Você está na página 1de 15

Introdução

De acordo com GRAMSCI, 1986 apud ARANHA, 1996, p. 112, referem que a humanidade
actual, vive em um momento de sua história marcado por grandes transformações, que são
decorrentes, sobretudo, do avanço tecnológico, em diversas esferas de sua existência, como por
exemplo na produção econômica dos bens naturais, nas relações políticas da vida social e na
construção cultural. Esta condição exige um novo olhar sobre o acto de educar (GRAMSCI, 1986
apud ARANHA, 1996, p. 112).

Conforme Haddad & Muller, (1995), aponta que a filosofia é a ciência que tem grande riqueza do
pensamento humano, onde, cada problema que é proposto, é capaz de imaginar uma variedade de
soluções de forma a resolver. Todas, em maior ou menor grau, razoáveis e dignas de
consideração, e todas contribuindo, de uma maneira ou de outra, para uma compreensão mais
ampla e profunda dos problemas com que se depara o ser humano.

A origem da filosofia

O termo Filosofia foi originado de forma sistemática na vida urbana ateniense, depois que os
helenos deixaram de lado as grandes batalhas que deram origem às narrativas mitológicas e o
sentimento do trágico, expresso nas tragédias. Surgimento no ambiente da cidade-estado,
preocupada com a convivência próxima entre as pessoas e a necessidade do respeito às regras da
civilidade. Nesta linha de raciocínio, a Filosofia nasce do contexto grego com a marca da busca
do exercício da cidadania de forma harmoniosa e racional. No berço da civilização ocidental,
todos os conhecimentos eram considerados Filosofia, isto quer dizer que, o amor da sabedoria. Se
a Filosofia nasceu sob essa condição, então significa que toda a cultura está baptizada com a
mesma marca, da busca do equilíbrio das paixões no campo racional. É neste sentido em que a
Filosofia se aproximou dos logos, para os pré-socráticos, da retórica, segundo a versão dos
Sofistas, da maiêutica socrática, das matemáticas, como no caso de Platão, de forma buscar a
adequação entre razão e proporção, ou então esteve preocupada com o meio termo das decisões
que se posiciona de forma equidistante dos extremos, conforme a interpretação da ética
aristotélica. A Filosofia não aceita que o equilíbrio seja dado pela intervenção de um ente divino,
mas deve ser conquistado pelo exercício da razão. Por isso, a Filosofia pré-socrática pensou o
logos como aquele elemento que é comum a todos, mas lamenta que, a despeito disso, cada um
ainda viva como se tivesse somente um entendimento particular de todas as coisas. Num primeiro
momento, acreditou-se que o comum a todos era o aspecto metafísico (physis ou Deus), depois o
epistemológico (cogito racional cartesiano, eu transcendental kantiano) e, atualmente, o universo
linguístico (acção comunicativa). O comum a todos é logos e nessa forma o logos significa é fala
racional

Entretanto, razão é um sinônimo de logos (palavra ou fala) e ela tem a virtude de trazer para o
mundo humano o equilíbrio e a ordem ao caos pelo uso da palavra voltada ao entendimento.
Logo, enquanto a tragédia reelabora o mito de uma maneira artística teatral, a Filosofia reveste o
mito de uma reflexão, salientando o aspecto discursivo-racional.

A Filosofia surge da tentativa de dosar a influência do mito, construir uma organicidade, tecendo
o elogio da harmonia do homem com a physis (natureza ou universo).

Universalidade e particularidade da Filosofia

Funções da Filosofia

O que é Filosofia?
A filosofia não é uma disciplina empírica, como a história ou a física. É uma disciplina a priori
ou que se faz pelo pensamento apenas. Não usamos laboratórios, estatísticas, observações
telescópicas ou microscópicas. Neste aspecto, a filosofia está mais próxima da matemática, que é
também uma disciplina a priori. Isto não significa que não possamos em filosofia apresentar
hipóteses de caráter empírico; mas significa que se é possível testar empiricamente essas
hipóteses, não são hipóteses filosóficas: são apenas hipóteses sociológicas, psicológicas,
biológicas ou outras. Apesar de a filosofia ser uma disciplina a priori, a informação empírica
pode ser relevante em muitas das suas áreas. Essa informação, contudo, é geralmente fornecida
pelas outras disciplinas, e não pela filosofia em si (Murcho, 2008).

