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AULA 03 –
TEORIA DO
CONHECIMENTO
Caro estudante,
Bons estudos!
Identificar as principais características da teoria inatista do conhecimento;
Caracterizar a teoria empirista do conhecimento;
Apontar as principais características e divisões da teoria interacionista do
conhecimento.
Leibniz critica o empirismo de Locke (nada existe na mente que não tenha
estado nos sentidos) e defende, como Descartes, um inatismo. Identifica as
qualidades inatas da alma, como ser, perceber e raciocinar. Nessa perspectiva,
Leibniz (1988) ainda enfatiza que as verdades da matemática e da geometria seriam
de natureza inata, da mesma forma que as verdades lógicas.
Uma das formas de inatismo contemporâneo se baseia na hereditariedade, ou
seja, o que é inato ao sujeito (ou seja, o que nasce com o ser humano). Segundo esta
corrente teórica, quando nascemos, já fomos concebidos com a herança genética,
com as qualidades e capacidades básicas necessárias ao ser humano. Entende-se,
portanto, que o pensamento inatista rejeita a possibilidade de aperfeiçoamento do
sujeito, pois defende a ideia de que não tem capacidade de evolução ou possibilidade
de transformação após o nascimento, já que é determinado pelas condições de sua
existência ‘espiritual’ e ideal ou no caso contemporâneo por sua estruturação
genética.
Portanto, no processo educacional, o papel do professor seria o
de facilitar a manifestação da essência, entendendo que quanto menos interferência
houver, maior será a espontaneidade e a criatividade do aluno. Segundo Rego (1996),
tal concepção do ser humano tem favorecido pedagogias espontâneas que
subestimam a capacidade intelectual do sujeito, enquanto o sucesso ou o
fracasso são atribuídos, única e exclusivamente, ao aluno e seu desempenho,
aptidão, dom ou maturidade.
Em certo sentido, considerar o inatismo aplicado à educação significa tender
para uma perspectiva imóvel e resignada, pois se considera que as diferenças e
dificuldades não podem ser superadas, pois o ambiente não interfere no
desenvolvimento do sujeito. Ainda, pode-se entender que os resultados da
aprendizagem pertencem exclusivamente ao aluno, retirando a participação e
responsabilidade do professor e da instituição de ensino.
Aristóteles;
Francis Bacon;
Thomas Hobbes;
Robert Boyle;
David Hume;
John Stuart Mill;
Nicolau Maquiavel.
Jean Piaget (1896 – 1980): para ele, a criança é ativa e age espontaneamente no
meio. É estruturalmente diferente do adulto, mas funcionalmente igual. Ou seja,
suas estruturas mentais são específicas para seu nível de desenvolvimento,
marcado por estágios. Seu conhecimento vem do contato com o mundo. Piaget
dedicou-se ao estudo e compreensão do desenvolvimento cognitivo, e sua teoria
ficou conhecida como construtivismo. Houve um ponto primordial para o
desenvolvimento das ideias de Piaget: explicar a forma pela qual o ser humano
atinge o conhecimento, o que o distingue fundamentalmente das outras espécies
vivas. No entanto, esta é uma questão tipicamente filosófica. Entre a energia, o rigor
dos métodos biológicos e a filosofia, Piaget se concentra em uma lacuna que
precisa ser preenchida. Dessa forma, a psicologia do desenvolvimento assumiria
futuramente um papel mediador entre os dois campos de estudo (FERRARI, 2008).