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FILOSOFIA

Prof. Wagner
O CONHECIMENTO
A QUESTÃO DO
CONHECIMENTO

 O que é conhecimento?

 É possível o conhecimento?

 Qual é o fundamento do
conhecimento?
O QUE É O CONHECER?
Conhecer é representar
cuidadosamente o que
é exterior a mente.

Conhecer é o modo
pelo qual o sujeito se
apropria do objeto
pelos sentidos e pela
inteligência.
ELEMENTOS DO
CONHECIMENTO
SUJEITO OBJETO
 aquele que  o que é conhecido
conhece 
a realidade, o
 nossa consciência, mundo, os objetos,
nossa mente os fenômenos
POSSIBILIDADES DO
CONHECIMENTO
Somos capazes de conhecer a verdade?
CETICISMO DOGMATISMO


É impossível É possível
conhecermos conhecermos
a verdade a verdade
CETICISMO
É uma corrente filosófica fundada pelo filósofo grego Pirro (318-272
a.C.), caracterizada, essencialmente, por duvidar de todos os fenômenos
que rodeiam o ser humano.
Segundo Pirro, a atitude do filósofo é interromper em si mesmo a ação
de fazer juízos, parar de julgar e conceituar as convenções pois esses juízos e
conceitos são indiferentes para o homem. É inútil preferir algo em
detrimento de outra coisa, todas as duas coisas são somente combinações
feitas pelos homens e são combinações passageiras. O homem não deve se
perturbar com nada no mundo, nem mesmo pelas paixões, essa é a atitude
que ele chama de ataraxia, que é uma indiferença para com o mundo e suas
coisas. A ataraxia leva o indivíduo à felicidade através da tranquilidade e da
serenidade, indiferente ao mundo que o circunda.
Sobre as coisas do mundo não vale a pena nem sequer pronunciarmos
nossas opiniões, a atitude mais coerente é ficarmos totalmente indiferente a
elas.
CRÍTICAS AO CETICISMO
 É radical, pois nega totalmente a
possibilidade de conhecer.
 É estéril, porque não leva a nada.

É contraditória, pois, ao dizer que nada
é verdadeiro, acaba afirmando que pelo
menos existe algo de verdadeiro, isto é,
o conhecimento de que nada é
verdadeiro.
DOGMATISMO CRÍTICO
 É possível conhecer a verdade mediante
esforço conjugado dos sentidos e da
inteligência, através de um
trabalho metódico, racional e
científico;
POSSIBILIDADES DO CONHECIMENTO NA
MODERNIDADE
EMPIRISMO RACIONALISMO

Defende que a fonte de Doutrina filosófica que defende


todos os conceitos e que a razão é o fundamento de
conhecimentos humanos é a todo o conhecimento possível;
experiência sensível (cinco
sentidos);
E
A
B

D
C

experiência sensorial. Depende, portanto, em última


instância, de, pelo menos, um dos nossos cinco sentidos.
Para o empirista, todo o conhecimento está baseado na

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O Empirismo de Locke
• Para John Locke não existem
ideias inatas, nem pensamento a
priori (anterior à experiência) e
todo o conhecimento estaria
fundado na experiência;
• “Supondo que a mente seja, por
assim dizer, uma tela em branco,
sem nenhum caractere, sem
1632 - 1704 nenhuma ideia inata: de onde
vem seu suprimento?... De onde
vêm os materiais de toda razão e
conhecimento? A isso respondo,
numa palavra: da experiência.”
• O que Locke propõe é que as ideias vêm da
percepção dos objetos externos ao ser humano
(sensação). Com base nessa compreensão, o
conhecimento sensível (cinco sentidos) deixa de
ser entendido como algo inferior ou descartável
(como Platão percebia, por exemplo), e passa a
ser pressuposto de conhecimento seguro e
verdadeiro. A ação da razão é, então,
fundamental para guiar a vida humana, mas ela
precisa ser “alimentada” pelas sensações.
O Empirismo de David Hume

• Para David Hume a sensação é a


origem do conhecimento, ou seja,
as nossas representações mentais
têm origem nas sensações.

“Nada está no intelecto que não


tenha estado antes nos sentidos”
1711 – 1776
(David Hume).
PLATÃO
Esse importante filósofo grego nasceu
em Atenas, provavelmente em 427 a.C.
e morreu em 347 a.C. É considerado um
dos principais pensadores gregos, pois
influenciou profundamente a filosofia
ocidental. Ele defendia a existência de
ideias inatas na matemática, como
veremos no trecho de uma de suas
obras, a seguir:
Além de acreditar nas ideias inatas, Platão
também afirmava que não podíamos confiar nos
sentidos, já que eles estão sujeitos a erros e a
falsas opiniões. Para exemplificar sua tese,
Platão cria o famoso “Mito da caverna”.