A palavra Filosofia é grega. É composta por duas outras: PHILO e SOPHIA. PHILO significa
amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais; SOPHIA, sabedoria, sábio. FILOSOFIA
significa, portanto, amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber. Filosofo: o que ama a
sabedoria, tem amizade pelo saber, deseja saber (Haddad & Muller, 1995).

A palavra filosofia A palavra filosofia é grega. É composta por duas outras: philo e sophia. Philo
deriva-se de philia, que significa amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais. Sophia quer
dizer sabedoria e dela vem a palavra sophos, sábio. Filosofia significa, portanto, amizade pela
sabedoria, amor e respeito pelo saber. Filósofo: o que ama a sabedoria, tem amizade pelo saber,
deseja saber. Assim, filosofia indica um estado de espírito, o da pessoa que ama, isto é, deseja o
conhecimento, o estima, o procura e o respeita. Atribui-se ao filósofo grego Pitágoras de Samos
(que viveu no século V antes de Cristo) a invenção da palavra filosofia. Pitágoras teria afirmado
que a sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas que os homens podem desejá-la ou
amá-la, tornando-se filósofos. Dizia Pitágoras que três tipos de pessoas compareciam aos jogos
olímpicos (a festa mais importante da Grécia): as que iam para comerciar durante os jogos, ali
estando apenas para servir aos seus próprios interesses e sem preocupação com as disputas e os
torneios; as que iam para competir, isto é, os atletas e artistas (pois, durante os jogos também
havia competições artísticas: dança, poesia, música, teatro); e as que iam para contemplar os
jogos e torneios, para avaliar o desempenho e julgar o valor dos que ali se apresentavam. Esse
terceiro tipo de pessoa, dizia Pitágoras, é como o filósofo. Com isso, Pitágoras queria dizer que o
filósofo não é movido por interesses comerciais - não coloca o saber como propriedade sua, como
uma coisa para ser comprada e vendida no mercado; também não é movido pelo desejo de
competir - não faz das idéias e dos conhecimentos uma habilidade para vencer competidores ou
“atletas intelectuais”; mas é movido pelo desejo de observar, contemplar, julgar e avaliar as
coisas, as ações, a vida: em resumo, pelo desejo de saber. A verdade não pertence a ninguém, ela
é o que buscamos e que está diante de nós para ser contemplada e vista, se tivermos olhos (do
espírito) para vê-la. A Filosofia é grega A Filosofia, entendida como aspiração ao conhecimento
racional, lógico e sistemático da realidade natural e humana, da origem e causas do mundo e de
suas transformações, da origem e causas das ações humanas e do próprio pensamento, é um fato
tipicamente grego. Evidentemente, isso não quer dizer, de modo algum, que outros povos, tão
antigos quanto os gregos, como os chineses, os hindus, os japoneses, os árabes, os persas, os
hebreus, os africanos ou os índios da América não possuam sabedoria, pois possuíam e possuem.
Também não quer dizer que todos esses povos não tivessem desenvolvido o pensamento e formas
de conhecimento da Natureza e dos seres humanos, pois desenvolveram e desenvolvem. Quando
se diz que a Filosofia é um fato grego, o que se quer dizer é que ela possui certas características,
apresenta certas formas de pensar e de exprimir os pensamentos, estabelece certas concepções
sobre o que sejam a realidade, o pensamento, a ação, as técnicas, que são completamente
diferentes das características desenvolvidas por outros povos e outras culturas. Vejamos um
exemplo. Os chineses desenvolveram um pensamento muito profundo sobre a existência de
coisas, seres e ações contrários ou opostos, que formam a realidade. Deram às oposições o nome
de dois princípios: Yin e Yang. Yin é o princípio feminino passivo na Natureza, representado
pela escuridão, o frio e a umidade; Yang é o princípio masculino ativo na Natureza, representado
pela luz, o calor e o seco. Os dois princípios se combinam e formam todas as coisas, que, por
isso, são feitas de contrários ou de oposições. O mundo, portanto, é feito da atividade masculina e
da passividade feminina. Tomemos agora um filósofo grego, por exemplo, o próprio Pitágoras.

