Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ATIVIDADE FINAL
Estudo Técnico-Econômico de SFCR com
armazenamento no segmento residencial em Aracaju.
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................
2. OBJETIVIOS.............................................................................................................
3. METODOLOGIA......................................................................................................
5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................
1. INTRODUÇÃO
Torna-se cada vez mais importante o estudo da viabilidade de implantação da
energia solar, principalmente nos dias atuais devido à necessidade de utilização de
novas fontes de energia renováveis, uma vez que atualmente temos, em sua maioria,
fontes de energia não renováveis contribuindo expressamente para uma futura
degradação ambiental. Assim, fontes menos sujas tendem a ganhar espaço, mesmo não
sendo viáveis economicamente em um primeiro momento. Nesse sentido, deve-se
atentar para uma avaliação quanto à viabilidade técnica e econômica no momento da
implantação dessas fontes.
O Brasil se encontra em posição de destaque no campo de investimento em
aproveitamento da energia solar visto o país contar com enorme potencial de produção e
energia fotovoltaica. A população brasileira pode contar com o sistema de compensação
desde 17 de abril de 2012, quando entrou em vigor a Resolução Normativa ANEEL nº
482/2012, onde o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir
de fontes renováveis e inclusive fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua
localidade. Trata-se da micro e da minigeração distribuídas de energia elétrica,
inovações que podem aliar economia financeira, consciência socioambiental e
autossustentabilidade.
A área de energia solar fotovoltaica está em constante desenvolvimento. A cada
dia surgem novas tecnologias, regras de mercado e novas maneiras de usar a tecnologia
fotovoltaica. Atualmente é possível encontrar diversas tecnologias de células
fotovoltaicas no mundo. Porém, as mais utilizadas são as tecnologias que utilizam
silício monocristalino, silício policristalino e filmes finos.
A configuração de um sistema fotovoltaica refere-se aos componentes utilizados
para atender um determinado uso de energia elétrica. Basicamente os sistemas
fotovoltaicos são divididos em dois grandes grupos: sistemas fotovoltaicos isolados da
rede elétrica (SFI) e os sistemas fotovoltaicos conectados a rede elétrica (SFCR).
Os sistemas fotovoltaicos conectados a rede (SFCR) estão sujeitos às regras
estabelecidas na resolução 482/12 da ANNEL, que publicou a Resolução Normativa nº
687/2015 revisando a Resolução Normativa nº 482/2012, com o objetivo de aumentar o
público alvo, bem como reduzir os custos e tempo para a conexão da microgeração e
minigeração.
O Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ) publicou o Convênio
ICMS 16, de 22/4/2015, que revogou o Convênio ICMS 6/2013 e autorizou as unidades
federadas a conceder isenção nas operações internas relativas à circulação de energia
elétrica, sujeitas a faturamento sob o sistema de compensação de energia. Dessa forma,
nos Estados que aderiram ao Convênio ICMS 16/2015, o ICMS incide somente sobre a
diferença entre a energia consumida e a energia injetada na rede no mês.
Neste novo cenário de incentivos fiscais, sobretudo a inclusão do Item 3.2.4 na
Resolução Normativa ANEEL Nº 687 determinando a operação no modo ilha, traz a
possibilidade de estudos de viabilidade técnica e econômica nos projetos de geração
fotovoltaica com a utilização de armazenadores para as unidades consumidoras com
microgeração ou minigeração. (JOÃO EUDES, 2016).
O estado de Sergipe já pode contar com o incentivo, juntamente com outros 18,
estados mais o Distrito Federal que aderiram ao convênio Confaz 16/2015. Isso
significa dizer que esses estados, estão contemplados com a isenção de ICMS, PIS e
Confins na microgeração, viabilizando as instalações de sistemas fotovoltaicos. Vale
lembrar, que com a adesão do estado de Sergipe ao programa, completa a isenção de
ICMS sobre a micro e minigeração distribuída em todos os estados do Nordeste, sendo a
primeira região do país a conquistar esta participação integral.
A principal característica dos sistemas fotovoltaicos isolados (SFI) é a
necessidade de um sistema de armazenamento de energia para atender a carga no
momento em que o Sol não estiver presente. No caso dos sistemas fotovoltaicos
conectados a rede (SFCR) não é necessário o uso um banco de baterias, pois a rede
elétrica pode atender a demanda no momento em que o Sol não estiver presente, ou a
energia fornecida pelo sistema fotovoltaico não for suficiente para alimentar as cargas.
Atualmente estas plantas têm sido conectadas diretamente à rede, sem a necessidade de
bateria, já que a rede de distribuição de energia da concessionária atua como uma
espécie de fonte infinita de armazenamento.
Segundo TOLEDO et al (2010), com o advento das redes inteligentes (smart
grid) e principalmente devido a intermitência natural do recursão solar, muitos apostam
no uso de sistemas fotovoltaicos, mesmo em áreas urbanas, com baterias para o
armazenamento de energia e seu posterior uso em horários de pico, fornecendo energia
a rede da concessionária no horário de maior custo do sistema (Figura 1).
Figura 1 - Dinâmica entre geração fotovoltaica com o uso de bateria e rede elétrica.
Para o objetivo geral deste trabalho possa ser alcançando, será apresentada uma série de
atividades necessárias ao seu desenvolvimento, como:
3. METODOLOGIA
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Em três grandes grupos de uso podemos dividir a energia solar, entre eles, a
arquitetura bioclimática, a energia solar térmica e a energia solar fotovoltaica. Na
arquitetura bioclimática temos o projeto de edificações que consideram a utilização de
recursos disponíveis na natureza, com o objetivo de reduzir os impactos ambientais e
diminuir o consumo de energia. O aproveitamento do calor do Sol pode ser feito a partir
de diversos tipos de tecnologia com a energia solar térmica. As tecnologias de
concentração da energia solar (CSP - Concentrated Solar Power), por exemplo, podem
atingir temperaturas elevadas e é utilizada para a produção de vapor a alta temperatura
que passa por uma turbina a vapor acoplada a um gerador elétrico para a produção de
eletricidade. Já a conversão direta da energia solar em eletricidade é realizada por meio
da tecnologia fotovoltaica.
A Figura 9 mostra as principais formas de aproveitamento da energia solar.
Figura 9 - Usos da energia solar
Fonte: Adaptado Projeto Sol Brasil / Finep (2006)
Uma parte da radiação solar radiação solar é refletida de volta para o espaço,
sendo refletida pelas nuvens, pela própria atmosfera e pela superfície da Terra. A
reflexão ocorre na interface entre dois meios diferente onde os ângulos de incidência e
reflexão são iguais. A fração da radiação solar incidente que é refletida por uma
superfície recebe o nome de albedo.
A radiação solar que atinge a superfície terrestre é composta por duas
componentes, são elas: a componente direta e a componente difusa. A soma dessas duas
componentes forma a radiação solar global (DUFFIE E BECKMAN, 2013)
5.3. MASSA DE AR
O número de Horas de Sol Pleno (HSP) é outra forma usada para expressar a
energia solar acumulada ao longo do dia. A grandeza indica o número de horas com
irradiância solar constante de 1kW/m2 equivalente a toda energia solar acumulada ao
longo do dia no local (J. PINHO and M. GALDINO, 2014).
No caso de Aracaju com radiação solar em torno de 5,47 kWh/m2/dia, tem-se
5,47 Horas de Sol Pleno, conforme exemplo:
5.10.2. Baterias
As baterias tem o papel de armazenar a energia gerada para ser usada quando o
Sol não estiver presente. Têm a função de proporcionar o fornecimento constante de
energia para a carga, estabilizar a tensão do sistema uma vez que a tensão do módulo
fotovoltaico é variável, armazenar a energia excedente para consumo posterior e fazer o
acoplamento entre o módulo fotovoltaico e o resto do sistema. Além de impor ao
módulo uma tensão constante (J. PINHO and M. GALDINO, 2014).
As baterias ideais para sistemas fotovoltaicos são projetadas para ciclos diários
rasos com reduzida taxa de descarga. Porém, devem suportar descargas profundas
esporádicas em períodos com escassez de recursos. A bateria de chumbo-ácido,
atualmente é a tecnologia mais aplicada em sistemas de geração distribuída da energia.
A figura 24 mostra o número de ciclos de uma bateria em função da
profundidade de descarga.
5.10.5. Inversor
kWh/dia 11,12
Fonte: Autor.
Dados do inversor
Tensão máxima de entrada 420 Vcc
Tensão máxima SPPM 335 Vcc
Tensão mínima SPPM 120 Vcc
Corrente máxima de entrada 17,8 A
Corrente máxima por SPPM 17,8 A
Número de string 1 Unidade
Potência máxima de saída 2 kW
Fonte: Autor.
Onde,
Onde:
Figura 28 – Eficiência média anual do inversor em função do FDI para as condições de Aracaju.
Fonte: Autor.
A Figura 29 mostra que a eficiência média anual do inversor fica muito próxima
da eficiência máxima do inversor, de aproximadamente 95,6 %, se FDI for igual ou
superior a 0,8.
Figura 29 – Produtividade em função do FDI..
Fonte: Autor.
h10
PnInv 2000
h50
89,6
h100
95,2
95,6
Pmax 2140
Vmp_inp_sup 335
Vmp_inp_inf 120
Vmax 420
I_nom 9,7
I_max 17,8
Fonte: Autor
Inclinação prevista: 11
Orientação: Norte
Estimativa mensal de produção de energia -
TOTAL
350
300
250
200
kw/h
150
100
50
0
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GERAÇÃO 307 328 325 322 301 267 241 247 274 288 299 299
ANOS
3. Viabilidade Financeira:
R$ 700.000
Valor acumulado da poupcaça gerada
R$ 600.000
R$ 500.000
R$ 400.000
R$ 300.000
R$ 200.000
R$ 100.000
R$ 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
IEA, SHC - Solar Heating & Cooling Programme, International Energy Agency, 2015.
[Online]. Available: http://www.iea-shc.org/solar-why-use.
LEI Nº 6.938. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências (Agosto de 1981).
Disponível em: http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=313.
Acessada em: 06 de Janeiro 2017.