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MONOGRAFIA DE ESPECIALIZAÇÃO
CURITIBA - PR
2019
LUCAS VALMIR PELLEGRINI
CURITIBA - PR
2019
TERMO DE APROVAÇÃO
______________________________
Prof. Dr. Marcelo Rodrigues
Coordenador de Curso de Especialização em Energias Renováveis
_______________________________
Prof. Me. Romildo Alves dos Prazeres
Chefe do Departamento Acadêmico de Eletrotécnica
BANCA EXAMINADORA
_____________________________ _________________________________
Prof. Esp. Luiz Fernando Ortega Prof. Dr. Marcelo Rodrigues
Orientador - UTFPR UTFPR
_______________________________
Prof.Me. José Maia
UTFPR
This work presents a detailed project for the design of a 5 MWp solar photovoltaic
plant, located in the São Luiz do Purunã region, in the state of Paraná, about 50 km
from Curitiba/PR. The entire process is described, from field selection, solarimetric
data acquisition, module and inverter technology selection, panel arrangement,
utility connection, Opex, Capex and cash flow calculations, as well as all
documentation and standards involved. Basic concepts on photovoltaic solar energy
are presented, from solar radiation, photovoltaic cell types, difference between cell,
module and panel, the characteristic curves of current, voltage and power, as well
as the project itself, as well as previous land definitions and analyzes. Of the land,
environmental analysis and steps to enable access to the local concessionaire. In
the end, the technical dimensioning of the plant with modules and inverters, some
financing formats, as well as the total investment value of approximately 21 million
reais and the monthly expenses, which start at 1.5 million reais. After several
analyzes, it is proved that, despite its complexity, the project is an excellent financial
investment, with a payback of 8 years and may reach, over 25 years, an accumulated
amount of approximately 182 million reais.
LISTA DE ACRÔNIMOS
1 INTRODUÇÃO 13
1.1 TEMA 14
1.1.1 Delimitação do Tema 14
1.2 PROBLEMAS E PREMISSAS 14
1.3 OBJETIVOS 15
1.3.1 Objetivo Geral 15
1.3.2 Objetivos Específicos 15
1.4 JUSTIFICATIVA 15
1.5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 16
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO 16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 17
2.1 ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 17
2.2 CONCEITOS BÁSICOS 17
2.2.1 Radiação solar 17
2.2.2 Célula Solar Fotovoltaica 20
2.2.3 Tipos de Células Solar Fotovoltaica 23
2.2.4 Silício Monocristalino 23
2.2.5 Silício policristalino25
2.2.6 Filmes finos 26
2.2.7 Célula, Módulo e Painel fotovoltaico 28
2.2.8 Curvas Características de Corrente, Tensão e Potência 29
2.2.9 Conjuntos ou Arranjos Fotovoltaicos 33
2.3 TIPOS DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS 34
2.3.1 Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede Elétrica35
3 PROJETO TÉCNICO E VIABILIDADE FINANCEIRA 39
3.1 PROJETO TÉCNICO DA USINA DE 5 MWP 39
3.1.1 Descrição do local a ser implantado 39
3.1.2 Análise do terreno 40
3.1.3 Análise Fundiária 42
3.1.4 Licenciamento Ambiental 42
3.1.5 Análise de subestações 44
3.1.6 Análise de linhas de transmissão 46
3.1.7 Etapas para viabilização do Acesso 48
3.1.8 Cálculo da potência a ser instalada 51
3.1.9 Definição da tecnologia utilizada 54
3.1.10Dimensionamento técnico da usina 54
3.1.11Orientação e inclinação dos módulos solares 56
3.1.12 Cálculo da área da usina 62
3.2 PROJETO FINANCEIRO DA USINA DE 5MWP 64
3.2.1 Cálculo do Capex 64
3.2.2 Cálculo do Opex 66
3.2.3 Cálculo do Fluxo de Caixa 67
3.2.4 Linhas de financiamento 72
4 CONCLUSÃO 74
4.1 TRABALHOS FUTUROS 76
REFERÊNCIAS 76
ANEXO A - FOLHA DE DADOS DO MÓDULO SOLAR FOTOVOLTAICO CANADIAN CS3U-
355P 78
ANEXO B - FOLHA DE DADOS DO INVERSOR SUNGROW SG125HV 81
13
1 INTRODUÇÃO
1.1 TEMA
1.3 OBJETIVOS
1.4 JUSTIFICATIVA
Esta monografia foi dividida para melhor apresentar o projeto de uma usina
fotovoltaica de 5MWp. Os capítulos são divididos em: 1- Introdução, 2-
Fundamentação teórica, 3- Desenvolvimento, 4- Conclusão.
