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Professores Edson e Natália

REVISÃO DOS CAPÍTULOS 1 AO 4

CAPÍTULO 1
Leia o texto a seguir para responder às questões 1 e 2.

O homem que se endereçou


Apanhou o envelope e na sua letra cuidadosa subscritou a si mesmo:
Narciso, Rua Treze, nº 21.
Passou cola nas bordas do papel, mergulhou no envelope e fechou-se. Horas mais tarde a empregada colocou-o no correio.
Um dia depois sentiu-se na mala do carteiro. Diante de uma casa, percebeu que o funcionário tinha parado indeciso,
consultara o envelope e prosseguira. Voltou ao DCT, foi colocado numa prateleira. Dias depois, um novo carteiro procurou
seu endereço. Não achou, devia ter saído algo errado. A carta voltou à prateleira, no meio de muitas outras, amareladas,
empoeiradas. Sentiu, então, com terror, que a carta se extraviara. E Narciso nunca mais encontrou a si mesmo.
Ignácio de Loyola Brandão. O Homem que se endereçou. In: Cadeiras proibidas. São Paulo: Símbolo, 1976.
Disponível
em:<www.aedmoodle.ufpa.br/pluginfile.php?file=%2F149308%2Fmod_resource%2Fcontent%2F2%2FAtividade%20II%20-
%20Texto%2CTextualidade%2C%20G%C3%AAneros%20e%20Tipos.pdf>. Acesso em: 22 nov. 2017.

1. O texto propõe um cenário fantástico; ele constrói sua literalidade baseando-se em uma situação que fere a lógica e desafia
o leitor a “aceitar” o faz de conta como condição de sentido para o texto. Que situação é essa?
a) Uma pessoa enviar uma carta endereçada a si mesma.
b) Uma pessoa enviar-se dentro de uma carta.
c) Um carteiro não conseguir encontrar um endereço.
d) Uma prateleira para cartas amareladas existir.
e) Uma carta extraviar-se para nunca mais ser encontrada.
2. O nome “Narciso”, citado no texto, reporta-se a um mito grego. Em uma das versões, Narciso fica tão fascinado por sua
própria imagem que se atira em uma lagoa e morre afogado, dando origem a uma bela flor.
Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/75/Narcissus-Caravaggio_%281594-96%29.jpg . Acesso
em: 16 jan. 2018.
Que relação se pode estabelecer entre a personagem de O homem que se endereçou e o mito grego de Narciso?
a) A personagem apaixonou-se por si mesma.
b) A personagem mergulhou fundo para se conhecer.
c) A personagem estava condenada a buscar a si mesma.
d) O homem impôs a si mesmo uma aventura única.
e) O homem perdeu-se ao supervalorizar sua própria imagem.

3. O fato de uma pessoa apresentar determinada deficiência física não impede que ela desfrute de atividades sociais plenas.
No futebol para cegos, por exemplo, um sinete é colocado dentro da bola do jogo a fim de que o deficiente visual possa ouvir
e direcionar-se em campo; é uma forma de comunicação que compensa a deficiência e estimula outro sentido ativo: a
audição.

Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/rio-2016/noticia/2016-09/campeao-invicto-no-futebol-de-cegos-brasil-quer-


conquistar-tetracampeonato . Acesso em: 22 nov. 2017.
Que elemento do processo comunicativo foi adaptado nessa modalidade esportiva?
a) Receptor.
b) Contexto.
c) Mensagem.
d) Código.
e) Canal.

4. Considere o cartaz:

Disponível em: <http://tudosobreleitura.blogspot.com.br/2010/04/blog-post.html>. Acesso em: 22 nov. 2017.

No processo comunicativo representado no cartaz,


a) a leitora é a emissora e o livro o receptor.
b) o livro é o canal e o cartaz é o código.
c) a imprensa oficial do Estado de São Paulo é o emissor e o leitor é o receptor.
d) a leitora é o referente e o livro é o código.
e) a imprensa oficial do Estado de São Paulo é o canal e o cartaz é o código.
Leia o poema de Mário Quintana para responder às questões 5 e 6.
A Rua dos Cataventos
Da vez primeira em que me assassinaram,
Perdi um jeito de sorrir que eu tinha.
Depois, a cada vez que me mataram,
Foram levando qualquer coisa minha.
Hoje, dos meus cadáveres eu sou
O mais desnudo, o que não tem mais nada.
Arde um toco de Vela amarelada,
Como único bem que me ficou.
Vinde! Corvos, chacais, ladrões de estrada!
Pois dessa mão avaramente adunca
Não haverão de arrancar a luz sagrada!
Aves da noite! Asas do horror! Voejai!
Que a luz trêmula e triste como um ai,
A luz de um morto não se apaga nunca!
Disponível em: <http://www.revistabula.com/2329-os-10-melhores-poemas-de-mario-quintana/>. Acesso em: 22 nov. 2017.
5. O poema fere a coerência externa ao propor que:
a) uma pessoa possa morrer várias vezes.
b) uma vela amarelada chegue ao seu toco.
c) alguém possa mudar seu jeito de sorrir.
d) corvos possam voar à noite.
e) ladrões de estrada tentem arrancar algo de alguém.

6. O eu lírico estabelece uma interlocução no poema. A quem ele se dirige?


a) Aos seus assassinos.
b) Aos seus cadáveres.
c) A uma vela amarelada.
d) Aos corvos, chacais e ladrões de estrada.
e) A um morto cuja luz não se apaga nunca.
7. Leia o texto a seguir:
Por que o sotaque muda conforme a região?
É uma questão complexa, que envolve vários fatores. “Uma das explicações possíveis, porém, é o isolamento das
comunidades no espaço e no tempo”, afirma Marli Quadros Leite, linguista da USP. Assim, para descobrir as origens de um
determinado sotaque, é preciso estudar tanto a história da população nativa da região quanto das pessoas que migraram
para lá. Isso ajuda a entender por que, no Brasil, encontram-se tantas formas diferentes de falar o mesmo idioma. Só os
colonizadores portugueses trouxeram em sua bagagem uma boa quantidade de diferenças linguísticas: um bando vinha de
Lisboa, outro do Porto, um terceiro do Alentejo… Como se não bastasse, os índios que já viviam aqui falavam inúmeras
línguas. Mais tarde, chegaram os africanos e depois vieram imigrantes – e até colonizadores – de outros países europeus.
Cada região do país foi assimilando diferentes elementos dessas fontes, resultando nos diferentes sotaques e dialetos.
Mesmo assim, nunca nos transformamos numa Torre de Babel. “Apesar da nossa imensa diversidade linguística, há uma
certa unidade que permite a todos se entenderem e terem a certeza de que falam o ‘português do Brasil’”, diz Marli.
Disponível em: <https://mundoestranho.abril.com.br/cultura/por-que-o-sotaque-muda-conforme-a-regiao/>. Acesso em: 22
nov. 2017.
Trata-se de um texto:
a) narrativo, uma vez que conta como os sotaques se espalharam no território brasileiro.
b) descritivo, já que descreve os diferentes sotaques espalhados pelo Brasil.
c) prescritivo, pois explica como empregar a língua sem evidenciar nenhum sotaque.
d) informativo, visto que esclarece quais fatores influenciaram a formação de diferentes sotaques no Brasil.
e) argumentativo, ao defender um ponto de vista sobre a disseminação e o emprego de diferentes sotaques no território
brasileiro.
8. Considere a tirinha:

Disponível em: <http://kdimagens.com/imagem/problema-de-comunicacao-897>. Acesso em: 22 nov. 2017.


A tirinha retrata uma cena de diálogo cotidiano em que o casal acaba fazendo um programa que não interessava a nenhum
dos dois por uma falha no processo de comunicação.
Avaliando essa falha, pode-se dizer que o:
a) canal não estava ajustado, sendo assim, um não ouviu o que o outro disse.
b) código foi empecilho, pois ambos falavam línguas diferentes.
c) referencial estava fora de contexto, e isso gerou um desentendimento entre eles.
d) receptor não interpretou corretamente o que foi dito pelo emissor.
e) emissor não disse exatamente o que queria dizer.

9. Analise os quadros a seguir e assinale a alterativa incorreta com relação à comunicação entre Mônica e Cebolinha.
Disponível em: <www.monica.com.br/comics/tirinhas/tira31.htm>. Acesso em: 22 nov. 2017.
a) No 1º quadro, Cebolinha não tem um canal disponível para a comunicação com a Mônica.
b) No 2º quadro, o canal continua falhando e a comunicação não acontece.
c) No 3º quadro, falta a Cebolinha um receptor e um canal.
d) No 4º quadro, Cebolinha tem um canal e um receptor, mas não um código.
e) Mônica não interagiu em nenhum momento como interlocutora do Cebolinha.

10. A charge a seguir representa um processo de comunicação.

Disponível em: <www.materiaincognita.com.br/pare-de-falar-abobrinhas-solte-o-verbo-de-forma-clara-eobjetiva/>. Acesso


em: 22 nov. 2017.
Pode-se dizer que nesse processo:
a) Emissor e receptor dominam um mesmo código.
b) Emissor transmite com clareza o que pensa.
c) Receptor interpreta adequadamente o que ouve.
d) Receptor expressa com clareza o que entende, tornando-se emissor.
e) A comunicação entre as personagens é satisfatória.
GABARITO:
1- B
2- C
3- E
4- C
5- A
6- D
7- D
8- E
9- D
10- A

CAPÍTULO 2
Leia o poema de Cassiano Ricardo para responder às questões 1 e 2.

Os nomes dados a terra descoberta


Por se tratar de uma ilha deram-lhe o nome
de ilha de Vera-Cruz.
Ilha cheia de graça
Ilha cheia de pássaros
Ilha cheia de luz.
Ilha verde onde havia
mulheres morenas e nuas
anhangás a sonhar com histórias de luas
e cantos bárbaros de pajés em poracés batendo os pés.

Depois mudaram-lhe o nome


pra terra de Santa Cruz.
Terra cheia de graça
Terra cheia de pássaros
Terra cheia de luz.

A grande terra girassol onde havia guerreiros de tanga e


onças ruivas deitadas à sombra das árvores
mosqueadas de sol

Mas como houvesse em abundância,


certa madeira cor de sangue, cor de brasa
e como o fogo da manhã selvagem
fosse um brasido no carvão noturno da paisagem,
e como a Terra fosse de árvores vermelhas
e se houvesse mostrado assaz gentil,
deram-lhe o nome de Brasil.

Brasil cheio de graça


Brasil cheio de pássaros
Brasil cheio de luz.
Disponível em: <www.jornaldepoesia.jor.br/cricardo.html#osnomes>. Acesso em: 22 de nov. 2017

1. No texto, um importante momento histórico foi reconstruído com arte: a nomeação do Brasil. Segundo o poema,
a) o nome Ilha de Vera Cruz foi dado ao Brasil por causa dos índios que aqui viviam.
b) o nome Ilha de Vera Cruz veio de um canto dos pajés que aqui habitavam.
c) o nome Terra de Santa Cruz denota como os índios, primeiros habitantes, viam sua terra: uma terra santa.
d) o nome “Brasil” foi dado a essa terra por causa de seus guerreiros em tangas e onças ruivas.
e) o nome “Brasil” deriva de uma madeira muito vermelha como brasa, cor de sangue.
2. Ao tratar de um momento histórico no formato de um poema, o autor emprega a linguagem em duas funções
predominantes. Quais são elas?
a) Emotiva e metalinguística.
b) Emotiva e poética.
c) Poética e referencial.
d) Metalinguística e referencial.
e) Fática e emotiva.

3. Leia a tirinha a seguir:

Disponível em: <www.facebook.com/TirasDoSnoopy/>. Acesso em: 22 nov. 2017.


A palavra solta pensada por Snoopy, aparentemente fora de contexto, revela que Marcie:
a) está certa quanto à impossibilidade de cachorros falarem, mesmo em quadrinhos.
b) está certa quanto à elevada intelectualidade dos cães.
c) está enganada quanto à inteligência dos cães.
d) está enganada quanto ao interesse de Snoopy por manter com ela um diálogo relevante.
e) está em dúvida quanto à possibilidade de manter um diálogo interessante com seu cão.
4. Leia a tirinha a seguir:

Disponível em: <https://descomplica.com.br/blog/portugues/resumo-funcoes-da-linguagem-2/>. Acesso em: 22 nov. 2017.


Calvin fala ao telefone, mas não desenvolve nenhum assunto importante; apenas mantém seu interlocutor a postos e o canal
de comunicação aberto. Revela-se, portanto, a linguagem usada em sua função:
a) emotiva.
b) fática.
c) metalinguística.
d) referencial.
e) conativa ou apelativa.

5. Leia o poema de Pedro Bandeira a seguir.


Pontinho de vista
Eu sou pequeno, me dizem,
e eu fico muito zangado.
Tenho de olhar todo mundo
com o queixo levantado.

Mas, se formiga falasse


e me visse lá do chão,
ia dizer, com certeza:
— Minha nossa, que grandão!
Disponível em: <http://leiturinha.com.br/blog/10-poemas-famosos-para-ler-com-as-criancas/>. Acesso em: 22 nov. 2017.
O uso do diminutivo no título do texto reforça:
a) sua função poética, ao introduzir com delicadeza o tema do texto.
b) sua função emotiva, demonstrando que o ponto de vista do emissor é desprezado.
c) sua função referencial, esclarecendo que a visão de um menor é sempre diminuta.
d) sua função metalinguística, já que o eu lírico se apresenta como pequeno, seu ponto de vista também será pequeno.
e) sua função conativa, apelando para a sensibilidade do leitor que vê o eu lírico diminuído.

6. Leia o texto a seguir:


Lygia Bojunga Nunes (Pelotas RS 1932). Autora de literatura infantojuvenil. Passa sua primeira infância em uma fazenda.
Aos 8 anos, muda-se com a família para o Rio de Janeiro. Em 1951, torna-se atriz da Companhia de Teatro Os Artistas
Unidos e viaja pelo interior do Brasil. Atua nesse momento, também, como atriz de rádio. Ao abandonar os palcos e as
atividades que exerce, começa a escrever para o rádio e a televisão. Em busca de uma vida mais integrada à natureza,
refugia-se no interior do estado do Rio de Janeiro. Funda, acompanhada de seu segundo marido, Peter, uma escola rural
para crianças carentes, a Toca, que dirige por cinco anos. Faz sua estreia literária em 1972, com o livro Os Colegas, e, já
em 1973, recebe o Prêmio Jabuti. Em 1982, torna-se a primeira autora, fora do eixo Estados Unidos-Europa, a receber o
Prêmio Hans Christian Andersen, uma das mais relevantes premiações concedidas aos gêneros infantil e juvenil. Nesse
mesmo ano, muda-se para a Inglaterra, vivendo alternadamente entre esse país e o Brasil. Em 1988, volta ao teatro,
escrevendo e atuando em palcos no Brasil e no exterior. Trabalha com edição e produção de livros, feitos de forma artesanal.
Em 1996, publica Feito à Mão, uma realização alternativa à produção industrial, como indica o título, composto manualmente
com papel reciclado e fotocopiado. Em 2002, publica Retratos de Carolina, o primeiro livro de sua própria editora, a Casa
Lygia Bojunga. Pelo conjunto de sua obra, em 2004, ganha o Astrid Lindgren Memorial Award, prêmio criado pelo governo
da Suécia, jamais antes outorgado a um autor de literatura infantojuvenil. Com esse incentivo, cria nesse ano a Fundação
Cultural Lygia Bojunga com o intuito de desenvolver ações que aproximem o livro da população brasileira.
Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa19123/lygia-bojunga>. Acesso em: 22 nov. 2017.
O texto pode ser considerado biográfico por:
a) apresentar os fatos mais marcantes da vida de uma pessoa, assim como a relevância de sua obra para a cultura do país.
b) empregar verbos no presente, pronomes em 3ª pessoa e muitos advérbios para situar o leitor no tempo e no espaço.
c) citar cidades e países que realmente existem e provam ao leitor como os fatos são verídicos.
d) comprovar que a obra da autora é relevante na ficção, no teatro e na poesia.
e) citar os fatos da vida de uma pessoa sem emitir os julgamentos de quem escreve.

7. Leia os versos de cordel a seguir do autor Gustavo Dourado.

Cordel para Pixinguinha


Alfredo da Rocha Viana Filho
Eterno Compositor
Nasceu lá na Piedade
Menino bom de valor
De apelido Pizindim
Instrumentista arranjador…
[...]
Alfredo era seu pai
Do Choro, apreciador
Funcionário dos telégrafos
Artista e trabalhador…
Pixinguinha aprendeu flauta
Com o pai, bom tocador…

Pixinguinha conviveu
Com artistas populares
Candinho Trombone, Pinguça
Entre tantos outros pares
Com Irineu de Almeida
Musicava pelos ares…
[...]
Disponível em: <www.ablc.com.br/cordel-para-pixinguinha/>. Acesso em: 22 nov. 2017
O cordelista cria versos para contar a história de Pixinguinha, importante músico brasileiro. Além da função poética,
predomina em seu texto a linguagem:
a) emotiva.
b) conativa ou apelativa.
c) metalinguística.
d) fática.
e) referencial.

8. Considere o cartaz:

Disponível em: https://italocomunicadoreficaz.wordpress.com/2010/11/22/contra-a-dengue/. Acesso em: 27 nov. 2017

Como propaganda, sabemos que o foco da linguagem neste cartaz é mover o leitor, cumprindo sua função apelativa (ou
conativa). A frase que melhor exemplifica tal função no cartaz é:
a) Desse jeito ele vai reinar!
b) O pernilongo quer mais é estender seus domínios por toda parte.
c) Você é parte fundamental na luta contra essa epidemia.
d) Dengue mata!
e) Elimine os criadouros do mosquito e não deixe ele reinar!

9. Considere o poema de Paulo Leminski.

Razão de ser
Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
Disponível em: <www.revistabula.com/385-15-melhores-poemas-de-paulo-leminski/>. Acesso em: 22 nov. 2017.
A função predominante no poema é:
a) emotiva.
b) conativa ou apelativa.
c) metalinguística.
d) poética.
e) referencial.
10. Leia a tirinha:

Disponível em: <www.facebook.com/tirasarmandinho>. Acesso em: 22 nov. 2017.


Ao tratar da história de Zumbi, a tirinha faz uma abordagem biográfica e emprega a linguagem em sua função referencial.
Entretanto, a forma como essa história foi contada dá ênfase à função:
a) emotiva.
b) conativa ou apelativa.
c) metalinguística.
d) poética.
e) referencial.

GABARITO
1- E
2- C
3- D
4- B
5- B
6- A
7- E
8- E
9- C
10- D
CAPÍTULO 3

O texto a seguir faz parte de uma entrevista concedida pelo escritor moçambicano Mia Couto à Revista Época. Leia-o para
responder às questões 1 e 2.

Luís Antônio Giron – O uso do português em várias nações gerou diferenças de vocabulário e uso. O português
está se transformando a ponto de se desfigurar?
Mia Couto – O português é uma língua viva, não porque ela seja especialmente diferente. Mas ela viveu essa coisa que
se chama Brasil. Vive a África que está se apropriando dela com cinco países africanos que o fazem de modo diverso.
É evidente que é preciso um cuidado para que a língua continue com uma identidade e um fundamento. As diferenças
do português em vários países não são sentidas como um problema. Salvo alguns intelectuais conservadores do Brasil
e de Portugal, que têm um certo gosto de se apropriar da pureza da língua. De resto, existe nos países lusófonos até
um gosto de visitar essas diferenças. O que está acontecendo de forma inelutável é que a variante brasileira será
dominante. O português do Brasil vai dominar.
Luís Antônio Giron – Por quê?
Couto – Por causa do tamanho do Brasil e da capacidade que o país tem de exportar a si próprio, por via da novela de
televisão. Há coisas que estamos pegando de vocês brasileiros que vocês nem notam. É o caso da expressão “todo
mundo”. É uma expressão típica brasileira. Nos outros países dizemos “toda gente”. Mas hoje “todo mundo” é comum
em Moçambique. [...]
Disponível em: <www.elfikurten.com.br/2016/06/mia-couto-entrevista.html>. Acesso em: 22 nov. 2017.

1. No texto, Mia Couto defende a ideia de que “o português do Brasil vai dominar”. Qual seu argumento central em
relação a isso?
a) O português que se fala no Brasil é uma língua viva.
b) O português que se fala na África é diversificado.
c) Os intelectuais conservadores do Brasil mantêm a língua a salvo.
d) O brasileiro tem na língua expressões que pegam, como “todo mundo”.
e) O brasileiro exporta sua língua por meio de seus produtos culturais.
2. Considere a seguinte frase do texto:
O que está acontecendo de forma inelutável é que a variante brasileira será dominante.
Há na palavra em destaque um prefixo cujo sentido é o mesmo que aparece em:
a) Imigrante.
b) Induzir.
c) Irredutível.
d) Ingerido.
e) Importado.

3. Leia a tirinha a seguir:

Disponível em: <http://educacao.globo.com/portugues/assunto/figuras-de-linguagem/eufemismo.html>. Acesso em: 22 nov.


2017.
Na tirinha, os bichinhos de jardim planejam a elaboração de um documentário sobre o ser humano. O texto impressiona
porque:
a) traduz em uma linguagem bem popular o objetivo elevado do projeto.
b) usa uma linguagem informal e adequada ao público-alvo do documentário.
c) usa uma linguagem extremamente formal que só os intelectuais entenderão.
d) usa uma linguagem formal que contribui para a valorização do projeto.
e) evidencia o quanto a linguagem de Maria Joaninha é limitada.
4. Leia a tirinha a seguir:

Disponível em: <www.facebook.com/tirasarmandinho>. Acesso em: 22 nov. 2017.


A palavra “enterrado”, apresentada na tirinha, deriva da palavra “terra”. Assinale a seguir a alternativa em que não há uma
relação correta entre um termo primitivo e seus derivados.
a) TERRA → terreno, subterrâneo, aterrar.
b) PEDRA → pedreiro, pedroso, pedregulho.
c) LEITE → leiteiro, leitoso, enlatado.
d) GRAÇA → engraçado, agraciado, graciosamente.
e) FELIZ → felicidade, Felício, infelizmente.

5. Considere a capa da revista a seguir:

Disponível em: <www.nuvemdojornaleiro.com.br/Revistas/13777531>. Acesso em: 22 nov. 2017.


Analisando morfologicamente as palavras que compõem a capa da revista, pode-se afirmar que:
a) na palavra “recreio”, “-o” é vogal temática.
b) na palavra “vida”, “-a” é desinência de gênero feminino.
c) “estação” e “espacial” são palavras cognatas.
d) “inter” é sufixo que indica relação estabelecida entre nações.
e) “espacial” e “internacional” possuem os mesmos tipos de morfemas.

Compare os cartazes a seguir para responder às questões 6 e 7.

6. Sobre os cartazes, seguem as seguintes afirmações:


I – Os dois cartazes evidenciam o tema do evento propagado: a cultura lusófona
II – O cartaz I traz mais informações sobre o evento, detalhando a programação, priorizando a função referencial.
III – Em nenhum dos dois cartazes, prioriza-se a função apelativa, aquela que faz uso de imperativos e comandos diretos
para tentar influenciar o comportamento do leitor.
Considerando F para as afirmações falsas e V para as verdadeiras, temos a seguinte sequência:
a) V – V – F.
b) V – F – V.
c) F – F – V.
d) F – V – F.
e) V – V – V.

7. A palavra “festival” é formada pelo radical + sufixo. Qual a única palavra listada a seguir que não possui sufixo?
a) Literatura.
b) Música.
c) Gastronomia.
d) Cidadania.
e) Timorense.

8. Leia o poema a seguir de Roseana Murray:


Cesta de costura
Dentro da cesta
de costura
da mãe e da tia,
agulhas e
fios de linha
colorida,
botões, rendinhas,
dedal.
A boneca pede
e a menina obedece:
Quero
um vestido novo,
com manga
e bainha.
A mãe ajuda,
corta o pano,
costura.
E lá vai a menina
feito fada madrinha
da boneca de roupa nova.
Disponível em: <http://roseanamurray.com/site/index.php/poemas/>. Acesso em: 22 nov. 2017.
O sufixo “-inha” é comumente empregado para transmitir às palavras o sentido de diminutivo.
Esse sentido é preservado na palavra:
a) linha
b) rendinha
c) madrinha
d) bainha
e) campainha

GABARITO
1- E
2- C
3- D
4- C
5- A
6- B
7- B
8- B
CAPÍTULO 4

Leia o poema a seguir, de Mário Quintana, para responder às questões 1 e 2.

Poeminho do contra
Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão…
Eu passarinho!
Disponível em: <www.revistabula.com/2329-os-10-melhores-poemas-de-mario-quintana/>. Acesso em: 22 nov. 2017.

1. Como um autor modernista, o poeta se permite inventar palavras que oficialmente não existem para fazer poesia. Ao criar
a palavra “poeminho” como título para seu texto, o autor considerou o morfema “-o” final como:
a) vogal temática.
b) vogal de ligação.
c) desinência de gênero.
d) desinência modo-temporal.

e) desinência número-pessoal.

2. Outra brincadeira de criação aconteceu com a aproximação do par “passarão” x “passarinho”.


Sobre tais palavras, pode-se afirmar que:
a) o radical “passar” se mantém nas duas palavras: elas são cognatas.
b) a forma verbal “passarão” é composta de dois morfemas: “passar” + “ão”.
c) em “passarinho” mantém-se a desinência número pessoal “-o” referente à 1ª pessoa.
d) as palavras foram aproximadas no poema, mas não são cognatas.
e) “passarão” está conjugada no futuro e “passarinho” no presente.
3. Leia a tirinha a seguir:

Disponível em: <www.cartacapital.com.br/revista/818/laerte-e-o-amor-a-


ambiguidade6366.html/16.jpg/@@images/d6c79ced-ba9b-4bc1-afd5-b879354ceaba.jpeg>. Acesso em: 22 nov. 2017.

O verbo “ver” é empregado na tirinha em diferentes modos e tempos: vejo, vissem, veem.
Analisando tais formas do verbo “ver”, podemos afirmar que:
a) “ver” é um verbo regular, já que o radical “v-” permanece inalterável ao longo de suas conjugações.
b) em “veem”, verbo conjugado no presente, há expressado a vogal temática “e”.
c) “vissem” possui desinência modo-temporal “ssem”, própria do imperfeito do subjuntivo.
d) em “vejo”, a desinência modo temporal é Ø, como em todo presente do subjuntivo.
e) nas três formas – vejo, vissem, veem –, há a desinência número pessoal de plural.
4. Considere a charge a seguir:

Disponível em: <http://chargesdodenny.blogspot.com.br/2016/08/>. Acesso em: 22 nov. 2017.


O humor do texto decorre do mau posicionamento de uma expressão empregada pelo guarda, que acabou dando subsídios
para a defesa de Dona Geny. O que motivou a resposta da mulher?
a) A possibilidade absurda de o cachorro correr de moto atrás das pessoas.
b) O fato de os vizinhos reclamarem de algo comumente feito por cachorros.
c) O fato de o cachorro só perseguir pessoas com moto, e não os vizinhos.
d) Ao tratar a mulher por Dona Geny, o guarda concedeu a ela o direito de defesa.
e) A inconveniência de ver o guarda parar o seu trabalho para tratar de um cachorro.

Leia o texto a seguir para responder às questões 5 e 6.

O português na Ásia
Embora nos séculos XVI e XVII o português tenha sido largamente utilizado nos portos da Índia e sudeste da Ásia, atualmente
ele só sobrevive na sua forma padrão em alguns pontos isolados:
- no Timor leste, território sob administração portuguesa até 1975, quando foi invadido e anexado ilegalmente pela Indonésia.
A língua local é o tetum, mas uma parcela da população domina o português;
- em Macau, território chinês que esteve sob administração portuguesa até 1999. O português é uma das línguas oficiais, ao
lado do chinês, mas só é utilizado pela administração e falado por uma parte minoritária da população;
- no Estado indiano de Goa, possessão portuguesa até 1961, onde vem sendo substituído pelo konkani (língua oficial) e pelo
inglês.
Disponível em: <www.linguaportuguesa.ufrn.br/pt_3.5.php>. Acesso em: 22 nov. 2017.

5. Pode-se afirmar que esse é um texto informativo porque:


a) apresenta verbos e pronomes em 3ª pessoa.
b) expõe um tema de forma didática para o leitor.
c) possui coerência externa e interna.
d) não apresenta um ponto de vista pessoal do autor sobre o tema.
e) refere-se a eventos localizados no passado.

6. A desinência modo-temporal do particípio de um verbo é “-do”. O particípio transmite a ideia de uma ação verbal já
concluída. Das formas apresentadas, a única que NÃO está no particípio é:
a) invadido.
b) utilizado.
c) falado.
d) sendo.
e) substituído.

O texto a seguir é um editorial. Leia-o para responder às questões de 7 a 9.

O Museu da Língua Portuguesa e a imprevidência brasileira


O Museu da Língua Portuguesa é um desses patrimônios da nossa cultura que merecia ser visto por todos os brasileiros.
Felizmente, não foram poucos os que tiveram esse privilégio. Só nos três primeiros anos, desde a sua inauguração em 20
de março de 2006, mais de 1,6 milhão de pessoas visitaram o espaço, consolidando-o como um dos museus mais visitados
do Brasil. A frequência estudantil foi talvez o seu aspecto mais notável, trazendo grande benefício para o curriculum escolar.
O acervo fixo do museu continha uma linha do tempo de 33 metros que reconstituía todo o caminho da língua portuguesa,
africana e ameríndia até se encontrar no Brasil; uma exposição de fotografias suspensas; um filme de 10 minutos sobre a
origem da língua portuguesa; um piso com poemas; e uma grande tela onde eram exibidos filmes sobre a relação da língua
portuguesa com o cotidiano. Além disso, o museu notabilizou-se pelas excelentes exposições de expoentes de nossa
literatura. A última, sobre Câmara Cascudo, ainda estaria exposta até 14 de fevereiro de 2016, não fosse o incêndio de
grandes proporções que o atingiu nesta segunda-feira dia 21. Uma perda que, felizmente, poderá ser reparada – só não se
sabe quando. O governador de São Paulo se manifestou prontamente prometendo a restauração do prédio, que possui
seguro contra incêndio da ordem de R$ 45 milhões. E todo o acervo era virtual, o que possibilita a sua recuperação após a
reconstrução do edifício. A questão que se coloca nesta, como em outras tragédias brasileiras, como a de Mariana há poucos
meses, é a cotidiana imprevidência brasileira, seja dos empresários, seja do poder público. O Museu da Língua Portuguesa
não tinha o Alvará de Funcionamento da Prefeitura de São Paulo nem o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros.
Disponível em: <http://revistasera.ne10.uol.com.br/o-museu-da-lingua-portuguesa-e-a-imprevidencia-brasileiraeditorial/>.
Acesso em: 22 nov. 2017.

7. Como editorial, o texto tem a liberdade de opinar sobre o assunto que desenvolve. É o que de fato ocorre, por exemplo,
na frase:

a) Só nos três primeiros anos, desde a sua inauguração em 20 de março de 2006, mais de 1,6 milhão de pessoas visitaram
o espaço.
b) O acervo fixo do museu continha uma linha do tempo de 33 metros que reconstituía todo o caminho da língua portuguesa,
africana e ameríndia até se encontrar no Brasil.
c) Além disso, o museu notabilizou-se pelas excelentes exposições de expoentes de nossa literatura.
d) O governador de São Paulo se manifestou prontamente prometendo a restauração do prédio, que possui seguro contra
incêndio da ordem de R$ 45 milhões.
e) O Museu da Língua Portuguesa não tinha o Alvará de Funcionamento da Prefeitura de São Paulo nem o Auto de Vistoria
do Corpo de Bombeiros.
8. Assinale a alternativa que identifica e classifica corretamente os morfemas apresentados por alguns dos verbos do texto:

9. As formas verbais a seguir foram retiradas do texto. Relacione as colunas:

A ordem correta é:
a) 1,3,4,2,5.
b) 4,3,1,5,2.
c) 2,1,4,3,5.
d) 3,2,1,4,5.
e) 4,5,1,3,2.

10. Leia a tirinha a seguir:

Disponível em: <https://planetatirinha.files.wordpress.com/2009/12/200912171.gif>. Acesso em: 22 nov. 2017.


Honi representa um perfil de mulher independente e moderna demais para o contexto viking dos quadrinhos de Hagar. Para
dar a seu noivo Lute a impressão de que fez uma programação democrática, ela usou o pronome:
a) todos.
b) nossos.
c) outros.
d) meus.
e) seus.

GABARITO
1- C
2- D
3- B
4- A
5- B
6- D
7- C
8- E
9- B
10- B

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