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SEMINÁRIO DE FILOSOFIA

Gonçalo Armijos Palacios


De como fazer filosofia sem ser grego, estar morto ou ser gênio

Capítulo 3: O começo do filosofar


Ana Beatriz
Ellem Cristina
Gabriela Neves
Isabela Lousada
Lívia
Mariana Bretas
Tainá

No presente capítulo, trataremos qual e porquê a melhor forma de se fazer


filosofia, como destacado pelo autor a ciência exposta não tem compromisso
com a verdade, isto é: noções de ‘’certo’’ ou ‘’errado’’ não devem se destacar
quando se deseja tornar filósofo – a melhor maneira para tal é carregar senso
crítico no momento de questionar; indagar; observar e discutir propostas,
pretende-se levantar hipóteses através da argumentação. Nessa perspectiva,
podemos abordar a ‘dúvida hiperbólica’ do célebre René Descartes ,que
estudada e discutida em sala de aula, como duvidando, questionando e
indagando tudo que nos é apresentado não é possível determinar o certo ou
errado e sim a construção de conhecimento. Assim então, Palácios defende
que a filosofia não carece de aceitar tudo o que é nos passado, pois não é
exata e apresenta diversas argumentações e hipóteses que geram dualidade e
embates entre teorias, correntes e estudiosos.

1- Como exemplo de dualismo, temos a disputa filosófica do conhecimento


entre duas correntes, são elas: racionalismo versus empirismo as
quais tratam da primazia do entendimento pela razão e experiência,
respectivamente.

2- Como exemplo de confronto, temos no livro o agnosticismo versus


dogmatismo citados pelo autor que, enquanto um afirma ser possível
conhecer a essência da realidade, o outro nega. As duas doutrinas
podem não estar certas, mas mesmo assim são teorias filosóficas,
reconhecidas e validadas.

2.1 E, também os primeiros filósofos gregos, pré-socráticos, que na procura


pela arché (caracterizado pela procura da substância inicial de onde tudo
deriva e se tornou no ponto de passagem do pensamento mítico para o
pensamento racional) uns refutavam os outros, no entanto mesmo suas
teorias contestadas, não deixaram de ser considerados grandes
filósofos.

É afirmado por Gonçalo Armijos Palacios que a transmissão da filosofia se


equivale a de informações e que esta deve ser estimulada, com similaridade à
pesquisa elaborada no artigo ‘’ Transmissibilidade da Filosofia de Francisco
Avelino Andrade licenciado em Filosofia ‘’, pela UVA (Universidade Estadual
Vale do Aracaú), a qual ela necessita ser aprendida e ensinada como qualquer
outra ciência com a aplicação de métodos. Há também resquícios do
pensamento Kantiano pelo artigo, onde se argumenta que a nao se aprende a
filosofia, mas sim a filosofar afinal a filosofia é usar a razão em sua prática
concreta e freqüente, sendo prática com frequência é o principal elemento
responsável para a transmissão filosófica. Nessa ótica, a fim de definir o filósofo é
recomendável a atitude, a teimosia, a coragem, o questionamento a si mesmo,
o diálogo e a interação podendo ainda, refletir Lev Vygotsky ( psicólogo,
proponente da Psicologia histórico-cultural) em sua teoria
socioconstrutivista, afirma que sempre que há um tipo de troca (relação) existe
aprendizagem. O homem não é um ser passivo, visto que é um ser que, ao
criar cultura, cria a si mesmo.

Essa ótica também se aproxima da linha de pensamento da professora e


pesquisadora brasileira Elisete Tomazetti, segunda a qual o ensino da filosofia
deve ser caracterizado pelo engajamento: “um engajamento na existência“
que implica em desenvolver no aluno sua capacidade crítica, reflexiva,
instruindo-o para participar ativamente das decisões que influenciam o meio
onde ele vive.

“Eu quero saber ou eu quero fazer filosofia?” “'Repassar conhecimentos


filosóficos aos alunos, acaba-se por afastá-los da possibilidade de fazer.” “Mas,
como filosofando? Muito simples: avaliando as soluções dos problemas
diferentes que enfrentaram os diversos filósofos, avaliando e discutindo com os
textos como quem discute com um interlocutor qualquer;”. Diante destas
afirmações acima exposta pelo livro ‘De como fazer filosofia sem ser grego,
estar morto ou ser gênio’ quanto ao método faz-se analogias à dialética de
Platão tendo como princípio o mesmo supracitado, não se aceita uma “filosofia
pronta”, e sim se propõe a questionar conhecimentos.
Veja, Platão não tem nenhuma obra feita por ele; escrita com suas próprias
palavras; uma vez que sentava no banco da ágora (espaço privilegiado para o
debate filosófico e o diálogo com pesquisadores de outras áreas do saber
científico) e por meio de um processo complexo para chegar-se ao
conhecimento utilizava da retórica e apresentava aos cidadãos possíveis
contradições em relação ao que se estabelecia como verdade. O método
dialético em si,consiste no diálogo entre ideias diferentes, partindo de uma
opinião e da crítica para formular uma tese que pode ser verdadeira ou falsa e
a partir dá aceitação ou não do arcabouço de argumentos apresentados, onde
o mais importante é buscar sempre o conhecimento autêntico. Então, podemos
constatar que a dialética propicia os elementos fundamentais, para a
construção de um modelo de ensino e de vida.

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