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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

FACULDADE DE FILOSOFIA

ESTÁGIO SUPERVISIONADO DE DOCÊNCIA EM FILOSOFIA II - FIL01030

PROF. DR. DAMIÃO BEZERRA OLIVEIRA

PAULO HENRIQUE DA COSTA MONTEIRO

(202108040055)

COMENTÁRIO SOBRE O CAPÍTULO 1: “A LEITURA DOS TEXTOS” DO LIVRO


“METODOLOGIA FILOSÓFICA” DE DOMINIQUE FOLSCHEID E JEAN
JACQUES WUNENBURGER

BELÉM/PA
2024

CAPÍTULO 1: LEITURA DOS TEXTOS

O autor inicia o texto chamando atenção para a importância do estudante de filosofia


em manter o vínculo aos textos filosóficos, com uma relação íntima em que o mesmo
demonstre um certo domínio ao pensamento filosófico, para que possa obter êxitos na prática
do ensino, utilizando cada conceito e relacionando com as atividades propostas.

Para compreender as metodologias do ensino e fazer uma ligação com as temáticas


filosóficas, é preciso identificar primeiramente o teor dessa tal relação, o que realmente
interliga esses dois conceitos. E se não houver essa descoberta logo os nossos esforços serão
inúteis, sem uma compreensão de como desenvolver metodologias de ensino que serão
fundamentais para o desenvolvimento do pensamento crítico.

A relação direta com os textos é algo evidente, um grande estímulo que pode
proporcionar uma relação de confrontação de outras ideias e que o comentário desses textos
podem estimular uma espécie de provocação de ideias novas, que trazem segurança no
diálogo e desenvolve a reflexão.

Os textos são a chave para abrir as ideias e despertá-las causando confrontos com
outras ideias, e esse confronto de ideias desenvolve o raciocínio e estimula o estudante a
almejar ainda mais desse conhecimento. Dependendo da circunstância, muitas vezes esse
estudante é levado a se afastar da necessidade de ler e ter contato com os textos filosóficos.

Para se ter uma vida voltada a filosofia, é necessário que haja essa afinidade aos
textos, uma grande necessidade de sempre buscar, descobrir, pesquisar. Na filosofia não
podemos dizer que se pode reinventar tudo pelas próprias forças, mas que por herança
podemos conhecer, e essa relação com a filosofia nos traz problemas particulares que
tentamos explicar e trazer reflexões.

A história da filosofia é fundamental para a trajetória do universitário, ela precisa ser


filosófica e que assimile sua presa. Ela não se resume apenas em história e tem seu lugar nos
departamentos de filosofia, especialmente nas obras de grandes filósofos. O autor explica no
texto que em filosofia, o pensamento filosófico é descoberto na própria filosofia, ou seja,
descobre a si mesma,

O autor ainda diz mais adiante sobre pensar o já pensado, e questiona se é possível
pensar frequentando o já pensado, e diz que o pensamento não se compra e ninguém aprende
a pensar, e ninguém pensa no lugar do outro. Podemos aplicar esse princípio a leitura dos
textos, quando se ler texto filosóficos, estamos adentrando em pensamentos filosóficos
advindos para que possamos apropriar deles, se estamos lendo como diz o autor, Descartes e
ou Platão, pensamos não só por eles e sim neles. O autor diz que é necessário conhecer para
pensar e não apenas por conhecer e que as leituras dos textos filosóficos não é apenas um
meio de conhecimento e sim uma iniciação ao pensamento.

E durante a leitura do texto o autor exalta maneiras de se apropriar dos textos com o
intuito de promover relações diretas com as obras, evitar muitos recortes e valorizar a obra
toda em que irá trabalhar, trazer leituras complementares que muitas vezes tem sido boas
opções para quem tem um pouco de dificuldade com algumas versões e é preciso manter um
treinamento diário com os textos, com variados tipos de leituras.

Utilizar anotações também é uma ótima maneira de registrar as suas interpretações,


dados que podem fazer a diferença, e novas leituras com informações novas, interpretações
mais amadurecidas que vem com mais uma bagagem de conhecimento.

A explicação de um texto é a maneira de chegar a um pensamento filosófico, o


exercício do que foi lido e registrado, e dessa forma conclui-se a importância de manter essa
habilidade no dia a dia, e de alguma forma mais aprofundada, chegar a análise crítica daquele
pensamento. Para se discutir sobre assuntos é necessário primeiramente entender como se
chegou aquele determinado assunto, é que pontos queremos chegar, pontuar cada passo e se
conscientizar independentemente da conclusão, mesmo que não chegue a uma solução, mas o
assunto continuará sendo um dos motivos para um novo debate.

O autor durante o texto demonstrou que é necessário manter o controle os textos


filosóficos, por mais que as circunstâncias do trabalho sejamos levados a se afastar, as obras
dos filósofos têm suas peculiaridades que precisam ser exploradas pelos professores, e dessa
forma consegue transmitir aos alunos a liberdade de buscar, criar possibilidades de
conhecimento, pensamento e etc.

O pensamento transmite a liberdade, a criação, a vontade de conhecer e sentimento de


desejar mais o que conheceu, por isso o professor precisa saber motivar esse pensamento para
que possa desenvolver a análise crítica e saber que através dessa motivação pode ser um fator
fundamental para que ideias novas possam surgir.

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