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SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA
ANEXO
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MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA SAEB 2023
ANO DE ESCOLARIDADE SEGMENTO
3 o ano
COMPONENTE CURRICULAR
Língua Portuguesa
TÓPICO: DESCRITOR:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Leitura, interpretação e compreensão de textos.
DURAÇÃO: 2 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor(a), nesta sequência didática vamos explorar a leitura de diversos tipos de textos para que os
estudantes desenvolvam e aprimorem suas capacidades linguísticas de maneira que demonstrem o
aprendizado da língua. É importante que se exponha ao estudante o que de fato é ler, interpretar e
compreender um texto. Mostrar-lhe que a leitura é parte essencial do trabalho, do empenho, da
perseverança, da dedicação em aprender.
B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1: RETOMANDO O CONCEITO
Professor(a), nesta aula vamos conceituar e diferenciar os seguintes itens: LER, COMPREENDER e
INTERPRETAR. Pode-se fazer uma projeção ou utilizar folhas impressas, distribuindo-as aos estudantes. É
importante deixar claro aos estudantes que a leitura vai muito além da simples decodificação. Comente
com eles, professor(a), que o hábito da leitura pode melhorar a comunicação e ainda a capacidade de se
relacionar com indivíduos e trabalhar em grupo, sobretudo no mundo corporativo. Afinal, com mais
conhecimentos, um vocabulário enriquecido e uma escrita aperfeiçoada, a pessoa será capaz de transmitir
suas ideias de maneira mais objetiva. A figura abaixo pode ser usada para dar início à aula.
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Imagem 1: Diferenças entre compreender e interpretar.
Após mostrar a imagem acima, você pode apresentar o seguinte exemplo, que a Professora Pamba
deu em sua página, que pode ser projetado ou escrito no quadro:
Pergunte aos estudantes: “Qual a sua compreensão disso?”. Em seguida pergunte: “Qual a sua
interpretação dessa frase?”. Ouça as respostas e verifique se eles compreenderam a diferença entre
compreender e interpretar.
Comente com os estudantes que a palavra ‘cabisbaixa’, em nossa cultura, carrega um sentido
negativo, de tristeza. Destaque que essa possibilidade só foi possível porque em nosso contexto social,
uma pessoa que anda de cabeça baixa (cabisbaixa) normalmente está triste. Trata-se de uma
INTERPRETAÇÃO.
Já no campo da COMPREENSÃO, é fato que Ana é uma pessoa do sexo feminino e a mesma andava de
cabeça baixa (cabisbaixa). Ou seja; isso é o que está ESCRITO na frase.
Assim sendo, mostre aos estudantes que a interpretação, como vimos, depende da nossa visão de
mundo. Deduzimos que ela estava triste não pelo significado da palavra, ali no dicionário, mas pelo
modo como costumamos utilizá-la no nosso contexto social.
2
Imagem 2: Fato X Opinião
Peça aos estudantes que preencham no quadro abaixo a opinião referente ao fato relatado no texto.
Em seguida faça a correção com os mesmos e apontando as diferenças entre o que é FATO do que é
uma OPINIÃO.
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RECURSOS:
Caderno, caneta, lousa, pincel, projetor multimídia e/ou cópias de atividades com o texto.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO
Interação e envolvimento do estudante nas dinâmicas e reflexões. Detectar se o estudante consegue
reconhecer as principais diferenças entre os temas abordados.
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ATIVIDADES
1 − Leia o seguinte trecho de um texto:
"A juventude atual tem sido cada vez mais influenciada pelas redes sociais. Essas plataformas digitais
oferecem uma ampla exposição a conteúdos diversos, o que pode impactar diretamente no
desenvolvimento de valores e opiniões dos jovens. Além disso, a necessidade de aprovação social e a
busca por a inteligência pode gerar ansiedade e emoções afetivas dos indivíduos."
Com base no trecho acima, responda à seguinte pergunta:
a) De acordo com o texto, quais são as duas possíveis consequências do uso intensivo das redes
sociais pela juventude?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
b) Quais são as três consequências mencionadas no texto que são consequências do aquecimento
global?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
3 − Qual das seguintes hipóteses pode ser classificada como um fato, e qual pode ser classificada
como uma opinião?
a) "A cidade de Paris é a capital da França." b) "A pizza é a melhor comida do mundo."
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4 − Leia o seguinte trecho de um texto:
"Após horas de caminhada sob o sol escaldante, o explorador finalmente chegou a um oásis. Lá,
encontrou uma fonte de água cristalina e fresca, onde pode saciar sua sede."
Com base no trecho acima, a expressão "saciar sua sede" significa:
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REFERÊNCIAS
AULA, Tudo de sala. Atividade sobre Fato e Opinião. 14 nov. 2023. Disponível em:
https://www.tudosaladeaula.com/2021/11/atividade-sobre-fato-e-opiniao-com-explicacao-anos-
finais.html. Acesso em: 13 jul. 2023.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Matrizes de
referência de língua portuguesa e matemática do SAEB: documento de referência do ano de 2001.
FRANCISCO, Márcia C. P. Diferenças entre compreender e Interpretar. 13 jul. 2023.
FRANCISCO, Márcia C. P. Fato X Opinião. 13 jul. 2023.
PAMBA, Professora. Interpretação e Compreensão de textos. [s. l.]. 2021. Disponível em:
https://redacaoegramatica.com.br/blog/interpretacao-e-compreensao-textual-exercicio/. Acesso em: 13
jul. 2023.
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TÓPICO: DESCRITOR:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Interpretação e compreensão de textos de diferentes gêneros textuais.
DURAÇÃO: 3 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor (a), inicie a aula destacando que os gêneros textuais surgem como formas de comunicação,
atendendo a necessidade de expressão do ser humano, moldados sob a influência do contexto
histórico e social das diversas esferas da comunicação humana. Assim sendo, eles são dinâmicos e se
originam, se integram e se desenvolvem funcionalmente nas culturas e, para além das questões
linguísticas que os caracterizam, eles são ainda mais caracterizados por suas funções. O ato de
aprender a ler e escrever, há um sentido, uma função.
Os gêneros são dinâmicos e sofrem modificações ao longo do tempo, surgindo e desaparecendo, se
diferenciando de uma região, de uma cultura para outra. Com o desenvolvimento da tecnologia, uma
nova gama de novos gêneros vêm à tona, de forma que atendam às novas necessidades das situações
comunicativas, como e-mail, chats, mensagens em redes sociais, etc. Para Bakhtin (2000) os gêneros
materializam a língua. A língua, por sua vez, está vinculada à vida. Os gêneros portam-se, então, com
o elo entre a língua e a vida. Os gêneros textuais são de uma heterogeneidade imensa, variam do
simples diálogo informal até as teses de doutorado, por exemplo. De acordo com Marcuschi (2008) não
há comunicação que não seja feita através de algum gênero.
Peça aos estudantes que imaginem os gêneros textuais como gavetas de um armário, onde as coisas
que ali estão, foram selecionadas por apresentarem características comuns.
B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1: RETOMANDO O CONCEITO
Professor(a), nesta aula podem ser usados recursos como projeção multimídia ou folhas impressas.
Exponha as imagens abaixo, para os estudantes.
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Imagem 1: Versão soviética de “O Senhor dos Anéis” Imagem 2: Bolo Pudim de chocolate
Peça aos estudantes que leiam os textos e selecione um estudante para fazer a leitura em voz alta.
Solicite ao estudante que leu em voz alta cada texto que vá ao quadro e escreva, pelo menos, três
características do texto lido. Por exemplo, o estudante pode escrever o título, o formato em que o
texto foi apresentado, o tipo de linguagem utilizada, o público-alvo, o assunto, onde pode ser
encontrado, etc.
