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LICENCIATURA EM FILOSOFIA
(202108040055)
BELÉM/PA
2022
INTRODUÇÃO
As variadas definições que filósofos dão a filosofia têm sido bastante relevantes
para a história e para os filósofos que vieram após cada um, e diante de cada estudo que
fizeram outros métodos surgiram, ou seja, a filosofia proporciona várias explicações para
determinadas perguntas, e respostas que podem explicar de diversas formas algo, e desta
forma pode-se concluir que as definições de filosofia não se pode resumir em apenas uma,
Platão e Aristóteles definem como ciência pura e simples, e em cada época e sociedade as
definições eram explicadas de cada forma.
1. A POSSIBILIDADE DO CONHECIMENTO:
1.1 O dogmatismo:
No dogmatismo entendemos que existe uma doutrina fixada, uma verdade
absoluta e há a possibilidade da realidade do contato entre o sujeito e objeto, o sujeito a
consciência cognoscente apreenda o objeto, e nesta questão há uma confiança na razão
humana em que ainda não há um questionamento estimulado pela dúvida.
Este posicionamento do dogmatismo em não produzir um questionamento, se
apóia em uma posição de não estimular a essência do conhecimento, já que esse contato é
necessário do sujeito e do objeto e não pode ser visto como um grande problema para quem
entende desse processo. O dogmatismo não vê essa relação fundamental do sujeito e objeto e
isto não ocorre apenas com relação a percepção e também ao pensamento.
Diante desta questão, em que para os dogmáticos o conhecimento, a verdade é
absoluta e inquestionável, e também reflete nos valores que são puro e simples para os
mesmos, e o dogmático passa por cima dessa idéia de sujeito cognoscente tanto do sujeito e
de sua função.
Três formas de dogmatismo é citado nesta obra como: teórico, ético e religioso, o
primeiro conhecimento teórico, e os últimos conhecimentos de valores, o dogmatismo ético
por exemplo, trata-se do conhecimento moral e o religioso trata-se do conhecimento religioso.
O dogmatismo é uma vertente antiga e quase geral que predominou por bastante tempo, uma
posição primeira, tanto psicológica como historicamente, e as reflexões epistemológicas não
se apresentam em geral aos pré-socráticos. Esses pensadores não acham que o conhecimento é
o próprio problema, se confiam ingenuamente na capacidade da razão humana, voltados para
o sujeito, a natureza.
1.2 O ceticismo:
O ceticismo nega a possibilidade de contato entre sujeito e objeto como algo
compreensível de si mesmo, ou seja eles negam que o sujeito pode apreender o objeto, uma
apreensão real do objeto é impossível para os céticos. Para eles não devemos formular
julgamentos e sim abster-nos de julgar.
O ceticismo desconhece o objeto, e fixa o seu foco no sujeito e desconsidera a
significação do objeto. Os fatores subjetivos do conhecimento humano são a sua atenção,
analisa as formas em que o conhecimento é influenciado pelas circunstâncias exteriores, a
índole do sujeito, fatores externos como o meio em que vive. E assim, objeto é deixado de
lado, já que é fundamental a relação que forma o conhecimento.
O ceticismo também fala sobre a possibilidade do conhecimento em geral como a
de conhecimento determinado, o primeiro o ceticismo lógico, ou ceticismo absoluto ou
radical. E se referir ao conhecimento metafísico, ou seja, conhecimento metafísico. Tratando-
se de valores, há o ceticismo ético e religioso e há também o ceticismo metódico e
sistemático, o ceticismo metódico começa por em dúvida tudo o que se apresenta como
verdadeiro e certo à consciência natural e eliminar o falso e chegar a um conhecimento
seguro.
Para Pirrón, não se consegue chegar a um contato do sujeito com o objeto e que a
consciência cognoscente é impossível apreender com influencia do objeto, ou seja, uma
negação das leis lógicas do pensamento, como o principio da contradição. Já que não existe
conhecimentos verdadeiros, o autor diz para se abster de todo juízo.
Diferente do ceticismo antigo, o ceticismo acadêmico sustenta a possibilidade de
opinião provável, ela pode ser chamada de ceticismo intermédio e não chega a ser tão radical
como o pirrônico e diz que é impossível um conhecimento rigoroso e não temos certeza da
concordância da realidade e nossos juízos. Não poderemos dizer que é verdadeira, mas que é
provável essa proposição, a probabilidade existe diferente da certeza rigorosa.
Na filosofia moderna também encontramos o ceticismo mas de forma especial e
não radical e nem absoluto, veremos ceticismo ético com Montaigner, metafísico com David
Hume, Bayle o intermédio Descartes o ceticismo metódico. O ceticismo radical e absoluto se
contradizem em dizer que é impossível o saber, porque se torna possível nesta concepção
porque acaba se exprimindo um conhecimento. O cético ao mesmo tempo põe em duvida a
possibilidade do conhecimento, e a contradição da anterior encontramos nesta corrente.
Probabilidade tem um conceito que pressupõe o de verdade, e que provável se
aproxima do verdadeiro, se renunciar ao conceito de verdade, tem que abandonar também ao
de probabilidade. Não se pode negar a importância do ceticismo por mais que entre em várias
contradições, para o desenvolvimento espiritual do ser humano e da humanidade. O ceticismo
estimula o filósofo a encontrar novas soluções, em que o mesmo não se conforma com
soluções prontas e acabadas.
