. D
n(III)HCℓ + n(IV)HCℓ
[HCℓ] = ______________
V3
2·m 5,6 – m
( _______
119
+ _________ )
Sn
28
0,1 = ___________________
Sn

V3
193
PRÁTICA DOS CONHECIMENTOS - E.O.
1. (Fuvest) A tabela abaixo apresenta informações sobre cinco gases contidos em recipientes separa-
dos e selados.

Recipiente Gás Temperatura (K) Pressão (atm) Volume (L)


1 O3 273 1 22,4
2 Ne 273 2 22,4
3 He 273 4 22,4
4 N2 273 1 22,4
5 Ar 273 1 22,4

Qual recipiente contém a mesma quantidade de átomos que um recipiente selado de 22,4 L, con-
tendo H2, mantido a 2 atm e 273 K?

a) 1

b) 2

c) 3

d) 4

e) 5

2. (Fuvest) Uma estudante de Química realizou o seguinte experimento: pesou um tubo de ensaio
vazio, colocou nele um pouco de NaHCO3(s) e pesou novamente. Em seguida, adicionou ao tubo de
ensaio excesso de solução aquosa de HCℓ, o que provocou a reação química representada por:

NaHCO3(s) + HCℓ(aq) o NaCℓ(aq) + CO2(g) + H2O(ℓ)

Após a reação ter-se completado, a estudante aqueceu o sistema cuidadosamente, até que restas-
se apenas um sólido seco no tubo de ensaio. Deixou o sistema resfriar até a temperatura ambien-
te e o pesou novamente. A estudante anotou os resultados desse experimento em seu caderno,
juntamente com dados obtidos consultando um manual de Química:

A estudante desejava determinar a massa de:


I. que não reagiu;
II. que se formou;
III. que se formou.
Considerando as anotações feitas pela estudante,
é possível determinar a massa de:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

3. (Fuvest) Ao abastecer um automóvel com gasolina, é possível sentir o odor do combustível a certa
distância da bomba. Isso significa que, no ar, existem moléculas dos componentes da gasolina, que
são percebidas pelo olfato. Mesmo havendo, no ar, moléculas de combustível e de oxigênio, não há
combustão nesse caso. Três explicações diferentes foram propostas para isso:
I. As moléculas dos componentes da gasolina e as do oxigênio estão em equilíbrio químico e, por
isso, não reagem.
II. À temperatura ambiente, as moléculas dos componentes da gasolina e as do oxigênio não têm
energia suficiente para iniciar a combustão.
III.As moléculas dos componentes da gasolina e as do oxigênio encontram-se tão separadas que
não há colisão entre elas.

194
Dentre as explicações, está correto apenas o Assim sendo, o calor envolvido na reação que
que se propõe em: ocorre no organismo do besouro é:
a) I. a) –558 kJ ∙ mol–1.
b) II. b) –204 kJ ∙ mol–1.
c) III. c) +177 kJ ∙ mol–1.
d) I e II. d) +558 kJ ∙ mol–1.
e) II e III. e) +585 kJ ∙ mol–1.

4. (Fuvest) Amônia e gás carbônico podem 6. (Fuvest) A gruta do Lago Azul (MS), uma
reagir formando ureia e água. O gráfico caverna composta por um lago e várias sa-
abaixo mostra as massas de ureia e de las, em que se encontram espeleotemas de
água que são produzidas em função da origem carbonática (estalactites e estalag-
massa de amônia, considerando as rea- mites), é uma importante atração turística.
ções completas. O número de visitantes, entretanto, é con-
A partir dos dados do gráfico e dispondo- trolado, não ultrapassando 300 por dia. Um
-se de 270 de amônia, a massa aproximada, estudante, ao tentar explicar tal restrição,
em gramas, de gás carbônico minimamente levantou as seguintes hipóteses:
necessária para reação completa com essa I. Os detritos deixados indevidamente pelos
quantidade de amônia é: visitantes se decompõem, liberando me-
tano, que pode oxidar os espeleotemas.
II. O aumento da concentração de gás car-
bônico que é liberado na respiração dos
visitantes, e que interage com a água do
ambiente, pode provocar a dissolução
progressiva dos espeleotemas.
III.A concentração de oxigênio no ar diminui
nos períodos de visita, e essa diminuição
seria compensada pela liberação de O2 pe-
los espeleotemas.
O controle do número de visitantes, do ponto
de vista da Química, é explicado por:
a) I, apenas.
b) II, apenas.
a) 120. c) III, apenas.
b) 270. d) I e III, apenas.
c) 350. e) I, II e III.
d) 630.
e) 700.
7. (Fuvest) Sob condições adequadas, selênio
(Se) e estanho (Sn) podem reagir, como re-
5. (Fuvest) O “besouro-bombardeiro” espan- presentado pela equação
ta seus predadores, expelindo uma solução
quente. Quando ameaçado, em seu organis- 2Se + Sn o SnSe2
mo ocorre a mistura de soluções aquosas de Em um experimento, deseja-se que haja re-
hidroquinona, peróxido de hidrogênio e en- ação completa, isto é, que os dois reagentes
zimas, que promovem uma reação exotérmi- sejam totalmente consumidos. Sabendo-se
ca, representada por: que a massa molar do selênio (Se) é 2/3 da
enzimas massa molar do estanho (Sn), a razão en-
C6H4(OH)2(aq) + H2O2(aq) o C6H4O2(aq) + 2H2O(ℓ) tre a massa de selênio e a massa de estanho
hidroquinona (mSe : mSn), na reação, deve ser de:
O calor envolvido nessa transformação pode a) 2 : 1.
ser calculado, considerando-se os processos: b) 3 : 2.
c) 4 : 3.
C6H4(OH)2(aq) o C6H4O2(aq) + H2(g) d) 2 : 3.
ΔH0 = +177 KJ · mol–1 e) 1 : 2.

H2O(ℓ) +1/2 O2(g) o H2O2(aq)


ΔH0 = +95 KJ · mol–1

H2O(ℓ) o 1/2 O2(g) + H2(g)


ΔH0 = +286 KJ · mol–1

195
8. (Fuvest) A partir de considerações teóricas, 9. (Fuvest) Um botânico observou que uma
foi feita uma estimativa do poder calorífico mesma espécie de planta podia gerar flores
(isto é, da quantidade de calor liberada na azuis ou rosadas. Decidiu então estudar se
combustão completa de 1 kg de combustível) a natureza do solo poderia influenciar a cor
de grande número de hidrocarbonetos. Dessa das flores. Para isso, fez alguns experimen-
maneira, foi obtido o seguinte gráfico de va- tos e anotou as seguintes observações:
lores teóricos: I. Transplantada para um solo cujo pH era
5,6, uma planta com flores rosadas pas-
sou a gerar flores azuis.
II. Ao adicionar um pouco de nitrato de só-
dio ao solo, em que estava a planta com
flores azuis, a cor das flores permaneceu
a mesma.
III.Ao adicionar calcário moído (CaCO3) ao
solo, em que estava a planta com flores
azuis, ela passou a gerar flores rosadas.
Considerando essas observações, o botânico
pôde concluir que:
a) em um solo mais ácido do que aquele de pH
5,6, as flores da planta seriam azuis.
b) a adição de solução diluída de NaCℓ ao solo,
de pH 5,6, faria a planta gerar flores rosadas.
c) a adição de solução diluída de NaHCO3 ao
Note e adote: Massa molar(g/mol): C = 12; solo, em que está a planta com flores rosa-
H = 1. das, faria com que ela gerasse flores azuis.
Com base no gráfico, um hidrocarboneto que d) em um solo de pH 5,0, a planta com flores
libera 10.700 kcal/kg em sua combustão azuis geraria flores rosadas.
completa pode ser representado pela fórmula: e) a adição de solução diluída de Aℓ(NO3)3 ao
a) CH4. solo, em que está uma planta com flores
b) C2H4. azuis, faria com que ela gerasse flores ro-
c) C4H10. sadas.
d) C5H8.
e) C6H6.

10. (Fuvest) Quando certos metais são colocados em contato com soluções ácidas, pode haver formação
de gás hidrogênio. Abaixo, segue uma tabela elaborada por uma estudante de Química, contendo
resultados de experimentos que ela realizou em diferentes condições.

Reagentes
Tempo para libe-
Experimento Solução de HCℓ de Observações
Metal rar 30 mL de H2
concentração 0,2 mol/L
1 200 mL 1,0 g de Zn (raspas) 30 s liberação de H2 e calor
2 200 mL 1,0 g de Cu (fio) não liberou H2 sem alterações
3 200 mL 1,0 g de Zn (pó) 18 s liberação de H2 e calor
liberação de H2 e
1,0 g de Zn (raspas)
4 200 mL 8s calor; massa de Cu
+ 1,0 g de Cu (fio)
não se alterou

Após realizar esses experimentos, a estudante fez três afirmações:


I. A velocidade da reação de Zn com ácido aumenta na presença de Cu.
II. O aumento na concentração inicial do ácido causa o aumento da velocidade de liberação do gás
H2.
III. Os resultados dos experimentos 1 e 3 mostram que, quanto maior o quociente superfície de con-
tato/massa total de amostra de Zn, maior a velocidade de reação.
Com os dados contidos na tabela, a estudante somente poderia concluir o que se afirma em:
a) I.
b) II.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

196
11. (Fuvest) A uma determinada temperatura,
as substâncias HI, H2 e I2 estão no estado ga-
soso. A essa temperatura, o equilíbrio entre
as três substâncias foi estudado, em reci-
pientes fechados, partindo-se de uma mis-
tura equimolar de H2 e I2 (experimento A) ou
somente de HI (experimento B).

Com base nesses resultados experimentais, é


possível afirmar que o valor da relação
massa molar do I2
_________________
massa molar do Sn
é, aproximadamente:
a) 1 : 8.
b) 1 : 4.
c) 1 : 2.
d) 2 : 1.
e) 4 : 1.

13. (Fuvest) Em um funil de separação, encon-


tram-se, em contato, volumes iguais de duas
soluções: uma solução aquosa de I2, de con-
centração 0,1 · 10–3 mol/L, e uma solução de
I2 em CCℓ4, de concentração 1,0 · 10–3 moI/L.

