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Ficha 1

1. O livro da vida de Pilar del rio- “ O ano da morte de Ricardo Reis” de José
Saramago

a) Pilar considera ”o ano da morte de Ricardo Reis “escrito por José


Saramago, o livro da sua vida por diversas razões. Em primeiro lugar,
porque este trouxe-lhe Lisboa, oferecendo-lhe, portanto, um país. O
mesmo também entregou-lhe uma língua, que a mesma apenas sabe
traduzir, sendo esta a língua portuguesa. E por último, mas não menos
importante, proporcionou-lhe a vivência com José Saramago.

b) A obra, “ o ano da morte de Ricardo Reis” caracteriza “o espetáculo do


mundo do ano 36”, onde reina conceitos como o nazismo, o fascismo e a
mocidade portuguesa, acabando mesmo por se iniciar a guerra com
Espanha. Portanto, é neste ano que todas as ditaduras e as tragédias
começam, influenciando assim, os textos deste escritor.

2. Entrevista de José Rodrigues dos Santos a José Saramago

a) Saramago é caracterizado por ser um escritor com uma particularidade,


apenas utilizar vírgulas e pontos finais. Este processo de escrita, como o
próprio escritor afirma, não serve para criar um estilo original, que acaba
por o diferenciar dos restantes, mas é uma tentativa de aproximação do
discurso oral e do discurso escrito. Tal como é verificado na realidade, o
discurso oral, ao contrário do discurso escrito, não evidencia o uso dos
pontos de interrogação, exclamação e interrogação e nem do travessão. E
como tal, para existir esta aproximação que o escritor pretende realizar, é
necessário apenas pausas, que podem ser longas, onde se utiliza os pontos
finais, ou podem ser curtas, recorrendo à utilização das vírgulas. É de
realçar, que com este método de escrita, o escritor demonstra a confiança
que possui para com a sensibilidade do leitor.

b) Ao longo desta entrevista, foram nomeadas algumas curiosidades que, a


meu ver, considero importantes. A primeira é: “nós falamos como quem
faz música”, explicando assim, o facto de Saramago apenas utilizar vírgulas
e pontos finais. A segunda curiosidade encontra-se, quando o escritor
afirma que o memorial do convento não deveria ser leitura obrigatória no
12ºano, uma vez que aborda questões as quais nenhuma pessoa dessa
faixa etária encontra-se familiarizado. E por último, mas não menos
importante, este ainda realça que o mais importante é a estrutura de uma
história e não a história em si, pois sem uma boa estrutura, a mesma
torna-se incompleta.

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