1.4 PRAGMATISMO:
O pragmatismo abandona o conceito da verdade que é no sentido da concordância
entre o pensamento e o ser, e apesar disso substitui o conceito que abandonou por um novo
conceito da verdade, que é verdadeiro, válido e estimulador da vida. Para o pragmatismo, o
homem é um ser prático e não necessariamente um ser teórico, essa corrente modifica o
conceito da verdade, porque ela parte de uma concepção determinada do ser humano. O seu
entendimento está alinhado a serviço da sua vontade e ação.
Ao homem é dado o intelecto não para conhecer ou investigar a verdade e sim
para orientar-se na realidade, os fins práticos do homem e o pensamento, são a congruência da
verdade para ele o juízo, a vontade humana é livre porque resulta útil e proveitoso para a vida
humana e particular para a vida social.
Alguns teóricos como Nietzsche, aborda a idéia da verdade não como valor
teórico e sim uma expressão que designa a utilidade e aquela função do juízo que mantém a
vida e favorece a vontade de poder. Para Vaihinger “o homem é, antes de tudo, um ser ativo”.
A capacidade de conhecer do homem foi lhe dada para atuar, já que é um sujeito ligado à
prática, um ser de vontade e de ação, esse intelecto orienta o homem à realidade.
Vaihinger diz que o intelecto trabalha com pressupostos falsos, apresentam
ficções desde os momentos que demonstram ser úteis e vitais. A verdade sendo o erro mais
adequado. Na filosofia do dinheiro, Jorge Simmel alega que no pragmatismo, que os motivos
de ação adequada é resultado vital e representação verdadeira.
É necessário que antes de definir os conceitos de “verdadeiro” e “útil”, e preciso
analisar os conteúdos de cada conceito para verificar que eles tem sentidos diferentes. Essa
experiência demonstra passos que cada verdade percorre para atuar em cada ocasião.
Dentro deste contexto, o exemplo da guerra mundial, em que acreditava em
escondera verdade, pelo temor de efeitos nocivos. As posições de Nietzsche e de Vaihinger
não foram atingidas por esses fatores, que ainda mantém a distinção do “verdadeiro e “útil” e
conservam a idéia de concordância entre o “pensamento” e o “ser” como conceito de verdade,
e que chegamos a alcançar esta verdade, e não existe qualquer juízo verdadeiro, a menos que
as representações conscientemente falsas que a nossa consciência trabalha.
O principal equívoco do pragmatismo trata-se de não considerara esfera lógica,
desconhecer a autonomia do pensamento humano. O conhecimento e o pensamento
caminham na mesma conexão, porque estão na vida psíquica humana. O conceito de
conhecimento não deve nos induzir á autonomia do mesmo como função da vida, só é
possível quando se falsifica o conceito da verdade ou nega-se esse mesmo conceito, como o
ceticismo e a nossa consciência vai na contramão dessas duas vertentes.
1.5 CRITICISMO:
Entre o dogmatismo e o ceticismo há uma posição intermediária chamada
criticismo. Nele há um conhecimento de que é possível esse conhecimento e há uma verdade,
ao lado do dogmatismo, ele partilha a confiança na razão humana. Diferente do dogmatismo
que aceita as afirmações da razão humana e não reconhece os limites, desta vez tomando o
exemplo do ceticismo, ele junta a confiança no conhecimento em geral e desconfiança perante
todo o conhecimento adquirido. Ele analisa as afirmações da razão humana, e não aprova
nada facilmente.
O criticismo tem o comportamento que não se iguala ao dogmatismo e nem
ceticismo e mostra-se reflexivo e crítico. Reflexões epistemológicas são sinais de criticismo.
Kant é apontado como o principal fundador do criticismo, após passar pelo dogmatismo e
ceticismo ele se fixa nesta concepção, e afirma que as duas vertentes são exclusivistas.
Diferente das duas concepções em que Kant chamou de exclusivistas, o criticismo para chegar
a certeza, investiga cada fonte das próprias afirmações e razões em que assentam e desta
forma se mostra mais acessível em relação as outras concepções, porque mostra um juízo
amadurecido e viril, o passo mais relevante em relação as outras.
Kant considera o resultado em que este método do criticismo proporciona, e não
apenas um método que se opõe ao dogmatismo e ceticismo, é uma representação especial de
criticismo geral. Designando o criticismo geral significa o reconhecimento da disciplina teoria
do conhecimento como independente e fundamental.
Hegel diz em sua concepção “a investigação do conhecimento não pode ter lugar
de outro modo senão conhecendo”. Investigar trata-se de conhecer, buscar o conhecimento.
Provar a possibilidade do conhecimento através do conhecimento seria uma contradição,
porque a possibilidade do conhecimento é possível e esse é o primeiro passo, e partindo desse
pressuposto, entra em análise as bases do conhecimento humano. E condições gerais, e
nenhuma contradição e teoria do conhecimento não sucumbi à objeção de Hegel.
2 A ORIGEM DO CONHECIMENTO:
Ao afirmar que “o sol aquece a pedra”, entra nesta afirmação várias explicações
através das experiências sensoriais, da vista e do tato e comprovamos este acontecimento ao
vivenciar. Nosso juízo, diz que existe uma relação causal que explica esta experiência, e que
não apenas relata que o sol ilumina a pedra, mas proporciona uma explicação mais detalhada
sobre este processo, que tem elementos de um lado a experiência e do outro o pensamento e
que um causa o outro.
2.1 O RACIONALISMO:
2.2 EMPIRISMO:
2.4 O APRIORISMO:
Platão já dizia que as idéias são realidades objetivas, explica sobre os dois mundos
sensível e o supra-sensível, os objetos do mundo sensível foram descobertos através da
intuição sensível, a cópia imperfeita dos objetos do mundo inteligível.
4 AS ESPÉCIES DO CONHECIMENTO
CONCLUSÃO: