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AUG.·. RESP.·. LOJ.·. SIMB.·.

“BARÃO DE MAUÁ”, Nº 3521 RITO BRASILEIRO


JURISDICIONADA AO GOSP
FUNDADA EM 15 DE MAIO DE 2003 CNPJ 12.460.445/0001-33
OR.:. DE SANTOS - SP

BARÃO DE MAUÁ E A MAÇONARIA

NOME: WILBER BARBOZA GADI

GRAU: APRENDIZ

CIM: 516.823
Sumário
1. Introdução..............................................................................................................................3
2. Surgimento dos Landmarks.................................................................................................4
3. Classificações dos Landmarks............................................................................................5
4. Os 25 Landmarks Albert Galletin Mackey.........................................................................6
5. Conclusão..............................................................................................................................8
6. Bibliografia.............................................................................................................................9
1. Introdução

Ao fazer a pesquisa sobre os Landmarks, nota-se que se trata de um assunto


que não é um senso comum na Maçonaria. Pois existem várias classificações
que fazem parte da nossa doutrina.
As variações de Landmark varia de 3 a 52, porém a mais utilizada nas
potências maçônicas pelo mundo é a de Mackey, que consistem em 25
Landmarks. Outros bastante utilizados, é o de Albert Pike que foram escritos
em 1871 em sua obra "Morals and Dogma".
2. Surgimento dos Landmarks

A primeira menção da palavra Landmarks, na Maçonaria, encontra-se


no artigo 39 dos Regulamentos Gerais de Payne, de 1721: “Providede always
that the old Landmarks be carefully preserved”, isto é, “contanto que sejam
cuidadosamente preservados os antigos Landmarks”.

Por alguma razão ponderável, a Assembleia Geral da Grande Loja da


Inglaterra, realizada a 25.11.1723, substituiu a palavra “Landmark”, limite, pela
de “rule”, regra.

Segundo Oswald Wirth: “Os Landmarks são invenção moderna e os


seus partidários nunca puderam chegar a um acordo quanto à sua fixação.
Isto não impede aos anglo-saxões proclamarem sagrados estes limites
essencialmente flutuantes, que eles decretam ao sabor do seu particularismo.
Cada Grande Loja os fixa segundo a sua maneira de compreender
a Maçonaria, e sendo esta mui diversamente compreendida, resultam daí
definições contraditórias, destrutivas da unidade no seio de uma instituição que
busca a concórdia universal. ”

Talvez por isto mesmo é que os Landmarks nunca foram oficialmente


definidos, e desde Mackey tem sido matéria de especulação para muitos, tanto
assim ser o seu número extremamente variado.

Segundo algumas autoridades, a denominação de Landmarks foi tirada


do antigo Testamento (Provérbios 22:28, e 23:10; Deuteronómio 19:14, e
27:17, e Jó 24:2) pelo Dr. James Anderson, ministro presbiteriano e autor das
Constituições maçónicas de 1721. Como disse um dos críticos, a “frase Antigos
Landmarks provavelmente significa (na Bíblia e em toda a parte) “não alterar os
princípios básicos da iniciação (isto é, os três graus), que são comuns a todos
os sistemas de Mistérios, embora diferentemente expressos em cada um
deles”.

Adelino de Figueiredo (Livro Proibido), dá-nos a seguinte definição para


Landmark:

Landmark é uma palavra inglesa que significa marca ou sinal para


designar limites de terras. Noutras acepções: qualquer sinal, marca ou objeto
fixo, como um monumento, uma árvore ou uma pedra, por meio dos quais os
limites de uma fazenda, de uma povoação, ou de qualquer porção de território,
podem ser conhecidos e preservados. Qualquer objeto invulgar sobre a terra
que marque ou assinale uma localidade ou sirva de guia, especialmente à
navegação de cabotagem no mar.

Para os maçons, os Landmarks são a delimitação ou marcação dos


limites da doutrina a ser seguida, uma forma de não se confundir com outras
instituições e assim diferenciar-se de tendências ou características opostas.

3. Classificações dos Landmarks

As várias classificações de Landmarks começam a partir das


Constituições de Anderson obra escrita em 1723, a partir disso, vários
estudiosos passaram a encontrar várias classificações diferenciadas para os
Landmarks.

Segundo a obra de Virgílio A. Lasca (Princípios Fundadores de la


Orden ó los Verdaderos Landmarks) existem 15 classificações de Landmarks
com a seguinte relação:

 3 para Alexandre S. Bacon e Chetwode Crawley;

 6 para a Grande Loja de Nova York, que toma por base os capítulos
em que se dividem as Constituições de Anderson;

 7 para Roscoe Pound, a Grande Loja de Virgínia e o cubano Carlos


Betancourt;

 9 para J. G. Findel;

 10 para a Grande Loja de Nova Jersey;

 12 para A. S. Mac Bride;

 15 para John W. Simons e para a Grande Loja de Tennessee;

 17 para Robert Morris;

 19 para Luke A. Lockwood e a Grande Loja de Connecticut;

 20 para a Grande Loja Ocidental da Colômbia com sede em Cali;


 25 para Albert G. Mackey e Charles Paton e ainda a Grande Loja de
Massachussets, a qual, embora só admitindo 8 Landmarks, estes
são iguais aos enunciados por Mackey;

 26 para a Grande Loja de Minnesota;

 29 para Henrique A. Lecerff;

 31 para o Dr. Oliver;

 52 para H. G. Grant e para a Grande Loja de Kentucky.

Todas estas nomenclaturas sofreram críticas severas por parte de


escritores autorizados, críticas que estenderam àqueles que, sob pretexto de
tratar antigos Landmarks da Ordem, deixaram voar a sua fantasia, provocando
a maior confusão. E cada qual considerou Landmark tudo aquilo que bem
entendeu. Por esse motivo existem várias classificações e nenhuma pode ser
considerado o único e correto Landmark da maçonaria.

A classificação de Landmark mais utilizada é a de Mackey que foi


escrito no ano de 1858, porém esta sofre severas críticas e coloca em dúvida a
sua autenticidade. Mesmo assim, as potências maçônicas latino-americanas
adotam essa classificação.

4. Os 25 Landmarks Albert Galletin Mackey 

1. Os modos fraternos de reconhecimento.


2. A divisão da Maçonaria em 3 graus simbólicos.
3. A lenda de Hiram Abiff.
4. A autoridade e governança de um Grão-Mestre.
5. A prerrogativa do Grão Mestre de presidir toda reunião maçônica, onde
e quando se realize.
6. A prerrogativa do Grão-Mestre de emitir dispensas para manter a Loja
em horários irregulares.
7. A prerrogativa do Grão-Mestre de emitir dispensas para manter a Loja
em lugares irregulares.
8. A prerrogativa do Grão-Mestre em fazer maçons à vista.
9. A necessidade de os maçons se congregarem em Lojas.
10. O governo das lojas ser por um mestre e dois vigilantes.
11. A necessidade de que cada Loja, quando reunida, estar resguardada ou
coberta.
12. O direito de todo maçom se fazer representar nas reuniões gerais da
Fraternidade, e de instruir seus representantes.
13. O direito de todo maçom de apelar das decisões de sua Loja para a
Grande Loja.
14. O direito de todos os maçons de tomarem assento em todas as Lojas
regulares.
15. Que nenhum visitante desconhecido possa assentar-se em Loja sem
ser examinado e reconhecido como maçom.
16. Que nenhuma Loja pode interferir nos negócios de outra Loja.
17. Que todo maçom seja receptivo às leis e regulamentos da jurisdição em
que ele resida.
18. Que os candidatos à Maçonaria sejam obrigados a cumprir certas
qualificações; ser adulto, sem incapacidades físicas e livre.
19. Que uma crença na existência de Deus seja um requisito para a
adesão.
20. Subsidiária à crença em Deus, a crença em uma vida futura e na
imortalidade da alma.
21. Que um "Livro da Lei" constituirá uma parte indispensável do mobiliário
de cada Loja.
22. A igualdade entre os maçons.
23. O sigilo da Instituição.
24. A fundação de uma ciência especulativa sobre uma arte operativa.
25. Que nenhum desses marcos pode ser alterado.

5. Conclusão
Com este trabalho do grau de Aprendiz, podemos concluir que todas as
classificações de Landmarks convergem entre si. Por mais que todas
tenham sofrido várias críticas e revisões, elas procuram dar direção para a
doutrina da Maçonaria, tendo em vista o principal objetivo que é fazer com
que os irmãos reforcem ainda mais o seu caráter, melhorar suas
experiências espirituais e morais, visando sempre a evolução do ser
humano.

Os Landmarks são o princípio da maçonaria, e provavelmente se eles não


existissem podemos dizer que a maçonaria teria tomado um rumo diferente
na nossa história, pois desde que os Landmarks foram classificados, todos
eles pregam o sigilo da Instituição.

Concluindo esse estudo, queremos enfatizar a importância de


conhecimento e aplicação dos Landmarks de Mackey, ao qual a nossa
potência o GOSP e a nossa ARLS são submetidos. Com isso elevando o
conhecimento da doutrina maçônica e dando bom andamento nos
trabalhos que vamos desenvolver para nossa futura elevação.

6. Bibliografia

Os Antigos Landmarks da Ordem, comentados. <


https://pael.mvu.com.br/Loja/5375/Midia/OS_ANTIGOS_LANDMARKS_DA_ORDEM_COMENT
ADOS(2).pdf > Acesso em 10/03/2022

Landmarks < https://www.freemason.pt/landmarks-3/ > Acesso em 10/03/2022


Landmarks < http://www.lojauniaobrasileira.com.br/telas/fotos/adm_Roger_18_19/
landmarks_texto.pdf > Acesso em 10/03/2022

Landmarks A doutrina da Maçonaria: Carlos Basílio Conte < Capítulo 25, páginas 119 a 123 >

ABC do Aprendiz: Jaime Pusch < Capítulo 1, páginas 21 e 22 >

Landmarks < https://www.sanguereal.com.br/2017/index.php/landmarks > Acesso em


10/03/2022

Maçonaria – Principios e Objetivos <


https://site.mrglsc.org.br/wp-content/uploads/2015/01/Maconaria-Principios-e-objetivos-Ir-
Eleuterio-Nicolau-da-Conceicao.pdf > Acesso em 10/03/2022

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