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Governo do Estado do Rio de Janeiro

Secretaria de Estado de Educação

Comte Bittencourt
Secretário de Estado de Educação

Andrea Marinho de Souza Franco


Subsecretária de Gestão de Ensino

Elizângela Lima
Superintendente Pedagógica

Maria Claudia Chantre


Coordenadoria de Áreas de conhecimento

Assistentes
Carla Lopes
Cátia Batista Raimundo
Roberto Farias

Texto e conteúdo

Prof.ª Bianca Trindade


C.E. Professor José Accioli
Prof.ª Carla Cristina da Silva Cabrero
C. E. Chico Anysio/ C. E. Gilson Amado
Prof.ª Patricia Alves Silva de Lima
C.E. Rodrigo Otávio Filho Brasil- Itália
Prof.ª Juliana de Lima Ribeiro dos Santos
C.E. Milton Campo
Capa
Luciano Cunha

Revisão de texto
Prof ª Alexandra de Sant Anna Amancio
Pereira
Prof ª Andreia Cristina Jacurú Belletti
Prof ª Andreza Amorim de Oliveira Pacheco.
Prof ª Cristiane Póvoa Lessa
Prof ª Deolinda da Paz Gadelha
Prof ª Elizabete Costa Malheiros
Prof ª Ester Nunes da Silva Dutra
Prof ª Isabel Cristina Alves de Castro Guidão
Prof José Luiz Barbosa
Prof ª Karla Menezes Lopes Niels
Prof ª Kassia Fernandes da Cunha
Prof ª Leila Regina Medeiros Bartolini Silva
Prof ª Lidice Magna Itapeassú Borges
Prof ª Luize de Menezes Fernandes
Prof Mário Matias de Andrade Júnior
Paulo Roberto Ferrari Freitas
Prof ª Rosani Santos Rosa
Prof ª Saionara Teles De Menezes Alves
Prof Sammy Cardoso Dias
Prof Thiago Serpa Gomes da Rocha

Esse documento é uma curadoria de materiais que estão disponíveis na internet, somados à
experiência autoral dos professores, sob a intenção de sistematizar conteúdos na forma de uma
orientação de estudos.

© 2021 - Secretaria de Estado de Educação. Todos os direitos reservados.


Língua Portuguesa – Orientações de Estudos

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 7

2. Aula 1 - Mesmo fato – diferentes pontos de vista 8

3. Aula 2 - Concordância Nominal e Verbal 14

4. Aula 3 - Intertextualidade 21

5. Aula 4 - Pontuação 26

6. Aula 5 – Coesão referencial e sequencial 32

7. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS 34
COMPONENTE CURRICULAR: Língua Portuguesa

ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS para Língua Portuguesa


2º Bimestre de 2020 – 7º Ano do Ensino Fundamental Regular

META:

A meta da disciplina é permitir que os estudantes leiam e produzam


textos de qualidade, além de desenvolver a oralidade.
Formar alunos capazes de usar adequadamente a língua materna,
em suas modalidades escrita e oral, para os jovens.
e refletir criticamente sobre o que leem e escrevem. Esses são os
objetivos das aulas de Língua Portuguesa. Saber argumentar, fazer
relações entre os textos lidos e ter uma atitude crítica perante as
informações são habilidades fundamentais.

OBJETIVOS:

Ao final destas Orientações de Estudos, você deverá ser capaz de:

 Comparar notícias e reportagens sobre um mesmo fato divulgadas


em diferentes mídias, analisando as especificidades das mídias, os
processos de (re)elaboração dos textos e a convergência das mídias
em notícias ou reportagens multissemióticas.

 Empregar as regras básicas de concordância nominal e verbal em


situações comunicativas e na produção de textos.
 Analisar, entre os textos literários e entre estes e outras
manifestações artísticas (como cinema, teatro, música, artes visuais
e midiáticas), referências explícitas ou implícitas a outros textos,
quanto aos temas, personagens e recursos literários e semióticos.

 Pontuar textos adequadamente.

 Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão referencial (lexical e


pronominal) e sequencial e outros recursos expressivos adequados
ao gênero textual.
INTRODUÇÃO

Dedicamos essa Orientação de Estudo para que você analise, interprete e


desenvolva conteúdos de produção textual, tão necessários para nossa
comunicação, especialmente no mundo virtual.
Você verá o quanto é relevante ter uma escrita clara, precisa e direta para
que sua narrativa alcance um número maior de pessoas e que seja compreensível
a qualquer uma delas.
Bom, agora vamos começar nosso estudo! Vem comigo!

