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CDD21 ed.344
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universitária Prof.ª. Lídia Helena Leal Martini
Bibliotecária: Daniele S. S. Nascimento – CRB-5/1939do
BANCA EXAMINADORA:
RESUMO
ABSTRACT
Since the establishment of the normative resolution, N°482/2012 by the Agência Nacional de
Energia Elétrica, the connection of micro and mini-generators in the electricity distribution
system in Brazil has been allowed. This allows the injection of active power into the power
grid of a UC, thus reducing its active consumption and consequently the cost of the energy
bill. By contrast, for the good functioning of equipment inserted in a given electrical system, a
quantity of reactive energy is demanded by the grid. The higher the reactive power used, the
lower the power factor. For group Consumers, it is defined by ANEEL that a PF below 0.92
results in a charge about the reactive surplus. Therefore, discussions regarding the possible
impacts on the PF that can be caused by the insertion of photo voltaic systems, and
consequently their influence on the financial viability of the projects, become fundamental. In
this work, the influence of the UESFV installation at the Federal Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia was evaluated. As the plant is still in the installation procedure and there
are no tangible results, a simulation was carried out in the PVSyst software based on the
information contained in the photo voltaic project to help compare the FP with and without
the DG. It was observed during the study that the power factor, which was already lower than
that established during the analyzed period, after considering the injection of active power
provided by the photo voltaic power plant, would be even more affected. Since the
procurement of distributed generation is mainly aimed at the active energy economy, charges
due to low FP can negatively influence the financial viability of the project. For this reason,
there is a need for further analysis of the means of correcting this index.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
Pág.
Tabela 1 – Relação de equipamentos disponíveis para instalação da UESFV 0
LISTA DE GRÁFICOS
Pág.
Gráfico 1 – Consumo reativo total calculado 0
CA Corrente alternada
CC Corrente contínua
FP Fator de potência
FV Fotovoltaica
PL Projeto de lei
SUMÁRIO
RESUMO................................................................................................................................... 2
LISTA DE FIGURAS............................................................................................................... 4
LISTA DE TABELAS .............................................................................................................. 5
LISTA DE GRÁFICOS ........................................................................................................... 6
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1
1.1. JUSTIFICATIVA DO TRABALHO .......................................................................... 2
1.2. OBJETIVOS ................................................................................................................. 3
1.3. ESTRUTURA DE TRABALHO ................................................................................. 3
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................................... 4
2.1. GERAÇÃO DISTRIBUIDA E SUA SITUAÇÃO NORMATIVA NO BRASIL .... 4
2.2. ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA ..................................................................... 5
2.3. CONSTRUÇÃO DE PAINÉIS DE CÉLULAS FOTOVOLTAICAS ..................... 7
2.3.1. PAINEL SOLAR DE SILÍCIO MONOCRISTALINO ............................................ 7
2.3.2. PAINEL SOLAR DE SILÍCIO POLICRISTALINO ............................................... 8
2.3.3. PAINEL SOLAR DE FILME FINO........................................................................... 9
2.4. TIPOS DE INVERSORES........................................................................................... 9
2.5. CLASSIFICAÇÃO DE INVERSORES ................................................................... 11
2.5.1. INVERSORES COMUTADOS PELA REDE ......................................................... 11
2.5.2. INVERSORES AUTO-CONTROLADOS ............................................................... 12
2.6. POTENCIAS REAL, REATIVA E APARENTE.................................................... 12
2.6.1. POTÊNCIAS MONOFÁSICAS ................................................................................ 12
2.7. FATOR DE POTÊNCIA ........................................................................................... 16
2.7.1. CONCEITOS REFERENTE AO FP ........................................................................ 16
2.7.2. RESOLUÇÕES NORMATIVAS DO FP ................................................................. 17
2.7.3. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE AS POSSIBILIDADES DE CORREÇÃO
DO FP.......................................................................................................................................18
2.8. SIMULAÇÃO DA GERAÇÃO DE PROJETOS FV .............................................. 20
3. REVISÃO DO ESTADO DA ARTE............................................................................... 21
4. MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................ 23
9
1. INTRODUÇÃO
1.2. OBJETIVOS
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
lei teve o intuito de gerar uma maior estabilidade para o setor de GD, visto que apenas a
resolução normativa não tinha força de lei para garantir uma segurança jurídica para
viabilizar grandes investimentos (CÂMARA, 2019).
