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Os Sofistas
Foi um dos mais notáveis sofistas. Ficou célebre a sua máxima: "O homem é a
medida de todas as coisas, das que são enquanto são e das que não enquanto
não são". Esta afirmação pretende garantir que a verdade depende sempre do
indivíduo que a diz; a interioridade e a subjetividade do homem constituem a
base do conhecimento das coisas.
À primeira vista, este princípio parece estar muito próximo das exigências de
Sócrates, quando ele apontava para a necessidade do autoconhecimento como
garantia da verdade. De facto, Sócrates pugnava pelo exame da nossa natureza
e das nossas ideias, confiava na possibilidade do nosso conhecimento e na
verdade e salienta a relação entre os nossos conhecimentos e as coisas, a nossa
interioridade e o mundo exterior.
Por isso, Protágoras pode concluir que "a verdade é aquilo que parece a cada
um"; a mesma coisa pode ser branca para mim e preta para ti…Nesta mesma
linha afirma que "sobre a mesma coisa há dois discursos em oposição um com
o outro"; o seu método das antologias permite defender o ponto de vista mais
“oportuno” sobre uma mesma realidade.
Górgias de Leôncio
A tríplice negação:
O não-ser não é, pois se o não-ser fosse, seria e não seria ao mesmo tempo.
Tão pouco o ser existe, pois se existisse, seria eterno ou gerado, ou eterno e
gerado ao mesmo tempo. Mas não é eterno nem gerado nem as duas coisas.
Não pôde ser gerado, como foi demonstrado pelos eleatas, nem pode ser
eterno, porque o eterno é infinito e o infinito não pode estar em nenhum lugar;
portanto, não existe.
SÓCRATES