Na Introdução é apresentado o tema, os objetivos, justificativa e os
procedimentos metodológicos adotados nesta monografia.
Em Fundamentação teórica é demonstrado a energia solar fotovoltaica, seus
conceitos básicos, tipos de sistemas e também os processos para a concessão da
conexão com a rede de distribuição.
No capítulo de desenvolvimento é descrito todo o projeto desde o
detalhamento técnico, passando por dados de inclinação e orientação, potência e
tecnologia a ser utilizada, até o projeto financeiro com o Capex, Opex e o resultado
da viabilidade financeira.
Na conclusão tem-se uma visão geral do resultado do projeto, tanto
tecnicamente como os resultados da viabilidade financeira da usina. E no final
sugere-se pesquisas futuras para complementar estes estudos.
17
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
𝐸 = ℎ .𝑓 (1)
18
𝑐 = 𝜆 .𝑓 (2)
criação de uma ddp (diferença de potencial) ou uma tensão elétrica, sobre uma
célula formada por um conjunto de materiais semicondutores. Para haver tensão
elétrica, a célula deverá ser conectada a dois eletrodos e para surgir corrente
elétrica, deverá haver um caminho elétrico entre estes dois eletrodos.
Já o efeito fotoelétrico ocorre em materiais metálicos e não metálicos sólidos,
líquidos ou gasosos. O seu resultado é a remoção de elétrons, porém não é capaz
de criar tensão elétrica. Este efeito é na maioria das vezes confundido com o efeito
fotovoltaico, embora seja relacionado, são fenômenos diferentes.
Segundo Villalva (2012), uma célula fotovoltaica produz pouca energia e uma
tensão elétrica baixa, porém quando se conecta várias células em série, elas
poderão fornecer uma grande quantidade de energia elétrica e uma tensão mais
elevada. Nos dias atuais, estas células produzidas em larga escala e disponíveis
comercialmente são na maioria dos casos constituídas de silício monocristalino,
policristalino ou amorfo.
Segundo Villalva (2012), outra grande vantagem dos módulos de filmes finos
é que são formados por uma única célula, onde sua grande área torna-o menos
sensível ao efeito do sombreamento parcial, que é quando uma parte do módulo
tem a luz obstruída por um obstáculo. Neste caso, a sombra atinge apenas uma
parte da célula, resultando em uma menor perda na produção da energia.
Esta tecnologia de filmes finos é utilizada para designar diferentes materiais
que é constituído. Como exemplo podemos citar o silício amorfo (aSi), silício
microcristalino (uSi), tecnologia de telureto de cádmio (CdTe) e a tecnologia CIGS
(cobre-índio-gálio-selênio).
28
De acordo com a figura 17, nota-se que a tensão e a corrente de saída fornecida
pelo conjunto são somadas.
Como foco deste trabalho é uma usina solar fotovoltaica conectada à rede
elétrica, é abordado com mais detalhe somente este formato.
Figura 26 - Análise geral das subestações na região de Curitiba/PR, com detalhe para o
terreno da usina no centro.
Após análises prévias, umas das primeiras fases para construção de uma
usina solar fotovoltaica é a viabilização do Acesso. Ela é constituída das etapas:
consulta de acesso, informação ao acesso, solicitação de acesso e parecer do
acesso. A tabela 1 mostra estas etapas segundo os procedimentos da ANEEL.
3.1.7.1Consulta de Acesso
3.1.7.2Informação de Acesso
nesta mesma agência em até 60 dias após a emissão do documento pela acessada,
cabendo a acessante informar a acessada que protocolou esta documentação junto
à ANEEL. Após a data de publicação deste ato autorizativo, a acessante tem até 60
dias para efetuar a solicitação de acesso junto à distribuidora (ANEEL, 2012).
3.1.7.3Solicitação de Acesso
Dividindo este total em 365 dias do ano, tem-se uma energia a ser gerada
de 21.300 kWh/dia.
Na figura 31, pode ser observado a irradiação global horizontal no mapa do
Estado do Paraná através do Atlas Solar do Paraná.
Figura 31 - Atlas Solar do Paraná com detalhe no ponto onde será localizado a usina.
∗
𝑃 = ∗
(3)
Onde:
E = Energia a ser gerada (kWh/dia)
G = Irradiância na condição STC (W/m2)
Htot = Irradiação solar incidente no plano dos módulos (kWh/m2/dia)
PR = Performance Ratio
21.300 ∗ 1
𝑃 =
4,56 ∗ 0,8
𝑃 = 5.838,8 𝑘𝑊𝑝
54
𝑁𝑝 = 𝐸 /𝐸 Ó (4)
𝑁𝑝 = 5.838,8 / 0,355
𝑁𝑝 = 16.450 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠
56
𝑃 = 16.472 ∗ 355
𝑃 = 5.847.560 𝑘𝑊𝑝 ou
𝑃 = 5,84 𝑀𝑊𝑝
Figura 35 - Orientação azimutal do módulo solar, com sua face orientada ao norte
geográfico.