A atitude filosófica

A atitude crítica

De acordo com Chaui (2000), aponta que a primeira característica da atitude filosófica é negativa,
isto é, um dizer não ao senso comum, aos pré-conceitos, aos pré-juízos, aos fatos e às idéias da
experiência cotidiana, ao que “todo mundo diz e pensa”, ao estabelecido. A segunda
característica da atitude filosófica é positiva, isto é, uma interrogação sobre o que são as coisas,
as idéias, os fatos, as situações, os comportamentos, os valores, nós mesmos. É também uma
interrogação sobre o porquê disso tudo e de nós, e uma interrogação sobre como tudo isso é assim
e não de outra maneira. Atitude filosófica possui algumas características que são as mesmas,
independentemente do conteúdo investigado. Essas características são: O que é? Por que é?
Como é?

Disciplinas da Filosofia

A filosofia é considerada como uma árvore que apresenta as respectivas ramificações. O conjunto
das disciplinas constitui a filosofia, podem ser a Gnosiologia, a Ética, a Teologia, a Antropologia,
a Natureza, a Estética. No entanto algumas disciplinas foram se tornando em ciências autónomas
e independentes desta grande árvore do mundo (Niquito, 2018) .

As questões filosóficas divergem, pois, cada uma possui um campo de estudo específico. O que
distingue a uma disciplina da outra. Por exemplo kant no século XVIII determinou algumas
questões e as suas respectivas áreas. É por meio destas questões ou problema que uma disciplina
se torna diferente da outra.

 Que posso saber? Equivalente à teoria de conhecimento ou gnosiologia.


 Que devo fazer? Que corresponde à Ética ou Moral.
 Que me é permitido a esperar? Que corresponde à Religião ou Teologia.
 O que é o homem? Que pertence à Antropologia Filosófica.

Algumas disciplinas ou áreas da Filosofia

A metafísica – esta palavra deriva dos dois termos: Meta que significa alem, fim, depois e, Física
que quer dizer sensível, concreta, material, real. Conciliando os dois termos teremos, Além do
Sensível. Metafísica é qualquer investigação que levanta questões sobre a realidade que esteja por
detrás ou além do método das ciências exactas. A metafísica levanta questões tais como: Deus
existe? Há vida depois da morte? O qu é espírito? Como perceber o espírito? Aristoteles é
considerado o pai da Metafísica.

Ontologia – deriva de duas palavras: Onto que se refere ao ser. Fala-se do ser na sua total
extensão, universalidade e generalidade, Logia derivado de “logos” significa ciências ou estudo.
Ontologia significa estudo de ser, portanto, estuda as teorias acerca do ser. Estuda o ser fora do
qual nada pode ser, isto é, o ser como entidade criadora de todos os seres. Exemplo: por que o ser
não e o nada? O que é o real? O que é o ser? O que é o nada? Parmenides é considerado pai da
ontologia enquanto estudo do ser.

Teodiceia – teo significa Deus. Esta disciplina preocupa-se pela justificação da existência ou não
de Deus, usando a via Racional e não da Fé. Quer entender, o que é Deus? Ele existe? Como
provar o sim ou o não a sua existência? Este saber faz parte do Religioso ou Teológico.

Teoria de conhecimento ou Gnosiologia – Kant chamou a teoria de conhecimento em


gnosiologia. Esta ciência ocupa-se dos problemas do conhecimento procurando justificar como se
fundamenta os conhecimentos seguido várias épocas. E, responde vários problemas de
conhecimento. É o caso: possibilidade ou impossibilidade do conhecimento, origem do
conhecimento, natura e valor do conhecimento, limites e progresso da ciência. São problemas que
serão discutidos nos próximos capitulos.

Lógica - em grego significa logos, isto é, sentido. A lógica é a ciência que estuda ou analisa a
coerência do pensamento ou raciocínio humano. Estabelece as regras que devem que devem reger
o pensamento humano com vista a fixar e/ou observar o rigor e o método para a coerência do
pensamento. Busca a validade ou não de um pensamento, discurso e ideia.

Antropologia Filosófica – Antropos que significa Homem e logia doutrina ou ciência. Este ramo
procura compreender a natureza, a essência, a origem e o destino do Homem. Esta disciplina
procura o sentido da existência do homem. Questiona o seguinte: Quem é o Homem? De onde
vem? Para onde vai o Homem?