Pela análise dos dois gráficos, pode-se con-


cluir que:
a) no experimento A, ocorre diminuição da
pressão total no interior do recipiente, até
que o equilíbrio seja atingido.
b) no experimento B, as concentrações das
substâncias (HI, H2 e I2) são iguais no ins-
tante t1.
c) no experimento A, a velocidade de formação
de HI aumenta com o tempo.
d) no experimento B, a quantidade de matéria
Considere que o valor da constante Kc do
(em mol) de HI aumenta até que o equilíbrio
equilíbrio I2(aq) U I2(CCℓ4) é igual a 100, à
seja atingido.
temperatura do experimento, para concen-
e) no experimento A, o valor da constante de
trações expressas em mol/L.
equilíbrio (K1) é maior do que 1. Assim sendo, o que é correto afirmar a res-
peito do sistema descrito?
12. (Fuvest) Volumes iguais de uma solução de a) Se o sistema for agitado, o I2 será extraído
I2 (em solvente orgânico apropriado) foram do CCℓ4 pela água, até que a concentração de
colocados em cinco diferentes frascos. Em I2 em CCℓ4 se iguale a zero.
seguida, a cada um dos frascos foi adicio- b) Se o sistema for agitado, o I2 será extraído
nada uma massa diferente de estanho (Sn), da água pelo CCℓ4, até que a concentração de
variando entre 0,2 e 1,0 g. Em cada frasco, I2 em água se iguale a zero.
formou-se uma certa quantidade de SnI4, c) Mesmo se o sistema não for agitado, a con-
que foi, então, purificado e pesado. No grá- centração de I2 no CCℓ4 tenderá a aumentar e
fico abaixo, são apresentados os resultados a de I2, na água, tenderá a diminuir, até que
desse experimento. se atinja um estado de equilíbrio.

197
d) Mesmo se o sistema não for agitado, a con- a) Manter as amostras à mesma temperatura
centração de I2 na água tenderá a aumentar em todos os experimentos.
e a de I2, no CCℓ4, tenderá a diminuir, até b) Manter iguais os tempos necessários para com-
que se atinja um estado de equilíbrio. pletar as transformações.
e) Quer o sistema seja agitado ou não, ele já se c) Usar a mesma massa de catalisador em todos
encontra em equilíbrio e não haverá mudan- os experimentos.
ça nas concentrações de I2 nas duas fases. d) Aumentar a concentração dos reagentes A e B.
e) Diminuir a concentração do reagente B.
14. (Fuvest) Considere 4 frascos, cada um con-
tendo diferentes substâncias, a saber: 16. (Fuvest) O biogás pode substituir a gasolina
ƒ Frasco 1: 100 mL de H2O(ℓ) na geração de energia. Sabe-se que 60% em
ƒ Frasco 2: 100 mL de solução aquosa de volume, do biogás são constituídos de meta-
ácido acético de concentração 0,5 mol/L no, cuja combustão completa libera cerca de
ƒ Frasco 3: 100 mL de solução aquosa de 900 kJ/mol.
KOH de concentração 1,0 mol/L Uma usina produtora gera 2.000 litros de
biogás por dia. Para produzir a mesma quan-
ƒ Frasco 4: 100 mL de solução aquosa de
tidade de energia liberada pela queima de
HNO3 de concentração 1,2 mol/L
todo o metano contido nesse volume de bio-
A cada um desses frascos, adicionaram- gás, será necessária a seguinte quantidade
-se, em experimentos distintos, 100 mL de aproximada (em litros) de gasolina:
uma solução aquosa de HCℓ de concentração Note e adote:
1,0 mol/L. Medindo-se o pH do líquido con- ƒ Volume molar nas condições de produção
tido em cada frasco, antes e depois da adição de biogás: 24 L/mol;
de HCℓ(aq), pôde-se observar aumento do va- ƒ Energia liberada na combustão completa
lor do pH somente: da gasolina: 4,5 · 104 kJ/L.
a) nas soluções dos frascos 1, 2 e 4. a) 0,7.
b) nas soluções dos frascos 1 e 3. b) 1,0.
c) nas soluções dos frascos 2 e 4. c) 1,7.
d) na solução do frasco 3. d) 3,3.
e) na solução do frasco 4. e) 4,5.

15. (Fuvest) Um estudante desejava estudar, 17. (Fuvest) Em três balanças aferidas, A, B e
experimentalmente, o efeito da temperatu- C, foram colocados três béqueres de mesma
ra sobre a velocidade de uma transformação massa, um em cada balança. Nos três béque-
química. Essa transformação pode ser repre- res, foram colocados volumes iguais da mes-
sentada por: ma solução aquosa de ácido sulfúrico. Foram
separadas três amostras, de massas idênticas,
catalisador dos metais magnésio, ouro e zinco, tal que,
A + B o P
havendo reação com o ácido, o metal fosse o
Após uma série de quatro experimentos, o reagente limitante. Em cada um dos béque-
estudante representou os dados obtidos em res, foi colocada uma dessas amostras, fican-
uma tabela: do cada béquer com um metal diferente. De-
pois de algum tempo, não se observando mais
Número do experimento nenhuma transformação nos béqueres, foram
1 2 3 4 feitas as leituras de massa nas balanças, ob-
tendo-se os seguintes resultados finais:
temperatura (°C) 15 20 30 10
ƒ balança A: 327,92 g
massa de catalisa- 1 2 3 4
dor (mg) ƒ balança B: 327,61 g
ƒ balança C: 327,10 g
concentração ini- 0,1 0,1 0,1 0,1
cial de A (mol/L) Note e adote: Massa molar (g/mol):
concentração ini- 0,2 0,2 0,2 0,2
Mg = 24,3; Au = 197,0; Zn = 65,4
cial de B (mol/L) As massas lidas nas balanças permitem con-
cluir que os metais magnésio, ouro e zinco
tempo decorrido até
que a transforma- foram colocados, respectivamente, nos bé-
47 15 4 18 queres das balanças:
ção se completasse
(em segundos) a) A, B e C.
b) A, C e B.
Que modificação deveria ser feita no proce- c) B, A e C.
dimento para obter resultados experimen- d) B, C e A.
tais mais adequados ao objetivo proposto? e) C, A e B.

198
18. (Fuvest) Dispõe-se de 2 litros de uma solu- A constante de equilíbrio, nos estados I e II,
ção aquosa de soda cáustica que apresenta tem, respectivamente, os valores:
pH 9. O volume de água, em litros, que deve a) 0,080 e 0,25.
ser adicionado a esses 2 litros para que a so- b) 4,0 e 4,0.
lução resultante apresente pH 8 é: c) 6,6 e 4,0.
a) 2. d) 4,0 e 12.
b) 6. e) 6,6 e 6,6.
c) 10.
d) 14. 21. (Fuvest) Uma enfermeira precisa preparar
e) 18. 0,50 L de soro que contenha 1,5 · 10–2 mol
de KCℓ e 1,8 · 10–2 mol de NaCℓ, dissolvidos
19. (Fuvest) Considere uma solução aquosa di-
em uma solução aquosa de glicose. Ela tem
luída de ácido acético (HA), que é um ácido
fraco, mantida a 25 °C. A alternativa que à sua disposição soluções aquosas de KCℓ
mostra corretamente a comparação entre as e NaCℓ de concentrações, respectivamente,
concentrações, em mol/L, das espécies quí- 0,15 g/mL e 0,60 · 10–2 g/mL. Para isso, terá
micas presentes na solução é: que utilizar x mL da solução de KCℓ e y mL
da solução de NaCℓ e completar o volume, até
Note e adote (a 25 °C): 0,50 L, com a solução aquosa de glicose. Os
ƒ Constante de ionização do HA: valores de x e y devem ser, respectivamente:
Ka = 1,8 · 10–5
Note e adote: Massa molar (g/mol):
ƒ Produto iônico da água: Kw = 1,0 · 10–14
KCℓ = 75; NaCℓ = 59
ƒ Constantes de equilíbrio com concentra-
a) 2,5 e 0,60 ∙ 102.
ções em mol/L
b) 7,5 e 1,2 ∙ 102.
a) [OH–] < [A–] = [H+] < [HA].
c) 7,5 e 1,8 ∙ 102.
b) [OH–] < [HA] < [A–] < [H+].
d) 15 e 1,2 ∙ 102.
c) [OH–] = [H+] < [HA] < [A–].
e) 15 e 1,8 ∙ 102.
d) [A–] < [OH–] < [H+] < [HA].
e) [A–] < [H+] = [OH–] < [HA].
22. (Fuvest) O vírus da febre aftosa não sobre-
vive em pH<6 ou pH>9, condições essas que
20. (Fuvest) Certas quantidades de água comum
provocam a reação de hidrólise das ligações
(H2O) e de água deuterada (D2O) – água que
peptídicas de sua camada proteica. Para evi-
contém átomos de deutério em lugar de
tar a proliferação dessa febre, pessoas que
átomos de hidrogênio – foram misturadas.
deixam zonas infectadas mergulham, por ins-
Ocorreu a troca de átomos de hidrogênio e
tantes, as solas de seus sapatos em uma so-
de deutério, formando-se moléculas de HDO
lução aquosa de desinfetante, que pode ser o
e estabelecendo-se o equilíbrio (estado I)
carbonato de sódio. Neste caso, considere que
H2O + D2O o 2HDO a velocidade da reação de hidrólise aumenta
As quantidades, em mol, de cada composto com o aumento da concentração de íons hi-
no estado I estão indicadas pelos patamares, droxila (OH–). Em uma zona afetada, foi uti-
à esquerda, no diagrama. lizada uma solução aquosa de carbonato de
Depois de certo tempo, mantendo-se a tem- sódio, mantida à temperatura ambiente, mas
peratura constante, acrescentou-se mais que se mostrou pouco eficiente. Para tornar
água deuterada, de modo que a quantidade este procedimento mais eficaz, bastaria:
de D2O no novo estado de equilíbrio (estado a) utilizar a mesma solução, porém a uma tem-
II), fosse o triplo daquela antes da adição. peratura mais baixa.
As quantidades, em mol, de cada composto b) preparar uma nova solução utilizando água
envolvido no estado II estão indicadas pelos dura (rica em íons Ca2+).
patamares, à direita, no diagrama. c) preparar uma nova solução mais concentrada.
d) adicionar água destilada à mesma solução.
e) utilizar a mesma solução, porém com menor
tempo de contato.