Fonte: Installation and safety manual of the Bosch Solar Modules (2019)
𝑧 = 𝐿 ∗ 𝑠𝑒𝑛 ∝ (5)
e a distância (x) é calculada:
𝑥 = 1,00 ∗ 0,90
𝑥 = 0,90 𝑚
Então tem-se:
𝑧= (8)
0,90
𝑧=
2,144
𝑧 = 0,42 𝑚
𝜂= .
(9)
Onde:
𝜂 = Eficiência do módulo solar fotovoltaico
𝑃𝑚𝑎𝑥 = Potência máxima do módulo nas condições STC (W)
A = Área do módulo solar fotovoltaico (m2)
Rad = Taxa de radiação solar padronizada em 1000 W/m2 em STC
Então tem-se:
355
𝜂=
1,984 ∗ 1000
𝜂 = 17,89%
𝐴= ∗ 100 (10)
Onde:
A = área necessária para instalação dos módulos solares fotovoltaicos
𝑃 = Potência total do painel fotovoltaico
𝐸 = Eficiência do módulo solar escolhido
Tem-se:
5.847,56
𝐴= ∗ 100
17,89
𝐴 = 32.686,2 𝑚
64
R$ 20.000.000,00
R$ 15.000.000,00
R$ 10.000.000,00
R$ 5.000.000,00
R$ -
ANO 1
ANO 2
ANO 3
ANO 4
ANO 5
ANO 6
ANO 7
ANO 8
ANO 9
ANO 10
ANO 11
ANO 12
ANO 13
ANO 14
ANO 15
ANO 16
ANO 17
ANO 18
ANO 19
ANO 20
ANO 21
ANO 22
ANO 23
ANO 24
ANO 25
Fonte: O Autor (2019)
Observa-se na curva do Opex, dois pontos críticos para troca dos inversores
em 8 e 16 anos respectivamente.
3.2.3.1Payback
nominais, e presente líquido, se acumulado com base no fluxo de caixa com valores
trazidos ao valor presente líquido. Trata-se do período de tempo necessário para
que as receitas recuperem a despesa realizada em investimento, ou seja, é o
período de recuperação do capital investido.
Analisando a tabela 9 acima, percebe-se que após o ano 6, o saldo
acumulado inverte-se, zerando o valor investido e começando a ter resultados
positivos no saldo tornando a usina lucrativa.
O VPL, que é a sigla para Valor Presente Líquido, que traz para data atual
todos os fluxos de caixa e soma ao valor inicial de investimento, usando como taxa
de desconto a TMA, já definida. Trata-se de um dos métodos mais conhecidos para
análise de viabilidade de projetos com grandes investimentos, com ele é possível
fazer ajustes necessários, descontando as taxas de juros para obter-se o verdadeiro
valor do dinheiro no futuro, principalmente como neste caso quando estimamos 25
anos.
Para cálculo do VPL é utiliza-se a fórmula:
(11)
70
Onde:
VPL = Valor Presente Líquido
FC = fluxo de caixa
t = momento em que o fluxo de caixa ocorreu
i = taxa de desconto (ou taxa mínima de atratividade)
n = período de tempo
A TIR, ou taxa interna de retorno, representa a taxa que deve ter quando o
valor do investimento presente (VPL), fluxo de caixa e retornos futuros se igualam
a zero.
Esta taxa de desconto aplicada ao fluxo de caixa total, faz com que os valores
de despesas, trazidos ao valor presente, sejam iguais aos valores de retorno do
investimento também trazido ao valor presente. Ela reflete a qualidade e
principalmente a atratividade do investimento e é fundamental na tomada de
decisão em um projeto de grande porte.
Para o cálculo da TIR, é utilizado a fórmula:
(12)
Onde:
VP = valor presente;
Capital = valor do investimento;
N = quantidade de períodos;
Ft = entrada de capital no período t;
71
678
Sendo:
LCOE - Custo nivelado de energia
It - Custos de investimento no ano n
I - Investimento inicial
Mt - Custos de manutenção e operação no ano n
Ft - Custos com combustível no ano n (zero para solar fotovoltaico)
Et – Eletricidade produzida no ano n
t - Taxa de desconto
n – Número de anos do projeto
72
Na tabela 10, é possível ver o resumo dos dados relevantes para viabilidade
da usina, como TMA, VPL, TIR e LCOE.
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS