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Aula 3 - Sistemas conectados à rede

Professor: Anderson Alfredo Pinto Coelho


E-mail: andersonalfredo.ufv@gmail.com
Cursos: Eletricista de Sistemas de Energias Renováveis
Apresentação professor:
Professor: Anderson Alfredo Pinto Coelho.

Pós-graduando: Automação e Controle de Processos Agrícolas e


Industriais - UFV

Graduando: Engenharia de Controle e Automação – IFMG

Graduado: Análise e Desenvolvimento de Sistemas – UFV

http://lattes.cnpq.br/4511674173893005

3
Aula 3 - Sistemas
conectados à rede
Introdução

• Os Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede (SFCR) dispensam o


uso de acumuladores, pois a energia por eles produzida pode ser
consumida diretamente pela carga, ou injetada diretamente na rede
elétrica convencional, para ser consumida pelas unidade
consumidoras conectadas ao sistema de distribuição.
Introdução

• Estes sistemas são basicamente de um único tipo e são aqueles em


que o gerador fotovoltaico representa uma fonte complementar ao
sistema elétrico ao qual está conectado.
Introdução

Instalações deste tipo vêm se tornando cada vez mais populares em


diversos países europeus, Japão, Estados Unidos, e mais
recentemente no Brasil. As potências instaladas vão desde poucos
kWp em instalações residenciais, até alguns MWp em grandes sistemas
operados por empresas.
Introdução
• Como exemplo é apresentado o projeto do Estádio Solar de Pituaçu.
O projeto faz parte do programa de eficiência energética da
distribuidora Coelba, com apoio do Governo do Estado da Bahia.

• A construção foi finalizada em março de 2012. Parte da energia


elétrica gerada é destinada ao funcionamento do estádio. Módulos de
silício amorfo foram instalados na cobertura do estádio (238 kWp) e
módulos de silício monocristalinos foram instalados sobre o telhado
dos vestiários e em uma área de estacionamento (170 kWp),
totalizando cerca de 400 kWp.
Sistema fotovoltaico instalado no estádio Pituaçu,
BA
Micro e minigeração fotovoltaica
No Brasil, os sistemas fotovoltaicos enquadrados como sistemas de
micro e minigeração, são regulamentados pela Resolução
Normativa Aneel Nº 482/2012, e devem atender aos Procedimentos de
Distribuição (PRODIST), e às normas de acesso das distribuidoras locais.
Micro e minigeração fotovoltaica
A Resolução 482 estabelece as condições gerais para o acesso de
microgeração e minigeração distribuídas aos sistemas de distribuição de
energia elétrica e o sistema de compensação de energia elétrica, cujas
definições
são:

Microgeração distribuída: central geradora de energia elétrica, com


potência instalada menor ou igual a 100 kW e que utilize fontes com
base em energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração
qualificada, conforme regulamentação da Aneel, conectada na rede de
distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras.
Micro e minigeração fotovoltaica
Minigeração distribuída: central geradora de energia elétrica, com
potência instalada superior a 100 kW e menor ou igual a 1 MW para
fontes com base em energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou
cogeração qualificada, conforme regulamentação da Aneel, conectada
na rede de distribuição por meio de instalações de unidades
consumidoras.
Micro e minigeração fotovoltaica
Sistema de compensação de energia elétrica: sistema no qual a
energia ativa injetada por unidade consumidora com microgeração
distribuída ou minigeração distribuída é cedida, por meio de
empréstimo gratuito, à distribuidora local e posteriormente
compensada com o consumo de energia elétrica ativa dessa mesma
unidade consumidora ou de outra unidade consumidora de mesma
titularidade da unidade consumidora onde os créditos foram gerados,
desde que possua o mesmo Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou
Cadastro de Pessoa Jurídica (CNPJ) junto ao Ministério da Fazenda.
Medição bidirecional de registros independentes
Medição bidirecional de registros independentes

Medição bidirecional de registros independentes com a utilização de dois


medidores unidirecionais.
Medições simultâneas
Quando se deseja ter informações mais precisas sobre o consumo de
energia e a produção do sistema fotovoltaico, deve-se adotar este tipo de
medição.

A medição da energia gerada pelo sistema fotovoltaico é independente da


medição de energia consumida pela unidade consumidora.
Medições simultâneas
Na condição de medição simultânea, toda a energia gerada é medida, assim como
toda a energia consumida.

Os cálculos do balanço energético são realizados posteriormente, pela


distribuidora. A medição simultânea também é prevista na regulamentação
da Aneel.
Medições simultâneas

Medições simultâneas
Sistemas fotovoltaicos integrados a edificações
Os Sistemas Fotovoltaicos Integrados a Edificações (SFIE) fazem parte
de uma categoria relativamente nova no Brasil, mas que já é uma
realidade em vários países do mundo.

Na Europa, especialmente, esta é uma vertente para a aplicação de


sistemas fotovoltaicos que vem prosperando bastante.
Sistemas fotovoltaicos integrados a edificações
Há projeções de que em 2050 na Europa se consiga alcançar um
patamar de eficiência energética de forma a reduzir em 50 % os
gastos com aquecimento e ar condicionado de ambientes em
relação aos valores verificados em 2012, por meio da utilização da
geração próxima à carga e da adoção conjunta de projetos, construções
e uso de materiais que privilegiem o melhor uso da energia, sem,
contudo, penalizar o bem-estar dos usuários das edificações.
Medições simultâneas
A grande vantagem dos SFIEs reside no fato de que a energia gerada
pode ser totalmente usada na edificação, reduzindo perdas com
transmissão e distribuição, além de diminuir o consumo de energia
proveniente da rede da concessionária.

No que concerne à viabilidade econômica dos SFIEs, estes ainda não


alcançaram a paridade tarifária no Brasil e o custo de aquisição e
instalação destes sistemas ainda inibe o seu desenvolvimento no
país.
Medições simultâneas
No Brasil, os SFIEs podem ser enquadrados na classificação de
micro ou minirredes (até 1 MW), conforme a resolução Aneel no
482/2012 ou na categoria de autoprodutores de energia, obedecendo,
portanto, o Decreto Federal No 2003/1996, que dispõe sobre a produção
de energia por produtores independentes e autoprodutores.
Usinas fotovoltaicas (UFVs)
Usinas fotovoltaicas podem atingir potências da ordem de MWp,
podendo ser operados por produtores independentes e sua conexão com
a rede é em geral feita em média tensão, por exemplo, 13,8 ou 34,5 kV.
Caso seja uma geração associada a uma unidade consumidora, com
potencia instalada até 1 MWp, então poderá ser enquadrada como
minigeração na RN 482.
Usinas fotovoltaicas (UFVs)
Figura 5.27 mostra o esquema de um sistema deste tipo, onde é
evidenciada a presença de um transformador para elevar a tensão ao
nível de distribuição.

Sistemas de grande porte.


Usinas fotovoltaicas (UFVs)
As UFVs tem se apresentado como uma opção viável para países que
dependem de importação de combustíveis fósseis para geração de
energia elétrica e que vislumbram na energia solar uma solução para
mitigar esta carência e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente
pela menor emissão de gases poluentes, além de favorecer a criação de
novos postos de trabalho.

Países como Alemanha, Itália, Espanha e Portugal adotaram esta


opção e hoje se destacam na geração de energia elétrica através de
UFVs.
Usinas fotovoltaicas (UFVs)
A primeira UFV implantada no Brasil foi um empreendimento privado,
da empresa MPX, localizado no município de Tauá-CE, a cerca de 360
km de Fortaleza. A UFV Tauá tem potência instalada de 1,0 MWp, em
4.680 módulos de p-Si de 215Wp, conta com 9 inversores de 100kWp e
injeta a energia na rede de 13,8 kV da Coelce (Companhia Energética do
Ceará).

A usina entrou em operação em julho de 2011 e tem apresentado fator


de capacidade mensal entre 14,8% e 22,1%, sendo que em 2012 sua
geração total foi de 1.620 MWh, o que corresponde a uma geração
mensal média de 135,1 MWh/mês (MPX, 2013).
Usinas fotovoltaicas (UFVs)

UFV Tanquinho. Fonte: (BOMEISEL, 2013)


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