23. (Fuvest) O fitoplâncton consiste em um


conjunto de organismos microscópicos en-
contrados em certos ambientes aquáticos. O
desenvolvimento desses organismos requer
luz e CO2, para o processo de fotossíntese, e
requer também nutrientes contendo os ele-
mentos nitrogênio e fósforo.
Considere a tabela que mostra dados de pH

199
e de concentrações de nitrato e de oxigênio
dissolvidos na água, para amostras coletadas GABARITO
durante o dia, em dois diferentes pontos
(A e B) e em duas épocas do ano (maio e no- 1. C 2. D 3. B 4. C 5. B
vembro), na represa Billings, em São Paulo. 6. B 7. C 8. B 9. A 10. D
Concentração Concentração 11. E 12. D 13. C 14. E 15. C
pH de nitrato de oxigênio
(mg/L) (mg/L) 16. B 17. E 18. E 19. A 20. B
Ponto A
9,8 0,14 6,5 21. C 22. C 23. D 24. C
(novembro)
Ponto B
9,1 0,15 5,8
(novembro)
Ponto A
7,3 7,71 5,6
(maio)
Ponto B
7,4 3,95 5,7
(maio)

Com base nas informações da tabela e em


seus próprios conhecimentos sobre o proces-
so de fotossíntese, um pesquisador registrou
três conclusões:
I. Nessas amostras, existe uma forte corre-
lação entre as concentrações de nitrato e
de oxigênio dissolvidos na água.
II. As amostras de água coletadas em no-
vembro devem ter menos CO2 dissolvido
do que aquelas coletadas em maio.
III.Se as coletas tivessem sido feitas à noite,
o pH das quatro amostras de água seria
mais baixo do que o observado.
É correto o que o pesquisador concluiu em:
a) I, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

24. (Fuvest) A grafite de um lápis tem quinze


centímetros de comprimento e dois milíme-
tros de espessura. Dentre os valores abaixo,
o que mais se aproxima do número de áto-
mos presentes nessa grafite é:
Nota:
I. Assuma que a grafite é um cilindro cir-
cular reto, feito de grafita pura. A espes-
sura da grafite é o diâmetro da base do
cilindro.
II. Adote os valores aproximados de:
ƒ 2,2 g/cm3 para a densidade da grafita;
ƒ 12 g/mol para a massa molar do carbono;
ƒ 6,0 · 1023 mol–1 para a constante de
Avogadro
a) 5 ∙ 1023.
b) 1 ∙ 1023.
c) 5 ∙ 1022.
d) 1 ∙ 1022.
e) 5 ∙ 1021.

200
M T MATEMÁTICA
e suas tecnologias
MATEMÁTICA
Fuvest - Matemática
Trigonometria, 22%
Geometria plana, 17%
Geometria espacial, 17%
Grandezas proporcionais, 10%
Geometria analítica, 10%
Probabilidades, 10%
Funções, 8%
Sistemas lineares, 6%
MATEMÁTICA 1

Prescrição: Serão desenvolvidas as habilidades em: conjuntos numéricos; equações,


inequações e funções de 1° e 2° graus; funções modular, inversa e composta; inequa-
ções e funções exponenciais e logarítmicas; propriedades de logaritmos; sequências,
dentre elas progressões aritmética e geométrica; números complexos; e, por fim,
polinômios.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Fuvest) A trajetória de um projétil, lançado 3. (Fuvest) Dado o polinômio
da beira de um penhasco sobre um terreno p(x) = x2(x – 1)(x2 – 4), o gráfico da função
plano e horizontal, é parte de uma parábola y = p(x – 2) é melhor representado por:
com eixo de simetria vertical, como ilustrado a) b) c)
na figura abaixo. O ponto P sobre o terreno,
pé da perpendicular traçada a partir do ponto
ocupado pelo projétil, percorre 30 m desde o
instante do lançamento até o instante em que
o projétil atinge o solo. A altura máxima do d) e)
projétil, de 200 m acima do terreno, é atingi-
da no instante em que a distância percorrida
por P a partir do instante do lançamento, é
de 10 m. Quantos metros acima do terreno
estava o projétil quando foi lançado?
4. (Fuvest) Use as propriedades do logaritmo
para simplificar a expressão
1
S = ___________ 1
+___________ 1
+ ____________
2 ∙ log22016 5 ∙ log32016 10 ∙ log72016
O valor de S é:
1.
a) __
2
b) 1.
__
3
c) 1.
__
5
d) 1.
__
7
e) 1 .
___
10

5. (Fuvest) Dadas as sequências


2
a) 60 an = n2 + 4n + 4, bn = 2n
b) 90
cn = an+1 – an e
c) 120
bn+1
d) 150 dn = ____
e) 180 bn
definidas para valores inteiros positivos de
2. (Fuvest) Sobre a equação n, considere as seguintes afirmações:
2
(x + 3)2x –9 log |x2 + x – 1| = 0, é correto I. an é uma progressão geométrica;
afirmar que: II. bn é uma progressão geométrica;
a) ela não possui raízes reais. III.cn é uma progressão aritmética;
b) sua única raiz real é –3. IV. dn é uma progressão geométrica.
c) duas de suas raízes reais são 3 e –3. São verdadeiras apenas:
d) suas únicas raízes reais são –3, 0 e 1. a) I, II e III.
e) ela possui cinco raízes reais distintas. b) I, II e IV.
c) I e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
203
1 ,
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA 4. Lembrando que logba = _____
logab
logbac = c · logba e logca · b = logca + logcb,
1. Adotando convenientemente um sistema de com a, b e c reais positivos diferentes de 1,
coordenadas cartesianas, considere a figura. temos:
1 1 1
S  
2 ˜ log2 2016 5 ˜ log3 2016 10 ˜ log7 2016
1
˜ (5 ˜ log2016 2  2 ˜ log2016 3  log2016 7)
10
1
˜ log2016 25 ˜ 32 ˜ 7
10
1
˜ log2016 2016
10
1
.
10

5.
I. Falsa. Tem-se que an + 1 = (n + 2)2. Logo,
Sejam A o ponto de lançamento do projétil e como a razão
a função quadrática f: [–1 0, 20] o R, dada an+1 ________
(n + 3)2 1 2
na forma canônica por f(x) = a · (x – m)2 + k,
____
an =
(n + 2)2 (
= 1 + _____
n+2 )
com a, m, k 7 R e a ≠0. É imediato que m = 0 não é constante, segue que an não é uma
e k = 200. Logo, sabendo que f(20) = 0, vem progressão geométrica.
0 = a ∙ 202 + 200 à a = – __1.
2 II. Falsa. De fato, a razão
Portanto, temos f(x) = 200 – __ x2 e, des- bn+1 _____(n+1)2
____ = 2 n2 = 2n + 2n + 1 – n = 22n + 1
2 2

2 bn 2
se modo, segue que o resultado pedido é
não é constante. Daí, podemos concluir
(–10)2
f(–10) = 200 – ______ = 150 m. que bn não é uma progressão geométrica.
2
2
2. Como 2x – 9 > 0 para todo x real, vem: III. Verdadeira. A diferença entre quaisquer
2
dois termos consecutivos da sequência cn é
(x  3)2x 9 log | x 2  x  1| 0 œ (x  3)log | x 2  x  1| 0 cn+1 – cn = (n + 1)2 + 4(n + 1) + 4 – (n2 + 4n + 4)
x3 0 = n2 + 2n + 1 + 4n + 4 + 4 – n2 – 4n – 4
œ ou
= 2n + 5.
| x 2  x  1| 1
Desse modo, cn é uma progressão aritmé-
x 3
tica de primeiro termo 7 e razão igual a 2.
œ ou
x 2  x  1 1 ou x 2  x  1 1
IV. Verdadeira. De (II), temos dn = 22n + 1, que
x 3 é uma progressão geométrica de primeiro
œ ou termo 8 e razão igual a 4.
(x 1 ou x 2) ou (x 0 ou x 1)

2
Para 2x – 9 nós temos uma assíntota horizontal
2
para 2x – 9 = 0, assim não há valor real
GABARITO
definido de x.
Portanto, a equação dada possui cinco raízes 1. D 2. E 3. A 4. E 5. E
reais distintas.
3. p(x) = x2 (x – 1)(x2 – 4)
p(x) = x2 (x – 1)(x + 2)(x – 2)
p(x – 2) = (x – 2)2(x – 2 – 1)(x – 2 + 2)(x – 2 – 2)
p(x – 2) = x(x – 2)2(x – 3)(x – 4)
Logo, 0, 3 e 4 são raízes simples e 2 é raiz
dupla do polinômio p(x – 2). Portanto, o
gráfico de p(x – 2) é semelhante ao da al-
ternativa [A], já que para todo x < 0, im-
plica p(x – 2) < 0 e para todo x > 4 implica
p(x – 2) > 0.

204
PRÁTICA DOS d) Quaisquer que sejam os números reais a e
b não nulos tais que a < b é verdadeiro que

CONHECIMENTOS - E.O. 1/b < 1/a.


e) Qualquer que seja o número real __
a, com
0 < a < 1, é verdadeiro que a2 < √a .
1. (Fuvest) Sabe-se que existem números reais
A e x0, sendo A > 0 tais que 4. (Fuvest) Um caminhão sobe uma ladeira com
senx + 2cosx = Acos(x – x0) para todo x real. inclinação de 15°. A diferença entre a altura
O valor
__ de A é igual a: final e a altura inicial de um ponto determi-
a) √__
2. nado do caminhão, depois de percorridos 100
b) √__
3. m da ladeira, será de, aproximadamente:
__
c) √5__. T = ________
1 – cosT
d) 2√__
2.
Dados: √ 3 j 1,73; sen2 __
2( ) 2
.
a) 7 m.
e) 2√3 . b) 26 m.
c) 40 m.
2. (Fuvest) O imposto de renda devido por d) 52 m.
uma pessoa física à Receita Federal é função e) 67 m.
da chamada base de cálculo, que se calcu-
la subtraindo o valor das deduções do valor 5. (Fuvest) O número real x, com 0 < x < π, satisfaz
dos rendimentos tributáveis. O gráfico des- a equação log3(1 – cosx) + log3(1 + cosx) = –2.
sa função, representado na figura, é a união Então, cos2x + senx vale:
—— —— —— ——
dos segmentos
_____› de reta OA, AB, BC, CD e da 1.
a) __
semirreta DE . João preparou sua declaração 3
tendo apurado como base de cálculo o valor b) 2.
__
3
de R$ 43.800,00. Pouco antes de enviar a 7.
c) __
declaração, ele encontrou um documento es- 9
quecido numa gaveta que comprovava uma d) 8.
__
9
renda tributável adicional de R$ 1.000,00. 10 .
e) ___
Ao corrigir a declaração, informando essa 9
renda adicional, o valor do imposto devido
será acrescido de: 6. (Fuvest) Sejam f(x) = 2x – 9 e g(x) = x2 + 5x + 3.
A soma dos valores absolutos das raízes da
equação f(g(x)) = g(x) é igual a:
a) 4.
b) 5.
c) 6.
d) 7.
e) 8.

7. (Fuvest) A função f: R o R tem como gráfico


uma parábola e satisfaz f(x + 1) – f(x) = 6x – 2,
para todo número real x. Então, o menor va-
lor de f(x) ocorre quando x é igual a:
a) R$ 100,00. 11 .
a) ___
b) R$ 200,00. 6
c) R$ 225,00. 7.
b) __
6
d) R$ 450,00. 5.
c) __
e) R$ 600,00. 6
d) 0.
3. (Fuvest) As propriedades aritméticas e as 5.
e) – __
6
relativas à noção de ordem desempenham
um importante papel no estudo dos números 8. (Fuvest) O polinômio p(x) = x3 + ax2 + bx,
reais. Nesse contexto, qual das afirmações em que a e b são números reais, tem restos
abaixo é correta? 2 e 4 quando dividido por x – 2 e x – 1, res-
a) Quaisquer que sejam os números
_____reais__positi-
__ pectivamente. Assim, o valor de a é:
vos a e b, é verdadeiro que √ a + b = √ a + √ b . a) –6.
b) Quaisquer que sejam os números reais a e b b) –7.
tais que a2 – b2 = 0 é verdadeiro que a = b. c) –8.
c) Qualquer que__ seja o número real a, é verda- d) –9.
deiro que √ a2 = a. e) –10.

205
9. (Fuvest) A soma dos valores de m, Suponha também que:
para os quais x = 1 é raiz da equação I. a altura mínima do fio ao solo seja igual a 2;
x2 + (1 + 5m – 3m2)x + (m2 + 1) = 0, é igual a: II. a altura do fio sobre um ponto no solo
a) 5/2. d de uma das colunas seja igual
que dista __
b) 3/2. 4
h.
a __
c) 0. 2
d) –3/2.
e) –5/2. Se h = 3 __
8( )
d , então d vale:

10. (Fuvest) Por recomendação médica, uma pes-


soa deve fazer, durante um curto período,
dieta alimentar que lhe garanta um mínimo
diário de 7 miligramas de vitamina A e 60
microgramas de vitamina D, alimentando-se
exclusivamente de um iogurte especial e de
uma mistura de cereais, acomodada em paco-
tes. Cada litro do iogurte fornece 1 miligrama a) 14.
de vitamina A e 20 microgramas de vitamina b) 16.
D. Cada pacote de cereais fornece 3 miligra- c) 18.
mas de vitamina A e 15 microgramas de vi- d) 20.
tamina D. Consumindo x litros de iogurte e y e) 22.
pacotes de cereais diariamente, a pessoa terá
certeza de estar cumprindo a dieta se: 14. (Fuvest) O menor número inteiro positi-
a) x + 3y ≥ 7 e 20x + 15y ≥ 60. vo que devemos adicionar a 987 para que a
b) x + 3y ≤ 7 e 20x + 15y ≤ 60. soma seja o quadrado de um número inteiro
c) x + 20y ≥ 7 e 3x + 15y ≥ 60. positivo é:
d) x + 20y ≤ 7 e 3x + 15y ≤ 60. a) 37.
e) x + 15y ≥ 7 e 3x + 20y ≥ 60. b) 36.
c) 35.
11. (Fuvest) Os estudantes de uma classe orga- d) 34.
nizaram sua festa de final de ano, devendo e) 33.
cada um contribuir com R$ 135,00 para as
15. (Fuvest) Um estacionamento cobra R$ 6,00
despesas. Como 7 alunos deixaram a escola
pela primeira hora de uso, R$ 3,00 por
antes da arrecadação e as despesas perma-
neceram as mesmas, cada um dos estudan- hora adicional e tem uma despesa diária de
tes restantes teria de pagar R$ 27,00 a mais. R$ 320,00. Considere-se um dia em que se-
No entanto, o diretor, para ajudar, colaborou jam cobradas, no total, 80 horas de estacio-
com R$ 630,00. Quanto pagou cada aluno namento. O número mínimo de usuários ne-
participante da festa? cessário para que o estacionamento obtenha
a) R$ 136,00 lucro nesse dia é:
b) R$ 138,00 a) 25.
c) R$ 140,00 b) 26.
d) R$ 142,00 c) 27.
e) R$ 144,00 d) 28.
e) 29.
12. (Fuvest) A soma e o produto das 16. (Fuvest) Seja f a função que associa, a cada
raízes da equação de segundo grau número real x, o menor dos números x + 3 e
(4m + 3n)x2 – 5nx + (m – 2) = 0 valem,
–x + 5. Assim, o valor máximo de f(x) é:
respectivamente, 5/8 e 3/32. Então m + n
a) 1.
é igual a:
b) 2.
a) 9.
c) 4.
b) 8.
d) 6.
c) 7.
e) 7.
d) 6.
e) 5. 17. (Fuvest) As soluções da equação
x – a _____
_____ 2(a4 + 1)
x + a _________
13. (Fuvest) Suponha que um fio suspenso entre x + a + x – a = a2(x2 – a2), onde a ≠ 0, são:
duas colunas de mesma altura h, situadas à a e __
a.
a) – __
distância d (ver figura), assuma a forma de 2 4
uma parábola. a e __
b) – __ a.
4 4

206
1 a e __
1 a. 1 ou x ≥ 10
c) – __
2 2 {
d) x 7 R; x d __
3 }
d) – __ 1 a.
1 e __ 10
1 < x < ___
a 2
1 1.
{
e) x 7 R; __
9 3 }
e) – a e __
__
a
22. (Fuvest) Sabe-se sobre a progressão __geomé-
——
18. (Fuvest) No segmento AC, toma-se um ponto trica a1, a2, a3,... que a1 > 0 e a6 = –9√ 3 . Além
BC . Então, o valor
AB = 2 ___ disso, a progressão geométrica a1, a5, a9,...
B de forma que ___
AC AB tem razão igual a 9.
BC é:
de ___
AB Nessas condições, o produto a2a7 vale:
__
1. a) –27√ 3 .
a) __ __
2__ b) –3√ 3 .
__

b) 3 – 1.
______ c) –√ 3 .
__
__2 d) 3√ 3 .
c) √5 – 1. __
__ e) 27√ 3 .
√5 – 1
______
d) .
__2
√5 – 1 23. (Fuvest) Uma substância radioativa sofre
e) ______ .
3 desintegração ao longo do tempo, de acordo
com a relação m(t) = ca–kt, em que a é um
19. (Fuvest) Os pontos (0, 0) e (2, 1) estão no
número real positivo, t é dado em anos, m(t)
gráfico de uma função quadrática f. O mí-
é a massa da substância em gramas e c e k
nimo de f é assumido no ponto de abscissa
1 . Logo, o valor de f(1) é: são constantes positivas. Sabe-se que m0 gra-
x = –__
4 mas dessa substância foram reduzidos a 20%
1
a) ___. em 10 anos. A que porcentagem de m0 ficará
10 reduzida a massa da substância, em 20 anos?
2.
b) ___ a) 10%
10
3. b) 5%
c) ___ c) 4%
10
4.
d) ___ d) 3%
10 e) 2%
5.
e) ___
10
24. (Fuvest) Seja f(x) = a + 2bx + c, em que a, b
20. (Fuvest) Tendo em vista as aproximações e c são números reais. A imagem de f é a
log102 ≈ 0,30, log103 ≈ 0,48, então o maior semirreta ]–1, Ü[ e o gráfico de f intercep-
número inteiro n, satisfazendo 10n ≤12418, é ta os eixos coordenados nos pontos (1, 0) e
igual a: (0, –3/4). Então, o produto abc vale:
a) 424. a) 4
b) 437. b) 2
c) 443. c) 0
d) 451. d) –2
e) 460. e) –4
21. (Fuvest) Seja f uma função a valo-
res reais, com domínio D y R, tal que 25. (Fuvest) Seja x > 0 tal que a sequência
f(x) = log10(log1/3(x2 – x + 1)), para todo x 7D. a1 = log2x, a2 = log4(4x), a3 = log8(8x) forme,
nessa ordem, uma progressão aritmética.
Então, a1 + a2 + a3 é igual a:
13.
a) ___
2
b) 15
___.
2
17 .
c) ___
2
19 .
d) ___
2
O conjunto que pode ser o domínio D é: 21
e) ___.
2
a) {x 7 R; 0 < x < 1}
b) {x 7 R; x d 0 ou x ≥ 1}
1 < x < 10
{
c) x 7 R; __
3 }
207
26. (Fuvest) Os números ™1, ™2, ™3 formam uma
progressão aritmética de razão r, de tal modo
que ™1 + 3, ™2 – 3, ™3 – 3 estejam em progres-
são geométrica. Dado ainda que ™1 > 0 e ™2 = 2,
conclui-se que r é igual a:
__
a) 3 + √3__.
√3
b) 3 + ___ .
2__
√3
c) 3 + ___ .
4__
√3
d) 3 – ___ .
2
__
e) 3 – √3 .