Estética – é a ciência que discute a questão do Belo, na perspectiva de sua natureza, os


fundamentos da arte enquanto expressão de ser humano. Estética é o ramo da filosofia que estuda
aquilo que é percebido pelos setidos. Levanta questões tais como: Qual é a essência do Belo? O
que é o Belo. Qual é o fundamento do Belo?

Ética: estuda os costumes do ser humano em comunidade e a acção humana. A ética estuda a
moral como conjuntos das normas de uma determinada sociedade. Exemplo: qual é o dever do
indivíduo na sociedade?

Filosofia Política: estuda a melhor forma de origanizar uma comunidade, um Estado que se
submete à mesma lei. Questiona, como deve se origanizar um Estado para atingir um bem
comum? Qual é o melhor governo para um determinado Estado?

Hermenêutica: parte do termo grego hermeneuticus, cujo significado geral é interpretar. Contudo,
esse interpretar consiste em três pontos essencias: dizer (expressar, proclamar ou anunciar);
explicar (racionalizar, tornar mais claro, exegesizar); traduzir (mediar dois mundos, actualizar).
Esta disciplina inicia desde o período de Platão. Na modernidade tem como o representante
máximo Schleiermacher que, mesmo não sendo o fundador da hermenêutica em si, ele pode ser
tido como originário da hermenêutica moderna. A Hermenêntica, até Schleiermacher, era
basicamente especializações que diversos ramos do saber tinham como campo de acção na
teologia, no direito e no estudo dos clássicos e, por isso existindo hermenêuticas e não
hermenêutica.

Epistemologia: que provém de dois termos, Episteme que significa conhecimento e logia que
significa estudo, ciência ou doutrina. A Epistemologia trata da ciência do conhecimento.
Interessa-se com a evolução e desenvolvimento da ciência durante as épocas. Pretende
compreender os critérios pelos quais se pode afirmar da evolução ou progressão ou não da
ciência. Se é por corte ou ruptura e continuidade ou linearidade.

Filosofia da Religião: Podemos acreditar que todo o homem é crente de uma doutrina, qualquer
que seja ou professora alguma doutrina. A crença por si não é experimentável, verificável. É algo
intrínseco do homem. A filosofia da Religião busca compreender os fenómenos sobrenaturais
ligado á religiosidade dos homens, àquilo que constitui crença, fé dos homens.

Filosofia da Natureza ou cosmologia: Cosmologia é palavra composta de cosmo que em grego é


Kósmos significando ordem e organização do mundo, ou seja, ordenado ou organizado. Lógica
vem do logos que significa pensamento racional, discurso racional ou conhecimento. A filosofia
da natureza questiona-se sobre a origem da physis e do cosmos entre os séculos VI e V a.C. essas
datas coincidem com o surgimento da filosofia é por isso que o primeiro problema da filosofia se
chama Cosmológico. Neste período surgem os naturalistas, os cosmólogos, os físicos que
procuram estudar sobre a natureza.

Metafísica especial: Em filosofia existe uma clara distinção entre o ser em geral, de que trata a
Metafísica e a ontologia e os seres particulares, que são objecto de estudo da filosofia da
natureza.

Esta divide-se em cosmologia racional e psicologia racional

Cosmologia racional: Estudo racional da natureza do ponto de vista da sua especificidade


substancial e das suas propriedades, usando unicamente o pensamento lógico (no sentido de
racional).

Psicologia racional ou psicologia filosófica: Estudo dos fenómenos psíquicos (da psique, que
significa alma), relacionando-as com uma natureza intrínseca. Esclarece, por exemplo, o
conhecimento é possível por haves imagens na mente, á semelhança do objecto.
Breve Contextualização histórica do surgimento da Filosofia

Os historiadores dizem que ela possui data e local de nascimento: final do século VII e início do
século VI a.C., nas colônias gregas da Ásia Menor (região da Jônia), na cidade de Mileto. E o
primeiro filósofo foi Tales de Mileto.
A filosofia surge, quando alguns gregos, admirados e espantados com a realidade, insatisfeitos
com as explicações que a tradição lhes dera, começam a fazer perguntas e buscar respostas para
elas, demonstrando que o mundo e os seres humanos, os acontecimentos e as coisas da Natureza,
podem ser conhecidos pela razão humana e a própria razão é capaz de conhecer-se a si mesmo.

Segundo ARANHA; MARTINS, (2009, p. 3), a ponta que a Filosofia possui data e hora de
nascimento: final do século VII e início do século VI antes de Cristo, nas colônias gregas da Ásia
Menor, na cidade de Mileto e o primeiro filósofo foi tales de Mileto. Além de possuir data e local
de nascimento e seu primeiro autor, a Filosofia também possui um conteúdo definido ao nascer: é
uma cosmologia. Assim, a Filosofia nasce como conhecimento racional da ordem do mundo ou
da natureza.

Apesar destes dados, existe um problema que durante séculos vem ocupando os historiadores da
Filosofia: o de saber se a Filosofia, que é um fato especificamente grego, nasceu por si mesma ou
dependeu de contribuições da sabedoria oriental e da sabedoria de civilizações que antecederam à
grega. Por muito tempo, considerou-se que a Filosofia nascera por transformações que os gregos
operaram na sabedoria oriental. Assim, filósofos como Platão e Aristóteles afirmavam a origem
oriental da Filosofia (CHAUÍ, 2016, p. 40).

A Filosofia teria nascido pelas transformações que os gregos impuseram a esses conhecimentos,
dessa forma os gregos fizeram nascer duas ciências: a aritmética e a geometria; da astrologia,
fizeram surgir também duas ciências: a astronomia e a meteorologia; das genealogias, fizeram
surgir mais uma outra ciência: a historia; dos mistérios religiosos de purificação da alma, fizeram
surgir as teorias filosóficas sobre a natureza e o destino da alma humana. Todos estes
conhecimentos teriam propiciado o aparecimento da Filosofia, isto é, da cosmologia, graças ter
nascido do conhecimento oriental.

Essa idéia de ligação ao conhecimento oriental, foi defendida por oito séculos depois de seu
nascimento, no período do Império Romano. Os pensadores judaicos, como Filo de Alexandria, e
os Padres da Igreja, como Eusébio de Cesaréia e Clemente de Alexandria, eram os principais
defensores. Eles defendiam esta origem oriental pelo fato de a Filosofia grega tornara-se, em toda
a antiguidade clássica, e para os poderosos da época, os romanos, a forma superior ou mais
elevada do pensamento e da moral.

Os judeus para valorizarem seus pensamentos, desejavam que a Filosofia, tivesse uma origem
oriental, de modo que havia uma ligação entre a bíblia e a Filosofia grega. Os padres por sua vez,
queriam mostrar que os ensinamentos de Jesus eram elevados e perfeitos, por isso mostravam que
os filósofos gregos estavam filiados a concorrentes de pensamento místico e oriental e dessa
maneira, estariam próximos do cristianismo, que é uma religião oriental. No entanto nem todos
aceitaram a tese chamada “orientalista” e passaram a falar na Filosofia como sendo o “milagre
grego”.

Tentativas de definição da Filosofia

Visão de mundo de um povo, de uma civilização ou de uma cultura. Filosofia corresponde, de


modo vago e geral, ao conjunto de idéias, valores e práticas pelos quais uma sociedade apreende
e compreende o mundo e a si mesma, definindo para si o tempo e o espaço, o sagrado e o
profano, o bom e o mau, o justo e o injusto, o belo e o feio, o verdadeiro e o falso, o possível e o
impossível, o contingente e o necessário (Chaui, 2000).
Sabedoria de vida. Aqui, a Filosofia é identificada com a definição e a ação de algumas pessoas
que pensam sobre a vida moral, dedicando-se à contemplação do mundo para aprender com ele a
controlar e dirigir suas vidas de modo ético e sábio.
A Filosofia seria uma contemplação do mundo e dos homens para nos conduzir a uma vida justa,
sábia e feliz, ensinando-nos o domínio sobre nós mesmos, sobre nossos impulsos, desejos e
paixões. É nesse sentido que se fala, por exemplo, numa filosofia do budismo (Chaui, 2000).
Conforme Chaui (2000, p.45), afirma no seu livro que a Filosofia procura discutir até o fim o
sentido e o fundamento da realidade, enquanto a consciência religiosa se baseia num dado
primeiro e inquestionável, que é a revelação divina indemonstrável.
Filosofia é um modo de pensar e exprimir os pensamentos que surgiu especificadamente com os
gregos e que, por razões históricas e políticas, tornou-se, depois, o modo de pensar e de se
exprimir. A Filosofia é uma forma de experiência do homem no mundo, que busca restabelecer o
equilíbrio sempre ameaçado de regressão à selvageria ou de progressão em direção a um destino
incerto (Haddad & Muller, 1995).