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) publicou no final do ano de
2021 a Resolução Normativa n° 1.000, que consolidou as principais regras para a
prestação do serviço público de distribuição de energia elétrica. Trazendo inúmeras
facilidades para o consumidor. Alguns exemplos são: a troca de titularidade de unidade
consumidora (UC), que não possuía prazo, agora poderá ser feita em 3 dias úteis para
meio urbano, e 5 dias úteis para meio rural; e a unificação da etapa de vistoria e instalação
do sistema de medição. Haja vista que dentre a abrangência das alterações feitas pela
REN 1000/2021, nem todas foram aplicadas imediatamente pelas distribuidoras de
energia, algumas mudanças só serão implementadas a partir de janeiro de 2023.
and of a diameter from 1.0 mm to 1.5 mm. Each bar was hermetically
sealed in a glass tube, and a platinum wire projected from each end for the
purpose of connection. (...) While investigating the cause of such great
differences in the resistance of the bars, it was found that the resistance
altered materially according to the intensity of light to which they were
subjected”. (HAWKS, 1976)
Ao decorrer dos anos aconteceram diversos avanços que possibilitaram a
evolução da energia solar. Em 1954, Russell Shoemaker Ohl anunciou a invenção da
primeira célula fotovoltaica durante uma reunião da National Academy of Sciences, dando
início à utilização dos painéis solares em 1958 (Portal Solar,2019), sendo ele um dos
percussores dos sistemas fotovoltaicos como conhecemos hoje.
Atualmente no Brasil a energia fotovoltaica teve um crescimento expressivo,
uma tecnologia que a pouco tempo atrás parecia distante da realidade de muitos
brasileiros, hoje se tornou viável para diversos consumidores. Iniciativas bancárias foram
criadas por empresas de grande porte como BNDES e Santander, com o objetivo de
apoiar a instalação da energia solar, fornecendo financiamento para pessoas físicas com
parcelas que muitas vezes se equiparam ao valor habitual da conta de luz, assim o
payback é ao fim deste período de pagamento. A ABSOLAR (2022) apresenta dados
recentes da evolução da fonte fotovoltaica no Brasil.
Fonte: Canal Solar: Silício mono ou policristalino: quem vence o duelo? (SOUZA, 2019)
suas laterais arredondadas para melhor aproveitamento do painel, sendo a tecnologia que
ocupa menos espaço (Portal Solar, 2020).
distribuição, e devido a isto, a potência gerada pode ser injetada diretamente na rede
elétrica. Uma das vantagens desse tipo de sistema é que em momentos onde não há a
produção suficiente de energia, como em dias do inverno com pouca irradiação solar pode
ser utilizada a energia da concessionária, já em caso de excesso de produção como
regulamenta a ANEEL é possível receber créditos de energia. No que tange os sistemas
fotovoltaicos isolados (SFI’s), são definidos como sistemas que necessitam da utilização
de baterias para viabilizar o armazenamento do excesso de energia, gerando assim altos
custos com equipamentos. A figura 5 abaixo apresenta uma esquematização da disposição
dos equipamentos em um SFCR
O inversor solar faz parte da família dos conversores estáticos, definidos como
circuitos eletrônicos responsáveis pelo controle do fluxo de potência de dois ou mais
sistemas elétricos. São considerados como circuitos não lineares, utilizam um sistema de
chaveamento com um conjunto de interruptores (tiristores, diodos, triacs MOSFETs,
IGBTs, GTOs), comutando em alta frequência segundo uma sequência determinada por
circuitos triacs MOSFETs, IGBTs, GTOs de comando (modulação) com intuito de gerar
uma forma de onda na saída conforme desejada, permitindo o processamento de energia
em sistemas de CC e CA (JR, 2019).
No que se refere ao princípio operacional dos inversores, conforme a figura 6 a
seguir, eles podem ser divididos em dois grupos: inversores comutados pela rede
(comutação natural) ou inversores auto-controlados (comutação forçada).
Onde,
V é a tensão em volts [V]
I é a corrente em amperes [A]
Iremos considerar um sistema no valor máximo de consumo, denominado de
carga pesada. Horário no qual as indústrias e comércios estão em pleno funcionamento e
há uma maior incidência na utilização de energia em residências. Neste período do dia a
natureza da carga é predominantemente indutiva, sendo a impedância da carga do tipo R,
L. Uma carga com natureza indutiva armazena uma parcela da energia gerada com um
elevado investimento, mas que não realiza trabalho útil. Para mostrar esse fato,
consideremos a tensão e a corrente senoidais (MOURA et al, 2018), dadas por:
𝑉(𝑡) = 𝑉𝑚 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡) (2.2)
𝐼(𝑡) = 𝐼𝑚 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 − 𝜃) (2.3)
Utilizando a equação 2.1 teremos que a potência transmitida será equivalente a:
𝑃(𝑡) = 𝑉𝑚 𝐼𝑚 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡)𝑠𝑒𝑛(𝑤𝑡 − 𝜃) (2.4)
Mediante da utilização de identidades trigonométricas como:
1 1
(𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡))2 = − 2 cos(2𝜔𝑡) (2.5)
2
𝑃(𝑡) = 𝑉𝑒𝑓 𝐼𝑒𝑓 𝑐𝑜𝑠𝜃(1 − 𝑐𝑜𝑠2 𝜔𝑡) − 𝑉𝑒𝑓 𝐼𝑒𝑓 𝑠𝑒𝑛𝜃𝑠𝑒𝑛(2𝜔𝑡) (2.7)
A potência total P(t) é equivalente a soma de 𝑃1 (𝑡) com 𝑃2 (𝑡), conforme se visualiza na
figura a seguir.
Fonte: Analises de circuitos em corrente alternada para sistemas de potência (MOURA, 2018)
Tanto 𝑃1 (𝑡) quanto 𝑃2 (𝑡) oscilam com frequência angular 2𝜔. A diferença entre
as potências se dá pois 𝑃1 (𝑡) oscila em torno do mesmo valor médio, se mantendo
sempre positiva, enquanto 𝑃2 (𝑡) possui o valor médio nulo. A potência total P(t) oscila
com frequência angular dupla, e durante certos períodos, a potência torna-se negativa.
Nestes intervalos, P(t) flui no sentido negativo. Portanto, a potência ativa ou real (P) é
definida como o valor médio de P(t).
1 𝜋
P = 𝜋 ∫0 [𝑉𝑒𝑓 𝐼𝑒𝑓 𝑐𝑜𝑠𝜃(1 − 𝑐𝑜𝑠2 𝜔𝑡) − 𝑉𝑒𝑓 𝐼𝑒𝑓 𝑠𝑒𝑛𝜃𝑠𝑒𝑛(2𝜔𝑡)]𝑑𝑡 = 𝑉𝑒𝑓 𝐼𝑒𝑓 𝑐𝑜𝑠𝜃(2.10)
O produto VI* tem uma propriedade importante quando se utiliza a identidade de Euler.
𝑉𝐼 ∗ = 𝑉𝑒𝑓 𝐼𝑒𝑓 𝑒 𝑗[−90˚+θ+90˚] = 𝑉𝑒𝑓 𝐼𝑒𝑓 𝑒 𝑗θ = 𝑉𝑒𝑓 𝐼𝑒𝑓 (𝑐𝑜𝑠θ + jsenθ) (2.15)
𝑆 = 𝑉𝐼 ∗ = 𝑉𝑒𝑓 𝐼𝑒𝑓 𝑐𝑜𝑠θ + 𝑉𝑒𝑓 𝐼𝑒𝑓 jsenθ = P + jQ (2.16)
O modulo da potência complexa 𝑆 é definida como a potência aparente, ou seja, é
caracterizada pela soma vetorial da potência real com a potência reativa. Se entende a
mesma como a potência total consumida por um equipamento. Transformadores e
condutores são dimensionados de acordo com esta potência nominal aparente
representada pela equação 2.17 (FRANCHI,2019).
𝑆 = 𝑉𝑒𝑓 𝐼𝑒𝑓 (2.17)
Recorrentemente é utilizado o triângulo de potências, apresentado na figura 7,
para relacionar as potências ativa, reativa e aparente.
Fonte: Canal Solar: Controle do fator de potência dos inversores fotovoltaicos (PRYN, 2022)
16
Onde:
P – é a potência ativa em [kW]
Q – é a potência reativa em [kVAr]
S – é a potência aparente em [kVA]
Essa relação é representada recorrentemente pelo triângulo de potências,
apresentado na figura 7, onde o FP corresponde ao cosseno do ângulo de defasagem entre
tensão e corrente (𝜑), formado entre o componente da potência ativa e o componente total
referente a potência aparente como é exemplificado na equação 2.20.
17
𝑃 𝑉∙𝐼∙𝑐𝑜𝑠𝜑
𝐹𝑃 = = = 𝑐𝑜𝑠𝜑 ≤ 1,0 (2.20)
|𝑆| 𝑉∙𝐼
A figura a seguir permite uma visualização mais detalhada sobre a equação 2.20.
estabelecendo os triângulos de potência para as impedâncias de natureza indutiva e
capacitiva.
Fonte: Analises de circuitos em corrente alternada para sistemas de potência (MOURA, 2018)
onde:
𝐸𝑅𝐸 = valor correspondente à energia elétrica reativa excedente à quantidade
permitida pelo fator de potência de referência “𝑓𝑅 ”, no período de faturamento, em Reais
(R$);
𝐸𝐸𝐴𝑀𝑇 = montante de energia elétrica ativa medida em cada intervalo “T” de 1
(uma) hora, durante o período de faturamento, em quilowatt-hora (kWh);
𝑓𝑅 = fator de potência de referência igual a 0,92;
𝑓𝑇 = fator de potência da unidade consumidora, calculado em cada intervalo
“T” de 1 (uma) hora, durante o período de faturamento, observadas as definições
dispostas nos incisos I e II do § 1o deste artigo;
𝑉𝑅𝐸𝑅𝐸 = valor de referência equivalente à tarifa de energia "TE" da bandeira
verde aplicável ao subgrupo B1, em Reais por quilowatt-hora (R$/kWh).
intuito de manter este valor acima do mínimo permitido pela legislação vigorante,
impossibilitando assim as cobranças adicionais. Evidencia-se para estas correções blocos
significativos de cargas onde as características de operação acometem que a energia
reativa cause a diminuição do índice de FP (SILVA, 2009).
Os autores CODI (2004) e Cotrim (2008) abordam sobre possíveis meios para
adequação do fator de potência, há três métodos relevantes que possibilitam a correção do
FP:
• Aumento do consumo de energia ativa;
• Utilização de motores síncronos superexcitados;
• Utilização de bancos de capacitores
Levando em consideração aspectos como custo, dimensionamento e a facilidade
de instalação, usualmente recorre-se a utilização de sistemas de compensação de energia
reativa denominados de bancos de capacitores, ligados em paralelo (tipo shunt),
conectados no mesmo ponto de carga. A potência reativa dessa instalação pode ser
determinada com o auxílio das expressões utilizadas nas definições do triângulo das
potências, na prática, a energia reativa é fornecida pelos capacitores liberando parte da
capacidade do sistema elétrico e das instalações das unidades consumidoras. Segundo
(COTRIM, 2008), o modelo clássico de compensação reativa expressa na figura 10
representa uma potência reativa 𝑄1 consumida pela carga linear, a potência reativa
injetada pelo banco de capacitores 𝑄𝑐𝑎𝑝 e a potência reativa resultante 𝑄2 = (𝑄1 − 𝑄𝑐𝑎𝑝) .
Diante desta situação, tem-se como objetivo que a potência reativa 𝑄1 seja maior
que 𝑄2 reduzindo assim a potência aparente de 𝑆1 para 𝑆2 e o ângulo de fase de 𝜑1 para
𝜑2 . Como consequência o fator de potência final 𝐹𝑃2 será maior que o original 𝐹𝑃1 , com
as expressões sendo definidas como:
𝑆1 potência aparente da compensação de reativos;
𝑆2 potência aparentes após a compensação de reativos;
𝜑1 e 𝜑2 ângulos de fase antes e depois da compensação de reativos.
