Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Vitória
2022
MATEUS CECATO DELUNARDO
Vitória
2022
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
(Biblioteca Nilo Peçanha do Instituto Federal do Espírito Santo)
CDD 21 – 621.3
Elaborada por Marcileia Seibert de Barcellos – CRB-6/ES - 656
RESUMO
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 13
1.1 OBJETIVOS .......................................................................................... 15
1.1.1 Objetivo geral ....................................................................................... 15
1.1.2 Objetivos específicos .......................................................................... 15
1.2 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ......................................................... 16
2 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................... 17
2.1 SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO ...................................................... 17
2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS CONSUMIDORES ........................................... 18
2.2.1 Consumidor livre, cativo e especial ................................................... 19
2.3 TARIFA DE ENERGIA ELÉTRICA ........................................................ 20
2.3.1 Receita requerida ................................................................................. 20
2.3.2 Composição da tarifa .......................................................................... 21
2.3.3 Tarifa aplicada aos consumidores do grupo B ................................. 26
2.3.4 Bandeiras tarifárias ............................................................................. 28
2.3.5 Revisão e reajuste tarifário ................................................................. 29
2.4 GERAÇÃO DISTRIBUÍDA ..................................................................... 30
2.4.1 Modalidades de geração ..................................................................... 31
2.4.2 Acesso ao sistema de distribuição .................................................... 32
2.4.3 Sistema de compensação de energia elétrica................................... 33
2.5 CURVAS DE CARGA E GERAÇÃO ..................................................... 35
2.6 CENÁRIO ATUAL E PERSPECTIVAS DA GERAÇÃO
DISTRIBUÍDA ........................................................................................ 39
2.6.1 Cenário da geração distribuída no Brasil .......................................... 39
2.6.2 Vantagens e impactos da expansão da geração distribuída
fotovoltaica .................................................................................................... 45
2.6.3 Processo de revisão da REN 482/2012 .............................................. 48
2.7 MARCO LEGAL DA MICROGERAÇÃO E MINIGERAÇÃO
DISTRIBUÍDA.................................................................................................. 51
2.7.1 Período de transição ........................................................................... 52
2.7.2 Tarifa mínima ....................................................................................... 54
2.7.3 Mudanças adicionais ........................................................................... 55
2.8 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS .......................................................... 56
2.8.1 Valor Presente Líquido ........................................................................ 57
2.8.2 Payback ................................................................................................ 58
2.8.3 Taxa Interna De Retorno ..................................................................... 59
3 METODOLOGIA .................................................................................... 61
3.1 CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS ........................................................... 61
3.1.1 Unidade residencial ............................................................................. 61
3.1.2 Unidade comercial ............................................................................... 63
3.2 GERAÇÃO ESTIMADA.......................................................................... 64
3.3 PREMISSAS ......................................................................................... 67
3.3.1 Custos e receitas considerados ......................................................... 67
3.3.2 Manutenção de sistemas fotovoltaicos conectados à rede ............. 68
3.3.3 Tarifa e tributos .................................................................................... 69
3.4 CENÁRIOS ........................................................................................... 71
4 RESULTADOS ...................................................................................... 74
4.1 UNIDADE RESIDENCIAL ..................................................................... 74
4.1.1 Cenário 1 – Unidade residencial com geração local......................... 74
4.1.2 Cenário 2 – Unidade residencial com autoconsumo remoto ........... 78
4.2 UNIDADE COMERCIAL ....................................................................... 82
4.2.1 Cenário 3 – Unidade comercial com geração local........................... 82
4.2.2 Cenário 4 – Unidade comercial com autoconsumo remoto ............. 87
4.3 RESUMO DOS RESULTADOS ............................................................. 91
5 CONCLUSÃO ........................................................................................ 92
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 94
13
1 INTRODUÇÃO
Esses agentes são regulados pela ANEEL, criada por meio da Lei nº 9.427/1996 e do
Decreto nº 2.335/1997, e vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME). Suas
atribuições incluem regular a geração, transmissão, distribuição e comercialização de
energia elétrica; fiscalizar as concessões, as permissões e os serviços de energia
elétrica; implementar as políticas e diretrizes do governo federal relativas à energia
elétrica; estabelecer tarifas; dirimir as divergências entre esses agentes e
consumidores, e promover as atividades de outorgas de concessão, permissão e
autorização de empreendimentos e serviços de energia elétrica, por delegação do
Governo Federal (AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, 2022a).
Dentre as fontes disponíveis, a que mais se destacou foi a solar fotovoltaica. Essa
fonte utiliza o efeito fotovoltaico, que consiste na conversão direta da luz solar em
corrente elétrica a partir da incidência sobre uma célula composta de materiais
semicondutores. Um conjunto de células conectado em série e paralelo forma um
módulo fotovoltaico. A corrente produzida é coletada e processada por dispositivos
controladores e conversores, podendo ser utilizada imediatamente para alimentar uma
carga, armazenada em baterias ou injetada na rede elétrica, por meio de um inversor
(VILLALVA, 2015).
que passam a depender cada vez mais da iniciativa dos consumidores (EMPRESA
DE PESQUISA ENERGÉTICA, 2020c).
Nesse contexto, foi iniciado um debate sobre a forma ideal de regular a geração de
energia distribuída. Em 2018, a ANEEL iniciou o processo de revisão do modelo de
compensação integral, através da realização de estudos, consultas e audiências
públicas. Houve diversas contribuições e propostas, mas a falta de um acordo levou
o processo de revisão a ser interrompido. Em 2021, o Poder Legislativo foi atribuído
como responsável para estabelecer novas regras para o setor (BRASIL, 2021b).
Em janeiro de 2022, foi publicada a Lei nº 14.300, que institui o marco legal da
microgeração e minigeração distribuída. Essa lei trouxe inovações importantes para o
desenvolvimento do setor, porém, fez com que o modelo de compensação se torne
mais complexo e aparentemente menos vantajoso a partir de 2023. Este trabalho visa
avaliar, na visão do consumidor, o impacto do marco legal da microgeração e
minigeração distribuída através de técnicas de análise de investimentos.
1.1 OBJETIVOS
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Uma pequena parcela dos consumidores é atendida por sistemas isolados do SIN,
situados predominantemente na Região Norte e atendidos na maior parte por geração
térmica (EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA, 2020a).
estabelecida pela legislação. Nos últimos anos, vem ocorrendo uma abertura gradual
no acesso ao mercado livre de energia. Desde 1º de janeiro de 2022, os consumidores
com carga igual ou superior a 1000 kW, atendidos em qualquer nível de tensão,
podem optar pela compra de energia elétrica nessa modalidade. Em 2023, o limite
será reduzido para 500 kW, com possibilidade de redução nos anos posteriores
(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS COMERCIALIZADORES DE ENERGIA, [s.d.];
BRASIL, 1995, 2019).
De acordo com a REN 1000/2021, as tarifas devem ser aplicadas de acordo com o
tipo de usuário, o grupo e subgrupo, classe e subclasse e a modalidade tarifária em
que a unidade consumidora estiver enquadrada (BRASIL, 2021d).
Encargos são contribuições instituídas por lei com valores estabelecidos por
resoluções da ANEEL e inseridos na TUSD e na TE, com o objetivo de obter recursos
para financiar necessidades específicas do setor elétrico. Há incidência de dois
tributos federais na fatura de energia, sendo eles: Programa de Integração Social
(PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS). Os
estados cobram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Por
fim, o munícipio cobra a Contribuição de Iluminação Pública (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE DISTRIBUIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA, [s.d.]; INSTITUTO
BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, [s.d.]).
Por meio da TUSD Fio A o consumidor remunera a distribuidora pelos custos do uso
dos sistemas de transmissão da Rede Básica1, Rede Básica de Fronteira2 e
Instalações de Conexão3. Esses custos são definidos com base no ponto de conexão
com a rede de transmissão, na demanda de energia contratada pela distribuidora e
por contrato entre as partes. Há também remuneração pelo uso dos sistemas de
distribuição de outras distribuidoras, caso esse recurso seja utilizado (AGÊNCIA
NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, 2022f)
2 Transformadores de potência com tensão primária igual ou superior a 230 kV e tensões secundária e
terciária inferiores a 230 kV, bem como as respectivas conexões e equipamentos ligados ao terciário
(AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, 2004).
3Equipamentos para o atendimento de usuários com a finalidade de interligar seus ativos à Rede
Básica (OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO, [s.d.]).
24
A CDE é um encargo que tem como objetivo custear políticas públicas do setor
elétrico, como a universalização do serviço de energia elétrica, concessão de
descontos tarifários a consumidores de baixa renda, subgrupo rural, irrigação,
serviços públicos, geração por fontes incentivadas, consumo de combustíveis em
sistemas isolados, entre outros. Cabe à CCEE a gestão financeira, e à ANEEL aprovar
o orçamento anual da CDE (CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA, [s.d.]).
Figura 3 – Composição da TE
Também é estabelecido um novo valor para o Fator X, que é o mecanismo que permite
repassar aos consumidores parte dos ganhos de produtividade obtidos pela
distribuidora ao longo do ciclo tarifário, devido ao crescimento do seu mercado,
aumento do consumo dos clientes e melhoria das práticas de gestão (BRASIL, 2021a)
Fonte: Elaborado pelo autor com base em (AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, 2021d)
A geração de energia elétrica tradicionalmente é feita por plantas de grande porte que
tiram proveito da economia de escala, mas que muitas vezes estão distantes dos
centros de consumo. Por outro lado, em um sistema com geração distribuída, há
diversos geradores dispersos na rede elétrica, além da geração centralizada. Os
geradores também podem estar desconectados da rede, produzindo energia junto ao
local de consumo em um sistema isolado (CABELLO; POMPERMAYER, 2013).
No texto vigente até janeiro de 2022, foram definidas duas categorias. A microgeração
inclui unidades geradoras de energia elétrica com potência instalada menor ou igual
a 75 kW, que utilize fontes renováveis ou cogeração qualificada4, e sejam conectadas
à rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras. A
minigeração inclui unidades com potência instalada superior a 75 kW e inferior ou igual
a 5 MW, com as mesmas condições. A tensão de fornecimento é definida na REN
1000/2021, de acordo com a potência instalada. Geralmente utiliza-se tensão
secundária para microgeração e tensão primária para minigeração (AGÊNCIA
NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, 2012, 2017; BRASIL, 2021d).
5Diferença positiva entre o orçamento da obra de mínimo custo global e o encargo de responsabilidade
da distribuidora (BRASIL, 2021d).
O valor máximo de consumo constitui a chamada ponta de carga. Por outro lado,
geralmente durante a madrugada, ocorre o valor mínimo de consumo. No decorrer do
ano, observam-se comportamentos distintos de carga, de acordo com a região, os
dias da semana e as estações do ano, e também como consequência de variações
climáticas e dos ciclos de atividade dos setores produtivos (EMPRESA DE PESQUISA
ENERGÉTICA, 2020b).
outros. Assim, cada classe possui uma curva de carga típica, que reflete essas
particularidades. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) realiza regularmente,
junto às distribuidoras, a coleta de dados referentes ao consumo de energia elétrica
para as principais classes e segmentos de consumo, incluindo consumidores livres
que demandam energia da Rede Básica do SIN (EMPRESA DE PESQUISA
ENERGÉTICA, 2020b).
A Figura 8 mostra uma curva de carga típica para uma unidade consumidora
residencial num dia útil. Trata-se de uma série sintética construída a partir de dados
de curvas de carga sazonalizadas para o setor.
Figura 8 – Curva de carga típica para uma unidade consumidora residencial num dia
útil
Figura 9 – Curva de carga típica para uma unidade consumidora comercial num dia
útil
A Figura 10 mostra uma curva de geração típica para uma unidade de geração
fotovoltaica com inclinação fixa.
38
Figura 10 – Curva de geração típica para uma unidade geradora fotovoltaica com
inclinação fixa
Fonte: Elaborado pelo autor com base em (CEZAR, 2019; EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA,
2020b)
Na Figura 11, as amplitudes das curvas têm valor fictício. Em uma unidade
consumidora real, podem variar de acordo com o porte da geração e o perfil de
39
Fonte: Elaborado pelo autor com base em (AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, 2022c)
Fonte: Elaborado pelo autor com base em (AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, 2022c)
Fonte: Elaborado pelo autor com base em (AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, 2022c)
Em relação a outras fontes, há alguns fatores que limitam a expansão. A energia eólica
geralmente é inviável em áreas urbanas, uma vez que os ventos são mais fracos e
turbulentos do que os necessários para a geração adequada, os aerogeradores são
caros e a instalação e manutenção são mais complexas. As termelétricas e
hidrelétricas exigem recursos naturais limitados, e possuem requisitos ambientais
mais rígidos. No entanto, também há grande potencial para essas fontes, através dos
modelos de autoconsumo remoto e de geração compartilhada, em que podem
apresentar custos menores que a fotovoltaica em projetos de maior escala (BRASIL,
2021b; CABELLO; POMPERMAYER, 2013).
45
Por outro lado, a expansão da geração distribuída a longo prazo traz diversos desafios
a serem superados. Problemas técnicos podem surgir devido ao novo arranjo do
sistema elétrico, o que requer mudanças na forma de planejá-lo e operá-lo. Há
também a expectativa de mudança nos modelos de negócio dos agentes do setor
elétrico, acostumados a um sistema predominantemente composto por recursos de
grande porte e gerenciado centralizadamente (ANDRADE et al., 2020; EMPRESA DE
PESQUISA ENERGÉTICA, 2020c).
Nos últimos anos, o crescimento da geração distribuída muito acima das expectativas
trouxe preocupações, pois adiciona mais uma fonte de incertezas tanto para o
planejamento da expansão do sistema, como para sua operação, tornando-os mais
complexos. O crescimento da oferta de energia passa a depender cada vez mais de
investimentos por parte dos consumidores, e é mais sensível a mudanças nas
condições econômicas, preço da energia, alterações na legislação e disponibilidade
de equipamentos (BRASIL, 2021b).
Nesse sentido, o Brasil terá que superar a introdução de maior variabilidade e menor
previsibilidade na geração elétrica de curto prazo, adequando os modelos de
simulação, concebidos para um sistema baseado em usinas hidrelétricas e térmicas,
otimizando a operação da sua matriz existente, com novos investimentos para
48
O Plano Nacional de Energia (PNE) 2050 prevê que as novas possibilidades criadas
pelas mudanças tecnológicas permitirão que novos provedores de serviços, além dos
consumidores, tenham papel mais ativo sobre o sistema elétrico, trazendo mais
complexidade e desafios. Nos últimos anos, houve redução progressiva do limite
mínimo de demanda contratada para migração para o mercado livre, que atinge 500
kW em 2023, e estudos para permitir a abertura do mercado na baixa tensão. A
separação dos serviços de distribuição e comercialização em diferentes agentes
permite que a distribuidora possa focar na operação, de forma mais eficiente, em um
modelo de remuneração que não seja vinculado à compra de energia. Assim, as
decisões de operação e de planejamento se tornarão cada vez mais descentralizadas
(EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA, 2020c).
Em 2018, a ANEEL iniciou o processo de revisão das regras aplicadas aos sistemas
de microgeração e minigeração distribuída, através da realização de estudos,
consultas e audiências públicas. Houve diversas contribuições de empresas e
associações do setor, universidades, fabricantes de equipamentos e distribuidoras de
energia elétrica. No mesmo ano, foi publicado o Relatório de Análise de Impacto
Regulatório (AIR) nº 0004/2018, em que foram avaliadas seis alternativas para o
SCEE, resumidas no Quadro 4, com o respectivo impacto médio nacional para
consumidores do grupo B, desconsiderando os tributos. Esse valor representa a
porcentagem da tarifa que o consumidor pagaria da energia compensada.
50
localidades distantes do centro de carga, onde a rede não está preparada para recebê-
la. Assim, aumenta as perdas e necessita de obras de reforço que resultam em
elevado custo para a distribuidora. Porém, como uma mudança imediata provocaria
retração muito grande no número de novas instalações, propôs-se uma transição
gradual para sistemas remotos, de maneira a preservar a evolução do mercado.
Seriam duas mudanças: a primeira para a alternativa 1, quando a potência instalada
dessa modalidade alcançasse 1,25 GW, e posteriormente para a alternativa 3, em
2,13 GW (AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, 2018).
Porém, no ano seguinte foi publicada a AIR nº 003/2019, que desconsiderou diversos
benefícios potencias, como o alívio na carga da rede devido ao autoconsumo, redução
de perdas, geração de empregos, diminuição da emissão de gases de efeito estufa,
poluição do ar e de uso do solo. Assim, foi determinada a aplicação da alternativa 2
por um período de transição, e posteriormente, a alternativa 5 quando atingida a
potência instalada adicional de 4,7 GW. Para sistemas existentes, a regra atual seria
mantida somente até 2030 (AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, 2019).
Para a geração remota foi proposta uma alteração imediata para a alternativa 5, o que
inviabilizaria qualquer investimento na modalidade e provocaria uma estagnação no
número de instalações (AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, 2019).
Essa publicação gerou uma série de ações judiciais, e o processo de revisão foi
interrompido. Em 2021, o Poder Legislativo foi atribuído como responsável para
estabelecer novas regras para o setor (BRASIL, 2021b).
Em janeiro de 2022, foi publicada a Lei nº 14.300, que institui o marco legal da
microgeração e minigeração distribuída. O texto utiliza como base a REN 687/2015,
porém, insere novos termos, altera o limite de potência para minigeração, estabelece
regras de transição para o SCEE e o Programa de Energia Renovável Social (PERS)
(BRASIL, 2022).
52
Uma das novidades é a citação aos sistemas híbridos, ou seja, que utilizam mais de
uma fonte de energia, e também aos que possuem algum sistema de armazenamento
de energia, como baterias, e estão conectados à rede. Segundo o texto, as
distribuidoras deverão atender às solicitações de acesso de unidades consumidoras,
independentemente da quantidade de fontes e existência de armazenamento de
energia. Até então, essas possibilidades não estavam regulamentadas, e eram
analisadas caso a caso. Adicionalmente, os sistemas fotovoltaicos com baterias
passam a ser classificados como fonte despachável, desde que sejam capazes de
armazenar pelo menos 20% da capacidade de geração da unidade e tenham potência
instalada de até 3 MW. Essa classificação permite benefícios, que serão detalhados
posteriormente neste trabalho (BRASIL, 2022).