Universalidade e particularidade da Filosofia

Todos aqueles que reivindicam algo procuram reunir poder, reconhecimento e destaque. Não
seria desarrazoado pensar, portanto, que tanto ocidentalistas quanto não ocidentalistas,
reivindicando a paternidade da filosofia, buscam angariar algum prestígio diante do conjunto da
humanidade a partir desse reconhecimento, considerando-se, sobretudo, que a filosofia seja o
rótulo de maior status da humanidade. Entretanto, não é impossível que as duas hipóteses
discutidas anteriormente estejam equivocadas, mesmo parcialmente. Ambas as hipóteses
encontram divergências consideráveis apontadas por investigadores da temática. Logo, não seria
razoável examinarmos todas essas vozes, captando as divergências e investigando as fontes
utilizadas

Foram realmente filósofos os primeiros filósofos? Se tivermos em conta que o primeiro a utilizar
a palavra ‘filósofo’ foi provavelmente Pitágoras, será inevitável inferirmos que, então, o termo
cunhado por ele tardiamente foi aplicado retroativamente a Tales, por exemplo. De fato, os
pensadores milésios não eram em sua época chamados de philósophoi e nem de physikoí. No
século VI a.C. homens como Ferecides, Tales, Pitágoras e Sólon eram chamados simplesmente
de sophoí, termo que denota todo o respeito e admiração que os gregos tinham por estes ‘sábios’έ

As epopeias

A teogonia
A teogonia é, portanto a narrativa da origem dos deuses, a partir de seus pais e antepassados. Por
fim algumas condições históricas foram importantes para determinar o surgimento da Filosofia,
tais como: as viagens marítimas, a invenção do calendário, a invenção da moeda, o surgimento da
vida urbana, a invenção da escrita alfabética e a invenção da política.
Considerações finais

Neste trabalho concluimos que a filosofia é considerada como uma árvore que contém as
respectivas ramificações. O conjunto das disciplinas constitui a filosofia. Por exemplo, podemos
falar da filosofia da Gnosiologia, a Ética, a Teologia, da Antropologia, da Natureza, da Estética.

a filosofia não é uma disciplina empírica como a física ou a história; é uma disciplina a priori
como a matemática. Contudo, em filosofia não há métodos formais de prova.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

ARANHA, Maria Lucia de Arruda (1996). Filosofia da Educação. 2ª. ed ver. E ampl. São Paulo:
Moderna, 1996.

Chaui, M. (2000). Convite à Filosofia Ed. Ática, São Paulo, 2000.

CHAUÍ, Marilena (2016). Iniciação à Filosofia. Volume único, ensino médio. 3. ed. São Paulo:
Ática, 2016.

GADAMER, H. G (1996). Verdad y método. Fundamentos de una herme- néutica filosófica. Vol.
I. 6ª. ed. Salamanca: Sígueme, 1996.

JAEGER, W. W (1995). Paidéia: a formação do homem grego. Trad. Artur M. Parreira. 3ª ed.
São Paulo: Martins Fontes, 1995.

LARA, José J. F (2009). Filosofia e Filosofia da Educação. Disponível em:


http://educalara.vilabol.uol.com.br/. Acesso dia 31/05/2009.

Haddad, F., & Muller, F. M. (1995). Filosofia da educação 4o semestre.

Murcho, D. (2008). A natureza da filosofia e o seu ensino. 79–99.

Niquito, T. W. (2018). Efeitos da inserção das disciplinas de filosofia e sociologia no ensino


médio sobre o desempenho escolar.

RANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires (2009). Filosofando:
introdução à filosofia. 4. ed. São Paulo: Moderna: 2009.

REALE, Giovani; ANTISERI, Dario (2003). História da filosofia antiga vol. I. São Paulo:
Paulus, 2003.

TREVISAN, A. L (2004). Terapia de Atlas: pedagogia e formação docente na pós-modernidade.


Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2004.

Você também pode gostar