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Sices Solar 2.0, perfil industrial Rooftop, peças com 6,30 metros un 598
Sices Solar 2.0, terminal final com 35mm un 896
Sices Solar 2.0, terminal intermediário com 35mm un 3808
Sices Solar, parafuso metálico autoperfurante, sextavado, AA 5,5 x 25 mm un 20000
Fita EPDM, band 30 x 3,2 mm, PU 8 m 992
Conectores macho/fêmea MC4, modelo WEID CABUR TE un 320
25
Cabo solar 6 mm2, tensão até 1800V, CC PT, padrão ABNT NBR 16612 m 3200
Cabo solar 6 mm2, tensão até 1800V, CC VM, padrão ABNT NBR 16612 m 3200
Inversor ABB PVS, 100kW, TL SX2 FULL – 380V – 6MPPT – WLAN un 2
Inversor ABB PVS, 175kW, TL-SX2-FULL – 12 MPPT un 2
Módulo Fotovoltaico Canadian, 144 células, 360 Wp, POLY 1500V F16 un 1352
Consumo reativo
Mês/Ano Consumo ativo Custo do Excedente Tarifa mensal
excedente
kWh kVARh R$ R$
jan/21 160.462,40 42.806,40 12.881,21 0,3021
fev/21 159.969,60 36.456,00 10.947,57 0,3014
mar/21 172.614,40 41.305,60 12411,67 0,3016
abr/21 160.876,80 44.296,00 13.309,58 0,3021
mai/21 150.830,40 46.704,00 13.832,68 0,3362
jun/21 135.867,20 48.507,20 14.569,02 0,3686
jul/21 135.900,80 49.996,80 14.922,50 0,4094
27
Fonte: Autoria
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
estabelecido. Como não temos o valor do consumo reativo total, tornou-se pertinente
utilizar a equação 2.19, considerando o FP como 0,92 a fim de encontrar o consumo
reativo limite de cada mês para não ter havido cobranças. Após isto, foi somado o
resultado com o consumo excedente obtendo o valor da potência reativa total.
Exemplificado no gráfico 1 a seguir.
Fonte: Autoria
Fonte: Autoria
Fonte: Autoria
System System
Gl. Horiz Coll. Plane
output output
Fonte: Autoria
31
Fonte: Autoria
gerada pela diminuição do consumo ativo devido a injeção de potência ativa pela UESFV,
e a perspectiva do payback.
Ao decorrer do período ponderado, houve em alguns meses um acréscimo da
bandeira tarifária amarela e vermelha no custo de cada kWh consumido no mês. Como
precisa-se deste valor na bandeira tarifária verde para substituir na equação 2.21, iremos
considerar para os cálculos o 𝑉𝑅𝐸𝑅𝐸 como o preço cobrado no mês mais recente estudado
que esteja sem cobrança extra. Que se sucedeu em junho de 2022, a qual a tarifa de
energia para o consumo ativo fora de ponta foi de R$ 0,33440399. No gráfico 4 nota-se o
comparativo entre o custo do excedente reativo com e sem geração distribuída.
Fonte: Autoria
gráfico 4 que o único período que possuiu uma diferença de valor mais relevante foi em
maio e junho de 2022.
Para analisar a economia motivada pela UESFV, nos valeremos novamente da
𝑃𝑓 , que será multiplicado pela tarifa de energia de cada um dos meses estudados, que está
disposta na tabela 2. Por conseguinte, poderemos identificar qual seria a redução do custo
a respeito do consumo ativo caso tivesse ocorrido a instalação da usina fotovoltaica nos
meses estudados. A tabela 4 contém algumas informações, como a estimativa do consumo
ativo e do seu custo com a geração distribuída, o valor cobrado pelo consumo ativo sem
GD, e ainda a porcentagem de economia que poderia ser gerada mediante a instalação.
Custo do Custo do
Consumo ativo Porcentagem de
Mês/Ano consumo ativo consumo ativo
com GD economia
com GD sem GD
kWh R$ R$ %
jan/21 86.747,40 26.203,83 48.470,96 45,94
fev/21 91.697,60 27.641,90 48.222,25 42,68
mar/21 103.682,40 31.274,29 52.066,62 39,93
abr/21 102.836,80 31.069,15 48.604,25 36,08
mai/21 94.851,40 31.887,48 50.706,70 37,11
jun/21 89.849,20 33.118,74 50.081,14 33,87
jul/21 81.623,80 33.416,74 55.637,72 39,94
ago/21 71.984,00 29.611,45 57.521,51 48,52
set/21 91.045,20 42.923,77 71.738,19 40,17
out/21 94.691,60 45.510,48 78.014,67 41,66
nov/21 79.461,60 38.055,08 72.454,35 47,48
dez/21 81.163,40 38.778,31 74.659,16 48,06
jan/22 86.557,00 39.522,73 73.181,68 45,99
fev/22 89.782,40 41.933,15 73.819,81 43,20
mar/22 117.917,60 55.364,23 87.728,92 36,89
abr/22 124.676,80 45.964,73 67.362,40 31,77
mai/22 143.952,20 48.907,63 67.926,45 28,00
jun/22 125.319,60 41.907,37 57.295,98 26,86
Fonte: Autoria
em maio e junho que é apresentada uma maior discrepância por ser um período com baixa
irradiação solar no Brasil.