A lei também determina que o excedente de energia elétrica não compensado por
unidade participante do SCEE poderá ser vendido para a distribuidora à qual a central
geradora está conectada, com o objetivo de melhoria da eficiência e da capacidade,
postergação de investimentos em redes de distribuição, ou a redução do custo da
Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), devido à redução da necessidade de
acionamento de termelétricas nas redes isoladas do SIN. A ANEEL regulamentará
posteriormente a contratação desse serviço, que será realizada por meio de chamada
pública (BRASIL, 2022).
Para unidades que solicitarem acesso entre o 13º e o 18º mês após a publicação da
lei, haverá incidência parcial da componente tarifária TUSD Fio B sobre toda a energia
elétrica ativa consumida da rede, mesmo que seja compensada, nos seguintes
percentuais (BRASIL, 2022):
53
Após o período de transição, nesse caso a partir de 2031, será aplicada uma nova
regra tarifária a ser definida pela ANEEL nos próximos 18 meses. Para solicitações
de acesso feitas após o 18º mês, a fase de transição se encerra em 2028, sendo
aplicada a nova regra a partir de 2029 (BRASIL, 2022).
Para as unidades de minigeração distribuída acima de 500 kW que utilizam fonte não
despachável na modalidade autoconsumo remoto ou geração compartilhada em que
um único titular detenha 25% ou mais de participação haverá uma regra de transição
diferente, sendo aplicado a partir de 2023 (BRASIL, 2022):
• 100% da componente tarifária TUSD Fio B;
• 40% da componente tarifária TUSD Fio A;
• 100% dos encargos Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), Eficiência Energética
(EE) e Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica (TFSEE);
• Regra a ser determinada a partir de 2029.
7 A TUSDg é uma tarifa paga por centrais geradoras não participantes do SCEE, e varia para cada
distribuidora. É calculada de acordo com metodologias específicas aplicadas a cada subgrupo tarifário,
definidas na REN 349/2009 (AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, 2009) e no Submódulo
7.4 do PRORET (AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA, 2022g). Geralmente tem valor
menor que a TUSD aplicada aos consumidores.
55
No caso de microgerador local com potência instalada de até 1,2 kW, haverá um
desconto adicional de 50% em relação ao custo de disponibilidade aplicável aos
demais consumidores (BRASIL, 2022).
Por fim, na publicação da lei foi instituído o PERS, destinado a instalação de sistemas
fotovoltaicos e de outras fontes renováveis, na modalidade local ou remota
compartilhada, aos consumidores da subclasse Residencial Baixa Renda. Esse
programa tem o objetivo de reduzir o subsídio da Tarifa Social de Energia Elétrica dos
participantes. Assim, o consumidor passará a ser faturado como os demais, e a
energia excedente também poderá ser adquirida pela distribuidora (BRASIL, 2022).
ser suportada com segurança. Dessa forma, o investimento deve ser comparado com
uma alternativa disponível do mercado financeiro, e se não for tão atraente, é melhor
recorrer ao mercado em vez de realizar o projeto (FONSECA; BRUNI, 2003).
Para a análise, diferentes técnicas podem ser adotadas. As principais são o Valor
Presente Líquido (VPL), a Taxa Interna de Retorno (TIR), e o Payback.
O valor presente (VP) representa o valor hoje de um fluxo de caixa. Para atualizar os
fluxos utiliza-se uma taxa de juros, também chamada de custo de capital. Geralmente,
é maior ou igual a taxa de retorno oferecida por outros investimentos com risco menor
ou equivalente ao do projeto em avaliação. A principal dificuldade da utilização do
método consiste na definição dessa taxa, principalmente quando o fluxo é muito longo
(FONSECA; BRUNI, 2003).
𝑛
𝐶𝑡
𝑉𝑃 = ∑ (1)
(1 + 𝑖)𝑡
𝑡=1
𝑉𝑃𝐿 = 𝑉𝑃 − 𝑉𝐼 (2)
O VPL é um critério simples para que se decida se um projeto deve ser executado ou
não. Se for positivo o investimento vale a pena, pois executá-lo é equivalente a receber
um pagamento igual ao VPL. Se for negativo, haverá prejuízo, portanto o investimento
deverá ser rejeitado. Embora esse método seja reconhecido como a melhor técnica
para análise de investimento por especialistas em finanças, é recomendado utilizá-lo
em conjunto com outros critérios para aumentar a assertividade da análise
(FONSECA; BRUNI, 2003).
2.8.2 Payback
A TIR representa a taxa de juros que iguala os fluxos de entrada com os de saída de
caixa. Em outras palavras, é a taxa que remunera o investimento e que torna nulo o
VPL. A TIR não depende da taxa de juros do mercado financeiro. É uma taxa
intrínseca do projeto, dependendo apenas dos fluxos de caixa projetados (FONSECA;
BRUNI, 2003).
𝑛
𝐶𝑡
0=∑ − 𝑉𝐼 (3)
(1 + 𝑇𝐼𝑅)𝑡
𝑡=1
Porém, esse cálculo supõe que os fluxos de caixa intermediários positivos sejam
reaplicados por uma taxa de juros igual à TIR. Na maior parte dos projetos, essa
possibilidade não existe, portanto, se for significativamente maior que as taxas de
mercado, a TIR não indica a verdadeira rentabilidade do investimento (BARBIERI;
ÁLVARES; MACHLINE, 2007).
60
Uma solução mais adequada é o uso da Taxa Interna de Retorno Modificada (TIRM),
em que os fluxos de caixa intermediários positivos são levados para a data final do
projeto a uma taxa de mercado, geralmente a TMA. Assim, a TIRM indica com maior
precisão a taxa de retorno de um investimento (BARBIERI; ÁLVARES; MACHLINE,
2007).
61
3 METODOLOGIA
O fator de perdas, igual a 23%, foi estimado pela empresa que forneceu o
dimensionamento. Trata-se de um valor médio, que pode variar em função das
condições do local, como temperatura e sombreamento dos módulos. Também foi
considerada a degradação dos módulos, de acordo com a especificação do fabricante.
Para esse projeto, considerou-se o pior caso não coberto pela garantia, que é uma
perda na quantidade de energia produzida de 2% para o primeiro ano e 0,55% ao ano
para os seguintes (PHB SOLAR, [s.d.]).
Foi adotado o mesmo procedimento descrito na seção anterior, desta vez para uma
empresa localizada no município da Serra, com fornecimento do tipo trifásico.
Foi considerado que a instalação seria realizada utilizando estruturas metálicas sobre
o telhado. Outra consideração importante é que não houve aumento de carga e nem
acréscimo de fases à rede que atende à unidade consumidora, e dessa forma, não há
participação financeira do consumidor em eventuais reforços no sistema de
distribuição. As informações contidas no orçamento preliminar do sistema fotovoltaico
são resumidas no Quadro 6.
64
A fim de determinar o retorno financeiro ao longo da vida útil dos projetos, foi
necessário estimar a quantidade de energia elétrica produzida. Para isso, foi utilizada
a base de dados do Atlas Brasileiro de Energia Solar, do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (INPE), que contém médias mensais de irradiação estimadas
para todo o território brasileiro, dividido em mais de 70 mil células de 100 km² cada
(INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS, 2017a).
Com esses dados, é possível estimar a geração mensal para cada unidade, utilizando
a equação (4).
𝐺𝑀 = 𝑃 ∗ 𝐼𝑃𝐼 ∗ 𝑁𝑑𝑖𝑎𝑠 ∗ (1 − 𝑓𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 ) (4)
Fonte: Elaborado pelo autor com base em (INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS,
2017b)
67
3.3 PREMISSAS
O próximo passo para elaborar o modelo para a análise econômica foi definir as
receitas e os custos. A REN 482/2012 determina que o SCEE seja um empréstimo
gratuito, portanto, não é permitida a venda de energia. Na nova legislação, existe a
possibilidade de venda, porém ainda não está regulamentada. E, por ser realizada por
meio de chamada pública, não se aplicará a todos os consumidores. Dessa forma, no
modelo será considerado como receita somente o valor que o consumidor deixará de
pagar anualmente, devido ao abatimento na fatura da energia injetada na rede
elétrica.
Outra definição importante é a TMA. Geralmente é composta por uma taxa de juros
livre de risco, e uma taxa de juros que representa a compensação pelo risco que o
investidor está sujeito ao investir no projeto. Para isso, é comum utilizar a taxa básica
de juros, também chamada de Selic. A Selic define a remuneração de investimentos
de renda fixa em títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, classificados como de risco
zero (SILVA; JANNI, 2021).