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1. Aula 1: Mesmo fato – diferentes pontos de vista

Olá, alunos e alunas do 7 º ano! Sejam bem – vindos ao 2º bimestre! Vamos


continuar nossa jornada?
Leia os textos com muita atenção.

Texto 1:

Brasileiros expulsam venezuelanos após assalto em cidade de Roraima

Moradores de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela, se revoltaram após um


comerciante ter sido roubado e agredido supostamente por refugiados

Karla Dunder, do R7, com Agência Brasil


18/08/2018 - 17H16 (ATUALIZADO EM 18/08/2018 - 18H45)

Venezuelanos foram agredidos na cidade de Pacaraima, fronteira de


Roraima com a Venezuela, na manhã deste sábado (18). Centenas de pessoas
foram expulsas de suas tendas após um grupo atirar pedras e até bombas caseiras
contra os refugiados.
Segundo informações obtidas pela TV Imperial, afiliada da RecordTV em
Roraima, tudo começou quando um comerciante foi agredido, supostamente por
venezuelanos, em um assalto na tarde de sexta-feira (17).
O homem ficou gravemente ferido e foi levado para um hospital em Boa
Vista. Ainda de acordo com informações obtidas pela TV, o quadro de saúde dele
é estável.
Moradores ouvidos pela TV Imperial contaram que eles organizaram uma
manifestação contra os venezuelanos. Durante o ato, que começou pacífico,
algumas pessoas se revoltaram e expulsaram os refugiados que moravam em
tendas nas ruas de Pacaraima. Objetos pessoais dos venezuelanos também foram

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destruídos pelos brasileiros — em vídeos publicados em redes sociais é possível
ver até o uso de tratores para derrubar essas tendas.

Os imigrantes que chegavam à cidade tiveram que retornar para Venezuela


e a rodovia BR-174, única via que dá acesso a capital do Estado, ficou interditada
por um período.
Segundo fontes ouvidas pela TV, moradores prometeram novos protestos
caso o governo federal não tome uma atitude com relação a essa entrada de
venezuelanos.
Em entrevista à Agência Brasil, o prefeito da cidade, Juliano Torquato, disse
que a situação ainda não está controlada e que venezuelanos continuam a ser
perseguidos para fora de Pacaraima.
“Lamentamos muito que isso esteja ocorrendo, mas não foi por falta de
aviso. Ficamos tristes pelo lado dos venezuelanos, a gente sabe a situação difícil
deles, mas infelizmente entram [no Brasil] essas pessoas que não tem boas
intenções”, disse Torquato à Agência Brasil.
O Exército se pronunciou por meio de nota, informando que “órgãos de
Segurança Pública buscaram conter as manifestações de violência".
"A Força-Tarefa deslocou parte de sua equipe médica para o Hospital Délio de
Oliveira Tupinambá para apoiar eventuais casos, em consequência da
manifestação", completou. Na nota, ainda afirma que “repudia os atos de
vandalismo e violência contra qualquer cidadão, independentemente de sua
nacionalidade”.
O Governo do Estado de Roraima também se pronunciou por meio de nota
e afirma “que já enviou reforços para o hospital de Pacaraima, com profissionais de
saúde e medicamentos, e também reforços policiais do estado para proteger a
população daquele município, devido aos fatos ocorridos neste sábado. Mais uma

9
vez, o Governo de Roraima assume, de forma isolada, a manutenção de todos os
serviços públicos, sem o apoio do Governo Federal”.
O governo de Roraima insiste, no comunicado, no fechamento de fronteiras:
“É preciso que o Exército Brasileiro garanta a ordem na fronteira com a Venezuela.
A solução para a crise migratória só acontecerá quando o Governo Federal
entender a necessidade de fechar temporariamente a fronteira, realizar a imediata
transferência de imigrantes para outros estados e assumir sua responsabilidade de
fazer o controle de segurança fronteiriça e sanitária”.
https://noticias.r7.com/brasil/brasileiros-expulsam-venezuelanos-apos-assalto-em-cidade-de-
roraima-18082018. Acesso em 15/01/21.

Texto 2:
Venezuelanos são agredidos e expulsos em Roraima

18 AGO 2018, 17h03 , atualizado em 19/8/2018 às 05h51

Grupos de brasileiros atiraram pedras e queimaram acampamentos de imigrantes


neste sábado na cidade de Pacaraima. Conflito começou após comerciante ter
sido assaltado, supostamente por venezuelanos.

Grupos de brasileiros armados com pedras, paus e bombas caseiras


atacaram neste sábado (18/08) venezuelanos que estavam acampados na cidade
de Pacaraima, em Roraima, na fronteira com o país vizinho. Tendas dos imigrantes
que haviam sido montadas pela cidade foram queimadas.

Fronteira do Brasil com a Venezuela em Pacaraima (RR)


Foto: DW / Deutsche Welle

Segundo a Força-Tarefa Logística Humanitária para Roraima - composta


pelas Forças Armadas e integrada por organismos internacionais, organizações
não governamentais e entidades civis -, o conflito começou após um protesto
organizado por moradores da cidade.

10
A manifestação foi convocada em resposta a um assalto sofrido por um
comerciante brasileiro de 55 anos, que supostamente foi cometido por um grupo de
venezuelanos na véspera. O comerciante teve 23 mil reais roubados e foi agredido.
Ele está internado em um hospital da cidade.
"O fato gerou um descontentamento de alguns moradores de Pacaraima e,
na manhã deste sábado, 18 de agosto, ocorreu uma manifestação com atos de
violência e destruição de acampamentos de imigrantes situados em alguns locais
públicos", informou a Força-Tarefa, em nota.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, após o protesto ter se dispersado,
moradores de Pacaraima passaram a andar em grupos, perseguindo
venezuelanos. Uma tenda usada por imigrantes chegou a ser derrubada com um
trator. O conflito chegou a alcançar o posto de fronteira entre os dois países.
Um grupo de brasileiros chegou a atirar pedras em venezuelanos que
tentavam cruzar a divisa. Membros da guarda venezuelana acabaram disparando
tiros de advertência para afastar os brasileiros. Em resposta, venezuelanos
passaram a vandalizar carros de brasileiros na fronteira.
Em um vídeo divulgado no Twitter, um brasileiro que participa da queima de tenda
diz "estamos expulsando os venezuelanos". "Agora é desse jeito. Se não tem
governante, se não tem autoridade por nós, nós que vamos fazer nossa autoridade.
Fora venezuelanos!"
O padre Jesus Lopez Fernandez de Bobadilla, da igreja de Pacaraima, disse
à Folha de S.Paulo que "a cidade está um caos".
Com a grave crise política e econômica que atinge a Venezuela, centenas de
milhares de pessoas têm deixado o país, a maior parte com destino à Colômbia e
ao Equador. Entre 2017 e 2018, mais de 120 mil venezuelanos entraram em
Roraima. Mais da metade deles já deixou o Brasil. Em julho, o governo brasileiro
informou que 4 mil venezuelanos permaneciam em abrigos em Roraima.
O conflito deste sábado não foi o primeiro na região. Em fevereiro, um
cidadão da Guiana foi acusado de ter ateado fogo em uma família venezuelana em
Boa Vista.
A crise na região tem levado o governo de Roraima a solicitar regularmente o
fechamento da fronteira. Neste sábado, em nota, o governo local reiterou o pedido
após o início do conflito em Pacaraima.
"A solução para a crise migratória só acontecerá quando o Governo Federal
entender a necessidade de fechar temporariamente a fronteira, realizar a imediata

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transferência de imigrantes para outros estados e assumir sua responsabilidade de
fazer o controle de segurança fronteiriça e sanitária", disse o governo local, em
nota. O governo também informou que enviou reforço policial para a região.
https://www.terra.com.br/noticias/brasil/venezuelanos-sao-agredidos-e-expulsos-em-
roraima,59fefed7975a667de82952def3364d6cclh0qze0.html. Acesso em 15/01/21.

Releia as manchetes* (em negrito) de cada notícia.

*Manchete: título principal, de maior destaque, no alto da primeira página de jornal


ou revista, alusivo à mais importante dentre as notícias contidas na edição.

As duas notícias foram redigidas no mesmo dia 18 de agosto de 2018 e tratam do


mesmo fato.

Vamos a perguntas básicas:

1) Onde e quando ocorreu o fato?


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_________________________________________________________________

2) Onde foram publicadas?


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_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

3) Quem são as pessoas envolvidas? O que essas pessoas fizeram?


_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

4) Que palavras são usadas nos textos para se referirem aos venezuelanos?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

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5) Há imagens nas notícias? O que mostram? Que relação possuem com as
notícias?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

6)Há comentários de outras pessoas (não jornalistas) sobre o fato? São iguais?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

7) Conclua: Por que é importante ler diferentes notícias sobre o mesmo fato?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

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2. Aula 2: Concordância Nominal e Verbal

Concordância verbal é a concordância em número e pessoa entre o sujeito


gramatical e o verbo.
Concordância nominal é a concordância em gênero e número entre os
diversos nomes da oração, ocorrendo principalmente entre o artigo, o substantivo
e o adjetivo.
Concordância em gênero indica a flexão em masculino e feminino.
Concordância em número indica a flexão em singular e plural.
Concordância em pessoa indica a flexão em 1ª, 2ª ou 3ª pessoa.

Exemplos de concordância verbal


● Eu li;
● Ele leu;
● Nós lemos;
● Eles leram.

Exemplos de concordância nominal


● O vizinho novo;
● A vizinha nova;
● Os vizinhos novos;
● As vizinhas novas.

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2.1 Casos particulares de concordância verbal
a) Concordância com pronome relativo que
O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome.
Ex.: Sou eu que quero partir / Somos nós que queremos partir / São eles que
querem partir .

b) Concordância com pronome relativo quem


O verbo estabelece concordância com o antecedente do pronome ou fica na
3ª pessoa do singular.
Ex.: Sou eu quem quero partir / Sou eu quem quer partir.

c) Concordância com: a maioria, a maior parte, a metade,...


Preferencialmente, o verbo estabelece concordância com a 3ª pessoa do
singular. Contudo, o uso da 3ª pessoa do plural é igualmente aceitável.
Ex.: A maioria das pessoas quer mudanças / A maioria das pessoas querem
mudanças.
d) Concordância com um dos que
O verbo estabelece sempre concordância com a 3ª pessoa do plural.
Ex.: Um dos que ouviram / Um dos que estudarão / Um dos que sabem.

e) Concordância com nem um nem outro


O verbo pode estabelecer concordância com a 3ª pessoa do singular ou do
plural.
eX.: Nem um nem outro veio à reunião. / Nem um nem outro vieram à reunião.

f) Concordância com verbos impessoais


O verbo estabelece sempre concordância com a 3.ª pessoa do singular, uma
vez que não possui um sujeito.
Ex.: Havia pessoas na cena do acidente. / Houve problemas com a entrega dos
documentos. / Faz dois dias que retornamos de viagem. / Já amanheceu.

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g) Concordância com a partícula apassivadora “se”
O verbo estabelece concordância com o objeto direto, que assume a função
de sujeito paciente, podendo ficar no singular ou no plural.
Ex.: Vende-se casa. / Vendem-se casas.

h) Concordância com a partícula de indeterminação do sujeito “se”


O verbo estabelece sempre concordância com a 3ª pessoa do singular quando
a frase é formada por verbos intransitivos ou por verbos transitivos indiretos. Ex.:
Precisa-se de funcionário / Precisa-se de funcionários.

i) Concordância com o infinitivo pessoal


O verbo no infinitivo sofre flexão sempre que houver um sujeito definido,
quando se quiser definir o sujeito, quando o sujeito da segunda oração for diferente
do da primeira:
Ex.: É para eles lerem o texto. / Acho necessário comprarmos comida.

j) Concordância com o infinitivo impessoal


O verbo no infinitivo não sofre flexão quando não houver um sujeito definido,
quando o sujeito da segunda oração for igual ao da primeira oração, em locuções
verbais, com verbos preposicionados e com verbos imperativos.
Ex.: Eles querem comprar a casa / Passamos para ver você. / Eles estão a ouvir.

k) Concordância com o verbo ser


O verbo estabelece concordância com o predicativo do sujeito, podendo ficar
no singular ou no plural.
Ex.: Isso é uma mentira. / Isso são mentiras. / Quem é você? / Quem são vocês?

2.2 Casos particulares de concordância nominal


a) Concordância com pronomes pessoais
O adjetivo estabelece concordância em gênero e número com o pronome
pessoal.
Ex.: Ela é simpática. / Ele é simpático. / Elas são simpáticas. / Eles são
simpáticos.

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b) Concordância com vários substantivos
O adjetivo estabelece concordância em gênero e número com o substantivo
que está mais próximo.
Ex.: caderno e caneta nova, caneta e caderno novo.
Pode também estabelecer concordância com a forma no masculino plural. Ex.: caneta
e caderno novos, caderno e caneta novos.

c) Concordância com vários adjetivos


Quando há dois ou mais adjetivos no singular, o substantivo permanece no
singular apenas se houver um artigo entre os adjetivos. Sem a presença de um artigo,
o substantivo deverá ser escrito no plural:
Ex.: o escritor brasileiro e o chileno / os escritores brasileiro e chileno.

d) Concordância com: é proibido, é permitido, é preciso, é necessário, é bom


Estas expressões estabelecem concordância em gênero e número com o
substantivo quando há um artigo que determina o substantivo, mas permanecem
invariáveis no masculino singular, quando não há artigo:
Ex.: É permitida a entrada / É permitido entrada / É proibida a venda / É proibido
venda.

e) Concordância com: bastante, muito, pouco, meio, longe, caro e barato


Estas palavras estabelecem concordância em gênero e número com o
substantivo quando possuem função de adjetivo, numeral ou pronome.
Ex.: Comi meio chocolate. Comi meia maçã. / Há bastante procura / Há bastantes
pedidos / Vi muitas crianças / vi muitos adultos.

f) Concordância com menos


A palavra menos permanece sempre invariável, quer atue como advérbio ou
como adjetivo:
Ex.: menos tristeza / menos medo / menos traições / menos pedidos.

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g) Concordância com: mesmo, próprio, anexo, obrigado, quite, incluso
Estas palavras estabelecem concordância em gênero e número com o
substantivo.
Ex.: resultados anexos / informações anexas / as próprias pessoas / o próprio
síndico / ele mesmo / elas mesmas.

h) Concordância com um e outro


Com a expressão um e outro, o adjetivo deverá ser sempre escrito no plural,
mesmo que o substantivo esteja no singular.
Ex.: um e outro aluno estudiosos / uma e outra pergunta respondidas.

Fonte: https://www.conjugacao.com.br/concordancia-verbal-e-nominal/

Quer saber mais?


https://www.youtube.com/watch?v=4ZJnTqTk4_Y&ab_channel=ProfessorNoslen
https://www.youtube.com/watch?v=iZ7Ryffdoc0&ab_channel=ProfessorNoslen
https://www.youtube.com/watch?v=wtYgEDzjcWM&t=10s&ab_channel=ProfessorNo
slen
https://www.youtube.com/watch?v=ISPEMEtMprA&ab_channel=ProfessorNoslen

Atividades:
1. Preencha as lacunas das frases a seguir, fazendo a concordância adequada
com o vocábulo destacado entre parênteses.
a) Partiremos amanhã, ao meio dia e ___________. (MEIO)
b) Não é _____________ a entrada de animais no estabelecimento. (PERMITIDO)
c) Enviarei todos os documentos em _____________ assim que possível.
(ANEXO)
d) Ficamos ____________ nervosas durante as provas. (BASTANTE)
e) As botas estão muito _____________ naquela loja. (BARATO)

2) Em MUNDO EDUCAÇÃO : Estão corretas as concordâncias nominais, exceto


em:

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(a) A sala e os quartos estavam desarrumados.
(b) Perdi a primeira e a segunda aulas.
(c) Visitei uma exposição de esculturas e quadros raras.
(d) Discutimos um e outro caso inexplicáveis.

3) Complete os espaços com um dos verbos colocados nos parênteses:


a) ________________os filhos e o pai... (chegou / chegaram)
b) Fomos nós que _______________ na questão. (tocou / tocamos)
c) Não serei eu quem _________________ o dinheiro. (recolherei / recolherá)
d) Mais de um torcedor ______________________ estupidamente. (agrediu-se /
agrediram-se)
e) O fazendeiro com os peões __________________ a cerca. (levantou /
levantaram)
f) _____________ de haver algumas mudanças no seu governo. (há / hão)
g) Sempre que ______________ alguns pedidos, procure atendê-los
rapidamente. (houver / houverem)
h) Pouco me _______________ as desculpas que ele chegar a dar. (importa /
importam)
i) Jamais ______________ tais pretensões por parte daquele funcionário. (existiu /
existiram)
j) Tudo estava calmo, como se não ________________ havido tantas
reivindicações. (tivesse/ tivessem)

4) (Fameca-SP) Observe a concordância:


I. Entrada proibida.
II. É proibido entrada.
III. A entrada é proibida.
IV. Entrada é proibido.
V. Para quem a entrada é proibido?

(a) a alternativa V está errada


(b) a IV e V estão erradas

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(c) a II está errada
(d) todas estão certas

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3. Aula 3: Intertextualidade

Referência explícita ou implícita que um texto faz de outro pré-existente,


Intertextualidade é o nome dado à relação que é feita quando em um texto é citado
outro texto que já existe.

Esse fenômeno se trata do "diálogo" de um texto com um ou mais textos, que podem
ser verbais, não-verbais ou mistos. Isto quer dizer que, a intertextualidade não
precisa ser necessariamente em gêneros iguais.
Entende-se aqui como texto qualquer tipo de gêneros textuais, pintura,
cartum,charge, poesia, poema, publicidade, livro, novela, filme, etc.
A intertextualidade acontece quando um determinado texto faz referência a outro, ou
à situação e/ou acontecimento pré-existente. Essa referência pode ser implícita ou
explícita

3.1 Intertextualidade explícita


• É clara e fácil de ser identificada pelo leitor;
• Estabelece uma relação direta com o texto original;
• São encontrados facilmente elementos dos texto-fonte;
• Não é necessário esforço ou dedução do leitor;
• Não exige conhecimento prévio do conteúdo.

3.2 Intertextualidade implícita


• É difícil de ser identificada pelo leitor;
• Estabelece uma relação indireta com o texto-base;

21
• Não é fácil encontrar elementos do texto-fonte;
• É necessário dedução, análise e atenção do leitor;
• Exige conhecimento prévio do leitor sobre o conteúdo.

Há várias maneiras de usar a intertextualidade. Os mais utilizados


são: paródia, paráfrase, epígrafe, tradução, alusão, citação e crossover.
Vamos estudar somente a paródia. Se quiser conhecer as outras, no final há o site
de referência para que você possa ampliar seus conhecimentos.

3.3 Intertextualidade: Paródia


A paródia é um tipo de intertextualidade usada com o objetivo de retorcer o texto
original, através da ironia ou da crítica. Contudo, o texto fonte não sofre alteração na
sua estrutura. A paródia irá modificar apenas o conteúdo. Isto é, a estrutura do texto-
base é mantida, mas o conteúdo recebe uma nova "roupagem".
Normalmente, as paródias são usadas em programas humorísticos, músicas e
cinema.

Atividades:
1) Observe a imagens:

22
a) b)

c)

A criatividade da marca Hortifruti em uma campanha publicitária baseia-se em textos


já existentes. Você sabe que textos são?
* Dica: podem ser livros, filmes,...
a) _____________________________________________________________

b) _____________________________________________________________

c) _____________________________________________________________

Texto 1:
1. Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria
como o metal que soa ou como o sino que tine.
2. E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a
ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e
não tivesse amor, nada seria.
3. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda
que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me
aproveitaria.
4. O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com
leviandade, não se ensoberbece.
5. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não
suspeita mal;
6. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

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8. O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas,
cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
9. Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
10. Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
11. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como
menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face;
agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
13. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior
destes é o amor.
(Bíblia, I Coríntios 13)

Texto 2:
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente; É querer estar preso por vontade;
É um contentamento descontente; É servir a quem vence, o vencedor;
É dor que desatina sem doer; É ter com quem nos mata lealdade.

É um não querer mais que bem querer; Mas como causar pode seu favor
É solitário andar por entre a gente; Nos corações humanos amizade,
É nunca contentar-se de contente; se tão contrário a si é o mesmo Amor?
É cuidar que se ganha em se perder;
Soneto 11 de Luiz Vaz de Camões (Rimas)
2) Em poucas linhas, escreva o assunto do texto 1:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

3) Tendo em vista que o texto 1 foi tirado da Bíblia, qual é o seu público alvo?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

4) Agora, em poucas linhas escreva o assunto do texto 2:

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___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

5) Em sua opinião, qual é o objetivo comunicativo do texto 2?


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Você sabia que a banda Legião Urbana também criou uma intertextualidade com os
textos 1 e 2? Quer conhecê-la?
https://www.youtube.com/watch?v=NQ-K8QSStOo&ab_channel=BilleCipriani e
https://www.letras.mus.br/legiao-urbana/22490/

25
4. Aula 4: Pontuação

Você estuda Pontuação há muito tempo. Que tal relembrar ?


Os sinais de pontuação são recursos exclusivos da escrita, usados para fazer
referência a pausas e formas de entonação da fala. Não há regras muito específicas
para o seu uso, pois elas podem ser utilizadas de acordo com as necessidades
discursivas de cada indivíduo. De qualquer forma, é importante destacarmos que, se
usadas de maneira inadequada, podem provocar confusões na interpretação daquilo
que realmente se quis dizer.

4.1 Ponto-final (.)


Empregado ao final da frase, sugere uma pausa máxima a respeito do que se quis
dizer. Pode sugerir o início de uma nova ideia a ser explorada ou confirmar a
conclusão de outra.
Ex.: Aquele professor prestou grande auxílio à comunidade.

4.2 Ponto de interrogação (?)


Utilizado em interrogações diretas (aquelas que começam com palavra interrogativa
e terminam com a interrogação), mesmo que sejam perguntas retóricas (aquelas que
não exigem resposta, feitas, geralmente, para provocar alguma reflexão acerca de um
assunto em discussão).
Ex.: Onde está o livro que te emprestei?

4.3 Ponto de exclamação (!)


Pode ser usado em frases exclamativas ou até mesmo em frases imperativas.
Costuma envolver reações emocionais, como tristeza, alegria, surpresa etc. Por isso,
é muito comum que acompanhe interjeições.
Ex.: Ah! Como queria que isso fosse verdade!

4.4 Vírgula (,)


Certamente, um dos sinais de pontuação que mais gera dúvidas nos usuários de uma
língua. Ela também marca uma pausa, mas esqueça aquela “regra” da respiração que
alguma professora ou professor deve ter ensinado quando você era criança, ok?

26
Vamos citar alguns casos específicos de emprego da vírgula. Veja.
● Em datas, marcando a separação da localidade:
Ex.: Curitiba, 24 de junho de 2019.
● Para separar o vocativo:
Ex.: Sabrina, você entendeu aquele conteúdo novo?
● Para separar o aposto:
Ex.: Língua Portuguesa, minha disciplina preferida, deve receber atenção especial em
meus estudos.
● Para destacar adjuntos adverbiais:
Ex.: Naquela casa, moravam três irmãs. (início de frase)
Moravam, naquela casa, três irmãs (meio da frase)
● Para separar termos deslocados de sua posição costumeira em uma frase:
Ex.: Os livros, você trouxe? (objeto do verbo iniciando a frase)
● Para separar orações coordenadas assindéticas
Ex.: Abriu a porta com cuidado, conferiu o ambiente, dirigiu-se ao seu quarto,
escondeu-se cauteloso.
● Para separar orações coordenadas sindéticas
Ex.: Falam muito, mas fazem pouco.
● Para separar orações subordinadas adjetivas
Ex.: A classe, que era grande, foi dividida em vários grupos.
● Para separar orações reduzidas
Ex.: Terminada a festa, os convidados foram embora.

4.5 Ponto e vírgula (;)


Pode ser usado para marcar uma pausa menos longa ou mesmo para enumerar itens
ou ideias. Pode ser usado nas situações destacadas a seguir:
● Separar orações coordenadas:
Ex.: Não gostem, mas compreendam; não gostem, mas façam sua parte.
● Separar orações coordenadas assindéticas com conjunções subentendidas:
Ex.: Disse que viria; não veio.
Esforçou-se para o trabalho; não tirou nota boa.
● Separar itens de uma enumeração:

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Ex.: Consideremos: o corte orçamentário; as reivindicações dos funcionários; a
necessidade de reduzir gastos.

4.6 Dois-pontos (:)


Marca uma pausa numa frase não concluída. Na fala, causa a sensação de suspensão
da voz. Podem ser utilizados para anunciar:
● Uma citação:
Ex.: Como dizia Manuel Bandeira: “A vida inteira que podia ter sido e que não foi.”
● Uma enumeração:
Ex.: Foram à festa de Mauricio: Fátima, Catarina, Cristiano e José.
● Um aposto:
Ex.: O desejo da população brasileira é só um: ter uma vida mais digna.
● Fala de um personagem:
Ex.: A menina perguntou:
– O que posso fazer?

4.7 Reticências (…)


Marca a suspensão da frase. Pode envolver um aspecto emocional ou uma sentença
inacabada por interrupções externas. Também pode representar hesitações na fala
ou ações contínuas.
Ex.1: Eu me esforcei tanto e…
Ex. 2: Não te contei porque… porque… porque tive medo.
Ex. 3: O avião ia subindo…

4.8 Aspas (“ ”)
São empregadas em citações ou transcrições, na representação de títulos de livros e
outras obras, também para destacar estrangeirismos ou ironia.
Ex. 1: Para Drummond, “no meio do caminho tinha uma pedra.”
Ex. 2: Na obra “Tristão e Isolda” consta uma lenda de origem celta.
Ex. 3: Mas que “beleza” essa sujeira na sua roupa!

4.9 Parênteses (())

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Normalmente são usados para separar indicações bibliográficas, observações,
explicações, comentários e reflexões.
Ex.: O núcleo do sintagma nominal (geralmente um substantivo) pode ser
acompanhado por determinantes.

4.10 Travessão (–)


É usado para destacar discurso direto (fala de um personagem, por exemplo) ou para
intercalar os interlocutores de um diálogo. Também aparece em situações nas quais
se deseja destacar uma palavra, expressão ou frase.
Ex.: Vimos aquele homem – certamente o médico por quem procurávamos – correr
em nossa direção.

Atividades:
1. Copie os trechos a seguir, colocando a vírgula quando necessário.
a) Da próxima vez que falar assim comigo não respondo por mim.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

b) Minha mãe desde que passou uns dias na fazenda só pensa em cozinhar pratos
da roça.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

c) Quando a canoa ia longe já na outra margem do rio o pescador acenou


emocionado.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

d) Tenha calma Marina tudo vai se resolver.


___________________________________________________________________

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___________________________________________________________________

2. Justifique o uso dos dois-pontos nos enunciados a seguir.


a) O motivo da minha insistência é claro: não podemos terminar assim, sem uma
conversa.
___________________________________________________________________
b) O professor anunciava: a avaliação seria com consulta.
___________________________________________________________________
c) O como diz o ditado: “quem vê cara não vê coração.”
___________________________________________________________________

3. Justifique a pontuação (travessão, parênteses e aspas) utilizada nos


enunciados em destaque.
a) O médico ajoelhou-se diante do paciente (ele não costuma ser solícito com
ninguém) e estendeu-lhe a mão.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

b) “Cale-se”, dizia ele a si mesmo com vergonha da situação.


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

c) Apresentaram o novo diretor da empresa – provavelmente um tirano – durante a


reunião semanal.
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Quer conhecer mais sobre Pontuação? Assista:

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5. Aula 5: Coesão referencial e sequencial

A coesão sequencial é conteúdo importante para a produção de textos e para as


questões objetivas. Quando tratamos desse tipo de coesão, levamos em
consideração, principalmente, o uso dos conectivos. Os conectivos, além de
estabelecerem relação de sentido entre as orações, são elementos coesivos entre
períodos e parágrafos.
A ideia de sequência está relacionada à progressão do texto, por isso sua
importância para a construção coerente dos períodos e parágrafos. A ideia atrelada
ao conectivo é também importante para que a progressão se confirme.
Vejamos um exemplo:

Quero encontrar João e pedir um favor. Mas não sei se ele vai aceitar, ainda que seja
muito meu amigo. Se ele aceitar, ganhará minha confiança para sempre.

O primeiro conectivo (e), apresenta uma ideia de adição à sequência apresentada. O


conectivo “mas” insere ideia de adversidade ao texto; o primeiro “se” é uma
conjunção integrante e sua continuidade insere um complemento para o verbo
“saber”. O uso do “ainda que” apresenta sentido de concessão ao período e o
segundo “se”, logo na sequência, introduz ideia de condição.
Nesse pequeno trecho, podemos perceber a importância desses conectivos
para a coesão sequencial do trecho. A ausência desses marcadores discursivos pode
prejudicar a coerência e dificultar a compreensão adequada da ideia pretendida.
Assim, fica evidente que, para a construção de textos dissertativos ou para
questões de compreensão e interpretação, conhecer e dominar o uso desses
elementos será um diferencial.
A coesão referencial está relacionada, assim como a sequencial, aos textos
dissertativos e às questões objetivas. O nome dessa coesão já é um indicador do tipo
de relação que ela estabelece. Para a coesão referencial, existirão diversas classes
de palavras que podem ser utilizadas.
Devemos partir do entendimento de que os textos devem evitar repetições e,
para isso, será preciso fazer uso de elementos que promovam o sucesso dessa

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intenção. O uso mais comum desses elementos se dá com o pronome, uma vez que
essa classe de palavras, em sua função morfológica, pode acompanhar ou substituir
um nome.
É mais comum que a coesão se realize com o uso de pronomes, no entanto
também é muito frequente o uso de sinônimos ou outras construções para
estabelecer a coesão referencial. Vejamos mais um exemplo.

Maria olhava as flores na calçada. Seus cabelos esvoaçaram e fizeram-na perder as


margaridas de vista. Ela desejava o ramalhete, era uma menina determinada.

Nesse trecho temos os referentes “Maria” e “margaridas”. O primeiro aparece


inicialmente, o segundo tem um elemento catafórico que o antecede. “As flores” é o
elemento catafórico de “margaridas”; “seus” tem como referente “Maria”; “na”
também tem como referente “Maria”; “Ela” é outro elemento anafórico de “Maria”; o
“ramalhete” se refere às “margaridas”; “menina” tem como referente “Maria”.

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rUHkbCg&index=828&ab_channel=BrasilEscola

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6. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES. Irandé. Análise de Textos – Fundamentos e práticas. São Paulo: Parábola,


2010.

BAGNO, Marcos. Gramática pedagógica do português brasileiro. São Paulo: Parábola


Editorial, 2012.

BECHARA. Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna, 2018.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:


língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997.

CUNHA, Celso, CINTRA, Lindley. Nova Gramática da língua portuguesa. Rio de


Janeiro: Lexicon, 2016.

KOCH, Ingedore G.V. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 1991.

OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português precisa saber –
a teoria na prática. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.

TRAVAGLIA, Luis Carlos. Gramática e interação – uma proposta para o ensino de


gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez Editora, 1996.

CEREJA, W. R.; MAGALHÃES, T. C. Gramática. Texto, Reflexão e Uso. São


Paulo: Atual, 2008.

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-
praticas/ensino-fundamental-anos-finais/

https://www.conjugacao.com.br/concordancia-verbal-e-nominal/

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/linguaportuguesa/intertextualidade

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