Apesar da economia ativa simulada ter sido na maioria do período estudado
satisfatória, ainda assim é preocupante como a energia reativa demandada pelo sistema da
UFRB deixa um impacto financeiro nas faturas estudadas. Como já foi dito, mesmo com
uma diminuição considerável do consumo ativo pela rede, o custo do excedente reativo
permanece constante ou em alguns casos até aumenta.
Analisando novamente o mês de agosto de 2021, o custo ativo total com a GD a
partir das nossas analises seria equivalente a R$29.611,45, e o custo reativo R$
15.448,84. Ou seja, mediante nossas estimativas, o custo reativo iria se equipará a 52,17%
do custo ativo fora ponta demandado pela UFRB no Campus de Cruz das Almas durante
todo o mês analisado. Considerando novamente a tarifa por kWh como R$ 0,33440399,
caso o custo reativo fosse eliminado a partir da execução de analises de sistemas de
correção do FP como por exemplo o banco de capacitores, o valor economizado neste
mês seria suficiente para gerar 46.198,13kWh a mais pagando o mesmo valor na fatura.
O gráfico a seguir simula o payback do investimento, mesmo com a cobrança do
excedente, ainda assim, caso a média de economia gerada pelo seu funcionamento da
usina, se equipare ao somatório da economia estimada a partir dos dados da simulação
durante o ano de 2021, os resultados seriam satisfatórios.
Fonte: Autoria
35
Nota-se que é esperado que o tempo de retorno para o sexto 6 anos, conseguindo
assim reaver a quantia investida pela universidade em equipamentos e mão de obra. O
cálculo referente ao valor poupado em 2021 foi feito somando a economia em R$
estimada pela injeção de potência ativa. Caso em algum dos meses houvesse um aumento
do custo cobrado pela energia reativa excedente em comparação aos dados sem a GD, a
sua diferença era subtraída dos dados mensais. O valor anual encontrado foi de R$
401.603,62, este valor foi somado de maneira acumulativa a partir da quantidade de anos
para construção do gráfico colocando como referência o custo do sistema fotovoltaico.
36
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. TRABALHOS FUTUROS
Como a UESFV está em processo de instalação, por este motivo este trabalho
apresentou uma discussão mediante analises a partir da simulação e estimativas baseadas
em faturas antigas da UFRB – Campus Cruz das Almas sobre os impactos causados pela
diminuição no FP após a instalação do sistema fotovoltaico, todavia, existem estudos
pertinentes a serem executados, como:
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, Marcos César Isoni. Correção do fator de potência de cargas industriais com
dinâmica rápida, 2009, 241 f. 2009. Tese de Doutorado. Dissertação (Engenharia
Elétrica. Universidade Federal de Engenharia de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.
Disponível em:< http://www. ppgee. ufmg. br/defesas/129M. pdf>. Acesso em: 01 jul
2012.
CRESESB- Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito,
Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos. Ed da CEPEL. Rio de Janeiro,
2014.
<https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2228151>
SOUZA, João. Silício mono ou policristalino: quem vence o duelo? Canal solar,
Campinas, 14 abr. 2019. Disponível em: <https://canalsolar.com.br>. Acesso em: 10 ago.
2022.
Brasil é 4.º país que mais cresceu na fonte solar em 2021. ABSOLAR, São Paulo, 24.
Abr. 2022. Disponível em: <https://www.absolar.org.br/>. Acesso em: 10 ago. 2022.
História e origem da energia solar. Portal Solar. 10 Abr. 2019. Disponível em:
<https://www.portalsolar.com.br/historia-e-origem-da-energia-solar>. Acesso em: 20 out.
2022.
Photovoltaic Software. PVSyst. Disponível em: <https://www.pvsyst.com>. Acesso em:
20 ago. 2022.