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Instituição: Faculdade Georgina- FAGEO

Acadêmica: Hanilda Regina Rodrigues dos Santos


Curso: Direito

1Autor: Hanilda Regina Rodrigues dos Santos

A Origem da Filosofia

A palavra filosofia é grega e consiste em duas outras: philo e sophia, Philo


Derivado de philia, significando amizade, amor fraternal, respeito entre iguais.
Sophia significa sabedoria e dela vem a palavra sophos, sábia. Então a filosofia
significa amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo conhecimento Filósofo,
aquele que ama a sabedoria, gosta do conhecimento, deseja o saber.
Dessa forma, a filosofia indica o estado de espírito de uma pessoa que
ama, ou seja, anseia pelo conhecimento, valoriza-o, busca-o e o respeita. O
filósofo grego Pitágoras de Samos (que viveu no século 5 a.C) é creditado por
cunhar a palavra filosofia.
Pitágoras diria que a sabedoria plena e completa pertence aos deuses,
mas que os humanos podem desejá-la ou amá-la e tornar-se filósofos. Pitágoras
dizia que três tipos de pessoas frequentavam os jogos olímpicos (a festa mais
importante da Grécia): os que iam negociar durante os jogos, estavam ali apenas
para atender a seus próprios interesses e não se importavam com disputas e
torneios; os que foram competir, ou seja, atletas e artistas (porque também
aconteciam competições artísticas durante os jogos: dança, poesia, música,
teatro); e os que foram assistir aos jogos e torneios, avaliar o desempenho e
julgar o valor de quem ali se apresentou. Este terceiro tipo de homem, disse
Pitágoras, é como um filósofo.
Com isso Pitágoras quis dizer que o filósofo não é movido por interesses
comerciais, não considera o conhecimento como sua propriedade, como algo
que pode ser comprado e vendido no mercado; não é movida pelo desejo de
competir, não transforma ideias e conhecimentos em capacidade de derrotar
competidores ou "atletas intelectuais", mas é movida pelo desejo de observar,
raciocinar, julgar e avaliar as coisas, as ações, a vida: em suma, pelo desejo de

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Hanilda Regina Rodrigues dos Santos, acadêmica do curso de Direito 1º período
saber. A verdade não é de ninguém, é o que buscamos e está diante de nós para
contemplar e ver se temos olhos (espírito) para ver.

Desta forma, analisa-se que a filosofia é entendida como uma aspiração


ao conhecimento racional, lógico e sistemático da realidade natural e humana,
sobre a origem e causas do mundo e suas mudanças, sobre a origem e causas
da ação e do pensamento humano.
A experiência filosófica envolve classicamente dois processos
importantes: a alienação do mundo e o questionamento. O ato de questionar, ou
seja, levantar dúvidas, muitas vezes permitirá uma percepção mais profunda,
clara e sobretudo mais ampla de certos aspectos do nosso processo existencial.
As dúvidas ficam evidentes no desejo de mais conhecimento, por isso, por
exemplo, é importante que um professor sempre pergunte a seus alunos ao final
de sua apresentação se há alguma dúvida. Em troca de sua pergunta, muitas
vezes recebe silêncio ou, mais raramente, alguns interrogatórios tímidos.
Ficamos a nos perguntar por quê. Agora, muitas vezes há dificuldades de
expressão do entrevistado que não encontra palavras para expressar com
clareza suas dúvidas, ou medo de falar em público.
Deste modo há um fenômeno que vai além disso e é de fundamental
importância, a sensação que existe em algumas pessoas, muitas vezes
inconscientemente, de que ter dúvidas, e depois fazer perguntas, revela
fragilidade, falta de conhecimento, "dificuldades intelectuais" e complica isto.
Acrescente a isso o fato de vivermos em uma cultura que valoriza a
“opinião inteligente”, a “opinião informada”, então vamos entender porque essas
pessoas sofrem quando são interpretadas como ignorantes, despreparadas
quando se revelam com seus questionamentos. Pensemos bem, quando se
estabelece uma conversa entre pessoas, parece que há um confronto de
"saberes", supostas "certezas", ao invés de se estabelecer uma via de mão dupla
em que haverá uma grande oportunidade de aprendizado de cada um outro e
crescer junto com esse outro.
Então, há um verdadeiro bloqueio a esse progresso e, infelizmente,
descobrimos que o aprendizado foi colocado em segundo plano, e a vaidade
pessoal, o orgulho terrível, "a ferrugem de nossa alma", também apontou (Madre
Teresa de Calcutá).
A tarefa dos filósofos é buscar clareza e verdade. Não acho que os
filósofos devam aspirar a um papel social ou político, ou pensar em si mesmos
como intelectuais públicos, ou mesmo ter a responsabilidade de sê-lo. Sua
principal responsabilidade é pela clareza, verdade e compreensão. Acho muito
importante ter isso em mente o tempo todo, senão todo o seu trabalho ficará
estragado e cheio de metas e ideias contrárias ao seu objetivo natural.

Acho que essa filosofia nunca teve um grande público, pelo menos um
público realmente comprometido em segui-la de forma consistente. Os filósofos
sempre tiveram um trabalho solitário, sem muito apoio ou participação pública.
Não nascemos filósofos (e felizmente poucos o são), mas a boa filosofia
é, a meu ver, construída sobre o conhecimento natural que todos temos em
virtude do simples fato de sermos humanos. Este conhecimento natural carrega
como seu segredo sagrado a experiência da maravilha. Nosso conhecimento
está sempre rodeado de ignorância. Desde crianças, descobrimos rapidamente
que não somos os originais, os donos do universo, mas que viemos de algo (e
de alguém); descobrimos que somos efeitos, causados, em uma palavra:
derivados.
Também descobrimos que estamos sempre na estrada, indo para um
destino ou outro, seja apenas mais uma fase do nosso crescimento. Além disso,
quando ainda estamos na infância, verificamos de forma competente e
convincente que existe um mundo ao nosso redor que está muito além de nosso
conhecimento e controle. Um pouco mais tarde, mas ainda fazendo parte de
nossas conquistas cognitivas na juventude, aprendemos que temos que fazer
escolhas e que delas surgem todo tipo de coisas boas e ruins.
Conclui-se, o que torna os filósofos diferentes, não melhores, é que em
suas vidas eles não podem deixar de prolongar suas questões sobre origens,
destinos, universos e liberdade, enquanto questionam incuravelmente a
verdade, a bondade e a beleza e esses temas vão amadurecer formalmente em
várias disciplinas: entre outras, metafísica, cosmologia, antropologia filosófica,
ética, filosofia política e estética (todas monitoradas pela lógica, esse grande
servo, mas mestre terrível).
Assim os seus praticantes não descansarão até que tenham obtido pelo
menos alguns novos raios de luz sobre as causas primordiais, os fins mais
últimos e os "mundos" transcendentes ao nosso redor e, finalmente, sobre as
fontes de liberdade que nos perseguem e nos provocam. Para os filósofos,
causas, efeitos, conexões e consciência (no sentido moral e psicológico) não são
apenas parâmetros da vida pragmática; eles são um chamado à aventura
intelectual.

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