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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
COMPLEXO ESCOLAR “PITABEL”

TEMA:

Natureza de conhecimento e idealismo pragmatismo

Nome: Eliane de Castro e Ivanildo Pontes


Turma: B
Curso: Econômicas e Jurídicas
Sala: 21

O professor
___________________
Sleny Solene
Índice

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................3
DESENVOLVIMENTO........................................................................................................4
CONCLUSÃO....................................................................................................................7
INTRODUÇÃO

Quando alguém nos pergunta se conhecemos alguma coisa, percebemos muito


bem oque o nosso interlocutor quer saber. E mais, quando um agricultor por mais
iletrado que seja, sabe em que época lançar a terra determinada cultura. Habitualmente
este saber é designado por conhecimento (saber é o mesmo que dizermos conhecemos
algo).
O conhecimento é apreensão de alguma realidade pela mente. Essa realidade
pode ser um objeto ou uma ideia. Por exemplo conhecer um professor novo de filosofia
ou as leis de Newton, no primeiro caso trata-se de um objeto ou uma realidade física e
no segundo trata-se de ideias. Apesar da diferença do tipo de objeto trata-se do mesmo
fenómeno, o conhecimento.
Os termos idealismo e pragmatismo podem, no entanto, ter vários significados
diferentes, mas na maioria das interpretações o ponto de vista pragmático se concentra
na existência como ela é e não como deveria ser. Pragmáticos visualizam a validade de
uma teoria baseada em seus resultados ou consequências, em vez de seus ideais e
antecedentes subjacentes.
DESENVOLVIMENTO

O conhecimento é o resultado do processo de aquisição de entendimento ou


conhecimento sobre algo, seja um objeto, uma prática, um conceito teórico, etc. A
definição do que é o conhecimento é variável de acordo com as diferentes correntes que
ocorreram ao longo da história do pensamento no campo da epistemologia, ou seja, o
estudo filosófico sobre os fundamentos do saber.
Conhecimento na antiguidade
A teoria epistemológica proposta por Platão (427 – 347 a.C.) na Grécia clássica
tem sido uma das mais influentes em toda a história do pensamento ocidental. Segundo
ela, podemos conhecer graças à nossa capacidade intelectual, em oposição à ordem de
nossas faculdades sensitivas. O conhecimento válido advém da razão, que nos aproxima
das verdades universais e necessárias contidas nas Ideias, pertencentes ao mundo
suprassensível.
A epistemologia proposta por Platão é, a rigor, uma epistemologia, na medida
em que o filósofo identifica o conhecimento dentro do marco científico, em oposição à
mera opinião. Aristóteles (384 – 322 a. C.), por sua vez, difere do platonismo, na
medida em que introduz a ideia de que o intelecto apreende as formas como imagens, ou
seja, a intelecção é sustentada necessariamente pela sensação, embora a mesma seja
diferenciada.
Teorias modernas sobre o conhecimento
A teoria epistemológica que marca a modernidade filosófica é, em primeira
instância, o racionalismo de René Descartes (1596-1650). Descartes postula que o
conhecimento pertence apenas à faculdade cognitiva, a razão e, portanto, a ciência
forma uma unidade em si; portanto, é possível avançar de forma ordenada de um
conhecimento a outro, seguindo um método a saber, o método matemático-dedutivo. A
matemática aparece como um saber indubitável, pois suas regras não admitem verdade
ou falsidade, portanto, funciona como modelo metodológico aplicável a problemas
empíricos. Com base nessa ideia, Descartes formulará sua teoria epistemológica,
baseada na evidência do ego cogito penso, logo existo e nas regras do método.
As teorias empiristas do conhecimento responderão ao racionalismo cartesiano,
que sustenta a ideia de que não conhecemos graças à nossa faculdade racional, mas
apenas graças às perceções dos nossos sentidos. David Hume (1711-1776), um dos
maiores expoentes desta corrente, chegou a questionar a ideia de identidade pessoal,
bem como a unidade da mente, desde que esta seja fruto de uma mera justaposição de
perceções.
De que maneiras o sujeito cognoscente apreende o real? Geralmente
consideramos o conhecimento como um ato da razão, pelo qual encadeamos ideias e
juízos, para chegar a uma conclusão. Essas etapas compõem o nosso raciocínio. No
entanto, conhecemos o real também pela intuição. Vejamos a diferença
entre intuição e conhecimento discursivo.
A intuição (do latim intuitio, do verbo intueor, "olhar atentamente", "observar". Intuição
é, portanto, uma "visão", uma perceção sem conceito) é um conhecimento imediato -
alcançado sem intermediários -, um tipo de pensamento direto, uma visão súbita. Por
isso é inexprimível: Como poderíamos explicar em palavras a sensação do vermelho?
Ou a intensidade do meu amor ou ódio? É também um tipo de conhecimento impossível
de ser provado ou demonstrado. No entanto, a intuição é importante por possibilitar a
invenção, a descoberta, os grandes saltos do saber humano.
A intuição expressa-se de diversas maneiras, entre as quais destacamos a empírica, a
inventiva e a intelectual.
Intuição empírica
É o conhecimento imediato baseado em uma experiência que independe de qualquer
conceito. Ela pode ser:
Sensível, quando percebemos pelos órgãos dos sentidos: o calor do verão (tato), as cores
da primavera (visão), o som do violino (audição), o odor do café (olfato), o sabor doce
(paladar/gustação);
Psicológica, quando temos a experiência interna imediata de
nossas perceções, emoções, sentimentos e desejos.
Intuição inventiva
É a intuição do sábio, do artista, do cientista ao descobrirem soluções súbitas, como
uma hipótese fecunda ou uma inspiração inovadora. Na vida diária também enfrentamos
situações que exigem verdadeiras invenções súbitas, desde o diagnóstico de um médico
até a solução prática de um problema caseiro. Segundo o matemático e filósofo Henri
Poincaré, enquanto a lógica nos ajuda a demonstrar, a invenção só é possível pela
intuição.
Intuição intelectual
Procura captar diretamente a essência do objeto. Descartes, quando chegou à
consciência do cogito - o eu pensante -, considerou tratar-se de uma "primeira verdade"
que não podia ser provada, mas da qual não se poderia duvidar: Cogito, ergo sum, que
em latim significa "penso, logo existo". A partir dessa intuição primeira (a existência do
eu como ser pensante), estabeleceu o ponto de partida para o método da filosofia e das
ciências modernas.

Conhecimento discursivo
Discurso (do latim discursus, literalmente "ação de correr para diversas partes,
de tomar várias direções".) Para compreender o mundo, a razão supera as informações
concretas e imediatas recebidas por intuição e organiza-as em conceitos ou ideias gerais
que, devidamente articulados pelo encadeamento de juízos e raciocínios, levam à
demonstração e a conclusões. Portanto, o conhecimento discursivo, ao contrário da
intuição, precisa da palavra, da linguagem.
Por ser mediado pelo conceito, o conhecimento discursivo é abstrato. Abstrair
significa "isolar", "separar de". Fazemos abstração quando isolamos um elemento que
não é dado separadamente na realidade.

Tipos de conhecimento
 Sensorial/sensível: É o conhecimento comum entre seres humanos e animais.
Obtido a partir de nossas experiências sensitivas e fisiológicas (tato, visão,
olfato, audição e paladar).

 Intelectual: Trata-se de um raciocínio mais elaborado do que a mera


comunicação entre corpo e ambiente. Aqui já se pressupõe um pensamento, uma
lógica.

 Vulgar/popular: É a forma de conhecimento do tradicional (hereditário), da


cultura, do senso comum, sem compromisso com uma apuração ou análise
metodológica. Não pressupõe reflexão, é uma forma de apreensão passiva,
acrítica e que, além de subjetiva, é superficial.

 Científico: Preza pela apuração e constatação. Busca por leis e sistemas, no


intuito de explicar de modo racional aquilo que se está observando. Não se
contenta com explicações sem provas concretas; seus alicerces estão na
metodologia e na racionalidade. Análises são fundamentais no processo de
construção e síntese que o permeia, isso, aliado às suas demais características,
faz do conhecimento científico quase uma antítese do popular.

 Filosófico: Mais ligado à construção de ideias e conceitos. Busca as verdades do


mundo por meio da indagação e do debate; do filosofar. Portanto, de certo modo
assemelha-se ao conhecimento científico - por valer-se de uma metodologia
experimental -, mas dele distancia-se por tratar de questões imensuráveis,
metafísicas. A partir da razão do homem, o conhecimento filosófico prioriza seu
olhar sobre a condição humana.

 Religioso/teológico: Conhecimento adquirido a partir da fé teológica, é fruto da


revelação da divindade. A finalidade do teólogo é provar a existência de Deus e
que os textos bíblicos foram escritos mediante inspiração Divina, devendo por
isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e incontestáveis. A fé pode
basear-se em experiências espirituais, históricas, arqueológicas e coletivas que
lhe dão sustentação.

 Declarativo: O conhecimento declarativo seria o referente a coisas estáticas,


paradas, como por exemplo os conceitos de uma ciência, ou a descrição de um
objeto. Um exemplo típico de conhecimento estático é o significado dos termos
de classificação de relevo. Ao passo que o conhecimento procedural refere-se às
coisas funcionando, como os processos, as transformações das coisas, e também
como que deve ser o comportamento de um profissional em uma determinada
situação. Um exemplo de conhecimento procedural seria a conduta indicada para
um agricultor retirar a licença de um desmatamento que queira fazer em sua
propriedade.
.

Idealismo pragmatismo

O ponto de vista pragmático sustenta que investigações sobre a natureza e


existência das coisas deve começar “in media res”, que em latim significa “no meio das
coisas.” O ponto em que o questionamento começa depende de preconceitos
historicamente determinados e condicionados. De acordo com o pragmatismo, filosofia
não precede análise científica, mas em vez disso é contínua a ela. A filosofia não deve
governar a partir de cima, mas sim tirar o explícito dos padrões aceitos de melhores
práticas atuais.

Como um termo filosófico descritivo, “pragmatismo” apareceu pela primeira vez


na imprensa, no final do século 19, quando William James usou em um discurso
proferido na Universidade da Califórnia. John Dewey era um proponente mais recente
do pragmatismo cujos escritos tiveram uma influência significativa sobre o pensamento
intelectual norte-americano por uma grande parte do século 20.

Pragmatismo e idealismo são duas abordagens filosóficas opostas. O


pragmatismo é uma abordagem filosófica que avalia teorias ou crenças em termos do
sucesso da sua aplicação prática. Idealismo, por outro lado, refere-se a qualquer
filosofia que afirma que a realidade é mentalmente construída ou imaterial. A diferença
fundamental entre o pragmatismo e idealismo é que o pragmatismo considera
consequências práticas de uma ação como seu componente principal, enquanto o
idealismo considera entidades mentais ou pensamentos e ideias como seu principal
componente.

O pragmatismo é uma doutrina filosófica que avalia teorias ou crenças em


termos do sucesso da sua aplicação prática.

Idealismo se refere a qualquer filosofia que afirma que a realidade, ou realidade,


como podemos conhecê-lo, é mentalmente construída ou imaterial.

Principais Componentes:
 Pragmatismo considera consequências práticas de uma ação como seu principal
componente.
 Idealismo considera entidades mentais ou pensamentos e ideias como seu
principal componente.
CONCLUSÃO

Concluímos que, no acto de conhecimento o sujeito sai de si, transcende a si mesmo


ao encontro do objeto. O objeto, por sua vez, transcende a si mesmo ao encontro do
sujeito, ou seja, as suas propriedades ou características também conhecidas por
atributos, vão ao encontro do sujeito Cognoscente. O sujeito capta as propriedades do
objeto e volta a sua esfera, com a imagem do objeto, que se retém no seu entendimento
ou mente (memoriza as características do objeto). Portanto, o sujeito vive três
momentos distintos no acto do conhecimento: sai fora de si, fica fora de si e volta para
si, com as características do objeto.
E também concluímos. O pragmatismo é uma doutrina que aconselha
insensibilidade, indiferença e, até desprezo pelos males morais, sociais e físicos
inerentes a uma sociedade.

Para um pragmático só existe firmeza e austeridade. Ser pragmático também


significa tirar o máximo proveito pessoal possível que o permitem as circunstâncias, não
se preocupando nada com as consequências das suas ações na sociedade, ou até no
conjunto da Humanidade, nada preocupa um pragmático em violar princípios éticos ou
morais, sejam eles quais sejam.

O idealismo é uma doutrina totalmente oposta ao pragmatismo, o ideal não é


nada de imaginário, e pode ser concretizado, vejamos: o idealista é alguém que tem
amor desinteressado pela verdade, tem preocupação exclusiva pelo bom e pelo grande, e
isso transmite-o à sociedade, o idealista tem boa-fé, tem grandeza de alma, nobreza,
bom senso e simplicidade.

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