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“Sócrates:_ Teodoro, meu caro, parece que não julgou mal tua natureza. É
absolutamente de um filósofo esse sentimento: espantar-se. A filosofia não tem
outra origem...” (Platão, Teeteto)
É comum não nos darmos conta de que “o que é notório, justamente porque é
notório, não é conhecido. No processo do conhecimento, a maneira mais
comum para enganar a nós mesmos e aos outros é pressupor algo já definido
e aceitá-lo como tal” (Hegel).
Assim como philos, sophia também pode ser compreendida de duas outras
maneiras: sendo uma chamada de verdade desvelada pelo pensamento, para
um conhecimento verdadeiro da realidade; e outra entendendo a sabedoria
como virtude, uma ação virtuosa, a qual transformada em hábito deixa-nos
mais perto da felicidade.
Por isso a filosofia é uma espécie de “aventura do espírito” que procura meditar
reflexivamente sobre os problemas. Muitas vezes será necessário abrir mão da
própria consciência, dos “pré-conceitos” para seguir adiante com uma
investigação filosófica. Daí compreendemos, o que Sócrates costumava dizer
acerca da própria ignorância: “Só sei que nada sei”. Vemos, portanto, a
humildade do filósofo, que não é um sábio, mas sim um amante da sabedoria,
um amante do seu próprio espanto, daquilo que o impulsiona a buscar
constantemente o que é o objeto próprio de seu amor a sabedoria.