GABARITO
1. C 2. C 3. E 4. B 5. E
6. D 7. C 8. A 9. A 10. A
11. E 12. A 13. B 14. A 15. C
16. C 17. E 18. B 19. C 20. D
21. A 22. A 23. C 24. A 25. B
26. E

208
MATEMÁTICA 2

Prescrição: Serão desenvolvidas as habilidades em: potenciação e radiciação; trigo-


nometria; juros simples e compostos; matrizes; probabilidades; análise combinatória;
determinantes; e sistemas lineares.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Fuvest) Uma das primeiras estimativas do 3. (Fuvest) No triângulo retângulo ABC, ilus-
raio da Terra é atribuída a Eratóstenes, es- trado na figura, a hipotenusa AC mede
tudioso grego que viveu, aproximadamente, 12 cm e o cateto BC mede 6 cm.
entre 275 a.C. e 195 a.C. Sabendo que em
Assuã, cidade localizada no sul do Egito, ao
meio dia do solstício de verão, um bastão
vertical não apresentava sombra, Eratóste-
nes decidiu investigar o que ocorreria, nas
mesmas condições, em Alexandria, cidade no
norte do Egito. O estudioso observou que, em
Alexandria, ao meio dia do solstício de ve-
rão, um bastão vertical apresentava sombra
e determinou o ângulo £ entre as direções
do bastão e de incidência dos raios de sol. O
valor do raio da Terra, obtido a partir de £ e
da distância entre Alexandria e Assuã foi de, Se M é o ponto médio de BC, então a tangen-
aproximadamente, 7500 km. te do ângulo MÂC é igual a:
__
√2
a) ___ .
7__
√3
b) ___ .
7
2.
c) __
7 __
2√ 2 .
d) ____
7__
2 √3
____
e) .
7
4. (Fuvest) Uma dieta de emagrecimento atribui
O mês em que foram realizadas as observa- a cada alimento um certo número de pontos,
ções e o valor aproximado de £ são: que equivale ao valor calórico do alimento ao
Note e adote: distância estimada por Eratóste- ser ingerido. Assim, por exemplo, as combi-
nes entre Assuã e Alexandria ≈ 900 km; π = 3. nações abaixo somam, cada uma, 85 pontos:
a) junho; 7°. ƒ 4 colheres de arroz + 2 colheres de azeite
b) dezembro; 7°. + 1 fatia de queijo branco.
c) junho; 23°. ƒ 1 colher de arroz + 1 bife + 2 fatias de
d) dezembro; 23°. queijo branco.
e) junho; 0,3°. ƒ 4 colheres de arroz + 1 colher de azeite +
2 fatias de queijo branco.
2. (Fuvest) Se ™ está no intervalo [0,π/2] e
1, então o valor da ƒ 4 colheres de arroz + 1 bife.
satisfaz sen4™ – cos4™ = __
4 Note e adote: 1 colher 1 colher
tangente de ™ é: de arroz de azeite
1 bife
__
a) √__53 .
__
Massa de alimento (g)
% de umidade + macro-
20 5 100

5.
b) √__ nutriente minoritário 75 0 60
3__ + micronutrientes
3.
c) √__ % de macronutrien-
7__ te majoritário
25 100 40
7.
d) √__
3 São macronutrientes as proteínas, os
__
carboidratos e os lipídeos.
e) √ 5 .
__
7
209
Com base nas informações fornecidas, e na 49
a) ____
144
composição nutricional dos alimentos, con-
14
b) ___
sidere as seguintes afirmações: 33
I. A pontuação de um bife de 100 g é 45. 7
c) ___
II. O macronutriente presente em maior 22
quantidade no arroz é o carboidrato. 5
d) ___
22
III.Para uma mesma massa de lipídeo de
15
e) ____
origem vegetal e de carboidrato, a ra- 144
número de pontos do lipídeo
zão ______________________________ é
número de pontos do carboidrato 7. (Fuvest) Maria deve criar uma senha de 4 dí-
1,5. gitos para sua conta bancária. Nessa senha, so-
É correto o que se afirma em: mente os algarismos 1, 2, 3, 4 e 5 podem ser
a) I, apenas. usados e um mesmo algarismo pode aparecer
b) II, apenas. mais de uma vez. Contudo, supersticiosa, Ma-
c) I e II, apenas. ria não quer que sua senha contenha o número
d) II e III, apenas. 13, isto é, o algarismo 1 seguido imediatamen-
e) I, II e III. te pelo algarismo 3. De quantas maneiras dis-
tintas Maria pode escolher sua senha?
5. (Fuvest) De 1869 até hoje, ocorreram as se- a) 551
guintes mudanças de moeda no Brasil: (1) b) 552
em 1942, foi criado o cruzeiro, cada cruzei- c) 553
ro valendo mil réis; (2) em 1967, foi criado d) 554
o cruzeiro novo, cada cruzeiro novo valen- e) 555
do mil cruzeiros; em 1970, o cruzeiro novo
voltou a se chamar apenas cruzeiro; (3) em 8. (Fuvest) Em um experimento probabilístico,
1986, foi criado o cruzado, cada cruzado va- Joana retirará aleatoriamente duas bolas de
lendo mil cruzeiros; (4) em 1989, foi criado uma caixa contendo bolas azuis e bolas ver-
o cruzado novo, cada um valendo mil cruza- melhas. Ao montar-se o experimento, colo-
dos; em 1990, o cruzado novo passou a se cam-se seis bolas azuis na caixa.
chamar novamente cruzeiro; (5) em 1993, Quantas bolas vermelhas devem ser acres-
foi criado o cruzeiro real, cada um valendo centadas para que a probabilidade de Joana
mil cruzeiros; (6) em 1994, foi criado o real, obter duas azuis seja 1/3?
a) 2
cada um valendo 2.750 cruzeiros reais.
b) 4
Quando morreu, em 1869, Brás Cubas pos-
c) 6
suía 300 contos.
d) 8
Se esse valor tivesse ficado até hoje em uma
e) 10
conta bancária, sem receber juros e sem pa-
gar taxas, e se, a cada mudança de moeda, o
depósito tivesse sido normalmente conver- 9. (Fuvest) Em uma classe com 14 alunos, 8 são
mulheres e 6 são homens. A média das notas
tido para a nova moeda, o saldo hipotético
das mulheres no final do semestre ficou 1
dessa conta seria, aproximadamente, de um
ponto acima da média da classe. A soma das
décimo de:
notas dos homens foi metade da soma das
Dados: Um conto equivalia a um milhão de
notas das mulheres. Então, a média das no-
réis.
tas dos homens ficou mais próxima de:
1 bilhão = 109 e 1 trilhão = 1012.
a) 4,3.
a) real.
b) 4,5.
b) milésimo de real.
c) 4,7.
c) milionésimo de real. d) 4,9.
d) bilionésimo de real. e) 5,1.
e) trilionésimo de real.

6. (Fuvest) Francisco deve elaborar uma pesqui-


sa sobre dois artrópodes distintos. Eles serão
selecionados, ao acaso, da seguinte relação:
aranha, besouro, barata, lagosta, camarão,
formiga, ácaro, caranguejo, abelha, carrapato,
escorpião e gafanhoto. Qual é a probabilidade
de que ambos os artrópodes escolhidos para a
pesquisa de Francisco não sejam insetos?

210
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA Tem-se que:
­ 2z
­ x  w  2z 4x  w °x
1. Considere a figura. ® œ ® 3 .
¯4x  2y  z 4x  y  2z °¯ y z

Em consequência, como 4x + 2y + z = 85,


2z + 2z + z = 85 œ z = 15.
temos 4 ∙ ___
3
Logo, vem x = 10 e y = 15.
Além disso, como 4x + w = 85, encontramos
de imediato w = 45.
I. Verdadeira. De fato, pois w = 45.
II. Verdadeira. O carboidrato é o macronu-
triente presente em maior quantidade no
arroz.
Como os raios solares são paralelos, segue que III.Verdadeira. Com efeito, pois uma colher
AÔB = £ e, portanto, £ = AB/OA = 900/7500 = de azeite representa 15 pontos para uma
0,12 rad j(0,12 ∙ 180°)/3 = 7,2°. massa de 5 g, e uma colher de arroz re-
Além disso, como Assuã e Alexandria estão presenta 10 pontos para 0,25 ∙ 20 g = 5 g.
situadas no hemisfério Norte, e o solstício Portanto, a razão entre os pontos é
de verão ocorre no mês de junho nesse he- 15 = 1,5.
___
10
misfério, segue que as observações foram
5. Tem-se que:
realizadas em junho.
1 real = 2,75 ∙ 103 ∙ 103∙ 103 ∙ 103 ∙ 103 ∙ 103
2. sen4™– cos4™ = __ 1 = 2,75 ∙ 1018 réis
4 Portanto, como 300 contos = 300 ∙ 106 = 3.
(sen2™ + cos2™) ∙ (sen2™– cos2™) = __ 1
4 108 réis segue que o saldo hipotético dessa
Como sen2™ + cos2™ = 1 3 . 108 1 ∙ ___
1 , ou
conta hoje seria __________ j ___
Logo: 2,75 ∙ 1018 10 109
1 seja, aproximadamente um décimo de bilio-
1 ∙(sen2™–cos2™) = __
4 nésimo de real.
sen ™ – 1 + sen ™ =
2 2 1
__
4 6. Escolhendo dois animais aleatoriamente, te-
2sen ™ =
2 5
__ o sen ™ = 5/8
2 mos o espaço amostral do experimento:
4 12! = 66
3
cos2™ = __ C12,2 = _____
8 2!10!
Portanto: Escolhendo artrópode que não seja inseto,
5
__ __ temos:
sen2D 8 = __
5 Æ tan™ = __ 5
tan2™ = ______
cos2D __
=__
3 3 √ 3
7! = 21
C7,2 = ____
2!5!
8
3. Aplicando o teorema de Pitágoras no triângu- Portanto, a probabilidade pedida será:
——2 ——2 ——2 —— 7 = 21.
lo ABC, vem____AC – AB + BC à AB2 = 122 – 62 21 = __
P = ___
—— 66 2
Æ AC = √ 108 __ .
——
à AB – 6√3 cm 7. Todas as senhas possíveis 5 ∙ 5 ∙ 5 ∙ 5 = 625.
Do triângulo ABM, encontramos __ Senhas com o 1 seguido pelo 3 = 74.
——
BM œ tgBÂM = _____ √3
3__ = ___ Senhas possíveis = 625 – 74 = 551.
tgBÂM = ___—— .
AB 6√ 3 6
É fácil ver que tgBÂC = 2 ∙ tgBÂM. Logo, ob-
temos tgMÂC = tg(BÂC – BÂM)
2 ∙ tgBÂM – tgBÂM tgBÂM
= _____________________ = ______________
1 + 2 ∙ tgBÂM ∙ tgBÂM 1 + 2 ∙ tg2BÂM
__
√3
___ __ __
√ 3 √
= 6
___________
__ = ___ . = 3.
6
__ ___
6 7 7
1+2∙ ( )
√3 2
___
6
8. Seja n o número de bolas vermelhas que de-
4. Sejam x, y, z e w, respectivamente, o núme-
verão ser colocadas na caixa. Desse modo,
ro de pontos correspondentes a uma colher
de arroz, uma colher de azeite, uma fatia de como o número de casos favoráveis é 6 e o ( )
2
queijo branco e um bife. n + 6
número de casos possíveis é
2( )
, temos

211
§6· 6!
¨ ¸
1 ©2¹ œ 1 2! ˜ 4!
3 §n  6· 3 (n  6)!
¨ ¸ 2! ˜ (n  4)!
© 2 ¹
œ n2  11n  60 0
Ÿ n 4.

