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Livro Eletrônico

Aula 08

Português p/ Escola de Sargentos das Armas (EsSA) Com Videoaulas


- Pós-Edital
Décio Terror Filho

70220902461 - Lucas Nobre


Décio Terror Filho
Aula 08

Sintaxe do período composto (por


coordenação): Frase, período, orações do
período (desenvolvidas e reduzidas), pontuação.
Sumário
1 – Diferença entre frase, período e oração e a pontuação ................................................ 2
1.1 – Frase, ponto Final, ponto de exclamação e ponto de interrogação ........................................ 2
1.2 – Dois-pontos e aspas.................................................................................................................. 3
1.3 – Reticências ................................................................................................................................
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8
1.4 - Período .................................................................................................................................... 12
1.5 – Oração .................................................................................................................................... 13
2 – Diferença entre coordenação e subordinação ............................................................ 16
3 – Estrutura básica do período composto por coordenação ............................................ 23
3.1 – Orações coordenadas sindéticas ............................................................................................ 24
3.1.1 Aditivas .................................................................................................................................................................. 24
3.1.2 Adversativas........................................................................................................................................................... 28
3.1.3. Alternativas .......................................................................................................................................................... 32
3.1.4. Conclusivas ........................................................................................................................................................... 34
3.1.5 Explicativas ............................................................................................................................................................ 38

4 – Comentários do autor/orações parentéticas .............................................................. 47


5 – O que devo tomar nota como mais importante? ........................................................ 49
6 – Lista de questões........................................................................................................ 50
7 - Gabarito...................................................................................................................... 68

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1 – DIFERENÇA ENTRE FRASE, PERÍODO E ORAÇÃO E A PONTUAÇÃO

1.1 – FRASE, PONTO FINAL, PONTO DE EXCLAMAÇÃO E PONTO DE INTERROGAÇÃO

Olá, pessoal!
Para que possamos treinar bastante o conteúdo e aprofundar naquilo que realmente é
necessário, tomei a liberdade de apresentar a você questões de várias bancas.
Trabalharemos o período composto por coordenação, abordando o princípio gramatical de
frase, período e oração, o uso das conjunções e da pontuação.
Para entendermos as estruturas coordenadas, temos que saber a diferença entre frase, período e
oração.
Todo enunciado que possua sentido completo é chamado de frase. Podemos dizer que o
sentido completo ocorrerá explicitamente na linguagem quando houver as seguintes pontuações
finais (. ! ? : ...). Com isso, a próxima palavra deverá estar em letra inicial maiúscula.
Não deixe de se manter motivado. Estudo é aplicação.
O ponto final é utilizado para marcar o término de uma declaração. A frase terminada com
esta pontuação é chamada de frase declarativa:
As aulas terminaram mais cedo.
O ponto de exclamação transmite, de certa forma, uma emoção, um sentimento. A frase
terminada com esta pontuação é chamada de frase exclamativa:
Socorro! Ajude-me!
O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta:
Por que você não veio ontem?
Algumas vezes utilizamos ponto de interrogação para chamar a atenção do leitor:
O rombo da corrupção? O povo paga.
Veja que o autor poderia simplesmente declarar a informação de forma bem objetiva: O
povo paga o rombo da corrupção.
Mas ele preferiu usar o recurso da retórica, é a forma de enfatizar aquilo que poderia ser
apenas uma declaração, como fizemos no exemplo acima.

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1. (IDECAN / Pref São Gonçalo Rio Abaixo–MG Agente – 2014)


Em “O acesso à justiça e a luta por direitos representa um enorme avanço social que o Brasil
conseguiu nos últimos anos, mas algo mudou de lá para cá na sociedade em si?” (3º§), o
ponto de interrogação ( ? ) foi utilizado para
a) exprimir espanto.
b) finalizar frase imperativa.
c) indicar continuação de um fato.
d) realizar pergunta, questionamento.
Comentário: O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta, isto é, uma pergunta,
questionamento. Assim, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

2. (IDECAN / DETRAN-RO Agente – 2014)


No trecho “Como uma cidade pode crescer, gerar renda, emprego e, ao mesmo tempo,
renovar suas estruturas de transporte?” (1º§), o ponto de interrogação ( ? ) foi utilizado para
a) indicar pergunta.
b) exprimir admiração.
c) realçar uma palavra ou expressão.
d) fechar período de frases imperativas.
e) representar, na escrita, hesitações comuns da língua falada.
Comentário: O ponto de interrogação finaliza uma frase interrogativa direta, isto é, uma pergunta,
questionamento. Assim, a alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

1.2 – DOIS-PONTOS E ASPAS

Os dois-pontos são utilizados em diversas situações e são vastamente cobrados nas provas,
mas cabem aqui apenas os dois-pontos finalizando frase. Os outros empregos dessa pontuação
serão vistos adiante e em outras aulas. Isso ocorre quando posteriormente a ele se inicia uma
citação, a fala de alguém, o recorte de um outro texto. Veja:
O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.”

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Como há esta citação, podemos trabalhar o discurso direto, que transmite exatamente a
fala de alguém. O autor do texto (narrador) não utiliza palavras dele mesmo, ele usa as do
“personagem”.
Assim, o termo entre aspas ‘Há dois anos os juros estavam mais baixos’ seria a voz do
personagem; e “O ministro declarou” seria a voz do narrador.
Porém, o autor do texto pode querer relatar com suas palavras o “falar” do personagem.
Neste caso, basta que ele insira a conjunção “que” e adapte quando necessário.
Veja:
Discurso direto:
O ministro declarou: “Há dois anos os juros estavam mais baixos.”
Discurso indireto:
O ministro declarou que há dois anos os juros estavam mais baixos.
Antes de entrarmos nas questões, veremos um breve resumo sobre o uso das aspas, o que
nos ajudará bastante nas questões que envolvem citações.
Aspas
As aspas são empregadas:
a. Em citações textuais diretas:
O Ministro declarou: “As reformas só trarão benefícios.”
O Deputado indagou: “Quais serão os benefícios?”
Alguém comentou: “Não acredito!”
Em citações indiretas, não há necessidade de aspas, mas podem ser usadas quando se quer
dar destaque a todo o texto, ou a algum termo em particular:
O Ministro declarou que as reformas só trarão benefícios. (sem nenhuma ênfase ou destaque)
O ministro declarou que “as reformas só trarão benefícios”. (ênfase nas palavras usadas pelo Ministro)
O Ministro declarou que as reformas só trarão “benefícios”. (ênfase específica numa palavra,
sobressaindo uma ideia)

b. Para indicar sentido irônico, figurado ou impróprio de uma palavra:


O Ministro declarou que as reformas só trarão “benefícios”: aumento da carga tributária,
arrocho salarial, alta da inflação, perda do poder de compra...
Observação: Muitas vezes apenas o contexto ou a entonação, no caso de pronunciamento
oral, indicarão a ironia ou impropriedade.
c. Com gírias, neologismos, criações vocabulares de qualquer tipo ou palavras estrangeiras ainda
não incorporadas ao vocabulário da língua, quando couber o seu uso no texto:
Essa manobra tem ar de “maracutaia”.

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O conferencista falou em puro “economês”, o que não agradou à maioria dos presentes, que
era de leigos.
Favor dar um “feedback” confirmando sua presença.
d. Para destacar títulos, termos técnicos, expressões fixas, definições, exemplificações e
assemelhados:
Foi discutida a “privatização das universidades federais” no encontro de reitores.
O maior inteiro que divide simultaneamente cada membro de um conjunto é o “máximo
divisor comum”.
Não confundir o prefixo ante-, que significa “anterior”, com anti-, “contra”.
Para efeitos deste estudo, entenda-se por “transtorno bipolar”...
Nem sempre se pode aplicar uma “norma ideal” no lugar de uma “norma real”.

3. (Aeronáutica / CIAAR Primeiro Tenente - Farmácia Hospitalar – 2018)


Leia o texto a seguir.
Naquele momento da reunião, ponderei:
“Sou eu mesma. E você eu conheço do Centro de Instruções, certo?”
Ela me olhou interrogativa (forcejando para ser alegre).
Fonte: Arquivo da Banca Elaboradora.
Além da estrutura sintática, a pontuação indica vários outros aspectos presentes no texto e
que podem ser assim explicados e exemplificados:
I. Os parênteses exemplificam uma indicação cênica.
II. As aspas ressaltam o valor significativo das frases.
III. A vírgula, na primeira frase, está isolando um adjunto adverbial.
IV. A vírgula antes de “certo?” isola uma expressão de caráter fático.
V. Os dois pontos indicam que o sentido vai além do que foi expresso.
Está correto apenas o que se afirma em
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) II, IV e V.
d) III, IV e V.

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Comentário: A primeira afirmação está correta, pois o segmento entre parênteses


“(forcejando para ser alegre)” indica uma ação sendo executada naquela situação. Assim,
podemos entender que é uma indicação cênica.
A segunda afirmação está errada, pois as aspas empregadas em “Sou eu mesma. E você
eu conheço do Centro de Instruções, certo?” indica a citação direta do personagem, e não
simplesmente um realce do valor significativo das frases.
A terceira afirmação está correta, pois o termo “Naquele momento da reunião” é um
adjunto adverbial antecipado.
A quarta afirmação está correta, pois o caráter fático tem relação não somente com a
informação, mas com o teste do canal de comunicação, com o estímulo ou exercício da
sociabilidade. Isso ocorre muito na linguagem informal com expressões do tipo: “Entendeu?”,
“Tudo bem?”, “Positivo?”.
Assim, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

4. (IDECAN / UFPB Auxiliar Administrativo – 2016)


Fragmento do texto: Em casa, as paredes do quarto são forradas de pôsteres, revistas são
consumidas aos milhares, álbuns são confeccionados com devoção e programas de TV são
ansiosamente esperados apenas para assistir a uma rápida aparição do ídolo.
Muitos pais se perguntam: o que essas pessoas têm de tão especial para atrair a atenção
de tantos jovens? A primeira e mais óbvia resposta é que todos esses astros, mais do que
qualquer outro mortal, detêm objetos de desejo de nossa cultura ocidental, como fama,
sucesso, beleza, dinheiro etc.
No trecho “Muitos pais se perguntam: o que essas pessoas têm de tão especial para
atrair a atenção de tantos jovens?” (linha 5), os dois pontos ( : ) foram utilizados
a) antes de uma citação.
b) devido a uma enumeração.
c) para finalizar frase declarativa.
d) para anunciar a fala do personagem.
Comentário: A expressão “o que essas pessoas têm de tão especial para atrair a atenção de
tantos jovens?” é a pergunta de muitos pais, anunciada na oração anterior. Assim, entendemos
que o sinal de dois pontos marca uma citação direta e a alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

5. (IDECAN / Pref São Gonçalo Rio Abaixo–MG Agente – 2014)


Fragmento do texto: Querem mais? No Brasil, 67% da população, ou seja, 130 milhões de
almas, sintonizam a televisão todos os dias. E a média diária de permanência à frente da
telinha é de 3h26 nos dias de semana (3h20 aos sábados e domingos). A pesquisa desce a

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detalhes. A tevê, de acordo com seu público consumidor, oscila entre o lixo e a informação.
Mas o próprio espectador guarda uma salutar distância daquilo que ouve quando a televisão
simula ser “séria”. Entre confiar e desconfiar da notícia de tevê, dá empate técnico: 49% a
51%. Por via das dúvidas, é ainda melhor se fiar no que vem impresso no papel.
A pontuação tem por objetivo estruturar os textos, estabelecer pausas e entonações da
fala além de outros. No parágrafo, o uso de aspas indica que o termo
a) destaca a característica atribuída à televisão positivamente.
b) confere um grau maior de confiabilidade ao teor da informação.
c) apresenta um sentido particular no contexto em que está inserido.
d) acrescenta um dado argumentativo acerca da referida informação.
Comentário: A expressão “simula ser ‘séria’” já elimina as alternativas (A), (B).
A alternativa (D) está errada, pois a inserção de trecho entre aspas como um dado
argumentativo normalmente é feito com a citação direta, o que não ocorreu neste parágrafo.
Dessa forma, a alternativa (C) é a correta, pois a palavra “séria”, entre aspas, teve um
tom particular: a crítica na simulação de confiabilidade, de responsabilidade.
Gabarito: C

6. (FGV / DPE RJ Técnico – 2014)


Fragmento do texto: Os problemas da expansão urbana estão na conversa cotidiana dos
milhões de brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem “onde o sapato aperta”. São
reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da violência, da precariedade dos serviços
públicos. No vestibular, todo estudante depara com a “questão urbana” e os pesquisadores
se debruçam sobre o assunto, que também é parte significativa da pauta dos meios de
comunicação.
No primeiro parágrafo do texto o segmento “onde o sapato aperta” aparece entre aspas
porque
a) mostra uma frase sem respeito pela norma culta.
b) indica o tópico central do parágrafo.
c) destaca uma ironia da autora do texto.
d) copia uma expressão popular.
e) enfatiza uma ideia importante do texto.
Comentário: As aspas podem indicar expressões não dicionarizadas, típicas de linguagem
popular, como ocorre com a expressão “onde o sapato aperta”. Assim, observamos que a
alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

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1.3 – RETICÊNCIAS

Agora vamos ao uso das reticências. Elas podem ser usadas em diversas situações, as quais
serão vistas adiante.
Elas são utilizadas em final de frase normalmente para indicar que a declaração que vinha
sendo feita ainda continua. Isso ocorre quando recortamos um trecho de algum texto. Mas muitas
vezes o autor usa esta continuidade do pensamento para que o leitor reflita mais sobre o assunto.
Um jovem sem esperança, perturbado, sem sonho, com cinco revólveres e muita munição,
entra num colégio em Realengo (RJ) e...
Neste exemplo, as reticências nos remetem a pensar na catástrofe ocorrida em abril de
2011, em Realengo-RJ. O autor não precisa dizer mais nada, nós já entendemos que ele (o autor)
quer nossa atenção ao problema.
Além das reticências, esse sentido de continuidade do enunciado também pode ser
expresso por “etc”, uma abreviatura da forma latina “et coetera”, a qual significa “e as demais
coisas”, muito usada para que o leitor entenda que a enumeração é longa e os elementos já
elencados transmitem a informação necessária para a compreensão do texto. Veja isso na questão
seguinte.
Mas antes de entrarmos nas questões, vamos a um breve resumo sobre o uso deste sinal de
pontuação:
As reticências ( ... ) são utilizadas para denotar emoções variadas (uso sobretudo literário),
para assinalar a interrupção de uma frase ou para indicar a omissão de partes de um texto. Nesses
dois últimos casos, são usadas:
a. Quando o emissor deixa o pensamento em suspenso ou quando a frase está incompleta:
Se o projeto será aprovado? Bem...
b. Para indicar hesitação:
Pensamos que... Achamos que... Que isso não é certo.
c. Quando um interlocutor é interrompido por outro (nos pronunciamentos, quando o orador é
interrompido):
– O Presidente da República está ciente... (início de uma declaração)

– Um aparte, por favor... (outra pessoa interrompe)

– ...ciente do problema. Concedo o aparte ao nobre advogado. (Continuação da declaração,


após a interrupção. Em seguida, foi concedida a palavra a outrem)

d. Para indicar, nas citações, que uma parte da frase ou do texto foi omitida, recomendando-se
neste caso o seu emprego entre colchetes:
“A política de desenvolvimento urbano [...] tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.” (CF, art.
182)

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7. (IBFC / EBSERH Assistente Administrativo – 2017)


Vivendo e...
Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma bola de gude
conseguisse equilibrá-la na dobra do dedo indicador sobre a unha do polegar, e quanto mais
jogá-la com a precisão que eu tinha quando era garoto. Outra coisa: acabo de procurar no
dicionário, pela primeira vez, o significado da palavra “gude”. Quando era garoto nunca
pensei nisso, eu sabia o que era gude. Gude era gude.
Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para dentro, e
assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusive variava de tom conforme
o posicionamento das mãos. Hoje não sei que jeito é esse. [...]
(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva. 2001)
O emprego das reticências no título, sugere:
a) a incapacidade do autor em completar a ideia.
b) a caracterização de uma enumeração infinita.
c) um convite para que o leitor reflita sobre o tema.
d) a sinalização de um questionamento do leitor.
e) a representação de uma ideia polêmica.
Comentário: As reticências normalmente indicam que o leitor deve pensar para completar o
pensamento. Assim, a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

8. (CONSULPLAN / CODESP Agente Comunitário – 2012)


Fragmento do texto: Um dia passou por ali um pescador com o seu barco. Lançou a sua
rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou,
levou-as para a sua casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as
ostras, de repente seus dentes bateram num objeto duro que estava dentro da ostra. Ele
tomou-o em suas mãos e deu uma gargalhada de felicidade: era uma pérola, uma linda
pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele tomou a pérola e deu-a de presente
para a sua esposa. Ela ficou muito feliz...
Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras e vale para nós, seres humanos. As
pessoas que se imaginam felizes simplesmente se dedicam a gozar a vida. E fazem bem. Mas
as pessoas que sofrem, elas têm de produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos

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artistas, dos educadores, dos profetas. Sofrimento que faz pérola não precisa ser sofrimento
físico. Raramente é sofrimento físico. Na maioria das vezes são dores na alma.
Em “Ela ficou muito feliz...”, as reticências (...) foram utilizadas para
a) exprimir indignação.
b) inserir uma explicação.
c) acrescentar uma reflexão.
d) finalizar uma interrogativa direta.
e) indicar a continuidade de uma ação ou fato.
Comentário: As alternativas (A), (B) e (D) estão erradas, porque o contexto nos mostra que não
houve expressão de indignação, explicação ou interrogativa.
Você poderia ter ficado na dúvida entre as alternativas (C) e (E), mas perceba que é o
parágrafo posterior que acrescenta a reflexão do autor, e não o emprego das reticências. Assim, a
alternativa (E) é a correta, pois a esposa recebeu a pérola, ficou feliz e se subentende que, pelo uso
das reticências, houve algumas ações em sequência, mas que não tinham necessidade de serem
expressas no texto, para ficarem no imaginário do leitor.
Gabarito: E

9. (CONSULPLAN / Prefeitura C.V. Oficial Administrativo – 2010)


Fragmento do texto: Quando eu fazia Jornalismo na PUC era assim: se eu quisesse saber
das novidades, das festas, dos encontros, das viagens, eu tinha que encontrar o pessoal ali
perto de uma enorme cabeça do Kennedy, em frente aos elevadores. Às vezes, rodávamos a
PUC inteira atrás de alguém que estivesse com a tabela do nosso campeonato de futebol. Não
havia celular ou internet, e a sala de computadores ainda era a sala das máquinas de
escrever. Isso tem 20 anos. O resultado é que nos encontrávamos mais. Estar com as pessoas
era o ponto de partida para... estar com as pessoas.
“Estar com as pessoas era o ponto de partida para... estar com as pessoas.” No trecho
anterior, as reticências (...) foram utilizadas para:
a) Separar palavras da mesma classe gramatical.
b) Indicar continuação do pensamento.
c) Abreviar.
d) Suprimir, intencionalmente o verbo.
e) Destacar termos explicativos enfáticos.
Comentário: As reticências marcam aí uma pausa no discurso para uma interpretação a mais do
leitor: fazê-lo comparar, aprofundar no tema, naquilo que foi dito. Esse recurso é muito utilizado
em crônicas, pois o autor quer chamar a atenção de quem está lendo sobre o assunto.
Assim, entendemos que há uma continuação do pensamento, e a alternativa correta é a (B).

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De acordo com a alternativa (A), para separarmos palavras de mesmo valor, usamos a
enumeração por meio de vírgulas.
De acordo com a alternativa (C), não há uma pontuação específica para abreviar. Isto
depende muito do contexto, e não cabe esta interpretação neste trecho do texto.
De acordo com a alternativa (D), a supressão intencional do verbo é chamada de elipse
verbal. Neste caso inserimos uma vírgula. Veja: Eu estudo Matemática; você, Português.
A vírgula após a palavra “você” indica que o verbo “estuda” foi omitido para evitar repetição
de palavra.
De acordo com a alternativa (E), para destacarmos termos explicativos enfáticos, podemos
separar por travessões, vírgulas ou parênteses. Veja:
No ano passado, fui a Brasília (polo da representatividade democrática brasileira).
Gabarito: B

10. (Fund. Dom Cintra / IBASCAF Advogado – 2011)


Fragmento do texto: Imagino que a escrita nasceu da necessidade de não esquecer. O
primeiro pré-homem que pensou “preciso me lembrar disto” deve ter olhado em volta
procurando alguma coisa que ele ainda não sabia o que era. Era um pedaço de papel e uma
Bic. Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com
vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc.
Mas a angústia primordial foi a de perder o pensamento fugidio ou a cena insólita. Pense em
quantas ideias não desapareceram para sempre por falta de algo que as retivesse na
memória e no mundo. A história da civilização teria sido outra se, antes de inventar a roda, o
homem tivesse inventado o bloco de notas.
“Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco
com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de
barro etc.”. O emprego da abreviatura etc no final desse período indica que:
a) o cronista não se lembra de todos os detalhes da evolução da escrita.
b) o autor não considera importante citar as outras etapas da evolução da escrita.
c) o texto procura encaminhar o leitor para outros conhecimentos por meio de alusões.
d) a crônica tem finalidade humorística e a abreviatura causa uma quebra de expectativa
que favorece o riso.
e) a abreviatura mostra que o texto tem rigor científico, procurando fornecer todos os
detalhes informativos ao leitor.
Comentário: Se o autor fosse elencar todas as etapas da evolução da escrita, fatalmente a
enumeração seria tão extensa que o texto perderia o foco, o seu motivo. Assim, foi utilizado o
recurso da abreviatura “etc”, para mostrar ao leitor que as etapas foram várias, mas não
interessava listar todas ao leitor. Dessa forma, a alternativa correta é a (B).

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A alternativa (A) está errada, pois já vimos que não houve a intenção de citar todas. Isso não
ocorreu por esquecimento.
A alternativa (C) está errada, pois “alusões” é um elemento estilístico em que o autor insere
uma expressão ou nome que faz referência (alusão) a um feito, uma virtude, uma moral. Exemplo:
Ela acha que sabe de mais. Não se lembra da lição de Sócrates.
Aqui foi feita alusão à célebre frase de Sócrates “Só sei que nada sei.”, como uma crítica à
presunção de inteligência de alguém.
Assim, percebemos que isso nada tem a ver com a abreviatura “etc” deste texto.
A alternativa (D) está errada, pois a quebra de expectativa é sinalizada, na linguagem, com a
adversidade, oposição, contraste, por meio de conjunções como “mas”, “porém”, “contudo”.
A alternativa (E) está errada, pois, se fosse para fornecer todos os detalhes, a abreviatura
“etc” não poderia ter sido usada, pois todos os elementos da enumeração deveriam ter sido
elencados.
Gabarito: B

1.4 - PERÍODO

Após termos visto a frase, vamos trabalhar o período.


Período é todo enunciado com sentido completo e que possua verbo.
Assim, há uma grande diferença entre frase e período. Apesar de os dois terem sentido
completo, a frase pode ou não ter verbo, mas o período obrigatoriamente terá.
Então, todo período é uma frase, mas nem toda frase será um período. Veja:
“Socorro!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo.
“Ajude-me!” é frase e também é período, pois possui verbo.
“Olá!” é frase, mas não é período, porque não tem verbo.
“Você está bem?” é frase e também é período, pois possui verbo.
Assim, período é o mesmo que frase verbal, pois possui verbo.
Quando não há verbo com enunciado de sentido completo, chamamos de frase nominal.
Como o período deverá ter sentido completo, a pontuação final dele deve ser a mesma da
frase: . ! ? : ...

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11. (CEPERJ / Sec. Edu. Inspetor – 2011)


Classifica-se como frase nominal:
a) “E por quê, amorzinho?”
b) “– Manhê, eu não quero comer este queijo.”
c) “Detesto!”
d) “– Não me diga!”
e) “Tá todo cheio de buracos!”
Comentário: A frase nominal é o enunciado de sentido completo sem verbo. A frase verbal é o
enunciado de sentido completo com verbo. Assim, a alternativa (A) é a correta, pois é o único
enunciado sem verbo.
Gabarito: A

1.5 – ORAÇÃO

Agora veremos a oração.


A oração deve possuir verbo. Nem sempre terá sentido completo.
Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.
Neste enunciado, veja que há frase, porque tem sentido completo. Há período, porque,
além de ter sentido completo, tem verbo. Há orações, porque cada oração terá um verbo
diferente.
Assim, vejamos:
1. “Socorro!” (apenas frase)
2. “Ajude-me!” (frase, período e oração)
3. “Olá!” (apenas frase)
4. “Você está bem?” (frase, período e oração)
5. “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.” (frase, período e orações)
Quando há um período com apenas uma oração, chamamos este enunciado de período
simples, como ocorre com os períodos “Ajude-me!”, “Você está bem?”. Dizemos que período
simples é também uma oração absoluta.
Quando há período com dois ou mais verbos, temos um período composto, como ocorre
com “Ana foi ao trabalho e bateu o recorde de vendas.”.

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Portanto, vamos observar que uma oração absoluta é o mesmo que período simples e é o
mesmo que uma frase, portanto terá a mesma pontuação final de uma frase: . ! ? : ...

Logicamente, não há apenas a oração absoluta, a diversidade de valores de cada oração


dentro de um período composto é o nosso foco nesta aula. Por isso dizemos que, além da
pontuação final vista acima, a oração pode ser sucedida por: , ; ─ e às vezes não receberá
nenhuma pontuação.
Cada período terá um valor, o qual será simples, composto por coordenação ou por
subordinação. Isso vai depender da oração que nele se inserir. Na sintaxe, toda oração terá um
nome conforme sua função. Quando um período é simples, já dissemos que ela será chamada de
absoluta.
Mas, quando ela está num período composto, seu nome muda porque sua relação
semântica também muda e aí veremos o papel muito importante da conjunção e da pontuação.

12. (Aeronáutica / CIAAR Primeiro Tenente - Cardiologia – 2018)


Leia, atentamente, o texto a seguir.
REPÓRTER POLICIAL
Requisitos:
– Experiência mínima de 3 anos em jornalismo investigativo
– Sexo feminino
– Idade entre 28 e 38 anos
– Usuária de computador
– Nível universitário, de preferência com pós-graduação
Salário de acordo com a categoria.
Os interessados deverão enviar currículo com foto para o e-mail indicado até meio-dia e meio
de hoje.
Fonte: Arquivo da Banca Elaboradora.
Imagine a seguinte situação: você prestou serviços de consultoria como revisor de língua
portuguesa num jornal de grande circulação, em Belo Horizonte, e recebeu esse texto para
revisão. Ao finalizar o seu trabalho, apontou que
I . gramaticalmente o texto apresentou problemas somente quanto ao uso correto dos sinais
de pontuação,

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PORQUE
II . os itens que compunham os “requisitos” deveriam ser pontuados com o ponto-e-vírgula,
preferencialmente.
Sobre essas asserções, é correto afirmar que
a) As asserções I e II são proposições falsas.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa
d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.
Comentário: Como revisor do texto, deveríamos perceber que os requisitos deveriam ser iniciados
com letra minúscula, deveria haver uma vírgula ou ponto e vírgula para separar cada elemento da
enumeração e na hora deveria haver o feminino “meia” porque se subentende a palavra “hora”.
Veja:
REPÓRTER POLICIAL
Requisitos:
– experiência mínima de 3 anos em jornalismo investigativo;
– sexo feminino;
– idade entre 28 e 38 anos;
– usuária de computador;
– nível universitário, de preferência com pós-graduação.
Salário de acordo com a categoria.
Os interessados deverão enviar currículo com foto para o e-mail indicado até meio-dia e meia
de hoje.
Assim, a primeira afirmação está errada, pois indica somente a pontuação e a segunda
afirmação correta, pois realmente caberia preferencialmente o ponto e vírgula.
Assim, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

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2 – DIFERENÇA ENTRE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO


Vamos a uma diferença básica entre coordenação e subordinação:
1 2 3

Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar calmo durante a prova,
passará no concurso.
4
Note que temos apenas uma frase, porque só há um ponto final. Com isso, percebemos que
temos também um período. Como há vários verbos, há várias orações em um período composto.
O resultado principal do enunciado é “passará no concurso”. Para que alguém consiga esse
resultado, deverá passar por algumas condições: “se mantiver atento à aula, realizar todas as
atividades, ficar calmo durante a prova”. Essas três condições estão paralelas, unidas, por isso as
==aa95b==

chamamos de estruturas coordenadas. Elas estão justapostas justamente porque todas possuem o
mesmo valor: condição.
Podemos chamar esta justaposição (coordenação) de ENUMERAÇÃO.
Assim, perceba que as orações 1, 2 e 3 estão coordenadas entre si.
Mas perceba também que a junção destas três condições (estruturadas em coordenação)
foi necessária para se ter um resultado: “passará no concurso”.
Veja que estas três estruturas sozinhas, sem a última oração, não teriam sentido; por isso,
além de estarem coordenadas entre si, elas dependem do resultado, passando a uma relação de
subordinação. Elas precisam de outra para ter sentido. Imagine a estrutura acima sem a oração 4,
ela teria sentido?
3
1 2
Se você se mantiver atento à aula, realizar todas as atividades e ficar calmo durante a prova
...passará no concurso do TSE.
Lógico que não, então percebemos que a oração 4 é necessária para que as outras (subordinadas)
tenham sentido.

Resumindo, entendemos que as orações 1, 2, 3 estão coordenadas entre si (justapostas,


paralelas, enumeradas) e que estas mesmas orações estão subordinadas em relação à oração 4
(principal).
A oração subordinada se refere a uma oração principal, e a oração coordenada se liga a
outra também coordenada (ou também chamada de oração inicial).

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13. (Marinha / EFOMM Oficial – 2016)


Assinale a opção em que se constata a presença de um período composto.
(a) Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: pum!
(b) Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma meditação sobre o
filme A festa de Babette (...)
(c) Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada.
(d) O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em
uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças.
(e) Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e
ressurreição de Cristo (...)
Comentário: Para termos um período composto, deve haver segmento com dois ou mais verbos.
Na alternativa (A), há apenas um período simples, por haver apenas o verbo “acontece”.
Na alternativa (B), há apenas um período simples, por haver apenas a locução verbal
“Cheguei a dedicar”.
A alternativa (C) é a correta, pois há duas locuções verbais, cada uma na sua respectiva
oração. Assim, há período composto:
Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada.
Na alternativa (D), há apenas um período simples, por haver apenas o verbo “transformou”.
Na alternativa (E), há apenas um período simples, por haver apenas a locução verbal “está
representado”.
Gabarito: C

14. (Marinha / EFOMM Oficial – 2015)


Assinale a opção em que aparece mais de uma oração no período.
( a ) Como essa menina devia nos odiar (...)
( b ) (...) continuava a implorar-lhe emprestados os livros (...)
( c ) Não me mandou entrar.
( d ) Eu já começara a adivinhar que ela (...)
( e ) Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina (...)

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Comentário: Se temos que encontrar a opção em que aparece mais de uma oração no período,
então temos que encontrar um período composto.
Na alternativa (A), há apenas um período simples, por haver apenas a locução verbal “devia
odiar”.
Na alternativa (B), há apenas um período simples, por haver apenas a locução verbal
“continuava a implorar”.
A alternativa (C) é a correta e veremos, na aula de período composto por subordinação
substantiva, que o verbo causativo “mandou” é seguido do verbo “entrar”, e cada um faz parte de
uma oração distinta. Assim, a banca queria que o candidato lembrasse que verbos causativos ou
sensitivos não formam locução verbal com o próximo verbo.
Não me mandou entrar.
Veja que podemos desenvolver a segunda oração da seguinte forma:
Não mandou que eu entrasse.
Na alternativa (D), há apenas um período simples, por haver apenas a locução verbal
“começara a adivinhar”.
Na alternativa (E), há apenas um período simples, por haver apenas a locução verbal “devia
estar estranhando”.
Gabarito: C

15. (Marinha / EFOMM Oficial – 2014)


Analise as passagens abaixo e assinale a opção em que se ERROU o número de orações
indicado ao lado.
(a) Abro as venezianas na alegria do sol desta manhã e só não ponho a mão na cabeça
porque, afinal das contas, o correr dos anos nos dá uma certa filosofia. – três orações.
(b) Quem sai para uma prova de matemática não há mesmo de ter deixado a cama feita,
tanto mais quando ficou lendo Carlos Drummond de Andrade até às tantas (...) – quatro
orações.
(c) E quem é que está ligando para tudo isso? – uma oração.
(d) E pensar que esse menino um dia casa e vai levar essas noções de arrumação para a
infeliz da esposa (...) – três orações.
(e) São Sebastião, na sua peanha dourada, está de olhos erguidos para o alto e, felizmente,
não vê a desordem que anda cá por baixo. – três orações.
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois há três verbos (“Abro”, “ponho”, “dá”), portanto,
três orações.
A alternativa (B) é a errada, pois há dois verbos e uma locução verbal (“sai”, “há de ter
deixado”, “ficou”), portanto, três orações.

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A alternativa (C) está correta, pois há apenas a locução verbal “está ligando”, portanto, uma
oração. Como vimos na aula de sintaxe da oração, a expressão “é que” é expletiva e não forma
oração. Veja que podemos excluir tal expressão de realce: E quem está ligando para tudo isso?
A alternativa (D) está correta, pois há dois verbos e uma locução verbal (“pensar”, “casa”,
“vai levar”), portanto, três orações.
A alternativa (E) está correta, pois há três verbos (“está”, “vê”, “anda”), portanto, três
orações.
Gabarito: B

16. (Aeronáutica / EEAR Sargento – 2016)


Apiedei-me; tomei-a na palma da mão e fui depô-la no peitoril da janela. Era tarde; a infeliz
expirou dentro de alguns segundos. (Machado de Assis)
Quantas orações coordenadas podemos depreender do texto acima?
a) seis
b) sete
c) cinco
d) quatro
Comentário: Os dois períodos sintáticos apresentam orações coordenadas entre si. Como sabemos
que cada verbo ou locução verbal constitui uma oração, basta contar o número de verbos para
saber o número de orações. Veja:
Apiedei-me; tomei-a na palma da mão e fui depô-la no peitoril da janela. Era tarde; a infeliz expirou
dentro de alguns segundos.
Assim, a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

A enumeração (coordenação) também pode ocorrer com substantivos. Veja:


“Fui ao mercado e comprei os seguintes itens: carnes, frutas e legumes.”
Podemos dizer que esta estrutura possui termos coordenados, pois os substantivos
“carnes”, “frutas” e “legumes” estão paralelos entre si. A enumeração de substantivos ocorre em
qualquer termo composto da oração (mais de um núcleo).
Então podemos entender que termos paralelos (enumerados, coordenados) podem ser
substantivos (quando queremos nominar os seres), adjetivos (quando queremos caracterizá-los) e
verbos (quando queremos demonstrar uma sequência de ações).

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Veja:
Enumeração de substantivos:
1 Estudo, trabalho e disciplina acompanham o homem moderno.

Enumeração de adjetivos:
2 Achei a pintura clara, intrigante, linda!

Sequência de ações:
3 Joana foi ao trabalho, despachou poucos documentos, sentiu-se mal e voltou para casa.
Você observou o uso das vírgulas nessas estruturas? Poderíamos retirar a vírgula após os
vocábulos “Estudo”, “clara” e “trabalho” (das frases 1, 2 e 3, respectivamente)? Lógico que não.
Mas isso não é novidade, não é?
Todos já sabemos que, quando ocorre uma enumeração, naturalmente os termos
coordenados ficarão separados por vírgula. É natural, também, que o último dos termos possa ficar
separado pela conjunção “e”, para que o leitor faça a entonação final. Mas isso não é obrigatório,
desde que haja uma vírgula em seu lugar. Veja que, na enumeração dos adjetivos, o autor preferiu
não inserir a conjunção “e”.

17. (IBFC / MGS Técnico Contábil – 2017)


Texto II
Família
(Titãs, fragmento)
Família, família
Papai, mamãe, titia,
Família, família
Almoça junto todo dia,
Nunca perde essa mania
Mas quando a filha quer fugir de casa
Precisa descolar um ganha-pão
Filha de família se não casa
Papai, mamãe, não dão nenhum tostão

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Família êh!
Família áh!
Nos três primeiros versos, as vírgulas foram usadas para:
a) indicar uma sequência infinita de termos.
b) separar elementos de uma enumeração.
c) marcar uma pausa longa entre as palavras.
d) enumerar termos de classes gramaticais distintas.
Comentário: As vírgulas separam os substantivos enumerados “Família”, “família”, “Papai”,
“mamãe”, “titia”, “Família”, “família”. Assim, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

18. (IDECAN / Prefeitura de Marilândia - ES Auxiliar Adm – 2016)

No trecho “Hoje eu roubei um caixa eletrônico, uma padaria, um posto de gasolina, uma
velhinha e um celular.", as vírgulas foram utilizadas para
a) exprimir espanto.
b) separar enumerações.
c) marcar pausa de longa duração.
d) destacar informações importantes.
Comentário: Vimos que os termos enumerados, coordenados são separados por vírgulas, o
que ocorreu em “um caixa eletrônico, uma padaria, um posto de gasolina, uma velhinha”.
Assim, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

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19. (IBFC / EBSERH UFSC Assistente Administrativo – 2016)


Considere o fragmento abaixo para responder a questão seguinte.
“as cigarras calam, se eriçam as águas da lagoa e as casuarinas, que se balançavam
indolentes, imobilizam-se na rigidez morta e reta dos ciprestes.”(1º§)
Ocorre, nessa passagem destacada, um predomínio de orações:
a) subordinadas adverbiais.
b) subordinadas adjetivas.
c) subordinadas substantivas.
d) reduzidas.
e) coordenadas.
Comentário: No segmento “as cigarras calam, se eriçam as águas da lagoa e as casuarinas, que se
balançavam indolentes, imobilizam-se na rigidez morta e reta dos ciprestes.”, as duas primeiras
orações grifadas são coordenadas assindéticas e a última é coordenada sindética. Há apenas uma
oração subordinada (“que se balançavam indolentes”).
Assim, predominam neste período orações coordenadas e a alternativa (E) é a correta.
Gabarito: E

20. (CONSULPLAN / MAPA Administrador – 2014)


Considerando as várias funções da vírgula e sua importância, identifique o motivo pelo qual
as vírgulas foram empregadas em “[...] e essa busca incluía conversação entre iguais, a
polêmica, o debate, a controvérsia.”.
a) Separar uma enumeração.
b) Separar expressões retificativas.
c) Separar uma aposição explicativa.
d) Separar termos que serão retomados por pronome.
Comentário: Note que as vírgulas separam os termos enumerados “conversação entre iguais”, “a
polêmica”, “o debate” e “a controvérsia”. Assim, só cabe a alternativa (A) como a correta.
Gabarito: A

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3 – ESTRUTURA BÁSICA DO PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO


Continuaremos a falar da pontuação, agora com foco no valor semântico de cada estrutura
coordenada. Para isso, vamos ver que as conjunções COORDENATIVAS podem ter cinco valores
semânticos, de acordo com o esquema a seguir:

Este esquema vai nos guiar sempre que falarmos de orações coordenadas. Os elementos
coordenados estão unidos pelas conjunções “e”, “mas”, “ou”, “portanto”, “pois”.
A palavra conjunção tem alguns sinônimos como conectivos e síndetos. Assim, quando uma
oração coordenada é iniciada por conjunção, ela é chamada de coordenada sindética e a vírgula vai
depender de seu valor semântico, conforme apontado nesse esquema.
Porém, podemos encontrar orações coordenadas sem conjunção, neste caso as chamamos
de orações coordenadas assindéticas. É importante reconhecê-las porque a vírgula será
obrigatória, independente do sentido. Exemplo:
Mauro saiu e voltou tarde. (oração sindética)
Mauro saiu, voltou tarde. (oração assindética)
Normalmente não é cobrado o nome destas orações, mas a pontuação e a possibilidade de
troca de conjunções de mesmo sentido.
Vejamos os principais valores:

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3.1 – ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS

3.1.1 Aditivas

As conjunções aditivas servem para somar termos, encadear enumeração dentro de uma
lógica. As principais são:
e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também, senão também, tanto...como,
tanto...quanto.
Ex.: Ele caminha e corre todos os dias.
Via de regra, não usamos vírgula antes da conjunção “e”. Perceba isso no nosso esquema do
período composto por coordenação. Mas, se o “e” for substituído por qualquer outra conjunção
aditiva, como mostrada acima, naturalmente poderá receber a vírgula. Perceba isso nos exemplos.
Ele não caminha nem corre.
Josefina não trabalha, tampouco estuda.
Ele não só ajuda financeiramente, mas também aconselha os amigos.
A vírgula antes da conjunção “e” é usada em três situações:
a) quando o sujeito for diferente:
Ana estudou, e Jucélia trabalhou.
Note que o sujeito para cada verbo é diferente, por isso a vírgula é facultativa.
b) quando o sentido for de contraste, oposição:
Estudei muito, e não entendi nada.
Não é normal uma pessoa estudar muito e não entender nada. Neste caso houve uma
contradição, um contraste. A conjunção “e”, neste caso, pode ser substituída por “mas”. Esta
vírgula é considerada obrigatória, mas podemos observar bons escritores dispensando esta vírgula.
c) quando fizer parte de uma repetição da conjunção. Esta repetição pode ter valor significativo no
texto, o qual chamamos de enumeração subjetiva. Veja:
Enumeração subjetiva:
_________, e_________, e_________, e_________, e__________, e _________.

A candidata acordou cedo, e preparou uma refeição leve, e alimentou-se calmamente, e


chegou tranquila, e realizou a prova, e saiu confiante.

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A repetição da conjunção “e” é empregada como um reforço das ações. Chamamos de


subjetiva ou enfática, porque transmite uma carga de emoção para se aumentar a força nos
argumentos.
Agora, vejamos a enumeração objetiva:
Enumeração objetiva:
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ e _________.

A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou
tranquila, realizou a prova e saiu confiante.
Dizemos que esta é uma enumeração objetiva, pois o autor simplesmente se atém a relatar
aquilo que realmente ocorreu, sem transparecer envolvimento emocional, como ocorre numa
enumeração subjetiva.

Cada oração faz parte de um termo da enumeração, por isso as vírgulas são obrigatórias.
Perceba a conjunção “e”, que sinaliza o último termo da enumeração. Ela pode ser retirada, sem
prejuízo gramatical. Veja:
_________ , _________ , _________ , _________ , __________ , _________.

A candidata acordou cedo, preparou uma refeição leve, alimentou-se calmamente, chegou
tranquila, realizou a prova, saiu confiante.
A única diferença é na clareza. Com a conjunção, o leitor saberá fazer a entonação final da
enumeração, algo que não seria tão claro sem a vírgula. Mas as duas construções estão corretas.
Agora, vamos ver uma construção com a inserção de conjunção ou vírgula dentro dos
termos enumerados. Com isso é natural separarmos esses elementos por ponto e vírgula. Veja:
Uso do ponto e vírgula:
1.2 2.1 2.2 4.1 4.2
1.1

____ e_____; ____e____; _________; ____ e ____; _________; e _________.

1 2 3 4 5 6

Carlos e Júlia acordaram cedo; prepararam o material e uma refeição leve; alimentaram-se
bem; chegaram tranquila e calmamente à sala; realizaram a prova; e saíram confiantes.
Veja que os elementos enumerados (1 a 6) agora estão separados por ponto e vírgula,
porque há divisões internas nos termos 1, 2 e 4. O uso do ponto e vírgula não é obrigatório,
porém transmite maior clareza na enumeração, assim também o ponto e vírgula antes da
conjunção “e” que une os elementos 5 e 6. Essa pontuação também não é obrigatória; apenas é
utilizada para que o leitor não confunda o último termo enumerado (6) e o penúltimo (5) como
apenas um.

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Assim, veja os esquemas possíveis na enumeração com divisão interna:

Vale lembrar que o ponto e vírgula também pode ser usado no lugar da vírgula quando há
enunciados de grande extensão, mesmo sem divisões internas, como visto anteriormente. Isso
torna o texto mais claro ao leitor. Exemplo:
A rotina dos trabalhos das grandes empresas foca a dinâmica do processamento com
particularidades ainda não plenamente entendidas por funcionários antigos; essa lógica tem
trazido prejuízos àqueles que não se adaptam ao novo.

21. (Aeronáutica / EPCAR Cadete da Aeronáutica – 2016)


O Sal da Terra
Beto Guedes
Anda!
Quero te dizer nenhum segredo
Falo desse chão, da nossa casa
Vem que tá na hora de arrumar
Tempo!
Quero viver mais duzentos anos
Quero não ferir meu semelhante
Nem por isso quero me ferir

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Vamos precisar de todo mundo


Pra banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver
A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da
Terra!
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã
Canta!
Leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã
Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Pra melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois
Deixa nascer, o amor
Deixa fluir, o amor
Deixa crescer, o amor
Deixa viver, o amor
O sal da terra
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
A conjunção “e”, em “E quem não é tolo pode ver” (v. 14) e em “E nos alimenta com seus
frutos” (v. 25), possui valor adversativo.

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Comentário: É fácil perceber que a conjunção “e”, nas duas ocorrências dos versos em negrito,
transmite valor de adição e não de oposição (adversativo). Assim, a afirmação está errada.
Gabarito: E

3.1.2 Adversativas

As conjunções adversativas exprimem contraste, oposição, ressalva, compensação. As


principais são:
mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.
Além delas, há outras palavras que, em determinado contexto, passam a valor adversativo e
podem iniciar este tipo de oração, tais como senão, ao passo que, antes (=pelo contrário), já, não
obstante, apesar disso, em todo caso. Há uma diversidade de vocábulos que transmitem o valor
adversativo; por isso é importante entender a oposição e não apenas memorizar as conjunções.
Ex.: Estudou muito, mas não passou.
Ele teve aumento salarial, porém não quis continuar na empresa.
Estude bastante o conteúdo específico, todavia não se desligue dos conhecimentos básicos.
Não desmatar é importante, no entanto não é a única solução para a sustentabilidade do
planeta.
O rico esbanja gastos desnecessários, já o pobre só quer sobreviver.
Diferente da conjunção “mas”, a qual só se pode posicionar no início da oração, as
conjunções porém, entretanto, contudo, no entanto, todavia têm a capacidade de mobilidade,
podendo se posicionar também no meio ou no final da oração, com vírgula(s) obrigatória(s):
Há muito serviço, porém ninguém trabalhava.
Há muito serviço, ninguém, porém, trabalhava.
Há muito serviço, ninguém trabalhava, porém.
As questões costumam cobrar a substituição de “porém” por “mas”. O posicionamento
dessas conjunções é que irá determinar se a troca é possível ou não. A conjunção “porém”, nestes
exemplos, pode ser substituída pela conjunção “mas” apenas na primeira frase; já as conjunções
entretanto, contudo, no entanto, todavia podem ocupar qualquer uma das três posições vistas
acima.

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Uso do ponto e vírgula:


Com base no que foi visto nas enumerações com vírgulas internas, pode-se substituir a
vírgula que separa as orações adversativas por ponto e vírgula, quando há divisão interna. Veja:
Há muito serviço; ninguém, porém, trabalhava.
Há muito serviço; ninguém trabalhava, porém.
Tendo em vista ser largamente usado o ponto e vírgula com conjunções deslocadas (como
visto acima); mesmo sem o deslocamento delas na oração, é percebida em bons autores a divisão
por ponto e vírgula. Veja:
Há muito serviço; porém ninguém trabalhava.
Somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode posicionar-se após a
conjunção: a primeira delas é a adversativa e a segunda será vista adiante.
Há muito serviço; porém, ninguém trabalhava.

22. (Marinha / Colégio Naval Aluno – 2016)


Assinale a opção na qual o uso da conjunção mantém o sentido original do período "A
primeira gosta dos livros, a segunda os detesta. " (2°§).
a) A primeira gosta dos livros, e a segunda os detesta.
b) A primeira gosta dos livros, logo a segunda os detesta.
c) A primeira gosta dos livros, porque a segunda os detesta.
d) A primeira gosta dos livros, quando a segunda os detesta.
e) A primeira gosta dos livros, portanto a segunda os detesta.
Comentário: A relação entre gostar e detestar é de oposição. Assim, o valor entre as orações é de
oposição, contraste. Porém, ao observarmos as alternativas, notamos que não há conjunção
essencialmente adversativa, como “mas”, “porém”, “contudo”, “entretanto”, “no entanto”,
“todavia”.
Contudo, como sabemos que a conjunção “e” pode transmitir valor adversativo, a
alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

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23. (Aeronáutica / Sargento – 2014)


Os irlandeses não só admiram a música mas também apreciam a literatura brasileira.
A oração coordenada em destaque classifica-se como
a) sindética conclusiva.
b) sindética adversativa.
c) sindética aditiva.
d) assindética.
Comentário: A expressão correlativa “não só...mas também” só pode ter valor coordenativo
aditivo. Como há um síndeto, isto é, um conectivo, a oração em negrito é coordenada sindética
aditiva e a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

24. (Exército / EsPCEx Cadete do Exército – 2015)


Assinale a alternativa que apresenta ideia equivalente à da oração grifada a seguir:
“O professor não proíbe, antes estimula as perguntas em aula.”
[A] As abelhas não apenas produzem mel e cera, mas ainda polinizam as flores.
[B] Os livros ensinam e divertem.
[C] Vestia-se bem, embora fosse pobre.
[D] Não aprovo nem permitirei essas coisas.
[E] Quis dizer mais alguma coisa e não pôde.
Comentário: No período “O professor não proíbe, antes estimula as perguntas em aula.”,
notamos um contraste, uma oposição, pois é afirmado inicialmente que o professor não proíbe,
ele, na realidade, faz o contrário: estimula a ação. Assim, o conectivo “antes” transmite valor
coordenativo adversativo.
Agora, devemos encontrar, dentre as alternativas, aquela que apresenta oração também
adversativa.
Na alternativa (A), a expressão correlativa de adição “não apenas...mas ainda” mostra que a
oração negritada tem valor aditivo.
Na alternativa (B), a conjunção “e” transmite valor de adição, pois há a soma da ação de
ensinar e divertir.
Na alternativa (C), a conjunção “embora” tem valor adverbial concessivo. Tal valor será visto
na próxima aula.
Na alternativa (D), a expressão correlativa de adição “não...nem” mostra que a oração
negritada tem valor aditivo.

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A alternativa (E) é a correta, pois se entende na oração inicial que alguém quis dizer alguma
coisa, mas não pôde, foi impedido. Assim, houve um contraste, uma oposição.
Gabarito: E

25. (Exército / ESA Sargento do Exército – 2011)


“Não era um craque, mas sua perda desfalcaria o time”. No trecho, a segunda oração é, na
gramática normativa, uma oração:
a) subordinada substantiva.
b) coordenada assindética.
c) subordinada adjetiva.
d) coordenada sindética
e) subordinada adverbial.
Comentário: A segunda oração é “mas sua perda desfalcaria o time”, a qual é iniciada pela
conjunção adversativa “mas”, isto é, um síndeto. Assim, temos uma oração coordenada sindética
adversativa e a alternativa correta é a (D).
Gabarito: D

26. (Exército / EsFCEx – 2008)


Fragmento de texto: A ciência, até agora, jamais se viu obrigada a arrepender-se de suas
descobertas, nem a eliminar algum de seus progressos. Ela sempre os manteve e os
consolidou, obtendo ganho de causa diante da opinião, mesmo quando esta se mostrava um
pouco arredia. Jamais a ciência se colocou na posição de ter de voltar atrás. E, entretanto,
hoje, em certos momentos, uma leve dúvida nos aflora. Ocorre-nos perguntarmos se a
ciência não chegou ao ponto de tocar numa espécie de limite, além do qual seus avanços
poderiam ser mais prejudiciais do que vantajosos.
Em “E, entretanto, hoje, em certos momentos, uma leve dúvida nos aflora.” (linhas 5-6), os
operadores discursivos destacados:
(A) introduzem uma asserção que visa a esclarecer e/ou a retificar uma enunciação anterior.
(B) ligam dois argumentos que apontam para a mesma conclusão.
(C) funcionam como operadores argumentativos de adição e/ou de inclusão da asserção
anterior.
(D) introduzem um ato de justificativa do enunciado anterior.
(E) introduzem um esclarecimento que encerra um argumento mais forte que o contido na
asserção que o antecede/precede.
Comentário: As conjunções em destaque introduzem um contra-argumento que vem a ser mais
forte que o anterior. Note que as conjunções adversativas iniciam sempre o argumento mais forte,
pois destaca o contraste. Logo, a alternativa (E) é a correta.

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Gabarito: E

3.1.3. Alternativas

A conjunção alternativa é por excelência “ou”, sozinha ou repetida em cada uma das
orações. Com a conjunção “ou” sozinha, as orações alternativas normalmente não são separadas
por vírgula, como vimos no esquema acima.
Veja as principais conjunções:
ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer.
Ex.: Faça sua parte, ou procure outro trabalho.
A conjunção coordenativa “ou” poucas vezes é cobrada como conectivo de orações, ela
normalmente cobra seu valor de inclusão ou exclusão entre substantivos ou adjetivos, e isso será
mais explorado na aula de concordância.
Inclusão:
João ou Pedro são bons candidatos. (valor de inclusão)
Há alternativa de inclusão quando se mostra que, independente de qual dos termos, os dois
possuem tal característica: Tanto João quanto Pedro possuem as características de bons
candidatos.

Exclusão:
João ou Pedro ganhará a presidência do clube. (valor de exclusão)
Um termo exclui o outro automaticamente. Se João ganhar, excluirá Pedro e vice-versa.
Há outros vocábulos de diferentes classes gramaticais que cumprem valor conjuntivo
indicando alternância, como ora...ora, já...já, quer...quer, seja...seja, bem...bem. Eles devem ser
duplos e iniciar cada uma das orações alternativas. Não é de rigor, mas o uso da vírgula se fortalece
por bons autores separando orações cujo conectivo é repetido:
Ora narrava, ora comentava.

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27. (Aeronáutica / AFA Oficial da Aeronáutica – 2016)


ESTATUTO DO IDOSO (fragmento)
Art. 4 – Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência,
crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou por omissão, será
punido na forma da lei.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
No Art. 4, a conjunção coordenada “ou” (linha 2) determina exclusão de ideias.
Comentário: A afirmação está errada, pois a conjunção alternativa “ou” inicia o último dos
elementos de uma enumeração. Assim, entendemos que há inclusão de todos os elementos
(“negligência, discriminação, violência, crueldade, opressão”). Não há exclusão, pois o fato de
haver “opressão” não exclui, por exemplo, a possibilidade de haver também “crueldade”.
Já a segunda ocorrência dessa conjunção (linha 3) traduz um valor alternativo de exclusão,
haja vista que o fato de haver “omissão” exclui a possibilidade de haver “ação”.
Gabarito: E

28. (Exército / EsFCEx – 2018)


Analise as alternativas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa na qual as vírgulas foram
empregadas adequadamente:
I. Vinte e dois mil, quatrocentos e setenta e um.
II. Casado, ou divorciado não irei assinar qualquer documento.
III. Eu vou submeter o projeto hoje, ou não serei promovida.
Comentário: A primeira afirmação está errada, pois não se separa por vírgula os milhares das
centenas e dezenas.
A segunda afirmação está errada, pois é o aposto explicativo antecipado “Casado ou
divorciado” que deve ser separado por vírgula, e não apenas o primeiro.
A terceira afirmação está correta, pois a conjunção alternativa por exclusão “ou” pode ser
precedida de vírgula.
Assim, a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C

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3.1.4. Conclusivas

A vírgula ocorre neste tipo de oração, apesar de serem encontrados exemplos destas
construções sem vírgula. Então não se cobra na prova a obrigatoriedade ou não deste sinal de
pontuação. Ele simplesmente pode ocorrer, é o registro mais aceitável.
As conjunções coordenativas conclusivas são muito utilizadas em textos dissertativos, como
resultado de um fato originário, fechamento de argumento conclusivo e dedução. As principais
são:
logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do verbo), por isso, então, assim, em vista
disso.
Ex.: Ele se manteve organizado, logo teve êxito nas tarefas.
O Brasil vem exportando muito, portanto está crescendo economicamente.
Joaquim trabalhou duro; terminou, pois, sua casa própria.
Realizamos muitos exercícios, por conseguinte a prova foi fácil.
Estudou, então passou.
Da mesma forma que o valor adversativo, as conjunções coordenativas conclusivas também
têm a capacidade de mobilidade, podendo se posicionar no meio ou no final da oração, com
vírgula(s) obrigatória(s):
Há muito serviço, portanto trabalharemos até tarde.
Há muito serviço, trabalharemos, portanto, até tarde.
Há muito serviço, trabalharemos até tarde, portanto.
Há muito serviço; trabalharemos, portanto, até tarde.
Há muito serviço; trabalharemos até tarde, portanto.
Há muito serviço; portanto trabalharemos até tarde.
Há muito serviço; portanto, trabalharemos até tarde.
Como vimos, somente em dois valores semânticos das orações, a vírgula pode posicionar-se
após a conjunção: a primeira foi a adversativa e a segunda é a conclusiva. Note o último exemplo
da sequência anterior.

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Outro fato relevante para as provas é notarmos que algumas vezes este tipo de oração
encontra-se com verbo no gerúndio e sem conjunção. Chamamos isso de oração reduzida de
gerúndio, a qual será mais explorada adiante.
O Brasil exportou mais em 2010, continuando sua trajetória econômica ascensional.
As questões pedem muitas vezes para transformar essa oração reduzida em desenvolvida,
com as conjunções conclusivas ou até com a conjunção “e”. Neste caso, essa conjunção, além de
ter valor adicional, terá também o de conclusão. Veja:
O Brasil exportou mais em 2010, portanto continua sua trajetória econômica ascensional.
O Brasil exportou mais em 2010; logo, continua sua trajetória econômica ascensional.
O Brasil exportou mais em 2010, e continua sua trajetória econômica ascensional.

29. (Aeronáutica / EEAR Sargento da Aeronáutica - Administração – 2018)


Observe os períodos abaixo, diferentes à pontuação:
Adormeci logo, repousei em seus braços.
Adormeci, logo repousei em seus braços.
A observação atenta desses períodos permite dizer que:
a) No primeiro, as orações estão coordenadas sem a presença de conjunção; na segunda,
com a presença de conjunção conclusiva.
b) No primeiro, as orações estão coordenadas com a presença de conjunção; na segunda,
com conjunção explicativa.
c) No primeiro, logo é advérbio de tempo; no segundo, uma conjunção causal.
d) No primeiro, logo indica alternância; no segundo, consequência.
Comentário: No primeiro período, a palavra “logo” é um advérbio de tempo. Assim, as orações
coordenadas “Adormeci logo” e “repousei em seus braços” não apresentam conjunções (síndetos).
No segundo período, a palavra “logo” passa a conjunção conclusiva, por isso “logo repousei
em seus braços” é uma oração coordenada sindética conclusiva.
Assim, a alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A

30. (Aeronáutica / EEAR Sargento da Aeronáutica - Administração – 2017)


Assinale a alternativa em que há oração coordenada sindética conclusiva.
a) Não grite, pois estamos em um velório.

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b) Apronte-se logo, pois estamos em cima da hora.


c) Eles trabalham demais; merecem, pois, descanso.
d) Façam silêncio, por favor, pois estamos em um velório.
Comentário: A conjunção “pois” tem valor explicativo. Porém, quando deslocada, passa ao valor
conclusivo. Assim, a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

31. (Marinha / EFOMM Oficial – 2016)


Mas o fato é que sou mais competente com as palavras que com as panelas. Por isso tenho
mais escrito sobre comidas que cozinhado.
O termo destacado nessa passagem exprime ideia de
( a ) condição.
( b ) conclusão.
( c ) oposição.
( d ) causalidade.
( e ) comparação.
Comentário: O conectivo “Por isso” só pode ter valor coordenativo conclusivo. Assim, a alternativa
correta é a (B).
Gabarito: B

32. (Marinha / Comando 2º Distrito Naval Praça – 2016)


Em que opção a oração sublinhada exprime uma conclusão?
a) Caso chova amanhã, cancelaremos a festa de despedida.
b) Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar a conta.
c) Embora estivesse cansada, conseguiu concluir a tarefa
d) Todos os familiares comemoraram quando o navio chegou.
e) Ele está muito feliz porque foi aprovado no concurso.
Comentário: O conectivo “Portanto” só pode ter valor coordenativo conclusivo. Assim, a
alternativa correta é a (B).
As demais conjunções desta questão serão vistas na próxima aula.
Gabarito: B

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33. (Aeronáutica / EEAR Sargento – 2016)


Assinale a alternativa que não pode ser preenchida com nenhuma conjunção adversativa.
a) A literatura abre-nos os olhos para os grandes temas da vida, ....... a maioria das pessoas
não a valorizam.
b) Esses livros trazem textos relevantes, ....... não achei a informação que procurava.
c) É preciso tomar uma atitude decisiva, ....... do jeito que está não dá para ficar.
d) Ele era negligente e desatento, ....... tinha um coração de ouro.
Comentário: A alternativa (A) apresenta valor de contraste com a ideia de que a literatura nos abre
os olhos para os grandes temas da vida, mas a maioria das pessoas não a valorizam.
A alternativa (B) apresenta valor de contraste com a ideia de os livros trazerem textos
relevantes, mas alguém não achou a informação que procurava.
A alternativa (C) é a que não apresenta valor de contraste, não cabendo conjunção
adversativa. Note que alguém falou da necessidade de uma atitude decisiva e em seguida houve a
explicação dessa necessidade: do jeito que está não dá para ficar.
A alternativa (D) apresenta valor de contraste com a ideia de alguém ser negligente e
desatento, mas tinha um coração de ouro.
Gabarito: C

34. (Aeronáutica / EEAer Sargento – 2015)


Assinale a alternativa em que a sequência de conjunções coordenativas preenche, correta e
respectivamente, os espaços do texto abaixo.
Na época de minha infância, quase não havia brinquedos eletrônicos, _____ os computadores
eram raros. O poder aquisitivo de nossos pais era pequeno, _____ brincávamos na rua com as
outras crianças. Muitas vezes, inventávamos brincadeiras _____ conseguíamos nos divertir
apenas com uma bola improvisada, feita com uma meia velha. Financeiramente, a vida era
mais difícil, _____ éramos mais felizes e mais livres.
a) e, contudo, ou, por isso
b) contudo, ou, por isso, e
c) e, por isso, ou, contudo
d) por isso, ou, e, contudo
Comentário: Na primeira lacuna, cabe a conjunção aditiva, pois o fato de os computadores serem
raros à época se soma à noção de que não havia brinquedos eletrônicos. Assim, eliminamos as
alternativas (B) e (D), pois não cabe conjunção adversativa “contudo”, nem a conclusiva “por isso”.
Na segunda lacuna, entendemos que o fato de o poder aquisitivo dos pais ser pequeno
gerou o resultado natural de as crianças brincarem na rua com as outras crianças. Assim, cabe a
conjunção conclusiva, e não a adversativa “contudo”.

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Assim, sabemos que a alternativa (C) é a correta, pois cabe a conjunção conclusiva “por
isso”.
Seguindo tal alternativa, notamos que cabe a alternativa “ou” entre as ideias “inventávamos
brincadeiras” e “conseguíamos nos divertir apenas com uma bola improvisada”.
Na última lacuna, cabe a noção de contraste, pois a entendemos entre a ideia de a vida ser
difícil e as pessoas serem mais felizes.
Gabarito: C

35. (Exército / ESA Sargento do Exército – 2013)


Em “O chão da rua está todo molhado; deve ter, pois, chovido muito”, a conjunção pois tem o
sentido de
A) explicação. B) adição. C) oposição. D) conclusão. E) causa.
Comentário: Vimos que, quando a conjunção “pois” está deslocada e entre vírgulas, só pode ter
valor de conclusão. Para confirmarmos essa ideia, basta trocar essa conjunção por “portanto”:
O chão da rua está todo molhado; deve ter, pois, chovido muito.
O chão da rua está todo molhado; deve ter, portanto, chovido muito.
Assim, a alternativa correta é a (D).
Gabarito: D

3.1.5 Explicativas

As conjunções coordenativas explicativas iniciam termo que esclarece uma declaração


anterior ou ameniza uma ordem.
As principais conjunções são:
porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que.
As conjunções de causa também podem ter valor de explicação. Assim, é natural a banca
pedir para substituir essas conjunções explicativas por “uma vez que”, “já que”, etc.
Reconheceremos a seguir as conjunções.
Podem-se dividir as orações coordenadas explicativas em duas:
a) Esclarecimento de uma informação anterior:
Ele deve ter chorado muito, porque os olhos estão inchados.

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Choveu muito, pois o chão está alagado.


Joana está mesmo cansada, porquanto pediu desconto em férias.
A vírgula neste caso é facultativa.
b) Amenização de uma ordem:
Estudem, que o concurso não é fácil.
Tranque a porta, pois tem havido muito assalto aqui.
A vírgula neste caso é obrigatória, pois mudamos a entonação em cada oração. A primeira
oração expressa uma ordem; a segunda, uma explicação.
Tem sido cobrada nas provas a inserção da conjunção coordenativa explicativa com a
retirada de ponto final ou dois-pontos. Mas, para isso, deve-se entender SEMPRE o valor
semântico da oração no texto. Veja os exemplos:
Ele não foi à casa dos pais. Sua aparência de esgotamento os preocuparia.
Pode-se substituir o ponto final pela conjunção “pois”, desde que o vocábulo “Sua” mude a
inicial maiúscula para minúscula. Veja:
Ele não foi à casa dos pais pois sua aparência de esgotamento os preocuparia.(Note que a
vírgula antes da conjunção “pois” é facultativa.)
Esta mesma estrutura poderia ser separada por dois-pontos. Veja:
Ele não foi à casa dos pais: sua aparência de esgotamento os preocuparia.
Finalizando, as orações coordenadas aqui vistas são chamadas de independentes. Isso
porque geralmente elas não dependem de outra para fazer sentido.
Por esse motivo, muitas vezes podemos unir períodos simples e um único período composto
e vice-versa.

36. (Aeronáutica / EEAR Sargento da Aeronáutica - Aeronavegantes e Não-Aeronavegantes –


2018)
Marque a alternativa incorreta quanto à classificação das orações coordenadas sindéticas
destacadas.
a) Fabiano não só foi o melhor, mas também foi o mais votado. (aditiva)
b) Apresente seus argumentos ou ficará sem chance de defesa. (conclusiva)
c) Estude muito, pois a prova de conhecimentos específicos estará bem difícil. (explicativa)
d) Ela era a mais bem preparada candidata, mas a vaga de emprego foi destinada a sua
amiga. (adversativa)

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Comentário: A alternativa (A) está correta, pois a expressão correlativa “não só...mas também” é
aditiva.
A alternativa (B) é a errada, pois a conjunção “ou” tem valor alternativo, e não conclusivo.
A alternativa (C) está correta, tendo em vista que a conjunção “pois” inicia oração que
ameniza o sentido do imperativo “Estude”, deixar de soar como ordem, e passa a soar como
recomendação, incentivo, conselho. Assim, a oração “pois a prova de conhecimentos específicos
estará bem difícil” é explicativa.
A alternativa (D) está correta, pois a conjunção “mas” tem valor adversativo.
Gabarito: B

37. (Aeronáutica / EEAR Sargento da Aeronáutica - Administração – 2017)


Cada espaço abaixo corresponde a uma conjunção. Assinale a alternativa que completa,
correta e respectivamente, cada um deles.
1 - A poligamia faz parte da tradição do povo tibetano,_______ hoje está em desuso, afinal
essa prática é proibida pelo governo chinês.
2 - O candidato gastou uma fortuna na campanha, fez inúmeras promessas, distribuiu cestas
básicas,________não ganhou a eleição.
3 - Por favor, abaixem o som,________eu quero estudar.
a) porque, pois, logo
b) pois, e, entretanto
c) entretanto, e, que
d) logo, pois, que
Comentário: Note que há uma primeira afirmativa sobre a tradição de um povo. Assim, não se
espera que essa tradição esteja em desuso, concorda?! Dessa forma, há uma relação de contraste,
oposição, por isso não cabem as conjunções “porque”, “pois” ou “logo”, restando a alternativa (C)
como a correta, pois a conjunção “entretanto” é adversativa.
Na segunda afirmativa, notamos que há um contraste entre gastar uma fortuna com
companha e não ganhar a eleição. Assim, devemos completar a lacuna com uma conjunção
adversativa e cabe a conjunção “e” com este valor secundário.
Na terceira lacuna, o imperativo “abaixem” é suavizado pelo emprego da oração
coordenada sindética explicativa “que eu quero estudar”.
Assim, a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C

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38. (Aeronáutica / EEAer Sargento EAGS – 2016)


Assinale a alternativa em que há oração coordenada sindética conclusiva.
a) Não grite, pois estamos em um velório.
b) Apronte-se logo, pois estamos em cima da hora.
c) Eles trabalham demais; merecem, pois, descanso.
d) Façam silêncio, por favor, pois estamos em um velório.
Comentário: A conjunção “pois”, quando deslocada, isto é, após o verbo, tem valor conclusivo.
Assim, a alternativa (C) é a correta.
As demais ocorrências da conjunção “pois” têm valor coordenativo explicativo.
Gabarito: C

39. (Aeronáutica / EEAer Sargento EAGS – 2016)


Em relação à classificação das orações coordenadas sindéticas destacadas, assinale a
alternativa incorreta.
a) Ela não só foi a primeira, mas também foi a mais aplaudida. (aditiva)
b) Fale agora ou permanecerá calado para sempre. (conclusiva)
c) Eu queria convencê-lo, mas os argumentos não foram suficientes. (adversativa)
d) Cumprimente-o, pois hoje venceu mais uma etapa de sua vida. (explicativa)
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois a expressão correlativa de adição “não só...mas
também” realmente transmite valor de adição.
A alternativa (B) é a errada, pois a conjunção “ou” só pode ter valor alternativo, e não
conclusivo.
A alternativa (C) está correta, pois a conjunção “mas” pode ser substituída por “porém”,
“contudo”, “entretanto”, “todavia”, o que reforça seu valor adversativo.
A alternativa (D) está correta, pois, após a oração inicial, a qual apresenta uma ordem
(“Cumprimente”), esta é amenizada como um conselho por meio da oração coordenada sindética
explicativa “pois hoje venceu mais uma etapa de sua vida”.
Gabarito: B

40. (Aeronáutica / EEAer Sargento – 2015)


Assinale a sequência de conjunções abaixo que estabelecem, entre as orações de cada item,
uma correta relação de sentido.
I. O time jogou muito bem, _______ a vitória foi merecida.
II. A vitória foi merecida, ______ o time jogou muito bem.
III. A vitória não foi merecida, ______o time não jogou bem.

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IV. O time jogou muito bem, _______não obteve a vitória.


a) todavia, pois, pois, logo
b) por conseguinte, pois, pois, mas
c) por conseguinte, logo, logo, pois
d) por isso, todavia, portanto, todavia
Comentário: Na primeira lacuna, cabe uma conjunção conclusiva, pois o resultado natural de um
time que jogou bem é ganhar o jogo. Assim, eliminamos a alternativa (A), pois “todavia” é
conjunção adversativa.
Na segunda lacuna, cabe uma conjunção explicativa, pois julgamos que a vitória foi
merecida e em seguida foi feito um esclarecimento, foi dado o motivo: o time jogou muito bem.
Assim, eliminamos as alternativas (C) e (D), pois “logo” e “portanto” são conjunções conclusivas.
Assim, já sabemos que a alternativa (B) é a correta.
Na terceira lacuna, cabe uma conjunção explicativa, pois julgamos que agora a vitória não
foi merecida e em seguida foi feito um esclarecimento, foi dado o motivo: o time não jogou muito
bem.
Na quarta lacuna, cabe conjunção adversativa, pois não se espera que um time que jogue
bem perca a partida. Assim, cabe a conjunção “mas”.
Gabarito: B

41. (Exército / ESA Sargento do Exército – 2016)


Em todas as alternativas, há Orações Subordinadas Adverbiais, exceto:
A) Estude bastante, porque amanhã haverá uma prova.
B) Estudou tanto que teve um ótimo desempenho na prova.
C) Você terá um excelente desempenho desde que estude.
D) Os alunos realizaram a prova assim que chegaram na escola.
E) Não compareceu à aula ontem porque viajou.
Comentário: Ainda não estudamos as orações subordinadas adverbiais, mas a questão pede a
exceção. Compare a alternativa (A) com a nossa segunda estrutura da oração coordenada sindética
explicativa! Veja que ela apresenta uma oração inicial com o verbo no imperativo “Estude” e a
oração posterior ameniza a ordem, trazendo um sentido de conselho.
Assim, a oração “Estude bastante” é inicial e a oração “porque amanhã haverá uma prova” é
coordenada sindética explicativa.
Veremos na próxima aula que, na alternativa (B), a oração “que teve um ótimo desempenho
na prova” é subordinada adverbial consecutiva; na alternativa (C), a oração “desde que estude” é
subordinada adverbial condicional; na alternativa (D), a oração “assim que chegaram na escola” é

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subordinada adverbial temporal; e, na alternativa (E), a oração “porque viajou” é subordinada


adverbial causal.
Gabarito: A

42. (Exército / EsPCEx Cadete do Exército – 2015)


Assinale a alternativa em que está destacada uma oração coordenada explicativa.
[A] Peço que te cales.
[B] O homem é um animal que pensa.
[C] Ele não esperava que a mãe o perdoasse.
[D] Leve-a até o táxi, que ela precisa ir agora.
[E] É necessário que estudes.
Comentário: A questão apresentou várias estruturas que ainda não estudamos, mas o que importa
é que ela pede a oração coordenada explicativa, a qual estudamos anteriormente e vimos que ela
apresenta duas estruturas: a primeira transmite um esclarecimento da oração anterior e a segunda
apresenta uma oração inicial com verbo no imperativo e, na sequência, uma oração que ameniza
tal ordem. Note que a conjunção “que” pode ser substituída por “porque”, “porquanto” ou “pois”.
Esta típica estrutura coordenativa explicativa é que cai em prova.
Assim, a alternativa (D) é a correta, pois há o imperativo “Leve”, o qual transmite uma
ordem e tal ordem é amenizada para um conselho por meio da oração coordenada sindética
explicativa “que ela precisa ir agora”.
Veremos na próxima aula que as alternativas (A), (C) e (E) apresentam orações subordinadas
substantivas e a alternativa (B) apresenta oração subordinada adjetiva.
Gabarito: D

43. (Exército / IME Oficial do Exército – 2016)


OS LUSÍADAS - CANTO PRIMEIRO
Luís de Camões
1
As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram

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Novo Reino, que tanto sublimaram;


2
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis, que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando;
E aqueles, que por obras valerosas
Se vão da lei da morte libertando;
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
3
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram:
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
(…)
A palavra “QUE” nos versos do Texto 3 “Que eu canto o peito ilustre, Lusitano” (verso 21) e
“Que outro valor mais alto se alevanta” (verso 24) tem valor
(A) explicativo: introduz ideia de explicação. Na forma apresentada, é uma redução da
conjunção “porque”.
(B) adversativo: introduz ideia de contraste entre lusitanos e demais povos.
(C) aditivo: expressa ideia de adição, união do povo lusitano para atingir os feitos cantados
pelo poeta.
(D) conclusivo: expressa uma situação de consequência.
(E) alternativo: ora os heróis são os portugueses, ora gregos e troianos.
Comentário: Esta questão parece ser um pouco mais complicada, mas não é! Apesar de grande,
ela já nos mostra, pelas alternativas, que a conjunção “que” só pode ter valor coordenativo.
Note nos versos 19 e 23 os verbos no imperativo (“Cale”, “Cesse”), os quais transmitem
ordem e, na sequência, a justificativa da ordem anterior: calem-se outros povos que também

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tiveram vitórias, pois eu canto o peito ilustre lusitano (a nação portuguesa). Cesse tudo, pois outro
valor (o do povo português) se levanta ao ponto mais alto.
Assim, a alternativa (A) é a correta, pois realmente a conjunção “que” introduz ideia de
explicação. Na forma apresentada, é uma redução da conjunção “porque”, tanto assim que
podemos substituir a conjunção “que” por “pois”, “porque”, “porquanto”, permanecendo o
mesmo sentido.
Gabarito: A

44. (Marinha / CFN Fuzileiro Naval – 2015)


“(...) desde que não fosse muito caro, pois eram pessoas de modestos recursos.“
Assinale a opção em que a conjunção poderia substituir o vocábulo em
destaque SEM modificar o sentido da frase.
a) Portanto.
b) Nem.
c) Porque.
d) Logo.
e) Entretanto
Comentário: Vimos que a conjunção “pois”, em início de oração, tem valor coordenativo
explicativo, mesmo valor da conjunção “porque”. Assim, a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C

45. (Aeronáutica / EEAR Sargento – 2015)


O autismo não tem cura, (1)no entanto o diagnóstico precoce faz toda a diferença, (2)pois ele
colabora com o tratamento do autista.
As orações coordenadas sindéticas em destaque classificam--se, respectivamente, como
a) explicativa e conclusiva.
b) adversativa e conclusiva.
c) explicativa e adversativa.
d) adversativa e explicativa.
Comentário: O conectivo “no entanto” só pode ter valor coordenativo adversativo e a conjunção
“pois”, em início de oração, só pode ter valor coordenativo explicativo.
Assim, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

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46. (Aeronáutica / FAB Taifeiro – 2014)


I. Não saia, que está chovendo.
II. O ser humano depende da fauna e da flora, deve, pois, preservá-las.
III. Coma uma maçã por dia, pois ela diminui os níveis de LDL, o colesterol ruim.
As orações coordenadas sindéticas destacadas classificam-se, respectivamente, como
a) conclusiva, conclusiva, conclusiva.
b) conclusiva, explicativa, explicativa.
c) explicativa, explicativa, explicativa.
d) explicativa, conclusiva, explicativa.
Comentário: A primeira oração em negrito é coordenada explicativa, tendo em vista que a
conjunção “pois” encontra-se em início de oração. Assim, já eliminamos as alternativas (A) e (B).
A segunda oração em negrito só pode ter valor coordenativo conclusivo, tendo em vista que
a conjunção “pois” encontra-se deslocada, isto é, após o verbo. Assim, já sabemos que a
alternativa (D) é a correta.
A terceira oração em negrito é coordenada explicativa, tendo em vista que a conjunção
“pois” encontra-se em início de oração.
Gabarito: D

47. (Aeronáutica / EEAer Sargento – 2013)


I- Eu posso reclamar, ___ estou na minha razão.
II- Houve avanços na negociação entre trabalhadores e empresários, ___ a situação ainda
não foi resolvida.
III- Apiedei-me da borboleta caída no chão, tomei-a na palma da mão ___ fui depô-la no
peitoril da janela.
IV- Não desista de seus sonhos, ___ eles são plenamente realizáveis.
Assinale a alternativa com os tipos de conjunções coordenativas que preenchem correta e
respectivamente as lacunas das frases acima.
a) explicativa, adversativa, aditiva, explicativa
b) aditiva, explicativa, adversativa, adversativa
c) adversativa, adversativa, aditiva, explicativa
d) explicativa, aditiva, explicativa, adversativa
Comentário: Na primeira lacuna, cabe uma conjunção explicativa, haja vista que alguém afirma
que pode reclamar e em seguida esclarece que o faz por ter razão. Assim, eliminamos as
alternativas (B) e (C).

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Na segunda lacuna, deve haver um conectivo adversativo, pois há contraste entre haver
avanços e a situação ainda não ser resolvida.
Assim, já sabemos que a alternativa (A) é a correta.
Seguindo esta alternativa, notamos que, na terceira lacuna, realmente cabe um valor de
adição entre tomar a borboleta na palma da mão e depô-la no peitoril da janela.
Na quarta lacuna, cabe o valor explicativo, pois, após o imperativo (“Não desista”), segue
uma suavização da ordem, uma explicação, o que torna o imperativo um conselho.
Gabarito: A

4 – COMENTÁRIOS DO AUTOR/ORAÇÕES PARENTÉTICAS


Além das orações coordenadas, também são estruturas independentes as orações
intercaladas. Elas não fazem parte do grupo de orações coordenadas, pois são inserções feitas pelo
autor, com desprendimento sintático, por isso podem ser separadas por vírgula, travessão ou
parênteses. Essa estrutura é também chamada de expressão parentética ou comentário do autor e
transmite certos valores semânticos:
a) advertência: esclarece um ponto que o falante julga necessário:
Em 1945 – isto aconteceu no dia do meu aniversário – conheci um dos meus melhores
amigos.
b) opinião: o falante aproveita a ocasião para opinar:
D. Benta (malvada que era) dizia que a sua doença impedia a brincadeira da garotada.
(Machado de Assis)
c) desejo: o falante aproveita a ocasião para exprimir um desejo, bom ou mau:
José – Deus o conserve assim! – conquistou o primeiro lugar da classe.
d) escusa: o falante se desculpa:
“Pouco depois retirou-se: eu fui vê-la descer as escadas, e não sei por que fenômenos de
ventriloquismo cerebral (perdoem-me os filósofos essa frase bárbara) murmurei comigo...”
(Machado de Assis)
e) permissão: o falante solicita algo:
Meu espírito (permita-me aqui uma comparação de criança), meu espírito era naquela
ocasião uma espécie de peteca.” (Machado de Assis)
f) ressalva: o falante faz uma limitação à generalidade de um enunciado:
Ele, que eu saiba, nunca veio aqui.
“Cobiça de cátedras e borlas que, diga-se de passagem, Jesus Cristo repreendeu
severamente aos fariseus.” (Camilo Castelo Branco)
Os livros, pode-se bem dizer, são o alimento do espírito.

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g) esclarecimento, síntese ou conclusão do que foi enunciado:


“– A razão é clara: achava a sua conversação menos insossa que a dos outros homens.”
(Machado de Assis)
“Não era desgosto: era cansaço e vergonha” (Cochat Osório)
“Eu em sua igreja não mando: só assisto e apoio” (S. de Mello Breyner Andressen)

48. (Aeronáutica / CIAAR Primeiro Tenente - Cardiologia – 2018)


O emprego do sinal de pontuação não foi explicado corretamente, contrariando a norma
culta em
a) Vinha pensativo – pensativo e calado com a situação dos esquecidos pela sorte. > O
travessão foi usado para dar mais relevo a uma palavra e chamar a atenção do leitor.
b) Ele era mestre na jardinagem (mas se esqueceu das açucenas na decoração do canteiro).
>Justifica-se o uso dos parênteses pois eles estão substituindo a vírgula ou o travessão).
c) O Boca do Inferno [pseudônimo de Gregório de Matos] foi perseguido pelo governo
baiano.> Os colchetes foram empregados para inserir um comentário, uma observação.
d) A longa jornada empreendida pelo aventureiro naquele verão, trouxe reflexões
indagadoras.> Empregou-se a vírgula para separar o sujeito do predicado.
Comentário: A alternativa (D) é a que apresenta o erro no emprego da pontuação, pois não cabe
vírgula entre o sujeito “A longa jornada empreendida pelo aventureiro naquele verão” e o verbo
“trouxe”.
Nas demais alternativas o travessão, os parênteses e colchetes serviram para separar
termos explicativos, sejam eles comentário do autor (alternativas A e B), sejam para separar
aposto explicativo (alternativa C), o qual tem por função também inserir um comentário, uma
observação.
Gabarito: D

49. (Exército / ESA Sargento do Exército – 2012)


No período: “Se ele trouxer a tarefa, pensei comigo, não irei castigá-lo.”, as vírgulas foram
empregadas
A) corretamente, para isolar uma oração intercalada.
B) incorretamente, por se tratar de um período simples.
C) adequadamente, porque apresenta mais de um verbo.
D) indevidamente, por se tratar de um período composto por coordenação.

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E) corretamente, para isolar uma oração adjetiva explicativa.


Comentário: A oração “Se ele trouxer a tarefa” é subordinada adverbial condicional e está
antecipada. A oração “não irei castigá-lo” é a principal. Assim, entendemos do segmento que “Se
ele trouxer a tarefa, não irei castigá-lo.”.
O nome dessas orações será visto na aula de orações subordinadas.
Naturalmente, haveria apenas uma vírgula entre essas duas orações.
Porém, o narrador fez um comentário à parte, inserindo a oração “pensei comigo”. Esta é
chamada de comentário do autor, ou oração intercalada, ou oração parentética.
Assim, a alternativa (A) é a correta, pois realmente houve a separação de uma oração
intercalada.
Gabarito: A

5 – O QUE DEVO TOMAR NOTA COMO MAIS IMPORTANTE?

• Principais conjunções e valores semânticos (coordenadas)


1) Aditivas: e, nem, tampouco, não só...mas também, não só...como também, senão também,
tanto...como.

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2) Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto.


3) Alternativas: ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer.
4) Conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, pois (colocada depois do verbo), por isso, então,
assim, em vista disso.
5) Explicativas: porque, pois(anteposto ao verbo), porquanto, que.
• Esquema das possíveis construções da enumeração com divisão interna:

Grande abraço!!!
Professor Terror

6 – LISTA DE QUESTÕES

1. (IDECAN / Pref São Gonçalo Rio Abaixo–MG Agente – 2014)


Em “O acesso à justiça e a luta por direitos representa um enorme avanço social que o Brasil
conseguiu nos últimos anos, mas algo mudou de lá para cá na sociedade em si?” (3º§), o
ponto de interrogação ( ? ) foi utilizado para
a) exprimir espanto.
b) finalizar frase imperativa.
c) indicar continuação de um fato.
d) realizar pergunta, questionamento.

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2. (IDECAN / DETRAN-RO Agente – 2014)


No trecho “Como uma cidade pode crescer, gerar renda, emprego e, ao mesmo tempo,
renovar suas estruturas de transporte?” (1º§), o ponto de interrogação ( ? ) foi utilizado para
a) indicar pergunta.
b) exprimir admiração.
c) realçar uma palavra ou expressão.
d) fechar período de frases imperativas.
e) representar, na escrita, hesitações comuns da língua falada.
3. (Aeronáutica / CIAAR Primeiro Tenente - Farmácia Hospitalar – 2018)
Leia o texto a seguir.
Naquele momento da reunião, ponderei:
“Sou eu mesma. E você eu conheço do Centro de Instruções, certo?”
Ela me olhou interrogativa (forcejando para ser alegre).
Fonte: Arquivo da Banca Elaboradora.
Além da estrutura sintática, a pontuação indica vários outros aspectos presentes no texto e
que podem ser assim explicados e exemplificados:
I. Os parênteses exemplificam uma indicação cênica.
II. As aspas ressaltam o valor significativo das frases.
III. A vírgula, na primeira frase, está isolando um adjunto adverbial.
IV. A vírgula antes de “certo?” isola uma expressão de caráter fático.
V. Os dois pontos indicam que o sentido vai além do que foi expresso.
Está correto apenas o que se afirma em
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) II, IV e V.
d) III, IV e V.
4. (IDECAN / UFPB Auxiliar Administrativo – 2016)
Fragmento do texto: Em casa, as paredes do quarto são forradas de pôsteres, revistas são
consumidas aos milhares, álbuns são confeccionados com devoção e programas de TV são
ansiosamente esperados apenas para assistir a uma rápida aparição do ídolo.
Muitos pais se perguntam: o que essas pessoas têm de tão especial para atrair a atenção
de tantos jovens? A primeira e mais óbvia resposta é que todos esses astros, mais do que

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qualquer outro mortal, detêm objetos de desejo de nossa cultura ocidental, como fama,
sucesso, beleza, dinheiro etc.
No trecho “Muitos pais se perguntam: o que essas pessoas têm de tão especial para
atrair a atenção de tantos jovens?” (linha 5), os dois pontos ( : ) foram utilizados
a) antes de uma citação.
b) devido a uma enumeração.
c) para finalizar frase declarativa.
d) para anunciar a fala do personagem.
5. (IDECAN / Pref São Gonçalo Rio Abaixo–MG Agente – 2014)
Fragmento do texto: Querem mais? No Brasil, 67% da população, ou seja, 130 milhões de
almas, sintonizam a televisão todos os dias. E a média diária de permanência à frente da
telinha é de 3h26 nos dias de semana (3h20 aos sábados e domingos). A pesquisa desce a
detalhes. A tevê, de acordo com seu público consumidor, oscila entre o lixo e a informação.
Mas o próprio espectador guarda uma salutar distância daquilo que ouve quando a televisão
simula ser “séria”. Entre confiar e desconfiar da notícia de tevê, dá empate técnico: 49% a
51%. Por via das dúvidas, é ainda melhor se fiar no que vem impresso no papel.
A pontuação tem por objetivo estruturar os textos, estabelecer pausas e entonações da
fala além de outros. No parágrafo, o uso de aspas indica que o termo
a) destaca a característica atribuída à televisão positivamente.
b) confere um grau maior de confiabilidade ao teor da informação.
c) apresenta um sentido particular no contexto em que está inserido.
d) acrescenta um dado argumentativo acerca da referida informação.
6. (FGV / DPE RJ Técnico – 2014)
Fragmento do texto: Os problemas da expansão urbana estão na conversa cotidiana dos
milhões de brasileiros que vivem em grandes cidades e sabem “onde o sapato aperta”. São
reféns do metrô e do ônibus, das enchentes, da violência, da precariedade dos serviços
públicos. No vestibular, todo estudante depara com a “questão urbana” e os pesquisadores
se debruçam sobre o assunto, que também é parte significativa da pauta dos meios de
comunicação.
No primeiro parágrafo do texto o segmento “onde o sapato aperta” aparece entre aspas
porque
a) mostra uma frase sem respeito pela norma culta.
b) indica o tópico central do parágrafo.
c) destaca uma ironia da autora do texto.
d) copia uma expressão popular.
e) enfatiza uma ideia importante do texto.

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7. (IBFC / EBSERH Assistente Administrativo – 2017)


Vivendo e...
Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma bola de gude
conseguisse equilibrá-la na dobra do dedo indicador sobre a unha do polegar, e quanto mais
jogá-la com a precisão que eu tinha quando era garoto. Outra coisa: acabo de procurar no
dicionário, pela primeira vez, o significado da palavra “gude”. Quando era garoto nunca
pensei nisso, eu sabia o que era gude. Gude era gude.
Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para dentro, e
assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusive variava de tom conforme
o posicionamento das mãos. Hoje não sei que jeito é esse. [...]
(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva. 2001)
O emprego das reticências no título, sugere:
a) a incapacidade do autor em completar a ideia.
b) a caracterização de uma enumeração infinita.
c) um convite para que o leitor reflita sobre o tema.
d) a sinalização de um questionamento do leitor.
e) a representação de uma ideia polêmica.
8. (CONSULPLAN / CODESP Agente Comunitário – 2012)
Fragmento do texto: Um dia passou por ali um pescador com o seu barco. Lançou a sua
rede e toda a colônia de ostras, inclusive a sofredora, foi pescada. O pescador se alegrou,
levou-as para a sua casa e sua mulher fez uma deliciosa sopa de ostras. Deliciando-se com as
ostras, de repente seus dentes bateram num objeto duro que estava dentro da ostra. Ele
tomou-o em suas mãos e deu uma gargalhada de felicidade: era uma pérola, uma linda
pérola. Apenas a ostra sofredora fizera uma pérola. Ele tomou a pérola e deu-a de presente
para a sua esposa. Ela ficou muito feliz...
Ostra feliz não faz pérolas. Isso vale para as ostras e vale para nós, seres humanos. As
pessoas que se imaginam felizes simplesmente se dedicam a gozar a vida. E fazem bem. Mas
as pessoas que sofrem, elas têm de produzir pérolas para poder viver. Assim é a vida dos
artistas, dos educadores, dos profetas. Sofrimento que faz pérola não precisa ser sofrimento
físico. Raramente é sofrimento físico. Na maioria das vezes são dores na alma.
Em “Ela ficou muito feliz...”, as reticências (...) foram utilizadas para
a) exprimir indignação.
b) inserir uma explicação.
c) acrescentar uma reflexão.
d) finalizar uma interrogativa direta.
e) indicar a continuidade de uma ação ou fato.

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9. (CONSULPLAN / Prefeitura C.V. Oficial Administrativo – 2010)


Fragmento do texto: Quando eu fazia Jornalismo na PUC era assim: se eu quisesse saber
das novidades, das festas, dos encontros, das viagens, eu tinha que encontrar o pessoal ali
perto de uma enorme cabeça do Kennedy, em frente aos elevadores. Às vezes, rodávamos a
PUC inteira atrás de alguém que estivesse com a tabela do nosso campeonato de futebol. Não
havia celular ou internet, e a sala de computadores ainda era a sala das máquinas de
escrever. Isso tem 20 anos. O resultado é que nos encontrávamos mais. Estar com as pessoas
era o ponto de partida para... estar com as pessoas.
“Estar com as pessoas era o ponto de partida para... estar com as pessoas.” No trecho
anterior, as reticências (...) foram utilizadas para:
a) Separar palavras da mesma classe gramatical.
b) Indicar continuação do pensamento.
c) Abreviar.
d) Suprimir, intencionalmente o verbo.
e) Destacar termos explicativos enfáticos.
10. (Fund. Dom Cintra / IBASCAF Advogado – 2011)
Fragmento do texto: Imagino que a escrita nasceu da necessidade de não esquecer. O
primeiro pré-homem que pensou “preciso me lembrar disto” deve ter olhado em volta
procurando alguma coisa que ele ainda não sabia o que era. Era um pedaço de papel e uma
Bic. Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco com
vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de barro etc.
Mas a angústia primordial foi a de perder o pensamento fugidio ou a cena insólita. Pense em
quantas ideias não desapareceram para sempre por falta de algo que as retivesse na
memória e no mundo. A história da civilização teria sido outra se, antes de inventar a roda, o
homem tivesse inventado o bloco de notas.
“Claro que para chegar ao papel e à esferográfica tivemos que passar antes pelo risco
com vara no chão, o rabisco com carvão na parede da caverna, o hieróglifo no tablete de
barro etc.”. O emprego da abreviatura etc no final desse período indica que:
a) o cronista não se lembra de todos os detalhes da evolução da escrita.
b) o autor não considera importante citar as outras etapas da evolução da escrita.
c) o texto procura encaminhar o leitor para outros conhecimentos por meio de alusões.
d) a crônica tem finalidade humorística e a abreviatura causa uma quebra de expectativa
que favorece o riso.
e) a abreviatura mostra que o texto tem rigor científico, procurando fornecer todos os
detalhes informativos ao leitor.
11. (CEPERJ / Sec. Edu. Inspetor – 2011)
Classifica-se como frase nominal:

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a) “E por quê, amorzinho?”


b) “– Manhê, eu não quero comer este queijo.”
c) “Detesto!”
d) “– Não me diga!”
e) “Tá todo cheio de buracos!”
12. (Aeronáutica / CIAAR Primeiro Tenente - Cardiologia – 2018)
Leia, atentamente, o texto a seguir.
REPÓRTER POLICIAL
Requisitos:
– Experiência mínima de 3 anos em jornalismo investigativo
– Sexo feminino
– Idade entre 28 e 38 anos
– Usuária de computador
– Nível universitário, de preferência com pós-graduação
Salário de acordo com a categoria.
Os interessados deverão enviar currículo com foto para o e-mail indicado até meio-dia e meio
de hoje.
Fonte: Arquivo da Banca Elaboradora.
Imagine a seguinte situação: você prestou serviços de consultoria como revisor de língua
portuguesa num jornal de grande circulação, em Belo Horizonte, e recebeu esse texto para
revisão. Ao finalizar o seu trabalho, apontou que
I . gramaticalmente o texto apresentou problemas somente quanto ao uso correto dos sinais
de pontuação,
PORQUE
II . os itens que compunham os “requisitos” deveriam ser pontuados com o ponto-e-vírgula,
preferencialmente.
Sobre essas asserções, é correto afirmar que
a) As asserções I e II são proposições falsas.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira e a II é uma proposição falsa
d) A asserção I é uma proposição falsa e a II é uma proposição verdadeira.
13. (Marinha / EFOMM Oficial – 2016)
Assinale a opção em que se constata a presença de um período composto.

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(a) Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: pum!
(b) Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma meditação sobre o
filme A festa de Babette (...)
(c) Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada.
(d) O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em
uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças.
(e) Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e
ressurreição de Cristo (...)
14. (Marinha / EFOMM Oficial – 2015)
Assinale a opção em que aparece mais de uma oração no período.
( a ) Como essa menina devia nos odiar (...)
( b ) (...) continuava a implorar-lhe emprestados os livros (...)
( c ) Não me mandou entrar.
( d ) Eu já começara a adivinhar que ela (...)
( e ) Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina (...)
15. (Marinha / EFOMM Oficial – 2014)
Analise as passagens abaixo e assinale a opção em que se ERROU o número de orações
indicado ao lado.
(a) Abro as venezianas na alegria do sol desta manhã e só não ponho a mão na cabeça
porque, afinal das contas, o correr dos anos nos dá uma certa filosofia. – três orações.
(b) Quem sai para uma prova de matemática não há mesmo de ter deixado a cama feita,
tanto mais quando ficou lendo Carlos Drummond de Andrade até às tantas (...) – quatro
orações.
(c) E quem é que está ligando para tudo isso? – uma oração.
(d) E pensar que esse menino um dia casa e vai levar essas noções de arrumação para a
infeliz da esposa (...) – três orações.
(e) São Sebastião, na sua peanha dourada, está de olhos erguidos para o alto e, felizmente,
não vê a desordem que anda cá por baixo. – três orações.
16. (Aeronáutica / EEAR Sargento – 2016)
Apiedei-me; tomei-a na palma da mão e fui depô-la no peitoril da janela. Era tarde; a infeliz
expirou dentro de alguns segundos. (Machado de Assis)
Quantas orações coordenadas podemos depreender do texto acima?
a) seis
b) sete

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c) cinco
d) quatro
17. (IBFC / MGS Técnico Contábil – 2017)
Texto II
Família
(Titãs, fragmento)
Família, família
Papai, mamãe, titia,
Família, família
Almoça junto todo dia,
Nunca perde essa mania
Mas quando a filha quer fugir de casa
Precisa descolar um ganha-pão
Filha de família se não casa
Papai, mamãe, não dão nenhum tostão
Família êh!
Família áh!
Nos três primeiros versos, as vírgulas foram usadas para:
a) indicar uma sequência infinita de termos.
b) separar elementos de uma enumeração.
c) marcar uma pausa longa entre as palavras.
d) enumerar termos de classes gramaticais distintas.
18. (IDECAN / Prefeitura de Marilândia - ES Auxiliar Adm – 2016)

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No trecho “Hoje eu roubei um caixa eletrônico, uma padaria, um posto de gasolina, uma
velhinha e um celular.", as vírgulas foram utilizadas para
a) exprimir espanto.
b) separar enumerações.
c) marcar pausa de longa duração.
d) destacar informações importantes.
19. (IBFC / EBSERH UFSC Assistente Administrativo – 2016)
Considere o fragmento abaixo para responder a questão seguinte.
“as cigarras calam, se eriçam as águas da lagoa e as casuarinas, que se balançavam
indolentes, imobilizam-se na rigidez morta e reta dos ciprestes.”(1º§)
Ocorre, nessa passagem destacada, um predomínio de orações:
a) subordinadas adverbiais.
b) subordinadas adjetivas.
c) subordinadas substantivas.
d) reduzidas.
e) coordenadas.
20. (CONSULPLAN / MAPA Administrador – 2014)
Considerando as várias funções da vírgula e sua importância, identifique o motivo pelo qual
as vírgulas foram empregadas em “[...] e essa busca incluía conversação entre iguais, a
polêmica, o debate, a controvérsia.”.
a) Separar uma enumeração.
b) Separar expressões retificativas.
c) Separar uma aposição explicativa.
d) Separar termos que serão retomados por pronome.
21. (Aeronáutica / EPCAR Cadete da Aeronáutica – 2016)
O Sal da Terra
Beto Guedes
Anda!
Quero te dizer nenhum segredo
Falo desse chão, da nossa casa
Vem que tá na hora de arrumar
Tempo!
Quero viver mais duzentos anos

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Quero não ferir meu semelhante


Nem por isso quero me ferir
Vamos precisar de todo mundo
Pra banir do mundo a opressão
Para construir a vida nova
Vamos precisar de muito amor
A felicidade mora ao lado
E quem não é tolo pode ver
A paz na Terra, amor
O pé na terra
A paz na Terra, amor
O sal da
Terra!
És o mais bonito dos planetas
Tão te maltratando por dinheiro
Tu que és a nave nossa irmã
Canta!
Leva tua vida em harmonia
E nos alimenta com seus frutos
Tu que és do homem, a maçã
Vamos precisar de todo mundo
Um mais um é sempre mais que dois
Pra melhor juntar as nossas forças
É só repartir melhor o pão
Recriar o paraíso agora
Para merecer quem vem depois
Deixa nascer, o amor
Deixa fluir, o amor
Deixa crescer, o amor
Deixa viver, o amor
O sal da terra

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Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)


A conjunção “e”, em “E quem não é tolo pode ver” (v. 14) e em “E nos alimenta com seus
frutos” (v. 25), possui valor adversativo.
22. (Marinha / Colégio Naval Aluno – 2016)
Assinale a opção na qual o uso da conjunção mantém o sentido original do período "A
primeira gosta dos livros, a segunda os detesta. " (2°§).
a) A primeira gosta dos livros, e a segunda os detesta.
b) A primeira gosta dos livros, logo a segunda os detesta.
c) A primeira gosta dos livros, porque a segunda os detesta.
d) A primeira gosta dos livros, quando a segunda os detesta.
e) A primeira gosta dos livros, portanto a segunda os detesta.
23. (Aeronáutica / Sargento – 2014)
Os irlandeses não só admiram a música mas também apreciam a literatura brasileira.
A oração coordenada em destaque classifica-se como
a) sindética conclusiva.
b) sindética adversativa.
c) sindética aditiva.
d) assindética.
24. (Exército / EsPCEx Cadete do Exército – 2015)
Assinale a alternativa que apresenta ideia equivalente à da oração grifada a seguir:
“O professor não proíbe, antes estimula as perguntas em aula.”
[A] As abelhas não apenas produzem mel e cera, mas ainda polinizam as flores.
[B] Os livros ensinam e divertem.
[C] Vestia-se bem, embora fosse pobre.
[D] Não aprovo nem permitirei essas coisas.
[E] Quis dizer mais alguma coisa e não pôde.
25. (Exército / ESA Sargento do Exército – 2011)
“Não era um craque, mas sua perda desfalcaria o time”. No trecho, a segunda oração é, na
gramática normativa, uma oração:
a) subordinada substantiva.
b) coordenada assindética.
c) subordinada adjetiva.

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d) coordenada sindética
e) subordinada adverbial.
26. (Exército / EsFCEx – 2008)
Fragmento de texto: A ciência, até agora, jamais se viu obrigada a arrepender-se de suas
descobertas, nem a eliminar algum de seus progressos. Ela sempre os manteve e os
consolidou, obtendo ganho de causa diante da opinião, mesmo quando esta se mostrava um
pouco arredia. Jamais a ciência se colocou na posição de ter de voltar atrás. E, entretanto,
hoje, em certos momentos, uma leve dúvida nos aflora. Ocorre-nos perguntarmos se a
ciência não chegou ao ponto de tocar numa espécie de limite, além do qual seus avanços
poderiam ser mais prejudiciais do que vantajosos.
Em “E, entretanto, hoje, em certos momentos, uma leve dúvida nos aflora.” (linhas 5-6), os
operadores discursivos destacados:
(A) introduzem uma asserção que visa a esclarecer e/ou a retificar uma enunciação anterior.
(B) ligam dois argumentos que apontam para a mesma conclusão.
(C) funcionam como operadores argumentativos de adição e/ou de inclusão da asserção
anterior.
(D) introduzem um ato de justificativa do enunciado anterior.
(E) introduzem um esclarecimento que encerra um argumento mais forte que o contido na
asserção que o antecede/precede.
27. (Aeronáutica / AFA Oficial da Aeronáutica – 2016)
ESTATUTO DO IDOSO (fragmento)
Art. 4 – Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência,
crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou por omissão, será
punido na forma da lei.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
No Art. 4, a conjunção coordenada “ou” (linha 2) determina exclusão de ideias.
28. (Exército / EsFCEx – 2018)
Analise as alternativas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa na qual as vírgulas foram
empregadas adequadamente:
I. Vinte e dois mil, quatrocentos e setenta e um.
II. Casado, ou divorciado não irei assinar qualquer documento.
III. Eu vou submeter o projeto hoje, ou não serei promovida.
29. (Aeronáutica / EEAR Sargento da Aeronáutica - Administração – 2018)
Observe os períodos abaixo, diferentes à pontuação:
Adormeci logo, repousei em seus braços.

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Adormeci, logo repousei em seus braços.


A observação atenta desses períodos permite dizer que:
a) No primeiro, as orações estão coordenadas sem a presença de conjunção; na segunda,
com a presença de conjunção conclusiva.
b) No primeiro, as orações estão coordenadas com a presença de conjunção; na segunda,
com conjunção explicativa.
c) No primeiro, logo é advérbio de tempo; no segundo, uma conjunção causal.
d) No primeiro, logo indica alternância; no segundo, consequência.
30. (Aeronáutica / EEAR Sargento da Aeronáutica - Administração – 2017)
Assinale a alternativa em que há oração coordenada sindética conclusiva.
a) Não grite, pois estamos em um velório.
b) Apronte-se logo, pois estamos em cima da hora.
c) Eles trabalham demais; merecem, pois, descanso.
d) Façam silêncio, por favor, pois estamos em um velório.
31. (Marinha / EFOMM Oficial – 2016)
Mas o fato é que sou mais competente com as palavras que com as panelas. Por isso tenho
mais escrito sobre comidas que cozinhado.
O termo destacado nessa passagem exprime ideia de
( a ) condição.
( b ) conclusão.
( c ) oposição.
( d ) causalidade.
( e ) comparação.
32. (Marinha / Comando 2º Distrito Naval Praça – 2016)
Em que opção a oração sublinhada exprime uma conclusão?
a) Caso chova amanhã, cancelaremos a festa de despedida.
b) Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar a conta.
c) Embora estivesse cansada, conseguiu concluir a tarefa
d) Todos os familiares comemoraram quando o navio chegou.
e) Ele está muito feliz porque foi aprovado no concurso.
33. (Aeronáutica / EEAR Sargento – 2016)
Assinale a alternativa que não pode ser preenchida com nenhuma conjunção adversativa.

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a) A literatura abre-nos os olhos para os grandes temas da vida, ....... a maioria das pessoas
não a valorizam.
b) Esses livros trazem textos relevantes, ....... não achei a informação que procurava.
c) É preciso tomar uma atitude decisiva, ....... do jeito que está não dá para ficar.
d) Ele era negligente e desatento, ....... tinha um coração de ouro.
34. (Aeronáutica / EEAer Sargento – 2015)
Assinale a alternativa em que a sequência de conjunções coordenativas preenche, correta e
respectivamente, os espaços do texto abaixo.
Na época de minha infância, quase não havia brinquedos eletrônicos, _____ os computadores
eram raros. O poder aquisitivo de nossos pais era pequeno, _____ brincávamos na rua com as
outras crianças. Muitas vezes, inventávamos brincadeiras _____ conseguíamos nos divertir
apenas com uma bola improvisada, feita com uma meia velha. Financeiramente, a vida era
mais difícil, _____ éramos mais felizes e mais livres.
a) e, contudo, ou, por isso
b) contudo, ou, por isso, e
c) e, por isso, ou, contudo
d) por isso, ou, e, contudo
35. (Exército / ESA Sargento do Exército – 2013)
Em “O chão da rua está todo molhado; deve ter, pois, chovido muito”, a conjunção pois tem o
sentido de
A) explicação. B) adição. C) oposição. D) conclusão. E) causa.
36. (Aeronáutica / EEAR Sargento da Aeronáutica - Aeronavegantes e Não-Aeronavegantes –
2018)
Marque a alternativa incorreta quanto à classificação das orações coordenadas sindéticas
destacadas.
a) Fabiano não só foi o melhor, mas também foi o mais votado. (aditiva)
b) Apresente seus argumentos ou ficará sem chance de defesa. (conclusiva)
c) Estude muito, pois a prova de conhecimentos específicos estará bem difícil. (explicativa)
d) Ela era a mais bem preparada candidata, mas a vaga de emprego foi destinada a sua
amiga. (adversativa)
37. (Aeronáutica / EEAR Sargento da Aeronáutica - Administração – 2017)
Cada espaço abaixo corresponde a uma conjunção. Assinale a alternativa que completa,
correta e respectivamente, cada um deles.
1 - A poligamia faz parte da tradição do povo tibetano,_______ hoje está em desuso, afinal
essa prática é proibida pelo governo chinês.

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2 - O candidato gastou uma fortuna na campanha, fez inúmeras promessas, distribuiu cestas
básicas,________não ganhou a eleição.
3 - Por favor, abaixem o som,________eu quero estudar.
a) porque, pois, logo
b) pois, e, entretanto
c) entretanto, e, que
d) logo, pois, que
38. (Aeronáutica / EEAer Sargento EAGS – 2016)
Assinale a alternativa em que há oração coordenada sindética conclusiva.
a) Não grite, pois estamos em um velório.
b) Apronte-se logo, pois estamos em cima da hora.
c) Eles trabalham demais; merecem, pois, descanso.
d) Façam silêncio, por favor, pois estamos em um velório.
39. (Aeronáutica / EEAer Sargento EAGS – 2016)
Em relação à classificação das orações coordenadas sindéticas destacadas, assinale a
alternativa incorreta.
a) Ela não só foi a primeira, mas também foi a mais aplaudida. (aditiva)
b) Fale agora ou permanecerá calado para sempre. (conclusiva)
c) Eu queria convencê-lo, mas os argumentos não foram suficientes. (adversativa)
d) Cumprimente-o, pois hoje venceu mais uma etapa de sua vida. (explicativa)
40. (Aeronáutica / EEAer Sargento – 2015)
Assinale a sequência de conjunções abaixo que estabelecem, entre as orações de cada item,
uma correta relação de sentido.
I. O time jogou muito bem, _______ a vitória foi merecida.
II. A vitória foi merecida, ______ o time jogou muito bem.
III. A vitória não foi merecida, ______o time não jogou bem.
IV. O time jogou muito bem, _______não obteve a vitória.
a) todavia, pois, pois, logo
b) por conseguinte, pois, pois, mas
c) por conseguinte, logo, logo, pois
d) por isso, todavia, portanto, todavia

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41. (Exército / ESA Sargento do Exército – 2016)


Em todas as alternativas, há Orações Subordinadas Adverbiais, exceto:
A) Estude bastante, porque amanhã haverá uma prova.
B) Estudou tanto que teve um ótimo desempenho na prova.
C) Você terá um excelente desempenho desde que estude.
D) Os alunos realizaram a prova assim que chegaram na escola.
E) Não compareceu à aula ontem porque viajou.
42. (Exército / EsPCEx Cadete do Exército – 2015)
Assinale a alternativa em que está destacada uma oração coordenada explicativa.
[A] Peço que te cales.
[B] O homem é um animal que pensa.
[C] Ele não esperava que a mãe o perdoasse.
[D] Leve-a até o táxi, que ela precisa ir agora.
[E] É necessário que estudes.
43. (Exército / IME Oficial do Exército – 2016)
OS LUSÍADAS - CANTO PRIMEIRO
Luís de Camões
1
As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
2
E também as memórias gloriosas
Daqueles Reis, que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando;
E aqueles, que por obras valerosas

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Se vão da lei da morte libertando;


Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
3
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram:
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
(…)
A palavra “QUE” nos versos do Texto 3 “Que eu canto o peito ilustre, Lusitano” (verso 21) e
“Que outro valor mais alto se alevanta” (verso 24) tem valor
(A) explicativo: introduz ideia de explicação. Na forma apresentada, é uma redução da
conjunção “porque”.
(B) adversativo: introduz ideia de contraste entre lusitanos e demais povos.
(C) aditivo: expressa ideia de adição, união do povo lusitano para atingir os feitos cantados
pelo poeta.
(D) conclusivo: expressa uma situação de consequência.
(E) alternativo: ora os heróis são os portugueses, ora gregos e troianos.
44. (Marinha / CFN Fuzileiro Naval – 2015)
“(...) desde que não fosse muito caro, pois eram pessoas de modestos recursos.“
Assinale a opção em que a conjunção poderia substituir o vocábulo em
destaque SEM modificar o sentido da frase.
a) Portanto.
b) Nem.
c) Porque.
d) Logo.
e) Entretanto

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45. (Aeronáutica / EEAR Sargento – 2015)


O autismo não tem cura, (1)no entanto o diagnóstico precoce faz toda a diferença, (2)pois ele
colabora com o tratamento do autista.
As orações coordenadas sindéticas em destaque classificam--se, respectivamente, como
a) explicativa e conclusiva.
b) adversativa e conclusiva.
c) explicativa e adversativa.
d) adversativa e explicativa.
46. (Aeronáutica / FAB Taifeiro – 2014)
I. Não saia, que está chovendo.
II. O ser humano depende da fauna e da flora, deve, pois, preservá-las.
III. Coma uma maçã por dia, pois ela diminui os níveis de LDL, o colesterol ruim.
As orações coordenadas sindéticas destacadas classificam-se, respectivamente, como
a) conclusiva, conclusiva, conclusiva.
b) conclusiva, explicativa, explicativa.
c) explicativa, explicativa, explicativa.
d) explicativa, conclusiva, explicativa.
47. (Aeronáutica / EEAer Sargento – 2013)
I- Eu posso reclamar, ___ estou na minha razão.
II- Houve avanços na negociação entre trabalhadores e empresários, ___ a situação ainda
não foi resolvida.
III- Apiedei-me da borboleta caída no chão, tomei-a na palma da mão ___ fui depô-la no
peitoril da janela.
IV- Não desista de seus sonhos, ___ eles são plenamente realizáveis.
Assinale a alternativa com os tipos de conjunções coordenativas que preenchem correta e
respectivamente as lacunas das frases acima.
a) explicativa, adversativa, aditiva, explicativa
b) aditiva, explicativa, adversativa, adversativa
c) adversativa, adversativa, aditiva, explicativa
d) explicativa, aditiva, explicativa, adversativa

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48. (Aeronáutica / CIAAR Primeiro Tenente - Cardiologia – 2018)


O emprego do sinal de pontuação não foi explicado corretamente, contrariando a norma
culta em
a) Vinha pensativo – pensativo e calado com a situação dos esquecidos pela sorte. > O
travessão foi usado para dar mais relevo a uma palavra e chamar a atenção do leitor.
b) Ele era mestre na jardinagem (mas se esqueceu das açucenas na decoração do canteiro).
>Justifica-se o uso dos parênteses pois eles estão substituindo a vírgula ou o travessão).
c) O Boca do Inferno [pseudônimo de Gregório de Matos] foi perseguido pelo governo
baiano.> Os colchetes foram empregados para inserir um comentário, uma observação.
d) A longa jornada empreendida pelo aventureiro naquele verão, trouxe reflexões
indagadoras.> Empregou-se a vírgula para separar o sujeito do predicado.
49. (Exército / ESA Sargento do Exército – 2012)
No período: “Se ele trouxer a tarefa, pensei comigo, não irei castigá-lo.”, as vírgulas foram
empregadas
A) corretamente, para isolar uma oração intercalada.
B) incorretamente, por se tratar de um período simples.
C) adequadamente, porque apresenta mais de um verbo.
D) indevidamente, por se tratar de um período composto por coordenação.
E) corretamente, para isolar uma oração adjetiva explicativa.

7 - GABARITO

1. D 11. A 21. E 31. B 41. A


2. A 12. D 22. A 32. B 42. D
3. B 13. C 23. C 33. C 43. A
4. A 14. C 24. E 34. C 44. C
5. C 15. B 25. D 35. D 45. D
6. D 16. C 26. E 36. B 46. D
7. C 17. B 27. E 37. C 47. A
8. E 18. B 28. C 38. C 48. D
9. B 19. E 29. A 39. B 49. A
10. B 20. A 30. C 40. B

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