Em seguida pergunte à turma se concorda ou discorda com as características listadas pelos colegas.
Acrescente características que não foram listadas ou retire as que não se adequam. Comente com os
estudantes as diferenças de ambos os textos e conclua a aula mostrando aos estudantes que o tipo de
texto varia de acordo com a situação comunicativa e sua função no processo comunicativo.
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Caso haja tempo de aula, pode ser trabalhado esse segundo exercício.
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Imagem 3: Piada.
RECURSOS:
Caderno, caneta, lousa, pincel, projetor multimídia e/ou cópias de atividades com o texto.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Interação e envolvimento do estudante nas dinâmicas e reflexões. Detectar se o estudante consegue
compreender o significado de gênero textual e reconhecer as principais características desse tipo de
texto.
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ATIVIDADES
1 − Leia o seguinte trecho de texto:
"Prezados clientes, informamos que a loja estará fechada no próximo domingo devido a uma
manutenção programada. Pedimos desculpas pelo inconveniente e agradecemos a compreensão.
Retornaremos às atividades normais na segunda-feira."
a) Aviso.
b) Conto.
c) Receita culinária.
d) Relatório científico.
e) Carta.
"Prezados senhores,
Atenciosamente, Maria"
a) Email.
b) Carta formal.
c) Anúncio publicitário.
d) Nota fiscal.
e) Conto.
TIRINHA MAFALDA
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FONTE: CANTINHO DA EDUCAÇÃO, 2023.
O anúncio a seguir foi exposto em outdoors de estradas brasileiras. Leia-o e responda às questões a
seguir.
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4 − Releia o texto verbal do anúncio:
b) Qual foi o motivo da divulgação desse texto na época do ano em que foi divulgado?
___________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________
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REFERÊNCIAS
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma Poesia. In: Poesia completa, Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
2002, p.23.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Tradução: Maria Ermantina Galvão G. Pereira. 3.ed.
São Paulo: Martins Fontes, 2000.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Matrizes de
referência de língua portuguesa e matemática do SAEB: documento de referência do ano de
2001.
CEREJA, William. Gramática: texto, reflexão e uso: volume único / William Cereja, Carolina Dias
Vianna. 6a. ed. São Paulo: Atual Editora, 2020.
EDUCAÇÃO, Cantinho da. Instituto Invicto. [s. l.]. Disponível em:
http://institutoveritas2010.blogspot.com/2010/11/. Acesso em: 14 jul. 2023.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Miniaurélio Século XXI Escolar, 2001, p.117. [et al.]. 4. ed.,
rev. e ampl. / do minidicionário Aurélio. Publicação Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
FIORATTI, Carolina. Existe uma versão soviética de “O Senhor dos Anéis”. E dá para vê-la no
YouTube. Publicado em 8 abr. 2021. Disponível em: https://super.abril.com.br/cultura/versao-
sovietica-de-o-senhor-dos-aneis-e-disponibilizada-no. Acesso em: 14 jul. 2023.
KELLY, Samantha. Outdoor busca conscientizar população sobre abandono. 31 dez. 2012.
Disponível em: https://www.portaldodog.com.br/cachorros/noticias/outdoor-busca-conscientizar-
populacao-sobre-abandono/. Acesso em: 14 jul. 2023.
LEDA, Flávia. Receita culinária. Publicada no Canal SEDUC-P14. 17 dez. 2019. Disponível em:
https://canaleducacao.tv/images/slides/36012_d623e4168b2c20346bf5f1551df4924f.p. Acesso em 14
jul. 2023.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo:
Parábola Editorial, 2008.
PEREZ, Luana Castro Alves. Exercícios sobre gêneros textuais do cotidiano. [s. l.]. 2023.
Disponível em: https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-redacao/exercicios-sobre-generos-
textuais.htm. Acesso em: 14 jul. 2023.
RIBERA, Elen. Doutor, devo rir mais? Como assim? Publicado na revista Seleções. 28 set. 2019.
Disponível em: https://www.selecoes.com.br/humor/historias-divertidas-doutor-devo-rir-mais/. Acesso
em: 14 jul. 2023.
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TÓPICO: DESCRITOR:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Articulação textual e elementos expressivos.
DURAÇÃO: 3 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor(a), nesta sequência didática vamos explorar os elementos que constituem a textualidade, ou
seja, aqueles elementos que constroem a articulação entre as diversas partes de um texto: a coerência
e a coesão. Vale salientar aos estudantes que a coerência é a lógica entre as ideias expostas no texto,
para que exista coerência é necessário que a ideia apresentada se relacione ao todo textual dentro de
uma sequência e progressão de ideias.
Para que as ideias estejam bem relacionadas, também é preciso que estejam bem interligadas, bem
“unidas” por meio de conectivos adequados, ou seja, com vocábulos que têm a finalidade de ligar
palavras, locuções, orações e períodos. Dessa forma, as peças que interligam o texto, como pronomes,
conjunções e preposições, promovendo o sentido entre as ideias são chamadas coesão textual.
Importante enfatizar que, nesta série, tratar-se-á apenas os pronomes como elementos coesivos. As
habilidades a serem desenvolvidas pelos descritores que compõem este tópico exigem que o estudante
compreenda o texto não como um simples agrupamento de frases justapostas, mas como um conjunto
harmonioso em que há laços, interligações, relações entre suas partes.
B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1: RETOMANDO O CONCEITO
Professor(a), nesta aula vamos retomar o conceito de coesão. Pode-se fazer uma projeção ou utilizar
folhas impressas, distribuindo-as aos estudantes. Como sugestão, o texto abaixo poderá ser utilizado
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da seguinte forma: forme trios como os estudantes presentes. Divida o texto em frases e/ou períodos
a depender da quantidade de trios que tenha formado com os estudantes. Distribua, aleatoriamente,
cada trecho do texto aos grupos e peça-lhes que façam uma leitura coletiva. (As cores foram usadas
para sugerir possíveis divisões). É esperado que todos percebam que não faz sentido, ou seja; a leitura
tornou-se caótica pois não houve sentido entre as partes do texto. Em seguida, proponha que os
estudantes reorganizem o texto de forma que o mesmo apresente sentido, inserindo nas lacunas as
palavras mais adequadas. Pode ser necessária sua intervenção. Peça-lhes que releiam o texto
novamente. Deseja-se que, agora, o texto reorganizado apresente sentido.
Sugere-se que a correção seja feita oralmente. As respostas são pessoais. As palavras originais do
texto estão colocadas como resposta apenas como referência. O importante é que os estudantes
percebam que algumas escolhas tornarão o texto incoerente ou sem coesão. Peça-lhes que leiam
oralmente seus textos, a fim de observar a existência ou não de textualidade.
Sugestão de texto:
estamos quase na metade do ano falta pouco para as férias escolares. , neste mês,
deixo uma dica que vai animar os seus dias de estudo antes da folga. Minha sugestão é que você
experimente a de um livro de suspense:
Boneca de Ossos (Holly Black, editora #irado).
Uma cristaleira abriga a boneca que dá
nome à História. E não se engane: ela está bem
longe de ser apenas infantil. de cara,
você também vai conhecer os amigos
Poppy, Zach e Alice.
sempre gostaram de imaginar
aventuras em um mundo povoado por piratas e
guerreiros e governado por uma Grande Rainha
- a feita de ossos que vive na cristaleira.
, agora que os estão crescendo, a
vontade brincar juntos já não é mais a mesma e
a relação de parece passar por dificuldades.