Vejamos o que nos diz o mito da caverna:


O MITO DA CAVERNA
Imaginemos um muro bem alto separando o mundo
externo e uma caverna. Na caverna, existe uma
fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No
interior da caverna, permanecem seres humanos
que nasceram e cresceram ali. Ficam de costas para a
entrada, acorrentados, sem poder mover-se,
forçados a olhar somente a parede do fundo da
caverna, onde são projetadas sombras de outros
homens. Desse modo, os prisioneiros julgam que
essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos prisioneiros consiga se libertar e, aos
poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o
escale, enfrentando com dificuldade os obstáculos que
encontre e saia da caverna, descobrindo não apenas que as
sombras eram feitas por homens como eles e, mais além,
todo o mundo e a natureza. Caso ele decida voltar à
caverna para revelar aos seus antigos companheiros a
situação extremamente enganosa em que se encontram,
correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde o simples ser
ignorado até, caso consigam, ser agarrado e morto por eles,
que o tomaram por louco e inventor de mentiras.
Qual é VERDADEIRA imagem apresentada? Você
vê uma jovem ou uma senhora de perfil?
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Para o racionalista, a verdade só pode ser
conhecida mediante o trabalho lógico da mente,
independentemente das percepções sensoriais.
René Descartes
• Influenciou o pensamento de sua
época ao defender que os sujeitos
eram seres racionais, capazes de
alcançar o conhecimento verdadeiro e
que, por isso, não eram simples
prezas do destino divino.
• É considerado o fundador do
racionalismo moderno.
1596 - 1650
Ideias de Descartes
• Utilizando a Dúvida Metódica (duvidar de tudo que não seja uma
certeza inquestionável) Descartes buscou alcançar, através do
exercício racional, verdades indubitáveis.
• Defendia que a razão era a única capaz de chegar ao conhecimento
da realidade, a partir de pensamentos lógicos e dedutivos e
independente da experiência .
• Defendeu que as ideias claras e distintas, descobertas em nossa
mente através da dúvida metódica, são verdadeiras, pois Deus não
daria ao homem uma razão que o enganasse sistematicamente.
• Jamais devemos admitir uma coisa como verdadeira a não ser que
ela seja evidentemente verdadeira.
O pensamento racional como fonte da
certeza e da verdade

• Para Descartes quando buscamos as ideias claras e distintas


devemos abandonar todo conteúdo ou conhecimento derivados da
percepção provenientes dos nossos sentidos, como cheiros, sons,
etc.
• Ele defende que a razão contém ideias inatas que são prévias à toda
experiência e que são essas ideias que devem guiar o nosso
conhecimento.
“Penso, logo existo”
• Segundo Descartes, não se deve confiar nas crenças e nas tradições,
pois nelas as ideias e as concepções não passam pelo crivo da razão e
da reflexão criteriosa, não sendo submetidas a uma investigação
racional. Quem duvida, cogita e questiona, é um ser que pensa e,
portanto, existe como ser pensante. O fundamento do conhecimento
verdadeiro está aí, no pensamento. É esta a interpretação da famosa
frase “Cogito ergo sum”, popularmente traduzida como “Penso, logo
existo”, de Descartes.
Método Cartesiano
• 1º Verificar se existem evidências reais e indubitáveis acerca do
fenômeno ou coisa estudada;
• 2º Analisar, ou seja, dividir ao máximo o problema, em suas
unidades mais simples e estudar essas unidades mais simples;
• 3º Sintetizar, ou seja, ordenar novamente as unidades estudadas
desde a mais simples à mais complicada;
• 4º Enumerar e revisar todas as conclusões e princípios utilizados, a
fim de manter a ordem do pensamento e ter a certeza de que nada
foi esquecido.
ATIVIDADES 
1) O que é o conhecimento?
2) Somos capazes de conhecer a verdade? Justifique.
3) O que é o ceticismo e qual o concelho de Pirro nessa busca da
verdade?
4) A partir da ideia de que o conhecimento seja possível, o que os
filósofos Locke e Descartes disseram sobre as ideias inatas, e
quais eram o fundamento do conhecimento?
5) Vimos que em Platão os sentidos eram considerados ilusórios e
portanto não eram dignos de confiança. Qual a posição dos
empiristas sobre os sentidos?
6) Qual foi a primeira certeza cartesiana, e como Descartes chegou a
ela?

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