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1. (Fuvest 2023) Presentemente eu posso me considerar um sujeito de sorte


Porque apesar de muito moço, me sinto são e salvo e forte
E tenho comigo pensado, Deus é brasileiro e anda do meu lado
E assim já não posso sofrer no ano passado

Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro


Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro

Belchior. “Sujeito de sorte”.

Leia as seguintes afirmações a respeito da letra da música:

I. Os adjuntos adverbiais temporais remetem a um contraste entre passado e presente, o que


reforça o caráter metafórico do texto.
II. A locução “apesar de” contribui para a expressão de um sentimento inesperado em relação
ao sentido de “muito moço”.
III. As formas verbais “morri” e “morro”, embora se refiram a momentos distintos, apresentam
sentido denotativo.

Está correto o que se afirma em:


a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

2. (Esa 2023) Na oração “Me empresta o coturno.” há um clássico desvio da norma culta da
Língua Portuguesa. Marque a alternativa que corrige tal desvio e que analisa correta e
sintaticamente o vocábulo “me”:
a) “Empresta-me o coturno” – objeto indireto
b) “Me empreste o coturno” - pronome pessoal oblíquo átono
c) “Empreste-me o coturno” – objeto direto e indireto
d) “Empresta-me o coturno” – partícula denotativa de pessoa
e) “Me empresta o coturno” – objeto direto

3. (Eear 2023) Assinale a alternativa que não contém predicado verbo-nominal.


a) “Alegres tangem os sinos convidando à prece os fiéis.” (Carlos de Laet)
b) “Já podeis, da Pátria filhos, ver contente a mãe gentil.” (Evaristo da Veiga)
c) “No silêncio tilintavam os chocalhos dum rebanho de cabras.” (Eça de Queirós)
d) “Há veludos de embaúba nessas redes dos teus olhos / que convidam preguiçosas a gente
para o descanso.” (Ascenso Ferreira)

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Assiste à demolição

– Morou mais de vinte anos nesta casa? Então vai sentir “uma coisa” quando ela for
demolida. Começou a demolição. Passando pela rua, ele viu a casa já sem telhado, e
operários, na poeira, removendo caibros. Aquele telhado que lhe dera tanto trabalho por causa
das goteiras, tapadas aqui, reaparecendo ali. Seu quarto de dormir estava exposto ao céu, no
calor da manhã. Ao fundo, no terraço, tinham desaparecido as colunas da pérgula, e a
cobertura de ramos de buganvília – dois troncos subindo do pátio lá embaixo e enchendo de
florinhas vermelhas o chão de ladrilho, onde gatos da vizinhança amavam fazer sesta e
surpreender tico-ticos.
Passou nos dias seguintes e viu o progressivo desfazer-se das paredes, que
escancarava a casa de frente e de flancos jogando-a por assim dizer na rua. Os marcos das
portas apareciam emoldurando o vazio. O azul e as nuvens circulavam pelos cômodos, em
composição surrealista. E o pequeno balcão da fachada, cercado de ar, parecia um mirante
espacial, baixado ao nível dos míopes.

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A demolição prosseguiu à noite, espontaneamente. Um lanço de parede desabou


sozinho, para fora do tapume, quando já cessara na rua o movimento das lotações. Caiu
discreto, sem ferir ninguém, apenas avariando – desculpem – a rede telefônica.
A casa encolhera-se, em processo involutivo. Já agora de um só pavimento, sem teto,
aspirava mesmo à desintegração. Chegou a vez da pequena sala de estar, da sala de jantar
com seu lambri envernizado a preto, que ele passara meses raspando a poder de gilete, para
recuperar a cor da madeira. E a vez do escritório, parte pensante e sentinte de seu mecanismo
individual, do eu mais íntimo e simultaneamente mais público, eu de gavetas sigilosas,
manuseadas por um profissional da escrita. De todo o tempo que vivera na casa, fora ali que
passara o maior número de horas, sentado, meio corcunda, desligado de acontecimentos,
ouvindo, sem escutar, rumores que chegavam de outro mundo – cantoria de bêbados, motor de
avião, chorinho de bebê, galo na madrugada.
E não sentiu dor vendo esfarinharem-se esses compartimentos de sua história pessoal.
Nem sequer a melancolia do desvanecimento das coisas físicas. Elas tinham durado, cumprido
a tarefa. Chega o instante em que compreendemos a demolição como um resgate de formas
cansadas, sentença de liberdade. Talvez sejamos levados a essa compreensão pelo trabalho
similar, mais surdo, que se vai desenvolvendo em nós. E não é preciso imaginar a alegria de
formas novas, mais claras, a surgirem constantemente de formas caducas, para aceitar de
coração sereno o fim das coisas que se ligaram à nossa vida.
Fitou tranquilo o que tinha sido sua casa e era um amontoado de caliça e tijolo, a ser
removido. Em breve restaria o lote, à espera de outra casa maior, sem sinal dele e dos seus,
mas destinada a concentrar outras vivências. Uma ordem, um estatuto pairava sobre os
destroços, e tudo era como devia ser, sem ilusão de permanência.

Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Cadeira de balanço. 12. ed. Rio de Janeiro: Livraria
José Olympio Editora, 1979.

Vocabulário

caibro s.m. elemento estrutural de um telhado, geralmente peças de madeira que se dispõem
da cumeeira ao frechal, a intervalos regulares e paralelas umas às outras, em que se cruzam e
assentam as ripas, frequentemente mais finas e compridas, e sobre as quais se apoiam e se
encaixam as telhas
pérgula s. f. espécie de galeria coberta de barrotes espacejados assentados em pilares,
geralmente guarnecida de trepadeiras
buganvília s.f. designação comum às plantas do gênero bougainvillea, trepadeira, muito
cultivadas como ornamentais
de flanco s. m. pela lateral
marco s. m. parte fixa que guarnece o vão de portas e janelas, e onde as folhas destas se
encaixam, prendendo-se por meio de dobradiças
tapume s. m. cerca ou vala guarnecida de sebe que defende uma área; anteparo, geralmente
de madeira, com que se veda a entrada numa área, numa construção
lambri s. m. revestimento interno de parede, usado com fim decorativo ou para proteger contra
frio, umidade ou barulho; feito de madeira, mármore, estuque, numa só peça ou composto por
painéis, que vão até certa altura ou do chão ao teto (mais usado no plural)
caliça s.f. conjunto de resíduos de uma obra de alvenaria demolida ou em desmoronamento,
formado por pó ou fragmentos dos materiais diversos do reboco (cal, argamassa ressequida) e
de pedras, tijolos desfeitos
lote s. m. porção de terra autônoma que resulta de loteamento ou desmembramento; terreno
de pequenas dimensões, urbano ou rural, que se destina a construções ou à pequena
agricultura

Fonte: HOUAISS, A. e Villar, M. de S. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Elaborado no


Instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa. Rio de
Janeiro. Objetiva, 2009.

4. (Espcex (Aman) 2023) Marque a alternativa que traz, respectivamente, a correta classifica 鈬 o das
expresss sublinhadas nas frases 鄭 demoli 鈬 o prosseguiu ・ noite・ e 套 aspirava mesmo ・

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desintegra 鈬 o・.
a) adjunto adverbial – complemento verbal
b) adjunto adverbial – adjunto adverbial
c) adjunto adnominal – complemento verbal
d) complemento verbal – adjunto adnominal
e) complemento verbal – adjunto adverbial

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Catar: regras e roupas para visitar o país da Copa do Mundo

Com normas rígidas em relação a vestuário e demonstrações públicas de afeto, o Catar é o


primeiro país muçulmano a receber uma Copa do Mundo
(Por Beatriz Neves, 26 jul 2022)

O Catar é o primeiro lugar do Oriente Médio a receber uma Copa do Mundo e, 1embora
esteja mais para Emirados Árabes do que para Arábia Saudita nos costumes, é um país
islâmico e tem hábitos muito diferentes para os padrões ocidentais. 2Autoridades locais já
anunciaram que 3pretendem afrouxar as rédeas para os visitantes que forem assistir a Copa do
Mundo, mas é preciso estar atento. 4Manifestações públicas de afeto, andar sem camisa ou
consumir bebida alcoólica não combinam com países muçulmanos e no Catar não seria
diferente. 5Uma das leis mais severas que tem preocupado a opinião pública é a que proíbe
relações entre pessoas do mesmo sexo e [prevê] pena de sete anos de prisão [para quem
desrespeitar essa lei]. Em 2021, o presidente do comitê da Copa do Mundo 2022, Nasser Al-
Khater, afirmou em entrevista à CNN que o país receberá bem todos os estrangeiros, inclusive
a comunidade LGBTQIA+. 6“A versão de que as pessoas não se sentem seguras aqui não é
real. 7Eu já disse isso e digo 8novamente, todos são bem-vindos (...). O Catar é um país
tolerante, acolhedor e hospitaleiro. 9Somos muito mais modestos e conservadores 10e é isso
que pedimos aos torcedores que respeitem. Respeitamos as diferentes culturas e 11esperamos
que outras culturas respeitem a nossa”, declarou Nasser.
Pequeno gigante
12
O Catar é um pequeno país localizado na Península Arábica e faz fronteira com a
Arábia Saudita. 13Embora seja um dos menores países do mundo – ocupa uma área que é
metade do estado de Sergipe e possui cerca de 2 milhões de habitantes – é gigante quando se
fala em desenvolvimento, modernidade e infraestrutura. 14Graças à exportação de gás natural e
petróleo, 15o antigo protetorado britânico se tornou um dos países mais ricos do planeta, com
um PIB per capita que supera o da Suíça e o dos Estados Unidos.
16
Com uma cartela de atrações luxuosas que se assemelham aos Emirados Árabes
Unidos, 17o Catar tem investido para ser reconhecido como um centro cultural, educacional e
tecnológico. [...]. Além disso, 85% da população é composta de expatriados, o que imprime
alguma tolerância nos costumes e acaba propiciando a formação de bolhas, com pessoas de
uma mesma nacionalidade convivendo mais intensamente. Confira a seguir algumas regras e
restrições que vigoram no Catar:

1. 18Cuidado com carinhos em público: 19Se para muitos de nós manifestações como beijos e
abraços são coisas corriqueiras, 20mesmo entre desconhecidos, no Catar a manifestação de
afeto em público não é 21bem vista. 22O código penal do país enquadra beijos, abraços e
apertos de mãos entre pessoas do sexo oposto como atos obscenos.
2. O consumo de bebidas alcoólicas é proibido: [...] 23no Catar, o consumo de álcool em
público é proibido. 24Além disso, apenas estabelecimentos designados pela FIFA ou pelo
governo catari terão permissão para a comercialização [dessas bebidas]. Nos 25estádios, não

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haverá venda de bebidas alcoólicas, já nas 26áreas chamadas hospitality, 27onde estarão os
torcedores VIP e SuperVIP, as vendas deverão acontecer. [...]
3. 28Regata e calça rasgada nem pensar: Como em qualquer país muçulmano, no Catar, a
religião também dita o estilo de vida da população, 29influenciando hábitos cotidianos e até
as vestimentas. Visitantes homens não podem, em público, exibir peitoral e coxas. Para as
mulheres, o indicado são saias abaixo do joelho, camisetas e nada de decotes, 30mini-blusas,
transparências ou roupas justas.
4. Relações LGBTQIA+: No Catar, relações entre pessoas do mesmo sexo são ilegais (...).
31
Ainda assim, Nasser Al-Khater, presidente do Comitê Organizador da Copa do Mundo de
2022, afirmou que os torcedores da comunidade LGBTQIA+ são bem-vindos ao país, mas
atos de carinho em público serão 32mal vistos, tanto entre torcedores homossexuais quanto
heterossexuais. 33Segundo o comitê de comunicação da Copa do Catar, a polícia e as forças
de segurança estão recebendo treinamento antidiscriminatório específico antes do torneio e
34
todas as pessoas são livres para reservar acomodação e ficarem juntas: “a vida privada
dos indivíduos não é nossa preocupação”, diz o comitê.
5. Cuidados com as fotografias: Filmar e fotografar pessoas sem autorização é crime no
Catar. A regra se estende para imagens de policiais e edifícios militares, o que pode levar à
prisão. 35Jornalistas que viajam a trabalho precisam de uma licença fornecida pela Agência
de Notícias do Catar (QNA). [...]

(Disponível em: https://viagemeturismo.abril.com.br/mundo/catar-regras-e-roupas-para-visitar-


o-pais-da-copa-do-mundo/. Adaptado. Acesso em 08 set. 2022)

5. (Upf 2023) Observe os fragmentos do texto:

I. “o Catar tem investido para ser reconhecido como um centro cultural, educacional e
tecnológico” (ref. 17).
II. “pretendem afrouxar as rédeas para os visitantes que forem assistir a Copa do Mundo, mas
é preciso estar atento” (ref. 3).
III. “Segundo o comitê de comunicação da Copa do Catar” (ref. 33).
IV. “Se para muitos de nós manifestações como beijos e abraços são coisas corriqueiras” (ref.
19).
V. “Embora seja um dos menores países do mundo” (ref. 13).

As conjunções em destaque articulam, respectivamente, relações semântico-sintáticas de:


a) Explicação – condição – conformidade – concessão – adversidade.
b) Finalidade – adversidade – conformidade – condição – concessão.
c) Finalidade – adversidade – explicação – condição – concessão.
d) Explicação – adversidade – conformidade – alternância – concessão.
e) Finalidade – condição – explicação – alternância – adversidade.

6. (G1 - cps 2015) Comida é o nome de uma das músicas dos Titãs. Leia um fragmento dela.

“A gente não quer só comida


A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte” (...)

(Arnaldo Antunes / Marcelo Fromer / Sérgio Britto) (http://tinyurl.com/lwl3v2c Acesso em:


31.07.2014. Adaptado)

Podemos afirmar que os termos “comida, diversão e arte”, nesse trecho, exercem
sintaticamente a função de
a) complemento nominal.
b) sujeito composto.
c) objeto indireto.

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d) objeto direto.
e) aposto.

7. (Espcex (Aman) 2017) Assinale a alternativa que classifica corretamente a sequência de


predicados das orações abaixo.

- Soa um toque áspero de trompa.


- Os estudantes saem das aulas cansados.
- Toda aquela dedicação deixava-o insensível.
- Em Iporanga existem belíssimas grutas.
- Devido às chuvas, os rios estavam cheios.
- Eram sólidos e bons os móveis.
a) verbal; verbo-nominal; verbo-nominal; verbal; nominal; nominal
b) verbal; verbal; verbo-nominal; nominal; verbo-nominal; nominal
c) nominal; verbal; verbo-nominal; verbal; nominal; verbo-nominal
d) verbo-nominal; verbal; nominal; verbal; verbo-nominal; nominal
e) nominal; verbal; verbal; nominal; nominal; verbo-nominal

8. (Espcex (Aman) 2013) Assinale a alternativa correta quanto à classificação do sujeito,


respectivamente, para cada uma das orações abaixo.

— Choveu pedra por no mínimo 20 minutos.


— Vende-se este imóvel.
— Fazia um frio dos diabos naquele dia.
a) indeterminado, inexistente, simples
b) oculto, simples, inexistente
c) inexistente, inexistente, inexistente
d) oculto, inexistente, simples
e) simples, simples, inexistente

9. (G1 - ifba 2016) Com base no trecho da música “Silêncio de um minuto”, de Noel Rosa,
analise as quatro primeiras orações da estrofe a seguir e identifique o tipo de sujeito de cada
uma delas.

Não te vejo, nem te escuto,


o meu samba está de luto,
eu peço o silêncio de um minuto...
Homenagem à história
De um amor cheio de glória
Que me pesa na memória.

Disponível em: http://www.vagalume.com.br/maria-bethania/silencio-de-um-minuto.html.


Acesso em: 18.09.2015.
a) Oculto, Oculto, Simples e Simples.
b) Simples, Simples, Oculto e Inexistente.
c) Inexistente, Inexistente, Simples e Simples.
d) Indeterminado, Indeterminado, Simples e Simples.
e) Indeterminado, Indeterminado, Oculto e Inexistente.

10. (Insper 2012)

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O que motivou o apito do juiz foi


a) a necessidade de empregar a ênclise para seguir a norma padrão.
b) o uso de um objeto direto no lugar de um objeto indireto.
c) a opção pelo pronome pessoal oblíquo “o” em vez de “a”.
d) a obrigatoriedade da mesóclise nessa construção linguística.
e) a transgressão às regras de concordância nominal relacionadas ao pronome.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


As questões a seguir tomam por base a crônica de Luís Fernando Veríssimo.

A invasão

A divisão ciência/humanismo se reflete na maneira como as pessoas, hoje, encaram o


computador. Resiste-se ao computador, e a toda a cultura cibernética, como uma forma de ser
fiel ao livro e à palavra impressa. Mas o computador não eliminará o papel. Ao contrário do que
se pensava há alguns anos, o computador não salvará as florestas. Aumentou o uso do papel
em todo o mundo, e não apenas porque a cada novidade eletrônica lançada no mercado
corresponde um manual de instrução, sem falar numa embalagem de papelão e num embrulho
para presente. O computador estimula as pessoas a escreverem e imprimirem o que escrevem.
Como hoje qualquer um pode ser seu próprio editor, paginador e ilustrador sem largar o mouse,
a tentação de passar sua obra para o papel é quase irresistível.
Desconfio que o que salvará o livro será o supérfluo, o que não tem nada a ver com
conteúdo ou conveniência. Até que lancem computadores com cheiro sintetizado, nada
substituirá o cheiro de papel e tinta nas suas duas categorias inimitáveis, livro novo e livro
velho. E nenhuma coleção de gravações ornamentará uma sala com o calor e a dignidade de
uma estante de livros. A tudo que falta ao admirável mundo da informática, da cibernética, do
virtual e do instantâneo acrescente-se isso: falta lombada. No fim, o livro deverá sua sobrevida
à decoração de interiores.

(O Estado de S. Paulo, 31.05.2015.)

11. (Unesp 2016) Os termos “o uso do papel” e “um manual de instrução” (1º parágrafo) se
identificam sintaticamente por exercerem nas respectivas orações a função de
a) objeto direto.
b) predicativo do sujeito.
c) objeto indireto.
d) complemento nominal.
e) sujeito.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


De um jogador brasileiro a um técnico espanhol
João Cabral de Melo Neto

Não é a bola alguma carta


que se leva de casa em casa:

é antes telegrama que vai

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de onde o atiram ao onde cai.

Parado, o brasileiro a faz


ir onde há-de, sem leva e traz;

com aritméticas de circo


ele a faz ir onde é preciso;

em telegrama, que é sem tempo


ele a faz ir ao mais extremo.

Não corre: ele sabe que a bola,


Telegrama, mais que corre voa.

(Disponível em: <http://www.revista.agulha.nom.br/futebol.html#jogador> Acesso em: 12 out.


2011.)

12. (G1 - ifpe 2012) Quanto aos aspectos morfossintáticos do texto, assinale a alternativa
correta.
a) O sujeito das duas primeiras estrofes é indeterminado, como se verifica pelos verbos “se
leva” e “atiram”.
b) O predicado em “Não é a bola alguma carta” e “é antes telegrama...” é verbal, pois os verbos
indicam o estado da bola.
c) O sujeito simples “brasileiro” da terceira estrofe é retomado nas demais estrofes pelo
pronome “ele”.
d) O predicado da oração “Ele a faz ir”, na quarta e quinta estrofes, é verbo-nominal, pois indica
ação e descreve a bola.
e) O substantivo “telegrama”, no último verso do poema, é um adjunto adnominal de “bola”.

13. (G1 - ifsul 2016) Na frase: "Talvez eu ainda faça um monte de gente feliz", o elemento
sublinhado exerce função sintática de
a) complemento nominal.
b) agente da passiva.
c) sujeito.
d) adjunto adnominal.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


O fim do marketing

A empresa vende ao consumidor — com a web não é mais assim.

Com a internet se tornando onipresente, os Quatro Ps do marketing — produto, praça,


preço e promoção — não funcionam mais. O paradigma era simples e unidirecional: as
empresas vendem aos consumidores. Nós criamos produtos; fixamos preços; definimos os
locais onde vendê-los; e fazemos anúncios. Nós controlamos a mensagem. A internet
transforma todas essas atividades.
(...)
Os produtos agora são customizados em massa, envolvem serviços e são marcados
pelo conhecimento e os gostos dos consumidores. Por meio de comunidades online, os
consumidores hoje participam do desenvolvimento do produto. Produtos estão se tornando
experiências. Estão mortas as velhas concepções industriais na definição e marketing de
produtos.
(...)
Graças às vendas online e à nova dinâmica do mercado, os preços fixados pelo
fornecedor estão sendo cada vez mais desafiados. Hoje questionamos até o conceito de
“preço”, à medida que os consumidores ganham acesso a ferramentas que lhes permitem
determinar quanto querem pagar. Os consumidores vão oferecer vários preços por um produto,
dependendo de condições específicas. Compradores e vendedores trocam mais informações e

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o preço se torna fluido. Os mercados, e não as empresas, decidem sobre os preços de


produtos e serviços.
(...)
A empresa moderna compete em dois mundos: um físico (a praça, ou marketplace) e
um mundo digital de informação (o espaço mercadológico, ou marketspace). As empresas não
devem preocupar-se com a criação de um web site vistoso, mas sim de uma grande
comunidade online e com o capital de relacionamento. Corações, e não olhos, são o que conta.
Dentro de uma década, a maioria dos produtos será vendida no espaço mercadológico. Uma
nova fronteira de comércio é a marketface — a interface entre o marketplace e o marketspace.
(...)
Publicidade, promoção, relações públicas etc. exploram “mensagens” unidirecionais, de
um-para-muitos e de tamanho único, dirigidas a consumidores sem rosto e sem poder. As
comunidades online perturbam drasticamente esse modelo. Os consumidores com frequência
têm acesso a informações sobre os produtos, e o poder passa para o lado deles. São eles que
controlam as regras do mercado, não você. Eles escolhem o meio e a mensagem. Em vez de
receber mensagens enviadas por profissionais de relações públicas, eles criam a “opinião
pública” online.
Os marqueteiros estão perdendo o controle, e isso é muito bom.

(Don Tapscott. O fim do marketing. INFO, São Paulo, Editora Abril, janeiro 2011, p. 22.)

14. (Unesp 2012) Nós criamos produtos; fixamos preços; definimos os locais onde vendê-
los; e fazemos anúncios. Nós controlamos a mensagem.

Nas orações que compõem os dois períodos transcritos, os termos destacados exercem a
função de
a) sujeito.
b) objeto direto.
c) objeto indireto.
d) predicativo do sujeito.
e) predicativo do objeto.

15. (G1 - cp2 2017) A inversão de termos sintáticos é um recurso que objetiva conferir maior
expressividade ao texto.

“No verso “Já não me convém o título de homem.” (verso 44), o termo “o título de homem”, que
está na ordem indireta, exerce função sintática de
a) aposto.
b) sujeito.
c) objeto direto.
d) complemento nominal.

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Gabarito:

Resposta da questão 1:
[C]

Apenas o item [III] é falso, pois as formas verbais “morri” e “morro” apresentam sentido
conotativo, hiperbólico, para enfatizar a ideia de extremo sofrimento. Assim, é correta a opção
[C].

Resposta da questão 2:
[A]

Os pronomes oblíquos jamais devem iniciar orações e, assim, a posição correta do pronome
seria a enclítica: Empresta-me.
O verbo “emprestar” é transitivo direto e indireto (quem empresta, empresta algo para alguém).
A função do objeto direto está preenchida pelo termo “o coturno”. A função do objeto indireto,
portanto, é preenchida pelo pronome “me”.

Resposta da questão 3:
[C]

Na alternativa [C], há apenas um predicado verbal, pois não há presença de predicativo do


sujeito ou do objeto. As demais alternativas estão corretas pois apresentam um predicado que
é formado por verbo significativo (transitivo ou intransitivo) e por predicativo do sujeito ou do
objeto: “tangem” e “alegres” – [A]; “ver” e “contentes” – [B]; “convidam” e “preguiçosas” – [D].

Resposta da questão 4:
[A]

“à noite” é um adjunto adverbial, já que indica circunstância (no caso, de tempo). “à


desintegração” é objeto indireto, já que completa o sentido do verbo aspirar (quem aspira,
aspira a algo). É, portanto, um complemente verbal. Assim, a alternativa [A] é a correta.

Resposta da questão 5:
ANULADA

Gabarito Oficial: [B]


Gabarito SuperPro®: Anulada

“para” tem valor de finalidade, equivalendo semanticamente a “a fim de”.


“mas” tem valor de adversidade, equivalendo semanticamente a “porém”.
“segundo” tem valor de conformidade, equivalendo semanticamente a “conforme”.
“se”, no trecho, tem valor de concessão, já que estabelece um contraste entre a maneira como
muitos dos leitores devem enxergar a manifestação de afetos e a forma como o Catar enxerga
essa questão. Não há, portanto, uma condição que é necessária para que outro acontecimento
ocorra. Assim, equivaleria semanticamente a “embora”.
“embora” tem valor de concessão, equivalendo semanticamente a “apesar de”.

Resposta da questão 6:
[D]

A gente quer (VTD) comida, diversão e arte (OD).

Resposta da questão 7:
[A]

- Soa um toque áspero de trompa. (verbo intransitivo – predicado verbal)


- Os estudantes saem das aulas cansados. (verbo intransitivo + nome predicativo do sujeito –
predicado verbo-nominal)

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- Toda aquela dedicação deixava-o insensível. (verbo transitivo direto + predicativo do objeto –
predicado verbo-nominal)
- Em Iporanga existem belíssimas grutas. (verbo intransitivo – predicado verbal)
- Devido às chuvas, os rios estavam cheios. (verbo de ligação + nome predicativo do sujeito –
predicado nominal)
- Eram sólidos e bons os móveis. (verbo de ligação + nome predicativo do sujeito – predicado
nominal)

Assim, a opção [A] assinala corretamente a sequência dos predicados citados.

Resposta da questão 8:
[E]

Na primeira oração, existe sujeito simples (“pedra”), pois o verbo “chover” usado em sentido
figurado deixa de ser impessoal e passa a ser pessoal. Na segunda, a construção da oração na
voz passiva sintética apresenta sujeito simples (“este imóvel”). Na terceira, o verbo “fazer” é
usado com o sentido de tempo, portanto impessoal, constituindo oração com sujeito
inexistente.

Resposta da questão 9:
[A]

Oração 1: “Não te vejo” – a partir do verbo “vejo”, conjugado na primeira pessoa do singular, é
possível perceber que o sujeito corresponde a essa voz discursiva, representada pelo pronome
“Eu”. Como ele está omisso na oração, tem-se um sujeito oculto.
Oração 2: “Nem te escuto” – a partir do verbo “escuto”, também conjugado na primeira pessoa
do singular, é possível perceber que o sujeito corresponde ao pronome “eu”. Como ele está
omisso na oração, tem-se outro sujeito oculto.
Oração 3: “o meu samba está de luto” – o verbo “estar” liga a característica “de luto” a um
sujeito, que é justamente “o meu samba”. Como o verbo se refere somente a um elemento,
tem-se um sujeito simples.
Oração 4: “eu peço o silêncio de um minuto” – o verbo “peço” expressa a ação de pedir, que é
executada justamente por um sujeito, no caso, “eu”. Assim, tem-se um sujeito simples.

Resposta da questão 10:


[B]

No primeiro quadro, observa-se falha gramatical na fala da cobra que usa o pronome oblíquo
“o” em vez de “lhe”. O verbo “escapar” é transitivo indireto, exigindo assim o pronome com essa
função, o que valida a opção [B].

Resposta da questão 11:


[E]

É correta a alternativa [E], pois os termos “o uso do papel” e “um manual de instrução” exercem
função de sujeito em orações em ordem inversa, ou seja, em orações em que aparecem depois
do predicado.

Resposta da questão 12:


[C]

Apenas é correto o que se afirma em [C], pois as demais apresentam as seguintes incorreções:

Em [A] o sujeito da oração subordinada adjetiva “que se leva de casa em casa” é o pronome
relativo “que”, relacionado ao antecedente “carta”, por isso, simples;
Em [B] os predicados das frases mencionadas são ambos nominais, pois apresentam como
núcleo um predicativo do sujeito (: “alguma carta” e “telegrama”, respectivamente) e verbo de
ligação (“é”);
Em [D] o predicado da oração “Ele a faz rir” é verbal, pois apresenta como núcleo um verbo

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nocional, isto é, verbo que indica ação;


Em [E] o substantivo “telegrama” exerce a função de aposto.

Resposta da questão 13:


[C]

O termo “eu” representa aquele que exerce a ação de “fazer um monte de gente feliz”. Dessa
forma, é o sujeito da oração.

Resposta da questão 14:


[B]

Nas frases do enunciado, os termos verbais “criamos”, “fixamos”, “definimos”, “fazemos” e


“controlamos” são transitivos e têm como objeto direto os termos: produtos, preços, os locais,
anúncios, a mensagem, respectivamente.

Resposta da questão 15:


[B]

Podemos colocar a oração na ordem direta, obtendo “O título de homem já não me convém”.
Assim, fica mais claro que “o título de homem” é sujeito, uma vez que é o termo que exerce a
“ação” de convir (o que não convém? O título de homem).

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Resumo das questões selecionadas nesta atividade

Data de elaboração: 04/04/2023 às 11:25


Nome do arquivo: termos da ora??o

Legenda:
Q/Prova = número da questão na prova
Q/DB = número da questão no banco de dados do SuperPro®

Q/prova Q/DB Grau/Dif. Matéria Fonte Tipo

1.............219336.....Média.............Português......Fuvest/2023.........................Múltipla escolha

2.............217549.....Média.............Português......Esa/2023..............................Múltipla escolha

3.............220979.....Elevada.........Português......Eear/2023.............................Múltipla escolha

4.............217849.....Média.............Português......Espcex (Aman)/2023............Múltipla escolha

5.............219576.....Elevada.........Português......Upf/2023...............................Múltipla escolha

6.............137556.....Baixa.............Português......G1 - cps/2015.......................Múltipla escolha

7.............163547.....Média.............Português......Espcex (Aman)/2017............Múltipla escolha

8.............120790.....Baixa.............Português......Espcex (Aman)/2013............Múltipla escolha

9.............154295.....Baixa.............Português......G1 - ifba/2016......................Múltipla escolha

10...........109449.....Baixa.............Português......Insper/2012..........................Múltipla escolha

11...........150541.....Baixa.............Português......Unesp/2016..........................Múltipla escolha

12...........112169.....Elevada.........Português......G1 - ifpe/2012......................Múltipla escolha

13...........153590.....Baixa.............Português......G1 - ifsul/2016......................Múltipla escolha

14...........108824.....Baixa.............Português......Unesp/2012..........................Múltipla escolha

15...........167148.....Média.............Português......G1 - cp2/2017......................Múltipla escolha

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