9. Sejam Sh e Sm, respectivamente, a soma das


notas dos homens e a soma das notas das
mulheres. Sabendo que Sm = 2 ∙ Sh, temos:
Sm _______
___ S + Sm S 3.S
= h + 1 œ __h = ______h +1 œ Sh = 28.
8 14 4 14
S 28
Portanto, segue que a resposta é __h = ___ j 4,7.
6 6

GABARITO
1. A 2. B 3. B 4. E 5. D

6. C 7. A 8. B 9. C

212
__
3√ 5 .
PRÁTICA DOS a) ____
40__
√5
7
____
CONHECIMENTOS - E.O. b)
40__
9√ 5 .
.

c) ____
40 __
1. (Fuvest) O triângulo AOB é isósceles, com
—— —— 11 √5
_____
OA = OB, e ABCD é um quadrado. Sendo £ a d)
40__
.
medida do ângulo AÔB, pode-se garantir que 13√ 5 .
a área do quadrado é maior do que a área do e) _____
40
triângulo se:
Dados os valores aproximados: 5. (Fuvest) Sabe-se que x = 1 é raiz da equação
3 sen© = 0,
tg14° j 0,2493, tg15° j 0,2679 (cos2™) x2 – (4cos™ sen©) x + __
2 ( )
tg20° j 0,3640, tg28° j 0,5317 sendo ™ e © os ângulos agudos indicados no
a) 14° < £ < 28°. triângulo retângulo da figura a seguir.
b) 15° < £ < 60°.
c) 20° < £ < 90°.
d) 25° < £ < 120°.
e) 30° < £ < 150°.

2. (Fuvest) Sejam ™ e © números reais com


–π2 < ™ < π2 e 0 < © < π. Se o sistema de
equações, dado em notação matricial, Pode-se então afirmar que as medidas de ™ e
© são, respectivamente:
3 6 tga =
[ ][
6 8 cosb ] [ –2√3 ]
0 __ , for satisfeito, então
S e ___
a) __ 3S.
™ + © é igual a: 8 8
S e __
b) __ S.
a) –π/3. 6 3
b) –π/6. c) __ S.
S e __
c) 0. 4 4
S e __
d) __ S.
d) π/6. 3 6
e) π/3. 3Se __
e) ___ S.
8 8

{ }
3. (Fuvest) Sejam x e y números reais posi- ax - y = 1
tivos tais que x + y = π/2. Sabendo-se que 6. (Fuvest) No sistema linear y + z = 1 , nas
x+z=m
sen(y – x) = 1/3, o valor de tg2y – tg2x é variáveis x, y e z, a e m são constantes reais.
igual a: É correto afirmar:
3.
a) __ a) No caso em que a = 1, o sistema tem solução
2 se, e somente se, m = 2.
5.
b) __ b) O sistema tem solução, quaisquer que sejam
4 os valores de a e de m.
1.
c) __
2 c) No caso em que m = 2 o sistema tem solução
1. se, e somente se, a = 1.
d) __
4 d) O sistema só tem solução se a = m = 1.
1.
e) __ e) O sistema não tem solução, quaisquer que
8 sejam os valores de a e de m.

4. (Fuvest) A figura representa um quadra-


—— —— 7. (Fuvest) Quando se divide o produto interno
do ABCD__ de lado 1 ponto F está em BC, BF
bruto (PIB) de um país pela sua população,
√5 —— ——
mede ___ , o ponto E está em CD e AF é bisse- obtém-se a renda per capita desse país. Su-
4
ponha que a população de um país cresça à
triz do ângulo BÂE. Nessas condições, o seg-
—— taxa constante de 2% ao ano. Para que sua
mento DE mede:
renda per capita dobre em 20 anos, o PIB
deve crescer anualmente à taxa constante
de, aproximadamente:
__
20
Dado: √ 2 j 1,035
a) 4,2%.
b) 5,2%.
c) 6,4%.
d) 7,5%.
e) 8,9%.

213
8. (Fuvest) Considere a matriz A = [ a –a 1 2aa ++11] aproximado da razão entre as distâncias da
Terra à Lua, dL e da Terra ao Sol, dS.
em que a é um número real. Sabendo que
A admite inversa A–1 cuja primeira coluna é

[ ]
2a – 1 , a soma dos elementos da diagonal
–1
principal de A–1 é igual a:
a) 5.
b) 6.
c) 7.
d) 8.
e) 9. É possível estimar a medida do ângulo ™ re-
lativo ao vértice da Terra, nessas duas fases,
a partir da observação de que o tempo t1, de-
9. (Fuvest) Em uma festa com n pessoas, em
corrido de uma lua quarto crescente a uma
um dado instante, 31 mulheres se retiraram
lua quarto minguante, é um pouco maior do
e restaram convidados na razão de 2 homens que o tempo t2, decorrido de uma lua quarto
para cada mulher. Um pouco mais tarde, 55 minguante a uma lua quarto crescente. Su-
homens se retiraram e restaram, a seguir, pondo que a Lua descreva em torno da Terra
convidados na razão de 3 mulheres para cada um movimento circular uniforme, tomando t1
homem. O número n de pessoas presentes = 14,9 dias e t2 = 14,8 dias, conclui-se que a
inicialmente na festa era igual a: razão dL/dS seria aproximadamente dada por:
a) 100.
a) cos77,7°.
b) 105.
b) cos80,7°.
c) 115.
c) cos83,7°.
d) 130.
d) cos86,7°.
e) 135. e) cos89,7°.

10. (Fuvest) Uma geladeira é vendida em n par- 13. (Fuvest) De um baralho de 28 cartas, sete de
celas iguais, sem juros. Caso se queira ad- cada naipe, Luís recebe cinco cartas: duas de
quirir o produto, pagando-se 3 ou 5 parcelas ouros, uma de espadas, uma de copas e uma
a menos, ainda sem juros, o valor de cada de paus. Ele mantém consigo as duas cartas de
parcela deve ser acrescido de R$ 60,00 ou de ouros e troca as demais por três cartas escolhi-
R$ 125,00, respectivamente. Com base nes- das ao acaso dentre as 23 cartas que tinham
sas informações, conclui-se que o valor de n ficado no baralho. A probabilidade de, ao final,
é igual a: Luís conseguir cinco cartas de ouros é:
a) 13. 1 .
a) ____
b) 14. 130
c) 15. 1 .
b) ____
d) 16. 420
e) 17. 10
c) _____
1771
25 .
d) _____
11. (Fuvest) Um veículo viaja entre dois povoa- 7117
dos da serra da Mantiqueira, percorrendo a 52 .
e) _____
primeira terça parte do trajeto à velocidade 8117
média de 60 km/h, a terça parte seguinte a
40 km/h e o restante do percurso a 20 km/h. 14. (Fuvest) Examine o gráfico.
O valor que melhor aproxima a velocidade
média do veículo nessa viagem, em km/h, é:
a) 32,5.
b) 35.
c) 37,5.
d) 40.
e) 42,5.

12. (Fuvest) Quando a Lua está em quarto cres-


cente ou quarto minguante, o triângulo
formado pela Terra, pelo Sol e pela Lua é
retângulo, com a Lua no vértice do ângulo
reto. O astrônomo grego Aristarco, do século
III a.C., usou este fato para obter um valor

214
Com base nos dados do gráfico, pode-se afir- ao ano. Apesar do rendimento mais baixo, a
mar corretamente que a idade: caderneta de poupança oferece algumas van-
a) mediana das mães das crianças nascidas em tagens e ele precisa decidir como irá dividir
2009 foi maior que 27 anos. o seu dinheiro entre as duas aplicações. Para
b) mediana das mães das crianças nascidas em garantir, após um ano, um rendimento to-
2009 foi menor que 23 anos. tal de pelo menos R$ 72.000,00, a parte da
c) mediana das mães das crianças nascidas em quantia a ser aplicada na poupança deve ser
1999 foi maior que 25 anos. de, no máximo:
d) média das mães das crianças nascidas em a) R$ 200.000,00.
2004 foi maior que 22 anos. b) R$ 175.000,00.
e) média das mães das crianças nascidas em c) R$ 150.000,00.
1999 foi menor que 21 anos. d) R$ 125.000,00.
e) R$ 100.000,00.
15. (Fuvest) Na cidade de São Paulo, as tari-
fas de transporte urbano podem ser pagas 18. (Fuvest) Cada uma das cinco listas dadas é a
usando o bilhete único. A tarifa é de R$ relação de notas obtidas por seis alunos de
3,00 para uma viagem simples (ônibus ou uma turma em uma certa prova.
metrô/trem) e de R$ 4,65 para uma viagem Assinale a única lista na qual a média das
de integração (ônibus e metrô/trem). Um notas é maior do que a mediana.
usuário vai recarregar seu bilhete único, a) 5, 5, 7, 8, 9, 10
que está com um saldo de R$ 12,50. O me- b) 4, 5, 6, 7, 8, 8
nor valor de recarga para o qual seria pos- c) 4, 5, 6, 7, 8, 9
sível zerar o saldo do bilhete após algumas d) 5, 5, 5, 7, 7, 9
utilizações é: e) 5, 5, 10, 10, 10, 10
a) R$ 0,85.
b) R$ 1,15. 19. (Fuvest) Vinte times de futebol disputam a
c) R$ 1,45. Série A do Campeonato Brasileiro, sendo seis
d) R$ 2,50. deles paulistas. Cada time joga duas vezes
e) R$ 2,80. contra cada um dos seus adversários. A por-
centagem de jogos nos quais os dois oponen-
16. (Fuvest) O gamão é um jogo de tabuleiro tes são paulistas é:
muito antigo, para dois oponentes, que com- a) menor que 7%.
bina a sorte, em lances de dados, com estra- b) maior que 7%, mas menor que 10%.
tégia, no movimento das peças. Pelas regras c) maior que 10%, mas menor que 13%.
adotadas, atualmente, no Brasil, o número d) maior que 13%, mas menor que 16%.
total de casas que as peças de um jogador e) maior que 16%.
podem avançar, numa dada jogada, é de-
terminado pelo resultado do lançamento de
20. (Fuvest) A tabela informa a extensão terri-
dois dados. Esse número é igual à soma dos
torial e a população de cada uma das regiões
valores obtidos nos dois dados, se esses va-
do Brasil, segundo o IBGE.
lores forem diferentes entre si; e é igual ao
dobro da soma, se os valores obtidos nos dois Extensão População
Região
dados forem iguais. Supondo que os dados territorial (km2) (habitantes)
não sejam viciados, a probabilidade de um Centro-Oeste 1.606.371 14.058.094
jogador poder fazer suas peças andarem pelo
Nordeste 1.554.257 53.081.950
menos oito casas em uma jogada é:
Norte 3.853.327 15.864.454
1.
a) __
3 Sudeste 924.511 80.364.410

b) 5 .
___ Sul 576.409 27.386.891
12 IBGE: Sinopse do Censo Demográfico
c) 17 .
___ 2010 e Brasil em números, 2011.
36
d) 1.
__ Sabendo que a extensão territorial do Brasil
2 é de, aproximadamente, 8,5 milhões de km2,
19 .
e) ___
36 é correto afirmar que a:
a) densidade demográfica da região Sudeste é
17. (Fuvest) Um apostador ganhou um prêmio de, aproximadamente, 87 habitantes por km2.
de R$ 1.000.000,00, na loteria e decidiu in- b) região Norte corresponde a cerca de 30% do
vestir parte do valor em caderneta de pou- território nacional.
pança, que rende 6% ao ano, e o restante em c) região Sul é a que tem a maior densidade
um fundo de investimentos, que rende 7,5% demográfica.

