Você está na página 1de 24

Racionalismo e Empirismo

Tomando o conhecimento humano como objeto de investigação


filosófica, empiristas e racionalistas não divergem, por certo,
quanto à necessidade do uso da racionalidade para reflexão, a
compreensão e a formação do conhecimento e da verdade. O
ponto principal da divergência encontra-se na fonte do
conhecimento .O empirismo e o racionalismo são considerados
duas correntes de pensamento filosófico opostos. Enquanto o
empirismo valoriza as ciências experimentais, o racionalismo
busca explicar os fenômenos a partir do estudo das ciências
exatas.
O racionalismo é uma teoria do
conhecimento para qual a fonte
principal do conhecimento é a
razão, e não as sensações.
Para o racionalismo, o
conhecimento só é verdadeiro se
logicamente necessário e
universalmente válido. O
racionalista confia nos
procedimentos da razão para poder
determinar o que pode ser
conhecido.
Para Descartes a matemática é o modelo do conhecimento
verdadeiro e rigoroso.
"Penso, logo existo.“
Os racionalistas acreditam que o sujeito do conhecimento nasce
com a faculdade de formar certos conceitos
independentemente de sua experiência e o conhecimento pode
ser deduzido de forma logicamente rigorosa dessas ideias
supremas, simples e básicas.
Ideias inatas são aquelas que não são adquiridas, mas que
nascem conosco, Tais ideias são dadas por Deus, sendo
absolutamente necessárias ao conhecimento das leis da
natureza. O conhecimento independe da experiência sensível.
(p.9).
A filosofia de Descartes propõe que o homem traz em si a
possibilidade do conhecimento da realidade, e que o ato de
pensar, e não mais o mundo em si, é a causa em si mesma de
todas as ideias. (p.10)

DÚVIDA METÓDICA A DEDUÇÃO


É necessário negar todos os sentidos que Por meio da dedução, o sujeito do
para eles são enganadores e deturpam o conhecimento estabelece uma relação
caminho da razão. necessária entre as ideias Claras e
distintas, conhecidas a priori, e
proposições particulares a respeito da
experiência.
As quatro regras do pensamento cartesiano são: a evidência, a
análise, a síntese.

• Evidência: algo é verdadeiro caso elimine a dúvida;


• Análise: para conhecer é preciso dividir em partes;
• Síntese: reordenar de modo simples ao complexo;
• Revisão: verificar todas as etapas.
Tudo pode passar a ser
conteúdo do pensamento:
os desejos, a imaginação,
sentimentos, o corpo. O
conteúdo do pensamento
não é a realidade em si,
mas uma representação.
Para Descartes, os seres humanos concretos são substâncias
essencialmente pensantes. Para Descartes, o homem é, em
essência, um animal racional, separado da realidade. A mente é
entendida como separado do corpo, com o qual interage. O
filósofo concebe, portanto, uma mente sem o corpo, mas o
contrário não. As ideias são a realidade, e somente o sujeito do
conhecimento, pode por meio do pensamento racional pode ter
consciência e domínio da realidade.
A filosofia de Descartes propõe que o homem traz em si a
possibilidade do conhecimento da realidade, e que o ato de
pensar, e não mais o mundo em si, é a causa em si mesma de
todas as ideias. (p.10)

DÚVIDA METÓDICA A DEDUÇÃO


É necessário negar todos os sentidos que Por meio da dedução, o sujeito do
para eles são enganadores e deturpam o conhecimento estabelece uma relação
caminho da razão. necessária entre as ideias Claras e
distintas, conhecidas a priori, e
proposições particulares a respeito da
experiência.
ATIVIDADES
1. O que é o cogito de Descartes?
Como racionalista para Descartes as ideias precedem a experiência. Pelo cogito eu penso o
filósofo define como o primeiro objeto do conhecimento o próprio ato de conhecer o. Depois
de colocar em dúvida Toda a realidade a certeza que permanece é que o sujeito pensa e se
pensa, existe.

2. Descreva como Descartes utiliza a dúvida como um método


Descartes inicia questionando a certeza de todas as coisas de toda a realidade considera
necessário negar todos os sentidos. Pela dúvida radical, chega a uma crença em
questionável, que ele chama de primeira de verdade primeira. E essa verdade é a própria
existência, e ela é que lhe confere a possibilidade do conhecimento.
O Empirismo afirma que a fonte
do conhecimento é a experiência
sensorial. Nada existe na nossa
mente que não tenha a sua
origem nos sentidos.
Diferente dos racionalistas os
empiristas não acreditavam
em ideias inatas. Para John
Locke quando nascemos a
nossa mente é como uma
tábula rasa, na qual nada foi
escrito nem gravado.
Nascemos como uma folha de papel em branco e vamos
adquirindo conhecimentos primeiramente por meio dos nossos
sentidos e depois por meio de uma reflexão interna.

As primeiras ideias que chegam até nós por Depois desse processo são formadas as
meio dos sentidos são as ideias da sensação ideias da reflexão que são ideias mais
são ideias simples que são moldadas pelas complexas que resultam da combinação e
qualidades próprias dos objetos externos. associação das sensações por meio de um
São exemplos dessas ideias saber que algo é processo de reflexão. De tal maneira que
amarelo ou branco, quente ou frio, mole ou a mente vai desenvolvendo outra série de
duro, etc. ideias que não poderiam ser obtidas das
coisas externas.
Exemplo: tocar em um objeto
e imaginar como o outro vai
ser.
Para Hume, todo o conhecimento se realiza a partir das
percepções individuais, que podem ser de dois tipos: impressões
ou ideias. As impressões são os dados fornecidos pelo sentido. As
ideias são em representações da memória e da imaginação que
resultou das impressões, das quais são como cópias modificadas.
As ideias, para Hume incluem a imaginação, memória e a
fantasia.
Todos os materiais de pensamento derivam das sensações
internas ou externas ao sujeito, mas o arranjo e a composição
desses materiais estão subordinados ao espírito e a vontade de
quem pensa.
Para Hume são três os princípios da conexão das percepções:
semelhança (associação dos objetos por equivalência
correspondência, por exemplo); a contiguidade (associação para
proximidade dos objetos no tempo e no espaço) e a causalidade
Hume questionará o princípio de causa e efeito, como veremos a
seguir negando-lhe o caráter de universalidade o que fez dele
um filósofo cético.
Lembrar é perceber a
sensação interna impressa na
mente.
CAUSALIDADE
A causalidade ou seja relação de causa e efeito entre dois
acontecimentos, assume contornos muito singulares no
pensamento de Hume. A causalidade se encontra do lado do
sujeito que pela sua experiência, pode organizar racionalmente
o conhecimento da realidade.
ATIVIDADES
3. Qual é a fonte do conhecimento para os empiristas? Em geral, para os empiristas, a fonte
do conhecimento é a experiência sensível, as impressões que o mundo exterior nos trazem.

4. Que ideias do empirismo Locke expressa por meio da metáfora da tábula rasa?
Que nossa mente é como uma folha em branco. Ao nascermos, nada está previamente
registrado nela, ou seja, não existem ideias inatas. Tudo será registrado na mente por meio
da experiência.

5. Por que Hume é considerado um filósofo cético?


Porque para ele é pelo hábito, e não por inferência lógica, que identificamos a causalidade
entre os fenômenos. E como o hábito é um sentimento de crença, ele coloca sob suspensão
os alicerces do próprio conhecimento, e por isso é identificado como um cético
KANT: ALÉM DA EXPERIÊNCIA

Para Kant nenhum conhecimento em nós precede a experiência,


mas todo ele começa com ela, mas ele a ultrapassa. “Nem por
isso todo ele se origina da experiência”, pois nossa própria
experiência pode ser um misto de impressões e conceitos. Parte
do que os empiristas chamam, pois, de pura experiência,
contém, para Kant elementos do conhecimento a priori.
Para Kant o ato de conhecer torna-se uma operação de síntese.
Vale insistir: de acordo com a crítica kantiana, o conhecimento se
estabelece inicialmente por meio de elementos a priori que são
independente da experiência. Os elementos a priori são formas e
não o conhecimento. Pode-se dizer que a forma não é em si um
conhecimento mas a capacidade de conhecer a experiência
diferentemente do que diziam os empiristas as formas da intuição
e do pensamento organizam o caos das sensações para
possibilitar o conhecimento. A organização do conhecimento, de
acordo com o conhecível e com que já dado, se estabelece por
intermédio de uma forma intelectual chamada causalidade. Um
juízo a priori, por exemplo, estabelece que tudo que acontece tem
a sua causa.
6. Quais são as diferenças lógicas e ontológicas entre os métodos indutivo, dos
racionalistas, e o dedutivo, dos empiristas?
Do ponto de vista lógico o método dedutivo parte da premissas universais para conclusões
particulares, já o método indutivo parte de premissas particulares para conclusões gerais.
Do ponto de vista ontológico empiristas estabelecem aprioristicamente a verdade do
mundo sensível, que para os racionalistas e condicionado a existência do próprio sujeito.

7. Por que o pensamento de Kant representa a síntese entre o racionalismo e o


empirismo?
Para os racionalistas os conceitos são a sustentação do conhecimento. Para os empiristas,
as sensações e as experiências é que realizam esse papel. Kant por sua vez reconhece que
ambos, percepções e conceitos agem no ato do conhecimento, sintetizando ambas as
escolas de pensamento.

Você também pode gostar