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Filosofia
Ordem de conhecimento (Natureza)
VS
Descartes e o Racionalismo
Rene Descartes acredita e afirma que a razão é a única fonte capaz de garantir o
conhecimento, conhecimento esse capaz de resistir a qualquer dúvida.
O filósofo vivia na crise do seu tempo, onde descobertas científicas contradiziam a física
conduzindo a uma separação entre a física e a ciência. Exemplo disso, foi a destruição
do modelo geocêntrico que deixou marcas profundas e gerou a dúvida, levando o
ceticismo a reinar.
Descartes parte de certo modo de uma atitude cética, rejeitou toda a informação com
base nos sentidos pois eles são enganadores, rejeitou o conhecimento racional e
rejeitou também tudo o que até aí havia entrado na sua mente.
Provisória: meio para descobrir certezas e evidências que resistam à dúvida, pois o
objetivo é reconstruir o saber e não permanecer na dúvida.
Universal: nada pode escapar à dúvida, incide não só sobre o conhecimento em geral,
como também sobre os seus fundamentos e as suas raízes.
Hiperbólica: o certo será apenas e só o indubitável, por isso rejeita como se fosse falso
tudo aquilo em que se note a mínima suspeita de incerteza.
A dúvida atua sobre todos os objetos do conhecimento, mas não pode atuar sobre a
existência do sujeito que assim duvida. “Penso, logo existo” (Com a certeza que
está a duvidar e, consequentemente, a pensar e, por isso, existe)
Critério de verdade
É verdadeiro aquilo que é evidente, ou seja, aquilo que é claro e distinto. A Clareza diz
respeito à presença da ideia ao entendimento. A distinção significa separação de uma
ideia relativamente a outras, de tal modo que a ela não estejam associados elementos
que não lhe pertencem.
Inatas – Com quais nascemos e não são produto da experiência. São ideias
constitutivas da própria razão, são claras e distintas, por isso, verdadeiras e imutáveis,
completamente independentes da experiência. Ex: as ideias de perfeição, pensamento,
existência, todas as ideias da matemática, etc.
Factícias – Com origem da imaginação, são ilusórias. A elas não corresponde nenhuma
realidade física nem inteligível. Podem ser criadas pela junção de duas ou mais ideias.
Ex: sereias, unicórnios, vampiros, etc.
Descartes admite que muitas vezes se engana e que, por isso, não é perfeito, logo ao
ter em mente a afirmação de imperfeição, traz a ideia de perfeição. Esta ideia que só
pode ter sido colocada nele por um ser perfeito: Deus.
• Descartes afirma deste modo, que se Deus é perfeito têm de existir, pois a existência
decorre necessariamente da perfeição.
• Se Deus existe e é perfeito, não o pode querer enganar (pois a bondade é uma
característica da perfeição), o que garante a verdade das ideias claras e distintas.
Existência do Mundo Com Deus como garantia e suporte, Descartes pode deduzir
a existência de outras verdades, como a existência do Mundo.
Exclusivista: Descartes afirma que a única fonte de conhecimento é a razão, visto que
as impressões sensíveis e a experiência não são fidedignas. (“Poderá uma mente vazia
da experiência ser ponto de partida para o conhecimento?”)
Circular: Para saber que as ideias claras e distintas são verdadeiras, Descartes tem de
saber que Deus existe e é perfeito e assim vice-versa, é, portanto, acusado da petição
de princípio.
A perceção
• Ideias simples: são ideias que não podem ser decompostas, derivam de
impressões simples. Ex: peixe, morcego, chifre
• Ideias complexas: são combinações de ideias simples. Ex: peixe+mulher= sereia,
morcego+homem=vampiro, chifre+cavalo=unicórnio
Quando pensamos, fazemo-lo associando ideias. Segundo Hume, temos algumas leis
e princípios para o fazer:
Causa ou efeito: com esta lei, ao pensarmos num acontecimento idealizamos o efeito
que o causou. Ex: paisagem com lava fria, ao pensarmos no assunto vamos chegar à
conclusão que o efeito que o causou foi uma erupção vulcânica