215
d) região Centro-Oeste corresponde a cerca de
40% do território nacional.
e) densidade demográfica da região Nordeste é
de, aproximadamente, 20 habitantes por km2.

21. (Fuvest) Considere todos os pares ordenados de


números naturais (a, b), em que 11 ≤ a ≤ 22 e
43 ≤ b ≤ 51. Cada um desses pares ordenados
está escrito em um cartão diferente. Sorte-
ando-se um desses cartões ao acaso, qual é
a probabilidade de que se obtenha um par
ordenado (a, b) de tal forma que a fração a/b
seja irredutível e com denominador par?
7
a) ___
27
13
b) ___
54
6
c) ___
27
11
d) ___
54
e) 5
___
27

22. (Fuvest) Um dado cúbico, não viciado, com


faces numeradas de 1 a 6, é lançado três ve-
zes. Em cada lançamento, anota-se o número
obtido na face superior do dado, formando-
-se uma sequência (a, b, c). Qual é a proba-
bilidade de que b seja sucessor de a ou que c
seja sucessor de b?
4
a) ___
27
11
b) ___
54
c) 7
___
27
d) 10
___
27
23
e) ___
54

GABARITO
1. E 2. B 3. A 4. D 5. D
6. A 7. B 8. A 9. D 10. A
11. A 12. E 13. C 14. D 15. B
16. C 17. A 18. D 19. B 20. A
21. E 22. C

216
MATEMÁTICA 3

Prescrição: Serão desenvolvidas as habilidades em: geometrias plana, espacial e


analítica, analisando semelhanças, razões de medidas lineares, quadráticas e cúbi-
cas; áreas de triângulo, círculo, setores e segmentos de círculo; volumes de prismas,
pirâmides, cilindros e cones e seus respectivos troncos e volume de esferas.

APLICAÇÃO DOS CONHECIMENTOS - SALA


1. (Fuvest) Cada aresta do tetraedro regular
——
4. (Fuvest) O ângulo £ formado
__
por dois planos
ABCD mede 10. Por um ponto P na aresta AC, √5
—— ——
passa o plano ™ paralelo às arestas AB e CD. ™ e © é tal que tg£ = ___ . O ponto P pertence
5
Dado que AP = 3, o quadrilátero determina- a ™ e a distância de P a © vale 1. Então, a
do pelas interseções de ™ com as arestas do distância de P à reta intersecção de ™ e © é
tetraedro tem área igual a: igual__a:
a) 21 __ a) √__
3.
21√ 2
b) _____ b) √__
5.
2
c) 30 c) √__
6.
30 d) √__
7.
d) ___ √
e) 8 .
2 __
30 √3
_____
e)
2 5. (Fuvest) Os pontos A, B e C são colineares,
—— ——
AB = 5, BC = 2 e B está entre A e C. Os pontos
2. (Fuvest) A equação x2 + 2x + y2 + my = n, em
C e D pertencem a uma circunferência com
que m e n são constantes, representa uma
circunferência no plano cartesiano. Sabe-se centro em A. Traça-se uma reta r perpen-
que a reta y = –x + 1 contém o centro da cir- dicular ao segmento BD passando pelo seu
cunferência e a intersecta no ponto (–3, 4). ponto médio. Chama-se de P a interseção de
—— ——
Os valores de m e n são, respectivamente: r com AD. Então, AP + BP vale:
a) –4 e 3. a) 4.
b) 4 e 5. b) 5.
c) –4 e 2. c) 6.
d) –2 e 4. d) 7.
e) 2 e 3. e) 8.

3. (Fuvest) No losango ABCD de lado 1, repre- 6. (Fuvest) Um fabricante de cristais produz


sentado na figura, tem-se que M é o ponto três tipos de taças para servir vinho. Uma
—— ——
médio de
___ AB , N é o ponto médio de BC e delas tem o bojo no formato de uma semies-
√ 14
MN = ____ . Então, DM é igual a: fera de raio r; a outra, no formato de um
4 cone reto de base circular de raio 2r e altura
h; e a última, no formato de um cilindro reto
de base circular de raio x e altura h.
Sabendo-se que as taças dos três tipos, quan-
do completamente cheias, comportam a mes-
ma quantidade de vinho, é correto afirmar
que a razão x/h é igual a:
__
__ (√ 3 )
____
√2 a) .
a) ___ . 6__
4__ (√ 3 )
√2
b) ___ . b) ____.
2 3 __
__ (2√ 3 )
c) √2 . c) _____ .
__ __
3
3√ 2 .
d) ____ d) √ 3 .
2__ __
5 √2
____ (4√ 3 )
e) . e) _____.
2 3

217
RAIO X - ANÁLISE EXPOSITIVA 4. Seja Q o ponto pertencente a reta de inter-
seção dos planos ™ e © e O o ponto que per-
1. Considere a figura. tence a reta perpendicular ao plano © e que
passa por P.
Pelo triângulo retângulo
__
formado:
√ __
PO 1 5
___ = tg£ Æ ___ = ___ Æ OQ = √ 5
OQ OQ 5
Logo: __ __
PQ2 = OP2 + OQ2 Æ PQ2 = 12 + √ 5 2 Æ PQ = √6
5. Considere a figura, em que M é o ponto mé-
dio de BD.

Sejam Q, R e S respectivamente, as interse-


ções de ™ com as arestas BC, BD e AD. Desde
que ™ é paralelo à aresta AB, temos SR e PQ
paralelos a AB. Analogamente, concluímos
que PS e QR são paralelos a CD. Ademais, sa-
bendo que arestas opostas de um tetraedro
regular são ortogonais, tem-se que o quadri-
látero PQRS é um retângulo.
Sendo ABCD regular, os triângulos APS e CQP
são equiláteros, e, portanto, a área pedida é
igual a 3 ∙ 7 = 21 m2. Os triângulos BPM e DPM são congruentes
—— ——
por LAL, pois MB = MD, MP é lado comum e
2. Completando os quadrados, vem: —— ——
BMP z DMP. Daí, temos BP = DP e, portanto,
—— —— ——
x2 + 2x + y2 + my = n à (x + 1)2 + y + __m 2 AP + BP = AC = 5 + 2 = 7.
2 ( )
m2 + n + 1.
= ___ 6. Vsemiesfera = Vcone
4 4 ∙ πr3 = __
1 ∙ __ 1 ∙ π ∙ (2r)2 ∙ h Ÿr = 2h
m pertence __
Logo, como o centro C = –1, – __
( ) 2 3 3
2
à reta y = –x + 1, segue que
m = – (–1) + 1 à m = –4. 2πr3 = πx2 h
Vsemiesfera = VcilindroŸ__
–__ 3
2
__
Por conseguinte, sabendo que a reta inter- 2 (2h)3 = x2 h Ÿ __
__ 4√ 3
x = ____
secta a circunferência em (–3, 4) obtemos n 3 h 3
= x2 + 2x + y2 + my = (–3)2 + 2 ∙ (–3) + 42 +
(–4) ∙ 4 = 3.
3.
GABARITO
1. A 2. A 3. B 4. C 5. D
6. E

Aplicando o teorema dos cossenos no triân-


gulo BMN, temos:
___
( ____
4 ) (2) (2)
√ 14 1 + __
= __
2 1 2 2 1 ∙ __
– 2 ∙ __
2 2
1 ∙ cosE

Resolvendo, temos
3 e que cos™ = __
cos© = – __ 3 (™ + © = 180°)
4 4
Aplicando novamente o teorema dos cosse-
nos no triângulo ADM, temos:
1 2 + (1)2 – 2 ∙ __
1 ∙ 1 cos™
(AD)2 = __
2 ( ) 2
1 2 + (1)2 – 2 ∙ __ 3
1 ∙ 1 ∙ __
(AD)2 = __
2 ( )
________ __ 2 4 ( )
√2
3 = ___
1 + 1 - __
AD = __
4√ 4 2
218
PRÁTICA DOS 3. (Fuvest) Três das arestas de um cubo, com
um vértice em comum, são também arestas

CONHECIMENTOS - E.O. de um tetraedro. A razão entre o volume do


tetraedro e o volume do cubo é:
1.
a) __
1. (Fuvest) O sólido da figura é formado pela 8
pirâmide SABCD sobre o paralelepípedo reto 1.
b) __
ABCDEFGH. Sabe-se que S pertence à reta deter- 8
—— —— 1.
minada por A e E e que AE = 2 cm, AD = 4 cm c) __
—— 6
e AB = 5 cm. 1.
d) __
4
1.
e) __
3

