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Universidade Federal Fluminense (UFF) Curso de Administração Pública

Disciplina: Filosofia e ética


Nome do Aluno: Elias Antônio dos Santos
Polo: Bom Jesus de Itabapoana
Matricula: 23113110031

Questões da Atividade a Distância (1 e 4 da página 39 e 5, 7 e 9 da página 49 do


livro Iniciação à história da Filosofia)

1). Qual o sentido e a importância da contribuição dos filósofos pré-socráticos


para a formação e o desenvolvimento da tradição filosófica?
R: No meu entendimento, esses Filósofos deram importante contribuição para o
nascimento da Filosofia como um todo. Em sua época e, cada um, distintamente,
procurou respostas com base no pensamento racional para o que era outrora
respondido com base mitológica.
Amiúde buscaram a dissociação da razão à mitologia, que na época “andavam” juntas.
Numa visão bem sintetizada, tal contribuição culminou com o nascimento da Filosofia
Socrática.

4). Quais os principais argumentos de Parmênides e dos monistas contra


Heráclito e os mobilistas? Como Você avalia esses argumentos?
R: Difícil responder em poucas palavras, porque envolvem muitas questões que
devem estar definidas a princípio, para um perfeito entendimento.
Parmênides e seus seguidores defendiam a tese de que todo o conhecimento deriva
de um "ser" que é perfeito e por consequência imutável. O "ser" assim entendido,
nunca poderá ser tornar um "não-ser", ou seja, a mudança ou impermanência das
coisas é uma ilusão dos nossos sentidos.
O impasse entre essas duas escolas filosóficas foi resolvido por Aristóteles, quando
este propôs que para alguns aspectos da realidade a mudança é real e verdadeira e
para outros a permanência é fundamental.
Para as ciências teóricas, a tese de Parmênides está correta, derivando dela os
fundamentos da Lógica e da Matemática. Em contrapartida, para o estudo das
ciências físicas e do comportamento social, a escola de Heráclito está de acordo com
a realidade do mundo.
O autor do livro Iniciação à História da Filosofia relata tal ocorrido como sendo “o
primeiro grande conflito de paradigmas na tradição filosófica, o que dá origem a duas
grandes correntes, que, de uma forma ou de outra, sempre encontraremos no
desenvolvimento dessa tradição”. A primeira, que valoriza a pluralidade do real, e a
segunda, que busca aquilo que é único, permanente, estável, eterno, perfeito.

5). Você considera sofistas como Protágoras e Górgias realmente filósofos ou


mero mestres de retórica e manipuladores de opiniões?
R: Protágoras entende que cada pessoa tem a sua própria verdade, sempre baseada
em suas experiências pessoais. Contudo, ele acredita que algumas crenças são mais
valorosas que outras. Na política, por exemplo, algumas crenças têm maior propensão
de levar a sociedade à convivência harmônica do que outras, e uma argumentação
efetiva poderia demonstrar isso.
Do ponto de vista religioso, Protágoras é agnóstico. Ele afirma que não tem base para
afirmar que os deuses existem ou não; há muitos impedimentos para que possamos
obter esse tipo de conhecimento, como a falta de objetividade do tema religioso e o
pouco tempo de duração da vida humana.
Górgias, por sua vez, foi um dos filósofos que mais fortemente abordaram o campo
da linguagem, demonstrando a relação problemática que existe entre os conceitos e
as coisas que existem no mundo material e que representam esses conceitos.
Ademais, ele demonstra a dificuldade de se provar, com argumentos, a existência de
qualquer coisa externa. Por exemplo, Górgias percebe que temos uma certa tendência
à reificação, quer dizer, a acreditar que uma coisa existe só porque ela tem um nome.
Concordo com autor do livro, que afirma que esses dois sofistas não eram mestres
sem escrúpulos que vendiam suas habilidades, mais acreditavam no argumento como
última instância para tomar decisões da vida prática e produzir um consenso até
mesmo nas questões políticas. Diante do exposto, os considero filósofos dentro do
contexto da época.

7). Como podemos situar Sócrates nesse mesmo contexto do séc. v a.C em
oposição aos Sofistas?
R: Os sofistas tinham como objetivo, a aquisição de bens e de “status”. Enquanto
Sócrates, prezava pela boa sabedoria, dada de forma gratuita. Sócrates opõe-se aos
sofistas ao defender a necessidade do conhecimento de uma verdade única sobre a
natureza das coisas afastando-se das opiniões e buscando a definição das coisas.

9) O que significa maiêutica socrática?


R: Maiêutica é um termo que vem do grego “maieutiké” e que significa algo como
“ciência do parto”. Por isso esse método está relacionado com a ideia de “parir o
conhecimento”.
No livro, o autor cita que Sócrates se considerava um parteiro, mas de ideias. O
filósofo caracterizou o método como maiêutica em analogia com o ofício de sua mãe,
que era parteira.
A técnica da maiêutica pressupõe que a verdade se encontra oculta na mente de cada
pessoa. Através da dialética, o próprio indivíduo vai desenvolvendo novos conceitos
a partir das suas respostas. Desse modo, a maiêutica contribui para conceber, para
gerar, o conhecimento.

Referências Bibliográficas:
- Equipe editorial de Conceito.de. (27 de Junho de 2014). Atualizado em 20 de
Fevereiro de 2020. Conceito de maiêutica. Conceito.de.
https://conceito.de/maieutica> Acesso em 12/02/23.
- Humanamente. https://didatics.com.br/index.php/filosofia/grecia-antiga/os-
sofistas/protagoras-gorgias-e-xenofanes>Acesso em 12/02/23.
- MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia. Dos pré-socráticos a
Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004.

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