Outra prática importante é o controle do sombreamento dos módulos, que pode ser
feito com a verificação e poda regular da vegetação ao redor, e limpeza da sujeira que
se acumula sobre a superfície dos módulos. Nesses casos, deve-se considerar os
aspectos locais de cada instalação, como o clima, a temperatura ambiente, índices
pluviométricos, nebulosidade, velocidade dos ventos e a propensão à deposição de
poeira devido a poluição atmosférica (COSTA; HIRASHIMA; FERREIRA, 2021;
SOUZA; SOUZA; MINORI, 2019).
Para esse projeto, foi considerado que a inspeção visual será realizada pelo
proprietário do sistema, sem custo adicional. As instalações estão localizadas em uma
região litorânea, em que não há grandes variações de temperatura e com chuvas bem
distribuídas durante todo o ano. Portanto, uma limpeza anual, se for detectada queda
no desempenho da geração, é suficiente (INSTITUTO CAPIXABA DE PESQUISA,
ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL, [s.d.]).
Para estimar a receita em cada cenário, foi calculado o valor da tarifa antes e depois
da instalação do sistema. Então, o procedimento adotado foi calcular o valor a ser
pago a cada mês, considerando o padrão de consumo utilizado na elaboração do
projeto, e em seguida, somá-los para obter o valor anual. A cada ano, foi aplicada uma
taxa de reajuste sobre a tarifa, chamada de taxa de inflação da energia.
A tarifa utilizada como base foi obtida do site da distribuidora que atende às unidades
consumidoras estudadas, a EDP Espírito Santo. Ambas são tarifadas na modalidade
convencional, e o valor é o definido na Resolução Homologatória nº 2918, vigente
desde agosto de 2021, sendo o mesmo para os subgrupos B1 e B3, de
R$ 0,33125/kWh para a TUSD e de R$ 0,27296/kWh para a TE. A proporção entre
cada componente dessas parcelas também é a mesma para os dois subgrupos. Para
a nova regra de compensação, foi considerado que a TUSD Fio B representa 29% da
tarifa sem tributos, conforme a Figura 4 (AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA
ELÉTRICA, 2021e; EDP, 2021b).
foi a média dos últimos três anos, de 4,3%. O ICMS tem alíquota de 25% quando o
consumo mensal supera 50 kWh. A cobrança dos tributos é feita “por dentro”, ou seja,
o valor dos tributos integra a base de cálculo sobre a qual incidem as alíquotas, como
mostra a equação (5) (EDP, 2022, [s.d.]).
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑡𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑐𝑜𝑏𝑟𝑎𝑑𝑜 = (5)
1 − (𝑃𝐼𝑆 + 𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆 + 𝐼𝐶𝑀𝑆)
A taxa de inflação da energia foi estimada pela média dos reajustes anuais, revisões
periódicas e extraordinárias dos últimos 7 anos, de acordo com a Figura 6. Dessa
forma, obteve-se o valor de 7,84%, que será arredondado para 8% ao ano. A taxa de
71
reajuste anual da Contribuição de Iluminação Pública é definida por lei municipal como
igual ao IPCA.
Será considerada bandeira verde para todos os cenários, durante todo o período
avaliado. Essa consideração impacta negativamente na viabilidade do projeto, visto
que não inclui o gasto adicional com energia que o consumidor teria em períodos de
escassez hídrica, que é maior sem o sistema fotovoltaico instalado. Porém, é
necessária, visto que o sistema de bandeiras é extremamente imprevisível a longo
prazo.
3.4 CENÁRIOS
Essa mudança impacta na forma de cálculo dos tributos, que incidiam sobre o custo
de disponibilidade, e terá que ser modificada. Como essa alteração não foi definida
pela Lei 14.300, dependerá da decisão individual de cada estado ou em conjunto, por
meio do CONFAZ. Assim, neste estudo será considerado que o PIS/COFINS e o ICMS
continuarão sendo calculados sobre o valor de energia tarifado, que corresponde, no
mínimo, à parcela da TUSD Fio B a ser paga. Em alguns estados, como o Espírito
Santo, já é cobrado ICMS sobre a toda a TUSD, portanto só o PIS/COFINS será
adicionado.
Por fim, foi necessário estabelecer uma regra para compensação que deverá ser
aplicada após o fim do período de transição em 2031, visto que essa decisão, que
caberá ao CNPE e a ANEEL, ainda está pendente. A Lei 14.300 determina que as
73
4 RESULTADOS
Nota-se uma tendência de aumento no consumo da rede nos meses mais quentes.
Neste cenário, o consumo médio da rede é de 232 kWh e a quantidade média mensal
de energia injetada é de 204 kWh. Essa diferença foi prevista em projeto, e era comum
a fim de evitar perdas financeiras devido à cobrança em “duplicidade” do custo de
disponibilidade que era praticada até o início de 2022.
75
A Figura 21 mostra o gráfico do fluxo de caixa acumulado para o cenário 1, dessa vez
considerando também a alternativa 5.
77
Nesse cenário, o consumo médio da rede é de 357 kWh e a quantidade média mensal
de energia injetada é de 329 kWh. A Tabela 8 apresenta o fluxo de caixa para o cenário
2 com compensação integral, enquanto a Tabela 9 apresenta o fluxo de caixa com a
nova regra de compensação e aplicação da alternativa 3.
O impacto dessa redução pode ser verificado no payback. Os valores obtidos foram,
respectivamente, 4,7 e 4,9 anos. Assim como no cenário 1, o efeito da mudança da
regra de compensação é pouco significativo.
Conforme os dados da tabelas e o gráfico acima, esse cenário, assim como o cenário
2, é bastante impactado com a adoção da nova regra de compensação,
principalmente a longo prazo. O payback aumenta para 5,3 anos considerando a
compensação integral e 6,3 anos para a nova regra de compensação. Já o VPL tem
uma redução de R$ 391 mil na antiga regra de compensação para R$ 166 mil na
alternativa 5, ou seja, diminui em cerca de 57%. A TIRM para as três regras de
compensação é mostrada na Figura 31.
91
5 CONCLUSÃO
Para contextualizar o trabalho, foi detalhado como se deu o processo de revisão das
regras de compensação, primeiro pelos estudos e propostas da ANEEL, e
posteriormente, pela publicação da Lei 14.300 em 2022, cujos principais pontos foram
explicados. Então, foi proposto o modelo para análise econômica de cada projeto de
geração em diferentes cenários, com base nas premissas e considerações feitas.
Para o VPL, a diferença foi ainda mais significativa, principalmente em cenários com
autoconsumo remoto, em que a perda para a unidade residencial e comercial
respectivamente, foi de 75% e 57% comparando a regra de compensação integral e
a alternativa 5.
Para o cenário 3, a perda no VPL no pior caso foi a menor entre os cenários
analisados, devido ao maior fator de simultaneidade. O valor obtido foi de
aproximadamente 19%. Por outro lado, a nova regra de compensação seria
extremamente prejudicial no cenário 4, devido a grande quantidade de energia que
93
deverá trafegar pela rede. Analisando apenas a regra de transição, a diferença entre
as alternativas 3 e 5 é também é maior nos cenários com autoconsumo remoto.
REFERÊNCIAS
ANDRADE JÚNIOR, Luiz Maurício Lopes de; MENDES, Luiz Fernando Rosa.
Microgeração fotovoltaica conectada à rede elétrica: considerações acerca de sua
difusão e implantação no Brasil. Revista Vértices, v. 18, n. 2, p. 31-51, 2016.
Disponível em: https://essentiaeditora.iff.edu.br/index.php/vertices/article/view/1809-
2667.v18n216-03. Acesso em: 9 set. 2021.
BRIGHT STRATEGIES. Tudo o que você precisa saber sobre a revisão da REN
482 – PARTE I, 2018. Disponível em: https://br-strategies.com/tudo-sobre-revisao-
ren-482-parte-i/. Acesso em: 30 out. 2021.
CONJUR. STF decide que ICMS para energia e telecomunicações só vale a partir
de 2024. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2021-dez-16/icms-menor-
energia-telecomunicacoes-vale-2024>. Acesso em: 8 jun. 2022.
EDP. Tarifas - clientes atendidos em baixa tensão (Grupo B), 2021b. Disponível
em: https://www.edp.com.br/distribuicao-es/saiba-mais/informativos/tabela-de-
fornecimento-de-baixa-tensao. Acesso em: 16 nov. 2021.
HAX, Gláucio Roberto Tessmer et al. Estudo de caso para viabilizar a instalação de
microgeração fotovoltaica no projeto “200 telhados” da CPFL em Campinas (SP). In:
CBENS: Congresso Brasileiro de Energia Solar, 2018, Gramado: [s.n.], 2018.
Disponível em: https://anaiscbens.emnuvens.com.br/cbens/article/view/113. Acesso
em: 14 jan. 2022.
SOUZA, Wilison Andson de; SOUZA, Rubem Cesar Rodrigues; MINORI, Américo
Matsuo. Boas práticas de manutenção preventiva em sistemas fotovoltaicos.
Brazilian Journal of Development, v. 5, n. 8, p. 12779–12791, 2019. Disponível
em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/2866. Acesso em:
7 fev. 2022.
WEI, Max; PATADIA, Shana; KAMMEN, Daniel M. Putting renewables and energy
efficiency to work: How many jobs can the clean energy industry generate in the US?
Energy Policy, v. 38, n. 2, p. 919–931, 2010.