4. (Fuvest) A grafite de um lápis tem quinze


centímetros de comprimento e dois milíme-
tros de espessura. Dentre os valores abaixo,
o que mais se aproxima do número de áto-
mos presentes nessa grafite é
Nota: Assuma que a grafite é um cilindro cir-
cular reto, feito de grafita pura. A espessura
da grafite é o diâmetro da base do cilindro.
A medida do segmento SA que faz com que o
4 do volume da Adote os valores aproximados de:
volume do sólido seja igual a __ 2,2 g/cm3 para a densidade da grafita;
3
pirâmide SEFGH é: 12 g/mol para a massa molar do carbono;
a) 2 cm 6,0 × 1023 mol–1 para a constante de Avogadro
b) 4 cm. a) 5 × 1023.
c) 6 cm. b) 1 × 1023.
d) 8 cm. c) 5 × 1022.
e) 10 cm. d) 1 × 1022.
e) 5 × 1021.
2. (Fuvest)
5. (Fuvest) Considere o triângulo ABC no plano
cartesiano com vértices A = (0, 0), B = (3, 4)
e C = (8, 0). O retângulo MNPQ tem os vérti-
ces M e N sobre o eixo das abscissas, o vértice
Q sobre o lado AB e o vértice P sobre o lado
BC. Dentre todos os retângulos construídos
desse modo, o que tem área máxima é aquele
em que o ponto P é:
16 .
( )
a) 4, ___
5
17
Esta foto é do relógio solar localizado no cam- ( )
b) ___, 3 .
4
pus do Butantã, da USP. A linha inclinada (tra-
12 .
cejada na foto), cuja projeção ao chão pelos ( )
c) 5, ___
5
raios solares indica a hora, é paralela ao eixo
11 , 2 .
de rotação da Terra. Sendo P e U, respectiva- ( )
d) ___
2
mente, a latitude e a longitude do local, medi-
8 .
das em graus, pode-se afirmar, corretamente, ( )
e) 6, __
5
que a medida em graus do ângulo que essa li-
nha faz com o plano horizontal é igual a: 6. (Fuvest) Uma circunferência de raio 3 cm
Nota: entende-se por “plano horizontal”, em está inscrita no triângulo isósceles ABC, no
—— —— ——
um ponto da superfície terrestre, o plano qual AB = AC. A altura relativa ao lado BC
——
perpendicular à reta que passa por esse pon- mede 8 cm. O comprimento de BC é, portan-
to e pelo centro da Terra. to, igual a:
a) U. a) 24 cm.
b) P. b) 13 cm.
c) 90 – U. c) 12 cm.
d) 90 – P. d) 9 cm.
e) 180 – U. e) 7 cm.

219
7. (Fuvest) Uma das piscinas do Centro de Prá-
ticas Esportivas da USP tem o formato de três
hexágonos regulares congruentes, justapos-
tos, de modo que cada par de hexágonos tem
um lado em comum, conforme representado
na figura abaixo. A distância entre lados pa-
ralelos de cada hexágono é de 25 metros.

a) 100 km2.
b) 108 km2.
c) 210 km2.
d) 240 km2.
e) 444 km2.

11. (Fuvest) Em um tetraedro regular de lado a,


a distância entre os pontos médios de duas
Assinale a alternativa que mais se aproxima arestas
__ não adjacentes é igual a:
da área da piscina. a) a√__3.
a) 1.600 m2 b) a√ 2__.
b) 1.800 m2 a√ 3 .
c) ____
c) 2.000 m2 2__
a√2
____
d) 2.200 m2 d) .
2__
e) 2.400 m2 a√ 2 .
e) ____
4
8. (Fuvest) Os vértices de um tetraedro regular 12. (Fuvest) No plano cartesiano Oxy, a circun-
são também vértices de um cubo de aresta 2. ferência C é tangente ao eixo Ox no ponto de
A área__ de uma face desse tetraedro é: abscissa 5 e contém o ponto (1, 2). Nessas
a) 2√ 3 . condições,
__ o raio de C vale:
b) 4. a) √ 5__.
__ b) 2√5 .
c) 3√ 2 . c) 5. __
__
d) 3√ 3 . d) 3√5 .
e) 10.
e) 6.
——
13. (Fuvest) O segmento AB __ é lado de um hexá-
9. (Fuvest) São dados, no plano cartesiano, o gono regular de área √ 3 . O ponto P pertence
ponto P de coordenadas (3, 6) e a circunfe- ——
à mediatriz de AB de__tal modo que a área do
rência C de equação (x – 1)2 + (y – 2)2 = 1. triângulo PAB vale √ 2 . Então, a distância de
——
Uma reta t passa por P e é tangente a C em P ao __segmento AB é igual a:
um ponto Q. Então a distância de P a Q é: a) √ 2 .
___ __

a) 15 . b) 2√2 .
___ __
b) √ 17 . c) 3√2 .
___ __
c) √ 18 . d) √ 3 .
__
___
d) √ 19 . e) 2√3 .
___
e) √ 20 . —— ——
14. (Fuvest) Na figura, tem-se AE paralelo a CD,
—— ——
BC, paralelo a DE, AE = 2, ™ = 45°, © = 75°.
10. (Fuvest) O mapa de uma região utiliza a es- Nessas condições, a distância do ponto E ao
cala de 1 : 200.000. A porção desse mapa, ——
segmento AB é igual a:
contendo uma Área de Preservação Perma-
nente (APP), está representada na figura, na
—— ——
qual AF e DF são segmentos de reta, o ponto
——
G está no segmento AF o ponto E está no seg-
——
mento DF, ABEG é um retângulo e BCDE é um
trapézio. Se
__
AF = 15, AG = 12, AB = 6, CD = 3
e DF = 5√5 indicam valores em centímetros
no mapa real, então a área da APP é:

220
__
a) √3 . semântico da palavra por ele formada quan-
__
b) √2__. to na simetria de suas formas geométricas.
√3 Por exemplo, as áreas do triângulo ABF e do
c) ___ . retângulo BCJI são iguais.
2__
√2 c) O poema ZEN pode ser considerado concreto
d) ___ . por apresentar proporções geométricas em
2__
√2 sua composição. O perímetro do triângulo
e) ___ .
4 ABF, por exemplo, é igual ao perímetro do
retângulo BCGF.
15. (Fuvest) A esfera H, de centro O e raio r > 0,
d) O concretismo poético pode utilizar propor-
é tangente ao plano ™. O plano © é paralelo a ções geométricas em suas composições. No
™ e contém O. Nessas condições, o volume da poema ZEN, por exemplo, a razão entre os
pirâmide que tem como base um hexágono perímetros do trapézio ADGF e do retângulo
regular inscrito na intersecção de H com © e, ADHE é menor que 7/10.
como vértice, um ponto em ™, é igual a: e) Augusto dos Anjos e Manuel Bandeira são
__ representantes do concretismo poético, que
√ 3 r3
a) ____ . utiliza proporções geométricas em suas com-
4__
posições. No poema ZEN, por exemplo, a ra-
5√ 3 r3.
b) _____
16 zão entre as áreas do triângulo DHG e do
__
3 √ 3 r3.
_____ retângulo ADHE é 1/6.
c)
8__
18. (Fuvest) Na figura, o triângulo ABC é equi-
7√ 3 r3.
d) _____
16 látero de lado 1, e ACDE, AFGB e BHIC são
__
√ 3 r3
____ quadrados. A área do polígono DEFGHI vale:
e) .
2
16. (Fuvest) No plano cartesiano, os pontos
(0, 3) e (–1, 0) pertencem à circunferência
C. Uma outra circunferência, de centro em
(–1/2, 4) é tangente a C no ponto (0, 3).
Então,
__
o raio de C vale:
√ 5
a) ___.
8__
√5
___
b) .
4__ __
√5 a) 1 + √__
3.
c) ___ .
2 __ b) 2 + √__
3.
3√ 5 .
d) ____ c) 3 + √ 3__.
4
__ d) 3 + 2√__
3.
e) √5 . √
e) 3 + 3 3.
17. (Fuvest) Poema ZEN, Pedro Xisto, 1966.
19. (Fuvest) No plano cartesiano, um círculo de
centro P = (a, b) tangencia as retas de equa-
ções y = x e x = 0. Se P pertence à parábola
de equação y = x2 e a > 0 a ordenada b do
ponto P é__igual a:
a) 2 + 2√__
2.
Diagrama referente ao poema ZEN.
b) 3 + 2√__
2.
c) 4 + 2√__
2.
d) 5 + 2√__
2.
e) 6 + 2√ 2 .

20. (Fuvest) Uma pirâmide tem como base um


quadrado de lado 1, e cada uma de suas faces
Observe as figuras acima e assinale a alter- laterais é um triângulo equilátero. Então, a
nativa correta. área do quadrado, que tem como vértices os
a) O equilíbrio e a harmonia do poema ZEN são baricentros de cada uma das faces laterais, é
elementos típicos da produção poética bra- igual a:
sileira da década de 1960. O perímetro do
triângulo ABF, por exemplo, é igual ao perí- 5.
a) __ 4.
b) __ 1.
c) __
metro do retângulo BCJI. 9 9 3
2
__
d) . 1
__
e) .
b) O equilíbrio e a harmonia do poema ZEN 9 9
podem ser observados tanto no conteúdo

221
21. (Fuvest) No plano cartesiano x0y, a reta de
equação x + y = 2 é tangente à circunferência GABARITO
C no ponto (0, 2).
Além disso, o ponto (1, 0) pertence a C. En- 1. E 2. B 3. C 4. C 5. D
tão, o raio de C é igual a:
__ 6. C 7. A 8. A 9. D 10. E
3 √2
____
a) .
2__ 11. D 12. C 13. E 14. A 15. E
5√ 2 .
b) ____
2__ 16. E 17. B 18. C 19. B 20. D
7 √2
____
c) . 21. B 22. A 23. B
2__
9√ 2 .
d) ____
2 __
11 √2
_____
e) .
2

22. (Fuvest) Na figura, o triângulo ABC é retân-


gulo com catetos BC = 3 e AB = 4. Além disso,
——
o ponto D pertence ao cateto AB, o ponto E
——
pertence ao cateto BC e o ponto F pertence
——
à hipotenusa AC, de tal forma que DECF seja
um paralelogramo. Se DE = __3 , então a área
2
do paralelogramo DECF vale:

63 .
a) ___
25
b) 12.
___
5
c) 58
___.
25
56.
d) ___
25
e) 11.
___
5

23. (Fuvest) Na figura, os pontos A, B, C perten-


cem à__circunferência de centro O e BC = ™. A
‹ › ——
reta OC é perpendicular ao segmento AB e o
ângulo AÔB mede __ S radianos. Então, a área
3
do triângulo ABC vale:

D2 .
a) __
8
D2 .
b) __
4
D2 .
c) __
2
3D2.
d) ___
4
e) D2.
222

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