Poppy começa a ter sonhos com a Rainha e os fantasmas de uma menina que não poderá
descansar a boneca de ossos não for enterrada no túmulo dela, que está vazio.
que os três se reúnem e partem em uma jornada na tentativa de achar o cemitério certo, fica
o tal túmulo. Não faltam mistérios a serem solucionados em meio a alguns sustos pelo caminho.
Prepare-se para sentir aquele frio na .
Por Maria Carolina Cristianini, editora-chefe do Joca.
(Sugestão de respostas: Já, e, Por isso, últimos, leitura, brinquedo, Logo, também, Eles, boneca, Mas,
três, amizade, Até que, enquanto, É aí, onde, barriga)
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AULA 2: RETOMANDO O CONCEITO
Professor(a), nesta aula vamos retomar o conceito de coerência. Pode-se fazer uma projeção ou
utilizar folhas impressas, distribuindo-as aos estudantes. Além de tratar da coerência vamos abordar a
interpretação de cartum que é um meio muito usado em vários tipos de avaliações.
Para tanto, exiba a imagem do cartum de Rafael Koff abaixo.
Cartum
Em seguida lance algumas questões sobre a imagem e vá respondendo com os estudantes, de forma
que todos possam participar e fazer intervenções.
1. O Cartum retrata qual situação?
2. Qual o objetivo desse diálogo?
3. Pela fala do entrevistado, há indícios da fala do entrevistador? Como se percebe isso? Há algum
elemento no texto que permita essa conclusão? Qual?
4. O que chama a atenção na fala do entrevistado?
5. Qual nome aparece no alto do cartum? Qual característica se depreende do personagem, a partir
do nome dele?
6. Qual crítica pode ser considerada à maneira como alguns jovens procedem no primeiro
emprego?
Conclua com os estudantes: O cartum de Rafael Koff é construído a partir de uma situação
absurda, uma vez que não há conexão entre a fala do entrevistado e o motivo que o levou à
entrevista, que é conseguir um emprego. Pode-se dizer que a fala do personagem é INCOERENTE com
a situação.
Porém, se considerarmos que a finalidade do cartum é construir humor e fazer uma crítica social,
observa-se que, apesar da incoerência na situação apresentada, o texto é coerente com seus
objetivos. Isso porque a coerência de um texto diz respeito à situação em que ele é produzido, ou seja,
quem produz, para quem, com que finalidade, etc. No caso do cartum de Rafael Koff, a incoerência foi
utilizada propositalmente para criar humor. Na maior parte dos textos que produzimos no dia a dia,
entretanto, a coerência é necessária.
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AULA 3: ENTENDENDO OS RECURSOS EXPRESSIVOS DA LINGUAGEM
Professor(a), é necessário que os estudantes compreendam que o uso de recursos expressivos
possibilita uma leitura para além dos elementos superficiais do texto e auxilia o estudante na
construção de novos significados. Em diferentes gêneros textuais, tais como a propaganda, por
exemplo, os recursos expressivos são largamente utilizados, como caixa alta, negrito, itálico, etc. Os
poemas também se valem desses recursos, exigindo atenção redobrada e sensibilidade do estudante
para perceber os efeitos de sentido subjacentes ao texto.
Vale destacarmos que os sinais de pontuação, como reticências, exclamação, interrogação, etc., e
outros mecanismos de notação, como o itálico, o negrito, a caixa alta e o tamanho da fonte podem
expressar sentidos variados. O ponto de exclamação, por exemplo, nem sempre expressa surpresa.
Faz-se necessário, portanto, que o estudante, ao explorar o texto, perceba como esses elementos
constroem a significação, na situação comunicativa em que se apresentam.
Nesta aula podem ser utilizados projetor multimídia ou textos impressos a serem disponibilizados para
os estudantes.
As atividades devem ser feitas com os estudantes, explicando-lhes tanto o enunciado quanto a
resposta a que se chegou após discussão coletiva. É aconselhável que se dê um tempo aos mesmos
para que reflitam sobre a questão e somente depois se discuta a resposta com eles.
Atividade 1
Leia o trecho abaixo e responda à questão:
Texto:
"Ah, que maravilha! Mais um dia chuvoso para alegrar nossas vidas. Mal posso conter minha
empolgação ao pegar o guarda-chuva e enfrentar as ruas alagadas, os carros buzinando e a água
gelada escorrendo pelo pescoço. Quem não adora um dia assim?"
Pergunta:
• Considerando o trecho apresentado, que tipo de figura de linguagem foi usada para criar
sentido?
(a) Metáfora.
(b) Hipérbole.
(c) Ironia.
(d) Personificação.
(e) Metonímia.
Atividade 2
Leia o trecho abaixo e responda à questão:
"O dia estava lindo! O sol brilhava intensamente, as flores desabrochavam e os pássaros
cantavam alegremente. Era uma cena perfeita... ou não?"
Pergunta:
• A pontuação utilizada no trecho tem como objetivo principal:
(a) Indique uma pausa necessária para a clareza e fluidez da leitura.
(b) Criar um suspense e gerar expectativa no leitor.
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(c) Expressar alegria e entusiasmo com a situação descrita.
(d) Sinalizar uma contraposição irônica em relação à descrição anterior.
(e) Marcar a fala do personagem.
Atividade 3
Leia a crônica LEITE, de Millôr Fernandes.
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Atividade 1
Leia o texto a seguir.
Fonte: DUARTE, Marcelo. Por que o pato não se molha quando nada? Guia dos Curiosos, [s. l.], 24 abr. 2019.
Disponível em: https://www.guiadoscuriosos.com.br/esportes/pergunta-curiosa/por-que-o-pato-nao-se-molha-quando-
nada/.
Atividade 2
Leia o trecho a seguir e assinale a opção que indica a melhor forma de melhorar a compreensão e
coesão do texto:
Trecho:
"João foi ao supermercado. Ele comprou pão, leite e manteiga. Ele encontrou sua amiga Maria no
corredor dos congelados. Ele cumprimentou e continuou suas compras."
(a) Substituir as repetições do pronome "ele" por pronomes possessivos: "João foi ao
supermercado. Ele comprou pão, leite e manteiga. No corredor dos congelados, encontrou sua
amiga Maria. Cumprimentou e prosseguiu com suas compras."
(b) Inserir conectivos para estabelecer relações claras entre as informações: "João foi ao
supermercado para comprar pão, leite e manteiga. Enquanto estava no corredor dos
congelados, encontrou sua amiga Maria. Ao cumprimentá-la, ele prosseguiu com suas
compras."
(c) Repetir as informações anteriores com palavras diferentes para evitar a monotonia: "João foi ao
supermercado. Ele adquiriu pão, leite e manteiga. Na área de congelados, ele se partiu com sua
amiga Maria. Ao saudá-la, continua suas compras. "
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(d) Utilizar pronomes relativos para conectar as informações de maneira fluida: "João foi ao
supermercado onde comprou pão, leite e manteiga. No corredor dos congelados, encontrou sua
amiga Maria, a qual cumpriu antes de aguardar com suas compras."
(e) Repetir as informações anteriores com as mesmas palavras.
RECURSOS:
Caderno, caneta, lousa, pincel, projetor multimídia e/ou cópias de atividades com o texto.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Interação e envolvimento do estudante nas dinâmicas e reflexões. Detectar se o estudante consegue
compreender, diferenciar e aplicar os conceitos de coerência e coesão textuais de forma adequada.
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ATIVIDADES
Leia o texto abaixo e responda à questão:
Texto:
Um dos recursos mais utilizados para estabelecer a coesão é o emprego correto dos pronomes.
Eles permitem fazer referência a elementos já mencionados no texto, evitando repetições
desnecessárias e conferindo fluidez à leitura. Além disso, as conjunções e conectivos
desempenham um papel importante na conexão de ideias, indicando relações de causa,
consequência, oposição, entre outras.
Outro recurso coesivo é a repetição de termos ou expressões ao longo do texto. Essa técnica
reforça a conexão entre as ideias, destacando sua importância e mantendo a unidade do texto.
1 − No texto, a coesão textual é alcançada principalmente por meio de qual recurso linguístico?
a) Adjetivos descritivos.
b) Substantivos abstratos.
c) Conjunções e conectivos.
d) Verbos de ação.
e) Verbos e pronomes.
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2 − Usando o termo “Toda” no início de cada frase, o texto
a) enfatiza a ideia de universalidade.
b) estabelece independência com o termo “criança”.
c) estabelece maior vínculo com o leitor.
d) faz uma repetição sem necessidade.
e) reforça a especificidade de cada ideia.
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REFERÊNCIAS
CEREJA, William. Gramática: texto, reflexão e uso: volume único / William Cereja, Carolina Dias
Vianna. 6a. ed. São Paulo: Atual Editora, 2020.
CHASSOT, Attico. A ciência é masculina? É sim senhora! Editora Unisinos, 9a. Edição. 2019.
CRISTIANINI, Maria Carolina. Boneca de Ossos. Jornal Joca, [s. l.], 29 mai. 2019. Disponível em:
www.jornaljoca.com.br/a-historia-de-uma-boneca-feita-de-ossos/boneca_de_ossos/ Acesso em: 17 jul.
2023.
CRÔNICA leite, de Millôr Fernandes. Armazém de texto, [s. l.] 2021. Disponível em:
https://armazemdetexto.blogspot.com/2021/02/cronica-leite-millor-fernandes-com.html. Acesso em:
17 jul. 2023.
DUARTE, Marcelo. Por que o pato não se molha quando nada? Gia dos Curiosos, [s. l.], 24 abr.
2019. Disponível em:https://www.guiadoscuriosos.com.br/esportes/pergunta-curiosa/por-que-o-pato-
nao-se-molha-quando-nada/. Acesso em: 17 jul. 2023.
KOFF, Rafael. Flash vai a uma entrevista de emprego. Folha, [São Paulo], 18 jan. 2016. Disponível
em: https://m.folha.uol.com.br/ilustrada/2016/01/1730551-quadrao.shtml. Acesso em: 17 jul. 2023.
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TÓPICO: DESCRITOR:
PLANEJAMENTO
TEMA DE ESTUDO: Língua e Linguagem.
DURAÇÃO: 4 aulas.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
A) CONTEXTUALIZAÇÃO/ABERTURA:
Professor(a), explique aos estudantes que o estudo da variação linguística ou variedade linguística é
essencial para a sua conscientização do funcionamento da Língua, permitindo que eles construam uma
postura não-preconceituosa em relação a usos linguísticos distintos dos seus. É muito importante que
eles saibam as razões dos diferentes usos, quando é utilizada a linguagem formal, a informal, a técnica
ou as linguagens relacionadas aos falantes, como por exemplo, a linguagem dos adolescentes, das
pessoas mais velhas.
É necessário transmitirmos ao estudante a noção do valor social que é atribuído a essas variações,
sem, no entanto, permitir que ele desvalorize sua realidade ou a de outrem. Essa discussão é
fundamental nesse contexto, professor (a).
B) DESENVOLVIMENTO:
AULA 1: DISCUTINDO O PRECONCEITO LINGUÍSTICO
Professor(a), inicie uma discussão com os estudantes a partir da exibição do vídeo: “O preconceito
linguístico no dia a dia”, disponível em: <https://youtu.be/QlhsiMWT-eQ>, acesso em: 01 ago. 2023.
Explique a eles que o propósito desta aula é conhecer e compreender a norma-padrão, as variedades
da língua e falar sobre o preconceito linguístico. Após a exibição do vídeo, lance perguntas aos
estudantes:
- Vocês sabem o que são variedades linguísticas?
- No seu ponto de vista, existe uma forma de se comunicar que tem mais ou menos prestígio
social? Explique.
- O que faz uma língua ser mais ou menos prestigiada?
- O que é preconceito linguístico?
- Segundo o vídeo, por que ocorre o preconceito linguístico?
- Você acredita que a Língua que falamos no Brasil é de fato diferente da Língua Portuguesa
falada em Portugal? Existe a “Língua Brasileira”? Você já pensou sobre o assunto?
A partir das respostas dadas pelos estudantes, pontue no quadro aquilo que for mais relevante, tendo
em vista o conceito de preconceito linguístico que você construirá com a turma e registrará no quadro.
Sugestão de definição de preconceito linguístico:
"O preconceito linguístico é, segundo o professor, linguista e filólogo Marcos Bagno,
todo juízo de valor negativo (de reprovação, de repulsa ou mesmo de desrespeito) às
variedades linguísticas de menor prestígio social. Normalmente, esse prejulgamento
dirige-se às variantes mais informais e ligadas às classes sociais menos favorecidas, as
quais, via de regra, têm menor acesso à educação formal ou têm acesso a um modelo
educacional de qualidade deficitária."
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Veja mais sobre "Preconceito linguístico" em: https://brasilescola.uol.com.br/portugues/preconceito-
linguistico.htm
Finalize a aula perguntando aos estudantes se eles já passaram por alguma situação em que foram
constrangidos pela forma como se expressaram ou se conhecem alguém que sofreu esse tipo de
preconceito. Peça-lhes que relatem (caso queiram) e o modo como se sentiram. Permita-lhes fazerem
uma reflexão sobre a importância de reconhecerem essas situações e os valores sociais que estão
agregados a esse contexto. Sendo assim, diga-lhes que, segundo Carolina Pereira P. Martins, em seu
livro Português é legal, “Respeitar todas as variedades é essencial, mas isso não pode ser usado como
desculpa para negligenciar o ensino da norma padrão”.
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Imagem 2: Tipos de linguagem.
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AULAS 3 E 4: PRATICANDO E REFLETINDO SOBRE OS CONCEITOS ESTUDADOS
Professor(a), nesta aula proponha aos estudantes que façam um exercício de reflexão sobre os
conceitos estudados por meio de uma situação hipotética abaixo sugerida, que pode ser projetada ou
distribuída em folhas. A turma será dividida em grupos (sugere-se 5). A situação será a mesma para
todos os grupos, qual seja:
Cenário:
Uma pequena cidade chamada "Cidadeland" está se preparando para comemorar seu
aniversário de fundação. seja um evento especial no teatro da cidade, onde os moradores
locais terão a oportunidade de subir ao palco e compartilhar suas histórias sobre a cidade e
suas experiências pessoais.
Personagens:
João - Um morador idoso da cidade, conhecido por sua fala tradicional e conservadora,
usando principalmente a variante linguística padrão.
Maria - Uma jovem moradora da mesma cidade, mas com uma personalidade mais
descontraída e que gosta de usar uma variante linguística regional, com algumas gírias e
expressões locais.
Desenvolvimento:
No dia do evento, o teatro está lotado de moradores animados e curiosos para ouvir as
histórias. João sobe ao palco primeiro. Ele conta uma história emocionante sobre como a
cidade cresceu e se desenvolveu ao longo dos anos, usando uma variante linguística padrão
de forma correta e formal.
Em seguida, é a vez de Maria subir ao palco. Ela traz um toque de alegria e informalidade à
sua história, falando com entusiasmo e usando uma variante linguística regional. Ela
compartilha histórias divertidas e anedotas sobre a vida na cidade, arrancando risadas e
sorrisos da plateia.
No entanto, à medida que Maria continua sua narrativa, alguns moradores mais
conservadores começam a murmurar e questionar o uso de gírias e expressões locais. Eles
consideram isso inadequado para um evento tão importante como esse. Enquanto isso, os
jovens e muitos outros moradores se divertem e apreciam a história de Maria, sentindo-se
mais conectados à sua linguagem descontraída e familiar.
Professor (a), peça aos grupos que façam uma socialização de seus trabalhos, de forma que todos
sejam ouvidos e tenham sua explanação garantida.
Finalize a aula apresentando uma conclusão para a situação relatada. É esperado que os estudantes
compreendam que essa situação hipotética exemplifica como as variantes linguísticas podem ser
usadas em diferentes contextos e como as reações podem variar. Enquanto algumas pessoas valorizam
a linguagem padrão e formal, outras apreciam o uso de variantes regionais que trazem identidade
cultural e conexão com a comunidade local. Nesse cenário, é importante entender que a diversidade
linguística enriquece uma comunidade e que diferentes formas de comunicação podem coexistir,
respeitando as emoções e valores individuais.
29
RECURSOS:
Caderno, caneta, lousa, pincel, projetor multimídia e/ou cópias de atividades com o texto.
PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO:
Interação e envolvimento do estudante nas dinâmicas e reflexões. Detectar se o estudante consegue
compreender, diferenciar e aplicar os conceitos relativos às variações linguísticas e apresentar uma
postura crítica sobre o preconceito linguístico.
30
ATIVIDADES
1 − Leia o seguinte trecho de um diálogo entre duas pessoas:
"Pô, véi, tá ligado que hoje vai rolar um rolezão daqueles, né? Vai ser top demais!"
Essa frase exemplifica um tipo de variação linguística. Identifique qual é essa variação que está
associada à sua característica principal.
a) Variação social - demonstrar a adaptação da linguagem de acordo com o contexto e o nível de
formalidade.
b) Variação diacrônica - reflete mudanças linguísticas ao longo do tempo, como arcaísmos ou
neologismos.
c) Variação regional - mostra como a linguagem pode variar de acordo com a localização
geográfica.
d) Variação estilística - representa diferentes estilos de linguagem, como literário, coloquial ou
técnico.
e) Variação diacrônica - reflete o nível de escolaridade dos falantes.
31
Leia o cartum abaixo.
32
REFERÊNCIAS
AMPLIFICA - Natura Musical 2018. [s. l.: s. n.], 22 de mar. de 2018. 1 vídeo (2 min 57 seg).
Preconceito Linguístico no dia-a-dia. Disponível em: https://youtu.be/QlhsiMWT-eQ. Acesso em:
01 ago. 2023.
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico – o que é, como se faz. 15 ed. Loyola: São Paulo, 2002.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-44502003000200017.
Acesso em: 01 ago. 2023.
BERALDO, Jairo. "Preconceito linguístico"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/portugues/preconceito-linguistico.htm. Acesso em: 01 de ago. 2023.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Matrizes de
referência de língua portuguesa e matemática do SAEB: documento de referência do ano de
2001.
CEREJA, William. Gramática: texto, reflexão e uso: volume único / William Cereja, Carolina Dias
Vianna. 6a. ed. São Paulo: Atual Editora, 2020.
FRANCISCO, Márcia C. P. Língua e Linguagem. 20 jul. 2023.
FRANCISCO, Márcia C. P. Variações Linguísticas. 02 ago. 2023.
GALVÃO, Jean. Mineirês. Tirinha. 14, fev. 22. Disponível em:
https://www.instagram.com/p/CSzNkUrrGld/?img_index=1. Acesso em: 04 ago. 2023.
LETRAS, Music. Pé de Breque. [s. l.: s. n.] Disponível em: https://www.letras.mus.br/criolo/nao-
bolou-porque/. Acesso em: 04 ago. 2023.
PEREIRA, C.; MARTINS, P. Português é legal. São Paulo, 2014. Disponível em:
<http://www.portugueselegal.com.br/wp-content/uploads/2014/04/portugueselegal2.pdf>. Acesso
em: 01 ago. 2023.
33
ANEXO
34
MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS – MAPA SAEB
CADERNO DE QUESTÕES SAEB 2023
ANO SEGMENTO COMPONENTE CURRICULAR
3º ano Língua Portuguesa
ESCOLA
NOME
PROFESSOR(A) TURMA
Prezado(a) Estudante,
Bom trabalho!
01) (A) (B) (C) (D) (E) 10) (A) (B) (C) (D) (E)
19) (A) (B) (C) (D) (E)
02) (A) (B) (C) (D) (E) 11) (A) (B) (C) (D) (E)
20) (A) (B) (C) (D) (E)
03) (A) (B) (C) (D) (E) 12) (A) (B) (C) (D) (E)
21) (A) (B) (C) (D) (E)
04) (A) (B) (C) (D) (E) 13) (A) (B) (C) (D) (E)
22) (A) (B) (C) (D) (E)
05) (A) (B) (C) (D) (E) 14) (A) (B) (C) (D) (E)
23) (A) (B) (C) (D) (E)
06) (A) (B) (C) (D) (E) 15) (A) (B) (C) (D) (E)
24) (A) (B) (C) (D) (E)
07) (A) (B) (C) (D) (E) 16) (A) (B) (C) (D) (E)
25) (A) (B) (C) (D) (E)
08) (A) (B) (C) (D) (E) 17) (A) (B) (C) (D) (E)
26) (A) (B) (C) (D) (E)
09) (A) (B) (C) (D) (E) 18) (A) (B) (C) (D) (E)
35
01 - Leia o texto abaixo A convivência entre realismo e fantasia é
harmoniosa e dela nascem os desfechos
Como opera a máfia que transformou o
surpreendentes das histórias.
Brasil num dos campeões da fraude de
Em sua obra, são freqüentes questões de
medicamentos
identidade judaica, do cotidiano da medicina e
É um dos piores crimes que se podem do mundo da mídia, como, por exemplo,
cometer. As vítimas são homens, mulheres e acontece no conto “O dia em que matamos
crianças doentes — presas fáceis, capturadas James Cagney”.
na esperança de recuperar a saúde perdida. A
máfia dos medicamentos falsos é mais cruel Para Gostar de Ler, volume 27. Histórias sobre Ética.
do que as quadrilhas de narcotraficantes. Ática, 1999.
Quando alguém decide cheirar cocaína, tem
A expressão sublinhada em “é ainda um
absoluta consciência do que coloca no corpo
biógrafo de mão cheia” (ℓ. 2) e (ℓ. 3) significa
adentro. Às vítimas dos que falsificam
que Scliar é
remédios não é dada oportunidade de escolha.
Para o doente, o remédio é compulsório. Ou A) crítico e detalhista.
ele toma o que o médico lhe receitou ou B) criativo e inconsequente.
passará a correr risco de piorar ou até morrer. C) habilidoso e talentoso.
Nunca como hoje os brasileiros entraram D) inteligente e ultrapassado.
numa farmácia com tanta reserva. E) minucioso e exigente.
Nascido em 1937, o gaúcho Moacyr Scliar VEJA. São Paulo: Ed. Abril. Ano 32, nº 17, 28 abr.
é um homem versátil: médico e escritor, 1999.
igualmente atuante nas duas áreas. Dono de
uma obra literária extensa, é ainda um biógrafo O sucesso na reciclagem de latas tem como
de mão cheia e colaborador assíduo de diversos causa
jornais brasileiros. Seus livros para jovens e A) o problema das queimadas na Amazônia.
adultos são sucesso de público e de crítica e B) a reciclagem nacional de vidros.
alguns já foram publicados no exterior. C) o Brasil é um país que prioriza o meio
Muito atento às situações-limite que ambiente.
desagradam à vida humana, Scliar combina em D) o investimento em moeda estrangeira.
seus textos indícios de uma realidade bastante E) o trabalho das pessoas subempregadas.
concreta com cenas absolutamente fantásticas.
36
04 - Leia o texto abaixo A piscina de águas naturais da Ponta do
Farol, no Morro do Moreno, em Vila Velha, virou
O universo de Ziraldo
atração durante o calor no Espírito Santo. O
Nascido em 24 de outubro de 1932, local, antes pouco visitado, foi divulgado em
Ziraldo Alves Pinto é o mais velho de sete uma página que mostra os pontos turísticos do
irmãos, e entre eles há outro cartunista, o Zélio. estado nas redes sociais. Depois da publicação,
O nome curioso advém da combinação de a piscina tem recebido visitantes de toda a
sílabas dos nomes da mãe Zizinha e do pai, Grande Vitória.
Geraldo. Coisa que os pais no Brasil costumam Nem mesmo os moradores de Vila Velha
fazer e acabam inventando nomes para os e frequentadores antigos da formação de pedra
filhos. que cerca o local conheciam o pequeno recanto.
Ziraldo nasceu em Minas Gerais, na É o caso do administrador Deverson Daltio, que
cidade de Caratinga, onde viveu até a costuma passear de bicicleta e fazer caminhadas
adolescência, quando depois de cursar o Grupo com a amiga Joseane de Carvalho bem pertinho
Escolar Princesa Isabel, veio com o avô para o da piscina.
Rio de Janeiro, estudar no MABE (Moderna “A gente sempre passou por aqui, mas
Associação Brasileira de Ensino). Em 1950, não sabia da piscina. Vimos que é um lugar
voltou para seu estado, estudou mais e acabou maravilhoso para relaxar, fazer fotos, então
formando-se advogado em Belo Horizonte, na viemos descobrir. Estamos adorando”, disse
Faculdade de Direito de Minas Gerais. Deverson.
Afeito ao desenho desde os mais tenros As estudantes Eduarda Furtado e Juliana
anos de vida, Ziraldo publicou seu primeiro Moreira saíram de Vitória para ir até a piscina.
desenho com apenas 6 anos de idade, no jornal As duas também já conheciam o Farol de Santa
A Folha de Minas. Luzia e o Morro do Moreno, mas a piscina
Em 1958, já morando fora de Minas natural foi uma surpresa.
Gerais, desembocou o namoro de sete anos com Enquanto a maré estiver alta, o local
Vilma Gontijo, num casamento que lhe trouxe pode ser curtido para banhos. A água cristalina
três filhos: Daniela, Fabrizia e Antônio, além de e a vista para a Terceira Ponte fizeram sucesso
seis netos. entre os moradores e turistas. [...]
37
06 - Leia o texto Como também guardei o pó que me ficou
Daquele pequenino anel que tu me deste
07 - Leia o texto para responder à questão a E o silêncio outra vez soturno desce...
seguir. E límpida, sem mácula, alvacenta
O anel de vidro A lua a estrada solitária banha...
Aquele pequenino anel que tu me deste, (GONZAGA, Sergius. Curso de Literatura Brasileira.
– Ai de mim – era vidro e logo se quebrou Adaptado.)
Assim também o eterno amor que prometeste,
– Eterno! era bem pouco e cedo se acabou. As reticências utilizadas na última estrofe desse
texto reforçam a ideia de
Frágil penhor1 que foi do amor que me tiveste,
A) continuidade de uma ação.
Símbolo da afeição que o tempo aniquilou,
B) desconfiança.
– Aquele pequenino anel que tu me deste,
C) interrupção do pensamento.
– Ai de mim – era vidro e logo se quebrou
D) ironia.
E) suspense.
Não me turbou, porém, o despeito que investe
Gritando maldições contra aquilo que amou.
De ti conservo no peito a saudade celeste
38
09 - Leia o texto abaixo. 10 - Leia o texto abaixo.
O relógio da igreja A CHUVA
- Corre, minha gente, corre! O relógio da igrja A chuva derrubou as pontes. A chuva
sumiu!!! transbordou os rios. A chuva molhou os
A moça esbravejava, calçada acima, acordando transeuntes. A chuva encharcou as praças. A
os habitantes que moravam na Praça junto à chuva enferrujou as máquinas. A chuva
igreja. As venezianas das casas foram se enfureceu as marés. A chuva e seu cheiro de
abrindo de par em par, como num efeito terra. A chuva com sua cabeleira. A chuva
dominó. As caras das beatas apareceram quase esburacou as pedras. A chuva alagou a favela. A
que simultaneamente nas janelas. Era um chuva de canivetes. A chuva enxugou a sede. A
espanto só. Os olhos arregaladas de D. Izabel e chuva anoiteceu de tarde. A chuva e seu brilho
de D. Bona denunciavam a tragédia. prateado. A chuva de retas paralelas sobre a
- Meu Deus, Bona! Quem se atreveria a tal terra curva. A chuva destroçou os guarda-
coisa? chuvas. A chuva durou muitos dias. A chuva
- É um sacrilégio – exclamou D. Izabel. E nós, apagou o incêndio. A chuva caiu. A chuva
que moramos ao pé da igreja, não vimos nada! derramou-se. A chuva murmurou meu nome. A
- Quem terá sido, meu Deus? chuva ligou o pára-brisa. A chuva acendeu os
- É o fim dos tempos – dizia Maria do Perpétuo faróis. A chuva tocou a sirene. A chuva com a
Socorro. sua crina. A chuva encheu a piscina. A chuva
D. Luizinha, descendente de escravos, com as gotas grossas. A chuva de pingos
conhecia histórias do tempo do ronca. Ela pretos. A chuva açoitando as plantas. A chuva
sempre contava pra nós que no fim do mundo ia senhora da lama. A chuva sem pena. A chuva
aparecer uma besta-fera que ia destruir a casa apenas. A chuva empenou os móveis. A chuva
dos ricos, mas que não alteraria nada para os amarelou os livros. A chuva corroeu as cercas. A
pobres porque, na casa destes, a besta entraria chuva e seu baque seco. A chuva e seu ruído de
e passaria direto da porta da sala para a porta vidro. A chuva inchou o brejo. A chuva pingou
da cozinha. pelo teto. A chuva multiplicando insetos. A
- Cruz credo – benzeu-se D. Luizinha. Vou chuva sobre os varais. A chuva derrubando
chamar Cônego Theodomiro. raios. A chuva acabou a luz. A chuva molhou os
- Dianta não, D. Luizinha. Cônego Theodomiro cigarros. A chuva mijou no telhado. A chuva
foi pra a capital com o Dr. Juiz e só volta com regou o gramado. A chuva arrepiou os poros. A
ele na segunda. chuva fez muitas poças. A chuva secou ao sol.
- Oxente! E a gente vai fazer o que, até lá?
- Sei, não. Chama o Dr. Delegado! Disponível em:
https://atividadesescolaresprontas.com.br/descritores
-d19-reconhecer-o-efeito-decorrente-da-exploracao-
(GOMES, Elba. O relógio da igreja. Brasília-DF: LGE,
de-recursos-ortograficos-e-ou-morfossintaticos-
2006. p. 3-4) gabarito/
A expressão “histórias do tempo do ronca” Todas as frases do texto começam com "a
tem o sentido de histórias: chuva". Esse recurso é utilizado para
A) inventadas. A) provocar a percepção do ritmo e da
B) compridas. sonoridade.
C) antigas. B) provocar uma sensação de relaxamento dos
D) românticas. sentidos.
E) sarcásticas. C) reproduzir exatamente os sons repetitivos da
chuva.
D) sugerir a intensidade e a continuidade da
chuva.
E) destacar a importância desse elemento da
natureza
39
11 – Leia o texto abaixo. 12 – Leia os textos abaixo.
A antiga Roma ressurge em cada detalhe TEXTO 01
Dos 20.000 habitantes de Pompéia, só Piscina natural no Morro do Moreno vira
dois escaparam da fulminante erupção do atração no ES
vulcão Vesúvio em 24 de agosto de 79 d.C.
Local tem sido descoberto por moradores da
Varrida do mapa em horas, a cidade só foi
Grande Vitória no calor.
encontrada em 1748, debaixo de 6 metros de
cinzas. Por ironia, a catástrofe salvou Pompéia A piscina de águas naturais da Ponta do
dos conquistadores e preservou-a para o futuro, Farol, no Morro do Moreno, em Vila Velha, virou
como uma jóia arqueológica. Para quem já atração durante o calor no Espírito Santo. O
esteve lá, a visita é inesquecível. local, antes pouco visitado, foi divulgado em
A profusão de dados sobre a cidade uma página que mostra os pontos turísticos do
permitiu ao Laboratório de Realidade Virtual estado nas redes sociais. Depois da publicação,
Avançada da Universidade Carnegie Mellon, nos a piscina tem recebido visitantes de toda a
Estados Unidos, criar imagens minuciosas, com Grande Vitória.
apoio do instituto Americano de Arqueologia. Nem mesmo os moradores de Vila Velha
Milhares de detalhes arquitetônicos tornaram-se e frequentadores antigos da formação de pedra
visíveis. As imagens mostram até que nas casas que cerca o local conheciam o pequeno recanto.
dos ricos se comia pão branco, de farinha de É o caso do administrador Deverson Daltio, que
trigo, enquanto na dos pobres comia-se pão costuma passear de bicicleta e fazer caminhadas
preto, de centeio. com a amiga Joseane de Carvalho bem pertinho
Outro megaprojeto, para ser concluído da piscina.
em 2020, da Universidade da Califórnia, trata da “A gente sempre passou por aqui, mas
restauração virtual da história de Roma, desde não sabia da piscina. Vimos que é um lugar
os primeiros habitantes, no século XV a.C., até a maravilhoso para relaxar, fazer fotos, então
decadência, no século V. Guias turísticos virtuais viemos descobrir. Estamos adorando”, disse
conduzirão o visitante por paisagens animadas Deverson.
por figurantes. Edifícios, monumentos, ruas, As estudantes Eduarda Furtado e Juliana
aquedutos, termas e sepulturas desfilarão, Moreira saíram de Vitória para ir até a piscina.
interativamente. Será possível percorrer vinte As duas também já conheciam o Farol de Santa
séculos da história num dia. E ver com os Luzia e o Morro do Moreno, mas a piscina
próprios olhos tudo aquilo que a literatura natural foi uma surpresa. Enquanto a maré
esforçou-se para contar com palavras. estiver alta, o local pode ser curtido para
banhos.
Revista Superinteressante, dezembro de
1998, p. 63. A água cristalina e a vista para a
Terceira Ponte fizeram sucesso entre os
A finalidade principal do texto é moradores e turistas. [...]
40
da Bandeira, como opção para os adeptos do Texto II – Novela é cultura
ecoturismo.
Veja – Novela de televisão aliena?
O Pico da Bandeira é o terceiro ponto
mais alto do país, com 2 890 metros de altitude. Maria Aparecida – Claro que não. Considerar a
O parque que abriga o pico situa-se na divisa telenovela um produto cultural alienante é um
entre o Espírito Santo e Minas Gerais e tem 70% tremendo preconceito da universidade. Quem
de sua extensão em território capixaba. A acha que novela aliena está na verdade
entrada principal do parque localiza-se no chamando o povo de débil mental. Bobagem
município de Dores do Rio Preto, ao Sul do imaginar que alguém é induzido a pensar que a
Espírito Santo. vida é um mar de rosas só por causa de um
O relevo favorece a formação de quedas enredo açucarado. A telenovela brasileira é um
d’água, sendo as mais conhecidas a Cachoeira produto cultural de alta qualidade técnica, e
Bonita, com 80 metros de altura, e o Vale algumas delas são verdadeiras obras de arte.
Verde, famoso por belas piscinas naturais. A
Veja, 24/jan/96.
fauna e a flora são riquíssimas e podem ser
observadas nos trekkings realizados com a
Com relação ao tema “telenovela”
companhia de um guia. [...]
O clima no parque é frio e em alguns A) nos textos I e II, encontra-se a mesma
meses do ano as temperaturas chegam a ser opinião sobre a telenovela.
negativas. O Caparaó é um dos cenários de B) no texto I, compara-se a qualidade das
ecoturismo mais visitados do país e seu grande novelas aos melhores filmes americanos.
fluxo de visitantes é responsável por C) no texto II, algumas telenovelas brasileiras
movimentar a região em seu entorno. são consideradas obras de arte.
D) no texto II, a telenovela é considerada uma
Disponível em: bobagem.
<http://ruralcentro.uol.com.br/noticias/ecoturismo-
na-rota-do-caparao-e-a-dica-para-o-fim-de-semana- E) nos textos I e II, encontramos opiniões a
noespirito-santo-38145#y=563>. Acesso em: 15 jan. favor das novelas.
2016.
14 - Leia o texto abaixo e responda.
Esses textos têm em comum o fato de
FAMÍLIA BRASILEIRA NÃO É MAIS A
A) apresentarem parques ecológicos naturais. MESMA
B) citarem atrações turísticas do Espírito Santo.
O crescimento da proporção de solitários é
C) destacarem o turismo na cidade de Vitória.
um aspecto das mudanças na estrutura familiar
D) divulgarem as cachoeiras do Espírito Santo.
brasileira, reveladas pelos dados do IBGE. Uma
E) informarem a descoberta de piscinas
tendência confirmada pela amostra é o avanço
naturais.
da mulher como chefe de domicílio. No último
censo, 26,7% das famílias tinham a mulher
13 – Leia o texto.
como cabeça, contra 20,5% em 1991. Para a
Texto I – Telenovelas empobrecem o país socióloga Lilibeth Cardoso Roballo Ferreira, esse
Parece que não há vida inteligente na telenovela dado tem relação com o número de pessoas que
brasileira. O que se assiste todos os dias às 6, 7 vivem sós. Para efeito da Amostra do Censo, em
ou 8 horas da noite é algo muito pior do que os uma casa habitada por apenas uma mulher, ela
mais baratos filmes “B” americanos. Os diálogos é a chefe, o que ocorreu em 17,9% dos casos.
são péssimos. As atuações, sofríveis. Três Enquanto isso, apenas 6,2% dos domicílios
minutos em frente a qualquer novela são chefiados pelo homem tinham apenas um
capazes de me deixar absolutamente entediado morador.
– nada pode ser mais previsível. Outra mudança importante na estrutura
familiar é o crescimento das uniões consensuais,
Antunes Filho. Veja, 11/mar/96.
acompanhado pela queda no número de
casamentos legais. Entre 1991 e 2000, subiu de
41
18,3% para 28,3% a porcentagem de brasileiros Uma língua cumpre suas funções em
que preferem a união consensual. Em uma comunidade exatamente porque: ela é
contrapartida, a proporção de pessoas com moldável, para satisfação dos propósitos da fala;
casamento registrado em cartório caiu, no ela é variável, para oferta às escolhas dos
mesmo período, de 57,8% para 50,1%. falantes; ela é dinâmica, para servir às
necessidades de expressão nas diferentes
A queda da taxa de fecundidade, por sua
situações, nos diferentes lugares, nos diferentes
vez, provocou também a diminuição do número
momentos. Só assim ela revela as identidades
médio de pessoas por família, de 3,9 em 1991
individuais que se constroem no espaço
para 3,5 em 2000. As famílias com até quatro
simbólico que ela própria identifica e marca, no
componentes representam 60% do total. Por
conjunto. [...]
causa disso, o Brasil, aproxima-se de um padrão
Significa isso que se esteja negando a
observado em países desenvolvidos, onde o
existência de padrões? Não, pelo contrário.
crescimento populacional é substituído pela
Nessa variabilidade e nesse dinamismo
reposição da população, ou seja, o número de
naturalmente se formam “padrões” de uso, que,
nascimento está perto do número de óbitos.
por sua vez, identificam grupos, e, numa
Jornal Estado de Minas, Belo Horizonte, 19 maio apuração mais fina, identificam os próprios
2002. indivíduos.
42
O aluno sugeriu que a criança da foto tinha sido Qual é a informação principal no texto
adotada porque: “Necessidade de alegria”?
A) os cabelos dela eram diferentes. A) A arte de representar exige compenetração.
B) estava na foto da família. B) O ator pode exagerar em contenção e
C) pertencia a uma família. silêncio.
D) cresceu na barriga da mãe. C) O ator precisa ser alegre.
E) a criança era totalmente diferente dos outros D) É necessário aperfeiçoar-se.
membros da família. E) A alegria é algo pessoal.
Não me turbou, porém, o despeito que investe – Olá, amiga, vou passar o inverno em Paris.
Gritando maldições contra aquilo que amou. Será que você poderia cuidar da minha toca?
De ti conservo no peito a saudade celeste
– Claro, sem problema! Mas o que lhe
Como também guardei o pó que me ficou
aconteceu? Como você conseguiu grana pra ir a
Daquele pequenino anel que tu me deste.
Paris e comprar essa Ferrari?
BANDEIRA, M. Disponível em: – Imagine você que eu estava cantando em um
<http://www.revistabula.com/564-os-10-melhores-
poemas-de-manuel-bandeira/>. Acesso em: 12 jan.
bar, na semana passada, e um produtor gostou
2015. da minha voz. Fechei um contrato de seis meses
para fazer shows em Paris... A propósito, a
amiga deseja algo de lá?
44
MORAL DA HISTÓRIA: ―Aproveite sua vida, Na frase “Mamãe, tem um homem dentro da
saiba dosar trabalho e lazer, pois trabalho em pia.” (ℓ. 9), o verbo empregado representa, no
demasia só traz benefício em fábulas do La contexto, uma marca de
Fontaine.
A) registro oral formal.
Fábula de La Fontaine B) registro oral informal.
reelaborada.http://www.geocities.com/soho/Atrium/8 C) falar regional.
069/Fabulas/fabula2.html - com adaptações. D) falar caipira.
E) fala técnica.
Em relação ao texto original da fábula, percebe-
se ironia no fato de: 22- Leia o texto.
A) a cigarra deixar de trabalhar para aproveitar
Ritmo
o Sol.
B) a formiga trabalhar e possuir uma toca.
Na porta
C) a cigarra, sem trabalhar, surgir de Ferrari e
a varredeira varre o cisco
casaco de visom.
varre o cisco
D) a cigarra não trabalhar e cantar durante todo
varre o cisco
o outono.
E) a cigarra não gostava de trabalhar.
Na pia
a menininha escova os dentes
21 – Leia o texto.
escova os dentes
O homem que entrou pelo cano
No arroio
Abriu a torneira e entrou pelo cano. A
a lavadeira bate roupa
princípio incomodava-o a estreiteza do tubo.
bate roupa
Depois se acostumou. E, com a água, foi
bate roupa
seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia
até que enfim
barulhos familiares. Vez ou outra um desvio,
se desenrola
era uma seção que terminava em torneira.
toda a corda
Vários dias foi rodando, até que tudo se
tornou monótono. O cano por dentro não era e o mundo gira imóvel
interessante. como um pião.
45
23 – Leia o texto abaixo. 24 – Leia o texto.
Minha Sombra Carnaval pernambucano chega a São
Paulo
De manhã a minha sombra
com meu papagaio e o meu macaco Embora o palco sejam as ruas da capital
começam a me arremedar. pernambucana, há pessoas que pensam e
constroem a maneira como a cidade receberá o
E quando eu saio Carnaval – as cores, as texturas, os materiais
a minha sombra vai comigo usados. A artista Joana Lira é uma dessas
fazendo o que eu faço profissionais, chamadas de cenógrafas.
seguindo os meus passos. Durante os anos de 2001 a 2011, ela se
juntou ao pai, o arquiteto Carlos Lira, para criar
Depois é meio-dia. a cenografia dos carnavais recifenses. Agora,
E a minha sombra fica do tamaninho uma exposição no Instituto Tomie Ohtake, em
de quando eu era menino. São Paulo, mostra a diversidade e os registros
da festa, de intervenções artísticas assinadas
Depois é tardinha. por ela a manifestações culturais locais, como
E a minha sombra tão comprida frevo e maracatu.
brinca de pernas de pau. A exposição Quando a Vida É uma
Euforia traz ainda uma vasta programação
Minha sombra, eu só queria educativa, que vai de oficina de fantasia a
ter o humor que você tem, apresentação de dança. Vale a visita de crianças
ter a sua meninice, e adultos.
ser igualzinho a você.
Jornal Joca. Edição 106, 1ª quinzena fevereiro/2018 (com
cortes).
E de noite quando escrevo,
fazer como você faz,
Nesse texto, o autor defende a ideia de que
como eu fazia em criança:
A) o Carnaval nordestino possui uma rica
Minha sombra característica cultural.
você põe a sua mão B) a exposição Quando a Vida é um Euforia
por baixo da minha mão, agradará aqueles que gostam da folia recifense.
vai cobrindo o rascunho dos meus poemas C) a cidade de São Paulo é a única capital a
sem saber ler e escrever. receber a exposição sobre o Carnaval de Recife.
D) as cenógrafas, como Joana Lira, são
(LIMA, Jorge de. Minha Sombra In: Obra Completa. responsáveis pela organização do Carnaval
19. ed. Rio de Janeiro: José Aguillar Ltda., 1958.) recifense.
E) o carnaval de todo o Brasil se constitui de
De acordo com o texto, a sombra imita o cenografias maravilhosas.
menino:
A) de manhã. 25 – Leia o texto.
B) ao meio-dia. MORADA DO INVENTOR
C) à tardinha.
A professora pedia e a gente levava,
D) à noite.
achando loucura ou monte de lixo:
E) durante todo o período de tempo.
latas vazias de bebidas, caixas de fósforo,
pedaços de papel de embrulho, fitas, brinquedos
quebrados, xícaras sem asa, recortes e bichos,
pessoas, luas e estrelas, revistas e jornais lidos,
retalhos de tecido, rendas, linhas, penas de
aves, cascas de ovo, pedaços de madeira, de
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ferro ou de plástico.
Um dia, a professora deu a partida, e
transformamos, colamos e colorimos.
E surgiram bonecos (...), bichos (...) e
coisas malucas (...)
E a escola virou morada do inventor.
26 – Leia o texto.
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